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Metodologias de

Design

Adriana Valese
Tema:
Ferramentas para geração
de ideias e seleção de
ideias
Subtemas:
1. Técnica de brainwriting (ferramenta 6);
2. Sinética (ferramenta 5)
3. Análise da função do produto (Ferramenta 29);
4. Permutação das características do produto (capítulo 9 – ferramentas 33 e 34)
5. Análise morfológica (ferramenta 10)
6. MESCRAI (ferramenta 11)
7. Analogias (ferramenta 12)
8. Análise paramétrica (ferramenta 7)
9. Análise do problema (ferramenta 8)
10. Avaliação FISP (ferramenta 15)
11. Análise das funções do produto (ferramenta 29)
Baxter (2011), destaca em seu livro “Projeto de produto: Guia prático para o design
de novos produtos” elementos-chaves das diversas fases do processo criativo, e suas
respectivas ferramentas/técnicas.

FASE DE PREPARAÇÃO – Fase em que deve ser explorado e definido o problema e levantada
todas as soluções existentes.

Para isso, Baxter propõe o uso de 2 ferramentas:

ANÁLISE PARAMÉTRICA
e
ANÁLISE DO PROBLEMA
FASE DE GERAÇÃO DE IDEIAS – Fase em que devem ser pensadas ideias sem as
restrições práticas (que devem ser deixadas para uma etapa posterior).
É a fase de procurar ideias fora do domínio normal do problema, onde devem ser
utilizadas técnicas para:
• Redução do problema;
• Expansão do problema;
• Digressão do problema.
Para essa etapa Baxter propõe o uso dos procedimentos e técnicas de:
Procedimentos: Técnicas:

• Anotações coletivas; • Permutação das características;


• Brainsforming; • Análise das funções do produto.
• Brainwriting;
• Sinética.
FASE DE SELEÇÃO DE IDEIAS – Nessa fase devem ser considerados tanto os bons
como os maus aspectos de todas as ideias;
Nessa fase devem ser combinadas ideias aproveitando as partes boas de cada
uma.

Para essa etapa Baxter propõe o uso das ferramentas de:

MATRIZ DE AVALIAÇÃO
VOTAÇÃO
FASE DE REVISÃO DO PROCESSO CRIATIVO – Fase em que se avalia o processo de
solução de problemas.
Para essa etapa Baxter propõe o uso da ferramenta FISP (fases integradas da
solução de problemas.
• Essa técnica é utilizada para gerar ideias sendo uma evolução do brainstorming;
SUBTEMAS:
• Diferença – ao invés dos participantes falarem suas ideias, eles devem escrever
sobre elas, sem mostrar para os outros;
Comadre florzinha
Se alguém não tiver mais ideias pode olhar as do outro participante.

lobisomem
• Existem algumas variantes do brainwriting:

Usar folhas divididas em colunas. Cada pessoa escreve um certo número de ideias
na primeira coluna. As folhas são trocadas entre os membros do grupo. Quem
recebeu a folha deve preencher a segunda coluna, propondo melhorias ou
desenvolvimentos das ideias contidas na primeira coluna.
Nesse procedimento, pode repetir diversas vezes até que as ideia se acabem ou até
que cada folha de papel tenha passado por todos os membros do grupo.
Ao final, devem ser lidas todas as ideias para propor uma ideia nova. O que foi Técnica de
escrito servirá como referência para a proposta da ideia final. brainwriting
SUBTEMAS:
• SINÉTICA –derivado do grego e significa juntar elementos diferentes,
aparentemente não relacionados entre si.
Comadre florzinha
• Técnica desenvolvida por WILLIAM GORDON em 1957 como aperfeiçoamento
do método de brainstorming.

lobisomem
Foco na preparação, explorando todos os aspectos possíveis e amplos do
problema.
• As sessões de Sinética devem ser gravadas.
• Um grupo de sinética trabalha com 5 a 10 especialistas de diversas formações.
• A técnica da Sinética recomenda dois tipos de mecanismos mentais:
• Transformar o estranho em familiar e
• Transformar o familiar em estranho (mais recomendado). O que significa olhar
o problema sob um novo ponto de vista. Para isso a Sinética recorre a 4 tipos de
Sinética
analogias:
SUBTEMAS:
1- Analogia pessoal – a pessoa coloca-se mentalmente no lugar do processo,

Comadre florzinha
mecanismo ou objeto;
2 – Analogia direta – são feitas comparações com fatos reais, conhecimentos ou
lobisomem
tecnologias semelhantes. Ex.: no desenvolvimento de máquinas rastejantes para
andar em solos acidentados, observou-se o movimento dos insetos.
3 – Analogia simbólica – usa imagens objetivas e impessoais para descrever o
problema. Ex.
4 – Analogia fantasiosa – dar “asas à imaginação, procurando fugir das regras
tradicionais.
Em uma sessão de sinética o líder do grupo pode estimular a equipe a certos tipos
de analogias.
As ideias geradas devem ser posteriormente avaliadas e desenvolvidas, Sinética
construindo-se modelos e protótipos para testes.
SUBTEMAS:
Comadre florzinha
Método de análise sistemática das funções exercidas por um produto e como elas
são percebidas pelo usuário.
lobisomem
Deve-se conhecer o funcionamento do produto.
Essa técnica pode ser aplicado tanto para produtos existentes como para aqueles
em projeto.
Os resultados da análise podem ser usados para estimular a geração de conceitos
e podem fornecer elementos para outras análises, como por e.xemplo análise das
falhas.

Análise da
função do
produto
SUBTEMAS:
Etapas:
Gerar uma lista de funções do produto sob o ponto de vista do consumidor, usando
Comadre florzinha
a técnica do brainstorming, com foco nas funções consideradas valiosas ou
lobisomem
relevantes pelos consumidores/usuários.
As funções devem ser descritas de forma concisa, usando 2 ou 3 palavras,
combinando verbo com substantivo.
Depois as funções devem ser ordenadas em uma “árvore funcional”
Função principal
As demais funções, de forma lógica e hierarquizada
Abaixo da função principal vem as Funções básicas (que são aquelas que estão
relacionadas com a função principal, que devem ser essenciais para a função
Análise da
principal e são causas diretas da ocorrência da função principal. função do
produto
SUBTEMAS:
Exemplo do Baxter
ASPIRADOR DE PÓ
Comadre florzinha
Função principal – remover a poeira
Função básica – sugar o ar . Função secundária– deve-se perguntar como essa função (sugar o
lobisomem
ar) é realizada. Ex.: girar a ventoinha.

Pode-se conferir a “árvore funcional” de 2 maneiras:

Fazendo a pergunta COMO? – POR QUÊ? – começando com a função principal.


O funcionamento de uma função deve ser explicado pelas funções de nível abaixo dela.
COMO o aspirador remove a poeira? Sugando o ar. COMO ele suga o ar? Girando a
ventoinha... Análise da
Chegando-se a base da árvore pode-se fazer uma nova conferência de baixo para cima função do
produto
perguntando-se “POR QUÊ?”
SUBTEMAS: Análise da
função do
Comadre florzinha produto
SUBTEMAS:
Comadre florzinha
lobisomem
A 2ª conferência é feita pedindo-se opiniões de colegas que conheçam o produto,
mas que não participaram da elaboração da “árvore funcional”.

Análise da
função do
produto
A técnica da Permutação das características do produto foi desenvolvida pelo
SUBTEMAS:
designer dinamarquês Eskild Tjalve (1979).
Comadre florzinha
É utilizada para analisar alternativas de arranjos.
Conceitos-chaves de configuração – parte da configuração de princípios funcionais
lobisomem
e estéticos. São geradas várias ideias sobre possíveis soluções (funcionais e
estéticas), e depois é selecionada a melhor ideia, integrando os princípios
funcionais e de estilo em um possíveis falhas, e quando o protótipo for
desenvolvido testa-se se há falhas para aperfeiçoar o projeto.

Permutação das
características
do produto
A ferramenta
SUBTEMAS: de ANÁLISE DAS FALHAS – é um método para estimar as falhas
potenciais de um produto, avaliando-se a sua importância relativa.
ComadreEssa
florzinha
análise considera separadamente os tipos de falhas e seus efeitos sobre o
consumidor/usuário.
lobisomem
Procura identificar todas as ´possibilidades de falhas do produto durante a
execução das funções para as quais foi projetado.
As causas de cada falha são avaliadas numa escala de 1 a 10, de acordo com:
as estimativas de ocorrência;
a gravidade dos efeitos dessas falhas;
as possibilidades de detecção e correção da falha.
Permutação das
características
do produto Com as 3 avaliações pode-se calcular o indicador de risco multiplicando-se as
falhas.
A ANÁLISE MORFOLÓGICA estuda todas as combinações possíveis entre os
elementos ou componentes de um produto ou sistema.
Foi desenvolvido por Fritz Zwickey, em 1948.
Parte do princípio de que soluções criativas são, às vezes, descobertas ao formular novas
combinações de objetos ou ideias e, portanto, busca criar um grande número de possíveis
soluções, por meio da combinação de elementos formais, estruturais ou funcionais etc.,
que permitam criar algo novo.
O número de variáveis envolvidas no desenvolvimento do produto se desdobra em
alternativas de solução que, dispostas na matriz, permitem a combinação das ideias geradas
para cada variável.

Análise
morfológica
Análise
morfológica
MESCRAI é uma sigla de:
SUBTEMAS:
Modifique
Comadre florzinha
Elimine
Substitua
lobisomem
Combine
Rearranje
Adapte
Inverta

Esses termos funcionam como uma lista de verificação para estimular


possíveis modificações no produto.
MESCRAI
SUBTEMAS:
Ela é uma espécie de lista de verificação aplicada na fase criativa e de elaboração da solução
cujoComadre florzinha
objetivo é criar melhorias ou retrabalhar uma solução por meio de perguntas que aplicam
as nove palavras supracitadas, por exemplo,
lobisomem
“O que posso modificar?” “O que pode ser eliminado ou substituído?”.
As ideias geradas a partir das respostas a essas e outras perguntas são anotadas e justificadas
pela equipe de projeto.

MESCRAI
Forma de raciocínio em que as características dos objetos são transportadas para
um objeto diferente, mas com propriedades comuns.
Baxter (2011) usa o exemplo de uma corda que pode lembrar uma cobra cascavel
quando enrolada no chão, ou uma rampa de escape para emergências quando
pendurada em uma janela, ou uma ponte se estiver esticada entre dois postes.

As analogias podem ser utilizadas de várias maneiras diferentes, mas sempre sugerem a
exploração de novas funções, configurações e aplicações de um produto, assim como para
criar soluções completamente novas, a partir da descoberta de como um problema
semelhante é resolvido em um novo e diferente contexto.

Analogias
As analogias podem ser:
por proximidade: bule-xícara; papel-lápis; mesa-cadeira.
por semelhança: leão-gato; café-chá; domingo-feriado.
por contraste: gordo-magro; escuro-claro; amargo-doce.
por causa e efeito: chuva-inundação; crise-desemprego; feriado-passeio.

Analogias
Serve para comparar os produtos em desenvolvimento com produtos já existentes ou
àqueles dos concorrentes, baseando-se nos parâmetros comparativos.

QUANTITATIVO – ex.: quantos jogos similares (lendas folclóricas) existem no mercado?

QUALITATIVO – servem para comparar ou ordenar os produtos. Ex.: Qual game com a mesma
temática é mais conhecido? Qual tem a melhor jogabilidade , qualidade gráfica, melhor
narrativa, etc.?

CLASSIFICAÇÃO – indicam certas características do produto. Ex.: gênero (ação, aventura, rpg,
simulação, puzzle, estratégia, etc.)

Análise
paramétrica
Serve para conhecer as causas básicas do problema e assim
fixar as suas metas e fronteiras.

1º - FORMULE O PROBLEMA

2º POR QUÊ VOCÊ QUER RESOLVER O PROBLEMA?

OUTROS PORQUÊS

Análise do
problema
As Fases Integradas da Solução de Problemas ou avaliação FISP é uma técnica
descrita por Morris e Sashkin, desenvolvida, em 1978, como uma ferramenta de
solução de problemas que acompanha os estágios do desenvolvimento do projeto.
Como não é uma ferramenta relacionada às questões operacionais, e sim às
questões estratégicas do design, a avaliação FISP divide o processo de solução de
problemas em etapas consideradas uma a uma, sendo que cada etapa tem suas
tarefas e processos avaliados numa escala numérica (de 1 a 5).
As etapas da avaliação FISP, de acordo com Baxter (2011), são:
1. Definição do problema.
2. Geração de ideias.
3. Escolha da solução.
FISP
4. Desenvolvimento da solução.
5. Avaliação da solução.
FISP (Fases Integradas da Solução de Problemas)
Exemplo da fase 1

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