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A perspectivo fundomentol do Didótico ossume o multi-


todos de formo universol e, consequenlemente, desvincu- dimensionolidode do processo de ensino-oprendizo-
lodos dos problemos relotivos oo sentido e oos fins do gem e coloco o orliculoçÓo dos três dimensóes, técni-
educoçóo, dos conteÚdos específicos, ossim como do con- io, humono e político, no centro configurodor de suo
texto sácioculturol concreto em que forom gerodos' D*g.-gt- temótico (CANDAU, 1984, P. 2l).
qumo formo, explícito ou implicitom-ente, esto concepçõo
ãã inforrnodo pelo tentotivo dã Comênio de propor "um Neslo linho, o competêncio técnico e o compromisso
àffijg poro ensinor iudo o Todos"' político se exigem muiuomente e se interpenetrom'
-iivelsól l.loo é possível dissocior um do outro. A dimensõo técni-
Perposso esto visõo o pressuposto do neutnolidode cien- , rr do prótico pedogogico, obieto proprio do Didótico, tem
tífico e técnico, como se o ciêncio pudesse ser odequodo- rlt: sêr-pensodo à luz de um proieto élico e políiico-sociol
mente compreendido, tendo por referêncio exclusivo o (lr,() o oriente.
suo coerêncio interno, sem levor-se em conlo iombém o
conlexto historico do produçoo científico e suos implicoçóes. lslo exige portir do problemóÍico educocionol concre-
Hoie e fortemente enfoiizodo, por diferenles outores, o r,, A Didóiico fundomentol procuro porlir do onólise do
referêncio ético-sociol do conhecimento científico e dos téc- l,rrrlico pedogogico concreto e de seus determinontes:
nicqs dele derivodos.
Neste seminório ficou evidenciodo que esto reflexôo (o
A necessidode de superoçõo do perspectivo instrumen- repensor do didótico) posso por um oprofundomenlo de
tol foi muilo ossinolodo no I" Seminório: questÕes lois como: o nolurezo do sober escolor, o relo-

A Didótico pqsso por um momenlo do revisoo crílico' çôo escolo e sociedode, o compelêncio do professor e
suos dimensóes, o neutrqlidqde ou nóo do ciêncio e do
Tem-se o consciêncio do necessidode de superor umo
lecnico, etc. (P. 112).
visóo meromenle instrumeniol e pretensomente neuiro
do seu conleÚdo. Trqto-se de um momenlo de perplexi- A questõo bósico que deve informor o revisÕo do Di-
dode, de denúncio e onÚncio, de busco de cominhos dotico é o que se relocioncr com o educoçóo escolor
que têm de ser conslruídos otrovés do trobolho coniun- rlcrs closses populores' Os índices persistentes do evo-
to dos profissionois do óreq com os professores de pri- ',cro e repelêncio nos primeiros séries do primeiro grou
meiro e segundo grous. É pensondo o prótico pedogó- csloo oí interpelondo o conhecimento exislente e suos
gico concrelo, orticulodo com o perspectivo de tronsfor- pc,ssibilidodes de contribuir efetivomente poro o viobi-
íoçao sociol, que emergiró umo novo configuroçóo lrztrçoo do oprendizogem dos conleÚdos bósicos do so-
'1983, p. 198)'
poro o Didótico (CANDAU, lr,:r cscolor pelo moiorio do populoçoo (p' I l2-1 13)'

1.2. A construçóo de umo didático olternqlivo: À lrr r'« rt trpoçôo pelo conÍextuolizoçoo do próiico pedo-
o didótico Íundomentol ,r'.,rri l rl,'v,r scr umo constonte.
Se este é o desofio,torno-se urgente definir os princi- Â 1,r,,lrlcnrótico relolivo oo ensino de Didótico nóo pode
pois corocterísticos que deveróo informor esio reconstru- .,', ,li,,sociodo do questóo do formoçoo de educqdores
çõo do Didótico. ,.r",trr, J)or suo vez, se orticulo com o onólise do popel
, l, r .r lur.crçoo no sociedode em que vivemos. Todo próti-
A primeiro, oquelo que conslitui o ponto de portido ,,,',,,, irrl c historico e, nesle sentido, se oriento poro
que deve informor todo o esforço o empreender, e o multi- rr rlrrnunoÇdo ou poro o libertoçóo. A educoçÕo, sendo
iimensionolidode do processo de ensino -oprendizogem:

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