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WHITE
SÃO PAULO SP
2023
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RISUS - Journal on Innovation and Sustainability volume 10, número 4 – 2019 ISSN: 2179-
3565 Editor Científico: Arnoldo José de Hoyos Guevara Editor Assistente: Rosa Rizzi
Avaliação: Melhores práticas editoriais da ANPAD
Jornal.puc.com.br
Cientistas têm se interessado pela biologia celular desde o advento dos microscópios em
1800, há pouco mais de 200 anos. Em 1839, o pesquisador alemão Theodor Schwann lançou
as bases da teoria celular, e desde então, pesquisadores de todo ao redor do mundo especulam
a possibilidade de gerar um organismo adulto completo a partir de apenas uma célula . As
primeiras experiências com cultivos de células animais, embora incipientes, datam do início
do século passado. Entre 1906 e 1910, Ross Harrison, da Universidade de Yale, por meio da
técnica da gota suspensa e linfa de coração de rã, tentou esclarecer como era formada a fibra
nervosa, demonstrando que sua formação advinha do resultado do crescimento da própria
célula nervosa. Confirmou ainda a célula como sendo a unidade de desenvolvimento primário
dos organismos multicelulare alé de conseguir manter um pedaço de músculo do coração de
embrião de galinha batendo em uma placa de Petri, demonstrando que era possível manter
vivo o tecido muscular fora do corpo, desde que fosse alimentado com nutrientes. Foi o início
do cultivo celular em laboratório. Visto a eficácia de tal procedimento, o fragmento de
coração preparado em 1912 foi mantido em cultivo por mais de 23 anos Em 1932, no livro
“Pensamentos e Aventuras”, Winston Churchill chegou a citar a possibilidade de ser produzir
carne por meios alternativos, com a seguinte citação: “Daqui a cinquenta anos, devemos fugir
do absurdo de cultivar uma galinha inteira para comer o peito ou a asa” No entanto, naquela
época, a cultura de células e tecidos era inexistente e a ideia ficou adormecida por algumas
décadas.
No período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a procura por vacinas virais, em
particular para a poliomielite, foi um dos principais propulsores do desenvolvimento de
cultivo de células animais.
A partir deste período, a utilização de células animais em pesquisas científicas acelerou. Já na
década de 1950s, o holandês Willem Van Eelen, um dos precursores da engenharia celular,
teve a Ideia de usar cultura de tecidos para a geração de produtos cárneos. Demorou até 1999
antes da ideia teórica de Van Eelen ser patenteada, sendo o primeiro cientista a obter patente
nos níveis internacional e americano para o conceito de processamento de carne usando a
técnica de cultura da carne in vitro. A patente foi intitulada “Produção industrial de carne
utilizando métodos de cultura celular”, onde seria construído um suporte muito fino ,
preferencialmente comestível, para permitir que as células musculares se ancorassem e
crescessem em meio de cultura, trocado quantas vezes fosse necessário. O nome desta troca
de meio de cultura é denominado de passagem, que se refere a dissociação das células da
superfície e redistribuição em densidades mais baixas em meio fresco para impulsionar a
próxima fase de crescimento, com o objetivo de mudar o meio para remover resíduos como
lactato e amônia, formados através da quebra de glicose e glutamina, respectivamente, e
promover mais superfície de contato para o crescimento celular. A patente afirmava que esse
processo tornaria o produto saudável e livre de hormônios de crescimento em níveis que
excedem os níveis fisiológicos . A principal razão pela qual o pesquisador estava muito
interessado em cultivar carne in vitro foi sua experiência com a fome como prisioneiro na
Segunda Guerra Mundial . Com a descoberta das células-tronco em 1963 por James Still, a
engenharia celular evoluiu de maneira exponencial. O artigo da descoberta foi publicado em
1963 na revista Nature, em experimento onde Still descobriu, acidentalmente, que as células
transplantadas da medula óssea no baço de ratos acabavam por se autorreplicarem . Em 1998,
James Thomson, cientista da Universidade de Wisconsin em Madison, com sucesso retirou
células-tronco de embriões em clínicas de fertilidade e as cultivou em laboratório,
estabelecendo a primeira linhagem de células-tronco embrionárias humanas. A primeira carne
de células musculares cultivadas comestíveis foi produzida em 2003, por Oron Catts and Ionat
Zurr, em um evento denominado Tissue Culture and Art, onde serviram bifes de rã in vitro,
produzidos a um custo de aproximadamente US$650/g, na exposição L'Art Biotech em
Nantes. Em 2013, foi apresentado em Londres o primeiro hambúrguer bovino criado em
laboratório, na Universidade de Maastricht, na Holanda, com o grupo do pesquisador Mark
Post, usando-se células-tronco colhidas do ombro de uma vaca. Para produzir o hambúrguer, a
equipe de Post cultivou células satélites, que são células estaminais capazes somente de se
tornar células musculares. Atualmente, existem cerca de 30 startups ao redor do mundo que
desenvolvem este tipo de tecnologia, sendo a maioria delas localizada na Califórnia, no Vale
do Silício.
SOBRE O ARTIGO
A empresa responsável pela pesquisa é Upside Foods, ela foi fundada em 2015, é responsável
por criar carne cultivada em laboratório. A Food and Deus Administration (fda) é uma
agência governamental criada em 1906 com a aprovação da Lei federal de Alimentos e
drogas.
Os países que estão envolvidos são os Estados Unidos que está tentando desenvolver a
pesquisa e Cingapura sendo o único país cujo que são produzidas carnes de origem de células
E são legalizados.
PERSPECTIVA DO MERCADO
O mercado potencial total endereçável para carne cultivada em laboratório é enorme e, à
medida que a tecnologia melhora, os investidores estão ganhando confiança no setor. A
aprovação dos EUA pode abrir as comportas para um novo mercado de alimentos que os
defensores dizem ser mais eficiente e ecológico do que a pecuária tradicional.
CONSUMO
Os sabores, porém, são de carne de verdade. Como são produzidos em ambiente estéril, há
menos risco de contaminação por doenças e produtos químicos. O uso de antibióticos, um
problema grave associado à produção de carne, também seria eliminado. Os níveis de
gordura e colesterol na carne cultivada também podem ser controlados, levando a
resultados potencialmente positivos para a saúde, uma vez que níveis elevados de
colesterol no sangue podem levar a condições como doenças cardiovasculares. A carne de
laboratório também pode ser fortificada com vitaminas e minerais para fornecer nutrição
máxima, assim como certos produtos são hoje, como leite, cereais e pão.
COP27
A COP é uma conferência anual que conta com a participação das principais
lideranças mundiais e tem por objetivo fazer acordos para a proteção do meio
ambiente entre os países signatários desde 1995. Em 2019, diversas organizações da
sociedade civil criaram o Brazil Climate Action Hub para dar visibilidade à ação
climática brasileira durante a COP25, realizada em Madri, na Espanha. Em 2022, a
COP27 foi realizada no Egito e o Hub brasileiro preparou diversas discussões, sendo
que uma delas foi o Painel “Ambições e Desafios para a Adaptação”, a qual o
Sustentarea teve o prazer de participar no dia 11 de novembro. A primeira
apresentação, mostrou os resultados da nota técnica realizada por membros do projeto
e com o apoio do WWF-Brasil. Sabemos que a natureza é essencial para a preservação
da vida humana e para garantir a qualidade de vida. Hoje nos encontramos, entretanto,
com um desafio global em relação à crise climática, a fome e a obesidade. Os
municípios com maior participação da agropecuária emitem cerca de 70 vezes mais
gases do efeito estufa para o meio ambiente (independentemente do tamanho do
município). Além disso, foi possível observar uma desigualdade na distribuição de
renda, já que os municípios que produzem mais recursos financeiros parecem não
reverter esses recursos para o salário dos trabalhadores formais da agropecuária.
PROBLEMAS NA PASTAGEM