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UNIVERSIDAD POLITÉCNICA Y ARTÍSTICA DEL PARAGUAY – UPAP FACUL-

DAD DE ESTUDIOS DE POSTGRADO

CURSO DE MAESTRIA EM CIENCIAS EDUCACIÓN

AS CONSEQUÊNCIAS DO FRACASSO ESCOLAR NA 5ª SÉRIE DOS ANOS


FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO DE CASO

SANDRA MARIA FERREIRA

CIUDAD DEL LESTE – PY

2010
SANDRA MARIA FERREIRA

AS CONSEQUÊNCIAS DO FRACASSO ESCOLAR NA 5ª SÉRIE DOS ANOS


FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO DE CASO

Dissertação apresentado ao Curso


Mestrado em Ciências da
Educação da UNIVERSIDADE
POLITÉCNICA E ARTISTICA DO
PARAGUAI - UPAP, PY, como
requisito para a Elaboração da
dissertação, para fins de obtenção
do título de Mestre em Ciências da
Educação. Orientadora Prof. Dra.
Catarina Costa Fernandes.

CIUDAD DEL ESTE


2010
TERMO DE APROVAÇÃO

As conseqüências do fracasso escolar na 5ª série dos anos finais do ensino


fundamental: Um estudo de caso

Por

Sandra Maria Ferreira

Dissertação de mestrado apresentado a Banca Examinadora da Universidad


Politécnica e Artística Del Paraguai

_____________________________

Catarina Costa Fernandes

Professora Doutora

Banca Examinadora:

_________________________

_________________________
Em especial ao meu pai Crispim Ferreira Filho (In
Memórian), meu referencial de Homem e sujeito em
Potencial.

A minha Mãe, Maria Borges Ferreira, uma mulher que soube


ser mãe e professora nos seus 76 anos de vida, por ser tão
solidária ao outro

Aos meus irmãos professores, Matemática, Luiz Carlos


Ferreira e Francisco Assis Ferreira, por serem competentes
humanos e com sensibilidade e compaixão fazem a
diferença na sua profissão.

A minha irmã, Helena Maria Ferreira de Lima, Pedagoga do


Ensino Fundamental das séries iniciais, pelo compromisso
que assume com seus alunos no ato de ensinar.

A minha cunhada, Izabel Cristina Vieira Ferreira, Professora


de Geografia, que faz seu trabalho voltado ao aluno como
um ser social em formação.

E também a minha Cunhada Elisangela Ferreira, e seu Filho


Mayclender e meu Cunhado Rosnildo de Lima.
Dedico a todos os professores das escolas:

Escola de Educação Básica Almirante Boiteux e Escola de


Educação Básica Higino Aguiar.

Dedico a minha amiga e orientadora: Professora Doutora


Catarina Costa Fernandes, por seu valoroso conhecimento e
contribuição que faz a diferença na educação da América
Latina.

Dedico aos meus sobrinhos, Roni Luiz Ferreira de Lima, 16


anos, adolescente, barulhento e querido, ao Gustavo Vieira
Ferreira, 7 anos, menino que interage o tempo todo e gosta de
aprender, a Maria Heloisa Ferreira, 5 anos, esta se
encaminhando para o letramento e também é sapeca e
querida.

A minha amiga Marli Cardoso, pelo seu companheirismo


durante todos esses anos dedicado a nossa família e
especialmente para mim.

A minha amiga Maria Schchioet, por ter me incentivado a ter


metas e sonhos, e me desafiar a estudar.

Aos meus afilhados, Edson Gavrão, Natali Catarine da Silva


Pinto, Paulo Mateus Carvalho, Tânia Regina Wincler, Maiza
da Silva e Roni Luiz Ferreira de Lima.

Aos meus primos, David Cafruni Ferreira, Rosangela Ferreira


Monteiro, Maria das Neves Gavrão, Eva Lucia Gavrão e Edite
Piazera.

Em especial a Ariel Andresso Coimbra, 15 anos, por sua


trajetória de rebeldia e sucesso sendo aprovado e por ter
alcançado 70% ou mais em suas avaliações de aprendizado.
Aos alunos vitimas do fracasso escolar e que há muito já foram silenciados no seu
direito de aprender reflitamos a letra da música “Coração de Estudante” de
Composição de Wagner Tiso e Milton Nascimento lançada em 1983.

Quero falar de uma coisa


Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar

Pode estar aqui do lado


Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor
Já podaram seus momentos

Desviaram seu destino


Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu
Mas renova-se a esperança
Nova aurora, cada dia

E há que se cuidar do broto


Pra que a vida nos dê
Flor flor o o e fruto
Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo

Tomar conta da amizade


Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, planta e sentimento
Folhas, coração,
Juventude e fé.

AGRADECIMENTOS
Acima de Tudo a Deus, por ter me conduzido ao caminho da pesquisa.
Aos meus Familiares.
Ao companheirismo de Alcemira Amara da Cunha, Supervisora Escolar e
Silvana Grerim Pereira, Psicopedagoga e minhas fiéis amigas de sempre, em
especial nestas idas e vindas do Mestrado.
A professora e Doutora Catarina Costa por ter aceitado me orientar, com todo
seu conhecimento.
São estas diferenças, na amplitude do termo, que
possibilitam aos seres se modificar e modificarem as
coisas, de alterarem a si mesmos e a realidade na qual
vivem, através da interculturalidade, processo esse que
nasce e se solidifica na troca, reciprocidade,
solidariedade, interação, e não na mera convivência
entre as diversas culturas.
O processo de interação implica num profundo respeito
pelas diferenças, rejeitando a pretensão da
homogeneidade de idéias e atitudes e a supressão dos
conflitos e negociações.
(CATARINA COSTA FERNANDES 2009. P 20)

RESUMO
O estudo focaliza as conseqüências do fracasso escolar nas 5º séries do Ensino
Fundamental dos anos finais: um estudo de caso na Escola de Educação Básica
Almirante Boiteux em Araquari, Santa Catarina, Brasil. Privilegiamos o discurso na
desmistificação e discussão na temática proposta e no que representa para o sujeito
no processo de ensino e aprendizagem. Destaca-se a relevância quanto ao fracasso
escolar fazendo-se a abordagem crítica e no que isso pode ter conseqüências para
o sujeito que sofre deste fenômeno. Verificamos que estes conceitos foram
avançando ao longo dos anos na história da educação no Brasil e a legalidade,
levando a uma reflexão pedagógica da pratica de ensino nas nossas escolas, onde
se produziu o fracasso escolar e pesquisou-se a teoria sócio-interacionista como
eixo norteador da Proposta Curricular de Santa Catarina. Como metodologia optou-
se por uma abordagem de pesquisa de estudo de caso observando-se a analise dos
dados no discurso dos sujeitos pesquisados e pelo método qualitativo e empírico.
Como objetivo de analisar e estudar o fenômeno do fracasso escolar sugere-se que
a instituição escolar interaja junto a seus professores e equipe pedagógica
viabilizando formação continuada das questões quanto às conseqüências do
fracasso escolar nas 5º séries dos anos finais do Ensino Fundamental, com intuito
de refletir a prática do dia a dia da escola.

Palavra-Chave: fracasso; aprendizagem; sujeito; ensino fundamental.

SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................................................

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA DA PESQUISA.................................

1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO............................................................................

2 DESMISTIFICANDO O FRACASSO ESCOLAR...................................................

2.1 FRACASSO ESCOLAR

2.2 O FRACASSO ESCOLAR COMO FENÔMENO A SE EXPLICAR

2.3 O Currículo e a Aprendizagem

2.5 ENFRENTANDO O FRACASSO ESCOLAR E AS DIFICULDADES DE


APRENDIZADO

3 METODOLOGIA..................................................................................................

3.1 INSTRUMENTO DE PESQUISA

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS......................................................

4.1 OS SUJEITOS PESQUISADOS PELA PESQUISADORA...............................

4.2 AS ENTREVISTAS COM OS ALUNOS...........................................................

4.3 AS ENTREVISTAS COM OS PAIS..................................................................

4.3.1 ANAMNESE..................................................................................................

4.3.2 ANAMNESE COM ALUNO NUMERO UM.....................................................

4.3.3 ANALISANDO ENTREVISTA MÃE DO ALUNO NUMERO UM.....................

4.3.4 ANAMNESE ALUNO NUMERO DOIS.............................................................

4.3.5 ANALISANDO ENTREVISTA MÃE DO ALUNO NUMERO DOIS....................

4.4 A ENTREVISTA COM OS PROFESSORES......................................................

4.4.1 ENTREVISTA COM PROFESSOR NUMERO UM............................................

4.4.2 ENTREVISTA COM PROFESSOR NUMERO DOIS.........................................

4.4.3 ENTREVISTA COM PROFESSOR NUMERO TRÊS...................................

4.4.4 ENTREVISTA COM PROFESSOR NUMERO QUATRO................................


4.4.5 ENTREVISTA COM PROFESSOR NUMERO CINCO...................................

4.4.6 ENTREVISTA COM PROFESSOR NUMERO SEIS..........................................

4.4.7 ENTREVISTA COM PROFESSOR NUMERO SETE......................................

4.4.8 ENTREVISTA COM PROFESSOR NUMERO OITO............................................

4.5 OBSERVAÇÃO DA PESQUISADORA AOS ALUNOS DE ESTUDO DE CASO.


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................

6 REFERÊNCIAS...................................................................................................

7 ANEXO
1 INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização do problema de pesquisa

Ao longo de nossa história as pesquisas sobre o fracasso escolar estiveram


em princípio marcadas por um discurso biológico em que as causas do fracasso
estavam relacionadas a fatores genéticos, raciais ou hereditários dos indivíduos. Foi
por volta dos anos 70 que essas teorias passaram a ser questionadas e um novo
discurso passou a se fazer presente, as explicações passaram a ser buscadas na
proveniência cultural dos alunos, dando origem as teorias da carência cultural.
Os problemas enfrentados por profissionais que atuam direta e indiretamente
com alunos da 5ª série dos anos finais do Ensino Fundamental da Escola de
Educação Básica Almirante Boiteux da Rede Pública Estadual de Santa Catarina,
tem provocado comentários no interior do ambiente escolar.
Freqüentemente ouvimos em Reuniões Pedagógicas e Conselhos de Classe
que os alunos não cumprem as tarefas escolares e não entendem as orientações
recebidas dos adultos, e que são irresponsáveis indisciplinados e que os pais não os
educam. Por outro lado os pais também reclamam da instituição e do governo,
transferindo a responsabilidade pelo fracasso escolar que os filhos apresentam.
Neste sentido surge o fracasso escolar do choque entre o sujeito que aprende
e a instituição e se reflete na família, no professor e na sociedade, percebendo-se o
descontentamento entre estes seguimentos quanto ao processo ensino-
aprendizagem.
Diante desta realidade é relevante considerarmos que para vida social e
humana é necessário que a escola responda às diversidades sociais deste sujeito.
Quanto aos profissionais da educação, a oportunidade para sua formação técnica
que o problema exige, oportunizando o estudo do fracasso escolar estamos
colaborando com a ciência, com a temática ao conhecimento voltado desta forma
para atenção que o assunto exige no interior da instituição.
Quando pensamos no fracasso escolar logo vamos ao resultado do termo
reprovação, por isso temos que nos voltar ao sujeito que reprova e ao sujeito
reprovado. Assim a reprovação na escola é vivida ano após anos sem que
realmente se analise os verdadeiros problemas que levam a instituição a este
resultado. Remeto-me então a questão: Quais as causas do fracasso escolar na 5ª
série dos anos finais da Escola de Educação Básica Almirante Boiteux, do Estado de
Santa Catarina, Brasil?
As proposições de análise são:
As orientações dos professores não são suficientes e os alunos deixam de
cumprir de suas tarefas escolares? Pois nos anos iniciais do ensino fundamental
estavam acostumados com uma professora regente? Os alunos não se adaptam as
diversas metodologias de ensino de cada professor por área de conhecimento e
assustando-se com o novo? Os pais deixam de acompanhar a aprendizagem de
seus filhos e a legalidade de que toda criança deve estar na escola dos seis aos
dezessete anos é apenas um engodo?
O objetivo geral desse estudo é investigar as causas do fracasso escolar na
5ª série dos anos finais do ensino fundamental na Escola de Educação Básica
Almirante Boiteux, município de Araquari -Estado de Santa Catarina- Brasil.
Os objetivos específicos desenvolvidos nesse estudo serão respectivamente :

Identificar as conseqüências do fracasso escolar na 5ª série dos anos finais


do ensino fundamental na Escola de Educação Básica Almirante Boiteux;
Analisar as causas da reprovação dos alunos da 5ª série dos anos finais do
ensino fundamental;
Descrever as ações implementadas pela escola quanto à prevenção do
fracasso escolar;
Envolver os pais e professores ao compromisso no enfrentamento ao
fracasso escolar na Escola de Educação Básica Almirante Boiteux;

1.2 Estrutura do Trabalho

Esta dissertação está dividida em cinco partes. A primeira parte compreende


a Introdução, na qual é contextualizado o problema da pesquisa, os fatores
qualitativos de análise, os objetivos gerais e específicos e a justificativa para a
escolha do tema.
A segunda parte é identificada pelo capitulo II, cuja abordagem parte da
desmistificação pesquisando os mitos que mistificam e discutem o que e como
acontece o fracasso escolar e os problemas de aprendizagem a emoção e a
convivência escolar, o fracasso escolar no processo de aprendizagem, enfrentando
o fracasso escolar e as dificuldades de aprendizagem.
O terceiro capitulo corresponde a metodologia utilizada para explicar o estudo
de caso.
Quanto ao quarto capitulo apresenta a entrevista dos alunos e a analise dos
dados dos sujeitos que foram entrevistados e relata a anamnese que foi
desenvolvida com os pais dos sujeitos do estudo de caso, das conseqüências do
fracasso escolar nas 5º séries do Ensino Fundamental da E.E.B. Almirante Boiteux.
Também referendamos a entrevista com os professores das diversas áreas
de conhecimento, analisando a fala dos entrevistados.

e SANDRA VC NÃO FEZ ANALISE DO DISCURSO É UMA TECNICA , E


POR SINAL COMPLICADA
REFAÇA ESTA PARTE COMO LHE ORIENTEI ANTERIORMENTE
CAPITULO II DESMITIFICANDO O FRACASSO ESCOLAR

Neste capitulo aborda-se o fracasso escolar, como causador da evasão e


repetência na escola principalmente na 5ª série do ensino fundamental. O fracasso
escolar que vivenciamos na escola nos dias atuais está enraizado à história da
educação no Brasil, segundo Patto (1991, p. 09) As idéias atualmente em vigor no
Brasil a respeito das dificuldades de aprendizagem escolar, dificuldades que,
sabemos se manifestam entre as crianças procedentes dos seguimentos mais
empobrecidos da população.
Esta idéia foi por muitos anos defendidos para justificar as questões do
fracasso escolar que permeiam a realidade da educação do Ensino Fundamental no
nosso país.

2.1 O fracasso escolar

Ao nos reportarmos as causas do fracasso escolar recorreram a Patto (1990,


p. 94) numa tentativa de sutura do discurso fraturado com início nos anos setenta, a
explicação da desigualdade social entre as classes sociais. Que se volta a Teoria da
Carência Cultural para explicar a desigualdade do ambiente cultural nas crianças
das chamadas classes baixa justificando o insucesso na escola. Esta teoria afirmou
em sua primeira formulação que a pobreza ambiental nas classes baixas produz
deficiência no desenvolvimento psicológico infantil e que estas seriam as causas das
dificuldades de aprendizagem e adaptação escolar.
A ¹teoria da carência cultura tem um discurso incoerente que acaba
reafirmando que o aluno não aprende por culpa de seu próprio fracasso, estando
presente ainda em nossos dias numa condição excludente.
Nos anos em que predominaram as teorias da deficiência cultural, teoria da
diferença cultural a responsabilidade da escola pelo fracasso escolar ficou limitada a
sua inadequação a clientela percebe-se que o discurso fraturado repete-se alegando
que a escola era inadequada a sua clientela, predominando a exclusão.
¹ Teoria da Carência Cultural. Explicação engendrada pela psicologia norte americana nos anos 60 e 70, para os
problemas das desigualdades sociais de escolarização. Uma suposta dificuldade de comunicação entre o
professor e o aluno causada por diferenças culturais entre eles, foi colocada como centro de explicação das
dificuldades das crianças pobres. PATTO 1990.
A instituição deve reportar-se ao sujeito que não consegue aprender de
maneira respeitosa buscando alternativas para resgatar os que foram deixados de
lado e foram produzidos a não obter êxito ao longo dos anos na sua vida escolar,
histórias de múltiplas reprovações.

Por acreditarmos que enquanto profissionais de educação devemos buscar


por relações que segundo Freire (2006, p. 53) em seu livro Pedagogia de Sonhos
Possíveis, acreditar na força das verdadeiras relações das pessoas para somar, re-
significar, na experiência destas relações, desenvolve-se a curiosidade humana a ir
à busca de outros saberes.
É necessário o comprometimento para aguçar a curiosidade, que ora são
objetos do conhecimento, que possibilita o sujeito, desvelar o processo relacional,
produzindo o início, dos desejos, aspirações dúvidas, medo, mas razão. Freire
convencido de que a finalidade dos diferentes conhecimentos que chamou de
relacional, com objeto que escreve dos objetos que estão dispostos na sala de aula,
com que estão ligadas as coisas, as pessoas escrevendo, lendo, pensando e não
lhes negando o conhecimento. A relação com os dos limites do conhecimento
científico da escola.
O fracasso escolar segundo Fernandes apud Cordié (1994, p. 34) se
pontuarmos a evolução da sociedade deu lugar nas escolas ao fracasso escolar
como uma nova patologia de que trata as mudanças do mundo do trabalho, numa
sociedade voltado ao tecnicismo, e afirma que as novas exigências agregam-se os
estragos provocados pela exploração de testes de níveis.
Estes testes que Fernandes apud Cordié (1994, p. 28) criticam quanto à
discriminação, que fazem a escola que aplicam tais procedimentos para medir a
suposta capacidade ou a maturidade do indivíduo, e com os resultados destes,
culpar o aluno por seu insucesso. Ao questionar o fracasso escolar esta afirma que o
mesmo é o oposto do êxito, e que para diminuir o fracasso precisamos reverter à
ética do êxito.
Para atuar quanto às causas que abrem as portas para o fracasso escolar, há
necessidade de intervenção nas escolas, quanto a esta temática nos cursos de
graduação em licenciaturas em particular a pedagogia.
Para ser professor são necessários alguns requisitos, mais a ética segundo
Freire (2006, p. 65) que se refere no tempo e na história, numa compreensão
estreita para os neoliberalistas. Que este sistema vê a ética como resultado de
mercado, visando o lucro e a ganância. Nós educadores democráticos, devemos
esclarecer a quem interessar que a educação representa formação e não
treinamento. A formação ética do educador deve caminhar junto com o
conhecimento contínuo e tecnológico. Os requisitos éticos estão tornando-se críticos
num mundo a cada dia com menos ética.
Como a hora que o professor está expondo seu conteúdo e em forma de
repassar, nosso sujeitos estão ali presentes de corpo, mas com o pensamento longe
ou conversam, ai começa a saga da história do desanimo do aluno que não tem
reação quanto ao assunto, ele divaga, viaja, sente sono, e há alguns que dizem que
a aula parece um velório ou uma sujeira.
Ao percebermos estas reações precisamos re-significar a práxis. Freire (2008,
p. 47 a 48) ressalta que ensinar não transferiu conhecimento, mas criar possibilidade
para que o oportunize a própria produção ou a construção. Que o docente ao entrar
numa sala de aula, deverá estar aberto às indagações, a curiosidade, as perguntas.
Temos que insistir, vivenciar e testemunhar, falar bonito não basta. Em seu discurso
o professor sobre as teorias, deve ser o exemplo prática da teoria. Quando estamos
construindo o conhecimento, criticando a extensão, envolvendo na construção os
alunos.
Ao nos referirmos ao fracasso escolar pelo momento que vivemos nos
dirigimos a Fonseca (1995, p. 355) numa visão de que inadaptação social que afeta
adultos e crianças, uma característica da sociedade de consumo que se reflete na
escola.
Com a democratização do ensino não acompanha a democratização
sociocultural, e a escola alimenta uma sociedade de consumo, na produção de
técnicas, a por conseqüência a competição como sistema básico para a avaliação.
Esta vertente técnica na educação é alimentada por políticos, pais, professores,
impondo-se a criança e da educação. Para o bem de todos os êxitos escolar
prevalece.
Numa dimensão produtiva faz da criança matéria prima, e do professor
instrumento de produção, vítimas do sistema sócio-educacional são impedidos de
voltarem-se a cultura no seu sentido verdadeiro. E continua e concorda que para a
escola atingir a função cultural, não poderia estar preso a processos seletivos que se
fundamentam em análise econômica e perfis de rendas. O controle que a escola
pensa que faz no seu poder, com ressalva em seus aspectos pedagógicos a
científicos, tem feito com que o professor ainda avalie a inteligência e a criança se
sinta um ser ameaçado.
Ao nos propormos a desmistificar a mistificação que foi sendo engendradas
para enganar e ludibriar os verdadeiros objetivos da educação, há de se precisar
romper com o misticismo de jargões que formam elaborados na justificativa
enganosa do fracasso escolar.
Werneck1 (2002, 73 a 107) enfatiza que os alunos não podem passar de ano
sem saber ler.
1 Promover todos os alunos tira o estímulo dos mais estudiosos e
favorece o desinteresse dos menos estudiosos;
2 A qualidade do ensino diminui, quando todos os alunos são
promovidos;
3 Quando todos os alunos são promovidos acontece que muitos
passam de ano sem saber nada;
4 Os pais não concordam que seus filhos passem sem saber
nada;
5 É um bem que se faz ao aluno obrigando-o a repetir a série;
6 Quando todos os alunos sabem que vão passar, o professor
perde a autoridade;
7 É impossível trabalhar com turmas heterogêneas, em que uns
sabem ler e outro não;

Estes e outros mitos segundo Werneck, são esbravejados nos conselhos de


classe, nas reuniões pedagógicas por aqueles professores que estão atrelados a
esta mistificação que engana aos pais, ao aluno e ao próprio professor.
São as desculpas que foram sendo utilizadas, ano após ano, nos corredores
da escola, deixando de lado os quintais do conhecimento. Arroyo (2009, p. 175)
“somos o que produzimos, nosso fazer é nosso espelho. A escola é a síntese de um
amontoado de práticas do coletivo, educadores, educandos é seu orgulho ou sua
desilusão.”
Ao produzir-se o fracasso escolar nos enganamos e muito quando colocamos
a culpa no sujeito ou na família ou até no governo, estes resultados do fracasso
escolar é o espelho da prática pedagógica da instituição que são prejudiciais a
aprendizagem causando o fenômeno que debilita a humanidade.
Educadores vem e voltam, de um ano para o outro pode haver rotatividade de
professores, porém continuam na permanência de práticas tradicionais de rotina e

1
A nota prende e a sabedoria liberta” mitos que são desenvolvidos com bases no “Diz se quer” e ressalta que
ouvindo Tereza Pena Firme inspirou para as respostas a cada mito.
até tédio. Mas mesmo diante dessa observação se houver vontade de mudança
poderemos estar dando outros destinos e buscando pelo sucesso escolar.

Temos prestado pouca atenção ao peso inibidor da


aprendizagem dos tradicionais rótulos de repetente,
aluno-problema, turmas especiais, de recuperação,
de aceleração...
Os sutis desmascarados mecanismos de
segregação/humilhação ocultos nesses rótulos nos
preocupam. (ARROYO 2009, p. 160)

Enquanto a escola e seus pares continuarem com um discurso excludente,


ostentando os mitos conforme Werneck 2002, produzindo adolescentes que repetem
três vezes consecutivas na mesma série estamos proporcionando a inibição da
aprendizagem e reproduzindo os alunos rotulados como se fossem estes os
culpados de sua própria sorte.
Além do discurso excludente e dos mitos que prejudicam e desculpam os
alunos vítimas do fracasso escolar, é preciso com urgência desmistificar a avaliação
que alguns professores se valem para avaliar seus alunos, pois ainda as provas e
exames continuam sendo aplicados e as crianças medidas como se fosse uma
régua.
Do ponto de vista educacional podemos dizer que todo avaliação: Sempre
injusta; Sempre incômoda; sempre ideológica; facilmente autoritária; facilmente
excludente; facilmente humilhante; facilmente insidiosa.

2.2 O fracasso escolar como fenômeno a se explicar

O Fracasso Escolar é um fenômeno que acontece e esse não é por acaso, na


opinião de Marchesi e Gil (2004 p. 83) é um fenômeno produzido pela ação dos
seres humanos. Este acontecimento na vida dos sujeitos tem deixado suas marcas,
um produto que não é deseja e ninguém quer se responsabilizar.
Na verdade o Fracasso Escolar não é um desejo, e por isso que se dá a
sensação que ninguém o produz e que é um fato espontâneo e natural. Diante deste
pensamento torna-se uma ilusão quando podemos pensar e até afirmar que o
fracasso escolar seja o resultado desejado da ação humana, o que não elimina a
responsabilidade de todos que trabalhamos na educação.
Em muitos casos o fracasso escolar tende a obedecer à lógica de exclusão
que prejudica algumas camadas sociais beneficiando alguns grupos e tornando-se
visível que ninguém pode ser culpado desse fenômeno.

Estamos, pois, afirmando que, quando ocorre fracasso escolar,


alguma política educacional ou alguma prática escolar não
funciona como deveria; portanto devem ser reparadas; que
devem se deve estudar e denunciar as lógicas perversas que
os gerem, o que devemos nos comprometer com sua
transformação. (MARCHESI E GIL, 2004 p. 83)

O Fracasso Escolar vivenciado no cotidiano da escola precisa ser denunciado


quando as políticas educacionais não são suficientes para o investimento que a
educação precisa e a prática pedagógica da escola não funciona desobedecendo à
legalidade e as concepções de educação o que torna difícil um trabalho voltado para
que se atinja os objetivos da educação. Quanto às formas perversas que imperam
na educação podemos relatar a atitude do comodismo e da falta de
comprometimento com a responsabilidade e ação social da escola.
Se a escola tem sua função social esta deve ter o comprometimento de
pesquisar as causas que levam a produção do fenômeno do fracasso escolar, Gil e
Marchesi (2004 p. 84) Quer dizer o fracasso escolar é um fato social sistêmico que
se produz de acordo com uma casualidade complexa.
É um acontecimento que parece ser inevitável como se fosse um mal
necessário, que parece que ninguém provoca, mas na verdade os segmentos se
entrelaçam com a situação social familiar e escolar com seus múltiplos paradigmas
provocando o aparecimento do fracasso escolar.
Ao chegarmos a estas informações da produção do fracasso escolar, temos
que refletir e nos propor enquanto instituição educacional a prevenir e solucionar o
fracasso escolar, não tem como só um dos segmentos ser apontado como culpado
para que se possa obter a solução:
As transformações educacionais requerem a ação coordenada de
diversas instâncias. Portanto, a luta contra o fracasso escola
requer pelo menos incidir nos parâmetros econômicos de certas
camadas sociais; transformar as condições urbanísticas do meio
em vivem; implementar políticas familiares que facilitam a
sobrevivência de núcleos de sobrevivência, relação e ajuda e
otimizar a escola para que possa satisfazer as necessidades dos
diferentes grupos e indivíduos que freqüentam. MARCHESI E GIL
(2004)

A partir de uma tomada de consciência dos diversos segmentos da


comunidade escolar o parâmetro econômico de políticas públicas deverá ser
projetado para a prevenção, tomando a atitude de transformar e implementar as
condições de vida do sujeito e do comprometimento e otimismo da escola para
poder fazer a diferença no trabalho e mediação dos sujeitos que freqüentam a
escola:

O fracasso escolar poderia manter pelo menos três linhas de


ação, atuar no local de seu âmbito de trabalho em relação de
cada uma das pessoas que tem sobre sua responsabilidade;
segundo, coordenar seu trabalho com todos os demais
profissionais que incidem no mesmo espaço e em problemas
semelhantes; e terceiro, exercer a crítica política e buscar outros
caminhos de influência em relação às questões que podem ser
abordadas no âmbito próprio da ação profissional. (Gil e Marchesi
2004)

Atuar com responsabilidade nas tarefas elencadas, coordenando as críticas,


estes deveres todos os educadores da instituição devem cumprir para que exista
comprometimento e se atenue os efeitos negativos que ocasionam o fenômeno do
fracasso escolar. Cabe a equipe gestora da escola saber formar a opinião e
convencer os alunos, o professorado que se pode prevenir com atitudes otimistas e
ações pedagógicas comprometidas com contratos e tomada de decisões com o
apoio dos pais e o investimento das políticas públicas que o problema exige.
O Fracasso Escolar relaciona-se com os valores e a responsabilidade, se os
professores estão com o discurso excludente do tipo: o aluno não aprende por que a
família não está presente, o pais foi meu aluno não aprendeu nada, o filho tem por
quem puxar, a batata puxa a casca, filho de peixe peixinho é, e outros dizeres
maldosos e rancoroso que ainda se ouve nas escolas, é preciso trabalhar os
valores.

Ensinar exige alegria e esperança. O meu desenvolvimento com


a prática educativa sabidamente política, moral, gnosiológica,
jamais deixou de ser feito com alegria, o que não significa dizer
que tenha invariavelmente podido criar nos educando. Mas
preocupado com ela enquanto clima ou atmosfera do espaço
pedagógico, nunca deixei de estar (FREIRE, 2008, p. 2).

Com alegria e esperança podemos fazer com que as crianças possam junto
com o professor aprender ensinar e produzirem juntos e resistir aos obstáculos. E
esperança faz parte da natureza humana. Os professores, alunos e pais precisam
de otimismo e de esperança que se cada um assumir o seu papel a história poderá
ser outra.
Enquanto nos depararmos com o conformismo e o comodismo o fracasso
escolar vai encontrar espaço, temos que mudar o discurso e pensar que estamos no
século XXI em plena era da transformação e industrialização, Araquari está sendo
industrializada e se deixarmos tudo como está corremos o risco de nossos
educandos com fracasso escolar entrarem para a fila do desemprego.
Enquanto é tempo, já é hora de deixar que nossos alunos sintam-se como
alienígenas na sala de aula:

Tem havido nos últimos anos, no campo da política educacional


um interesse crescente pelo problema das taxas de retenção
escolar, com referência específica à fase pós-compulsória da
escolarização. Este interesse combina-se com um forte
sentimento de urgência para produzir um crescente pânico
moral em torno das questões da juventude. (SILVA 2008, p.
208).

Com as elevadas taxas de retenção escolar nos anos de 2007, 2008 e 2009
na Escola de Educação Básica Almirante Boiteux aqueles que contribuíram para que
acontecesse o fracasso escolar não sabem, mas colaboraram com o interesse de
alguns grupos e com a resistência em ações previstas como a recuperação paralela
ou surgiu nos educandos o medo de estudar e de interagir.
Como descrevemos antes, Araquari está em pleno desenvolvimento e com a
vinda de indústrias e com o avanço da tecnologia, com a cultura de mídias o aluno
não vê na escola atrativa, pois prefere ficar com a ficção científica como se fosse
uma fantasia, por isso Silva (2008 p. 211) Existem alienígenas em nossa sala de
aula?
Na sala de aula a intenção é explicar que os sujeitos podem se enxergar
como alienígenas, o professor pode ver o aluno e o aluno pode ver o professor
nessa condição, e poderíamos também questionar se os estudantes de hoje são
diferentes dos de outras épocas.
Silva (2008 p. 212) Uma questão subordinada é: têm as escolas e as
autoridades educacionais, desenvolvido currículos baseados em pressupostos
essencialmente inadequados e menos obsoletos sobre a natureza dos/as
estudantes?”

2.3 O currículo e aprendizagem

O termo currículo tem atravessado os caminhos da educação e é visto por


professores e profissionais da educação de maneira como seus olhos o enxergam,
mas na essência da palavra e ação, o currículo tem sua contribuição e
responsabilidade maior na formação da equidade na educação.
De acordo com Sacristan e Gomes (1998, p. 125):

O termo currículo provem da palavra latina currere, que se refere a carreira,


a um percurso que deve ser realizado e, por derivação, a sua representação
ou apresentação. A escolaridade é um percurso para os alunos, e o
currículo é seu recheio, seu conteúdo, o guia de seu progresso pela
escolaridade.

A palavra currículo origina-se do latim e refere-se aos caminhos que o sujeito


percorre na sua escolaridade, com seus guias.
O termo currículo assume vários significados diferente diante da pedagogia,
segundo Sacristan e Gomes (1998, p. 122),

O pensamento pedagógico em torno do currículo é muito heterogêneo e


disperso, podendo encontrar inclusive posições que desprezam a analise e
decisões sobre os conteúdos, podendo unicamente proporcionar esquemas
de como organizá-los e manejá-los por parte de professores e diretores .

O pensamento de currículo depende da visão daquele que participa com seu


trabalho, podendo se dispersar, encaminhar-se para opiniões que abandonam o
verdadeiro conceito do currículo. E prende-se a como organizá-los, executá-los por
parte de professores, desta forma nos reportamos a Sacristan e Gomes (1998, p.
123) que fazem colocação:

Não é só o projeto mais o seu desenvolvimento pratico que importa. Se a


didática aborda os problemas relacionados com os conteúdos desse projeto,
considerando o que acontece em torno de sua decisão, seleção, ordenação
e desenvolvimento prático, superando uma mera aceitação instrumental,
metodológica e por outro lado estudos sobre o currículos estendem-se até a
prática.

O currículo tem sua finalidade e fundamentação na formação e preparo na


aprendizagem dos sujeitos, enfatiza Silva (2008, p. 159)

Uma das finalidades fundamentais de toda intervenção curricular é a de


preparar os alunos para serem cidadãos ativos e críticos, membros
solidários e democráticos de uma sociedade solidária e democrática. Uma
meta desse tipo exige, por conseguinte, que a seleção dos conteúdos do
currículo, os recursos e as experiências cotidianas de ensino e
aprendizagem que caracterizam a vida nas salas de aula, as formas de
avaliação e os modelos organizativos promovam a construção dos
conhecimentos, destrezas, atitudes, normas e valores necessários para ser
bom cidadão.

A finalidade primeira do currículo na instituição escolar deverá ser a formação


acadêmica voltada para a cidadania do sujeito critico e dono do seu discurso,
inserindo na sociedade e solidariedade democrática, por isso, a meta exige a
seleção prévia do preparo dos conteúdos e as experiências que esses alunos
trazem consigo antes de estarem na sala de aula, pois todo sujeito tem sua história
de vida e tudo isso vai somar na formação e valores da sua cidadania.
Diante do sujeito e sua história de vida, Silva (2008, p. 159)

Uma instituição escolar que trabalha nessa direção precisa colocar em ação
projetos curriculares nos quais o alunado se veja obrigado, entre outras
coisas, a tomar decisões, solicitar a colaboração de seus companheiros, a
debater e criticar sem medo de ser sancionado negativamente por opinar e
defender posturas contrárias as do docente de plantão.
É de competência da instituição escolar diminizar competências e ações para
realização de um currículo que some na vida de seus alunos que irão enfrentar a
competitividade e precisam saber se defender , decidir , solicitar e providenciar com
o companheirismo aos embates provocados na escola e a postura de professores
que negam o verdadeiro sentido do currículo. De acordo com Sacristan e Gomes
(1998, p. 122):

A conseqüência desses processos sociais de divisão de função e dessa


parcialização cientifica do objeto do ensino é que se perdem de vista as
interações entre o que acontece dentro e o que acontece fora separam-se o
contexto interno do externo, reforçam-se fronteiras entre os conhecimentos
e obscure-se a compreensão global dos mesmos.

O currículo precisa ter função cientifica na escola, pois o seu contexto é de


prioridade na formação do sujeito que está em fase de aprender o conhecimento
curricular e acrescentando a sua história de vida na sua formação acadêmica que irá
resultar no resultado do que este precisa para sua sobrevivência. Silva (2008, p.
165):

Os currículos planejados e desenvolvidos nas salas de aula têm pecado por


uma grande parcialidade no momento de definir a cultura legítima, os
conteúdos culturais que valem a pena. Isso acarreta, entre outras coisas,
que determinados recursos sejam empregados ou não, mereçam nossa
atenção ou nossa displicência.

No desenvolvimento do currículo ao aluno há conforme Silva, um pecado em


definir a verdadeira cultura que o sujeito precisa para que possa a sua bagagem
somar com o conteúdo curricular para que aconteça a aprendizagem. Silva (2008,
p. 166):

O ensino e a aprendizagem que ocorrem nas salas de aula representam


uma das maneiras de construir significados, reforçar o conformar interesses
sociais, formas de poder, de experiência, que tem sempre um significado
cultural e político.
Na sala de aula ocorre uma das maneiras de reforçar o que é de interesse
social adicionando a experiência, cultura e política do individuo, que Silva (2008, p.
166) destaca:

Se as distintas culturas destacam os caminhos e as maneiras através dos


quais os seres humanos dão sentido a suas vidas, constroem seus
sentimentos, crenças, pensamentos, práticas e artefatos (desde textos até
instrumentos e produtos em geral), as culturas juvenis vão ser as que, por
definição, traduzem a juventude. Não obstante, essa realidade juvenil é algo
que a instituição escolar vai tratar de ocultar, quando não atacar
frontalmente.

As culturas dos seres humanos numa sala de aula destacam-se de maneiras


diferentes, por cada qual traz seus sentimentos, histórias de vida, crenças,
pensamentos, anteriores a série que estão estudando e da sua vida particular. E
muitas vezes a realidade dos jovens é deixada de lado, ocultando-se o seu mundo
real.
Reportando-nos a educação e a diversidade existente no ambiente escolar,
no currículo, nos direcionamos a Coll, Marchesi e Palacios (2010, p. 291)

Tradicionalmente, a escola centrou-se na satisfação das necessidades


educativas comuns, que se expressavam em objetivos traçados em função
do enganoso e inexistente “aluno médio”, sem preocupar-se com as
necessidades individuais.

Na educação escolar nos deparamos muito com a visão única de que o aluno
deveria estar pronto assim como o professor deseja, o que a um engano e uma
deturpação do entendimento da essência dos sujeitos.
Há necessidade de direcionarmos o olhar para um currículo aberto e flexível,
Coll, Marchesi e Palacios (2010, p. 291):

Em geral, nessas propostas, são estabelecidas aprendizagens mínimas,


para assegurar que todos os alunos adquiram certos elementos básicos das
culturas, e as escolas, a partir desses mínimos, constroem uma proposta
curricular, adequando, desenvolvimento e enriquecendo o currículo oficial
em função das características de seus alunos e do contexto sociocultural de
referência.

A escola preocupando-se com o currículo aberto e flexível, irá poder


responder as necessidades da diversidade, podendo atender a complexidade dos
sujeitos a partir de enxergar a história de cada um e poder pautar-se na construção
para a execução que possa referendar o aprendizado evitando o fracasso escolar.

A escola ao privilegiar em seu projeto políticos pedagógicos os pilares da


educação garantindo que o aluno possa realmente aprender a conhecer elementos
de cultura geral que sejam o suficiente para a sua educação básica em profundidade
assuntos que possam lhe despertar o espírito investigatório numa visão crítica. Ao
proporcionar ao aluno a fazer estamos oportunizando a competência de saber se
relacionar, resolver problemas e adquirir a qualificação profissional.

O professor debate-se hoje em dia num dilema difícil de


resolver, encontra-se no meio do conflito entre sua
responsabilidade de manter o controle sobre a ordem social e
as relações na aula, assim como sobre a distribuição do
currículo disciplinar e sua responsabilidade profissional de
estimular a aprendizagem significativa e relevante de todos e
cada um dos indivíduos do grupo na sala de aula. (SACRISTÁN
E GOMES, 1998, p. 87).

Por insistência de posturas discriminatórias e estereotipadas nas salas de


aula, há a necessidade urgente de que a escola ressignifique a sua função social e
das atribuições dos seus profissionais da educação.
A relação no ambiente escolar são condições importantes no convívio e na
socialização de adolescentes que vivenciaram conflitos e desilusões ao perceberem
que a instituição escolar deixa de lado suas expectativas.

AQUI É OUTRO ASSUNTO , AMARRE PARA ENTRAR NELE A origem das


classes sociais as quais pertence este sujeito, a cor, o gênero, o seu contexto
histórico, são fatores que merecem considerações nestas discussões sobre a pena
de homogeneizar uma realidade disfarçada dos seus sujeitos.
O olhar da escola precisa ser para a diversidade, e sua distribuição espacial e
é urgente que respeitemos a procedência destes sujeitos de sua presença de
adolescentes brasileiros no ensino fundamental de quinta a oitava série e em
especial aqueles que foram retidos na quinta série do ensino fundamental.

AQUI VC JÁ FALA DA DIDATICA , O QUE VC QUER DISSER?


TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA É ASSUNTO PARA OUTRA DISSERTAÇÃO Ramos
(2009) reforçando coloca a necessidade quanto à transposição didática como trama
integrante a escola a de refletir com inovações por parte de professores e alunos
que são os sujeitos que se relacionam e traduzem os mecanismos sociais dentro da
escola, à sociedade evoluiu e o professor não o ponto de referência para o saber.
Diante desta realidade as práticas docentes desconectadas das
transformações sociais complicam com a sociedade e a diversidade presente nestes
adolescentes quando ainda a instituição oferece práticas seletivas excludentes e
discriminatórias.
Ramos (2009 p. 55) destaca “O fracasso escolar é uma realidade cruel desse
processo que descaracteriza a escola como espaço de inclusão e saber”.AQUI VC
PRECISA ENTÃO FALAR DA INCLUSÃO DO SABER , O QUE É QUE VC QUER
DISSER COM ISSO ?A crise que passa a educação brasileira é uma realidade
dolorosa quando produz o fracasso escolar deixa de vivenciar e oportunizar o
espaço para a inclusão dos sujeitos.

E educação brasileira possui profunda correlação (porém não


exclusiva) com a formação de professores e suas competências tem se
tornado cada vez mais importante repensar uma formação que busque,
em seus pressupostos teóricos e práticos, uma reflexão e uma
sensibilização dos futuros professores ante a diversidade,
construção/constituição das identidades e diferenças no contexto
escolar. (RAMOS 2009, p. 55).
AQUI VC EETA FALANDO EM POLITICAS PUBLICAS , REVEJA Dando
continuidade a discussão do fracasso escolar, os órgão competentes e as políticas
públicas precisam ouvir aqueles que acompanham o desenvolvimento das práticas
dos professores resignificando e oportunizando capacitação dos pressupostos
teóricos e metodológicos com a esperança de sensibilizar futuros docentes quanto
ao seu olhar para a diversidade que irão encontrar no ambiente escolar.
Percebe-se que as reformas educativas que se iniciaram nos anos 80 em
diversos países direcionaram ações que possam contribuir na formação dos
docentes para que estes se preparem para atender as exigências que se fazem
presentes mundialmente no setor econômico.
Arroyo (2009 p. 131) e Ramos (2009 p. 56) reforçam que os centros de
magistério, pedagogia e licenciaturas para professores de educação básica em sua
prática reserva às salas de aula os seus ensinamentos num modelo de grades
disciplinar e paralelamente a esta preocupação com a formação do professor
consagrada num ambiente de graduação para atender as exigências da formação do
sujeito que o mundo espera também precisam ressignificada.
E Arroyo (2009 p. 131) assinala que há um reducionismo do aprendizado de
um modo do fazer na educação que serão transferidos para as escolas de ensino
fundamental e que a formação dos docentes deve ressignificar os tempos e
espaços, a interação, as trocas entre experiências e culturais e o aprendizado do
professor e dos professores.
Destacando que a formação dos professores nos centros universitários, a
falta de tempo livre para o lazer e o convívio não interagem nos espaços culturais
das cidades onde estão localizados estes centros de graduação em licenciaturas.
A docência nestes cursos de graduação e licenciatura está ainda muito
vinculada às salas de aula, isolada e os alunos são meros ouvintes e assim estes
são formados na reprodução, o que os leva a deformar para produzir relações
quando estiverem atuando no ensino fundamental.
Nestes centros de formação, nas últimas décadas a estes foram
proporcionada a visão crítica de sociedade e de conhecimento, mas pobres em
vivências culturais, socializadoras nos convívios e abertura da realidade cultural.
Arroyo (2009 p. 131) continua afirmando que estes centros são
demasiadamente conteudistas, pois a muita preocupação de que os discentes
assistam às aulas faltando-lhes o incentivo à leitura e em algumas universidades
apostilas prontas. A leitura por exigência e imposição é muito pouca na formação da
docência tornando o reducionismo cultural nestas práticas universitárias.
E continua salientando que o tempo vivenciado na formação deveria ser
ocupada em atividades programas de leituras no aprendizado de outras linguagens,
na arte, literatura, cinema em convívio com estas culturas, as trocas de experiências
e assim proporcionar o processo de socialização básicos para o fazer educativo
depois na prática.

Neste ínterim, a transposição converte-se numa forma de “transportar”


os saberes que o professor possui para seus alunos numa linguagem
que os satisfaça, e os permita compreendê-lo. É o ato de transportar
ao outro o que sabemos e fazê-lo compreender o nosso modo dever.
Por conseguinte, urge pensarmos em como é realizada a transposição
didática nos tempos atuais, pois não é raro encontrarmos professores
que muito sabem e conhecem, mas que, no momento de socializarem
seus saberes, deparam com inúmeras dificuldades, pois não
conseguem se fizer entender. Esta falha de comunicação dos saberes
prejudica a aprendizagem e a formação do professor na dimensão
cidadã-emancipada que defendemos, por isso, o professor também
precisa aprender a aprender para poder ensinar; somente se
colocando na posição de aprendiz é que caminharemos para um
processo que dignifica os atos de aprender e ensinar. (RAMOS 2009,
p. 57 a 58)

Os saberes dos professores transportados aos seus alunos para surtir efeito
na aprendizagem do aluno, merecem o olhar no conhecimento que o professor
adquiriu na sua formação de docência dos tempos atuais, socializarem os seus
conhecimentos fazendo-se entender numa linguagem de comunicação que possa
elevar as condições do aprendizado em sua formação.
O docente para ser professor precisa estar aberto para interagir com o outro
aprendo a aprender para que possa mediar com o sujeito o conhecimento que este
tem necessidade para sua formação, sucesso e realização como ser humano que
está em formação e depende dos saberes do seu mediador.
Arroyo (2009 p. 136 a 137) acredita que o professor ao se permitir inovar
suas práticas das propostas mediando à cultura dos sujeitos sociais de identidades
diversas a escola proporciona o encontro cultural de gerações de adultos, infância e
adolescência.
A fidelidade ao pedagógico tão esquecido acontece nos encontros
cotidianos das gerações exigem dos docentes e educadores ações que ressignifique
as inovações de nossos tempos.
O que faz dar vida a escola são as interações das pessoas motivadas ou
desmotivadas, mas vivas por serem humanas, por mais que sejam
descaracterizadas as estruturas da infância e da adolescência e juventude, sempre
haverão com sua presença fazer a integração dos tempos escolares.
Outro ponto que precisamos ressignificar são as tramas da prática
pedagógica nas escolas Arroyo (2009) preocupamo-nos em como fazer os
professores pensarem de deixar em trabalhar isolados e recriarem situações com a
relação pedagógica e neste individualismo o professor comenta “a minha turma, a
minha disciplina, o meu horário”, tornando-os fracos diante ao legalismo e
casuísmos que são zelados por técnicos e diretores escolares.
Aprender a significar aas escolhas pedagógicas torna-se uma ação
emergente levando para as a pautas de reunião e cursos, seminários, oficinas,
ações que identificam socialização dos professores das devidas áreas de
conhecimento.
A gestão e os técnicos precisam se respaldar em reuniões do significado das
culturas e do conhecimento e da importância valorizando cada docente na formação
do sujeito. E na sua contribuição científica na socialização dos saberes.
Outro ponto importante que precisamos adquirir é o registro pelos
professores das suas práticas e dar a eles condições de contar a sua maneira de
trabalhar valorizando as práxis que este desenvolveu e sua turma avançou no
fortalecimento da aprendizagem.
No trabalho coletivo é preciso tomar a consciência que entre os profissionais
da educação também se encontram as diversidades e que socializando com estes
docentes e avançando aos paradigmas das propostas possamos conquistar seu
interesse na elaboração de grupos de estudos e de leitura.
Ao recuperar a ação educativa como ação humana, a escola há de avançar
em sua interação e reinvenção do cotidiano numa prática ação-relação entre os
profissionais da escola.
Ao proporcionarmos a socialização e s mediação das propostas
pedagógicas com esta atitude a gestão, especialistas e técnicos também
ressignificar suas práxis, pois a escola precisa da comunicação e da fala, mas que
deixe de se definir exclusivamente como lugar de discurso.
Freire (2008 p. 109) Estas formas de intervenção, com ênfase mais num
aspecto do que noutro os dividem em nossas opções em relação a cuja pureza nem
sempre somos leais.
Na proporcionalidade que técnicos diretores propõem nesta relação
socializada de professores enfatizamos que as tomadas de decisão sejam
elaboradas com a liberdade da ressignificação individual do mestre, mas que a
lealdade aos objetivos torne-se verdades enquanto a posição do educador na
escola.
Freire (2008 p. 121) É preciso afirmar que ninguém pode ser humilde por
puro formalismo como se cumprisse mera obrigação burocrática. A humildade
exprime pelo contrário uma das raras certezas de que estou certo e que ninguém é
superior a ninguém.
Ser humilde para deixar tudo como está é submissão, pois, a transgressão e
a arrogância torna-se destempero que desrespeita a nossa lealdade.

A resistência do professor, por exemplo, em desrespeitar com que


o educando chega à escola, obviamente condicionada por sua
cultura de classe e revelada em sua linguagem também de classe
se constitui um obstáculo à sua experiência de conhecimento.
(FREIRE 2008, p. 32)

Chegamos a um ponto da pesquisa que discutindo o fracasso escolar temos


que buscar alternativas que possam levar os pares da escola a reflexão do respeito
de um companheiro com o outro e principalmente o respeito à leitura de mundo do
aluno.
Na proporção em que a instituição promove a mediação social com seus
profissionais, devemos ser otimistas e acreditar que o coletivo, a solidariedade são
caminhos para uma escola de qualidade e que realmente possa estar cumprindo a
sua função social e proporcionar ao sujeito que perdeu seu tempo, calou sua voz,
desviou seu destino possa haver amanha.
Discutindo o fracasso escolar quanto às ações da legalidade no que
determina a Carta Magna o Estatuto da Criança e do Adolescente que no seu teor
protege os direitos dos adolescentes na permanência da escola tem custado um
trabalho árduo, pois como se reporta Fonseca (1995 p. 366) o insucesso escolar é,
de certa forma a antevisão da desorganização social.
No descontrole da produção do insucesso escolar, deixa de ser apenas um
problema educacional, mas social, cultural e até econômico, com este fenômeno
justifica-se posteriormente outros conflitos, mais prisões, mais hospitais
psiquiátricos.
Cabe aos órgãos públicos que tem em suas funções atuar com maior rigor
junto à instituição escolar para que se possa enfrentar o vilão do fracasso escolar,
junto aos familiares do sujeito.
A família também deve ser requisitada por condição da legalidade que está
no Estatuto da Criança e do Adolescente com mais força de poder, querer e cumprir
suas obrigações de pai e mãe.
Na visão que temos diante do que prega a legalidade em nosso país, da
obrigatoriedade do Ensino Fundamental dos seis aos dezoito anos, compete à
escola fazer suas ações, quando o aluno deve freqüentar a escola, garantindo o
comprometimento na formação da cidadania do sujeito.
Entretanto, a escola e a família precisam da mediação do Conselho Tutelar e
Ministério Publica atuante para poder se fazer o cumprir o dever com a dignidade
que nossos alunos têm por direito de serem zelados.
Fonseca (1995 p. 376) não há tempo a perder, o trabalho intensivo que
surge iniciar na prevenção e intervenção das dificuldades de aprendizagem espera
por soluções viáveis e eficazes.
Concordo com Fonseca que se precisa com urgência de parar de perder
tempo, trabalhar intensivamente e iniciar a prevenção do fracasso escolar, pois este
tem suas vitimas, não tem pai, nem mãe, e quando o problema surge às autoridades
competentes, me refiro ao Ministério Publico, a demora que este órgão faz deixa a
desejar no trabalho e na eficácia da competência que lhe cabe.
Quanto mais tempo demoram, a escola para diagnosticar, a família para se
fazer presente e a legalidade para que se cumpra o dever que esta destacada pela
obrigatoriedade do Ensino Fundamental das crianças do nosso Brasil.
Enquanto a educação na pessoa dos professores, diretores, especialistas e
técnicos, não forem ouvidos pela Justiça, fica difícil enfrentar a situação do sujeito
que se encontra nas artimanhas do fracasso escolar.
É preciso mais que querer, é preciso fazer o impossível pela educação, com
ações que possam elevar a formação do sujeito enquanto escritor da sua própria
história.
A aprendizagem quando não acontece, o sujeito demonstra sintomas que
afetam seus níveis de inteligência, o seu querer prejudicando o organismo e a
inteligência fica presa não liberando ações no sujeito que este possa manifestar o
que aprendeu.
Outro aspecto que precisamos acompanhar é a função da estrutura familiar
do sujeito:
Para entender seu significado, deveremos descobrir a
funcionalidade do sintoma dentro da estrutura familiar e
aproximar-nos da história individual do sujeito e da
observação de tais níveis operando. Para procurar a remissão
desta problemática, deveremos apelar a um tratamento
psicopedagogico clínico que busque libertar a inteligência e
mobilizar a circulação patológica do conhecimento em seu
grupo familiar. (FERNANDEZ 1991, p. 82)

No reconhecimento do significado de como funciona a estrutura familiar, é


preciso à aproximação da historia de vida do sujeito que demonstra fragilidade e
mantém a inteligência aprisionada para poder detectar o que pode estar lhe
atrapalhando e em determinados casos é preciso recorrer-se ao trabalho do
psicopedagogo clinico para que se busque despistagens e os problemas que o
grupo familiar possa estar vivenciando.
SANDRA FAÇA UMA DEPURAÇÃO N TEXTO ACIMA , ESTA TÃO
CONFUSO E MISTURADO , QUE NÃO DÁ PARA PERCEBER DO QUE VC ESTA
FALANDO , MAS É PRECISO IMPRIMIR E LER COMO VC ESTIVESSE LENDO
UM LIVRO , E FAÇA A CRITICA

2.2 O FRACASSO ESCOLAR NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Nas séries finais do ensino fundamental somando trinta e cinco alunos cada
sujeito tem sua história e a aprendizagem acontece individualmente, nem sempre
estes poderão aprender, este princípio precisa ser levado em consideração, que
segundo Cagliari (2008 p. 36) pode-se ensinar ao grande número de pessoas
presentes numa sala, quem ensina procura transmitir informação que julga
relevante, organizadas de modo que lhe parece mais favorável.
Destacamos Fernandez (1991 p. 82) o problema de aprendizagem que
constitui um “sintoma” ou uma “inibição” toma forma em um individuo, afetando a
dinâmica de articulações entre os níveis de inteligência, o desejo, o organismo e o
corpo, redundando em um aprisionamento da inteligência e da corporeidade por
parte da estrutura simbólica inconsciente.
Gaio e Meneghetti (2004 p. 83) todos os alunos sejam suas dificuldades e
incapacidades reais ou circunstanciais, físicas ou intelectuais, sociais, tem a mesma
necessidade de serem aceitos, compreendidos e respeitados em seus diferentes
estilos e maneiras de aprender e quanto ao tempo, interesse e possibilidade de
ampliar e de aprofundar conhecimentos, em qualquer nível escolar.
Ensinar é um ato coletivo, o professor organiza aquilo que lhe parece ser
razoável para que seus ouvintes aprendam o que este deseja transmitir organizando
o seu modo o que lhe parece ser importantes, para Cagliari (2008 p. 37) “aprender é
um ato individual, cada um aprende segundo seu próprio metabolismo intelectual”. A
aprendizagem não tão necessariamente pode acontecer paralelamente ao ensino, o
que o professor julga ser importante para quem aprende pode não ser. Para o
indivíduo a ordem da aprendizagem organiza-se de acordo com a sua história de
vida.
No ensino é importante o que se diz na aprendizagem o que se faz. Nesta
ordem a necessidade de ressignificar para os educadores o que é aprender e o que
é ensinar.
No cotidiano escolar a práxis pedagógica ainda está voltada para a
reprodução e repetição com a metodologia que propõe que o aluno anote copiando
e respondendo as atividades e a avaliação aconteça com os testes e provas com
dias e horas marcados, e isso tem provocado conflitos na sala de aula contribuindo
para o fracasso escolar.
A aprendizagem é um fenômeno construtivo na mente e nas ações do
indivíduo, o ensino não constrói nada, nenhum professor pode aprender por seus
alunos, mas cada aluno pode aprender por si...
Quando a escola se prende ao ensino de forma homogênea deixa de
respeitar a individualidade do sujeito que já possui sua história e traz consigo a
bagagem dos anos anteriores a este que ele está matriculado, a aprendizagem é um
processo heterogêneo.
Obrigar alguém a aprender alguma coisa é lavagem cerebral. A aprendizagem
precisa partir de uma opção individual.
Ter uma sala de aula com trinta e cinco alunos e um professor para cada área
de conhecimento numa 5ª série não significa que se tenha uma escola, a essência
esta no que faz o professor, o que faz os alunos e o que cada um espera do outro.
Repassar conteúdo e levar informações para o aluno e fazê-lo reproduzir é
equivocar o ensino e a aprendizagem, ainda recorrendo a Cagliari (2008 p. 38) “não
é porque o professor não ensina que o aluno necessariamente não aprenda a tal
ponto, ir a escola é uma forma prática e organizada de aprender as coisas da
escola”.
O sujeito antes de ir para a escola poderá aprender com os pais, com os
colegas, olhando livros, percebendo o mundo, vivendo sua cultura e escrevendo sua
história. É pretensão da escola em achar que pode ensinar e o aluno aprender, se a
prática pedagógica estiver atrelada ao professor a repassar e informar conceitos e o
aluno a reproduzir copiando e respondendo nos testes e provas com dia e hora
marcados como se fosse algo oficial.
É urgente que a escola trabalhe a formação ética dos seus alunos, assumindo
o espaço de vivência e de discussão dos referenciais, conforme os Parâmetros
Curriculares Nacionais (1997 p. 36) a escola deve assumir como um espaço de
vivência não uma instância normativa e normatizadora, mas um local social
privilegiado de construção dos significados éticos necessário na construção da
cidadania...
É no espaço escolar deve garantir no seu Projeto Político Pedagógico que se
promovam as discussões sobre a dignidade do ser humano, a formação ética, a
igualdade dos direitos, recusando as formas de discriminação e relevando a
importância da solidariedade e a relevância das leis que amparam o ensino no
Brasil.
O fracasso escolar interfere na aprendizagem em nossa escola quando a
prática pedagógica impede que o aluno se aproprie do saber e os verdadeiros
objetivos educacionais deixem de acontecer ESTAS CONSIDERAÇÕES SÃO DE
JACQUES DELOURS EDUCAÇÃO UM TESOURO A DESCOBRIR, FAÇA A
CITAÇÃO COM ANO E PAGINA :

- aprender a conhecer, que pressupõe saber selecionar, acessar e integrar os


elementos de uma cultura geral, suficientemente extensa e básica, com o trabalho
em profundidade de alguns assuntos, com espírito investigativo e visão crítica; em
resumo, significa ser capaz de aprender a aprender ao longo de toda a vida;
- aprender a fazer, que

pressupõe desenvolver a competência do saber se relacionar em grupo, saber


resolver problemas e adquirir uma qualificação profissional;
- aprender a viver com os outros, que consiste em desenvolver a compreensão do
outro e a percepção das interdependências, na realização de projetos comuns,
preparando-se para gerir conflitos, fortalecendo sua identidade e respeitando a dos
outros, respeitando valores de pluralismo, de compreensão mútua e de busca da
paz;
- aprender a ser, para melhor desenvolver sua personalidade e poder agir com
autonomia, expressando opiniões e assumindo as responsabilidades pessoais.
AQUI ESTA DESCONECTADO , FAÇA UM LINCK ENTRE A CITAÇÕ E O
PARGRAFO
A entrada dos alunos a 5ª série é marcada por sofrimento e
descontentamento com as dificuldades de integração às exigências da escola
interferindo no seu desempenho escolar, os adolescentes vivendo as
transformações e construindo a sua identidade e os professores tratando dos
interesses de suas especialidades por área de conhecimento sem se preocupar em
conhecer o sujeito, o que leva estes a perderem o vínculo com a escola provocando
distanciamento entre os seus objetivos e a escola, conforme Parâmetros
Curriculares Nacionais:

Uma das conseqüências mais graves decorrentes das


elevadas taxas de repetência manifesta-se, nitidamente,
na acentuada defasagem idade/série. Sem dúvida, este é
um dos problemas mais graves do quadro educacional do
país. (1998, p. 30)
O sujeito sofre de fracasso escolar desanimado, que perdeu a vontade de
estudar e está com defasagem idade/série com múltiplas reprovações, rompeu com
a instituição o vínculo do prazer de estudar e deixa transparecer seu desânimo e
pessimismo que se percebe no cotidiano da escola: o isolamento social da
aprendizagem, o descontentamento em interagir com os colegas menores, a
resistência em copiar pela segunda, terceira ou quarta vez o mesmo conteúdo que
se repete ano após ano deixando de fazer as atividades.
Ainda observa-se que o sujeito com distorção idade/série, a este é atribuída
uma tarja de repetente, indisciplinado, aluno difícil, aluno problema, aluno agressivo
e aluno com família desestruturada de acordo com a teoria que a escola tem como
elemento norteador.
No processo da aprendizagem que o indivíduo adquire informações,
conhecimentos, habilidades competências e atitudes, valores e crenças, partindo da
interação com outros sujeitos mais experientes.
A criança ao estar na escola em contato com o seu grupo social da sala de
aula e a mediação do professor na interação do outro indivíduo socializando o saber
que traz consegue mais o que obtém de conhecimento, poderá reverter o fracasso
escolar, pois quanto mais interage, mais oportunidades de se socializar.
A aprendizagem na concepção sociointeracionista explora segundo Fonseca
(2008 p. 389 a 390) transcendente sugere um processo de ensino-aprendizagem
inexperiente pode aprender com os mais experientes num processo de interações,
mediação que a espécie humana pode vivenciar. A aprendizagem está sempre
focada na midiatização e na inter-relação.
Se a aprendizagem explora a transdisciplinaridade, extrapolando e
investigando o sujeito a interação do conhecimento da escola, mediatiza os símbolos
da vivência do aluno e valoriza a história e cada sujeito como se reporta Nildecoff
(1979 p. 33) que a cultura não é conceitos de artes e ciências como termo abarca a
totalidade da concepção de homem, a linguagem, os valores, os costumes, seria
maneira de viver a vida, não existem homens sábios ou não sábios nem com cultura
ou sem cultura. O que existe são homens com culturas diferentes, o que lhes
diferencia dos seres inferiores, as culturas são distintas, são muitas as variedades
das condutas humanas, numa sociedade de classes dominantes, num País como o
Brasil, também é sensato para este impor e querer uma escola para os seus.
Quando nosso povo humilde de pé no chão, perceber que o seu filho que
reprovou várias vezes, e a este foi negado à aprendizagem na visão
sociointeracionista, pois parece à escola não foi feita para os pobres. MAS DE
FORMA FOI NEGADO A VISÃO SOCIO ........... EXPLIQUE , COMO FOI NEGADO
O QUE É ESSA VISÃO
Neste pensamento de exclusão nós devemos refletir que a escola desmente
as promessas de que esta foi feita para o povo, cita-se Ceccon, Oliveira (1986 p. 22)
e afirmam que a escola existe um abismo quanto a estas promessas e a realidade, o
que deveria ser e o que é. As estatísticas quanto aos resultados dos índices de
repetência contradizem a esperança que serve de escada para uma aspiração de
vida. Há necessidade que a escola cumpra seu perfil que é o dever de fornecer
conhecimento, mas na verdade a escola produz para algum mais fracasso do que
sucesso, ainda trata uns melhores que o outro e convence os sujeitos que estes
fracassam por serem inferiores acontecendo à exclusão e a marginalização.
E estas verdades da exclusão do fracasso são deixadas de lado, pois afinal
de contas a aspiração do aluno ideal se concretiza, a minoria fica, mas é assim
mesmo, na opinião de professores e outros que trabalham na educação.
O comodismo e a falta de comprometimento com o ensino e a aprendizagem
são alarmantes, deixa este aluno que reprovou, fracassou, a indignação é grande, é
preciso de compaixão.
Sim de compaixão daqueles que foram deixados de lados precisamos nos
indignar e ir à busca de uma pedagogia de sonhos que Freire (2001 p. 27 e 28) ao
acreditarmos nas possibilidades, pode tornar possível o impossível, na prática da
educação popular, na prática de abertura para o outro, o diálogo como exigência da
epistemologia para a convivência social com o outro. A educação é um sonho
possível, pois podemos nos vislumbrar com fundamentação da reflexão numa
concepção libertadora de educação, propondo o que está no discurso para vida
humana denunciando e anunciando para a sociedade que seja menos injusta e que
seja valorizado o sujeito.
O dia que a escola for atender o povo com a concepção sociointeracionista de
Vygotsky, o pensamento de Nilcodef ANO EM RODAPÉ QUEM É ELA , PORQUE
LHE É ATRIBUIDO A CONCEPÇÃO SOCIO ......, a reflexão de Ceccon, Oliveira e a
pedagogia dos sonhos de Paulo Freire, são muito prováveis que aconteça o ensino
para todos e que os sujeitos na mediação possam ser contemplados e aprender.
Enquanto a escola deixa de ressignificar seus propósitos de ensino
aprendizagem, ainda temos que nos deparar com a avaliação de uma escola
inatista, com a classificação e a nota. CABE UMA CITAÇÃO SOBRE O
RESSIGNIFICAR A ESCOLA E EXPLICAR MELHOR o inatismo , o que
é ,conceituar
Ao vir para a escola o aluno não vem para escutar e sim para reconstruir sua
cidadania. A sala de aula é um ambiente de pesquisa. Mas há quem banalize a
pesquisa, para ensinar a pesquisar é preciso. Aprender a pesquisar, para se
tornarem profissionais pesquisadores. A pesquisa como um meio para o aluno
aprender e o professor mediar o conhecimento, isso de acordo com a idade do
educando respeitando seu ritmo e tempo na aprendizagem. No Plano Político
Pedagógico da escola também está prevista a recuperação de estudos, mas os
diários de classes não mostram esta verdade muitos professores desconsideram as
orientações e fazem a avaliação a revelia da lei. VEJA ESTA PARTE NADA TEM
COM QUE VC ESTA AFIRMANDO NA PARTE SUPERIOR
No processo da aprendizagem nossos alunos demonstram que ainda não
conseguiram e o pesadelo começa. De um lado o professor diz que explicou, o aluno
diz que não entendeu e desta manifestação recorre-se (Demo 2006 p. 14) onde
destaca que a aprendizagem como dinâmica reconstrutiva, de dentro para fora, o
aluno aprende reconstruindo o conhecimento, e que não pode, só escutar, copiar e
manifestar sua aprendizagem como se fosse produzir numa prova, reporta-se ao
conceito de construir, que parece ser mais modesto a partir do que já conhecemos;
dos saberes, da cultura e passado.
Quando ao aluno é proposto, simplesmente a repetição de siga o modelo,
copie, não ocorre uma aprendizagem, e se ainda o professor oficializa que o
educando irá demonstrar o que sabe com uma prova, é possível que o fenômeno do
fracasso escolar se manifeste; e no presente segundo Hoffman (2006 p. 32). É
questionável que dita e determina a avaliação tradicional, que é incoerente. Torna-se
difícil acredita que existam caminhos possíveis construindo uma prática que tenham
a lógica, como significado, e que se respeite o princípio da confiança das
possibilidades do indivíduo vir a aprender. AQUI VC VAI TER ABRIR PARA FALAR
DA AVALIAÇÃO PROCURE POR LUCRESI , QUE PODERÁ FUNDAMENTAR
JUNTO COM JUSSARA HOFFMAN - ABRA EM UM SUBITEM
E no dia a dia ao aluno é imposto que faça atividades repetitivas, que deixam
o sujeito desestimulado, pois repetir por repetir torna-se cansativo e ainda devem
fazer o mesmo na prova que continua sendo a prática mais usada na avaliação,
como se fosse algo oficial, temos que analisar o que podemos fazer para
revertermos à situação e assim como nos faz refletir a autora Nildecoff (2004)
começamos a sentir que precisamos dar a nós mesmos e ao país a nossa própria
resposta de análise e reflexão da nossa realidade cotidiana, os professores
precisam conhecer a realidade do aluno que repetem e abandonam a escola. A
escola deverá tratar a todos por igual, entretanto uns triunfarão com o que a escola
lhe dá, outros não, outros irão fracassar. O fracasso geralmente confirmará o
desprezo aqueles que a sociedade condicionou como inferiores. SANDRA VC ESTA
FAZENDO UMA MISTURADA , COM AVALIAÇÃO , EVASÃO , ISTO É PRECISO
ABRIR EM SUBITEM , FUNDAMENTAR EM AUTORES E FAZER ALGUMAS
CTAÇÕES LITERAIS , LONGAS OU CURTAS
O educando vítima do fracasso escolar segundo Carraher D. e Schliemann
(2003 p. 23 a 25) A evasão e o fracasso escolar aparece hoje entre os problemas do
nosso sistema educacional que são estudados de forma relativamente intensa. A
possibilidade do fracasso escolar não representa o fracasso do indivíduo, da classe
ou do sistema social econômico e político, mas sim o fracasso da própria escola.
Como podemos perceber o fracasso escolar é da instituição, desta forma
recorre-se a Proposta Curricular de santa Catarina, estudos temáticos (2005) EM
RODAPÉ DISSER QUE DOCUMENTO É ESSE os índices de evasão do processo
escolar são alarmantes, acenando para a necessidade de se incrementares as
políticas públicas já existentes e voltadas ao seguimento juvenil de se criarem
outras.
Na realidade de nossa escola as 5ª séries são compostas por alunos
procedentes de outras instituições, pois, a Rede Municipal atende as séries iniciais e
as séries finais são atendidas pela Rede Estadual, o que torna a composição da
turma heterogênea, segundo professores que tem seu pensamento voltado a teoria
da carência cultural, que atribuem o fracasso escolar aos educandos. Com histórias
de múltiplas reprovações, são aqueles sujeitos que na sala de aula deixam de fazer
o que o professor solicita este é encaminhado a Direção, Especialistas e Assistentes
Técnicos Pedagógicos, que enviam o mesmo para sua sala de aula. , e desta forma
recorre-se a Fernandes (2001 p. 26 a 28) o fracasso escolar afeta o educando na
sua totalidade, causando sofrimento e subestimação que este sente a não
corresponder as expectativas de seus pais e professores. A identidade não é algo
que se adquiri para todo e sempre, e sim produto de construções e identificações,
cumprindo um papel importante, de maneira com os outros os definam.
Para os meninos e as meninas, a escola é o lugar de prova e
reconhecimento, de suas aptidões, a partir dos resultados que estes obtêm. Cordié
apud Fernandes faz refletir, “Por que o êxito escolar ocupa um lugar tão grande na
vida de nossos contemporâneos, crianças, pais, educadores e governantes? Que
projetos, que fantasmas recolhem essa aspiração ao êxito?”
Nosso sujeito que está na 5ª série que foi reprovado, também quer seu êxito.
Quanto à problemática da aprendizagem é uma realidade dominante que
impede o acesso que pode apresentar-se de maneira individual ou que atinja mais
alunos. A produção procede de fatores que podem ser de ordem sócio-econômica,
institucional, emocional, intelectual, orgânico e corporal. Ao vivenciarmos o dia-a-dia
da escola, o fracasso escolar nos faz depararmo-nos com a realidade de escola
pública. Diante disso tudo nos diz que para libertar a inteligência aprisionada, DE O
CONCEITO EM RODAPÉ E DE QUEM ESTE TERMO só poderá acontecer
quando o aluno encontra prazer em estudar o que foi perdido. SANDRA VEJA
COMO VC MUDOU DE ASSUNTO , LEIA E ORDENE AS VEZES ATÉ EU NÃO SEI
DO QUE VC ESTA FALANDO

Por esta razão acreditamos que o principal objetivo de escola no seu Projeto
Político Pedagógico quanto as suas metas é ajudar nossos educandos a recuperar o
prazer de aprender e da mesma forma nós educadores aprendendo recuperando o
prazer de trabalhar aprendendo e de aprender trabalhando.
Muitas vezes no interior da escola, professores de várias áreas de
conhecimento oficializam a prova como se esta fosse a única forma do educando
manifestar seu sucesso ou fracasso na aprendizagem, e deixam de lado a
construção deixando de ser mero repasse de conhecimento.
Já é hora de refletirmos nos reportando a Cagliari (2004 p. 37), o ato de
aprendem é individual, alunos aprendem segundo seu metabolismo intelectual, O
QUE É ISSO o ensino pode estar sendo feito, mas a aprendizagem não depende do
que é importante para quem aprende. Que ordena seu tempo de aprendizagem é o
aluno, de acordo com a sua história que pode não acompanham os passos do
ensino do professor.
No processo do ensino é importante o que se diz na aprendizagem o que se
faz, e às vezes não significar responder e sim dizer. Para manifestar a
aprendizagem, não há porque repetir o que foi ensinado, e sim criar, uma forma
individual de demonstrar com iniciativa própria o que aprender.
O aluno vem à escola e não consegue aprender o conteúdo por diversas
causas e apresenta resultado negativo com notas baixas que o professor lhe atribuiu
nas avaliações. Não consegue adaptar-se ao regimento interno da escola
apresentando falta de limites, a desvalorização pessoal é visível, com a baixa
estima, com atitudes de silêncio e indisciplina em repúdio ao ambiente escolar, desta
forma recorre-se ao Álvaro Marchesi e Gil C. e colaboradores (2003 p. 83) em
síntese o fracasso escolar tem pelo menos três direções: o baixo rendimento
escolar, a dificuldade de adaptação as normas de convivência e a destruição da alto-
estima. Estes são tipos de fracasso cuja principal deficiência ocorre no mundo de
valores dos indivíduos, pois produzidos pelas ações dos seres humanos, este
fracasso acompanha o sujeito nos dias de hoje nesta produção de falhas que está
exposta a educação em nosso país.
Na convivência com o fracasso escolar, nosso aluno, não encontra
entusiasmo para permanecer e cumprir as determinações do regimento interno da
escola recorre-se à Nadia Bossa (2002 p. 17) há necessidade de avançar estudos
sobre os sintomas do fracasso escolar que pode ser justificada em várias
perspectivas: o sofrimento que causa a criança; os prejuízos que representa ao país;
a necessidade de reverter à teoria e a prática psicanalítica diante da natureza deste
sintoma, repensando paradigmas pós-modernos.
VEJA AQUI VC JÁ ESTA FALANDO DA ESCOLA ABRA EM SUBITEM
Diante do problema vivenciado na unidade escolar se faz necessário estudar
teorias que possam contribuir para o enfrentamento do sofrimento que o fracasso
escolar tem causado aos educando.
Por presenciar no cotidiano o fracasso escolar, vivenciando cenas de
exclusão e comentários de professores em reuniões e conselhos de classes, pais
insatisfeitos, alunos desestimulados me convenci que para esta temática há
necessidade de reflexão.
Pesquisando quanto ao fracasso escolar e as teorias que foram citadas,
carência cultural para despontar a culpa de que a criança pobre não aprende.
Assim como os professores justificam o fracasso escolar dos educandos por
estarem atrelados as teorias que levam ao fenômeno do fracasso escolar, suas
avaliações estão ainda norteadas num sistema tradicional de classificar e excluir.
Diante desta observação concordo com Demo e Saul que para diminuir a repetência
e a evasão escolar precisamos rever nossas práticas avaliativas. AQUI ESTA
CONFUSO
O Fracasso Escolar e o discurso pessimista dos educadores tem provocado o
equivocado processo pedagógico do ensino e aprendizagem que, conforme Silva
(1998 p. 23) nas falas que conduzem quanto ao assunto e através de suas ações
tem tido efeitos em surgir entraves de opiniões com marcas de posicionar-se e opor-
se à pedagogia desistente, gerando equívocos das teorias que não são aceitas por
grupos de alguns que resistem à mediação com ranços na visão do poder.
A marca da resistência ao novo, para conhecer e interagir na área do
conhecimento com olhar na história do conhecimento como prega o sócio-
interacionismo tem sido motivo para discussões infundadas. O discurso pedagógico
ainda muito reportado ao saudosismo de comparação da vida da escola do presente
com as dos tempos em que o professor foi formado.
A oposição à proposta pedagógica a existência tem sido observada quando o
insucesso escolar ocorre e a atitude de alguns professores ainda reporta-se a
avaliação classificatória e ao ensino de reprodução, ignorando os que fracassaram
que na visão de Nildecoff (2000 p. 65 a 67):
Quando se refere que não há a oportunidade de auto-avaliação para os
alunos para que esses tomem consciência de seus progressos ou fracassos. Se
existe o fracasso, não há uma proposta para superá-los e ver uma nova
possibilidade de aprendizagem. AQUI PODE IR PARA O SUBITEM DA
AVALIAÇÃO
Os trabalhos são aceitos, corrigidos mesmo que o sujeito possa nessa
reprodução deixar de fazer, apenas são colocados pontos de interrogação atribuindo
ao seu comodismo conceitos abaixo da média e não lhes é solicitado que refaçam
oferecendo novas oportunidades de manifestar seus avanços.
VEJA COMO VC MUDOU DE ASSUNTO , ACIMA VC FALA DA CORREÇÃO
DOS TRABALHOS ABAIXO DE CARACTERISTICAS DE PROFESSORES FAÇA O
LINK COM UMA CITAÇÃO LITERAL DE PREFERENCIA LONGA
O professor policial QUEM CARACTERIZOU ESTE PROFESSOR DE
POLICIAL ? COLOCAR O AUTOR vê o erro, traça, mas não se sensibiliza
deixando de existir a valoração do aprendizado, o resultado da prova é o olhar da
oposição do discurso docente diante da insegurança do aluno e da resistência do
professor.
E nossos sujeitos acostumam-se a receber com essas correções que punem
e desanimam tornando-os fregueses do fracasso escolar, deixando de fazer e
apenas cumprindo a tabela imposta. Os exercícios e provas ficam incompletos e
apenas com sinais de interrogação.
Diante dessa realidade da correção fria e cômoda não há esperança de
retorno de orientação de ensino para que aconteça a aprendizagem, entre o fazer
errado e não fazer para o aluno dá no mesmo.
Ao nos reportarmos ao insucesso do sujeito consideramos Freire (2008) que
descreve que o professor não pode continuar em cima do muro diante da resposta
do aluno que deixa os exercícios e provas em branco ou que fazem errado. Cabe ao
professor escolher orientar e trabalhar para o sucesso do educando não havendo
lugar para braços cruzados.
É no momento que o aluno não faz, resistindo a não cumprir seus deveres e
não mostrando dúvida o professor tem que tomar consciência e optar por cuidar do
que seu aluno carece quando ao aprendizado.
Ao professor cabe sair da obscuridade e observar ensinando, desafiando o
aluno de sua capacidade apostando, confiando e proporcionando condições para
que aconteça a aprendizagem.
ABAIXO VC JÁ ESTÁ FALANDO DA FUNÇÃO DO PROFESSOR , OU ABRA
UM SUBITEM OU VEJA COMO VC O INCORPORA NO TEXTO ACIMA

Ser professor é ensinar o certo de sua área de conhecimento, se pautando


em teorias que valorizem o sujeito em sua história de vida para que sem cumpram
os objetivos do ensino, fazendo do fracasso que o aluno demonstrou o diagnóstico e
a retomada para a aproximação e valorização do aluno.
Ensinar os conteúdos é importante, mas a ética com que o ensino enobrece a
prática docente valorizando e fazendo do fracasso para o sucesso, preparar-se
cientificamente e pedagogicamente, humilde para conquistar o aluno no momento
em que esse precisa que da mediação para poder aproximar o seu potencial do que
é real.
É na comunicação entusiasmada é que o professor vai até o aluno
percebendo sua fragilidade. Ao ser coerente com o diz, escreve e faz é no esforço
que o professor irá conquistar e formar uma nova opinião que leve esse indivíduo a
acrescentar, somar e interagir com o conhecimento.
Muitas vezes devido ao comportamento do professor, quando esse segue
caminhos de autoridade no cotidiano escolar, fazendo valer o seu poder
ultrapassado impondo, está empurrando o sujeito para o fracasso escolar. A relação
pedagógica não é apenas comunicar-se.
Para melhor expressarmos quanto à relação pedagógica recorre-se a
Bourdiéu e Passeron (2009 p. 137 a 149) ao impor que seus alunos lhes ouçam,
transmitindo, estes são constrangidos da maneira imposta como se o professor
fosse o orador, separado do auditório, por fileiras que marcam a distância com
palavras magisteriais condenado ao monólogo, entoando sua dicção e pronunciação
no discurso, o que impera em alguns professores é o mesmo que dificulta o
entendimento dos alunos.
O educando ao posicionar com sua entonação, dicção e oratória, herdou do
professor com seu vocabulário seguindo o seu ritmo, mas de palavras que são
ouvidas pelo professor, mas não são aceitas, pois, o discurso professoral é que deve
imperar ou ainda nenhuma manifestação restando-lhe o silêncio e as dúvidas.
Dentre todo o distanciamento ocorrido na instituição com seus alunos, a
linguagem magisterial é q que se destaca sutilmente, provocando e alargando os
espaços distanciando-os.
O verbo magisterial, e a autoridade escolar cumpri seus efeitos de reprodução
e imposição que ainda aconteceram, marcaram e nunca saíram das escolas.
O professor que é tradicional pode descer do seu púlpito e até misturar-se
com os alunos, mas enquanto não se desfaz do paradigma da linguagem
profissional pode até falar, mas sua postura implica na neutralidade em seus
propósitos de discurso e na sua comunicação exerce seu instrumento profissional de
impor, repassar com a autoridade pedagógica, valendo-se do discurso do seu
conteúdo.
E alunos continuam ouvindo o discurso com os verbos professorais e não
sabe para que sirva o que é ensinado, pois se tem insucesso não lhes é feito a
mediação que tanto precisam para poder aprender.
No uso da linguagem, o professor deixa de atingir seus objetivos,
desencorajando para avaliação formativa. As exposições imprimem na instituição a
dificuldade da comunicação, impedindo a compreensão, desarticulando e fazendo
acontecer o mal-entendido.
Ao não conseguir ser ouvido por seus alunos, pelo discurso professoral
provocando que uns fracassem com a falha da comunicação não havendo a
recepção da informação.
Conseqüentemente o estudante não consegue desenvolver sua
aprendizagem, torno-se incapaz e reduzindo seu potencial o que tem provocado a
monstruosidade dos incapazes.
Neste contexto torna-se evidente a ilusão de ser compreendido e de
compreender, pois nunca devemos subestimar a importância da quantidade de
informação entre professor e alunos na circulação da comunicação como emissores
e receptores. Por isso destacamos Bourdieu e Passeron (2009 p. 144) o professor
não saberia medir exatamente a compreensão que os estudantes têm de sua
linguagem com o desmoronamento da ficção que lhe permite ensinar à menor curso,
isto é, como lhe ensinaram.
Nós professores que estudamos em universidades passamos pelo discurso
professoral e de orador, enquanto estivermos presos as amarras de pedagogia
tradicional opressora é possível que possamos estar colaborando para o fracasso.
Nesta visão, ao educando cabe que ele entenda o uso da comunicação de
prosseguir citando como exemplo a escrituração para assegurar-se dos benefícios
da proteção que dificultam o entendimento professoral e a reprodução do
conhecimento, restando-lhes escrever palavras permitidas pelo discurso secando
qualquer condição social na aquisição do conhecimento.
Enquanto o professor mistificar seu discurso professoral, deixando de
respeitar a história do sujeito, não estamos oportunizando a comunicação essencial
dos que ensinam e dos que saio ensinados.
Conforme Arroyo (2009 p. 52) É intranqüila a imagem da tradição que
padecemos. A maioria dos professores e professoras de Educação Básica foram
formados para serem ensinantes e transmitir conteúdos, programas, áreas e
disciplinas de ensino.
E com esta tradição de formação que tiveram nossos professores para
repassar e informar conteúdos e programas nossos educandos padecem como se
tivessem que nascer sabendo quando nos reportando a Cortela (2009 p. 13) em seu
livro Não nascemos prontos, ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é
considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.
Ao proporcionar e desafiar o educando a ir à busca do que precisa para estar
satisfeito consigo mesmo, estamos provocando e oportunizando um sujeito
investigador, inovador, pessoas nascem, crescem e vão ampliando seu
conhecimento ao seu tempo e como isto lhes é proporcionado.
Para que o educador possa ensinar, é preciso que esse se permita aprender
a ser humano e que as pessoas podem acertar ou fracassar, Arroyo (2009 p. 53)
Nesta aprendizagem também há sucesso e fracasso.
Quanto ao fracasso escolar e a aprendizagem já está na hora de assumirmos
cada qual na instituição em suas atribuições o quanto o fracasso está presente no
cotidiano da escola. E enquanto profissionais da educação temos que dar conta de
prevenir esta situação que leva o aluno ao desânimo e a desistência, provocando
retenções, indisciplina, violências.
Em pleno século XXI a instituição tem o dever de ressignificar suas práticas
pedagógicas e desafiar os educadores na constante observação dos diagnósticos
que os alunos demonstram do malfadado fracasso escolar, fazendo deste sinal uma
referência para medir seu trabalho e perceber o que o aluno não sabe e o que
impede que aconteça a aprendizagem seja no cálculo, na escrita, no espaço, na
audição.
AQUI VC FEZ A MESM COISA , ACIMA UM ASSUNTO ABAIXO OUTRO ,
TUDO DEVE SER ENGRENDADO E SEQUENCIL , COMO SE VC ESTIVESSE
USANDO A FALA ORAL

Sanchez (2007 p. 52 a 54) O fracasso escolar e a aprendizagem, outro olhar


que devemos ter é quanto àqueles alunos que apresentam diversidade de
aprendizagem considerando-se o ponto de vista das dificuldades curriculares
problema pelo qual a criança passa para a escola ou ainda prefere calar-se.
Diante dessas observações, alunos fracassam em determinadas
aprendizagens, das quais se destacam a leitura, escrita e a matemática. E até onde
a escola pode intervir para a superação destes sintomas, entre o currículo oficial e o
que é ensinado e avaliado do que foi aprendido, nem sempre haverá pontos em
comum.
A função social da escola na sua organização pedagógica deve dar conta
dessas diversidades, interagindo nas necessidades dos alunos principalmente nas
diferenças na aprendizagem.
No contexto das dificuldades, das diversidades, que o aluno apresenta é
preciso do diagnóstico para poder observar quais são os fracassos que dificultam os
saberes. Diante das dificuldades da diversidade é fundamental que os professores
das 5ª séries foquem seu olhar nesses sinais.
Na visão de Arroyo (2009 p. 251) é preciso recuperar a humanidade roubada
do adolescentes com dificuldades de aprendizagem proveniente da diversidade
Nos tempos de escola insere na cultura de adolescentes e crianças à medida
que estão fazendo e refazendo coisa, pensando, produzindo refletindo o
comunicado. Em especial o currículo por atividades que predomina até as 5ª séries
ocupa muito mais as crianças ao fazer do que quando esses adolescentes iniciam
na opinião do auto, ouvindo discursos.
Para que se aproveitem os tempos de escola no sentido de ressignificar a
cultura de nossos educandos, pois, intervir e entender torna mais prazeroso do que
entender conceitualmente no discurso de professor por professor, nas 5ª séries do
ensino fundamental.
Voltando a nos reportar aos Parâmetros Curriculares de 5ª a 8ª série também,
este documento reflete e compara-se com a realidade dos índices de reprovação
nas 5ª séries dos anos finais do ensino fundamental da matriz curricular de oito
anos.

2.3 A Avaliação e o Fracasso Escolar

REVEJA QUE VC JÁ DISCORRE SOBRE ESSE TEMA , ORDENE VEJA QUE VC


ESTA USANDO AUTORES IMPORTANTES É PRECISO FAZER CITAÇÕES
LITERAIS A DEMAIS ESTÁ UMA MISTURA DE ASSUNTO QUE PARECE COPI
COLI , VEJA VOU GRIFAR

Para enfrentarmos o fracasso escolar a escola precisa cumprir sua função


social e rever a avaliação que hoje precisa acontecer de maneira que valorize as
conquistas que o sujeito consegue demonstrar que aprendeu assim destacamos a
opinião de Demo (2006 p. 73) em sua obra que ser Professor é cuidar que o aluno
aprenda e ressalta que para avaliar o foco não é a classificar e denunciar que o
aluno não sabe. Se avaliarmos para ver se o aluno aprendeu, esta avaliação está
muito mesquinha e muito nos preocupa este jeito de se ver em que os alunos são
avaliados.

Para os professores o aluno tem que copiar anotar do livro didático ou do


quadro, quando estes deveriam ser proporcion6ado a pesquisa, que o próprio aluno
vai manejar como sujeito e não de objeto. Ao reconstruir o texto o aluno está
reproduzindo seu discurso e ele é o autor. Não basta apenas o livro didático,
precisamos propor que nossos alunos reescrevam e tornem-se dono de seus
discursos.
A finalidade da avaliação é um processo diário, de construção, desconstrução
e reconstruindo.
Ao nos propormos a avaliar o aluno pelo texto que ele for o autor, que este
construiu e resignificando, proporcionando assim a leitura e a pesquisa de forma
prazerosa do que simplesmente vir para a escola, ouvir, copiar, escrever, andar e
num dia marcado a prova.
E continuando na reflexão de Demo (2005 p. 75) aprimorar a avaliação,
observar o aluno como um todo, ver a alma do aluno, utilizando de maneira
inteligente a maneira de avaliar, conforme a hora que este manifesta que se
apropriou do conhecimento, valorizando o sucesso do aluno. Nosso sujeito tem o
direito de aprender e proporcionar quando este manifeste fracasso, desafiar, estudar
sempre, fazer a prevenção propor a recuperação de estudos para que o aluno se
valorize. EXPLICAR O QUE É EMBASAR NA LDB, E FAZER O LINK PARA
ENTRAR NO ASSUNTO PROVA
Ao propor a prova como instrumento avaliativo é muitas vezes o professor
está se condenando, basta que interpretemos os mapas de notas, para começar
uma etapa de estudo é bom uma semana de avaliação para que este saiba e que
não sabe começar o ano dando aula sem se preocupar com o aluno avaliando por
prova que poderá ser reprodução decorada apenas memorizando, e o aluno quando
já reprovado no ano anterior sente se novamente enquadrando no autoritarismo e o
uso pedagógico contínuo. O QUE É

Para o aluno se sentir amparado e confiar em si é fundamental que o


professor faça o diagnóstico sem massacrar a aprendizagem, estes precisam sentir
que estão sendo valorizados, aqueles que apresentam mais fracasso precisam de
maiores cuidados.
Já é hora de pararmos e refletirmos se a com a nossa prática se nossos
alunos estão aprendendo, se alcançamos os objetivos a que nos propormos.

QUE OBJETIVO PROPOMOS


Também de não adianta diminuir a repetência e a aprendizagem não
acontecer. Também não podemos tolerar que no final dos oito anos de escolaridade
não possamos entender o que nossos alunos escrevam.
ABRA UM SUB ITEM PARA FALR NA REPROVAÇÃO , O QUE , USE A LDB

Reprovar alunos quatro vezes é outra condenação a instituição. O que


preocupa é que a escola não reage e continua o fracasso.
A instituição cabe o trabalho de rever os alunos com múltiplas repetências, e
tomar uma atitude, revendo a prática pedagógica e investigar quem são os sujeitos
reprovados e quem são os professores que o reprovaram. Também outro ponto que
devemos estar atentos o Conselho de classe EM RODAPÉ O QUE É que segundo
Queiroz (2008 p. 65) é o momento que reúnem - se professores e é articulado pelo
diretor da escola, ou supervisor escolar, e que deve se expor? a situação dos
sujeitos no processo ensino aprendizagem, para que se detectem os possíveis
problemas e se trace metas para a superação dos obstáculos.
No conselho de classe todos devem perceber o problema do fracasso escolar,
com os indivíduos de notas abaixo do rendimento que é sete no contexto desta
escola, e comprometerem-se ao longo daquele bimestre, acompanhar o
desempenho do professor e dos alunos.
Mas retomando a questão da avaliação, o Conselho de Classe deve ser
repensado e não um momento de brigas e falácia que não nos levam a enxergar que
o fracasso escolar neste momento é deixado de lado, pois os comentários maldosos
e excludentes são os que mais se destacam e o verdadeiro sentido da avaliação e
do processo ensino e aprendizagem torna-se banalidade.
E nestes comentários dos Conselhos de Classe há a manifestação de
avaliação padronizada que Fonseca (2009 p. 89) desconsidera o processo da
atividade e concentra na produção final.

 Especifica os limites e não continua a observação;


 Negam a introdução de atividades mais simples para que o aluno obtivesse êxito
e sucesso no fazer suas tarefas;
 Define o fracasso do rendimento em vez de estimar o potencial do educando;
 Prende-se a inclusões finais e precipite o que poderia ser normal nos resultados
com baixo rendimento;
 Visa à classificação;
 Que a avaliação acontece em um momento marcado, por exemplo, as provas;
 Não identifica os fracassos, desconsiderando um potencial.

Ao estudarmos o tipo da avaliação padronizada, VEJA AQUI VC FALA


NOVAMENTE EM AVALIAÇÃO MAS JÁ FOI DISCUTIDA com hora marcada de
provas, exames e 2ª época, EXPLIQUE ESSA QUESTÃO ME PARECE QUE FOI
ABOLIDA , DIFERENCIE EM RODAPÉ MAS CITE DA ONDE VC TIROU,
CONSULTE O SITE DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO estamos
vivenciando na escola uma teoria que não tem nada haver com que preconizam a
teoria sociointeracionista de Vygotsky. AQUI VC DEVE EXPLICAR
A avaliação tradicional também muito comum n6os dias atuais continua
considerando o resultado final, com as respostas reprodutivas nas provas. Quanto à
avaliação e o fracasso escolar refiro-me a Resolução 158.
CITE O QUE VC QUER O QUE ESTA CONTIDO NESTA RESOLUÇÃO DE
QUE ESTADO É OU É A NIVEL FEDERAL
A recuperação de estudos previsto na Resolução 158 deixa esclarecido que o
professor ao perceber que o aluno não atingiu os setenta por cento de
aproveitamento, este deverá ser contemplado com novas metodologias para que
possam por intermédio da mediação conseguir aprender. E no momento que o
sujeito demonstra que se apropria ou sua nota deve ser substituída pela de maior
valor.
Demo ANO configura no seu texto ONDE ESTA O TEXTO DELE ? que
poderia enumerar as mitologias da avaliação, que freqüentemente, prendem as
disputas homéricas fúteis e improdutivas.
O quanto já fomos obedientes a mitologia da avaliação e por quanto ainda
haveremos de presenciar a negligência do avaliador em não perceber seu fracasso
atribuindo-lhe notas numéricas ou atribuindo conceitos descritivos.
Continuando na leitura de Demo (2006 p. 41). O mesmo enfatiza que à
medida que a avaliação é exorcizada, ao contrário de favorecer o aluno vamos
encalacrando a escola pública como coisa pobre para o pobre.
Diante da reflexão e do tempo que passa na educação forma-se um buraco
sem cor, pois, para facilitar a vida do professor diante da Proposta Curricular,
Parâmetros Curriculares, Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional aos que
deturpam o entendimento dos pressupostos dos objetivos, da educação e dos
direitos de aprender de nossos educandos. QUE REFLEXÃO VC FEZ , NÃO
APARECE NENHUMA O PARAGRAFO NÃO DIZ COISA COM COISA
Se for ousadia duvidar das ações e dos acontecimentos na sala de aula,
prefiro salientar e manifestar a indignação diante dos comentários e da má
interpretação que professores fazem diante da legalidade e dos objetivos da
educação.
Arroyo (2009 p. 176) O caráter desestruturante de crenças e culturas
profissionais de muitas propostas inovadores que se espalham está em se propõe
mexer nas velhas e arraigadas estruturas e relações de trabalho, nas lógicas
temporais e espaciais, nas estruturas e lógicas seriadas.
Quando os professores percebem que as propostas inovadoras vão
desmitificar os mitos da desculpas esfarrapadas do fracasso escolar e da avaliação.
Arroyo (2009 p. 176) os docentes viram e mexem e trazem os debates a estas
velhas e reiteradas questões: não poderei mais reprovar? O que será de mim? que
será de nós como profissionais, perderemos o controle?
E a organização do trabalho diante desses comentários dos docentes sofre os
embates que após estudos, cursos, congressos continuam no discurso vazio, Arroyo
(2009 p. 201) As práticas inovadoras nos seus pormenores, na sua fraqueza podem
revelar as resistências concretas perante as múltiplas formas de exploração e
opressão sofridas pelo professores, educadores e educandos...
A resistência revelada por educadores refletida em nossos sujeitos
denunciam que a categoria transgride a inovação e tem sido esta negação o motivo
da desordem e da discórdia nas escolas vivenciada em reuniões na hora do recreio
e em outros momentos que se quer articular e propor as tendências de uma
educação de função social na formação dos nossos cidadãos.

Nos tempos escolares as tensões da docência têm


prestigiado principalmente no início do ano na elaboração do
horário das áreas de conhecimento. Quem fica com os
horários nobres? Que áreas e que docentes escolhem
primeiro? Os mestres mais veteranos? Um momento
conflitivo em que afloram tensões... (ARROYO 2009, p. 210).
A elaboração dos horários na distribuição da carga horária são momentos
tensos vivenciados com aqueles mitos “Eu sou o professor prata da casa, escolho
primeiro.” Não há preocupação com a qualidade de um horário pedagógico, este é
outro mito que precisa ser extirpado nas escolas “A elaboração dos horários”.
E Arroyo (2009 p. 217) destaca ainda outras fragmentações. “Há fragmentos
ainda mais complicados na categoria. Imagens e auto-imagens mais
desencontradas... funções diversas, distantes que vem construindo um profissional
de Educação Básico desfigurado”.
Ao mencionarmos os fragmentos que complicam o próprio professores,
deturpando sua imagem estes se distanciam e acabam sofrendo a discriminação
comentada de que a escola pública é desorganizada e incompetente.

Podemos exercer temporariamente as funções de gestão,


coordenação e direção necessária ao funcionamento ao projeto
pedagógico da escola ou da rede escolar. No sistema brasileiro
de instrução pública ou de ensino básico sempre foi assim até
décadas ressentes. A Lei nr. 5692/71 fragmentou a categoria e
a Lei nr. 9394/96 não conseguiu recuperar a unidade perdida,
as pressões corporativas preferiram manter o corpo do
magistério quebrado, desfigurado. (ARROYO 2009, p. 218).

Na complicada vida do magistério todos os profissionais da educação tornam-


se cúmplices pelo discurso que sempre a educação foi assim e assim que andou
perdidas, nossas leis mal interpretadas e com dúbias interpretações não dão conta
de recuperar a credibilidade que a educação precisa e tem desestruturado os órgãos
gestores, os docentes e a própria escola.

Os processos de elaboração e implementação de


propostas educativas e inovadoras são um momento
revelador das funestas conseqüências da fragmentação
da categoria. Tensões latentes afloram. Estilos de inovar
não se entendem. As desconfianças mútuas, os medos,
as imagens que os mestres se fazem dos gestores e
estes daqueles se defrontam. (ARROYO 2006, p. 218).
Nesta complicação a cada tentativa de propor a implementação de novos
paradigmas são recebidos com o silêncio fúnebre ou com lamentações de velório. A
intensa resistência tem transgredido a legalidade, as concepções e o trabalho dos
gestores, especialistas e assistentes técnicos pedagógicos e com o distanciamento
que os docentes provocam e não coincide o discurso do Projeto Político Pedagógico
e a prática do cotidiano escolar.

As transgreções não são gratuitas. São reações frente ao


legalismo. De um lado expressam a maturidade dos docentes,
do outro lado expressam a reação a essa maturidade e as
transcrições. Neste jogo tenso a categoria se tem polarizado e
desfigurado (ARROYO, 2009, p. 218)

VEJA NADA DIZ COM A CITAÇÃO ACIMA FAÇA UM LINK, LEIA TUDO
NOVAMENTE MS IMPRESSO E VAI RISCANDO O QUE JÁ FOI FEITO, ESTA
CONFUSO E MISTURADO

ADEMAIS ISSO VC VEM REPETINDO EM OUTRAS PALAVRAS DESDE O


INICIO A criança com fracasso escolar transporta-se como peso frustacional que se
reflete na família, no professor e na sua sala de aula. Nesta de impregnação de
tendências anti-sociais convertem-se em sentimento de auto desvalorização que é
preciso dar um basta. E a pergunta que podem se calar, porque as crianças falham
na escola? Quais as conseqüências do fracasso escolar em termos de
personalidade de criança? O fracasso escolar é inato ou produzido pela sociedade e
pela escola?
Apontar o problema é fácil, porém a resolução complicada e levando
conseqüentemente problemas de formação científico-pedagógica dos professores e
do sistema de ensino.
ABAIXO VC REPETE O QUE ESTÁ DITO ANTES SOBRE AVALIAÇÃO ,
ORDENE E COLOQUE ONDE LHE É DEVIDO
E que o fracasso escolar acontece dia após dia, a cada vez que o professor
faz prova que este instrumento não é o único na avaliação desencarrilhada que
Demo (2006 p. 25) afirmando que os educadores de mal com a avaliação
depositando a culpa no desempenho dos alunos e coloca que sofremos uma
indigestão teórica, que proporão a invenção de inúmeras nomenclaturas, de que
nada adianta como se fosse apenas nomes, ainda Demo apud Saul 1988 que
ressalta a preocupação com a avaliação classificatória e excludente, quando
deveríamos estar voltados para a avaliação formativa, pedagógica e diagnóstica.

LEIA O QUE VC ESCREVEU ABAIXO , E ENCONTRE OS PONTOS EM


COMUM . NÃO TEM .

Nesta perspectiva temos uma sociedade capitalista que valoriza o individual


em detrimento do social, gerando competitividade, acirrando as diferenças de
classe, gênero e etnia.

2.5 O fracasso, a emoção e a convivência escolar

INICIE FALANDO O QUE É


Na convivência escolar presencia-se a emoção do aluno, do professor, dos
técnicos e dos diretores da escola e isso tem complicado o ajustamento da realidade
e os problemas de falhas na comunicação destes sujeitos.
AQUI CABE UM CITAÇÃO PARA EXPLICAR O QUE VC QUER DISSER
ACIMA
Fonseca (1995 p. 264) Escreve que crianças e adolescentes são descritos
pelos pais e professores como “vivas e fabulosas”, “nervosas e desatentas”,
“irrequietas e traquinas, possessivas e “coléricas”, “desarrumadas” e
“desorganizadas”, “conflituosas” e “descontroladas”, “explosivas e manipulativas”,
“irresponsáveis e negativas”, “instáveis e impulsivas”.
Nestas discrições de pais e professores, o aluno demonstra insegurança,
ansiedade e agressividade como reação, tensões, regressões ou posições e
ruminações emocionais, narcisismo, negativismo, na intranqüilidade dessas crianças
as dificuldades de aprendizagem e o fracasso escolar associam-se a subestimação,
rebeldia e fragilidade e abalo no seu auto conceito.CITE O QUE É AUTO
CONCEITO
Sentem-se excluídas, rejeitada de perseguição, abandono e hostilidade e o
insucesso torna-se estampado nestes alunos. Quando o insucesso torna-se crônico
com repetições, as suas ações levam as resistências, fobias e defesas diante das
tarefas educacionais.
A instabilidade emocional caracterizada tem sido referida em crianças com
dificuldade de aprendizagem e fracasso escolar demonstrando ser hipersensíveis e
vulneráveis, demonstrando constrangimento, choro exagerado, risos descontrolados
e mudança de humor constante que reflete em problemas perceptivos e em
problemas motores.
Adolescentes abalados, reprovados raramente pensam antes de agir, daí a
maior freqüência de fracassos na medida em que as suas dificuldades levam a
inibição e inúmeras situações conflituosas. EXPLIQUE O QUE É SITUAÇÃO
CONFLITUOSA
MAS VC ESTA TENTANDO ENTÃO ESSE PARAGRAFO NÃO CABE Não
adianta a escola querer resolver os problemas de aprendizagem, é preciso resolver
os problemas de relação, é imprenscidível que se olhe as crianças fracassadas com
respeito na sua essência de pessoa e é o que infelizmente não se vê nas escolas.
O aluno emocional e socialmente desajustado tende a ter rendimento
escolar abaixo da média, e afetando o comportamento e conseqüentemente o
potencial em sua aprendizagem, é preciso resolver seus caos internos onde se
observam desiquibilibrios emocionais que assumem importância nos processos
psicológicos na aprendizagem.
Os distúrbios psicoemociais, revelados pelo insucesso destaca-se na
delinqüência e criminalidade e condições sociopáticas que devem ser evitadas a
todo custo, estes sujeitos que estão na linha do insucesso escolar e das dificuldades
de aprendizagem precisam de amparo emocional e encorajador para vencer a
desilusão do tempo e a reprodução daqueles que foram abandonados e
estereotipados. AQUI VC ESTA FALNDO DE PSICOLOGIA CITE ALGUM AUTOR
PARA FUNDAMENTAR
Werneck (1995 p. 96) descreve a escola existe para gerar felicidade. O ato
de aprender é um ato feliz, de libertação e não de tortura e alienação, não de
tensões desnecessárias para entender os caprichos de educador cujas manias
superam as necessidades de mutação.
O ser humano nasceu para ser antes de tudo feliz, a liberdade é a essência
da vida, enquanto há tortura, as tensões e conflitos desnecessários para justificar a
opinião de educadores que trazem o ranço e o egoísmo pautado em discurso do
achismo.
Para se relacionar com adolescentes, o adulto precisa entender de emoção
e ter compaixão daquele que foi produzido e levado ao fracasso escolar.
Na opressão dos sujeitos fracassos nos remetemos aos legados de Freire
em seu livro Pedagogia do Oprimido, dando ênfase a contradição, opressões e
oprimidos e sua superação.
Os oprimidos manifestam o que suas opressões o propuseram em sua
historia de rebeldia e opressão, Freire (2008 p. 32 a 35)
A denuncia de nos entenderem como autoritários, arbitrariedade e ameaça
nos foi instigado pela opressão e embate do discurso da falsa generosidade dos
opressores e a permanência de injustiça de ordem social e justa.
E surge o desespero da generalidade, do falso amor, falta caridade para
estender a mão do fracasso na vida escolar.
Estender a mão, sem suplicas entre os humildes e os poderosos, não basta,
é repugnante e condena o homem ao farrapo da humanidade sem identidade e
frustração de sonhos de meninos e meninas sem sucesso.
É preciso restaurar a humanidade na tentativa da verdadeira generosidade,
somente os oprimidos poderão entender a opressão de solidariedade para lutar pela
legítima liberdade da diversidade.
Há de se chegar à libertação, não por acaso, mas por ideais de prática e
caminhos do conhecimento e reconhecimento.
Ao nos propormos a lutar por oprimidos em especial aos alunos com
insucesso, novo olhar ao amor, sentimento que se opõe ao desamor e atitude de
violência dos que reprovam, com a falta de generosidade e discurso, fraturando
culpados aos estudantes, lhes a família e a literatura que contradiz a opinião e ação.
Enquanto os oprimidos não se descobrem que são hospedeiros da
opressão, torna-se impossível desmistificar esta cadeia, é preciso denunciar criticas
reflexão, para que se evidencie os manifestos dos fracassados a desumanização.
Considerado a cadeia de opressão é que nestes embates os oprimidos não
optam pela libertação, tende a ser opressos e subordinados. Espelham-se na atitude
do pensamento de contradição e falsa generosidade tornando-se agressivos e
opõem-se manifestando também como opressores e aderem ao opressor.
E neste aderir e demonstram o que conhecem de opressor e o caos instala-
se, a aberração se destaca, e optam não pela libertação, identificado com o
contrario.
O homem na superação precisa de caminhos de superação, as velhas
situações de opressores para a libertação e estes se tornam opressores dos outros.
Neste contexto em superar a opressão e a submissão temos como
incumbência ir à formação da libertação dos conflitos que se reproduziram ao longo
da vida daqueles que são vitimas do fracasso escolar, que não tem quem assuma
suas vitimas vivem no anonimato.
Para se trabalhar pelo sucesso escolar temos que ir a racionalidade da ação
docente em ir à investigação da vida social e humana dos sujeitos que fracassaram
e apresentam suas dificuldades de aprendizagem para poder entender e comparar
com a teoria que trata da emoção, e que consta da Proposta Curricular de Santa
Catarina da pessoa de Wallon que contribuiu para explicar as crises da criança e do
adolescente.
Na possibilidade de romper com a submissão e rebeldia temos que apostar
na perspectiva de uma docência compartilhada propondo diálogos e respeitando as
trajetórias do sujeito que Voos e Becker (2010 p. 41) no olhar e escutar sentimos a
necessidade de desenvolver nos espaços da instituição as escutas das falas
deixando de se ver a escola apenas como uma organização física e de mobiliários,
proporcionando a necessidade do movimento e partilha que o individuo se sinta
valorizado.
Ao oportunizarmos o dialogo nas trajetórias de vidas de nossos sujeitos com
olhar no espaço escolar e em propostas que possam manifestar suas falas, há
necessidade de ter a liberdade do pronunciamento e a possibilidade da
manifestação sejam pontos de reflexão e de esperança de dias melhores na
educação.
As emoções humanas das pessoas como descreve Marchesi e Gil (2004 p.
189) As emoções das pessoas se formam em partes de experiência, poder e
impotência em que vivem.
Das experiências vivenciadas e na impotência da vida e dos desrespeitos as
emoções humanas, retornamos a Marchesi e Gil (2004 p. 189) Neste poder de
imposição as emoções quando se ignora a manifestação devemos olhar que a
vergonha é uma das emoções mais importantes nas culturas ocidentais e também
uma das menos compreendidas.
Na divulgação e no posicionamento dos índices de desenvolvimento escolar
denota-se que se torna vergonha, torna-se um ato envergonhoso, pois manifesta o
fracasso da escola e diretamente dos professores enfatizando e divulgando sobre o
rendimento escolar e o mais triste é a comparação da educação no Brasil com os
demais países.
Quando sentimos a critica dos meios de comunicação quanto aos resultados
das avaliações promovidas pelo Ministério da Educação, na linguagem de políticas
publicas há urgência de enfrentar essa vergonha e ir à busca de intervenções que
possam evitar conflitos e prevenir o fracasso e as dificuldades na aprendizagem.
De nada vale apenas a vergonha, a atitude é que vai reforçar batalhas para
o enfrentamento das escolas que fracassam, cabe elucidar que para evitar conflitos
improdutivos e escapar de culpas, Marchesi e Gil (2004 p. 191) Em educação,
poderíamos criar algumas políticas de ensino e educação mais positiva do ponto de
vista emocional.
A educação tem sido palco de discurso desiludido e da desesperança,
enquanto os objetivos ao tratar o fracasso escolar, o que importa para esse
enfrentamento é em vez de a escola levar a culpa e os professores sentirem-se
envergonhados com o baixo rendimento ou por fracassarem, é preciso vontade
política e otimismo dos órgãos competentes da educação na aplicação de recursos
que possam reverter à vergonha do fracasso escolar.
Para ensinar é preciso ser coerente, com o mundo do aprendizado, da
decência humana consigo mesmo, e possibilitar ao outro a mediação com saberes
que possam ser aproximados na condição do aprendiz.
Ao professor e professora enquanto sujeitos de sua história precisam
resignificar o que lhe ensinaram o que aprendeu e o que já sabe quanto à emoção,
ética, liberdade e mediação.
Quanto à emoção, o que lhe ensinaram enquanto sujeito no significado da
palavra e na internalizarão do que as teorias que nos dão sustentação quanto à
temática. Para entender de emoção é preciso de teorias que nos justificam saberes
com investigação cientifica e estudos de emoção do adolescente.

2.6 Enfrentando fracasso escolar e as dificuldades de aprendizado

No que compete as dificuldades de aprendizagem precisamos recorrer aos


psicopedagogos e a um grupo multidisciplinar que possa diagnosticar que tipos de
dificuldades de aprendizagem o sujeito possa manifestar e isso compete aos
profissionais da saúde que possam liberar laudos.
Se a causa do fracasso escolar estiver ligada as dificuldades de
aprendizagem, há necessidade de Núcleo de Apoio Pedagógico, com profissionais
que contribuam com seus saberes o diagnostico ou tratamento para a dificuldade
que foi detectada.
Para que se possa trabalhar com decência as questões das dificuldades da
aprendizagem Fonseca (1995) coloca que os diretores, professores, legisladores, os
professores e os demais responsáveis políticos pela educação precisam de
informações validas e não de opiniões como ponto de referencia simplesmente
julgando e tomando decisões.
Não basta possuir conceitos subjetivos de um adolescente com dificuldades
de aprendizagem, é preciso avaliar cientificamente. As decisões de políticas
educacionais baseiam-se nas preocupações políticas administrativas e deixam de
lado as informações e dados de pesquisas. Fonseca:

As crianças e jovens com DA, para serem identificados como


tal, deveriam implicar a observância de uma gama de
atributos e características cognitivas e comportamentais que
deveriam constituir uma “taxonomia educacional”, e
consubstanciar com propriedade uma definição teórica
testável (1995 p. 71).
Novamente Fonseca reafirma e concordamos que os adolescentes e
crianças que demonstram dificuldades de aprendizagem precisam ser observados
no seu comportamento e desenvolvimento com a propriedade da definição que o
profissional com seu conhecimento cientifico teórico possa diagnosticar e
posteriormente encaminhar para a intervenção psicopedagogica.
Em nosso país, na rede Estadual de Santa Catarina e precisamente na
cidade de Araquari onde está localizado o estudo de caso, não possuímos o Núcleo
de Apoio Pedagógico para diagnosticar e fazer as possíveis intervenções que
precisam os adolescentes e crianças com dificuldades de aprendizagens
comprovadas ou encaminhadas.
Diante do descaso da gestão pública municipal e estadual já está mais do
que na hora de por vontade política se crie Núcleo de Apoio Pedagógico, com
equipe de profissionais que possam atuar e desenvolver o que lhes compete quanto
às dificuldades da aprendizagem que possam manifestar-se e diagnosticar-se nos
sujeitos.
A mediação do aluno e professor são atitudes que precisam ser
implementadas no ambiente escolar numa visão humana, resignificando e
valorizando as praxes vindouras, transformando o fracasso em sucesso escolar na
possibilidade do otimismo e da esperança, mas da investigação cientifica das teorias
que permitem dar sustentação, valendo-se de um discurso da interação dos sujeitos.
O principal objetivo da educação no sentido de enfrentar o fracasso escolar
e as dificuldades do aprendizado precisam romper e abandonar como avaliação
tradicional que relata Fonseca (2009) Por considerar o potencial de aprendizagem
como fixo ou mutável, exemplo o QI, quociente intelectual e abraçar exclusivamente
a função da consultoria não parece ser a solução.
A avaliação tradicional ficou presa ao cociente intelectual do individuo e até
hoje este paradigma perpetua-se na educação de forma imutável que mede a
inteligência do aluno.
Nestes novos tempos a de se recorrer à avaliação psicopedagógicas
dinâmica, que investiga, interage e faz a prevenção do fracasso escolar com
despistagens que o professor e os técnicos da escola devem recorrer para poder
diagnosticar as dificuldades e o fracasso escolar dos sujeitos.
Recorre-se a Fonseca (1995 p. 152) o QI quociente intelectual não serve
como guia para os educadores, por mais que custe a certos psicólogos que tenham
se distanciado da pedagogia.
O que a escola precisa buscar é a investigação do que o sujeito não
conseguiu se apropriar nos anos de escolaridade deixando de manifestar o
entendimento do seu contexto de aprendiz na despistagem dos problemas
identificando o potencial da aprendizagem.
E reforça Fonseca (1995 p. 223) a finalidade da identificação precoce é
evitar as conseqüências do insucesso escolar. Não pode se ignorar certas questões
da aprendizagem, pois se podem subvalorizar certos sinais de riscos educacionais e
conseqüentemente adiar a sua solução.
Ao ignorarmos as dificuldades manifestadas por nossos sujeitos, podemos
estar empurrando nossos alunos para o fracasso escolar, deixando de valorizar os
sinais que estes demonstram no seu não fazer, não escrever e não falar.
A identificação não deve ser confundida com o diagnostico, que Fonseca
(1995 p. 223) a identificação deve quando possível dar significação a determinados
sinais, não os banalizando ou negligenciando.
Quanto mais demoramos em prestar atenção nas identificações de
dificuldades de aprendizagem e fracasso escolar, desviando nosso olhar a esses
sinais, estamos colaborando a reprodução das vítimas que sofrem destes
fenômenos.
E também é preciso com essas identificações precoces não confundir com
situações de alarmes e etiquetas de rótulos, e afirma Fonseca (1995 p. 236)
compreender a criança na sua totalidade, estudar seu perfil intra individual,
diferenciar suas áreas fortes, hesitantes e fracas e desenhar um programa
educacional individualizado.”
E nesta compreensão do perfil de nossos sujeitos, observando os seus
fracassos e suas áreas de sucesso, estamos fazendo a diferença na formação da
cidadania, por isso precisamos de urgência nas escolas romper com a decepção, a
desorganização e a desesperança.
Fonseca (1995 p. 236) a adoção de atitudes de “deixar andar”, “esperar e
ver”, “dê tempo ao tempo, a criança há de falar e de aprender”, são por vezes
comuns, deixando passar o tempo precioso onde seria mais eficaz intervir.
E neste discurso como nos coloca Fonseca, deixando pra lá, deixando rolar,
desviando o olhar do problema, e empurrando com a barriga, estamos perdendo
tempo e roubando o tempo dos alunos que apresentam sinais das dificuldades de
aprendizagem e do fracasso escolar.
Na individualização de começar possíveis atividades de adaptação aos
escolares, estamos proporcionando o êxito, o resgate da cidadania e a valorização
humana que para Freire.

Minha presença de professor, que não pode passar


despercebida dos alunos na classe e na escola, é uma
presença em si política. Enquanto presença não posso ser
uma omissão, mas um sujeito de opções. Devo revelar aos
alunos a minha capacidade de analisar, de comparar, de
avaliar, de decidir, de optar, de romper. Minha capacidade de
fazer justiça, de não falhar a verdade. Ético, por isso mesmo,
tem que ser o meu testemunho. (2008, p 98)

O professor presente na classe se faz verdadeiramente quando a sua


presença tem olhar que revela os alunos na sua capacidade em observar, investigar,
avaliando e rompendo com o descaso. Fazendo aflorar a justiça, a verdade e a ética
como testemunho do dever cumprido. Fonseca (2009 p. 126) define experiências de
aprendizagem midiatizadas.

 Focar mais os processos que as respostas;


 Colocar questões sobre o processo e extrair as respostas dele;
 Solicitar justificação e fundamentação mesmo para as respostas corretas;
 Comunicar entusiasmo no processo de aprendizagem;
 Usar incentivos intrínsecos nas tarefas reduzindo os extrínsecos;
 Transferir princípios sobre domínios de contexto familiar e escolar;
 Relatar experiências familiares novas;
 Extrair regras e princípios de experiências cotidianas;
 Enfatizar a ordem e a previsibilidade das situações vividas;
 Estabelecer hábitos lógicos e criar satisfação á volta da imprecisão, da
incoerência e da falta de evidência lógica.
 Aceitar, quando possível, as respostas dos mediatizados e dos jovens, mas
corrigir as respostas incoerentemente ou incompletas, etc.

Ao aproveitar a manifestação das crianças nas respostas comunicando a


alegria e incentivo de dentro para fora, de fora para dentro, aproximando o contexto
familiar e escolar, relatando as histórias da família e destas conversas extrair regras
e princípios para enfatizar a ordem estabelecendo hábitos de poder deixar que sua
opinião também se faça importante, mas respeitando e corrigindo com ternura as
respostas incoerentes e incompletas.
Para se fazer e acontecer na escola o enfrentar das dificuldades de
aprendizagem e do fracasso escolar, precisamos transcender a mudança superando
as situações experienciais que Fonseca descreve provocar uma mudança cognitiva,
estrutural que transceda a situação imediata, relacionando com os acontecimentos
anteriores e futuros e com eventos da natureza similar, permitindo ao mediatizado
extrair uma regra geral ou uma expectativa de sua vivencia.”
Os sentimentos que os mediatizados manifestam com a mediação dos
mediadores, são as competências que se desenvolvem na transcendência
valorizando a competência de seu esforço nas tarefas desenvolvidas, sempre de
forma positiva, feliz e valorizando a vida como um bem maior.
A humanização dos sujeitos que trabalham na educação é imprensidivel
como pano de fundo para a mediação dos saberes científicos, que devem
resignificarem a valorização pessoal e profissional de quem educa.
Numa tentativa de desafiar os mitos do fracasso escolar, pretende-se propor
que a prevenção das aprendizagem são possíveis e necessárias, pois Fonseca
(1995 p. 97) prevenindo problemas e despesas futuras, eliminando as condições
desfavoráveis, que podem agravar o potencial de aprendizagem e o
desenvolvimento das crianças.
Por isso este propôs medidas que possam estar ajudando na identificação
precoce. Fonseca (1995 p. 238):
Identificação precoce das necessidades específicas das
crianças com DA

Identificação dos objetivos conseqüenciais da aprendizagem

Identificação do nível básico de adaptação (NBA): áreas


fortes e áreas fracas

Desenvolvimento de objetivos educacionais e sua


hierarquização por nível de complexidade: aquisições simples,
aquisições compostas e aquisições complexas

Aplicação das estratégias educacionais Programa


Educacional Individualizado (PEI), Planificação

Avaliação do processo (cheeck-list intra-individual)

Nível básico adaptativo (NBA) mal-estabelecido

Métodos inapropriados

Objetivos demasiado

Difíceis de alcançar

Recomendações

Aceitação das DA Identificação de DA

Dificuldades de
Aprendizagem Identificação de DA
DA identificadas
Por áreas e subáreas
Intervenção e
DA não
Reavaliação identificadas
Sucesso
Diante desta sugestão de Fonseca podemos traçar subsídios para identificar
as dificuldades de aprendizagem na sua seqüência e adaptação nas áreas de
sucesso e fracasso mantendo olhar em objetivos educacionais quanto às aquisições
simples compostas e complexas, na possibilidade de aplicação de estratégias de um
programa educacional individualizado quando queremos optar pelo enfrentamento
do fracasso escolar e das dificuldades de aprendizagem.
No que diz respeito ao insucesso quanto NBA - Nível Básico de Adaptação
surgem de métodos que não são apropriados, objetivos demasiadamente que
tornam difícil alcançar a realização na busca de estratégias para informar quanto às
dificuldades de aprendizagem.
É recomendado segundo Fonseca que se aceite as dificuldades de
aprendizagem, identificando-as por áreas e mediando a intervenção e reavaliação
do que o sujeito não se apropriou da sua aprendizagem.
Mas ainda temos que ter o cuidado, pois não é só identificando e subdivido
as dificuldades de aprendizagem que podemos identificar, todo cuidado é pouco
para evitar-se o insucesso.
E ainda Fonseca (1995 p. 239) recomenda que os métodos de investigação
pedagógica reúnam postulados que sirvam de alicerce na identificação e dados de
planificação da intervenção, que são discriminados nos seguintes princípios:

- Individualização do problema;
- Educação adequada ao perfil intra-individual das dificuldades;
- Analise do tipo de dificuldade, isto é, verbal ou não verbal, intra ou
interneurossensorial;
- Níveis de adaptação e de prontidão;
- O input procede ao output, por exemplo, a compreensão auditiva precede a
expressão verbal;
- Educação adequada aos níveis de tolerância, isto é, ter em linha de conta o
biorritmo preferencial da criança, bem como os seus níveis de motivação;
- Estimulação multissensorial;
- Educação adequada às dificuldades e as integridades;
- Trabalho perceptivo ao nível da discriminação da identificação, da imagem, da
memória e da simbolização, quer auditiva, quer visual;
- Controle das variáveis de espaço e tempo que possam maximizar a atenção e
todos os processos cognitivos subseqüentes do processo da aprendizagem.

Levando em consideração todos esses aspectos, pode se evitar perigos de


perspectiva somáticas e exteriorizadas, impedindo que a escola imponha exigências
que venham gerar inadaptação escolar revelando problema das crianças em vez de
compensá-los pela reflexão e modificação das práticas educacionais.
Na educação a criança não pode continuar submetida a métodos tradicionais
que submetem a autoridade, desprezam as dificuldades dos alunos e o fracasso
escolar, pois, a medida para enfrentar esses fenômenos é a convivência com a
fraternidade, a socialização na construção da cidadania do sujeito.
Fonseca (1995 p. 98) define que a criança com dificuldade não é uma
criança deficiente, vê e ouve bem, comunica e não possui uma inferioridade mental
global.
Trata-se de criança normal que vai aprender de maneira diferente,
apresentando a discrepância entre o potencial atual e o potencial esperado. E este
afirma ainda, não pertence a nenhuma categoria de deficiência, não sendo sequer
uma deficiência mental, possui uma capacidade normal que não é realizado em
termos de aproveitamento escolar.
CAPITULO IV A METODOLOGIA

Apresenta neste capitulo a metodologia utilizada para a realização do


estudo: tipo de pesquisa, instrumento de pesquisa e coleta dos dados. Segundo
Silva e Menezes (2001 p. 20) existem diversas formas de classificar as pesquisas,
porém, as formas clássicas de classificação são: quanto aos objetivos, quanto à
forma de abordagem, quanto à natureza e quanto aos procedimentos adotados.
A pesquisa exploratória, pois tem como finalidade desenvolver, esclarecer e
explorar o tema escolhido. Segundo Costa (2006 p. 43) as pesquisas exploratórias
têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias,
tendo em vista, a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis
para estudos posteriores.
Ainda de acordo com Costa (2006 p. 43) as pesquisas exploratórias são
desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo,
acerca de determinado fato. Utilizou-se da análise documental para fundamentar a
pesquisa através da legislação pertinente. A análise documental segundo Costa
(2009 p. 80) recorre-se a fontes mais diversificadas e dispersas, sem tratamento
analítico tais como jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, e outros.
Quanto à abordagem, a presente pesquisa pode ser classificada, segundo
Silva e Menezes (2001 p. 20) como qualitativa, pois há um vínculo indissociável
entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em
números.
Já quanto à natureza, pode ser considerada uma pesquisa básica, que, de
acordo com os mesmos autores, visa gerar novos e úteis conhecimentos para o
avanço da Ciência, porém sem previsão de aplicação prática. Segundo a
classificação proposta quanto aos procedimentos técnicos adotados, a presente
pesquisa apresenta um estudo de caso, pois objetiva a obtenção de conhecimento
profundo e exaustivo de uma realidade delimitada.
O estudo de caso é um estudo empírico que pesquisa um fenômeno atual
dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o
contexto não são claramente definidas e no qual são utilizadas várias fontes de
evidência.
O estudo de caso tem sido utilizado, cada vez mais, nas pesquisas sociais.
Abaixo, apresentam-se as razões listadas por Costa (2006 p. 73 ):
a) Explorar situações da vida real cujos limites não estão claramente definidos;
b) Descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada
investigação; e.
c) Explicar as variáveis causais de determinado fenômeno em situações muito
complexas que não possibilitam a utilização de levantamentos e experimentos.

Alguns preconceitos são também citados pelo mesmo autor, como a falta de
rigor metodológico, a dificuldade de generalização e o tempo destinado à pesquisa.

4.1 Instrumento de Pesquisa


Pagina no que esta em verde

Segundo Silva e Menezes (2001 p. 33) a definição do instrumento de coleta


de dados dependerá dos objetivos que se pretende alcançar com a pesquisa e do
universo a ser investigado.
Quanto ao procedimento adotado para a coleta de dados, foi utilizados a
pesquisa bibliográfica que, conforme Marconi e Lakatos (2002 p. 71) abrange toda a
bibliografia já tornada pública em relação ao tema estudado, desde publicações
avulsas, boletins, jornais [...].
E, a entrevista estruturada elaborada pelo pesquisador para Marconi e
Lakatos (2002 p. 93) entrevista estruturada é aquela em que o entrevistador segue
um roteiro previamente estabelecido [...]. Marconi e Lakatos (2002 p. 93) seguem
apresentando algumas vantagens que justificam o uso da entrevista:

a) pode ser utilizada com todos os segmentos da população: Analfabetos ou


alfabetizados;

b) fornece uma amostragem muito melhor da população geral: o entrevistado não


precisa saber ler ou escrever;

c) há maior flexibilidade, podendo o entrevistador repetir ou esclarecer perguntas,


formular de maneira diferente; especificar algum significado, como garantia de estar
sendo compreendido;

d) oferece maior oportunidade para avaliar atitudes, condutas, podendo o


entrevistado ser observado naquilo que diz e como diz: registro de reações, gestos
etc.;
e) dá oportunidade para a obtenção de dados que só se encontram em fontes
documentais e que sejam relevantes e significativos;

f) há possibilidade de conseguir informações mais precisas, podendo ser


comprovadas, de imediato, as discordâncias [...].

Dentre as limitações citadas por Gil (1999 p. 118) estão:

a) a falta de motivação do entrevistado para responder as perguntas que lhe são


feitas;
b) a inadequada compreensão do significado das perguntas;

c) o fornecimento de respostas falsas, determinadas por razões conscientes ou


inconscientes;

d) inabilidade ou mesmo incapacidade do entrevistado para responder


adequadamente, em decorrência de insuficiência vocabular ou de problemas
psicológicos;

e) a influência exercida pelo aspecto pessoais do entrevistador


sobre as respostas do entrevistado;

g) os custos com o treinamento de pessoal e a aplicação das entrevistas.

4.2 População e Amostra

A população para amostra da pesquisa de campo serão os três alunos


reprovados das 5ª séries nos anos de 2007, 2008 e 2009, quantos professores ,
quais as disciplinas pais, um Assistente Técnico Pedagógico e a Assessora
Pedagógica.
1.3 A COLETA DE DADOS
ESCREVA AQUI COMO VC COLETOU OS DADOS COM OS
PROFESSORES,ONDE SE REUNIRAM , COMO FOI DISCUTIDO
ANTES DA ENTREVISTA , QUAS FORAM AS PERGUNTAS DA
ENTREVISTAS .
CAPITULO V APRESENTAÇÃO DE ANALISE DOS DADOS

Apresentamos as entrevistas elaboradas aos sujeitos entrevistados que


segundo Costa (2006) trata-se de entrevista padronizada ou estruturada onde o teor
das perguntas não podem ser alterados e se possa comparar as diferentes
respostas dos vários informantes.
A entrevista que passamos VEJA COMO SE USA O VERBO PEÇA PARA
UMA PROFESSORE DE PORTUGUES CORRIGIR ANTES DA TRADUÇÃO a
apresentar serão analisadas diante da pesquisa da temática das conseqüências do
fracasso escolar.

5.1 Os sujeitos OBSERVADOS

Os dois alunos do estudo de caso foram observados durante três


meses quantas horas onde? quanto a sua atenção em sala de aula,
rendimento escolar e interações.
Explique sobre o que vc pretendeu com o rendimento , pode fazer citações ,
e o que para vc seria interação
Quanto à atenção na sala de aula, o aluno número um estava muito
disperso, não atendia os professores em suas consignas, ficava com o olhar perdido
no além, rindo, resmungando e às vezes tumultuando a sala devido a sua forte
emoção.
QUAL ALUNO , DE UM NOME A ELE , IDADE , ONDE ELE MORA , QUANTOS
IRMÃO TEM , SE TEM PAI E MÃE , SE MORA LONGE DA ESCOLA MAS
EXPLIQUE QUE É PSEUDONIMO Considerando as observações realizadas ao
rendimento escolar do aluno, este não manifestava seu aprendizado, quando a este
era proposto atividades individuais e coletivas, escritas e orais, baixava a cabeça e
dizia que não iria fazer, distanciando muito da aprendizagem, excluindo e
principalmente sendo excluído.
No que diz respeito às interações, este aluno interagia com os outros
colegas de maneira conflituosa que ocasionavam momentos de combates e
embates na vivencia de sala de aula. Não era entendido por seus professores,
causando palavras de ofensas, dirigidas aos colegas, aos professores.
A emoção novamente tomava conta deste sujeito demonstrando e
vivenciando momentos tensos da reprodução, rebeldia e subestimação, empurrando
para os danos do fracasso escolar.
Durante essas observações, conversamos com o aluno, propomos que
depositasse confiança, mas na hora das reações na sala de aula, os conflitos
tomavam conta, dos professores e do aluno. Quanto a sua presença na escola, é
esporádica, ele não tem mais vontade de vir à escola.
O aluno número um percebeu-se que este repugnava a escola, diante do
conflito que este vivenciava e promovia segundo Perrenoud (2004) a violência
demanda da própria organização da vida cotidiana, quando estes alunos estão sob
os olhares da escola, em especial na sala de aula, num espaço fechado onde o
controle é intenso e pode provocar extravazamento compensatórios na hora do
recreio.
Nos espaços escolares a na tentativa da sobrevivência dos grupos, há
aqueles que pressionam e os que são pressionados, provocando as desordens e
angustias de quem interage na violência emocional.

Perrenoud (2004 p. 58) a sabedoria manda jogar com todas as


possibilidades, e limitar, inclusive por razões ligadas a aprendizagem, a parcela de
incertezas e de indistinção na organização dos tempos e dos espaços de trabalho.
A escola enquanto sua função social deve ter sabedoria para promover as
possibilidades de promover razões que levem o ser humano a usar o seu lado
emocional e se organizar e aprender no espaço escolar.
Registra-se que este referido aluno estudou na escola desde 2004, nas
primeiras séries do ensino fundamental de oito anos, e não teve nenhuma
reprovação segundo seus dados no Projeto Série Aluno. As reprovações
aconteceram todas na 5º série, nos anos de 2007, 2008 e 2009, portanto ele esta
repetindo pela quarta vez.
Os sintomas que o número um AQUI VAI SEU NOME apresenta de acordo
com o que percebemos da sua história de vida de quatro reprovações, rebeldia e
submissão, nos fazem refletir o que oferecemos a esse sujeito durante essa
trajetória, por isso nos reportamos a Patto (1999 PAGINA )
SANDRA ESTA É UMA CITAÇÃO LITERAL E PRECISA DO NUMERO DA
PAGINA

Reprovar: não aprovar, rejeitar, excluir, censurar, repreender,


desprezar/Provar nova e repetidamente, provar bem.
Provação: ação ou meio de provar, de experimentar a
consciência, o sofrimento, a paciência, a virtude etc./Transe,
aperto, trabalhos, penosos, situação difícil.
Re-provação: provar bem de novo/Ser submetido novamente a
sofrimento, transe, aperto, trabalhos penosos, situação difícil.

E nossos sujeitos do estudo de caso, sentiram o amargo do fracasso


escolar, quando a estes foi negado o direito de aprender, pois não foram entendidos,
pois a emoção da reprovação provocou novamente o sofrimento na situação difícil.
TIRAR
As histórias de produção do fracasso escolar estão presentes as histórias de
submissão e rebeldia como Patto assim deu o titulo ao seu livro, e contribui com a
sua pesquisa da temática da repetência
O aluno número um, demonstrou que sua emoção está bastante acirrada e
desta forma isso tem levado a ser agressivo descomprometido e tem causado
problemas de aprendizagem aos problemas de aprendizagem, que como descreve
Coll, Marchesi e Palacios (2004) os problemas emocionais manifestam-se na escola
em forma de angustia e ansiedade, acompanhadas de manifestações de choro,
retraimento social, dificuldades de estabelecer relações satisfatórias, dificuldades de
concentração e desinteresse acadêmico. Cabe a escola e a família ao perceber esta
situação recorrer e buscar ajuda dos profissionais da saúde que são especialistas de
equipes multidisciplinares.
Como nosso aluno número um demonstrou muitas vezes problemas de
conduta Coll, Marchesi e Palacios (2004 PAGINA) que afirmam que os problemas de
conduta são exteriorizados como a agressão, a mentira, o roubo, o vandalismo e
outras condutas anti-sociais.
Diante desta afirmação concordo com os pesquisadores e me reporto às
situações das agressividades verbais, físicas e do isolamento social deste aluno
número um.
Quanto ao aluno número dois, COMO FOI ORIENTADO A FAZER NO
PRIMEIRO ele foi observado este ano de 2010 quando iniciou seus estudos na
Escola de Educação Basica Almirante Boiteux, quanto a sua atenção no inicio esse
aluno era inquieto, indisciplinado, agressivo e desatencioso, gritava.
Quanto à interação com os colegas e professores ele começou a se
acalmar, a ficar mais quieto e conscientizou-se e optou pelo sucesso escolar.
Seu rendimento ficou entre sete e oito, respeita hoje os colegas, os
professores e todos os técnicos, diretores, seu olhar tem horizontes e significados no
que faz de bom para si mesmo.
Tornou-se um aluno com uma história de que veio com três reprovações na
Escola Municipal São Benedito de 1º a 4º série, e uma reprovação na 5º série na
Escola de Educação Básica Higino Aguiar, este aluno conseguiu sair da produção
do fracasso escolar e a sua emoção forte em falar alto, em vibrar foi usada a favor
de sua aprendizagem.
Nosso sujeito número dois, deste estudo de caso, ele ingressou em nossa
em nossa escola, mas o que tornou sua vivência mais tranqüila foi à mudança de
escola, pois este teve a oportunidade de se deparar com outros professores e
colegas. Pois este se permitiu que se trabalhasse a competência da sua
aprendizagem que estava adormecida.

A questão de saber se o fracasso escolar é o fracasso do aluno ou o


fracasso da escola divide hoje os atores. De uma boa consciência
absoluta, fundada em uma ideologia do dom que legitima a impotência
para instruir, passamos para o fatalismo menos cômodo de
“desvantagem sociocultural” e, a seguir, para a conscientização do
arbitrário da norma escolar, da indiferença em relação ás diferenças das
funções do sistema de ensino na reprodução das classes e das
hierarquias sociais. (PERRENOUD 1999, p. 71).

Nesta reflexão de Perrenoud (1992) onde este afirma que as opiniões


quanto ao fracasso escolar se este é do aluno ou da escola, concordo com ele, que
são justificáveis de acordo com a ideologia que aprende só quem tem dom e dos
fatalistas que são saudosistas e ainda querem o aluno pronto para que esse ministre
suas aulas.
Ao colocar o dom e o fatalismo que são ideologias que fraturam, justificam,
rotulam e reproduzem as classes sociais enfraquecidas na sociedade em que
vivemos.
Diante deste desenvolvimento humano do nosso aluno número dois, houve
entendimento, interação e o aluno fez por merecer e hoje é um sujeito respeitado
pelos demais e exerce liderança. Nosso sujeito está aprovado sem precisar
enfrentar o exame.
Neste caso, reflete a perseverança, a paciência pedagógica dos professores
e do próprio aluno que foi o mais interessado em quebrar o paradigma do fracasso
escolar em sua vida.
Como nos deixou seus legados Freire 2008 PAGINA , SANDRA É
NECESSÁRIO VC TER CONHECIMENTO DE METODOLOGIA ,PRINCIPALMENTE
AS CITAÇÕES . “Ensinar exige segurança, competência profissional e
generosidade.”
Com o aluno número dois, os professores tiveram um olhar de segurança,
que com sua competência e paciência puderam ser generosos com este sujeito,
podemos aqui registrar que a democracia da prática pedagógica fundamentou-se na
importância e no respeito a liberdade de expressão deste aluno.
Enquanto observamos este aluno, muito presenciei seus movimentos
inquietos, levantava da carteira, entrava na provocação de outros alunos por conta
de convivência na escola.
No inicio, deixava de fazer as atividades, então se iniciou na escola um
trabalho de conscientização na sala de aula e com o aluno.
Observou-se QUANDO ONDE POR QUEM que o aluno mostrava que ali
não era o seu lugar, pois os colegas menores, sua paciência parecia que acabava e
este se manifestava com suas brincadeiras, agressões, ao ponto de ser considerado
aluno problema, por conta da violência e indisciplina.
Os dias de aula foram acontecendo, o aluno demonstrou avanço na
aprendizagem, concentrou-se, pois toda a equipe centrou seu olhar neste aluno,
sempre lhe conscientizando e valorizando seu sucesso.
Mesmo que em alguns momentos o aluno número dois demonstrou sua
emoção vindo a complicar sua estada na escola, ainda as equipes de profissionais
da educação conseguiram reverter e valorizando esse sujeito a permitir-se ir à busca
do conhecimento e dedicar-se aos trabalhos pela valorização humana desta equipe.
Nosso educando superou o fracasso escolar vai ser aprovado com os pontos
necessários, e não precisará nem enfrentar o exame.
A pesquisadora registra que os professores, mediou o conhecimento e
fizeram valer os direitos quanto à avaliação diagnóstica e recuperação paralela,
conforme prevê a legalidade 9394/96 Lei de Diretrizes Básicas da Educação e foi Lei
Complementar 170/98, Resolução 158/2008. NÃO ENTENDI O QUE VC QUIS
DIZER
O aluno participou das atividades de conhecimento e projetos com sucesso.
QUE ATIVIDADES QUE PROJETOS , E PRECISO DIZER Com o exemplo da
mediação de professores e alunos, sempre estimulando, foi possível que o fracasso
escolar fosse superado e a estima do aluno resgatada.
A mãe compareceu a escola e conversou com a diretora e falou que estava
preocupada com o filho, por seu comportamento agitado, e sente-se feliz porque seu
filho conseguiu superar o fracasso escolar.
A família do aluno número dois se fez presente e acompanhou a trajetória do
seu filho durante esse ano, e isso foi importante e fez a diferença, pois nosso sujeito
que era vitima do fracasso escolar, obteve sucesso e foi aprovado.

A partir dos conceitos da autoria de pensamento e de


mediação, destaco a importância de nossas ações como
ensinantes neste sentido, trabalhando com os desafios que se
apresentam e refletindo sobre as alternativas possíveis e
presentes em nosso tempo, propondo ao nosso pensar um
corpo de estratégias de aprendências, vinculado aos
processos cognitivos emocionais. (BEAUCLAIR 2008, p 94)

Há de se precisar resignificar o que é mediar, e como podemos com esta


ação estar tornando a vida de aprendizagem dos nossos sujeitos, muito significativa
e desafiadora, pois procuraremos alternativas que se busquem propostas
inovadoras, proporcionando aos nossos educandos novos tempos no seu processo
de crescimento intelectual

5.2 As entrevistas com os alunos


5.2.1 Entrevista com Aluno número um.

1 – Você consegue entender a explicação dos professores em sala de aula?


2 – Você esta contente com suas notas e seu rendimento escolar?
3 – Você tem muita amizade com seus colegas?

5.2.2 AS RESPOSTAS DO ALUNO

1 Sim. Não fazia as atividades por conta da bagunça. VEJA ABRA MAIS A FALA
DO ALUNO
2 Não, por que fazia bagunça e isso me prejudicou nas notas.
3 Sim, pois tem os colegas como amigos e observa que confundiu a amizade com
a bagunça.

O aluno numero um relata que devido a sua bagunça não respeitou os


professores e nem os colegas e sentiu que os mesmos também não os respeitavam.
Arroyo (2004) contribui como as pessoas priorizam e privilegiam o seu
tempo e pensamento na produção e reprodução da vida social e ressalta a
importância que os profissionais de outras áreas apontem pelas formas da
periodização da vida nas categorias das idades dos alunos que passam nos tempos
escolares.NÃO CABE AQUI ESTA CITAÇÃO , LEIA QUE NO SEU COMENTARIO
FALA EM RESPEITO
E ainda ressalta que o olhar antropológico nos faz observar e analisar a
historia de vida com fundamentação para classificar as pessoas em idade e
características evidentes.
As etnografias destacam na sociedade a observância de grades na idade,
porém cada cultura elabora sua grade especifica, e destaca que talvez por não for
referendada o peso da cultura na formação e inclusão com o olhar voltado
antropologicamente aos currículos de formação de licenciados e pedagogos e
professores.
E que a historia nos mostra as construções e alerta para pensarmos de
forma naturalizada e vermos os tempos dos educandos na escola, e que há ainda na
visão pedagógica na formação humana um olhar das concepções etapistas da
evolução da aprendizagem humana.
A antropologia nos faz pensar na idade e o tempo numa reelaboração
simbólica do processo biológico, e que é significado marcante pela cultura através
de rituais que definem para cada idade fronteira do ser nas suas praticas de
condutas quanto aos direitos e deveres. SANDRA QUE CONFUNSÃO LEIA
NOVAMENTE E FAÇA A INTERPRETAÇÃO DO QUE ESTA ESCRITO NÃO TEM
NADA HAVER COM A PESQUISA , A SUA PESQUISA NÃO É ETNOGRAFICA
Diante da realidade dos alunos deste estudo de caso, vamos a
pesquisa que possa justificar a organização da escola respeitando os alunos e suas
temporalidades que Arroyo (2004) coloca que os alunos do bem ou os do mal, os
ordeiros e os desordeiros, os disciplinados ou disciplinados, os drogados ou os não
drogados, sugerindo nestes embates como está sendo o olhar da escola no debate
coletivo e coloca que ao identificar a variedade de praticas classificatórias que
acontecem no cotidiano escolar.
Classificar faz parte da cultura da pratica dos docentes, ao identificar
os bons alunos e os maus alunos, os que aprendem e os que não aprendem, e
Arroyo (2004) coloca que esta pratica é identificada com mal estar em confrontos
dos ideais e valores da democracia e equidade na aprendizagem.
Perrenoud (2004 PAGINA ) coloca que a escola não é responsável
pela mesquinhez e as barbáries do mundo e nem pelos monstros que a
acompanham, mas em compensação esta precisa enxergar e compreender que o
aluno que vem a escola não está em condição de aprender, mas que esta pode
fazer e acontecer ao proporcionar um lugar de prazer onde o pesadelo possa virar
sonho.
Os fatores que contribuem para que o aluno exclua-se do processo
ensino e aprendizagem na opinião de Carvalho (2004 PAGINA ) dos modelos
econômicos do Brasil procedentes das políticas publicas que nem sempre são
sociais os fatores intrínsecos a pratica pedagógica além daqueles intrínsecos aos
alunos e enfatiza que culpar o aluno pelo seu insucesso é uma ação perversa e
injusta. E que são fatores intrínsecos a ele gerando e excluindo e negando-lhe o
direito a sua diferença.
E afirma que essa atitude que na escola é feita de forma sutil há
grande probabilidade de não se tomarem as medidas para a remoção dos entraves
que enfrentam para aprender e participar.
Com a atitude do não fazer do aluno e optar por indisciplina e ser deixado de
lado, levando-o ao abandono da escolaridade no seu tempo de adolescente,
atualmente o aluno numero um, retornou para a escola por sua livre e espontânea
vontade, uma vez que com o advento do ensino fundamental de oito anos LEI Nº
9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Passar para o Ensino Fundamental de nove
anos conforme legislação LEI Nº 11.274, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2006.
Altera a redação dos arts. 29, 30, 32 e 87 da Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
dispondo sobre a duração de nove anos para o ensino fundamental, com matrícula
obrigatória a partir dos seis anos de idade. E no ano de 2010 mesmo não tendo
média para ser aprovado, o sistema série aluno da rede estadual de educação, lhe
aprovou para a sexta série, pois este apresentou mais de setenta e cinco por cento
de freqüência as aulas.

ALUNO NUMERO 2

1 – Sim, e quando precisa eles explicam de novo.


2 – Sim, por que fui melhorando bastante a cada bimestre.
3 – Sim, antes eu brigava, agora converso jogo, e escuto musicas com meus
colegas.
SIGA ORIENTAÇÃO ANTERIOR
1- Qual a atenção dos alunos em sala de aula?
2 - Qual o rendimento escolar deles nos exercícios em sala de aula, nas tarefas
escolares (deveres de casa) e durante a avaliação (provas e outros)?
3 – Como os alunos interessados interagem com os outros alunos?

ONDE ESTA A INTERPRETAÇÕ D FALA DO SEGUNDO ALUNO ?


5.3 Entrevista com os pais
DIGA COMO VC FEZ A ENTREVISTA COM OS PAIS , ONDE QUE PERGUNTAS
FORAM FEITAS , COMO VC PEDIU PARA ELES RESPONDEREM A
ANAMMNESE , QUE ALIAS A SUA PRECISA SER ENXUTA , ESTA EXTENSA
ATENHA SOMENTE O QUER SABER , E DIGA QUAL FOI AUTOR
5.3.1 Anamnese

Anamnese O QUE É CONCEITO , QUANDO ELA É USADA POR QUE


OBJETIVO tem objetivo de entrevistar quanto aos pontos que são importantes na
investigação e analise do estudo de caso, podendo o pesquisador ter uma visão da
historia do sujeito e fazendo uma conexão do passado com o presente.
Segundo Weiss (2000 p. 61) esta entrevista tem por objetivo recolher dados
significados da historia do sujeito para que possamos analisar o conteúdo e fazendo
a possível atenção que o caso merece.
Este tipo de entrevista é feita com os pais para que se reflita pontos
relevantes na vida social e humana dos sujeitos.

5.3.2 Anamnese aluno numero um.

A mãe do aluno numero um relatou que o pai estudou até a segunda série e
ela até a quarta série, estes não pagam previdência e trabalham por conta própria.
Em casa tem mais um filho de dez anos e uma filha de sete anos. E que a renda
familiar é de um salário mínimo mensal.
E o motivo que a levou a aceitar que seu filho fosse o sujeito do estudo de
caso desta pesquisa foi à falta de vontade de estudar e ter repetido por quatro vezes
na quinta serie do Ensino Fundamental de oito anos. E esta relata que o filho
quando chegava ao final do ano não vinham ao dia de exame final.
Quanto aos antecedentes a gestação foi planejada, sentiu-se feliz e que não
lembra de ter acontecido algo durante sua gravidez deste filho. Que o parto foi
normal, que ocorreu tudo bem, que nasceu com dois quilos e novecentas gramas e
cinqüenta e dois centímetros.
No que diz respeito ao desenvolvimento a mãe relata que amamentou até os
três anos e que este adaptou-se com a alimentação muito bem. Que firmou a
cabeça com poucos meses e sentou-se sozinho aos cinco meses e engatinhou aos
sete meses e andou entre nove e dez meses, controlando os esfíncteres. (RODAPÉ)
No desenvolvimento de linguagem balbuciou as palavras resmungando aos
quatro meses, aos sete meses falou papai e conseguiu falar uma frase com um ano.
Observou a mãe que o aluno do estudo de caso tem um sono agitado fala
dormindo, range os dentes e baba, e que sempre vai dormir as vinte e duas horas. E
antes de dormir procura comer e dorme num quarto dividindo com o irmão.
Quando é necessário esta se apresenta algum sintoma de saúde, ela o leva
ao médico e que este tomou todas as vacinas.
Lembra a mãe que o filho sofreu um acidente e quebrou a perna, vitima de
acidente na construção da casa aos cinco anos. E que este ficou internado mais ela
não lembra da medicação que ele tomou. E que o filho se queixa de dores de
cabeça.
Quanto sua sexualidade ela relata que seu filho é um adolescente normal.
Sua sociabilidade é com a família, principalmente com o pai e que seus
colegas vão até sua casa. Faz amizades facilmente, mas se alguém pega no seu pé,
ele não aceita.
Quanto aos antecedentes familiares, segundo a mãe, não há do que relatar.
E um fato que marcou muito foi a morte do avó materno e de um tio irmão do
seu pai.
No que se refere ao relacionamento familiar ela diz que não há conflitos, que
os dois – pai e mãe – protegem o filho e que quando podem passeiam e fazem
lanches, e para ajudar quando esta sai cuida dos irmãos menores.
A historia da escolaridade do aluno, que sempre estudou na Escola de
Educação Básica Almirante Boiteux desde a primeira a quarta série dos anos iniciais
do Ensino Fundamental e que até então não havia reprovado.
E que a queixa principal da escola é que o aluno não comparecia para o
exame final e as atividades individuais e a constante indisciplina em sala de aula.
E quanto às dificuldades que o aluno apresenta segundo a mãe, é de
relacionamento com os professores e diretores. Segundo a mãe, o aluno sente que
estes profissionais estão contra ele e que isso aconteceu a partir da quinta série.
Continuando seu relato, a mãe sabe que o filho brinca, que não faz lição e
que os professores apontam os erros de seu filho.
Hoje na visão da mãe, ela pensa que a escola avacalhou com o seu filho.
Que este foi esnobado e que uma das assessoras da direção falou que seu filho era
um zero a esquerda e que tirasse este da escola.
A família pensa hoje dos professores que houve falta de colaboração e que
esta assessora de escola prejudicou seu filho com seu discurso para que o tirassem
da escola.
E ainda informa que seu filho não gosta dessa assessora e nem de outro
funcionário da escola que o chamou de vagabundo e nem de outra professora que
pegou em seu pé.
Diante do relatório da mãe, podemos perceber que houve momentos com
uma historia de rebeldia e submissão do sujeito numero um.

5.3.3 Analisando a entrevista da mãe do aluno numero um

Justificando me reporto a Arroyo (2004) que as condutas dos alunos são


preocupantes e atingem o processo da aprendizagem, e que focando a moralidade
muitos docentes não aceitam o aluno como sujeito, ao compreendermos a conduta
social de nossos alunos e de adultos, estamos nos aliviando da critica da
consciência política o que não é suficiente para justificar o dia-a-dia da escola.
E se condenamos as condutas dos alunos sem condenar a civilização tão
decadente e conclui Arroyo que estas condutas são fases cruéis da globalização de
reflexos num contexto moral ou imoral reproduzindo na escola aquilo que se
submetem para sobreviver nas ruas, nas famílias e aonde quer que esteja.
E ao assumirmos como profissionais a escola como um espaço humano de
dignidade propondo a socialização de valores e condutas, dos educadores e alunos
parece que estamos falando de algo utópico, mas reflexivo, pertinente na função
social da escola.
Quando a mãe se reporta a escola com termos que diz ela - avacalharam
com meu filho – cita-se Coll, Marquesi e Palacios (2010) quando há um problema
depende como os pais e os professores se relacionam para resolver estes embates.
E observa-se que no olhar de professores e pais do mesmo aluno, há falta
de concordância entre estes. E ressaltam que os meninos apresentam maiores
problemas do que as meninas, pois deixam transparecer seus problemas de
indisciplina nas salas de aula. Estes problemas demonstram-se com retraimento
social, dificuldade de entrosamento, desinteresse pelo estudo e mudança no
rendimento escola para menor com relação à promoção de rebeldia e inadequação a
relação com os professores.

5.3.4 Anamnese aluno numero dois.

O aluno numero dois do nosso estudo de caso, iniciou seus estudos no ano
de 2010, seus pais são separados e hoje este vive com a mãe, o padrasto e dois
irmãos menores que ele e que estes trabalham e pagam previdência e a renda
familiar soma novecentos reais.
O motivo da queixa foi que sua reprovação por quatro vezes tem a ver ao
tempo em que o filho ficou sob o poder do pai e que o mesmo mudava-se muito de
escola e que este foi morar com seu genitor por que não pagava pensão.
E que esta dificuldade foi constatada nos seus quinze anos. E que a mãe ao
perceber que seu filho estava sendo prejudicado devido as mudanças do seu pai e
foi ao juiz que a reconduziu a guarda da mãe e hoje o pai paga a pensão que é de
direito de seu filho.
Sua gravidez foi planejada, que reagiu com felicidade a noticia, que ocorreu
tudo bem. Um parto normal no Hospital e que pesou dois quilos e oitocentas
gramas.
Quanto ao desenvolvimento do aluno numero dois, a mãe amamentou até os
seis meses e que quanto à alimentação este se alimenta normalmente.
O seu desenvolvimento psicomotor, diz não lembrar quando o filho firmou a
cabeça e que se sentou sozinho aos nove meses e que engatinhou também aos
nove meses, e andou com um ano. E controlou os esfíncteres aos dois anos.
Quanto à linguagem balbuciou os oito meses, falou as primeiras palavras
com um ano e primeira frase com um ano e meio.
Seu sono é tranqüilo, que vai dormir às vinte horas todos os dias, pois
acorda cedo e que dorme em camas separadas.
Apresenta-se algum problema de saúde e que este só apresenta febre
quando tem alguma virose.
E que chupou chupeta até os três anos e que às vezes morde os lábios.
Quanto à sexualidade do filho, relata que este é normal.
A mãe coloca quanto à sociabilidade do filho que este cuida dos irmãos e
que faz comida, e que os companheiros dele de brincadeira só quando vai jogar
bola.
E ela acha que o filho é tanto retraído quanto extrovertido, e que prefere a
companhia dos familiares e que tem bons hábitos de higiene.
E quanto aos antecedentes familiares, relata que seu pai usava uma
medicação de nome Gadernal, e que a maior dificuldade dela – mãe – era
Matemática.
Quanto ao relacionamento familiar, o filho somente cumprimenta o pai
biológico. E que este enfrentou conflitos com sua madrasta.
Há um distanciamento por conta da separação e convivência com a
madrasta e que hoje ele convive com a mãe, o padrasto e os irmãos.
E que em casa estes realizam atividades que possam ser em família,
assistindo televisão, conversando, trabalhando e que o menino ajuda com
responsabilidade a família.
Quanto a sua queixa da escola esta relata que devido as trocas de escola o
filho reprovou em series iniciais alternadamente no Ensino Fundamental e uma
reprovação na quinta série dos anos finais em outra escola.
E hoje este gosta de estudar e se dá bem com os professores e se dá bem
com todos da escola. Que seu filho conseguiu superar e hoje é um aluno que esta
sendo avaliado com média igual ou superior a sete.
A mãe acredita que das dificuldades que o filho vivenciou, esta afirma que as
mudanças de escola pela qual o menino foi submetido por conta da separação dos
pais e convivência com a madrasta, levou ao comportamento de vezes indisciplina
no passado, quando enfrentou o fracasso escolar.
E hoje a família pensa que a atual escola é ótima e que seu filho tem bons
professores e que pode ver neste um vencedor.

5.3.5 Analise do discurso da mãe numero dois. TIRE ISTO E VEJA ONDE SE
ENCAIXA ANALISE DO DISCURS É UMA TECNICA LINGUISTICA
O tempo na vida social e humana das pessoas tem sido tema para
comentários e comparações, Arroyo (2004) pontua que os alunos na sua condição
de adolescente ou criança, nas suas condutas nos chamam para que possamos nos
sensibilizar e olhar para o tempo que estão estudando.
E ainda relata que o tempo foi vivido com cuidado na socialização da
educação, isso na cabeça dos adultos, e foi esquecido do tempo dos nossos alunos
que precisam de atenção e dialogo.
E que há necessidade de se saber enquanto educadores, buscar uma base
teórica para se saber do ciclo da idade e vivencia daqueles que trabalham com
alunos. Mas que para isso será preciso que os professores tenham tempo para
estudar e se aperfeiçoar.
Ao analisar o discurso da mãe numero dois, quando se reporta ao
tempo em que o filho conviveu com o pai e a madrasta e que isto segundo seu relato
ocasionaram as repetências do aluno devido a mudança de sala, citamos Freire
(2005) que enfatiza que os homens se libertam em comunhão e é de relevância para
os oprimidos a manifestação dos outros homens quando da sua dependência
emocional.
Ao oferecermos a oportunidade de reflexão aos oprimidos pelo tempo
perdido na historia do aluno numero dois, de submissão e desvalorização humana,
estamos proporcionando condições concretas de ultrapassar com a colaboração e
compaixão a historia de sua opressão.
Quando o sujeito percebe que a instituição preocupa-se com ele e com
sua historia de vida, seu olhar como no estudo de caso do aluno numero dois
mudou, pois viu que seria possível ir à busca do tempo perdido nos reportamos a
Freire (2001) que podemos apesar dos limites da educação em nossos dias tornar
praticas pedagógicas que levem o desafio e conquistar o aluno com atividades
pedagógicas mediadas e acima de tudo a valorização humana do sujeito.
Arroyo (2009) propõe no olhar do desenvolvimento do humano que se faça
na escola da infância e adolescentes encontre nos seus professores a sensibilidade
no desenvolvimento dos tempos e espaços escolares como um processo
pedagógico de humanização.
A escola possa tornar possível os sonhos daqueles que um dia tiveram sua
passagem pelo vilão do Fracasso Escolar. A escola como um espaço de redenção
que deve priorizar, tirar a infância e adolescência da miséria e criminalidade como
um dever de resgatar o direito de cada ser humano e a formação do sujeito na sua
cidadania.
A escola pública é lugar onde circulam crianças, jovens e adolescentes de
tamanha diversidade quão estão expostos estes seres que são procedentes de
camadas sociais menos favorecidas, diante das historias dos alunos do estudo de
caso e dos depoimentos dos pais e professores há muito o que fazer para que
enquanto instituição que é regida por leis educacionais e quanto aos direitos
humanos fazer e acontecer com ações e metas que dissipem a trajetória dos tempos
escolares do mau que o fracasso escolar expõe suas vitimas.

5.4 Entrevista com os Professores

ONDE ESTÃO AS PERGUNTAS , NÃO ESQUEÇA QUE SU ENTREVISTA É


ABERTA

5.4.1 Entrevista com Professor número um. FAÇA COMO ORIENTEI PARA FAZER
COM OS ALUNOS , ABRA NUM TEXTO , AS INFORMAÇÕES DO PROFESSOR ,
CONDE ELE MORA ........Licenciatura plena em História e dois em meio de serviços
ao magistério.

1 – O aluno pesquisado número um demonstra grande dificuldade de atenção,


motivado pelo desinteresse do mesmo e consegue-se um pouco de sua atenção se
houver acompanhamento exclusivo a ele. Quanto ao outro aluno número dois
quando motivado percebe-se sua atenção dentro da sala de aula.
O professor número um enfatiza que o aluno demonstra falta de atenção, que
só faz com ajuda. Nesse discurso podemos perceber que o fracasso e remetido ao
aluno. Escreve Freire (2008 p. 90) comecemos para refletir sobre algumas das
qualidades que a autoridade docente democrática precisa encarnar em suas
relações com a liberdade dos alunos.
Compete ao professor numa situação em que o aluno digava de sua aula ir à
busca de qualidades que o docente precisa para concretizar sua relação com o
aluno usando da competência e liderança, cuidando da aprendizagem do sujeito.
Ao se referir ao aluno número dois, o professor manifesta que esse da
atenção a sua aula, por isso nos reportamos a Beauclair (2008 p. 107) a
aprendizagem, processo humano por excelência, e espacotempo privilegiado para a
emancipação humana porque amplia saberes e fazeres e possibilita o ser que
aprende.
Ao interagir com o aluno número dois, o professor destaca como ir à busca da
excelência no espaço e tempo escolar, o respeito para com o ser humano
valorizando suas potencialidades, ira manifestar saberes por fazeres.
COLOQUE PAGINA NAS CITAÇÕES E FAÇA CITAÇÕES LITERAIS E DISCUTA
AS CITAÇÕES
2 – O aluno número um recusa a realizar todas as tarefas, seja, dentro da sala ou
deveres de casa, o que se consegue notas somente com exercícios em dupla,
quando o aluno parceiro faz os textos. Já o aluno número dois demonstra pré
disposição para algumas tarefas como desenho, escrita e sendo cobrado
constantemente.
A recusa do aluno número um nas palavras do professor são atitudes que nos
levam a refletir o olhar do professor a este sujeito resistente em cumprir suas
atividades escolares e novamente está estampado o vilão do fracasso escolar em
nosso aluno. Hoffmann (2006 p. 119) o diálogo, compreendido como a leitura
curiosa e investigativa do professor das tarefas de aprendizagem, poderá se
estabelecer mesmo se o educador trabalhar com muitos alunos.
Com atitude do não fazer suas tarefas o professor precisa dialogar e formar
opinião como líder para que aconteça aprendizagem de seus alunos, cuidando de
cada qual, pois cada um tem sua historia de vida.
Quanto ao aluno número dois, o professor demonstrou que acompanhou esse
aluno e proporcionou a aprendizagem, Arroyo (2005 p. 101) os alunos parecem
esperar respostas também profissionais a suas trajetórias. Entender seus complexos
significados. De quem será a responsabilidade de iluminar esses percursos
escolares e humanos?
Nosso aluno número dois, conseguiu uma resposta a sua complicada
trajetória antes de chegar a nossa escola com o professor número um, pois este
cumpriu e cuidou da aprendizagem do aluno e iluminou seu caminho.

3 – O aluno número um demonstra comportamento brincalhão sendo buscando


atrair colegas para compartilhar de seu desinteresse, desrespeito e brincadeiras o
que sempre consegue quando não repreendido constantemente pelo professor.
Quanto ao aluno número dois demonstra liderança frente aos colegas o que pode
ser trabalhado pelo professor de maneira positiva.
O aluno número um, no olhar deste professor o que mais nos chamou a
atenção foi no seu desinteresse, desrespeito e brincadeiras, por isso destacamos os
problemas de aprendizagens e de conduta que Arroyo (2005 p. 45) o fato e que as
condutas morais dos alunos nos preocupam atualmente mais do que os processos
de aprendizagem.
Nesta colocação concordo com Arroyo, que com o aluno número um o
professor preocupou-se mais com sua conduta e desviou o olhar da sua
aprendizagem.
Já para o aluno número dois, o olhar foi de cuidado com a sua aprendizagem,
focando o sujeito pontos positivos. Beuclair (2008 p. 32) experiências anteriores,
competências e habilidades já adquiridas, idéias e conceitos mesclam-se com novas
informações, que aprofundam conhecimentos e transformam-se em uma nova
compreensão, de nos mesmos e do mundo.
Ao professor cabe ir ate o aluno e perceber suas experiências anteriores para
poder mediar suas competências, interagindo com habilidade, buscando novas
informações que elevem e transformem o conhecimento na compreensão do mundo
do individuo.

5.4.2 Entrevista com Professor número dois. Assessora de Escola, Licenciada em


Geografia, Pós graduada em Geografia: Inclusão Social. 31 anos de Magistério.

1 – O aluno número um quanto aos conteúdos das disciplinas dadas o aluno não fixa
sua atenção, por isso não consegue passar de ano, não gosta de estudar.
Segundo Coll, Marchesi e Palacios (2004) dos alunos com experiência de
fracasso e com pouca motivação sua tendência é abandonar a escola valendo-se da
falta de habilidade ao êxito por parte do aluno que não consegue resolver as tarefas
e reter sua atenção, pois se acha incapaz e ainda colocam que alguns estereótipos
atribuídos aos adolescentes o desvalorizam e lhe faz desistir.

2 - Não participa dos trabalhos de avaliações e ainda incomoda os colegas e


professores.
O processo de aprendizagem precisa de parceria e humanidade. E Coll,
Marchesi e Palacios (2004) aqueles que foram levados ao fracasso escolar em falta
de possibilidades de aprender e falta de tolerância das condutas e da avaliação, a
reprodução manifestada na rebeldia e submissão de vida.

3 - Somente através de bagunça, brincadeiras de mau gosto, o que dificulta sua


aprendizagem e dos outros alunos.
Segundo Coll, Marchesi e Palacios (2004) se a idéia de que o aluno é culpado
de tudo e se considera que a motivação e desmotivação dos alunos é um aspecto
observado na sua personalidade e que são alheios ao contexto da escola muito
provavelmente pouco se contribui na formação do sujeito.
Nas perspectivas limitadas do professor em buscar por mudanças na forma
de ensinar e relacionar-se com seus alunos, se fazem presentes na desmotivação e
na resistência do profissional da educação.
E ainda ressalta que quando os alunos fogem do controle da escola e os
profissionais atribuem o fracasso e as causas externas e não buscam habilidade
pedagógica para ir e proporcionar um ensino que conquiste a aprendizagem do
sujeito e se esconda e aceite o fatalismo, as conversas amargas e a transferência da
culpa do não atender do sujeito.
E nestes embates a escola não consegue corresponder a demanda destes
alunos com história de múltiplas reprovações e os professores se sentem isolados e
distanciados da aprendizagem, quase que sem perceber.
O fracasso escolar que nos propomos a estudar, pesquisar e analisar nos
levam a concluir que este fenômeno acontece na vida do aluno que é o ator principal
desta saga que não deixa que aconteça a aprendizagem e impede que se alcance
os verdadeiros objetivos da educação.

5.4.3 Entrevista com Professor número três. Graduada em Geografia, Especialista


em Interdisciplinaridade, 16 anos de magistério publico estadual.

1- Quanto ao aluno número um não se motiva em nada que se faça em sala de


aula, infelizmente não a atividade alguma que lhe agrade. Quanto ao aluno número
dois, desenvolve atividades com interesse e qualidade.
A professora número dois, destaca que o aluno não se motiva, diante deste
comentário recorre-se a sua historia de vida e de rebeldia com quatro reprovações.
Com que vontade um sujeito deste poderá querer fazer alguma atividade com
defasagem de idade, pois este já tem quinze anos, ouvindo sempre as mesmas
consignas, recorre-se a Coll, Marchesi e Palacios (2004) neste caso emocional,
generalizado e destrutivo, podemos explicar não apenas o fracasso escolar mais
também o fracasso vital que se generalizam em todos os aspectos da vida.
Para que se refaça a vida emocional desse sujeito, e preciso que se
ressignifique a sua existência para que este consiga rever sua posição e buscar pelo
seu êxito.
A esta altura dos acontecimentos de rebeldia e subestimação de nosso sujeito
número um, Coll, Marchesi e Palácios (2004 p. 123) nessa suposição, a direção da
causalidade e clara e única, no sentido de que e impensável que as dificuldades de
aprendizagem ou o baixo rendimento acabem sendo, por si só, a causa do
abandono de um menor.
Diante da historia de vida do sujeito número um, e das colocações da
professora número dois, que o mesmo não se motiva e não se agrada de nenhuma
atividade, podemos detectar que este rompeu com a aprendizagem e encontra-se
abandonado, excluído e com rendimento escolar abaixo da media, o que nos remete
a refletir tudo que passou e conseqüentemente ira passar.
Quanto ao aluno número dois, a professora coloca que o mesmo desenvolve
com competência suas atividades e recorremos a Freire (2001 p. 78)
A tarefa fundamental do educador e da educadora e uma
tarefa libertadora. Não e para encorajar os objetivos do
educador e as aspirações e os sonhos a serem reproduzidos
nos educandos, os alunos, mas para originar a possibilidade
de que os estudantes se tornem donos da sua própria historia.

Ser professor e propor e encorajar os educandos a sonhar para que se


possibilite que estes livres possam escrever e ser dono do seu discurso e de sua
própria historia.
Diante das palavras da professora número dois quanto ao aluno número dois
este foi mediado por ela e conseguiu fazer e acontecer na sua aprendizagem com a
mediação e interação, podendo este hoje ser um aluno de sucesso.

2- Aluno número um, não desenvolve nada, por isso tem baixo rendimento em
todas as atividades. Aluno número dois, desenvolve as atividades com médias entre
sete e oito. Quando faz atividade em grupo, é líder positivo.
Quanto ao aluno número um, ela diz que ele tem baixo rendimento por que
não faz as atividades, continua resistente a sua condição excludente e excluído.
Reportamos a Martins (2000) se um aluno não cumpre os prazos estipulados para
apresentar seus deveres, e preciso que este defina seus limites e assumir as
conseqüências de sua negligencia, mais porem antes de tudo, há necessidade de
um esquema planejado gradualmente quanto a essas responsabilidades e ainda se
necessário se chegar a um apelo de conscientização.
E nestes quatro anos de reprovação em que este aluno foi deixado de lado, a
escola fez um planejamento e um esquema gradual da responsabilidade deste aluno
e de conscientização ou contribuiu com sua reprodução na fila das vitimas do
fracasso escolar.

3- O aluno número um, liderança negativa. Aluno número dois, convive com
certa harmonia, embora seja um pouco violento às vezes.
Quanto à interação com os outros alunos, a professora coloca que o aluno
número um é uma liderança negativa, desta forma nos reportamos a Freire (2008 p.
61) precisamos estar convencidos de que o convencimento dos oprimidos de que
devem lutar por sua libertação não é doação que lhes faca a liderança
revolucionaria, mas resultado de sua conscientização.
A escola enquanto instituição e seus pares devem se convencer que
conscientizar alunos oprimidos para se libertarem da rebeldia e submissão, não é
favor, mas sim cidadania que provoque nesses sujeitos a revolução da
conscientização da liberdade para a decência humana.
O sujeito número dois, conseguiu se inserir no ambiente escolar mesmo com
suas quatro reprovações de outras escolas, destacamos Freire (2008 p. 62) se os
lideres revolucionários de todos os tempos afirmam a necessidade do
convencimento das massas oprimidas para que aceitem a luta pela libertação.
Quando a conscientização dos professores atinge o sujeito podemos
comemorar um resultado de sucesso como foi o caso do aluno número dois, pois
como nos coloca Paulo Freire, temos que revolucionar e convencer os oprimidos
para sua libertação e cidadania.

5.4.4 Entrevista com Professor número quatro. Graduada em Letras, Pós Graduada
em Psicopedagogia Clinica em Institucional, trinta e um anos de Magistério.

1 – Com relação ao aluno número um, destaca para a situação de aluno que já não
existe outra oportunidade de relacionamento efetivamente, é praticamente nenhuma
quando se fala do conteúdo da matéria. O aluno simplesmente ignora qualquer
explicação ou orientação para a realização de atividades. Com relação ao aluno
número dois, nas aulas de inglês, não há observação relevante a se fazer, pois,
sendo este ano de 2010, o primeiro ano letivo nesta escola, o mesmo pode ser
avaliado normalmente, é educado, responsável, segue os conteúdos da disciplina a
questão de contento, é assíduo e mantém um bom relacionamento com os colegas
nessa aula.
A professora número três, coloca que o relacionamento com o aluno número
um é impossível. Hoffmann é preciso investigar a compreensão pelos professores
dos termos acompanhamento e dialogo. Entendo que ambos podem ser entendidos
de maneiras diferentes conforme estiverem atrelados a uma ou outra matriz
epistemológica.
Para compreender os alunos é preciso que se pesquise como esta a
compreensão dos professores quanto ao acompanhamento e conversa com seus
alunos, se há como entender-se a que corrente filosófica pertence o discurso do
professor.
Nestes anos de quatro reprovações do aluno houve acompanhamento e
dialogo da professora e de toda a escola num entendimento de uma concepção de
aprendizagem.
Quanto ao aluno número dois, ela coloca que é um aluno normal e destaca
que é o primeiro ano que veio para a escola. Tadeu (1995 p. 85)

Alem disso, a tradição dominante favorece a contenção e a


assimilação das diferenças culturais, em vez de tratar os
estudantes como portadores de memórias sociais
diversificadas, com o direito de falar e de representar a si
próprio na busca de aprendizagem e de autodeterminação.

No discurso professoral há um fortalecimento de tradição dominante e


deixando de lado a questão da diferença cultural e da historia de vida de sujeitos
que são vitimas e portam memórias sociais da diversidade, pois são diferentes na
maneira de ser, falar e representar a si próprio e se complicam no embate de
professor e aluno.
Há necessidade de se rever a concepção de aprendizagem que esta por
detrás desse relacionamento número um, com a professora número três, para poder
se entender o porquê do não dialogo entre esses sujeitos.

2 – O aluno numero um - sem atenção não há entendimento do conteúdo, que,


conseqüentemente torna difícil, impossibilitando a realização dos deveres, então,
fica estabelecido “Ciclo Vicioso”, não presta atenção, não entende, não faz, não
consegue notas, não aprova.
Diante do comentário da professora, a negação do aluno tem sido a causa
das conseqüências do seu fracasso escolar, diante disto nos reportamos a Gil e
Marchesi (2004 p. 185) a distinção e o desgosto definem a economia emocional da
exclusão social que delimita o fracasso escolar.
Percebe-se que o ciclo vicioso, o não prestar atenção, não entender, não
conseguir notas, não aprova, confere-se no desgosto mesquinho da emoção que
leva a exclusão e que empurra o aluno para o fracasso escolar, pois esta estampado
que neste discurso a professora deixa claro que não consegue convencer este aluno
oprimido a alcançar seu êxito, por isso destacamos Freire (2008 p. 58) ninguém
liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, os homens se libertam em comunhão.”
O professor sozinho com um sujeito com a historia de submissão e
reprodução de fracasso escolar, precisa de apoio dos técnicos da escola para dar
suporte a este impasse emocional, pois há de se precisar resignificar o trabalho de
equipe para resgatar o tempo perdido de nosso aluno.

3 – A interação existe apenas com colegas de comportamento parecidos ao dele


(aluno número um). E normalmente são sua força física e /ou seu poder de
experiência (idade) que prevalecem, ou seja, os colegas aprendem com ele
justamente o que não deveriam, vêem nele um exemplo que jamais poderiam seguir.
Quanto à interação do aluno número um, a professora nos chama atenção
que aproxima de sujeitos parecidos com ele e ela diz que os colegas aprendem com
ele aquilo que não deveriam jamais presenciar. Recorre-se a Arroyo (2005 p. 352)
as classificações morais invadem a velha cultura de classificação. Tornando-as mais
perversas. Onde situar os embates diante de uma pratica tão incrustada na cultura
docente?
Com a resposta da professora que afirma que o aluno e mau exemplo,
resignificando Arroyo, que nos coloca que a escola tem uma velha cultura moralista
e classificatória, conclui-se que o aluno difícil número dois foi reproduzido pela
escola, pois afinal tornou-se oprimido e realmente concordo com a professora
número três que este aluno não deveria estar nesta turma, pois afinal ele já esta
com quinze anos, mas se a escola o produziu aonde que ele vai ficar.

5.4.5 Entrevista com Professor número Cinco. Graduada em Letras, Especialização -


31 anos de tempo de serviço.

1- A atenção dos alunos pesquisados em sala de aula difere muito um do outro.


Número um está na escola obrigado pelo Conselho Tutelar. Os pais não têm
autoridade sobre ele. Este aluno é desatencioso, mal educado, só faz número em
sala. Aluno número dois, é diferente, é atencioso nas minhas aulas, participativo.
Comentários positivos sobre o mesmo.
A professora número quatro, transfere ao aluno a obrigatoriedade da escola
ao Conselho Tutelar e aos pais ainda salienta que o aluno e mal educado, e que e
apenas mais um aluno em sala de aula.
Neste conflito do depoimento da professora, podemos perceber a
transferência da responsabilidade de ensinar a outros pares, eximindo-se esta de
seu compromisso. Segundo Fonseca (1995 p. 359) o insucesso deve ser
equacionado em termos construtivos e não em termos humilhantes. Uma escola que
humilha é uma escola que se humilha.
Diante desta colocação de Fonseca, a escola perdeu-se com o aluno número
um, e a professora número quatro, foi pessoa que ao transferir a falta de êxito do
aluno aos outros, humilhou o aluno, a escola e a si mesmo.
Para encontrarmos as razoes que levam os alunos a perderem a vontade de
estudar, temos que resignificar a emoção de nossos professores, pois é urgente que
façamos de nosso trabalho um ato profissional para que possamos trabalhar as
habilidades e competências dos sujeitos e precisamos convencer os alunos a mudar
de oficio.
Recorre-se a Perrenoud (1999) aos professores que aderem a uma
abordagem de competência, surge o desafio de convencer os alunos a trabalhar e a
aprender de uma nova forma, enfrentando durante o tempo escolar a cada ano
novos aprendizados. Surge a necessidade de analise das transformações, das
condições, em oferecer oportunidades na abordagem do currículo e dos programas.
Mas também Perrenoud coloca que muitas vezes os professores antecipam
as reticências e estratégias da fuga dos alunos e dizem que jamais dará certo e que
o aluno não vai entra em contrato didático e redefinir sua estada na escola.
Para que possa se convencer alunos e professores, há de se redefinir, revir
as propostas com mediação das situações e problemas que forem acontecendo no
percurso do ano letivo para que todos possam aderir à conscientização para
transformar a educação.
2- Rendimento (aluno número um) – Insuficiente, sem comentários. Aluno
número dois, muito bom, cumpridor de suas obrigações escolares.
Percebe-se o desprezo da professora pelo aluno número um, assim recorre-
se a Coll, Marchesi e Palacios (2004) uma das maiores dificuldades enfrentadas
pelos professores é ensinar alunos que não querem aprender, que estão na escola
apenas pela pressão dos pais e a responsabilidade da escola.
Contudo percebe-se que a professora no seu discurso anula a possibilidade
de aprendizagem do aluno, ensinar alunos com dificuldades é querer buscar pelo
sucesso do aluno o que não foi percebido no seu depoimento quanto ao aluno
número um, de modo que se recorre a Perrenoud (1999 p. 79) a escola seleciona e
fabrica fracasso, com freqüência de maneira a esconder seu próprio fracasso.
Ao transferir a culpa a família e dizer que o aluno não faz nada, torna-se
uma constatação dolos ora, pois este sujeito é que mais precisa de apoio e no agir
da professora esconde-se o fracasso escolar.
Quanto ao aluno número dois, a professora fala que ele é um aluno
atencioso, que participa, e a gente percebe que a professora tem um olhar de
compaixão e dialogo, justifica-se segundo Hoffmann (2006 p. 119)

O dialogo, compreendido como a leitura curiosa e


investigativa do professor das tarefas de aprendizagem,
poderá se estabelecer mesmo se o educador trabalhar com
muitos alunos, no sentido de permitir-lhe, senão a
proximidade corpo a corpo com o estudante, o brecar sobre
suas idéias e as do grupo para acompanhar seus
argumentos e vir a discutilos ou enriquecê-los.

Dialogar com os alunos é tarefa primordial para que ocorra aprendizagem


mesmo que somem muitos alunos numa mesma sala, a permissão da aproximação
entre os sujeitos que aprendem e ensinam reforçam que as idéias do grande grupo e
o argumento fortalece o ser no seu potencial humano.
E quando a professora se refere que os dois alunos tem bom relacionamento
com os demais alunos, mas uma vez de enfatiza que a resistência do diálogo com o
aluno número um tornou-se incompreensão ao sujeito derrotado, fragilizado com a
sua história de quatro reprovações na quinta série do Ensino Fundamental.
Quanto à professora é preciso rever o seu relacionamento com o aluno
número um, que representa nesta pesquisa os outros que são produzidos e se
encaminham para o fenômeno do fracasso escolar.
Segundo Perrenoud (1999 p. 79) desenvolver competências não é
contentar-se em ter seguido um programa, e sim não parar com sua construção e
testagem. Pouco importa o programa, o que se deve fazer é enfrentar o problema, e
o problema é que a ação pedagógica não alcançou sua meta.”

5.4.6 Entrevista com Professor número Seis. Graduada em Educação Física.


Especialização em Metodologia no ensino de Educação Física. 16 anos de
Magistério.

1 – Quanto ao aluno número um, não participa por não querer. E quando
participava falava palavrões e ameaçava os colegas, na aula teórica, ai que não se
esforçava para ter concentração. Ele não queria, ficava conversando, tirando a
atenção dos alunos. E queria chamar a atenção para ele mesmo.
A professora número cinco, coloca quanto ao relacionamento seu com o
aluno, que não aconteceu e nos reportamos às condutas agressivas durante as suas
aulas, que Coll, Marchesi e Palacios (2004 p. 123) um dos problemas sociais que
mais preocupam os professores, os pais e as próprias crianças é a freqüência com
que se manifestam em aula as condutas agressivas”.
Ao manifestar condutas agressivas durante as aulas da professora, o aluno
número um transgredia as normas de conduta que não foi possível ser reduzidas e
provocaram conflitos entre os sujeitos que aprendem e que ensinam. Coll, Marchesi
e Palacios (2004 p. 124) é evidente que os conflitos, entre alunos, entre alunos e
professores, pais e professores, filhos e pais, etc., são inevitáveis e, em alguns
casos, é desejável que se manifestem.
Toda essa história de conflito que aconteceu entre o aluno número um e a
professora número cinco, com agressão verbal, foram inevitáveis pela intolerância
de ambos e são atitudes que precisam desaparecer da escola em busca da paz, da
vida como um bem maior.
Recorrendo a Aquino (1998 p. 131) é preciso, no entanto, salientar que se
podem ter atitudes aparentemente de tolerância, mas com um conteúdo muito mais
violento do que a intolerância, fato muito presente no cotidiano brasileiro.
A intolerância de alunos e professores tem provocado atitudes de violência
que ultrapassam os limites da liberdade dos sujeitos, o que complica e leva ao
stress.
Na visão da professora número cinco, quando ela diz que o aluno queria
atenção para si mesmo, e chamava atenção dos outros alunos, os efeitos surgiram,
provocando perversão educativa que Coll, Marchesi e Palacios (2004 p. 124)

Nessa dinâmica, as relações sofrem deteriorações difíceis de


reparar, pois as pessoas envolvidas tiram o pior de si mesmas, a
colaboração torna-se difícil, árdua e, ás vezes, impossível, a
convivência pode criar problemas sérios nos grupos e nas
pessoas mais preocupadas em molestar os outros e fazer
esforços de todo tipo para suportar os conflitos.

As relações entre aluno e professor com ações de repugnância, de falta de


respeito, faz com que se manifeste o que as pessoas têm de pior dentro de si, e isso
tem custado momentos de tensão que tornam difícil a convivência escolar.

2- Por mais que a professora conversasse, só ria, falando bobagens, e não


produzia nas atividades teóricas e práticas.
Destaco a palavra da professora Andréia, “E queria chamar a atenção para
ele mesmo”. Justificando este comentário, reporta-se a Freire (2008 p. 38) a prática
docente crítica, implicante do pensar certo envolve o movimento dinâmico, dialético,
entre o fazer e o pensar sobre o fazer.
Já esta na hora de nós educadores prestarmos atenção em nossos sujeitos
e na sua civilização, se há coincidência entre os saberes da escola e a condição
humana de sua origem social. Destacamos Bossa:

Os interesses do individuo e da civilização não


coincidem totalmente. Se o individuo tivesse como
objetivo seus os objetivos da comunidade, poderia haver
uma conciliação; no entanto, o individuo ao mesmo
tempo em que persegue os objetivos da comunidade,
persegue também o seu próprio caminho. (2002, p 61).
Os objetivos da escola devem estar previstos para ao atender do individuo
se há como fazer uma conciliação entre o que é ensinado e o que é aprendido na
trajetória da história individual do sujeito.
Se o aluno pesquisado neste estudo de caso, segundo a Professora
Andréia, estava sinalizando e chamando a atenção para si mesmo quando aponta a
falta de conduta, de caráter, a onde ficou a função social da escola?
E quanto à resposta que o aluno fala suas bobagens, percebe-se que toda
emoção negativa do aluno e da professora fizeram com que este não demonstrasse
sua aprendizagem que deve estar aprisionada e massacrada pelos anos de história
de sua reprovação. Cabe a reflexão de Arroyo (2004 p. 365)

Classificar, segregar e reprovar tornaram-se práticas


rotineiras entre os profissionais, a tal ponto que tocar em
nossa cultura política e social, escolar e docente, o que
provoca reações e críticas apaixonadas. É como profanar
rituais sagrados.

Na reprodução do fracasso escolar na escola e na aula da professora


número cinco, reportei-me a Arroyo para observar que quem classifica, reprova,
tornando isso uma prática rotineira, como se isso fosse algo sagrado, há de se
considerar que o sujeito ao agir como agiu estava tornando publico o seu estado
emocional afetado.
A professora número cinco avalia que no jogo eles são o que são, no
momento de alegria, de adrenalina e na emoção, não escondem seu Eu e coloca
que nas atividades de recreação, objetivo é ganhar, vencer e não fazer feio, mesmo
que seja um jogo cooperativo. O aluno número um, demonstrava o mesmo que os
colegas, sua alegria era chutar a bola longe, empurrões, achava que sabia jogar
mais que os outros.
Cita-se Coll, Marchesi e Palacios (2004 p. 124) da violência gratuita, que
gera relações de agressividade entre o agressor e a vítima, com as seguintes
conseqüências.
Provavelmente a vítima sinta sua auto estima afetada e aumente o
sentimento de que não pode controlar o que ocorre, isto é, acabe se sentindo
indefesa e com a consciência de fatalismo social. Poderá isolar-se socialmente e se
sentirá estigmatizada e diferente. Possivelmente acabe sofrendo de ansiedade,
depressão, tensão, medo e culpa. A rejeição à escola, ao trabalho ou ao jogo em
grupo, as regressões, o ressentimento social, a insegurança emocional, a falta de
habilidades sociais, as dificuldades gerais de aprendizagem e o baixo rendimento
também podem estar entre os sintomas. Se a agressão é reiterada e duradoura,
acabará deixando seqüelas para toda a vida e neste caso do aluno número um, da
sua história de vida.
Com o tempo de convívio na escola o agressor passa obter reforços
perversos (popularidade, sensação de poder, pequenos ganhos sociais), que levem
a consolidar e generalizar seu padrão de agressor. Tal padrão acabará trazendo
problemas sociais e, possivelmente, também profissionais; em alguns casos,
inclusive penais. Aqueles que apresentam esse padrão têm dificuldades para
resolver suas necessidades interpessoais básicas (vínculos familiares, rede social
de amigos, relações de casal), tendendo a envolver-se em relações de dominação
que implicam numerosos riscos para os outros e para si mesmos.
No discurso da professora número cinco, quanto sua convivência com o
aluno, os menores, os professores ou os pais que recorrem a esse padrão também
foram vítimas dele, e, sobretudo, tem graves carências básicas em seus processos
de socialização familiar, especialmente em relação ao apego, à empatia, e aos
valores sociais. Coll, Marchesi e Palacios (2004 p. 125)

É importante destacar também o papel dos observadores, as pessoas


que estão presentes quando ocorrem essas condutas sem participar
ativamente delas. Os observadores que não intervem causam mais
dano as vítimas, reforçam o agressor e causam dano a si mesmos,
diminuindo sua auto-estima, estimulando sentimentos de impotência,
de fatalismo e de culpa, tornando-se mais insensíveis a sofrimento
alheio (baixa empatia), enchendo-se de medo do que lhes possa
acontecer e adquirindo sentimentos de desconfiança e de pessimismo
sobre os demais. Quando intervém de forma eficaz reforçam sua auto-
estima, o sentimento de controle e sua assertividade.

Enquanto a escola ficar de braços cruzados, vendo todo esse turbilhão


passar com sua equipe de especialistas e demais profissionais da educação não
tomam uma atitude, fortalecem essas atitudes agressivas de professores e alunos e
isso tudo causará os danos que levam ao sofrimento principalmente do aluno que
perde o controle das suas emoções, humilha-se enquanto ser humano, tornando-se
pessimista, desconfiado e desorganizado.
Cabe a escola que se faça prevenções quanto às condutas agressivas dos
alunos, para que isso não se torne uma das conseqüências sobressalentes do
fracasso escolar na escola.

3 – O aluno número um interage de maneira violenta, querendo manipular os


colegas. Ele interagia só se fosse do seu jeito, falando besteiras, fazendo
brincadeiras de mau gosto, tudo ele podia, os outros nada.
A professora observa que o mesmo manifestava falta de coordenação
motora ampla, e em sua opinião deixava-se ser ajudado com a mediação ele teria se
desenvolvido.
Que ela não queria que este reprovasse que seu objetivo era resgatá-lo mais
também não conseguiu, a partir do momento que este a desrespeitou e teve que
tomar a atitude de fazer um boletim de ocorrência, ela ficou indignada e deixou de
procurá-lo, por que viu que não estava sendo justa com os outros alunos, por dar
atenção a ele e deixando os demais.
Segundo Coll, Marchesi e Palacios (2004 p. 127) a promoção da empatia
pode ser feita de maneira eficaz com treinamentos simulados e com análises de
situações mais que ocorrem na sala de aula e na vida cotidiana dos alunos.
Ao reforçar a tendência de sentimentos emocionais positivos que elevem o
ser humano o professor está buscando a possibilidade de conquistar o aluno assim
como foi conquistado o aluno número dois.
No decorrer do ano, durante os embates como narrou à professora número
cinco da violência recorremos a Arroyo (2005 p. 63)

Nesse irmos ás crianças, adolescentes, jovens e adultos com


que convivemos nas escolas e nessas tentativas de observá-
los e entendê-los poderemos estar descobrindo segredos da
infância, da adolescência, da juventude e da vida adulta.
Cada tempo humano emite seus próprios sinais e suas
surpresas. Sem dúvida, nesse mesmo olhar sobre os
educandos, estaremos nos olhando, nos observando e
entendendo e redescobrindo segredos de nossa docência.
Na manifestação da conduta dos adolescentes, crianças, jovens e adultos
nos tempos de escola, podemos perceber que sujeito estamos formando e o que
estamos devolvendo para a sociedade, tudo isso nos dirá o tempo e os sinais que
estes irão deixar na sua história de vida, de docente e aluno.
Nas trajetórias nos tempos vividos na escola, nos professores, alunos e
funcionários, fica e manifesta-se a imagem que construímos da nossa docência.

Os embates estão postos nesse cerne. Discutem-se e


contrapõem imagens de infância e de docência. Algumas se
quebram, outras surgem com novas luminosidades. “Nossa
formação é ensinar”, enfatizava um professor. “Não estou aqui
para endireitar condutas desviadas. Isso não é tarefa nossa”,
acrescentava outro. “Se não é tarefa nossa, de quem é; dos
catequistas, dos assistentes sociais ou da polícia?”, retrucava
uma professora. Arroyo (2005 p. 66)

E nestes embates de agressão quando o professor diz que ele não veio para
educar e sim para ensinar, desconecta a valorização que o jovem tem da imagem do
professor, pois ainda somos os profissionais que temos o contato direto com o
público e a nossa atribuição é de formar cidadão que possa viver e conviver pela
vida a fora.

5.4.7 Entrevista com Professor número Sete. Especialista em Educação Matemática.


Dez anos de magistério.

1 – Aluno número um, é um caso especial, pois em termos de atenção com


os estudos ele não demonstrou interesse algum durante as aulas. Não é uma má
pessoa, acredito que a falta de incentivo em casa, talvez da própria mãe, possa ser
um agravante, pois tivemos várias oportunidades de conversar com a mesma e me
parecia bem claro que ele, tinha autonomia para fazer o que bem sentisse vontade.
Algumas vezes consegui em minha disciplina (matemática) que ele fizesse que
rendesse alguma coisa, porém, esta prática dele durava uma ou duas aulas no
máximo a cada semana e olhe lá.
Senti vontade de ajudá-lo, pois percebi que ele necessitava, porém, esta
autonomia que trazia de casa, de que poderia fazer quando quisesse o atrapalhava,
não o deixava ser um bom aluno, atencioso, que pudesse render algo, ele
demonstrava que o mais interessante era ele ser chamado atenção por coisas que
fizera desnecessárias.
O aluno número dois, gosta muito de conversar, porém é atenciosa a
disciplina, quando solicitado sua atenção, o mesmo se porta de forma admirável,
presta atenção, concentra-se, posso até dizer que um dos melhores alunos da
classe, é bom no conteúdo e até auxilia os colegas, quando nós professores
pedimos a ele.
Quanto ao comentário da professora número seis esta também por sua vez
atribui à família a culpa do não fazer e coloca que o aluno vem que o aluno vem com
autonomia de casa. Segundo Coll, Marchesi e Palacios (2004, p. 118) é fundamental
que alunos com dificuldades de aprendizagem não sejam percebidos como os
culpados do seu fracasso escolar, mas que estes sejam bem aceitos pela escola,
família e sociedade, pois são estes alunos que mais precisam de ajuda e nos fazem
ir à busca de investigação científica para que possamos colaborar com a formação
do sujeito.
Nos momentos de tensão de nosso sujeito rotulado pelo fracasso escolar, a
escola precisa rever no seu Projeto Político Pedagógico metas de aprendizagem que
se executem pela habilidade de tornar o ambiente escolar prazeroso aos alunos e a
comunidade escolar.
O não fazer as tarefas escolares do aluno número um, estava estampado ali
segundo Coll, Marchesi e Palacios (2004 p. 133)

Às vezes o problema está em que as demandas da tarefa estão


muito acima das possibilidades do aluno. Em outras ocasiões, o
aluno não entende por que precisa fazer o que lhe pedem, e
nem sequer fatores extrínsecos, como a autoridade do
professor, a previsível avaliação negativa ou a reação familiar,
têm mais peso do que a sensação do aluno da inutilidade do
esforço que lhe pedem.

A incompreensão do aluno quando entendida pelo professor como um


problema e torna-se um agravante em resistir e não fazer como é o caso do sujeito,
aluno numero um, ao professor cabe na sua sala de aula, como conhecedor do
conteúdo que ministra começar a perceber por que o aluno não faz. Coll, Marchesi
e Palacios (2004 p. 134)

O interesse é suscitado ao longo dos anos escolares e também


muda em função da idade. Por sua vez, o possível interesse
pelas tarefas de aprendizagem compete com outros gostos e
interesses que o aluno desenvolve. Por essa razão, é mais fácil
manter o interesse, ou pelo menos a dedicação, dos alunos do
ensino fundamental, já que têm menos capacidade de decisão
própria e um foco de interesses alternativos mais concretos e
limitados que no ensino médio.

Ao instigar o aluno ao longo dos anos escolares é possível que este com a
mediação do professor interaja e comece a querer aprender e manter o seu
interesse dedicando-se principalmente na fase do ensino fundamental, por isso o
cuidado que a escola precisa tomar para ter consciência do que fez sua função
social bem feita.
Quando as professoras número seis fala da autonomia que o aluno tinha,
recorremos Coll, Marchesi e Palacios (2004 p. 134) a necessidade de afirmação
pessoal que o aluno sente muitas vezes choca-se com as rígidas estruturas
organizativas e curriculares da educação.
O aluno precisa sentir autonomia para querer aprender e a escola precisa
deixar o autoritarismo de lado e reconhecer na valorização humana o resgate para o
bom êxito, pois estes precisam de nossa atenção.

2 – Aluno número um- Não houve muitas oportunidades de ver o que ele
poderia render, pois quando resolvia fazer alguma atividade, apenas copiava do
quadro, nunca trouxe de casa pronto, copiava novamente a correção, isso porque
ficava ao lado e pedia, praticamente implorava para que ele ao menos copiasse a
correção.
Com as avaliações, algumas vezes colocava seu nome, em outras vezes
fazia aviãozinho, quando era em duplas sempre pedia a um colega que fizesse com
ele, porém, ele não ajudava muito, o aluno número um ria da própria dificuldade,
acredito que rir da forma como ele fazia para tudo, seja uma defesa, para não
mostrar que precisa de ajuda.
Aluno número dois – O rendimento escolar dele é ótimo, sempre com o
caderno em dia, mesmo nas faltas, depois emprestava o caderno de colegas e
deixava em dia, as atividades sempre realizadas, as atividades de cada sempre
feitas, algumas vezes por ser ágil iniciava na própria sala as tarefas de casa,
preocupa-se em acertar, sempre mostra o caderno para ver se esta no caminho
certo. O aluno número 2, mostra que gosta de atenção, porém, ele usa o caminho
certo, o caminho correto, aquele que faz crescer.
Quanto ao rendimento do aluno, a professora número seis coloca que o
aluno numero um não demonstrou o que sabia e que ela mesma não conseguiu
aproximação, por isso recorre-se a Arroyo (2005 p. 71)

Temos de reconhecer que a educação como direito passou a


fazer parte do imaginário social e docente. Direito
reconhecido como parâmetro dos currículos, das políticas
educativas, dos juramentos de licenciados e pedagogos nas
noites de formatura. Inclusive, como legitimação de nossas
reivindicações docentes nas praças e nos campos. Um
grande avanço situar a educação e a escola.

3 – Aluno número um – Em uma sala de trinta e dois alunos posso alegar


que ele interage bem com todos, porém, algumas vezes é agressivo, ele dominava
uns 5 colegas, que pareciam o ter como ídolo, talvez por ser mais velho e a média
da turma é de onze anos, ele era o “cara”, pois contava histórias, o deixava
deslumbrados, histórias essas que eram talvez de outras pessoas, pois muitas delas
averiguamos com a mãe que o desmentia.
Fora esses cinco que o tinham como ídolos, os demais se dividiam entre a
raiva com as brincadeiras de péssimo gosto que ele fazia e entre a piedade, pois
perceberam que ele estava perdido.
Aluno número dois – Ele no início do ano era mais arisco com metade da
turma, posso assim dizer, porém no decorrer do ano isso mudou, é um bom colega
de sala, conversa e até brinca, porém, já são brincadeiras mais saudáveis, sem
humilhação, ele se entende de forma geral com todos, claro que ele é um dos mais
velhos da classe, mas não há questão de os demais idolatrá-lo.
5.4.8 Entrevista com Professor número Oito. Graduada em História, Especialização
em História do Brasil, cinco anos de experiência no magistério.

1 – O aluno número um, não participou de nenhuma aula, mesmo estando


presente em sala de aula até 18/10/2010. Ficava conversando e quando era
solicitada a sua participação o referido aluno se recusava e ainda ironizava a
atenção despendida a ele. Portanto, o referido aluno não tinha atenção nenhuma,
mesmo sendo estimulado a isto.
O aluno número dois, sempre participou de todas as aulas nos três
bimestres que ministrei aula na unidade escolar Escola de Educação Básica
Almirante Boiteux. Portanto, sempre despendeu uma ótima atenção em todas as
aulas.
Considerando o discurso dos professores das 5º séries do Ensino
Fundamental de oito anos, percebe-se que os professores evidenciam nas respostas
da primeira pergunta qual a atenção dos alunos pesquisados em sala de aula? Os
professores em seu discurso colocam que o aluno recusa-se, não faz, demonstra
desinteresse, leva na brincadeira, e com essas brincadeiras prejudica outros
colegas. Diante destes comentários pesquisados, cita-se Demo (2006 p. 51) o
professor precisa saber com profundidade analítica inequívoca a condição de
aprendizagem do aluno.
Diante deste contexto, o aluno foi percebido como sujeito que dá trabalho
aos professores e a escola, na sua maneira de interagir e descuidou-se da
verdadeira interação na aprendizagem desse aluno. Muito se concentrou no seu
caráter de maneira moralista.

2 - Sobre o aluno número um, não tenho como responder esta questão, por
que ele nunca fez as atividades solicitadas. Sobre o aluno número dois, ele sempre
foi um bom aluno e fez todas as atividades propostas.
Cagliari (2008 p. 242) nenhuma criança é capaz de fazer o menor gesto ou
tomar a menor iniciativa, ou ainda ficar sem fazer nada, sem que isso seja o
resultado de uma decisão, fruto de uma reflexão.
O não fazer nada, o aluno denunciado que não faz, não cumpre que seja
irresponsável, que não produz, é o resultado que concordo com Cagliari, do qual
este se decidiu vivenciando e refletindo ano após ano sempre respondendo as
mesmas consignas. E nesta razão de humano, as suas ações são comandadas
devido às circunstâncias do discurso fraturado, distorcido da instituição escolar.
Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Demo (2006 p. 11) tenho
trabalhado este tema em inúmeros lugares, o que me dispensa maiores
perambulações. Aprendizagem é dinâmica reconstrutiva política, como mostra hoje
também a biologia.
Para propor ao aluno a aprendizagem, a necessidade de reconstrução do
discurso excludente, é preciso resignificar no professorado a reconstrução da
formação politizada. Num olhar em que aprenda a enxergar que o adolescente de
quinze anos hoje não encontra um espaço na sua turma, foi apontado como líder
negativo, como exemplo que não deve ser seguido.
Em num olhar de sujeito politizado o professor que sofre suas mazelas, que
conta de suas dificuldades financeiras, do seu cansaço como sujeito competente e
humano, precisa de uma pitada de Ziraldo:

Seu olhar, sempre que olhava a gente, parecia veludo na pele


ou um pêssego na mão. Havia dias, porém, em que ela
chegava à sala com um bico maior do que o de um tucano.
Então, seus olhos ficavam perdidos no ar e, muitas vezes,
seu olhar, como uma flecha, atravessava o peito de um de
nós e seguia em frente, dirigido a lugar nenhum. (2000, p. 69).

5.5 Observação da pesquisadora aos alunos de estudo de caso.

Voltar ao olhar ao educando com serenidade, compaixão, solidariedade vai


fazer a diferença no olhar de nossos sujeitos, hoje estamos voltados e flechamos o
aluno do estudo de caso, e espera-se que esta flecha atravesse aqueles alunos que
são vítimas do fracasso escolar.

3 – O aluno número um, enquanto veio para a escola, conversava com seus
colegas, debochava dos outros alunos, muitas vezes atribuindo a eles apelidos
depreciativos. O aluno número dois, sempre se deu muito bem com todos os alunos
de sua sala de aula.
Ainda para justificar analisando o depoimento dos professores quanto à
interação dos alunos, recorre-se a Freire (2008 p. 34) ensinar exige a
corporeificação das palavras pelo exemplo. Não é possível ao professor pensar que
pensa certo, mas ao mesmo tempo perguntar ao aluno se a sabe quem está
falando? Nesse clima dá exigência que o aluno pede ao professor do seu trabalho
esta cansado de saber que falta comprometimento daqueles que dizem. Ao
argumentar quanto à interação do aluno número um por seus professores, Freire:

O problema que se coloca para mim é que, compreendendo


como compreendo a natureza humana, seria uma contradição
grosseira não defender o que venho defendendo. Faz parte da
exigência que a mim mesmo me faço, de pensar certo, pensar
como venho pensando, enquanto escrevo este texto. (2008 p.
36)

Concordo com Freire, quando defende a natureza humana, e que defendo o


sujeito no seu verdadeiro direito em estudar, pois, se não tivermos coragem de
defender o que venho defendendo nesta pesquisa quanto às conseqüências dos
fracassos escolar, nas 5º séries dos anos finais do Ensino Fundamental, de nada
valeria ter pesquisado e escrito o que já escrevi.
Ao defender os alunos que fracassaram, estamos quebrando paradigmas e
rótulos que machucam e maltratam o aprendente.
Na Proposta Curricular de Santa Catarina Estudos Temáticos (2005 p. 87)
podemos considerar que a grande maioria de nossos jovens alunos tem consciência
de que muitas vezes são rebeldes, desatentas, inquietos... E que lhes falta, muitas
vezes, assumir os compromissos com mais responsabilidade.
Diante deste discurso da Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina,
nossos jovens rebeldes, desatenciosos, com falta de atenção, sem compromisso e
responsabilidade, que com suas atitudes desafiam educadores nos faz refletir
quanto à ansiedade do que vai ser do seu futuro.
Há muito que se fazer para enfrentar o fracasso escolar, na compreensão do
sujeito e de sua emoção de adolescente Galvão:

Wallon ao invés de tomar partido contra ou a favor das


emoções, numa inadequada perspectiva de valoração,
busca compreende-las tentando apreender sua função.
Contrariando a visão das teorias clássicas, defende que
as emoções são reações organizadas e que se exercem
sob o comando do sistema nervoso central. (1996, p. 59)
Ser professor atualmente é preciso de mais aprendizado, principalmente
quanto à emoção de nossos sujeitos, sem opinar e valorizar o que é ruim, mas
buscar compreender suas ações. Faz-se urgente, em quebrar a visão das teorias
que não valorizam a emoção do individuo e que se possa compreender as crises do
sujeito que fracassou. Sintonizar é preciso. É preciso sintonizar. Galvão.

Na vida cotidiana é possível constatar que a elevação da


temperatura emocional tende a baixar o desempenho
intelectual e impedir a reflexão objetiva. O poder
subjetivador das emoções incompatibiliza com a
necessidade objetividade das operações intelectuais; é
como se a emoção embaçasse a percepção do real. (1996,
p. 66)

No contexto escolar, percebe-se que quanto mais emoção o sujeito


demonstra e vivencia, o seu desempenho intelectual fica impedido que se
desenvolva a sua competência, como que se a emoção agressiva dificultasse a
reação cognitiva. Ao reagir com agressividade, gestos, liderança negativa no olhar
de nossos professores ao sujeito observado, a sua emoção lhe causou e complicou
sua vida na escola. E ai está o reflexo de um sujeito emotivo, que sofre as
conseqüências do fracasso escolar.

Em pleno século vinte e um, não é possível conceber que a instituição deixe
de lado os sujeitos que fazem parte do fracasso escolar, é urgente que se enfrente
os problemas buscando soluções incansáveis para que se resolva neste conflito do
equívoco que se cometeu durante todos esses anos, ainda há tempo, há esperança
ainda.
Na prática docente espontânea ou quase, espontânea na implicância critica
do achismos do certo indiscutivelmente produz saberes ingênuos ou quase nada
que irão representar ao sujeito fracassado com distorção serie idade na condição de
aprendiz é inegável o fazer do pensar e refletir a sua cidadania.
Que indiscutivelmente as palavras e opiniões quanto ao estudo de caso
desta pesquisa, seja para propiciar reflexão crítica de um olhar de novos tempos na
Educação de adolescentes que infelizmente passam por esta situação deprimente
produzida na escola sem a intenção do acontecimento desse fenômeno do fracasso
escolar.
A analise de dados desta pesquisa preserva a liberdade de expressão dos
entrevistados quanto ao nosso estudo de caso, e cita-se Costa (2006 p. 118) que faz
suas colocações quanto à interpretação das respostas com requisitos que são
indispensáveis:

a) Facilidade de comunicação e adaptação ao nível de linguagem do entrevistado;


b) Boa educação e preparo cultural para indagar, mesmo a respeito de assuntos que
ainda não conheça profundamente.
c) Apresentação pessoal agradável e simpatia, a fim de inspirar confiança no
entrevistado;
d) Espírito de observação agudo, para tirar o máximo proveito do que for observado
durante a entrevista;
e) Imparcialidade, ou seja, não influenciar os entrevistados com gestos, palavras ou
opiniões pessoais;
f) Honestidade e precisão no desenvolvimento do trabalho.

Diante desses requisitos se compara, critica e pesquisa-se contrapondo no


discurso que respeitamos de nosso professores, mas que necessariamente não
precisamos concordar.
A necessidade de se rever os hábitos e aprender a ensinar para que
possamos fazer a nossa parte na educação. Arroyo:

Os docentes vão se colocando como questão coletiva


que dimensões formar, que potencialidades desenvolver,
que sujeitos sociais e culturais, cognitivos, éticos e
estéticos, que linguagens dominar, que hábitos e
competências, de que ferramentas culturais se apropriar.
(2009, p. 118)

A possibilidade dos professores contribuir na formação social política do


educando, torna-se muito mais importante quando estes optam pela coletividade e a
valorização sociais e culturais éticas e da estética do discurso das competências e
das suas culturais, proporcionando a valorização humana.
Nesse contexto Arroyo define a importância de centrar o potencial em
aprender e ensinar de acordo com o tempo da vida que esses interagem com seus
educandos, propiciando o saber do conteúdo que seja humano e social. Temos que
reconhecer os conteúdos da nossa humana decência, que vão contribuir na
formação do desenvolvimento da formação dos sujeitos.
O educador ao aproximar o saber do seu conhecimento ao da realidade
cultural e social dos seus sujeitos, tem a incumbência de poder formar opiniões e
tornar o ensino mais prazeroso e aproveitável para a vida que estes indivíduos irão
escalar.
Que segundo Marchesi e Gil (2004 p. 36)
“Existem erros conceituais na definição de repetência, caracterizados por
uma falta de distinção clara, entre repetência e evasão, bem como os vínculos entre
uma e outra”.
E diante desta confusão de conceitos, vão acontecendo os casos de
repetência e as conseqüências vão surgindo no sujeito que foi muito bem colocado
pelos professores, desmotivado, desinteressado, que esta na escola segundo a
professora de português, o aluno número um, pela obrigação do Conselho Tutelar
que tem o dever de zelar pelos direitos das crianças e dos adolescentes.
Precisamos rever a situação da repetência não apenas legalidade prevista
na Constituição Brasileira, Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e
Estatuto da Criança e do Adolescente, são urgentes que se façam projetos que
resgatem o tempo perdido desses sujeitos do estudo de caso desta pesquisa, para
enfrentar o vilão do fracasso escolar.
Necessita-se com urgência, pois já estamos atrasados afinal nestas histórias
de submissão e rebeldia que contamos de nossos sujeitos muito tempo já se perdeu,
e pouco ou quase nada se fez, vamos acordar ver um novo horizonte que faça com
que estes adolescentes consigam ainda em tempo sua aproximação do
conhecimento que precisam para convivências na sociedade.
O aluno numero um no ano de 2007 estava matriculado na 5ª série do
Ensino Fundamental de oito anos, e reprovou em 2007, 2008 e 2009. Neste ano
esta freqüentando, não faz as atividades. A mãe promove indisciplina, gazeia as
aulas.
Percebendo a situação que estamos vivenciando no interior da escola
solicitamos seu histórico escolar e observamos que até a quarta série o mesmo
estava com suas notas na média, acima ou abaixo, mas os professores informaram
que este podia seguir em frente, pois sempre estudou em nossa escola.
Neste mês de abril o aluno, no conselho de classe foi apontado e criticado
por seus professores, suas notas estão muito abaixo da média, a direção e alguns
professores decidiram remanejá-lo para o turno vespertino, e o mesmo está
resistente diz que não vem mais para a escola a mãe veio implorar para que seu
filho permaneça no horário matutino.
Enquanto isso está acontecendo, penso que o sujeito está desamparado,
por conta de seu comportamento que segundo o depoimento da professora de
Geografia, para com a mãe ele está matriculado pra não ficar fora da escola, que se
nega manifestar sua aprendizagem.
O aluno numero um é um dos casos que merece atenção, hoje ele está
assim na escola ocupando um lugar no espaço da sala de aula, seu pai trabalha
sem carteira assinada, a mãe era diarista.
E mais uma vez alguns professores atribuem a culpa a família ao aluno que
não faz suas tarefas, a indisciplina que ele causa. E mesmo relata que tudo que
acontece na sala de aula de ocorrências negativas entende o aluno que os colegas
da sala de aula seus professores lhe culpam.
Na opinião de alguns professores deixar o aluno numero um na escola no
turno matutino é fazer a vontade do aluno.
Diante deste conflito, estamos mediando com a família, os pais e os
professores durante o dia para que todos possam ter compaixão do aluno que é a
vítima, mas que está se tornando uma pessoa que está vivendo na escola há quatro
anos sua trajetória de perdas e danos que nosso sistema de ensino da rede estadual
de Santa Catarina tem como concepção pedagógica a teoria
SÓCIOINTERACIONISTA.
Todos sabemos que esta Proposta Curricular de nosso estado está sendo
citada desde 1989, há vinte e um anos antes do aluno numero um nascer, pois este
tem seus quinze anos e está pela quarta vez repetindo o ano, ouvindo seus
professores ministrar os mesmos conteúdos.
Enquanto estávamos conversando com o aluno e sua mãe ela manifestou
que tem os assuntos das áreas de conhecimento dos outros anos.
Registramos que para poder oportunizar esta conversa enviou um bilhete:
aluno numero um precisamos conversar com você o assunto é de seu interesse
quanto à escola e o mesmo que se negava a mudar de turno há dias faltando nos
atendeu.
Ao relatar esta situação do aluno numero um nos últimos quatro anos de sua
vida na história de suas múltiplas reprovações, está mais uma vez estereotipado que
mesmo a escola sendo pública, com os pressupostos da teoria sociointeracionista,
com a LDB 9394 de 1996, com o Estatuto da Criança e do Adolescente, em pleno
século XXI, na era da informática, com os direitos humanos, a velha história reflete
neste aluno, que não faz lição, indisciplinado com os professores manifestando que
o mesmo é o culpado deste episódio na escola.
Ao estarmos mediando o conflito de aluno numero um na escola, se ainda
houver amanhã para nosso sujeito que estuda numa escola que possui seu Plano
Político Pedagógico, que produz um ser indisciplinado, que provoca os colegas e
professores depois de quatro anos de repetência.
Os dois alunos do estudo de caso foram observados durante três meses
quanto a sua atenção em sala de aula, rendimento escolar e interações.
Quanto à atenção na sala de aula, o aluno número 1 estava muito disperso,
não atendia os professores em suas consignas, ficava com o olhar perdido no além,
rindo, resmungando e às vezes tumultuando a sala devido a sua forte emoção.
Considerando as observações realizadas ao rendimento escolar do aluno,
este não manifestava seu aprendizado, quando a este era proposto atividades
individuais e coletivas, escritas e orais, baixava a cabeça e dizia que não iria fazer,
distanciando muito da aprendizagem, excluindo e principalmente sendo excluído.
No que diz respeito às interações, este aluno interagia com os outros
colegas de maneira conflituosa que ocasionavam momentos de combates e
embates na vivencia de sala de aula. Não era entendido por seus professores,
causando palavras de ofensas, dirigidas aos colegas, aos professores.
A emoção novamente tomava conta deste sujeito demonstrando e
vivenciando momentos tensos da reprodução, rebeldia e subestimação, empurrando
para os danos do fracasso escolar.
Durante essas observações, conversamos com o aluno, propomos que
depositasse confiança, mas na hora das reações na sala de aula, os conflitos
tomavam conta, dos professores e do aluno. Quanto a sua presença na escola, é
esporádica, ele não tem mais vontade de vir à escola.
O aluno número um percebeu-se que este repugnava a escola, diante do
conflito que este vivenciava e promovia segundo Perrenoud (2004) a violência
demanda da própria organização da vida cotidiana, quando estes alunos estão sob
os olhares da escola, em especial na sala de aula, num espaço fechado onde o
controle é intenso e pode provocar extravazamento compensatórios na hora do
recreio.
Nos espaços escolares a na tentativa da sobrevivência dos grupos, há
aqueles que pressionam e os que são pressionados, provocando as desordens e
angustias de quem interage na violência emocional.
Perrenoud (2004 p. 58) a sabedoria manda jogar com todas as
possibilidades, e limitar, inclusive por razões ligadas a aprendizagem, a parcela de
incertezas e de indistinção na organização dos tempos e dos espaços de trabalho.
A escola enquanto sua função social deve ter sabedoria para promover as
possibilidades de promover razões que levem o ser humano a usar o seu lado
emocional e se organizar e aprender no espaço escolar.
Registra-se que este referido aluno estudou na escola desde 2004, nas
primeiras séries do ensino fundamental de oito anos, e não teve nenhuma
reprovação segundo seus dados no Projeto Série Aluno. As reprovações
aconteceram todas na 5º série, nos anos de 2007, 2008 e 2009, portanto ele esta
repetindo pela quarta vez.
Os sintomas que o número um apresenta de acordo com o que percebemos
da sua história de vida de quatro reprovações, rebeldia e submissão, nos fazem
refletir o que oferecemos a esse sujeito durante essa trajetória, por isso nos
reportamos a Patto (1999 p. 346)

Reprovar: não aprovar, rejeitar, excluir, censurar, repreender,


desprezar/Provar nova e repetidamente, provar bem.
Provação: ação ou meio de provar, de experimentar a
consciência, o sofrimento, a paciência, a virtude etc./Transe,
aperto, trabalhos, penosos, situação difícil.
Re-provação: provar bem de novo/Ser submetido novamente a
sofrimento, transe, aperto, trabalhos penosos, situação difícil.
E nossos sujeitos do estudo de caso, sentiram o amargo do fracasso
escolar, quando a estes foi negado o direito de aprender, pois não foram entendidos,
pois a emoção da reprovação provocou novamente o sofrimento na situação difícil.
As histórias de produção do fracasso escolar estão presentes as histórias de
submissão e rebeldia como Patto assim deu o titulo ao seu livro, e contribui com a
sua pesquisa da temática da repetência
O aluno número um, demonstrou que sua emoção está bastante acirrada e
desta forma isso tem levado a ser agressivo, descomprometido e tem causado
problemas de aprendizagem aos problemas de aprendizagem, que como descreve
Coll, Marchesi e Palacios (2004) os problemas emocionais manifestam-se na escola
em forma de angustia e ansiedade, acompanhadas de manifestações de choro,
retraimento social, dificuldades de estabelecer relações satisfatórias, dificuldades de
concentração e desinteresse acadêmico. Cabe a escola e a família ao perceber esta
situação recorrer e buscar ajuda dos profissionais da saúde que são especialistas de
equipes multidisciplinares.
Como nosso aluno número um demonstrou muitas vezes problemas de
conduta Coll, Marchesi e Palacios (2004) que afirmam que os problemas de conduta
são exteriorizados como a agressão, a mentira, o roubo, o vandalismo e outras
condutas anti-sociais.
Diante desta afirmação concordo com os pesquisadores e me reporto às
situações das agressividades verbais, físicas e do isolamento social deste aluno
número um.
Quanto ao aluno número dois, ele foi observado este ano de 2010 quando
iniciou seus estudos na Escola de Educação Básica Almirante Boiteux, quanto a sua
atenção no inicio esse aluno era inquieto, indisciplinado, agressivo e desatencioso,
gritava.
Quanto à interação com os colegas e professores ele começou a se
acalmar, a ficar mais quieto e conscientizou-se e optou pelo sucesso escolar.
Seu rendimento ficou entre sete e oito, respeita hoje os colegas, os
professores e todos os técnicos, diretores, seu olhar tem horizontes e significados no
que faz de bom para si mesmo.
Tornou-se um aluno com uma história de que veio com três reprovações na
Escola Municipal São Benedito de 1º a 4º série, e uma reprovação na 5º série na
Escola de Educação Básica Higino Aguiar, este aluno conseguiu sair da produção
do fracasso escolar e a sua emoção forte em falar alto, em vibrar foi usada a favor
de sua aprendizagem.
Nosso sujeito número dois, deste estudo de caso, ele ingressou em nossa
em nossa escola, mas o que tornou sua vivência mais tranqüila foi a mudança de
escola, pois este teve a oportunidade de se deparar com outros professores e
colegas. Pois este se permitiu que se trabalhasse a competência da sua
aprendizagem que estava adormecida.

A questão de saber se o fracasso escolar é o fracasso do aluno


ou o fracasso da escola divide hoje os atores. De uma boa
consciência absoluta, fundada em uma ideologia do dom que
legitima a impotência para instruir, passamos para o fatalismo
menos cômodo de “desvantagem sociocultural” e, a seguir, para
a conscientização do arbitrário da norma escolar, da indiferença
em relação ás diferenças das funções do sistema de ensino na
reprodução das classes e das hierarquias sociais.
(PERRENOUD 1999, p. 71).

Nesta reflexão de Perrenoud onde este afirma que as opiniões quanto ao


fracasso escolar se este é do aluno ou da escola, concordo com ele , que são
justificáveis de acordo com a ideologia que aprende só quem tem dom e dos
fatalistas que são saudosistas e ainda querem o aluno pronto para que esse ministre
suas aulas.
Ao colocar o dom e o fatalismo que são ideologias que fraturam, justificam,
rotulam e reproduzem as classes sociais enfraquecidas na sociedade em que
vivemos.
Diante deste desenvolvimento humano do nosso aluno número dois, houve
entendimento, interação e o aluno fizeram por merecer e hoje é um sujeito
respeitado pelos demais e exerce liderança. Nosso sujeito está aprovado sem
precisar enfrentar o exame.
Neste caso, reflete a perseverança, a paciência pedagógica dos professores
e do próprio aluno que foi o mais interessado em quebrar o paradigma do fracasso
escolar em sua vida.
Como nos deixaram seus legados Freire (2008) ensinar exige segurança,
competência profissional e generosidade.
Com o aluno número dois, os professores tiveram um olhar de segurança,
que com sua competência e paciência puderam ser generosos com este sujeito,
podemos aqui registrar que a democracia da prática pedagógica fundamentou-se na
importância e no respeito à liberdade de expressão deste aluno.
Enquanto observamos este aluno, muito presenciei seus movimentos
inquietos, levantava da carteira, entrava na provocação de outros alunos por conta
de convivência na escola.
No inicio, deixava de fazer as atividades, então se iniciou na escola um
trabalho de conscientização na sala de aula e com o aluno.
Observou-se que o aluno mostrava que ali não era o seu lugar, pois os
colegas menores, sua paciência parecia que acabava e este se manifestava com
suas brincadeiras, agressões, ao ponto de ser considerado aluno problema, por
conta da violência e indisciplina.
Os dias de aula foram acontecendo, o aluno demonstrou avanço na
aprendizagem, concentrou-se, pois toda a equipe centrou seu olhar neste aluno,
sempre lhe conscientizando e valorizando seu sucesso.
Mesmo que em alguns momentos o aluno número dois demonstrou sua
emoção vindo a complicar sua estada na escola, ainda as equipes de profissionais
da educação conseguiram reverter e valorizando esse sujeito a permitir-se ir a busca
do conhecimento e dedicar-se aos trabalhos pela valorização humana desta equipe.
Nosso educando superou o fracasso escolar vai ser aprovado com os pontos
necessários, e não precisará nem enfrentar o exame.
O aluno participou das atividades de conhecimento e projetos com sucesso.
Com o exemplo da mediação de professores e alunos, sempre estimulando, foi
possível que o fracasso escolar fosse superado e a estima do aluno resgatada.
A mãe compareceu a escola e conversou com a diretora e falou que estava
preocupada com o filho, por seu comportamento agitado, e sente-se feliz porque seu
filho conseguiu superar a sua história de rebeldia e submissão.
A família do aluno número dois se fez presente e acompanhou a trajetória do
seu filho durante esse ano, e isso foi importante e fez a diferença, pois nosso sujeito
que era vitima do fracasso escolar, obteve sucesso e foi aprovado.
A partir dos conceitos da autoria de pensamento e de
mediação, destaco a importância de nossas ações como
ensinantes neste sentido, trabalhando com os desafios que se
apresentam e refletindo sobre as alternativas possíveis e
presentes em nosso tempo, propondo ao nosso pensar um
corpo de estratégias de aprendências, vinculado aos
processos cognitivos emocionais. (BEAUCLAIR 2008, p 94)

Há de se precisar resignificar o que é mediar, e como podemos com esta


ação estar tornando a vida de aprendizagem dos nossos sujeitos, muito significativa
e desafiadora, pois procuraremos alternativas que se busquem propostas
inovadoras, proporcionando aos nossos educandos novos tempos no seu processo
de crescimento intelectual.
REFAÇA CONFORME FOI ORIENTADO .
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir esta pesquisa das conseqüências do fracasso escolar nas 5º


séries do Ensino Fundamental da Escola de Educação Básica Almirante Boiteux
contextualizamos bibliografias que expliquem as causas e as conseqüências que
esse problema pode acarretar no sujeito em inserir-se no processo ensino
aprendizagem destacamos que o aluno precisa ser entendido, respeitado e
diagnosticado.
No decorrer da pesquisa abordamos conhecimentos que possam contribuir
com a atuação pedagógica da instituição e discutimos que quando o fracasso
escolar manifesta-se seguido da dificuldade de aprendizagem há necessidade da
atuação psicopedagogico clinica e equipe multidisciplinar da saúde que possam com
seus conhecimentos científicos expedirem laudos e façam a intervenção que esses
sujeitos precisam para que se oportunizem ao seu aprendizado.
No discurso referendamos em torno da desmistificação e discussão do
fracasso escolar enquanto fenômeno que surge na educação e que tem impedido
que se atinjam os objetivos da educação nacional.
Ao estudarmos a temática do fracasso escola recorremos aos conceitos da
revisão teórica da Proposta Curricular de Santa Catarina que tem como pano de
fundo a concepção sócio-interacionista de Vygotsky, Wallon, Luria e Leontiev.
A metodologia utilizada foi a de estudo de caso com método qualitativo na
observância nos instrumentos de coleta de dados e a apresentação e analise dos
dados da pesquisa de campo realizada com pais, professores, alunos e assessores
de escola. ISTO NÃO VAI NUMA CONSIDERAÇÃO FINAL
A pesquisa que ora tivemos oportunidade de entrevistar, professores,
analisando seu discurso com embasamento teórico assim como grande foi o efeito
da entrevista denominada anamnese com os pais com seu depoimento na vida de
seus filhos no passado e no presente principalmente quanto a sua vivencia na
escola. NÃO FAÇA MENÇÃO DE DISCURSO MAS FALA DOS ENTREVISTADOS
Destacamos também a importância do depoimento dos alunos do estudo de
caso e analise da mensagem com reflexão que o assunto quanto ao fracasso
escolar merece diante do que se vivenciou e ouviu nestes dois anos de pesquisa.
Na esperança que temos enquanto profissionais da educação, com essa
pesquisa espera-se poder contribuir com a ação e reflexão das causas e
conseqüências do fracasso escolar nos adolescentes e crianças do contexto escolar
em nossos dias.
FALA MAIS SOBRE FRACASSO ESCOLAR ESTALEÇA UM DIALOGO
COM O RESULTADO DA PESQUISA VC NÃO COLOCOU , ESTA EM ABERTO
7 REFERÊNCIA

AQUINO, Julio Groppa. Diferenças e Preconceito na Escola. Summus editorial,


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SANTA CATARINA, Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta


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__________, L.S. A formação social da mente. Trad.: José Cipolla Neto, Luis
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___________, L.S. Imaginação e criação na infância. Comentário Ana Luiza


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WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. Trad. Claudia Berliner. 1 ed.


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2002.

ZIRALDO, 1932. Uma professora muito maluquinha. 1 ed. São Paulo:


Melhoramentos 1995.
ANEXO

ANAMNESE

ESCOLA:___________________________________________________________________________
_______________

1. IDENTIFICAÇÃO:

Nome:___________________________________________________
série:___________________________________
Data de
Nascimento:_______________________________________Idade:____________________________
___
Sexo:______________________________ Cor:__________________
Religião:_______________________________
Pai:_______________________________________________________________________________
________________
Escolaridade:_______________________________________________________________________
______________
Ocupação:___________________________________ Instituto de
Previdência:__________________________
Mãe:______________________________________________________________________________
________________
Escolaridade:_______________________________________________________________________
______________
Ocupação:___________________________________ Instituto de
Previdência:__________________________
Endereço:__________________________________________________________________________
______________
Responsável:________________________________________________________________________
_____________
Informante:_________________________________________________________________________
______________
Telefone para
contato:___________________________________________________________________________
2. COMPOSIÇÃO FAMILIAR:
ESTADO GRAU DE LOCAL DE
NOME IDADE SEXO INSTRUÇÃO
CIVIL PARENTESCO TRABALHO

Renda Familiar:

3. QUEIXA OU MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO:


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
________________________________________________
Idade em que foi constatada a dificuldade:

Providências tomadas na ocasião:


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
________________________

4. ANTECEDENTES:

A gestação foi planejada?


__________________________________________________________________________________
_________________

Causa de gestações interrompidas e/ou mortes (se ocorreram)


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
________________

5. GESTAÇÃO:

5.1. Como a mãe reagiu à notícia da gravidez? (explorar sensações psicológicas)

5.2. Fez tratamento pré- natal?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
5.3. Sofreu alguma queda durante a gravidez ( em que mês) Qual a parte do corpo afetada?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
5.4.Teve doenças durante a gestação? Quais?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________
5.5.Tirou radiografias durante a gravidez?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
5.6.Que medicamentos usou? ( vitaminas,comprimidos,calmantes)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________

5.7.Tomou vacinas durante e gestação?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
5.8.Teve ameaça de aborto?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
5.9.Fez transfusão de sangue na gestação?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________

6.NASCIMENTO:

Parto:
1. A termo___________________________________________
(meses)______________________________
2. Hospital ( ) casa ( ) com médico( ) parteira( )
3. O parto foi normal ( ) cesariana ( ) fórceps ( ) por quê?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________
4. Tipo de anestesia: geral ( ) raquidiana( ) peridural ( ) nenhuma ( )
5. Descrição do parto (duração)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
6. Posição do bebê:
Cabeça ( ) face ( ) mãos( ) pés ( ) nádegas ( )
7. Houve algum problema com o bebê logo que nasceu? Precisou de oxigênio?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
8. Nasceu cianótico? (roxo)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
9. Chorou logo?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
10. Qual o peso e tamanho?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
11. Teve icterícia?____________________________________________ Como foi tratado?
__________________________________________________________________________________
_________________

7.DESENVOLVIMENTO

a)Alimentação:

1.Como foi o aleitamento desde o nascimento até o desmame? E as reações à introdução de outros
tipos de alimentos?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
2.Teve ou tem problemas para mastigar e/ ou engolir?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
3.Hábitos alimentares da criança ( quantas refeições por dia, o que come, o que prefere, come muito,
come pouco, foi ou é forçado a comer)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________
b)Desenvolvimento Psicomotor:

1.Idade em que sustentou a cabeça:


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
2.Quando sentou sozinha?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
3.Engatinhou?
__________________________________________________________________________________
__
4.Quando andou?____________________________________________________ Anda
adequadamente?
__________________________________________________________________________________
_________________
5.Quando controlou os esfíncteres?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________
Anal :diurno:_________________________________
noturno:___________________________________________
Vesical: diurno_______________________________
noturno:___________________________________________
c) Linguagem:
1. Em que idade se deu o balbucio?
__________________________________________________________________________________
_________________
2.Quando falou as primeiras palavras?
______________________________________________________E as primeiras frases?
_________________________________________________________________________________
3.Apresenta algum problema de linguagem?
__________________________________________________________________________________
_________________
4.Apresenta gagueira?
__________________________________________________________________________________
_________________
5.Tem boa compreensão do que falam?
__________________________________________________________________________________
_________________
d) Sono:
1. Como é o sono? Calmo ( ) sua quando dorme ( ) sonambolismo ( ) agitado ( ) fala
dormindo ( ) range os dentes ( ) baba quando dorme ( )
2.A que horas costuma dormir a noite?
__________________________________________________________
3.Apresenta problemas quando deve ir dormir?
__________________________________________________________________________________
_________
4.Dorme durante o dia?
__________________________________________________________________________
5.Tem algum hábito diferente antes de dormir?
__________________________________________________________________________________
_________
6.Dorme em quarto só eu?___________________Divide com quem?
__________________________________________________________________________________
__________
7.Dorme em cama separada?
____________________________________________________________________
e) Saúde:
1.Consulta o médico regularmente ou somente quando necessário?
__________________________________________________________________________________
_____
Local:______________________________________________________________________________
_______________
2.A criança teve convulsões?__________________________________ Desmaios?
_______________________
Em que idade?
__________________________________________________________________________________
__________
3.Teve: Sarampo ( )
idade______________________________________________________________________________
_______________
Coqueluche ( )
idade______________________________________________________________________________
_______________
Febre alta ( )
idade______________________________________________________________________________
_______________
Vermes ( )
idade______________________________________________________________________________
_______________
Varicela ( )
idade______________________________________________________________________________
_______________
Asma ( )
idade______________________________________________________________________________
_______________
Caxumba ( )
idade______________________________________________________________________________
_______________
Traumatismo ( )
idade______________________________________________________________________________
_______________
Alergia ( )
idade______________________________________________________________________________
_______________
Bronquite ( )
idade______________________________________________________________________________
_______________
4. Vacinas:
Tríplice ( ) Sabin ( ) Pólio ( ) Sarampo ( ) Caxumba ( )
Varicela ( )
5.Operações (do que, idade)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________
6.Hospitalização (motivo,idade e duração):
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________
7.Atendimento e medicação em uso:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________
8.Visão:
Inclina a cabeça para olhar ( )
Aproxima os objetos ( )
Afasta os objetos ( )
Franze a testa para diminuir o campo visual ( )
Lacrimejamento excessivo dos olhos ( )
Coceira excessivo dos olhos ( )
Assiste televisão a menos de 2,5m de distância ( )
Movimento excessivo dos olhos ( )
Reclama ,constantemente,que a visão é turva ( )
Dores de cabeça constantes, principalmente na região fronto - temporal ( )
Tem fotofobia ( )
Amarelamento de branco de olho ( )
9.Garganta:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________
10.Audição:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________
11.Defeito físico:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________
12.Exames:
EXAMES REALIZADO EM? RESULTADO
Fezes ( )
Urina ( )
Sangue ( )
Visão ( )
Ouvido ( )
Garganta ( )
Coração ( )
EEG ( )
Radiológico ( )

f) Manipulação e hábitos:

1. Usou chupeta? Até quando?

Ainda usa?

2. Chupou o dedo? Até quando?

Ainda o faz?

3. Roeu unhas? Até quando?

Ainda o faz?

4. Puxa a orelha?

5. Puxa os cabelos?

6. Morde os lábios?

7. Teve ou tem tiques? Quais?

g) Sexualidade:

1. Já demonstrou curiosidade sexual?

2. Masturbação? ________________ Em que idade?


________________________________________________

Freqüência?
__________________________________________________________________________________
____

3. Jogo sexual com outras crianças?


____________________________________________________________

4. Atitude da família (itens 2 e 3)


________________________________________________________________

5. Dificuldades nesta área (inclusive da


família)__________________________________________________
__________________________________________________________________________________
_________________

h) Sociabilidade:

1. O que faz quando não está na escola?

__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________

2. Tem companheiros?

__________________________________________________________________________________
_________________

3. Prefere brincar sozinho ou acompanhado?

__________________________________________________________________________________
_________________

4. É retraído ou extrovertido?

__________________________________________________________________________________
_________________

5. Faz amizades facilmente?

__________________________________________________________________________________
_________________

6. Briga facilmente?

__________________________________________________________________________________
_________________

7. Como reage as brincadeiras feitas com ele?


__________________________________________________________________________________
_________________

8. Prefere companheiros mais novos ou mais velhos?

__________________________________________________________________________________
_________________

9. Que tipo de brincadeiras prefere?

__________________________________________________________________________________
_________________

10. Demonstra ciúme em relação a algum amigo?


__________________________________________________________________________________
_________________

i) Vestuário e Higiene:

1. Veste-se sozinho?
__________________________________________________________________________________
_________________

2. Toma banho, lava as mãos, penteia-se sozinho?


__________________________________________________________________________________
_________________

3. Calça meias e sapatos adequadamente?


________________________________________________________________________________

4. Faz nó e laço?
__________________________________________________________________________________
________________

8. ANTECEDENTES FAMILIARES (Relativos aos familiares até avós e tios-avós)

1. Deficiência física:
__________________________________________________________________________________
_________________

2. Deficiência mental:
__________________________________________________________________________________
_________________

3. Alguém nervoso na família? __________________________________ Quem?


____________________

Qual a reação quando nervoso?


__________________________________________________________________________________
_________________

4. Alcoolismo:
__________________________________________________________________________________
_________________

5. Asma
__________________________________________________________________________________
_________________
6. “Ataque”
__________________________________________________________________________________
_________________

7.
Suicídio____________________________________________________________________________
_______________

8.
Alergia_____________________________________________________________________________
______________

9. Dificuldades
escolares___________________________________________________________________________
______________

10. Morte não elaborada pela


criança_____________________________________________________________________________
______________

9. RELACIONAMENTO FAMILIAR

1. Existem conflitos?
__________________________________________________________________________________
_________________

2. A criança é protegida por quem?


_____________________________________________________________

3. É rejeitado? ____________________________________________Por quem?


____________________________

4. Com quem fica quando os pais saem?


__________________________________________________________________________________
_________________

5. Relacionamento entre os pais?


__________________________________________________________________________________
_________________

6. Entre a mãe e a criança?


__________________________________________________________________________________
________

7. Entre o pai e a criança?


__________________________________________________________________________________
________
8. Entre os irmãos?
__________________________________________________________________________________
_________________

9. Existe outro parente vivendo na casa? _____________________________Quem?


___________________

Como se relaciona com a criança?


______________________________________________________________

10. Conversam com a criança? _______________________________________Quem?


___________________

11. A criança mostra-se dependente de alguém da família?


__________________________________________________________________________________
_________________

12. É comparado com algum irmão ou parente?


__________________________________________________________________________________
_________________
13. Os pais realizam alguma atividade juntamente com a criança (brincar, criar, trabalhar, assistir
televisão, etc) ?
__________________________________________________________________________________
_________________

14. A criança é responsável por alguma atividade em casa? O que faz?


__________________________________________________________________________________
_________________

10. ESCOLARIDADE:

1. Histórico Escolar: (Jardim – Pré)

Escolas que freqüentou: Série: Ano:


2. Queixa principal da escola atual:

__________________________________________________________________________________
_________________

3. Gosta de estudar? ______________________________Gosta da professora?


_______________________

4. Tem tempo para fazer as tarefas da casa?


__________________________________________________________________________________
________________

5. Quem ajuda nas tarefas de casa?


__________________________________________________________________________________
_________________

6. O que a família faz quando a criança não vai bem na escola?


__________________________________________________________________________________
_________________

7. Qual a maior dificuldade apresentada pela criança?


__________________________________________________________________________________
_________________

8. Como se comporta na sala?


__________________________________________________________________________________
_________________

9. O que a família pensa da escola?


__________________________________________________________________________________
_________________

10. O que a família pensa da professora?


__________________________________________________________________________________
_________________

11. OUTRAS INFORMAÇÕES


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
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Data _______/____________/___________

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