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2010
SANDRA MARIA FERREIRA
Por
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Professora Doutora
Banca Examinadora:
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Em especial ao meu pai Crispim Ferreira Filho (In
Memórian), meu referencial de Homem e sujeito em
Potencial.
AGRADECIMENTOS
Acima de Tudo a Deus, por ter me conduzido ao caminho da pesquisa.
Aos meus Familiares.
Ao companheirismo de Alcemira Amara da Cunha, Supervisora Escolar e
Silvana Grerim Pereira, Psicopedagoga e minhas fiéis amigas de sempre, em
especial nestas idas e vindas do Mestrado.
A professora e Doutora Catarina Costa por ter aceitado me orientar, com todo
seu conhecimento.
São estas diferenças, na amplitude do termo, que
possibilitam aos seres se modificar e modificarem as
coisas, de alterarem a si mesmos e a realidade na qual
vivem, através da interculturalidade, processo esse que
nasce e se solidifica na troca, reciprocidade,
solidariedade, interação, e não na mera convivência
entre as diversas culturas.
O processo de interação implica num profundo respeito
pelas diferenças, rejeitando a pretensão da
homogeneidade de idéias e atitudes e a supressão dos
conflitos e negociações.
(CATARINA COSTA FERNANDES 2009. P 20)
RESUMO
O estudo focaliza as conseqüências do fracasso escolar nas 5º séries do Ensino
Fundamental dos anos finais: um estudo de caso na Escola de Educação Básica
Almirante Boiteux em Araquari, Santa Catarina, Brasil. Privilegiamos o discurso na
desmistificação e discussão na temática proposta e no que representa para o sujeito
no processo de ensino e aprendizagem. Destaca-se a relevância quanto ao fracasso
escolar fazendo-se a abordagem crítica e no que isso pode ter conseqüências para
o sujeito que sofre deste fenômeno. Verificamos que estes conceitos foram
avançando ao longo dos anos na história da educação no Brasil e a legalidade,
levando a uma reflexão pedagógica da pratica de ensino nas nossas escolas, onde
se produziu o fracasso escolar e pesquisou-se a teoria sócio-interacionista como
eixo norteador da Proposta Curricular de Santa Catarina. Como metodologia optou-
se por uma abordagem de pesquisa de estudo de caso observando-se a analise dos
dados no discurso dos sujeitos pesquisados e pelo método qualitativo e empírico.
Como objetivo de analisar e estudar o fenômeno do fracasso escolar sugere-se que
a instituição escolar interaja junto a seus professores e equipe pedagógica
viabilizando formação continuada das questões quanto às conseqüências do
fracasso escolar nas 5º séries dos anos finais do Ensino Fundamental, com intuito
de refletir a prática do dia a dia da escola.
SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................................................
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................
3 METODOLOGIA..................................................................................................
4.3.1 ANAMNESE..................................................................................................
6 REFERÊNCIAS...................................................................................................
7 ANEXO
1 INTRODUÇÃO
1
A nota prende e a sabedoria liberta” mitos que são desenvolvidos com bases no “Diz se quer” e ressalta que
ouvindo Tereza Pena Firme inspirou para as respostas a cada mito.
até tédio. Mas mesmo diante dessa observação se houver vontade de mudança
poderemos estar dando outros destinos e buscando pelo sucesso escolar.
Com alegria e esperança podemos fazer com que as crianças possam junto
com o professor aprender ensinar e produzirem juntos e resistir aos obstáculos. E
esperança faz parte da natureza humana. Os professores, alunos e pais precisam
de otimismo e de esperança que se cada um assumir o seu papel a história poderá
ser outra.
Enquanto nos depararmos com o conformismo e o comodismo o fracasso
escolar vai encontrar espaço, temos que mudar o discurso e pensar que estamos no
século XXI em plena era da transformação e industrialização, Araquari está sendo
industrializada e se deixarmos tudo como está corremos o risco de nossos
educandos com fracasso escolar entrarem para a fila do desemprego.
Enquanto é tempo, já é hora de deixar que nossos alunos sintam-se como
alienígenas na sala de aula:
Com as elevadas taxas de retenção escolar nos anos de 2007, 2008 e 2009
na Escola de Educação Básica Almirante Boiteux aqueles que contribuíram para que
acontecesse o fracasso escolar não sabem, mas colaboraram com o interesse de
alguns grupos e com a resistência em ações previstas como a recuperação paralela
ou surgiu nos educandos o medo de estudar e de interagir.
Como descrevemos antes, Araquari está em pleno desenvolvimento e com a
vinda de indústrias e com o avanço da tecnologia, com a cultura de mídias o aluno
não vê na escola atrativa, pois prefere ficar com a ficção científica como se fosse
uma fantasia, por isso Silva (2008 p. 211) Existem alienígenas em nossa sala de
aula?
Na sala de aula a intenção é explicar que os sujeitos podem se enxergar
como alienígenas, o professor pode ver o aluno e o aluno pode ver o professor
nessa condição, e poderíamos também questionar se os estudantes de hoje são
diferentes dos de outras épocas.
Silva (2008 p. 212) Uma questão subordinada é: têm as escolas e as
autoridades educacionais, desenvolvido currículos baseados em pressupostos
essencialmente inadequados e menos obsoletos sobre a natureza dos/as
estudantes?”
Uma instituição escolar que trabalha nessa direção precisa colocar em ação
projetos curriculares nos quais o alunado se veja obrigado, entre outras
coisas, a tomar decisões, solicitar a colaboração de seus companheiros, a
debater e criticar sem medo de ser sancionado negativamente por opinar e
defender posturas contrárias as do docente de plantão.
É de competência da instituição escolar diminizar competências e ações para
realização de um currículo que some na vida de seus alunos que irão enfrentar a
competitividade e precisam saber se defender , decidir , solicitar e providenciar com
o companheirismo aos embates provocados na escola e a postura de professores
que negam o verdadeiro sentido do currículo. De acordo com Sacristan e Gomes
(1998, p. 122):
Na educação escolar nos deparamos muito com a visão única de que o aluno
deveria estar pronto assim como o professor deseja, o que a um engano e uma
deturpação do entendimento da essência dos sujeitos.
Há necessidade de direcionarmos o olhar para um currículo aberto e flexível,
Coll, Marchesi e Palacios (2010, p. 291):
Os saberes dos professores transportados aos seus alunos para surtir efeito
na aprendizagem do aluno, merecem o olhar no conhecimento que o professor
adquiriu na sua formação de docência dos tempos atuais, socializarem os seus
conhecimentos fazendo-se entender numa linguagem de comunicação que possa
elevar as condições do aprendizado em sua formação.
O docente para ser professor precisa estar aberto para interagir com o outro
aprendo a aprender para que possa mediar com o sujeito o conhecimento que este
tem necessidade para sua formação, sucesso e realização como ser humano que
está em formação e depende dos saberes do seu mediador.
Arroyo (2009 p. 136 a 137) acredita que o professor ao se permitir inovar
suas práticas das propostas mediando à cultura dos sujeitos sociais de identidades
diversas a escola proporciona o encontro cultural de gerações de adultos, infância e
adolescência.
A fidelidade ao pedagógico tão esquecido acontece nos encontros
cotidianos das gerações exigem dos docentes e educadores ações que ressignifique
as inovações de nossos tempos.
O que faz dar vida a escola são as interações das pessoas motivadas ou
desmotivadas, mas vivas por serem humanas, por mais que sejam
descaracterizadas as estruturas da infância e da adolescência e juventude, sempre
haverão com sua presença fazer a integração dos tempos escolares.
Outro ponto que precisamos ressignificar são as tramas da prática
pedagógica nas escolas Arroyo (2009) preocupamo-nos em como fazer os
professores pensarem de deixar em trabalhar isolados e recriarem situações com a
relação pedagógica e neste individualismo o professor comenta “a minha turma, a
minha disciplina, o meu horário”, tornando-os fracos diante ao legalismo e
casuísmos que são zelados por técnicos e diretores escolares.
Aprender a significar aas escolhas pedagógicas torna-se uma ação
emergente levando para as a pautas de reunião e cursos, seminários, oficinas,
ações que identificam socialização dos professores das devidas áreas de
conhecimento.
A gestão e os técnicos precisam se respaldar em reuniões do significado das
culturas e do conhecimento e da importância valorizando cada docente na formação
do sujeito. E na sua contribuição científica na socialização dos saberes.
Outro ponto importante que precisamos adquirir é o registro pelos
professores das suas práticas e dar a eles condições de contar a sua maneira de
trabalhar valorizando as práxis que este desenvolveu e sua turma avançou no
fortalecimento da aprendizagem.
No trabalho coletivo é preciso tomar a consciência que entre os profissionais
da educação também se encontram as diversidades e que socializando com estes
docentes e avançando aos paradigmas das propostas possamos conquistar seu
interesse na elaboração de grupos de estudos e de leitura.
Ao recuperar a ação educativa como ação humana, a escola há de avançar
em sua interação e reinvenção do cotidiano numa prática ação-relação entre os
profissionais da escola.
Ao proporcionarmos a socialização e s mediação das propostas
pedagógicas com esta atitude a gestão, especialistas e técnicos também
ressignificar suas práxis, pois a escola precisa da comunicação e da fala, mas que
deixe de se definir exclusivamente como lugar de discurso.
Freire (2008 p. 109) Estas formas de intervenção, com ênfase mais num
aspecto do que noutro os dividem em nossas opções em relação a cuja pureza nem
sempre somos leais.
Na proporcionalidade que técnicos diretores propõem nesta relação
socializada de professores enfatizamos que as tomadas de decisão sejam
elaboradas com a liberdade da ressignificação individual do mestre, mas que a
lealdade aos objetivos torne-se verdades enquanto a posição do educador na
escola.
Freire (2008 p. 121) É preciso afirmar que ninguém pode ser humilde por
puro formalismo como se cumprisse mera obrigação burocrática. A humildade
exprime pelo contrário uma das raras certezas de que estou certo e que ninguém é
superior a ninguém.
Ser humilde para deixar tudo como está é submissão, pois, a transgressão e
a arrogância torna-se destempero que desrespeita a nossa lealdade.
Nas séries finais do ensino fundamental somando trinta e cinco alunos cada
sujeito tem sua história e a aprendizagem acontece individualmente, nem sempre
estes poderão aprender, este princípio precisa ser levado em consideração, que
segundo Cagliari (2008 p. 36) pode-se ensinar ao grande número de pessoas
presentes numa sala, quem ensina procura transmitir informação que julga
relevante, organizadas de modo que lhe parece mais favorável.
Destacamos Fernandez (1991 p. 82) o problema de aprendizagem que
constitui um “sintoma” ou uma “inibição” toma forma em um individuo, afetando a
dinâmica de articulações entre os níveis de inteligência, o desejo, o organismo e o
corpo, redundando em um aprisionamento da inteligência e da corporeidade por
parte da estrutura simbólica inconsciente.
Gaio e Meneghetti (2004 p. 83) todos os alunos sejam suas dificuldades e
incapacidades reais ou circunstanciais, físicas ou intelectuais, sociais, tem a mesma
necessidade de serem aceitos, compreendidos e respeitados em seus diferentes
estilos e maneiras de aprender e quanto ao tempo, interesse e possibilidade de
ampliar e de aprofundar conhecimentos, em qualquer nível escolar.
Ensinar é um ato coletivo, o professor organiza aquilo que lhe parece ser
razoável para que seus ouvintes aprendam o que este deseja transmitir organizando
o seu modo o que lhe parece ser importantes, para Cagliari (2008 p. 37) “aprender é
um ato individual, cada um aprende segundo seu próprio metabolismo intelectual”. A
aprendizagem não tão necessariamente pode acontecer paralelamente ao ensino, o
que o professor julga ser importante para quem aprende pode não ser. Para o
indivíduo a ordem da aprendizagem organiza-se de acordo com a sua história de
vida.
No ensino é importante o que se diz na aprendizagem o que se faz. Nesta
ordem a necessidade de ressignificar para os educadores o que é aprender e o que
é ensinar.
No cotidiano escolar a práxis pedagógica ainda está voltada para a
reprodução e repetição com a metodologia que propõe que o aluno anote copiando
e respondendo as atividades e a avaliação aconteça com os testes e provas com
dias e horas marcados, e isso tem provocado conflitos na sala de aula contribuindo
para o fracasso escolar.
A aprendizagem é um fenômeno construtivo na mente e nas ações do
indivíduo, o ensino não constrói nada, nenhum professor pode aprender por seus
alunos, mas cada aluno pode aprender por si...
Quando a escola se prende ao ensino de forma homogênea deixa de
respeitar a individualidade do sujeito que já possui sua história e traz consigo a
bagagem dos anos anteriores a este que ele está matriculado, a aprendizagem é um
processo heterogêneo.
Obrigar alguém a aprender alguma coisa é lavagem cerebral. A aprendizagem
precisa partir de uma opção individual.
Ter uma sala de aula com trinta e cinco alunos e um professor para cada área
de conhecimento numa 5ª série não significa que se tenha uma escola, a essência
esta no que faz o professor, o que faz os alunos e o que cada um espera do outro.
Repassar conteúdo e levar informações para o aluno e fazê-lo reproduzir é
equivocar o ensino e a aprendizagem, ainda recorrendo a Cagliari (2008 p. 38) “não
é porque o professor não ensina que o aluno necessariamente não aprenda a tal
ponto, ir a escola é uma forma prática e organizada de aprender as coisas da
escola”.
O sujeito antes de ir para a escola poderá aprender com os pais, com os
colegas, olhando livros, percebendo o mundo, vivendo sua cultura e escrevendo sua
história. É pretensão da escola em achar que pode ensinar e o aluno aprender, se a
prática pedagógica estiver atrelada ao professor a repassar e informar conceitos e o
aluno a reproduzir copiando e respondendo nos testes e provas com dia e hora
marcados como se fosse algo oficial.
É urgente que a escola trabalhe a formação ética dos seus alunos, assumindo
o espaço de vivência e de discussão dos referenciais, conforme os Parâmetros
Curriculares Nacionais (1997 p. 36) a escola deve assumir como um espaço de
vivência não uma instância normativa e normatizadora, mas um local social
privilegiado de construção dos significados éticos necessário na construção da
cidadania...
É no espaço escolar deve garantir no seu Projeto Político Pedagógico que se
promovam as discussões sobre a dignidade do ser humano, a formação ética, a
igualdade dos direitos, recusando as formas de discriminação e relevando a
importância da solidariedade e a relevância das leis que amparam o ensino no
Brasil.
O fracasso escolar interfere na aprendizagem em nossa escola quando a
prática pedagógica impede que o aluno se aproprie do saber e os verdadeiros
objetivos educacionais deixem de acontecer ESTAS CONSIDERAÇÕES SÃO DE
JACQUES DELOURS EDUCAÇÃO UM TESOURO A DESCOBRIR, FAÇA A
CITAÇÃO COM ANO E PAGINA :
Por esta razão acreditamos que o principal objetivo de escola no seu Projeto
Político Pedagógico quanto as suas metas é ajudar nossos educandos a recuperar o
prazer de aprender e da mesma forma nós educadores aprendendo recuperando o
prazer de trabalhar aprendendo e de aprender trabalhando.
Muitas vezes no interior da escola, professores de várias áreas de
conhecimento oficializam a prova como se esta fosse a única forma do educando
manifestar seu sucesso ou fracasso na aprendizagem, e deixam de lado a
construção deixando de ser mero repasse de conhecimento.
Já é hora de refletirmos nos reportando a Cagliari (2004 p. 37), o ato de
aprendem é individual, alunos aprendem segundo seu metabolismo intelectual, O
QUE É ISSO o ensino pode estar sendo feito, mas a aprendizagem não depende do
que é importante para quem aprende. Que ordena seu tempo de aprendizagem é o
aluno, de acordo com a sua história que pode não acompanham os passos do
ensino do professor.
No processo do ensino é importante o que se diz na aprendizagem o que se
faz, e às vezes não significar responder e sim dizer. Para manifestar a
aprendizagem, não há porque repetir o que foi ensinado, e sim criar, uma forma
individual de demonstrar com iniciativa própria o que aprender.
O aluno vem à escola e não consegue aprender o conteúdo por diversas
causas e apresenta resultado negativo com notas baixas que o professor lhe atribuiu
nas avaliações. Não consegue adaptar-se ao regimento interno da escola
apresentando falta de limites, a desvalorização pessoal é visível, com a baixa
estima, com atitudes de silêncio e indisciplina em repúdio ao ambiente escolar, desta
forma recorre-se ao Álvaro Marchesi e Gil C. e colaboradores (2003 p. 83) em
síntese o fracasso escolar tem pelo menos três direções: o baixo rendimento
escolar, a dificuldade de adaptação as normas de convivência e a destruição da alto-
estima. Estes são tipos de fracasso cuja principal deficiência ocorre no mundo de
valores dos indivíduos, pois produzidos pelas ações dos seres humanos, este
fracasso acompanha o sujeito nos dias de hoje nesta produção de falhas que está
exposta a educação em nosso país.
Na convivência com o fracasso escolar, nosso aluno, não encontra
entusiasmo para permanecer e cumprir as determinações do regimento interno da
escola recorre-se à Nadia Bossa (2002 p. 17) há necessidade de avançar estudos
sobre os sintomas do fracasso escolar que pode ser justificada em várias
perspectivas: o sofrimento que causa a criança; os prejuízos que representa ao país;
a necessidade de reverter à teoria e a prática psicanalítica diante da natureza deste
sintoma, repensando paradigmas pós-modernos.
VEJA AQUI VC JÁ ESTA FALANDO DA ESCOLA ABRA EM SUBITEM
Diante do problema vivenciado na unidade escolar se faz necessário estudar
teorias que possam contribuir para o enfrentamento do sofrimento que o fracasso
escolar tem causado aos educando.
Por presenciar no cotidiano o fracasso escolar, vivenciando cenas de
exclusão e comentários de professores em reuniões e conselhos de classes, pais
insatisfeitos, alunos desestimulados me convenci que para esta temática há
necessidade de reflexão.
Pesquisando quanto ao fracasso escolar e as teorias que foram citadas,
carência cultural para despontar a culpa de que a criança pobre não aprende.
Assim como os professores justificam o fracasso escolar dos educandos por
estarem atrelados as teorias que levam ao fenômeno do fracasso escolar, suas
avaliações estão ainda norteadas num sistema tradicional de classificar e excluir.
Diante desta observação concordo com Demo e Saul que para diminuir a repetência
e a evasão escolar precisamos rever nossas práticas avaliativas. AQUI ESTA
CONFUSO
O Fracasso Escolar e o discurso pessimista dos educadores tem provocado o
equivocado processo pedagógico do ensino e aprendizagem que, conforme Silva
(1998 p. 23) nas falas que conduzem quanto ao assunto e através de suas ações
tem tido efeitos em surgir entraves de opiniões com marcas de posicionar-se e opor-
se à pedagogia desistente, gerando equívocos das teorias que não são aceitas por
grupos de alguns que resistem à mediação com ranços na visão do poder.
A marca da resistência ao novo, para conhecer e interagir na área do
conhecimento com olhar na história do conhecimento como prega o sócio-
interacionismo tem sido motivo para discussões infundadas. O discurso pedagógico
ainda muito reportado ao saudosismo de comparação da vida da escola do presente
com as dos tempos em que o professor foi formado.
A oposição à proposta pedagógica a existência tem sido observada quando o
insucesso escolar ocorre e a atitude de alguns professores ainda reporta-se a
avaliação classificatória e ao ensino de reprodução, ignorando os que fracassaram
que na visão de Nildecoff (2000 p. 65 a 67):
Quando se refere que não há a oportunidade de auto-avaliação para os
alunos para que esses tomem consciência de seus progressos ou fracassos. Se
existe o fracasso, não há uma proposta para superá-los e ver uma nova
possibilidade de aprendizagem. AQUI PODE IR PARA O SUBITEM DA
AVALIAÇÃO
Os trabalhos são aceitos, corrigidos mesmo que o sujeito possa nessa
reprodução deixar de fazer, apenas são colocados pontos de interrogação atribuindo
ao seu comodismo conceitos abaixo da média e não lhes é solicitado que refaçam
oferecendo novas oportunidades de manifestar seus avanços.
VEJA COMO VC MUDOU DE ASSUNTO , ACIMA VC FALA DA CORREÇÃO
DOS TRABALHOS ABAIXO DE CARACTERISTICAS DE PROFESSORES FAÇA O
LINK COM UMA CITAÇÃO LITERAL DE PREFERENCIA LONGA
O professor policial QUEM CARACTERIZOU ESTE PROFESSOR DE
POLICIAL ? COLOCAR O AUTOR vê o erro, traça, mas não se sensibiliza
deixando de existir a valoração do aprendizado, o resultado da prova é o olhar da
oposição do discurso docente diante da insegurança do aluno e da resistência do
professor.
E nossos sujeitos acostumam-se a receber com essas correções que punem
e desanimam tornando-os fregueses do fracasso escolar, deixando de fazer e
apenas cumprindo a tabela imposta. Os exercícios e provas ficam incompletos e
apenas com sinais de interrogação.
Diante dessa realidade da correção fria e cômoda não há esperança de
retorno de orientação de ensino para que aconteça a aprendizagem, entre o fazer
errado e não fazer para o aluno dá no mesmo.
Ao nos reportarmos ao insucesso do sujeito consideramos Freire (2008) que
descreve que o professor não pode continuar em cima do muro diante da resposta
do aluno que deixa os exercícios e provas em branco ou que fazem errado. Cabe ao
professor escolher orientar e trabalhar para o sucesso do educando não havendo
lugar para braços cruzados.
É no momento que o aluno não faz, resistindo a não cumprir seus deveres e
não mostrando dúvida o professor tem que tomar consciência e optar por cuidar do
que seu aluno carece quando ao aprendizado.
Ao professor cabe sair da obscuridade e observar ensinando, desafiando o
aluno de sua capacidade apostando, confiando e proporcionando condições para
que aconteça a aprendizagem.
ABAIXO VC JÁ ESTÁ FALANDO DA FUNÇÃO DO PROFESSOR , OU ABRA
UM SUBITEM OU VEJA COMO VC O INCORPORA NO TEXTO ACIMA
VEJA NADA DIZ COM A CITAÇÃO ACIMA FAÇA UM LINK, LEIA TUDO
NOVAMENTE MS IMPRESSO E VAI RISCANDO O QUE JÁ FOI FEITO, ESTA
CONFUSO E MISTURADO
Métodos inapropriados
Objetivos demasiado
Difíceis de alcançar
Recomendações
Dificuldades de
Aprendizagem Identificação de DA
DA identificadas
Por áreas e subáreas
Intervenção e
DA não
Reavaliação identificadas
Sucesso
Diante desta sugestão de Fonseca podemos traçar subsídios para identificar
as dificuldades de aprendizagem na sua seqüência e adaptação nas áreas de
sucesso e fracasso mantendo olhar em objetivos educacionais quanto às aquisições
simples compostas e complexas, na possibilidade de aplicação de estratégias de um
programa educacional individualizado quando queremos optar pelo enfrentamento
do fracasso escolar e das dificuldades de aprendizagem.
No que diz respeito ao insucesso quanto NBA - Nível Básico de Adaptação
surgem de métodos que não são apropriados, objetivos demasiadamente que
tornam difícil alcançar a realização na busca de estratégias para informar quanto às
dificuldades de aprendizagem.
É recomendado segundo Fonseca que se aceite as dificuldades de
aprendizagem, identificando-as por áreas e mediando a intervenção e reavaliação
do que o sujeito não se apropriou da sua aprendizagem.
Mas ainda temos que ter o cuidado, pois não é só identificando e subdivido
as dificuldades de aprendizagem que podemos identificar, todo cuidado é pouco
para evitar-se o insucesso.
E ainda Fonseca (1995 p. 239) recomenda que os métodos de investigação
pedagógica reúnam postulados que sirvam de alicerce na identificação e dados de
planificação da intervenção, que são discriminados nos seguintes princípios:
- Individualização do problema;
- Educação adequada ao perfil intra-individual das dificuldades;
- Analise do tipo de dificuldade, isto é, verbal ou não verbal, intra ou
interneurossensorial;
- Níveis de adaptação e de prontidão;
- O input procede ao output, por exemplo, a compreensão auditiva precede a
expressão verbal;
- Educação adequada aos níveis de tolerância, isto é, ter em linha de conta o
biorritmo preferencial da criança, bem como os seus níveis de motivação;
- Estimulação multissensorial;
- Educação adequada às dificuldades e as integridades;
- Trabalho perceptivo ao nível da discriminação da identificação, da imagem, da
memória e da simbolização, quer auditiva, quer visual;
- Controle das variáveis de espaço e tempo que possam maximizar a atenção e
todos os processos cognitivos subseqüentes do processo da aprendizagem.
Alguns preconceitos são também citados pelo mesmo autor, como a falta de
rigor metodológico, a dificuldade de generalização e o tempo destinado à pesquisa.
1 Sim. Não fazia as atividades por conta da bagunça. VEJA ABRA MAIS A FALA
DO ALUNO
2 Não, por que fazia bagunça e isso me prejudicou nas notas.
3 Sim, pois tem os colegas como amigos e observa que confundiu a amizade com
a bagunça.
ALUNO NUMERO 2
A mãe do aluno numero um relatou que o pai estudou até a segunda série e
ela até a quarta série, estes não pagam previdência e trabalham por conta própria.
Em casa tem mais um filho de dez anos e uma filha de sete anos. E que a renda
familiar é de um salário mínimo mensal.
E o motivo que a levou a aceitar que seu filho fosse o sujeito do estudo de
caso desta pesquisa foi à falta de vontade de estudar e ter repetido por quatro vezes
na quinta serie do Ensino Fundamental de oito anos. E esta relata que o filho
quando chegava ao final do ano não vinham ao dia de exame final.
Quanto aos antecedentes a gestação foi planejada, sentiu-se feliz e que não
lembra de ter acontecido algo durante sua gravidez deste filho. Que o parto foi
normal, que ocorreu tudo bem, que nasceu com dois quilos e novecentas gramas e
cinqüenta e dois centímetros.
No que diz respeito ao desenvolvimento a mãe relata que amamentou até os
três anos e que este adaptou-se com a alimentação muito bem. Que firmou a
cabeça com poucos meses e sentou-se sozinho aos cinco meses e engatinhou aos
sete meses e andou entre nove e dez meses, controlando os esfíncteres. (RODAPÉ)
No desenvolvimento de linguagem balbuciou as palavras resmungando aos
quatro meses, aos sete meses falou papai e conseguiu falar uma frase com um ano.
Observou a mãe que o aluno do estudo de caso tem um sono agitado fala
dormindo, range os dentes e baba, e que sempre vai dormir as vinte e duas horas. E
antes de dormir procura comer e dorme num quarto dividindo com o irmão.
Quando é necessário esta se apresenta algum sintoma de saúde, ela o leva
ao médico e que este tomou todas as vacinas.
Lembra a mãe que o filho sofreu um acidente e quebrou a perna, vitima de
acidente na construção da casa aos cinco anos. E que este ficou internado mais ela
não lembra da medicação que ele tomou. E que o filho se queixa de dores de
cabeça.
Quanto sua sexualidade ela relata que seu filho é um adolescente normal.
Sua sociabilidade é com a família, principalmente com o pai e que seus
colegas vão até sua casa. Faz amizades facilmente, mas se alguém pega no seu pé,
ele não aceita.
Quanto aos antecedentes familiares, segundo a mãe, não há do que relatar.
E um fato que marcou muito foi a morte do avó materno e de um tio irmão do
seu pai.
No que se refere ao relacionamento familiar ela diz que não há conflitos, que
os dois – pai e mãe – protegem o filho e que quando podem passeiam e fazem
lanches, e para ajudar quando esta sai cuida dos irmãos menores.
A historia da escolaridade do aluno, que sempre estudou na Escola de
Educação Básica Almirante Boiteux desde a primeira a quarta série dos anos iniciais
do Ensino Fundamental e que até então não havia reprovado.
E que a queixa principal da escola é que o aluno não comparecia para o
exame final e as atividades individuais e a constante indisciplina em sala de aula.
E quanto às dificuldades que o aluno apresenta segundo a mãe, é de
relacionamento com os professores e diretores. Segundo a mãe, o aluno sente que
estes profissionais estão contra ele e que isso aconteceu a partir da quinta série.
Continuando seu relato, a mãe sabe que o filho brinca, que não faz lição e
que os professores apontam os erros de seu filho.
Hoje na visão da mãe, ela pensa que a escola avacalhou com o seu filho.
Que este foi esnobado e que uma das assessoras da direção falou que seu filho era
um zero a esquerda e que tirasse este da escola.
A família pensa hoje dos professores que houve falta de colaboração e que
esta assessora de escola prejudicou seu filho com seu discurso para que o tirassem
da escola.
E ainda informa que seu filho não gosta dessa assessora e nem de outro
funcionário da escola que o chamou de vagabundo e nem de outra professora que
pegou em seu pé.
Diante do relatório da mãe, podemos perceber que houve momentos com
uma historia de rebeldia e submissão do sujeito numero um.
O aluno numero dois do nosso estudo de caso, iniciou seus estudos no ano
de 2010, seus pais são separados e hoje este vive com a mãe, o padrasto e dois
irmãos menores que ele e que estes trabalham e pagam previdência e a renda
familiar soma novecentos reais.
O motivo da queixa foi que sua reprovação por quatro vezes tem a ver ao
tempo em que o filho ficou sob o poder do pai e que o mesmo mudava-se muito de
escola e que este foi morar com seu genitor por que não pagava pensão.
E que esta dificuldade foi constatada nos seus quinze anos. E que a mãe ao
perceber que seu filho estava sendo prejudicado devido as mudanças do seu pai e
foi ao juiz que a reconduziu a guarda da mãe e hoje o pai paga a pensão que é de
direito de seu filho.
Sua gravidez foi planejada, que reagiu com felicidade a noticia, que ocorreu
tudo bem. Um parto normal no Hospital e que pesou dois quilos e oitocentas
gramas.
Quanto ao desenvolvimento do aluno numero dois, a mãe amamentou até os
seis meses e que quanto à alimentação este se alimenta normalmente.
O seu desenvolvimento psicomotor, diz não lembrar quando o filho firmou a
cabeça e que se sentou sozinho aos nove meses e que engatinhou também aos
nove meses, e andou com um ano. E controlou os esfíncteres aos dois anos.
Quanto à linguagem balbuciou os oito meses, falou as primeiras palavras
com um ano e primeira frase com um ano e meio.
Seu sono é tranqüilo, que vai dormir às vinte horas todos os dias, pois
acorda cedo e que dorme em camas separadas.
Apresenta-se algum problema de saúde e que este só apresenta febre
quando tem alguma virose.
E que chupou chupeta até os três anos e que às vezes morde os lábios.
Quanto à sexualidade do filho, relata que este é normal.
A mãe coloca quanto à sociabilidade do filho que este cuida dos irmãos e
que faz comida, e que os companheiros dele de brincadeira só quando vai jogar
bola.
E ela acha que o filho é tanto retraído quanto extrovertido, e que prefere a
companhia dos familiares e que tem bons hábitos de higiene.
E quanto aos antecedentes familiares, relata que seu pai usava uma
medicação de nome Gadernal, e que a maior dificuldade dela – mãe – era
Matemática.
Quanto ao relacionamento familiar, o filho somente cumprimenta o pai
biológico. E que este enfrentou conflitos com sua madrasta.
Há um distanciamento por conta da separação e convivência com a
madrasta e que hoje ele convive com a mãe, o padrasto e os irmãos.
E que em casa estes realizam atividades que possam ser em família,
assistindo televisão, conversando, trabalhando e que o menino ajuda com
responsabilidade a família.
Quanto a sua queixa da escola esta relata que devido as trocas de escola o
filho reprovou em series iniciais alternadamente no Ensino Fundamental e uma
reprovação na quinta série dos anos finais em outra escola.
E hoje este gosta de estudar e se dá bem com os professores e se dá bem
com todos da escola. Que seu filho conseguiu superar e hoje é um aluno que esta
sendo avaliado com média igual ou superior a sete.
A mãe acredita que das dificuldades que o filho vivenciou, esta afirma que as
mudanças de escola pela qual o menino foi submetido por conta da separação dos
pais e convivência com a madrasta, levou ao comportamento de vezes indisciplina
no passado, quando enfrentou o fracasso escolar.
E hoje a família pensa que a atual escola é ótima e que seu filho tem bons
professores e que pode ver neste um vencedor.
5.3.5 Analise do discurso da mãe numero dois. TIRE ISTO E VEJA ONDE SE
ENCAIXA ANALISE DO DISCURS É UMA TECNICA LINGUISTICA
O tempo na vida social e humana das pessoas tem sido tema para
comentários e comparações, Arroyo (2004) pontua que os alunos na sua condição
de adolescente ou criança, nas suas condutas nos chamam para que possamos nos
sensibilizar e olhar para o tempo que estão estudando.
E ainda relata que o tempo foi vivido com cuidado na socialização da
educação, isso na cabeça dos adultos, e foi esquecido do tempo dos nossos alunos
que precisam de atenção e dialogo.
E que há necessidade de se saber enquanto educadores, buscar uma base
teórica para se saber do ciclo da idade e vivencia daqueles que trabalham com
alunos. Mas que para isso será preciso que os professores tenham tempo para
estudar e se aperfeiçoar.
Ao analisar o discurso da mãe numero dois, quando se reporta ao
tempo em que o filho conviveu com o pai e a madrasta e que isto segundo seu relato
ocasionaram as repetências do aluno devido a mudança de sala, citamos Freire
(2005) que enfatiza que os homens se libertam em comunhão e é de relevância para
os oprimidos a manifestação dos outros homens quando da sua dependência
emocional.
Ao oferecermos a oportunidade de reflexão aos oprimidos pelo tempo
perdido na historia do aluno numero dois, de submissão e desvalorização humana,
estamos proporcionando condições concretas de ultrapassar com a colaboração e
compaixão a historia de sua opressão.
Quando o sujeito percebe que a instituição preocupa-se com ele e com
sua historia de vida, seu olhar como no estudo de caso do aluno numero dois
mudou, pois viu que seria possível ir à busca do tempo perdido nos reportamos a
Freire (2001) que podemos apesar dos limites da educação em nossos dias tornar
praticas pedagógicas que levem o desafio e conquistar o aluno com atividades
pedagógicas mediadas e acima de tudo a valorização humana do sujeito.
Arroyo (2009) propõe no olhar do desenvolvimento do humano que se faça
na escola da infância e adolescentes encontre nos seus professores a sensibilidade
no desenvolvimento dos tempos e espaços escolares como um processo
pedagógico de humanização.
A escola possa tornar possível os sonhos daqueles que um dia tiveram sua
passagem pelo vilão do Fracasso Escolar. A escola como um espaço de redenção
que deve priorizar, tirar a infância e adolescência da miséria e criminalidade como
um dever de resgatar o direito de cada ser humano e a formação do sujeito na sua
cidadania.
A escola pública é lugar onde circulam crianças, jovens e adolescentes de
tamanha diversidade quão estão expostos estes seres que são procedentes de
camadas sociais menos favorecidas, diante das historias dos alunos do estudo de
caso e dos depoimentos dos pais e professores há muito o que fazer para que
enquanto instituição que é regida por leis educacionais e quanto aos direitos
humanos fazer e acontecer com ações e metas que dissipem a trajetória dos tempos
escolares do mau que o fracasso escolar expõe suas vitimas.
5.4.1 Entrevista com Professor número um. FAÇA COMO ORIENTEI PARA FAZER
COM OS ALUNOS , ABRA NUM TEXTO , AS INFORMAÇÕES DO PROFESSOR ,
CONDE ELE MORA ........Licenciatura plena em História e dois em meio de serviços
ao magistério.
1 – O aluno número um quanto aos conteúdos das disciplinas dadas o aluno não fixa
sua atenção, por isso não consegue passar de ano, não gosta de estudar.
Segundo Coll, Marchesi e Palacios (2004) dos alunos com experiência de
fracasso e com pouca motivação sua tendência é abandonar a escola valendo-se da
falta de habilidade ao êxito por parte do aluno que não consegue resolver as tarefas
e reter sua atenção, pois se acha incapaz e ainda colocam que alguns estereótipos
atribuídos aos adolescentes o desvalorizam e lhe faz desistir.
2- Aluno número um, não desenvolve nada, por isso tem baixo rendimento em
todas as atividades. Aluno número dois, desenvolve as atividades com médias entre
sete e oito. Quando faz atividade em grupo, é líder positivo.
Quanto ao aluno número um, ela diz que ele tem baixo rendimento por que
não faz as atividades, continua resistente a sua condição excludente e excluído.
Reportamos a Martins (2000) se um aluno não cumpre os prazos estipulados para
apresentar seus deveres, e preciso que este defina seus limites e assumir as
conseqüências de sua negligencia, mais porem antes de tudo, há necessidade de
um esquema planejado gradualmente quanto a essas responsabilidades e ainda se
necessário se chegar a um apelo de conscientização.
E nestes quatro anos de reprovação em que este aluno foi deixado de lado, a
escola fez um planejamento e um esquema gradual da responsabilidade deste aluno
e de conscientização ou contribuiu com sua reprodução na fila das vitimas do
fracasso escolar.
3- O aluno número um, liderança negativa. Aluno número dois, convive com
certa harmonia, embora seja um pouco violento às vezes.
Quanto à interação com os outros alunos, a professora coloca que o aluno
número um é uma liderança negativa, desta forma nos reportamos a Freire (2008 p.
61) precisamos estar convencidos de que o convencimento dos oprimidos de que
devem lutar por sua libertação não é doação que lhes faca a liderança
revolucionaria, mas resultado de sua conscientização.
A escola enquanto instituição e seus pares devem se convencer que
conscientizar alunos oprimidos para se libertarem da rebeldia e submissão, não é
favor, mas sim cidadania que provoque nesses sujeitos a revolução da
conscientização da liberdade para a decência humana.
O sujeito número dois, conseguiu se inserir no ambiente escolar mesmo com
suas quatro reprovações de outras escolas, destacamos Freire (2008 p. 62) se os
lideres revolucionários de todos os tempos afirmam a necessidade do
convencimento das massas oprimidas para que aceitem a luta pela libertação.
Quando a conscientização dos professores atinge o sujeito podemos
comemorar um resultado de sucesso como foi o caso do aluno número dois, pois
como nos coloca Paulo Freire, temos que revolucionar e convencer os oprimidos
para sua libertação e cidadania.
5.4.4 Entrevista com Professor número quatro. Graduada em Letras, Pós Graduada
em Psicopedagogia Clinica em Institucional, trinta e um anos de Magistério.
1 – Com relação ao aluno número um, destaca para a situação de aluno que já não
existe outra oportunidade de relacionamento efetivamente, é praticamente nenhuma
quando se fala do conteúdo da matéria. O aluno simplesmente ignora qualquer
explicação ou orientação para a realização de atividades. Com relação ao aluno
número dois, nas aulas de inglês, não há observação relevante a se fazer, pois,
sendo este ano de 2010, o primeiro ano letivo nesta escola, o mesmo pode ser
avaliado normalmente, é educado, responsável, segue os conteúdos da disciplina a
questão de contento, é assíduo e mantém um bom relacionamento com os colegas
nessa aula.
A professora número três, coloca que o relacionamento com o aluno número
um é impossível. Hoffmann é preciso investigar a compreensão pelos professores
dos termos acompanhamento e dialogo. Entendo que ambos podem ser entendidos
de maneiras diferentes conforme estiverem atrelados a uma ou outra matriz
epistemológica.
Para compreender os alunos é preciso que se pesquise como esta a
compreensão dos professores quanto ao acompanhamento e conversa com seus
alunos, se há como entender-se a que corrente filosófica pertence o discurso do
professor.
Nestes anos de quatro reprovações do aluno houve acompanhamento e
dialogo da professora e de toda a escola num entendimento de uma concepção de
aprendizagem.
Quanto ao aluno número dois, ela coloca que é um aluno normal e destaca
que é o primeiro ano que veio para a escola. Tadeu (1995 p. 85)
1 – Quanto ao aluno número um, não participa por não querer. E quando
participava falava palavrões e ameaçava os colegas, na aula teórica, ai que não se
esforçava para ter concentração. Ele não queria, ficava conversando, tirando a
atenção dos alunos. E queria chamar a atenção para ele mesmo.
A professora número cinco, coloca quanto ao relacionamento seu com o
aluno, que não aconteceu e nos reportamos às condutas agressivas durante as suas
aulas, que Coll, Marchesi e Palacios (2004 p. 123) um dos problemas sociais que
mais preocupam os professores, os pais e as próprias crianças é a freqüência com
que se manifestam em aula as condutas agressivas”.
Ao manifestar condutas agressivas durante as aulas da professora, o aluno
número um transgredia as normas de conduta que não foi possível ser reduzidas e
provocaram conflitos entre os sujeitos que aprendem e que ensinam. Coll, Marchesi
e Palacios (2004 p. 124) é evidente que os conflitos, entre alunos, entre alunos e
professores, pais e professores, filhos e pais, etc., são inevitáveis e, em alguns
casos, é desejável que se manifestem.
Toda essa história de conflito que aconteceu entre o aluno número um e a
professora número cinco, com agressão verbal, foram inevitáveis pela intolerância
de ambos e são atitudes que precisam desaparecer da escola em busca da paz, da
vida como um bem maior.
Recorrendo a Aquino (1998 p. 131) é preciso, no entanto, salientar que se
podem ter atitudes aparentemente de tolerância, mas com um conteúdo muito mais
violento do que a intolerância, fato muito presente no cotidiano brasileiro.
A intolerância de alunos e professores tem provocado atitudes de violência
que ultrapassam os limites da liberdade dos sujeitos, o que complica e leva ao
stress.
Na visão da professora número cinco, quando ela diz que o aluno queria
atenção para si mesmo, e chamava atenção dos outros alunos, os efeitos surgiram,
provocando perversão educativa que Coll, Marchesi e Palacios (2004 p. 124)
E nestes embates de agressão quando o professor diz que ele não veio para
educar e sim para ensinar, desconecta a valorização que o jovem tem da imagem do
professor, pois ainda somos os profissionais que temos o contato direto com o
público e a nossa atribuição é de formar cidadão que possa viver e conviver pela
vida a fora.
Ao instigar o aluno ao longo dos anos escolares é possível que este com a
mediação do professor interaja e comece a querer aprender e manter o seu
interesse dedicando-se principalmente na fase do ensino fundamental, por isso o
cuidado que a escola precisa tomar para ter consciência do que fez sua função
social bem feita.
Quando as professoras número seis fala da autonomia que o aluno tinha,
recorremos Coll, Marchesi e Palacios (2004 p. 134) a necessidade de afirmação
pessoal que o aluno sente muitas vezes choca-se com as rígidas estruturas
organizativas e curriculares da educação.
O aluno precisa sentir autonomia para querer aprender e a escola precisa
deixar o autoritarismo de lado e reconhecer na valorização humana o resgate para o
bom êxito, pois estes precisam de nossa atenção.
2 – Aluno número um- Não houve muitas oportunidades de ver o que ele
poderia render, pois quando resolvia fazer alguma atividade, apenas copiava do
quadro, nunca trouxe de casa pronto, copiava novamente a correção, isso porque
ficava ao lado e pedia, praticamente implorava para que ele ao menos copiasse a
correção.
Com as avaliações, algumas vezes colocava seu nome, em outras vezes
fazia aviãozinho, quando era em duplas sempre pedia a um colega que fizesse com
ele, porém, ele não ajudava muito, o aluno número um ria da própria dificuldade,
acredito que rir da forma como ele fazia para tudo, seja uma defesa, para não
mostrar que precisa de ajuda.
Aluno número dois – O rendimento escolar dele é ótimo, sempre com o
caderno em dia, mesmo nas faltas, depois emprestava o caderno de colegas e
deixava em dia, as atividades sempre realizadas, as atividades de cada sempre
feitas, algumas vezes por ser ágil iniciava na própria sala as tarefas de casa,
preocupa-se em acertar, sempre mostra o caderno para ver se esta no caminho
certo. O aluno número 2, mostra que gosta de atenção, porém, ele usa o caminho
certo, o caminho correto, aquele que faz crescer.
Quanto ao rendimento do aluno, a professora número seis coloca que o
aluno numero um não demonstrou o que sabia e que ela mesma não conseguiu
aproximação, por isso recorre-se a Arroyo (2005 p. 71)
2 - Sobre o aluno número um, não tenho como responder esta questão, por
que ele nunca fez as atividades solicitadas. Sobre o aluno número dois, ele sempre
foi um bom aluno e fez todas as atividades propostas.
Cagliari (2008 p. 242) nenhuma criança é capaz de fazer o menor gesto ou
tomar a menor iniciativa, ou ainda ficar sem fazer nada, sem que isso seja o
resultado de uma decisão, fruto de uma reflexão.
O não fazer nada, o aluno denunciado que não faz, não cumpre que seja
irresponsável, que não produz, é o resultado que concordo com Cagliari, do qual
este se decidiu vivenciando e refletindo ano após ano sempre respondendo as
mesmas consignas. E nesta razão de humano, as suas ações são comandadas
devido às circunstâncias do discurso fraturado, distorcido da instituição escolar.
Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Demo (2006 p. 11) tenho
trabalhado este tema em inúmeros lugares, o que me dispensa maiores
perambulações. Aprendizagem é dinâmica reconstrutiva política, como mostra hoje
também a biologia.
Para propor ao aluno a aprendizagem, a necessidade de reconstrução do
discurso excludente, é preciso resignificar no professorado a reconstrução da
formação politizada. Num olhar em que aprenda a enxergar que o adolescente de
quinze anos hoje não encontra um espaço na sua turma, foi apontado como líder
negativo, como exemplo que não deve ser seguido.
Em num olhar de sujeito politizado o professor que sofre suas mazelas, que
conta de suas dificuldades financeiras, do seu cansaço como sujeito competente e
humano, precisa de uma pitada de Ziraldo:
3 – O aluno número um, enquanto veio para a escola, conversava com seus
colegas, debochava dos outros alunos, muitas vezes atribuindo a eles apelidos
depreciativos. O aluno número dois, sempre se deu muito bem com todos os alunos
de sua sala de aula.
Ainda para justificar analisando o depoimento dos professores quanto à
interação dos alunos, recorre-se a Freire (2008 p. 34) ensinar exige a
corporeificação das palavras pelo exemplo. Não é possível ao professor pensar que
pensa certo, mas ao mesmo tempo perguntar ao aluno se a sabe quem está
falando? Nesse clima dá exigência que o aluno pede ao professor do seu trabalho
esta cansado de saber que falta comprometimento daqueles que dizem. Ao
argumentar quanto à interação do aluno número um por seus professores, Freire:
Em pleno século vinte e um, não é possível conceber que a instituição deixe
de lado os sujeitos que fazem parte do fracasso escolar, é urgente que se enfrente
os problemas buscando soluções incansáveis para que se resolva neste conflito do
equívoco que se cometeu durante todos esses anos, ainda há tempo, há esperança
ainda.
Na prática docente espontânea ou quase, espontânea na implicância critica
do achismos do certo indiscutivelmente produz saberes ingênuos ou quase nada
que irão representar ao sujeito fracassado com distorção serie idade na condição de
aprendiz é inegável o fazer do pensar e refletir a sua cidadania.
Que indiscutivelmente as palavras e opiniões quanto ao estudo de caso
desta pesquisa, seja para propiciar reflexão crítica de um olhar de novos tempos na
Educação de adolescentes que infelizmente passam por esta situação deprimente
produzida na escola sem a intenção do acontecimento desse fenômeno do fracasso
escolar.
A analise de dados desta pesquisa preserva a liberdade de expressão dos
entrevistados quanto ao nosso estudo de caso, e cita-se Costa (2006 p. 118) que faz
suas colocações quanto à interpretação das respostas com requisitos que são
indispensáveis:
CECCON, Claudius; OLIVEIRA, Miguel Darcy de; OLIVEIRA, Rosiska Darcy de: A
Vida na Escola e a Escola da Vida. 14 ed. Petrópolis: Vozes, 1986.
http://letras.terra.com.br/geraldo-vandre/46168/ (02/12/2010)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm (02/12/2010)
NIDELCOFFI, Maria Teresa. Uma escola para o povo / Maria Teresa Nidelcoff;
[tradução João Silvério Trevisan]. 38 ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.
QUEIROZ, Jana Dias. Dicionário Prático de Pedagogia. 2 ed. São Paulo: Rideel,
2008.
STRECK, Danilo R.; REDIN, Euclides e Zitkoski, Jaime J. (orgs) Dicionário Paulo
Freire. 1 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
__________, L.S. A formação social da mente. Trad.: José Cipolla Neto, Luis
Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes,
1989.
ANAMNESE
ESCOLA:___________________________________________________________________________
_______________
1. IDENTIFICAÇÃO:
Nome:___________________________________________________
série:___________________________________
Data de
Nascimento:_______________________________________Idade:____________________________
___
Sexo:______________________________ Cor:__________________
Religião:_______________________________
Pai:_______________________________________________________________________________
________________
Escolaridade:_______________________________________________________________________
______________
Ocupação:___________________________________ Instituto de
Previdência:__________________________
Mãe:______________________________________________________________________________
________________
Escolaridade:_______________________________________________________________________
______________
Ocupação:___________________________________ Instituto de
Previdência:__________________________
Endereço:__________________________________________________________________________
______________
Responsável:________________________________________________________________________
_____________
Informante:_________________________________________________________________________
______________
Telefone para
contato:___________________________________________________________________________
2. COMPOSIÇÃO FAMILIAR:
ESTADO GRAU DE LOCAL DE
NOME IDADE SEXO INSTRUÇÃO
CIVIL PARENTESCO TRABALHO
Renda Familiar:
4. ANTECEDENTES:
5. GESTAÇÃO:
6.NASCIMENTO:
Parto:
1. A termo___________________________________________
(meses)______________________________
2. Hospital ( ) casa ( ) com médico( ) parteira( )
3. O parto foi normal ( ) cesariana ( ) fórceps ( ) por quê?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________
4. Tipo de anestesia: geral ( ) raquidiana( ) peridural ( ) nenhuma ( )
5. Descrição do parto (duração)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
6. Posição do bebê:
Cabeça ( ) face ( ) mãos( ) pés ( ) nádegas ( )
7. Houve algum problema com o bebê logo que nasceu? Precisou de oxigênio?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
8. Nasceu cianótico? (roxo)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
9. Chorou logo?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
10. Qual o peso e tamanho?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
11. Teve icterícia?____________________________________________ Como foi tratado?
__________________________________________________________________________________
_________________
7.DESENVOLVIMENTO
a)Alimentação:
1.Como foi o aleitamento desde o nascimento até o desmame? E as reações à introdução de outros
tipos de alimentos?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
2.Teve ou tem problemas para mastigar e/ ou engolir?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
3.Hábitos alimentares da criança ( quantas refeições por dia, o que come, o que prefere, come muito,
come pouco, foi ou é forçado a comer)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________
b)Desenvolvimento Psicomotor:
f) Manipulação e hábitos:
Ainda usa?
Ainda o faz?
Ainda o faz?
4. Puxa a orelha?
5. Puxa os cabelos?
6. Morde os lábios?
g) Sexualidade:
Freqüência?
__________________________________________________________________________________
____
h) Sociabilidade:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
2. Tem companheiros?
__________________________________________________________________________________
_________________
__________________________________________________________________________________
_________________
4. É retraído ou extrovertido?
__________________________________________________________________________________
_________________
__________________________________________________________________________________
_________________
6. Briga facilmente?
__________________________________________________________________________________
_________________
__________________________________________________________________________________
_________________
__________________________________________________________________________________
_________________
i) Vestuário e Higiene:
1. Veste-se sozinho?
__________________________________________________________________________________
_________________
4. Faz nó e laço?
__________________________________________________________________________________
________________
1. Deficiência física:
__________________________________________________________________________________
_________________
2. Deficiência mental:
__________________________________________________________________________________
_________________
4. Alcoolismo:
__________________________________________________________________________________
_________________
5. Asma
__________________________________________________________________________________
_________________
6. “Ataque”
__________________________________________________________________________________
_________________
7.
Suicídio____________________________________________________________________________
_______________
8.
Alergia_____________________________________________________________________________
______________
9. Dificuldades
escolares___________________________________________________________________________
______________
9. RELACIONAMENTO FAMILIAR
1. Existem conflitos?
__________________________________________________________________________________
_________________
10. ESCOLARIDADE:
__________________________________________________________________________________
_________________
Data _______/____________/___________