• Bachelard critica a noção clássica de intuição: a partir de um
exemplo extraído da microfísica, o da conexão espacial linear, o filósofo demonstra que a intuição primeira ou “natural” deve ceder lugar à intuição trabalhada, se quisermos compreender certas propriedades paradoxais da organização fenomênica. EX.: A incertezas complementares de Heisenberg
• Refere-se à Objetividade que do objeto só retém aquilo que
nele criticou (o átomo, definido como soma das críticas sucessivas às quais foi submetida sua imagem primeira, constitui exemplo disso na microfísica contemporânea). • A novidade das ciências contemporâneas: No fim do século passado acreditava-se ainda no caráter empiricamente unificado do nosso conhecimento do real • A Física contemporânea nos traz mensagens de um mundo desconhecido ( mircrofisica) A CIÊNCIA CONTEMPORÂNEA • O conhecimento científico é sempre a reforma de uma ilusão • O Real Científico é um objeto teórico, construído racionalmente • Primazia da reflexão sobre a percepção A PSICANALISE DO CONHECIMENTO OBJETIVO • O conhecimento do real é uma luz que sempre projeta sombras. Nunca é imediato e pleno. As revelações do real são sempre recorrentes. O real nunca e aquilo que se poderia crer, mas é sempre aquilo que se deveria ter pensado (p. 165) OBSTÁCULOS EPISTEMOLÓGICOS
• Obstáculo da observação: Empirismo
fácil que coloca os fatos antes da razão • Obstáculo verbal: reconhecer metáforas como realidade familiar: alavanca, espelho, bomba • Obstáculo substancialista: qualidades da matéria ( essência) • Obstáculo animista: intuição, fetichismo • Obstáculo da libido: desejos, afetividades • A Mecânica Não-Newtoniana • Cálculo Tensorial- lida com generalizações de conceitos em espaços curvílineos e não homogêneos • Teoria da Relatividade • O mundo de Newton não prefigura o mundo ensteiniano, não há transição entre os sistemas • A Relatividade escindiu a noção de massa (corte ou ruptura epistemológica) • E= mc2
• Indeterminismo da matéria: paradoxo corpúsculo-onda
PARADOXOS: O GATO DE SCHRONDIGER
• Um gato, junto com um frasco contendo veneno,
é posto em uma caixa lacrada protegida contra incoerência quântica induzida pelo ambiente. Se um contador Geiger detectar radiação, o frasco é quebrado, liberando o veneno, que mata o gato. A mecânica quântica sugere que, depois de algum tempo, o gato estará simultaneamente vivo e morto. Mas, quando se olha para dentro da caixa, apenas se vê o gato ou vivo ou morto, não uma mistura de vivo e morto. • Realismo Ingênuo - Massa como grandeza PERFIL • Empirismo Positivista – Massa como peso EPISTEMOLÓGICO OU • Racionalismo Clássico ( mecânica newtoniana)- ESPECTRO Massa como produto da força e aceleração dos FILOSÓFICO corpos • Racionalismo Complexo (Relatividade)- massa Alargamento como função da velocidade da luz Rupturas • Racionalismo Dialético ( da desrealização do dado Descontinuidades imediato para a significação científica) – paradoxo partícula-onda • ( A epistemologia, p. 122, 123) PERFIL EPISTEMOLÓGICO DA NOÇAO DE ENERGIA
• Observa-se a separação das
• Energia como elã vital ( força viva) especificações materiais ou propriedades de substâncias para se chegar ao • Ato e potência ( transformação) – conceito Aristotéles • Mecânica Clássica: capacidade para realizar trabalho ( Impetus) • Termodinâmica ( Carnot) – transferência de energia térmica em mecânica ( máquinas térmicas) BACHELARD E SUA POÉTICA
• A Intuição do Instante (1932)
• A Agua e os sonhos ( 1942)
• O Ar e os sonhos( 1943)
• A Terra e os devaneios da vontade ( 1948)
• A Psicanálise do fogo ( 1949)
• A Poética do espaço ( 1959)
IMAGINAÇÃO E MATÉRIA CRIAÇÃO
• As forças imaginantes de nossa mente
desenvolvem-se em duas linhas diferentes. Umas encontram seu impulso na novidade, divertem-se com o pitoresco, a variedade, o inesperado. Outras forças imaginantes escavam o fundo do ser, querem encontrar o ser, ao mesmo tempo, primitivo e eterno. A POÉTICA DO ESPAÇO
• A casa e o universo, as gavetas, o ninho, a
concha, os cantos, a imensidão íntima, a dialética do dentro e do fora, a fenomenologia do círculo • Uma fenomenologia sem fenômenos, uma consciência imaginante