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No início da idade media esses cuidados passam a ser dos religiosos, que se desenvolveu
muito entre os seculos XI e XII com a implementação das cruzadas, expedições militares a
serviços da Igreja. A introdução da enfermagem aconteceu no século XIII, por causa de
ordens na qual as religiosas iam para os hospitais com a filosofia religiosa de amor ao
próximo. Desse modo a concepção da enfermagem permaneceu muitos séculos sendo
exercida por religiosos que não tinham conhecimentos próprios para fundamentar suas
atividades, porém no mesmo século, com o desenvolvimento das cidades transformaram o
caracter das atividades médicas em práticas técnico-profissional, foi intitulada como
profissão e não como sacerdócio, mas o mesmo não aconteceu com a enfermagem.
Foi um período com fechamentos de vários hospitais e expulsão dos religiosos que atuavam
nesses locais, foram fechados cerca de 1.000 hospitais na Inglaterra por Henrique VIII.
Passavam a recrutar mulheres leigas e marginalizadas para fazer o serviço de enfermagem,
em troca de baixos salários para cuidar dos doentes e fazer serviços variados, as atividades
desenvolvidas nesses hospitais eram uma caracterização do trabalho domésticos, que somente
era exercida pelo sexo feminino.
Nesse período aconteceu a famosa “Caça as Bruxas”, na qual foi uma perseguição pelas
mulheres curandeiras que aconteceu do século XIV ao século XVII, essas mulheres
intituladas como bruxas eram na verdade parteiras e curandeiras que serviam a população
camponesa. Essa luta da igreja contra elas eram porque elas tinham conhecimento sobre a
cura, que era um monopólio da igreja. Entre os séculos XVII e XVIII, os barbeiros cirurgiões
conseguiram o direito de realizar partos, já que era uma atividade que somente as mulheres
poderiam fazer.
O desenvolvimento desse hospital foi lento, já que o modelo original foi estabelecido com os
monges e as instituições surgiam livremente por guildas ou corporações, sem regulamentos e
isento de impostos. Com o aumento dos pobres e vadios a atenção primaria passa a ser
responsabilidade da comunidade e não da igreja, na qual organizaram as agências de
assistência públicas e unificaram os serviços recursos nas mãos das autoridades municipais
ou nacionais. Nesse período, as pessoas que trabalharam não se importavam com a cura do
doente e o hospital virou um local de separação, exclusão do pobre e doente, onde se ia para
morrer. Portanto, os hospitais permaneceram com essa característica até o século XVII,
quando a Holanda começou a utilizar os hospitais como local de tratamento aos doentes,
centro de estudo e ensino da medicina.
Com a revolução industrial, o progresso económico trouxe poucos benéficos para a maioria
da população trabalhadora na Inglaterra, pois as condições de vida e saúde eram
devastadoras, especialmente para as crianças. No entanto, medidas foram adotadas pelo
ministro da guerra Herbert Sidney que convidou Florence Nightingale para ser enfermeira
dos hospitais militares durante a Guerra de Criméia. Em 1854, o hospital militar, não
disponibilizaram enfermeiras regulares, mas de apenas alguns enfermeiros militares sem
capacidade para atuar que foram escolhidos para a função porque não se adaptavam às fileiras
do exército, mas Florence conseguiu organizar os hospitais e reduzir as mortes entre os
soldados. Vale ressaltar que o trabalho de enfermagem executado nos hospitais era
considerado inferior e era exercido por mulheres.
A enfermagem moderna nasce reproduzindo a divisão social do trabalho entre duas categorias
distintas que são:
Lady-nurse: oriundas de uma classe social mais elevada, eram preparadas para o
ensino e supervisão das pessoas.
Nurse: moravam e trabalhavam no hospital durante todo o curso e recebiam um
salário, depois de completarem esse curso eram destinadas aos serviços dos hospitais.