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BACIAS

HIDROGRÁFICAS

Também conhecida como bacia de drenagem, a bacia hidrográfica engloba toda uma área com
nascentes, riachos, afluentes e rios, que direcionam, a partir de desníveis naturais dos
terrenos, todos os cursos de água para um mesmo rio principal. A água flui sempre das áreas
mais altas para as mais baixas e, por fim, chega ao mar, ou aos lagos fechados ou aos lagos
subterrâneos.

As bacias têm a seguinte estrutura: nascente, rio principal, divisores de águas, afluentes e foz.
Esses elementos drenam as águas da bacia para uma bacia maior ou para o oceano. As
principais bacias hidrográficas do Brasil são as do Amazonas, Tocantins-Araguaia, Platina
(Paraná, Paraguai e Uruguai) e do São Francisco. Juntas elas englobam 80% do território
nacional.
Em 2003, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos dividiu o território brasileiro em 12 regiões
hidrográficas. Ao contrário das bacias hidrográficas, que podem ultrapassar as fronteiras
nacionais, as regiões hidrográficas são restritas ao espaço territorial do Brasil.
Segundo a Agência Nacional de Águas, são regiões hidrográficas: bacias, grupo de bacias ou
sub-bacias hidrográficas próximas, com características naturais, sociais e econômicas similares.
Esse critério de divisão das regiões foi criado para orientar o planejamento e o gerenciamento
dos recursos hídricos em todo o país. Para o IBGE, a região hidrográfica, e não a bacia, é a
unidade geográfica reconhecidamente utilizada para planejar os recursos hídricos do país.

É importante ressaltar que todas essas bacias enfrentam desafios relacionados à preservação e
à conservação ambiental. A poluição, o desmatamento, o assoreamento dos rios, a
urbanização descontrolada e a falta de saneamento básico são algumas das principais ameaças
às bacias hidrográficas do estado de São Paulo. A conscientização da população, o
desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a gestão sustentável da água e a adoção
de práticas de preservação são essenciais para garantir a conservação dessas importantes
áreas.

As bacias hidrográficas do estado de São Paulo são de extrema importância para o


abastecimento de água, para a produção de energia, para a irrigação agrícola, para o
transporte fluvial e para a conservação da biodiversidade. O estado de São Paulo tem várias
bacias hidrográficas, sendo as principais a Bacia do Paraná, a Bacia do Tietê, a Bacia do Rio
Grande e a Bacia do Paraíba do Sul.
Além das regiões hidrográficas nacionais, o estado de São Paulo tem seu território dividido em
22 Unidades Hidrográficas de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs), com suas
respectivas bacias hidrográficas, que contemplam os 645 municípios do Estado.

O papel das unidades de conservação (UCs) está muito conectado à água. Criadas
historicamente para proteger a fauna e a flora e oferecer serviços à população, como
recreação em ambientes naturais, as UCs do Brasil também servem para proteger os recursos
hídricos. Portanto, elas são estratégicas, pois ajudam a preservar um dos bens mais preciosos
para a sobrevivência humana: a água.

O Cerrado abriga oito das doze regiões hidrográficas brasileiras, e abastece seis das oito
grandes bacias hidrográficas do Brasil: Amazônica, Araguaia/Tocantins, Atlântico
Norte/Nordeste, São Francisco, Atlântico. A contribuição hídrica do Cerrado para a vazão da
bacia do Paraná chega a 50%; à bacia do Tocantins chega a 62%; e a 94% da bacia do São
Francisco. O bioma Pantanal é totalmente dependente da água do Cerrado. Grande parte da
energia consumida no Brasil é gerada a partir das águas do Cerrado.
PRESERVAÇÃO DAS
NASCENTES
Nas ciências, conceitualmente, o termo “nascente” está relacionado às origens de um curso
d'água corrente. Existem outros nomes para esse mesmo conceito, como cabeceiras, olho-
d’água, exsurgência, mina de água, fonte de água e água de pé. O termo “preservar” significa
evitar a destruição de algo. O termo “conservar” significa manter da mesma forma.

As nascentes são formadas por águas subterrâneas que emergem na superfície devido à
pressão ou a uma falha geológica que permite o fluxo da água. As nascentes, quanto ao seu
curso d’água, são caracterizadas como:
• Perenes: quando há fluxo contínuo de água durante o ano todo;
• Intermitentes ou Sazonais: apresentam escoamento natural somente em partes específicas
do ano, principalmente durante a estação chuvosa.
Já os cursos d’água que somente têm água proveniente da chuva, ou seja, que não têm
nascente, são denominados efêmeros. Para esses cursos d'água, não é exigida a mesma
necessidade de preservação.

Essa água que brota das nascentes vem de aquíferos, que são formações geológicas que
armazenam água subterrânea. São reservatórios que abastecem os rios e os lagos,
caracterizados pelos tipos de rochas que os compõem. Quando as águas da nascente emergem
para a superfície, a disposição do solo presente definirá como as suas águas se acomodarão:
• Pontual: quando a nascente da água se dá de forma concentrada em um só lugar;
• Difusa: quando vários são os pontos de surgimento de água. Exemplo: veredas no Cerrado.

As nascentes desempenham diversos papéis vitais nos ecossistemas. São responsáveis por
fornecer água doce aos ecossistemas aquáticos, além de abastecer rios, lagos, aquíferos e
outros corpos de água. Elas são o início do ciclo hidrológico e garantem a disponibilidade de
água ao longo dos cursos d'água, o que é essencial para a sobrevivência de muitas espécies de
plantas e de animais.

As nascentes, em relação à biodiversidade, têm condições ambientais únicas que agregam uma
grande diversidade de organismos, inclusive plantas, invertebrados e peixes adaptados a
ambientes de água doce. Esses ecossistemas são habitats críticos para muitas espécies. Por
isso, a preservação da vegetação nativa no entorno das nascentes é uma condição
fundamental para garantir a conservação da biodiversidade.

As águas subterrâneas que afloram nas nascentes ficam no subsolo, em camadas permeáveis
do solo ou em aquíferos. São formadas principalmente pela infiltração da água da chuva ou de
corpos d'água, como rios e lagos. Elas se acumulam em camadas subterrâneas e fluem por
meio de poros, de fendas e de cavernas presentes nas rochas e no solo.

Essa água subterrânea que emerge naturalmente nas nascentes desempenha um papel vital
no ciclo hidrológico e é uma importante fonte de abastecimento de água para o consumo
humano, para a agricultura e para a indústria. Ela também pode ser acessada por meio de
poços, tanto para uso doméstico quanto para captação em larga escala, como em
reservatórios artificiais. A gestão adequada envolve práticas de conservação, monitoramento
da qualidade da água, controle da exploração excessiva e proteção das áreas de recarga, onde
ocorre a entrada de água no subsolo.

A preservação das nascentes é garantida por lei:


→No artigo 3º da lei nº 12.651/2012, temos a definição de Área de Preservação Permanente
(APP) como uma “Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com função ambiental
de preservar recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade,
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas”.
→A lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, denominada Código Florestal, estabelece que as
nascentes, num raio de 50 metros, são áreas de preservação permanente. Dessa forma, as
nascentes do País já têm proteção legal.

Quando a nascente está desprotegida e sem vegetação nativa, ocorre a erosão, o


assoreamento do solo. Nesse caso, para protegê-la é preciso criar um Plano de Recuperação
de Área Degradada.

Programa Nascentes do Estado de São Paulo:


Tem como meta principal a proteção dos recursos hídricos, a promoção da segurança hídrica e
a conservação dos ecossistemas associados às nascentes, visando a um desenvolvimento
sustentável para o estado de São Paulo. Isso vem ao encontro dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável - (ODS), criados pela ONU – Organização das Nações Unidas em
2015.
Esses objetivos são um apelo global para acabar com a pobreza, preservar o meio ambiente e o
clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de
prosperidade.

No estado de São Paulo, os objetivos específicos são a recuperação das nascentes, a proteção
de mananciais, a avaliação e o monitoramento contínuo da qualidade da água, do volume de
água disponível e do estado de conservação das nascentes. Essas medidas viabilizam a
realização dos ajustes necessários para garantir a preservação a longo prazo, a educação
ambiental e o estabelecimento de parcerias e de mobilização social na preservação das
nascentes e na implementação das ações propostas.

DESPOLUIÇÃO DE RIOS E
OCEANOS
A palavra "despoluição" tem origem na junção do prefixo "des-", que indica negação ou
reversão, com o substantivo "poluição", que significa "tornar impuro" ou "contaminar”.
Ela pode ser usada em diversos contextos para se referir à remoção ou redução da poluição,
em diferentes meios (no ar, no solo, nas águas) ou seja, tornar algo livre de poluentes ou
substâncias indesejáveis por meio de ações que visam restaurar a qualidade ambiental e
proteger os ecossistemas, promovendo, assim, a saúde humana e a de todos os seres vivos.

A despoluição de um rio ou oceano é um processo complexo, que inclui conhecer o trajeto de


todo curso d’água, desde as águas que surgem nas nascentes, seguindo o percurso dos rios e
oceanos e águas subterrâneas. Esse processo, portanto, envolve ações coordenadas e esforços
de diferentes fatores, como governos, comunidades locais, empresas e organizações
ambientais, bem como ações de profissionais da área ambiental, como biólogos ou
especialistas em recursos hídricos, ou, ainda, de um cidadão como você.

A educação ambiental desempenha um papel fundamental na promoção da despoluição dos


percursos das águas. Sua função é conscientizar, informar e adotar práticas sustentáveis para
preservar os recursos hídricos, evitando ou combatendo a poluição dos corpos d'água. Trata-se
de ações individuais e coletivas que abrangem não apenas a implementação de programas de
monitoramento contínuo da qualidade da água, a fiscalização e a punição de infrações
ambientais, mas também o tratamento de esgoto, o controle de poluentes industriais, a gestão
de resíduos sólidos e a restauração e a recuperação de áreas degradadas, como margens de
rios e áreas costeiras, por meio do replantio de vegetação nativa e da criação de hábitats para
a vida aquática.

A identificação da necessidade de despoluição de áreas ou trechos de cursos d'água, como


nascentes, rios e oceanos, envolve a realização de uma avaliação da qualidade da água e do
ecossistema do entorno e do ambiente aquático. Caso o resultado dessa avaliação acuse
indicadores de poluição fora da conformidade com os padrões e regulamentos ambientais
estabelecidos pelas autoridades competentes, será necessário identificar as fontes poluidoras
para, em seguida, controlar ou eliminar tais agentes ou causadores de poluição.

Etapas para identificar a necessidade da despoluição de rios e oceanos:


1. Observação de sinais visuais naturais: Todos os cidadãos, órgãos públicos e instituições
ambientais devem ficar atentos a sinais visuais de poluição, como presença de espuma,
manchas de óleo, mau cheiro, descarga de efluentes industriais ou domésticos não tratados,
lixo flutuante ou mortandade de peixes e aves aquáticas.
2. Observação de sinais em sedimentos: É fundamental avaliar os diferentes tipos de
sedimentos, que são partículas sólidas transportadas pela água e depositadas no fundo desses
corpos d'água ou que se instalam no leito de rios ou oceanos. Esses sedimentos podem ser
compostos por uma variedade de materiais, como minerais, detritos orgânicos, resíduos de
atividades humanas e até mesmo em organismos marinhos fossilizados. Esses sedimentos
podem revelar principalmente a presença de substâncias químicas tóxicas ou metais pesados,
indicando a contaminação.

Engajamento da comunidade local, que vive no entorno dos cursos d’água (rios, oceanos):
Moradores locais (rurais e urbanos), pescadores, agricultores e outros usuários da área, onde
se encontram os locais de nascentes, rios e oceanos, são pessoas fundamentais na
identificação dos indicadores de poluição, como os sinais visuais e sedimentares, pois são os
primeiros a obter informações sobre problemas percebidos e notar as mudanças ao longo do
tempo de seu ecossistema. Essas pessoas são chamadas de “fiscais ou agentes ambientais
voluntários ou não” ou “stakeholders” e pertencem a comunidades locais, organizações não
governamentais (ONGs), governos, sindicatos, entre outros, que, unidos, fornecem
informações e insights valiosos sobre a saúde do curso d'água.

Poluição X Contaminação:
→Poluição é um conceito mais amplo que abrange a introdução de substâncias indesejáveis no
meio ambiente, as quais podem ter efeitos adversos na saúde humana, nos ecossistemas ou
nos processos naturais. Essas substâncias indesejáveis podem ser produtos químicos, gases,
partículas, organismos vivos ou qualquer outra forma de material que altere negativamente a
qualidade do ambiente.
→Contaminação é uma forma específica de poluição que envolve a presença de substâncias ou
agentes tóxicos e prejudiciais em um meio ou em um organismo vivo, sendo uma das
consequências da poluição ou de outras fontes. Essas substâncias podem ser poluentes
químicos, como metais pesados, produtos químicos tóxicos, pesticidas, produtos químicos
industriais ou até mesmo resíduos radioativos.

Monitoramento da qualidade das águas:


Nas nascentes e em vários pontos dos rios, a análise e o monitoramento incluem a medição de
parâmetros, como pH, oxigênio dissolvido, turbidez, níveis de nutrientes (nitrogênio e fósforo),
presença de substâncias químicas tóxicas e coliformes fecais. Cabe aos órgãos públicos realizar
periodicamente a coleta e as análises de dados para monitorar a qualidade da água em
diferentes pontos ao longo do curso d'água.

• O “sensoriamento remoto” pode ser instalado por plataformas orbitais, como satélites, ou
por sensores ópticos, que registram a radiação refletida ou emitida pela superfície da água, ou
por sensores de micro-ondas, que podem penetrar nas camadas mais profundas e detectar
certas propriedades físicas.
• Por meio de processamento de dados desses equipamentos, é possível analisar áreas de
turbidez, presença de algas, manchas de óleo, variações de temperatura da superfície da água,
entre outros parâmetros. No entanto, o sensoriamento remoto é uma ferramenta
complementar que deve ser integrada a outras técnicas de monitoramento e avaliação.

Poluição Sonora Marinha:


O aumento da cacofonia marinha originada pelo homem representa um problema, sobretudo,
para os mamíferos, que usam sons para se comunicar. Os mamíferos marinhos como as baleias
e os golfinhos dependem em grande parte do som para a comunicação, reprodução e
percepção do meio.

Sugestões para solucionar o problema de ruídos nos ambientes aquáticos:


● Reduzir a velocidade de navios e barcos em que há abundância de vida marinha;
● Afastar as rotas dos navios de áreas com espécies sensíveis aos ruídos;
● Construir navios mais silenciosos;
● Criar incentivos financeiros para as empresas construírem navios e barcos mais silenciosos.

ESTRATÉGIAS E USO
SUSTENTÁVEL DAS ÁGUAS
A importância da água:
A água é fonte da vida. É um recurso natural que está envolvido com todos os aspectos da
civilização humana, desde os desenvolvimentos agrícola e industrial até os valores culturais e
religiosos na sociedade. É um recurso essencial, seja como componente bioquímico de seres
vivos, como meio de vida de várias espécies de seres vivos, como elemento representativo de
valores sociais, culturais e até como fator de produção de vários bens de consumo.
Distribuição da água no planeta:
A água é um recurso fundamental para a sobrevivência do ser humano. Ainda que 70% do
planeta Terra seja coberto por água, apenas 1% desse volume é considerado potável. Da
pequena parte hídrica que é apropriada para o consumo humano, 12% fica no Brasil, sendo
70% dessa água doce concentrada na Bacia Amazônica.

O Brasil possui 12% de toda a água doce do mundo. Pode parecer muito, mas a distribuição de
água em território brasileiro é muito desigual. As regiões com mais água doce disponível
dispõem da menor demanda por água. Já nas regiões com as maiores necessidades de
recursos hídricos, há pouca água para atender aos diferentes usos.

O problema da escassez de água no mundo:


A escassez hídrica ocorre quando a demanda por água excede a sua disponibilidade em uma
determinada região ou período de tempo. É uma situação em que a quantidade de água
disponível é insuficiente para atender às necessidades básicas da população, bem como para
sustentar os diversos setores que dependem desse recurso, como a agricultura, a indústria e o
abastecimento público.
A escassez hídrica pode ser causada por fatores naturais, como períodos de seca prolongada,
mudanças climáticas e variações sazonais nas chuvas. Além disso, a má gestão dos recursos
hídricos, o crescimento populacional, o aumento das demandas industriais e agrícolas e o
desperdício de água também contribuem para a escassez.

Consumo e conservação desse bem comum:


O uso sustentável da água refere-se à utilização responsável e consciente desse recurso
natural, garantindo sua disponibilidade a longo prazo, tanto para as necessidades presentes
quanto para as futuras gerações. Trata-se de um princípio fundamental para a preservação dos
recursos hídricos e para o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos. O uso sustentável da água
envolve a adoção de estratégias e práticas que visam minimizar o desperdício, proteger a
qualidade das fontes de água. Isso inclui desde ações individuais no cotidiano até políticas
públicas e medidas de gestão dos recursos hídricos em larga escala.
Consumo Consciente:
O consumo consciente da água é base para um futuro sustentável. Praticar o consumo
consciente de água não significa deixar de usar o recurso, mas sim repensar as suas formas de
uso. Evitar desperdícios, reduzir o consumo sempre que possível, fazer a captação da água da
chuva e reaproveitar a água cinza gerada pelo chuveiro e pela máquina de lavar roupas são
algumas atitudes que podem ser tomadas para ter um consumo consciente da água.

Estas são formas de poupar a água potável do planeta e de ajudar a preservar os mananciais,
além de economizar com a conta de água. Outra atitude de consumo consciente de água é
estar atento ao gasto hídrico dos produtos e serviços que você consome. Esse mapeamento da
quantidade de água que a sua rotina de vida consome é chamado de pegada hídrica, o qual
representa o volume total de água doce utilizado para produzir os bens e serviços consumidos
por um indivíduo – a mesma conta também pode ser aplicada a comunidades ou empresas.

Água virtual e pegada hídrica:


A água virtual está relacionada à quantidade de água utilizada indiretamente na produção de
bens e serviços, enquanto a pegada hídrica é uma medida mais abrangente que engloba tanto
a água consumida quanto a água poluída, considerando todo o ciclo de vida de um produto ou
uma atividade. Ambos os conceitos são úteis para conscientizar sobre o impacto do nosso
consumo de água e promover a gestão sustentável desse recurso precioso.
A pegada hídrica pode ser calculada e é um indicador importante para a gestão sustentável
dos recursos hídricos.

OS RIOS E SEUS
AFLUENTES E

SUBAFLUENTES
Rios, afluentes e subafluentes:
Os rios são cursos naturais de água doce que desembocam em outro rio, lago ou mar. Os rios
que deságuam no rio principal se chamam afluentes, e os que deságuam nestes últimos são os
subafluentes.

Recursos hídricos no estado de São Paulo:


O Estado de São Paulo tem cerca de 248 mil quilômetros quadrados de extensão. A
modelagem do relevo do território paulista foi fortemente influenciada pela geologia e pelo
clima. Graças à localização intertropical, ao clima e à geologia, o estado de São Paulo tem
abundância de água superficial e subterrânea. A base territorial para o planejamento e a
gestão dos recursos hídricos é a bacia hidrográfica.

Informações sobre os recursos hídricos em São Paulo e todo território brasileiro:


A Agência Nacional de Águas (ANA) é a entidade federal responsável pela coordenação do
Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH), que possui um amplo
sistema de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre recursos
hídricos, bem como sobre fatores intervenientes para sua gestão. No Portal do SNIRH – Atlas
das Águas – os usuários podem visualizar mapas interativos de todo território brasileiro,
consultar dados e estatísticas, gerar relatórios e gráficos, realizar análises espaciais e
temporais, entre outras funcionalidades.

CONSERVAÇÃO DE
CÓRREGOS
Córregos:
Segundo o dicionário brasileiro da Língua Portuguesa, córrego significa pequeno rio, pouco
profundo e de pequeno caudal; corgo. É importante a preservação desses pequenos rios para
o equilíbrio do ecossistema e das comunidades em que estão localizados.

Os córregos desempenham um papel importante no meio ambiente e nas comunidades em


que estão localizados. Algumas das razões é o abastecimento de água, a biodiversidade, a
qualidade da água, o controle de enchentes, o lazer e a paisagem.

No entanto, em muitos casos, o que acontece com os córregos nas áreas urbanas é que as
margens dos rios estão sendo desmatadas e ocupadas com moradias, enquanto seus leitos são
transformados em depósitos de lixo. Essa ocupação acarreta sérias consequências para os
moradores, os quais podem enfrentar enchentes, deslizamentos e doenças decorrentes da
transformação dos rios e córregos em canais de esgoto e lixo.

Preservação dos Córregos:


Uma das formas de preservar os córregos é o reflorestamento da mata ciliar e a preservação
dos mananciais.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a
recomposição da mata ciliar auxilia na estabilização do solo e na regularização do ciclo da
água.

Mata ciliar: Corresponde à vegetação existente às margens dos cursos d’água, servindo como
sua proteção. Essas vegetações – árvores, arbustos, capins e cipós, que beiram nascentes, rios,
riachos, lagos, represas e riachos, seguram suas margens, cobrindo o solo, evitando enxurradas
e impedindo que a terra e o lixo invadam as águas e assoreiem ou contaminem os corpos
d’água

O nome mata ciliar surgiu da comparação entre a proteção dos cílios aos olhos e o papel
protetor das matas quanto aos corpos d’água. As matas retêm os sedimentos e os nutrientes
carregados pela água das chuvas, vindas das partes mais altas do terreno, a ponto de esses
sedimentos não atingirem os cursos d’água em excesso.

Há estudos que apontam para a função das matas ciliares em reter parte da carga de
poluentes químicos, como agrotóxicos, evitando a contaminação de rios e córregos. É possível
concluir que a remoção ou degradação das matas ciliares tem um impacto significativo no ciclo
da água de uma bacia hidrográfica.

Manter a mata ciliar ao longo dos rios é fundamental para os cursos d’água. A cobertura
vegetal age como um filtro, protegendo a qualidade da água e, como barreira física, amortece
o impacto das chuvas e das cheias, bem como evita o lançamento ou o carreamento de
materiais no curso d’água.

SEXTA AVALIAÇÃO DE CIÊNCIAS DO TERCEIRO BIMESTRE

→ FAZER EM FOLHA SEPARADA, SÓ AS RESPOSTAS, INDIVIDUALMENTE!!!

1) O que é bacia hidrográfica e como é sua estrutura?


2) Qual a importância das bacias hidrográficas no Estado de São Paulo?
3) Qual o papel das nascentes nos ecossistemas? Explique.
4) Qual a meta principal do Programa Nascentes no Estado de São Paulo?
5) Qual o papel da educação ambiental na promoção da despoluição dos percursos das
águas?
6) Como podemos solucionar o problema dos ruídos nos ambientes aquáticos?
7) Como fazer o consumo consciente de água?
8) Explique o que é água virtual e pegada hídrica.
9) Explique o que são rios, afluentes e subafluentes.
10) O que são córregos e como preservar?
11) O que é mata ciliar e qual a sua função?

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