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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Carburação

ANTONIO MOREIRA DOS SANTOS


JOSÉ CEZAR BENDER

SÃO CARLOS
2021
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS

CÁRBURAÇÃO

Eng. Antonio Moreira dos Santos

Eng. José Cezar Bender

\POS
)A23

SÃO CAR:,os- 1982


CARBURAÇAO

INDICE

1.0- INTRODUÇA0 .................... .,. ...................... 03


2.0 - DESENVOLVIMENTO .....................•................ 04
2.1 -CURVAS DE REQUISITbS AR/COMBUST!VEL DO MOTOR ... 04
2.1.1 -Marcha Lenta e Carga Leve .............. 04
2.1.2 - Zona de Economia ....................... 05
2.1.3- Zona de Pot~ncia ......•................ 05
2. 2 - EQUAÇAO DO VENTURI ............................. 05
2.2.1 - Velocidade do Ar na Garganta de um
Venturi ................................ 07
2.2.2- Descarga de Ar ......................... 08
2.3- EQUAÇAO DO GICLEUR ............................. 09
2.3. 1 - Descarga de Combustível ................ 10
2.4- EQUAÇAO DA RAZAO AR/COMBUSTTVEL ................ ll
2.5- CARBURADOR ELEMENTAR ........................... 11
2.6- ELEMENTOS DE UM CARBURADOR COMPLETO ............ 12
2.6. 1 -Sistema de Alimentação de Combustível .. 12
2.6.2- Sistema de Marcha Lenta ................ 12
2.6.3- Sistema Principal ...................... 13
2.6.3. l - Sistema Suplementar ou de
Pot~ncia ..................... l4
2.6.3.2- Sistema Suplementar com Pis-
tão de Vacuo ................. 14
2.6.3.3- Sistema Suplementar Aerodini
mico ......................... l5
2.6.3.4- Sistema Suplementar Misto .... 16
2.6.4- Sistema de Aceleração Rãpida ........... 16
2.6.5 - Sistema Afogador ....................... 18
3.0- REFER[NCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................... 19
PREFACIO

O estudo a seguir apresentado tem


por finalidade, dar conhecimentos
a alunos e demais pessoas, sobre
alguns componentes e sobre o fun-
cionamento bãsico de um carburador.
Os dados apresentados aqui são co-
letas de livros cientificos, apos-
tilas como se pode notar em sua Re
ferências Bibliogrãficas.
i . O - I NT RO OU ÇAO
1.0 - INTRODUÇAO

Ao se elaborar esta teve-se como principio bãsico, fornecer


suscintos conhecimentos sobre carburação, sendo apresentado p~
ra tanto em seu desenvolvimentos as seguintes etapas :
- Curvas de Requisitos Ar-Combustivel do motor
- Equação do Venturi (Fluxo de Ar)
- Equação do Gicleur (Fluxo de Combustivel)
- Equação da Razão Ar/Combustivel
- Carburador Elementar
- Elementos de um Carburador completo
O carburador do motor (com ignição por centelha) serve para d~
sar o combustivel a ser introduzido na corrente de ar,em qua~
tidade determinada pela rotação e carga a este motor aplicado.
OBS :- t denominado "Gargulante" ãs peças com orifi-
cios calibrados que são montadas no carburador, assim como "Gi
cleur" (francês) e Jet (inglês).
Os orifi~ios calibrados feitos no prõprio carburador
são denominados Restrição Calibrada
11 11

- 03 -
2.0 - DESENVOLVIMENTO
L.O - DESENVOLVIMENTO

2.1 - Curvas de Requisitos Ar-Cornbust1vel do Motor

o
"'a>
0,10 Q.

I a:
~ i ! ~
,> 12 t to,os jj
,;::
I
'
I-
V>
~
o
u l
:d:

t<r
16f
,, c
N
<:
a:
o 20 40 60 80 100
ABERTURA DA BORBOLETA DO ACELERADOR
(em percentagem l

Fig. 01 - Requisitos de mistura do motor e característica


do carburador simples ( 1).

O motor requer razoes diferentes de Ar e de Combust1


vel sob diversas condições de carga.
Três são as condições principais
1. Marcha Lenta e carga leve (Linha AB)
2. Zona de economia com cargas medias (Linha BC)
3. Zona de potência com carga mãxirna (Linha CO)

2.1.1 - Marcha Lenta e C9-rga Leve (Linha A.B)

Diz-se que o motor estã em marcha lenta quando não hã


carga externa sobre o motor e a borboleta do acelerador estã
essencialmente fechada.
Um motor em marcha lenta requer urna mistura rica,tal
como no ponto A, porque, o ponto de abertura da vãlvula de ad
missão e fechamento da vãlvula de descarga se superpõem, a
pressão no interior do cilindro no fim do curso de descarga e
maior que a pressao atmosférica no coletor de admissão, ocor-
rendo assim uma penetração no coletor de admissão de gases

- o4 -
queimados, estes misturam-se com a carga fresca de mistura Ar-
combustivel diluindo-a. Desta forma necessita-se de maior qua.!:!_
tidade de combustivel para superar-se os efeitos enfraquecedo-
res dos gases.
A medida que a carga e aumentada a percentagem de gãs
n a mi s t u r a f i n a l v a i di mi n ui n do , de forma q ue a mi s t u r a p o de
ser progressivamente empobrecida.

2. 1.2- Zona de Economia (Linha BC)

Uma vez que a interferência da diluição pelo gas de


descarga e reduzida ao minimo, o problema e operar o motor na
mistura mais econômica.
Na zona de economia, a razao Ar-Combustivel pobre dl
minui a velocidade da chama através da câmara de combustão. Pa
ra compensar a combustão lenta, a centelha deve ser avançada
para maior aproveitamento da combustão.
A centelha pode ser avançada porque a batida n ao -e
problema em aceleração ~arcial.

2. 1.3- Zona de Potência (Linha CO)

Se a borboleta do acelerador e aberta ate aproximad~


mente 3/4 da abertura total, a mistura deve ser enriquecida por
duas razoes.
a. Presume-se que a potência maxima e desejada e po~
tanto, uma mistura rica é necessaria.
b. Mistura pobre causa a diminuição da velocidade da
chama através da câmara de combustão e a centelha
deve ser atrasada com relação a posição de econo-
mia, para evitar a batida. Com esta posição de
faísca, a mistura pobre continuarã queimando no
curso de descarga e poderã queimar as vãlvulas.As
sim, misturas ricas tornam-se necessárias.

2.2- EQUAÇAO DO VENTURI (FLUXO_DE AR)

A velocidade mãxima ou ideal do ar na garganta de um


êi€ n t u r i , p o de se r de te r mi n a da a p 1 i c a n do- se a e q u ação de e n e r -
Fig. 02 - Sistema aberto ( venturi)

Para um sistema aberto como o da fig. 02 teremos

a. 1q 2 = Calor trocado de 1 a 2 Kcal/Kg


lw2
b. ~ = Trabalho desenvolvido de l a 2 Kcal/Kg

c. Kcal/Kg

d. pode existir sob vãrias formas :

d. 1 - Energia interna do flido : 2 - pl Kcal/Kgp

d.2 Er.e ia cinetica : a energia que possui cada


elemento de fluido em virtude da velocidade
de que esteja dotado.

Kcal/Kg

d.3- Energia potencial energia que depende da al


tura z do fluido;

Kcal/Kg

d. 4 - Energia de fluxo: medi da por

- 06 -
Kcal/Kg

Assim a equaçao da energia fica

( 2)

v2 v2
1w2 2 1
lq2 - -J- = (h2+ "ZJg) - (h l + --zy-) + (J.lz- ].ll ) ( 3)
c gc

,w 2 v2 - v21
2
lq2 - -J- = (h 2 -h 1 )+ 2g J I
+ (-p2-].ll) ( 4)
c
Para sistemas abertos, em mui tos c as os nem a massa
nem a energia armazenada variam, e obtem-se a condição de es-
coamento continuo
v2 - v2
lw2 2 1
lq2 - -J- = (h2-hl) + Kcal/Kg (5)
2gl J
c

2.2. 1 - Velocidade do Ar na Garganta de um Venturi

A equaçao (5) pode ser aplicada com as seguintes con


siderações : q,w e V,I ~ O, portanto teremos

v2 = 2J g c (h,-h2) (6)
2 ~
r -:.r J

v2 = ~2Jgc (h,-h2)
! I

v2 =~ 2Jgc Cp(T 1 -T 2 )

onde: Vz = velocidade i de a 1 na garganta (m/seg)

CP = calor específico do ar - 0,24 ( Kca 1 /Kg 0 C)

r, = temperatura de entrada (oK)


2
Tz = pressao na garganta (Kgf/m )
2
pl = pressao na entrada (Kgf/m )

,_
, I -
k
= P2 v2 e Tl/T2
/

/"

então

a equação (8) ficarã

(9)

2.2.2- Descarga de Ar

{kg/seg)

ccr·nsiderando a equação da continuidade


A2. v2
Car ( 1 o)

onde m2 = fluxo de ar (Kg/seg)


~d2
= are a da garganta = 2 (m2)
A2 ~

v2 = volume espec1fi co na garganta


1/K
v2 v, (p,/p2)

v, = RT 1 /p l

v2 = equação ( 9 )
car = coeficiente de descarga (0,94 a 0,97).
Os carburadores modernos tem coeficiente bai-
xo porque as borboletas obstruem a passagem
(0,80).

então a equaçao (10) ficarã

( 11 )

Kg f . m
onde R = 29,3 kg-OC

- 08 .:.
4 2
p.l == 10 l<g f/m

cp = 0,24 Kcal/Kg°C

p2 = p res s ao na garganta (Kgf/m 2 )

r, = 300°K

J = 427 Kg f. m
Kcal

gc
= 9'8 Kg . m
2
Kgf.seg

d~
L
= diâmetro do venturi (da) (m)

,uts-t:ituindo a equaçao (ll) ficarã:


k+l
ma,. '·' 5 5 4 ' 8 8 d a 2
(~~)2/k - (~~)--k-- (Kg/seg) ( 12 )

2.3 ~ EQUAÇAO DO GICLEUR (FLUXO DE COMBUSTIVEL)

Tomando-se como base a figura abaixo e considerando


a cond-ição (1) dentro da cuba e a condição (2) no cãlibre a
ponta do pu1verizador.

cÓiibre

ventu ri

\
2

fluxo de ar

F1g 03 - Carburador .simples

- 09 -
2.3. 1 - Descarga de combustivel Kg/seg (13)

A • V
c c
vc

onde Ac = area do cãlibre =

Cc =coeficiente de descarga~ 0.75


Vc = velocidade do combustivel no cãlibre, calcula-
da a partir da equaçao da energia considerando
q~w , v =0 e p =p
1 2 1 e ainda v 2 =v 1 assim,

então

( l 4)

( 15 )

( 16 )

me= 0 • 75 x 3 · 14 ./2 . 9.80 740 . d; . ./h (17)

.
mc = 70.90 d2 v'h ( l 8)
c

onde
me = descarga de combustivel Kg/seg

de = diâmetro do calibre m
h = ( p l - p2) Kgf/m 2
densidade da gasolina=740 Kg;m 3
c =
y ..

- 1 o-
2.4 - EQUACAO DA RAZAO AR/COMBUSTIVEL
;;
/(___1)2/k
k+l
-k-

A
m
ar v pl
c rn
( 19 )
c

/p2 2/k
k+l
p2 -k-

=
J (-)
pl - (Pl)
(20)

(21)

2.5 - CARBURADOR ELEMENTAR

Um c a r b ur a do r s i mp 1 e s do t i p o m_Q_s~ t r a d o n a f i g u r a ( O3 )
certamente não fornecera uma razão Ar-Combustível que atenda
os requisitos do motor determinados pela curva ABCD da figura
(0.1). O carburador real mais si_ITlples fornecera uma rnistura
com as caracter1sti cas S§melha_ntes ~-cla__~curva HGF da figura
(o . l ) .
o
fornecimento de combust1vel não se inicia com o
primeiro fluxo de ar, devido ã tensão superficial e porque o
n1vel de combustível na cuba esta levemente abaixo do pulver~
zador.
A curva HGF pode ser deslocada para baixo ou para ci
ma, diminuindo-se ou aumentando-se a ãrea do calibre de com-
bustível. Assim, se o carburador elementar for ajustado para
marcha lenta satisfat6ria, ele ·fornecera mistura muito rica
em altas cargas; mas se ele for ajustado para operaçao satis-
fatõria em cargas elevadas, a mistura em marcha-lenta serã mui
to pobre. O carburador Elementar pode ser ajustado para oper~
ção satisfatõria dentro das exigências da economia de combus-
t"lvel.
Os requisitos do motor podem ser totalmente atendi-
dos através de dispositivos que enriqueçam a mistura em mar-
cha-lenta e em aceleração total.

l l
2.6 - ELEMENTOS DE UM CARBURADOR COMPLETO

Ter~mosagora ~ma apresentaç~o de alguns elemen~cs


principais dG func1onamento de um carburador completo.

Sistema de Alimentação de Combust1ve1

A +unç~o deste sistema e a de manter constante o n1-


ve 1 ae combus-+:'"vel dentro da cuba para todas as condições de
fun~íonamento do motor. Fazem parte deste sistema basicamente

a bÕia e uma vãlvula de agulha, estas funcionam na medida em


que Sf +az ne':essârio combustivel ao motor, isto e, a bÕia tem
praticamente uma posição constante para determinado consumo
por e::emolo, se o consumo aumenta mais baixa serã a posiçãoda
oõia pa~a poder entrar a mesma quantidade que sair.

2.6.2 - Sistema de Marcha Lenta

A função deste sistema e alime~tar o motor n~s rota-


çoes mais bai:as, auando a borboleta de aceleraç~o est~ pouco
Ou quase tot0 1 mente fecrada

"Nesta s.;tuaçao o vacuo produzido pelo


motor, abai xc da borDoleta de acelera-
ção, suga o combust1vel da cuba atra-
vés das restrições calibradõs da :V1ar-
cha Len-c.a"
Neste processo de funcion'lmento o combustíve~ 3P9S
sa1r da cuba, passa pe1o gorgulante principal e sobe para rj

gorgula11te da Marcha Lenta, onde e controlada a quantidade que


deve passar, e onde ocorre a mistura do ar que prcvem do res-
P.; ro da marcha lenta. Neste ponto o ar e o conbust1vel formam

uma mistura, que apõs descer pe1a base do carburador, passa


pela agulha de regulagem que controla a quantidade que de ve
passar e se descarrega no fluxo principal onde ocorre a mistu
ra final ar-combust1vel. Para ameniza: a passagem da marcha-
lenta para as marchas mais altas, existem furos de progressão
que s~o restrições calibradas que descat~regam a mistura no flu
xo principal ã medida que a borboleta de ace1eraç~o vai se a-
brindo e descobrindo esses furos (fig. 0.4).

- 12 -
-------- - ----- - --

P.ESPI RO

VÁLVULA :u=TROMAGN~T!C~:.
GARGULANTE {SOLENÓIOF)
PRINCIPAL
OAR
~GASOLINA BORBOLETA RESTRIÇÕES
DE ACELERAÇ.Z.,O CAL! BR.AOAS
---------------------------- ----- --- --- -- - - _;

Fig.04 - Sistema de Marcha Lenta

2.6.3- Sistema Principai

Nas rotações altas, a quantidade de combust1ve1 que


o sistema de marcha 1enta oferece não e suficiente, nesta si-
tuação passa a funcionar o sistema principal onde o ar ao pa~
sar pelos difusores suga o combustfvel da cuba através do tu-
bo misturador. O combust1vel ao sair da cuba passa pelo garg~
!ante principal que controla a quantidade que deve passar: so
be inclinadamente pelo tubo misturador onde se mistura com ar
que vem do respiro da alta e finalmente, descarrega-se no flu
xo principal onde ocorre a mistura final ar-combustTvel que
então vai atingir os cilindros por meio da tubagem de admis-
são (Fig. 0.5).

- l3 -
RESPl.ROU.A
ALTA

M--f~H--'--~W- OI FUSO R
SEGUNDÁRIO

'
DlFUSOR
PRIMÁRIO

GARGULANTE
PRINCIPAL
·~AR
~GASOliNA

TUBO MISTURADOR

Fig.05 - Sistema Principal

Nota-se pela figura que os componentes do sistema


Principal tomam parte no funcionamento de quase todos os ou-
tros sistemas, portanto, qualquer alteraçâo nos seus compone~
tes não sõ irã alterar o seu funcionamento, como os dos de-
mais sistemas de1e dependente.

2.6.3.1 - Sistema Suplementar ou de Pot~ncia

O sistema suplementar tem a função de ajudar o sist~


ma principal, quando se deseja conseguir a pot~ncia maxima no
motora Neste caso o sistema principal nâo consegue aumentar a
quantidade de combustivel na mistura ar-combustivel, entra en
tão em funcionamento o sistema suplementar juntamente com o
sistema principal.

2.6.3.2 - Sistema Suple~entar com Pistão de


vãcuo

Os p r i n c i p a i s c omp o n e n t e s q ue f o rm a m e s te c o n j un t o
sao um pistão que e acionado pelo vãcuo do motor e um gargu-

- 14 -
lante dotado de urna vãlvula.
Quando o vacuo formado pelo motor e forte (bortoietê
quase fechada) este se transmite através de canais, da base
do carburador ao cilindro onde esta o pistão de vãcuo, e este
vacuo consegue vencer a tensão da mola e faz com que o pistão
suba, deixando fechada a valvulado gargulante suplernentar,mas
quando, o vãcuo é fraco (borboleta quase totalmente aberta) a
força da mola empurra a haste do pistão contra a vãlvula do
gargulante suplementar fazendo com que esta se abra e permi-
tindo com que passe diretamente da cuba para o tubo mistura-
dor, aumentando a quantidade de combustível na mistura. (Fig~
ra O. 6 ) .
-~~- - --. ---- ---- - - - -- - - · · - - - - -

_____ ___j
PISTÃO

CI UNDRO - -

HASTE

GARGULANTE
SUPLEMENTAR

0 AR
;i GASOLINA
SORBOLETA DE
ACE LE RP. ÇÃC
--------·- ---~-----~--- -----
Fig.06 - Sistema Suplementar com Pistão a Vacuo

2.6.3.3- Sistema Suplementar Aerodinâmico

Este sistema é acionado pela velocidade do ar, que


passando pela extremidade do tubo de descarga, faz com que o
combustível saia da cuba e suba pelo canal do sistema, onde a
travessa num gargul ante que controla a quantidade que deve pa~
sar, e descarrega-se no fluxo principal.

- 15 -
A quantidade de combustfvel que se descarreça depende diret;-
mente da velocidade do ar que passa no fluxo principal, ist~~
e, quanto maior a velocidade no fluxo principal maior serã
quantidade de combustivel descarregado. A velocidade do ar so
:onseguirã acionar este sistema ao atingir um determinado va-
~or, oue carresponde as altas rotaç~es do motor.

,------------------------r-----------~

·-~---__j
TUBO DE
/DESCARGA
GARGULANTE
SUPLE~;lENTAR
AERODINÂMICO

CUBA J

C..c>._NI>.L
__ - - - -
,___

Fig.07 - Sistema Suplementar Aerodinâmico

2.6.3.4- Sistema Suplementar Misto

Neste sistema encontramos os dois sistemas citados an


teriormente, funcionando simultaneamente.

2.6.4- Sistema de Aceleração Rãpida

Este sistema tem como função fazer aumentar de imedia


to a pot~ncia de um motor; quando acelerado rapidamente. Ac se
acelerar o motor de uma rotação baixa para rotações altas, o
eixo da borboleta aceleradora, atraves de uma alavanca, aciona
a haste de acoplamento do pistão injetor, que puxa a guia do

- i6 -
conjunto do pist~o para baixo, esta guia descendo, empurra o
pist~o. Observa-se que a guia empurra o pist~o atrav~s da ~c
la e não diretamente, produzindo assim uma injeção mais ef~-
c~ ente.

Quando o pistão desce dentro do cilindro empurra o


combust1vel para o canal do gargulante de aceleração, mais r:;~
~a chegar ao gargulante de aceleração, o combust1vel abre u-
m? vãlvula de esfera e um contra peso, estes subindo permi-
tem a passagem do combustível, que vai descarregar-se no flu
ÃO principal, atrav~s do gargulante de aceieração.

Quando o pistão sobe, deixa de fazer pressao no com


bustfvel, de forma que o contrapeso empurra a esfera contra
sua sede fechando a passagem para o gargulante de aceleração
e e ;itando tamb~m que entre ar no sistema; ao mesmo tempo a
vâl\ula de esfera do fundo do cilindro do pist~o injetor se
abre permitindo que o cilindro se encha de combustível.
0BS :-para que haja sucção pelo Fluxo Principal, isto~. ar
raste de combustível atrav~s do gargulante de aceleração, e-
xiste um tampão sobre o contrapeso (Fig. 0,8)

,---- -~-- --T


MO ~' r··
I ;
i i
li i, ~I
'I
i

AR
·GASOLINA

~------------

Fig.08 - Sistema de Aceleracão Rãpida

, 7
- I 1 -
2.6.5 - Sistema Afogador

A finalidade deste sistema e aumentar a quantidaoe


de combustível na mistura para facilitar a partida do motor
frio. Es-se aumento se obtem diminuindo-se a quantidade de ar
oue entrà no carburador, forçando com que os sistemas de
Marcha Lenta e Principal descarreguem simultaneamente a mis
tura no f~uxo principal, enriquecendo desta forma a mistura

.--------------------- ------ ----------------

___ j

_c,_ R
:::~Ollf\JA

Fig. 09 - Sist€ma Afogador

- 18 -
3.0- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA
3.0 - REffRI:N-CI-AS BfBLIOGRJI:FICAS

3.1 - OBERT~ Edward F. - "Motores de Combustio Interna".


Editora Globo, Porto Alegre, 1~71. 2a. ediçã_o,
pag. 329 ã 349.

3.2- WYLEN, Gordon J. Van and SONNTAG, Richard L -"Fu.!!_


damentos da Termodinimica Clissica". Editora
Edgard B1Ucher Ltda, São Paulo, 1976, 2a. edl-
ção, pãg. 67 ã 99.
11
3.3- WERCABRAS, CARBURADORES- Manual de Instr-uções
carburador DFV. Modelo 228. Avenida Inte-rlagos
665, São Paulo, Caixa Postal 18.711, pag.l a 8.

- ·1 9 -

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