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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Departamento de Oceanografia e Limnologia

Disciplina: Fundamentos de Oceanografia e Biologia Marinha


para Licenciatura – DOL0102

Prof. Henrique Borburema

ESTUDO DIRIGIDO - UNIDADE I

01. Descreva o gradiente de salinidade que comumente é observado em


estuários.
O gradiente de salinidade é uma característica fundamental dos estuários, que são ambientes
aquáticos onde água doce de rios se encontra e se mistura com água salgada do oceano. Esse
gradiente de salinidade é uma função da localização dentro do estuário e das influências sazonais,
climáticas e hidrológicas
Salinidade Crescente a Montante:
Na parte mais alta do estuário, onde a água doce dos rios flui diretamente para o sistema, a
salinidade é geralmente a mais baixa.
Nesse ponto, a água doce domina e a salinidade é semelhante à dos rios que deságuam no estuário.
O gradiente de salinidade é inclinado em direção a valores mais altos em direção ao mar.
Transição Gradual:
Conforme a água do rio flui em direção ao oceano, ela começa a se misturar com a água salgada que
entra com as marés.
A zona de transição é caracterizada por uma gradual elevação da salinidade à medida que se desce
pelo estuário.
Essa zona pode ser rica em nutrientes e habitats aquáticos, tornando-a uma área crítica para a vida
marinha.
Salinidade Constante na Maré Alta:
Durante a maré alta, quando a água salgada do oceano entra mais profundamente no estuário, a
salinidade pode se tornar relativamente constante em uma faixa intermediária.
No entanto, ainda pode haver variações sazonais e diurnas devido às mudanças nas marés e nas
condições climáticas.
Salinidade Máxima na Maré Baixa:
Na maré baixa, quando a água doce do rio domina, a salinidade tende a diminuir novamente, mas
geralmente não chega aos níveis tão baixos quanto na parte mais alta do estuário.
A quantidade de água doce que flui do rio em comparação com a quantidade de água salgada que
entra com as marés afeta a amplitude dessa variação.
Gradientes Variáveis:
O gradiente de salinidade em um estuário pode variar significativamente de um estuário para outro
e ao longo do tempo, dependendo de fatores como o clima, o regime de marés, a topografia do
estuário e as características do rio.
Eventos de chuva intensa podem temporariamente diluir a salinidade em áreas mais próximas à foz
do rio.
O gradiente de salinidade em estuários desempenha um papel crucial na ecologia desses sistemas,
influenciando a distribuição das espécies, a produtividade biológica e os processos de transporte de
sedimentos. Além disso, é importante para a gestão ambiental e a conservação dos estuários, que
são ecossistemas valiosos e vulneráveis a perturbações humanas e mudanças climáticas.

Os estuários estão divididos com relação ao gradiente de salinidade em: zona estuarina fluvial,
região mais interna do estuário fortemente relacionada com o aporte fluvial com salinidades
menores que 1; a zona estuarina média apresenta salinidades variando de 1 a 35, onde ocorre a
intensa mistura entre as águas salgadas e doces; e a zona estuarina costeira ou desembocadura
onde a forçante marinha (marés, ondas e correntes) predomina. A circulação no interior o estuário é
determinada por essas forçantes marinhas e fluviais, além de pelo tamanho e forma da bacia

02. Escreva como o aporte de sedimentos e nutrientes a partir dos estuários pode
influenciar nos mares costeiros.

O aporte de sedimentos e nutrientes a partir dos estuários desempenha um papel fundamental na


influência dos mares costeiros, desencadeando uma série de processos ecológicos e geológicos
que afetam significativamente esses ecossistemas. Estuários são ecossistemas intermediários, onde
água doce de rios se mistura com água salgada do mar, criando condições únicas para a
transferência de materiais entre ambientes terrestres e marinhos. Abaixo estão algumas maneiras
pelas quais o aporte de sedimentos e nutrientes provenientes dos estuários pode influenciar os
mares costeiros:

1. Nutrientes para a produção primária: Os estuários são frequentemente ricos em nutrientes,


incluindo nitrogênio e fósforo, que são essenciais para o crescimento das plantas aquáticas e
fitoplâncton. Quando esses nutrientes são transportados para o mar costeiro, eles podem estimular
a produção primária, aumentando a biomassa de algas e outras plantas marinhas. Isso, por sua vez,
beneficia a cadeia alimentar marinha, uma vez que os herbívoros se alimentam desses organismos
produtores.
2. Aumento da produtividade pesqueira: A disponibilidade de nutrientes provenientes dos estuários
pode levar a um aumento na produtividade pesqueira nas áreas costeiras adjacentes. Isso ocorre
porque mais nutrientes podem sustentar populações maiores de peixes, moluscos e crustáceos,
tornando essas áreas atrativas para a pesca comercial e recreativa.
3. Sedimentação e formação de habitats: Os estuários são fontes significativas de sedimentos
transportados por rios. Quando esses sedimentos são depositados no mar costeiro, eles podem
criar ambientes de fundo, como bancos de areia, bancos de lama e recifes de ostras. Esses habitats
oferecem refúgio e alimento para uma variedade de organismos marinhos, incluindo peixes,
moluscos e invertebrados bentônicos.
4. Erosão costeira e estabilidade da costa: O aporte contínuo de sedimentos dos estuários para os
mares costeiros também desempenha um papel crucial na manutenção da estabilidade da costa. A
sedimentação costeira ajuda a reduzir a erosão das praias e protege áreas costeiras vulneráveis da
ação das ondas e marés.
5. Ciclagem de nutrientes e equilíbrio ecológico: A entrada e saída de nutrientes dos estuários para os
mares costeiros contribuem para a ciclagem de nutrientes nos ecossistemas marinhos. Isso é
essencial para o equilíbrio ecológico, pois ajuda a regular a disponibilidade de nutrientes nas águas
costeiras, evitando desequilíbrios que poderiam levar a blooms de algas nocivas e outros
problemas ambientais.

Em resumo, o aporte de sedimentos e nutrientes a partir dos estuários desempenha um papel vital
na dinâmica ecológica e geológica dos mares costeiros. Esses processos estão interconectados e
influenciam a biodiversidade, a produtividade pesqueira, a estabilidade costeira e a qualidade da
água em áreas costeiras, destacando a importância da conservação e gestão adequada dos
estuários e de seus ecossistemas associados.

03. Descreva como se formam os estuários inversos, cite exemplos no Rio Grande do
Norte e indique a importância deles para a economia da região.

Os estuários inversos, também conhecidos como estuários barra-estuários, são formações


geológicas costeiras que se formam de maneira oposta aos estuários tradicionais. Enquanto nos
estuários tradicionais a água do mar penetra em rios ou baías devido ao aumento do nível do mar
ou ao fluxo das marés, nos estuários inversos o processo é inverso, com água doce fluindo para o
mar.

A formação de estuários inversos é um fenômeno relativamente raro e geralmente ocorre devido a


uma combinação de fatores geológicos e hidrodinâmicos. Aqui está um resumo do processo de
formação desses estuários:

1. Geologia Costeira: A geologia da área costeira desempenha um papel fundamental na formação de


estuários inversos. Essas áreas geralmente possuem uma barra de areia, banco de areia ou banco
de lama que bloqueia a saída natural de água do mar para o oceano.
2. Precipitação e Drenagem: A água doce proveniente de rios, riachos ou outras fontes de água doce
flui em direção à costa e se acumula atrás da barra de areia ou banco de lama.
3. Acúmulo de Água Doce: Ao longo do tempo, a água doce se acumula atrás da barreira costeira,
criando um ambiente de água doce. Isso pode ocorrer devido a eventos de precipitação intensa,
aumento do fluxo de rios ou outras causas.
4. Interação com o Mar: Quando as marés sobem ou quando há fortes ondas e tempestades, a água
do mar pode temporariamente ultrapassar a barreira de areia ou banco de lama, misturando-se
com a água doce acumulada.

Os estuários inversos, também conhecidos como barreiras litorâneas, são formações geográficas
costeiras que se desenvolvem quando depósitos de sedimentos, como areia, cascalho e argila, se
acumulam ao longo da costa, criando uma barreira natural entre o oceano e uma área de água
doce interior, como lagos, lagoas ou estuários. A formação dessas barreiras ocorre devido a
processos naturais, como a ação das correntes oceânicas, ventos, marés e a vegetação costeira.

No estado do Rio Grande do Norte, no Brasil, há exemplos de estuários inversos, sendo o mais
notável o da Lagoa de Pitangui, localizado no município de Extremoz, próximo à capital, Natal.
Nesse caso, a barreira litorânea se desenvolveu ao longo do tempo, separando a Lagoa de Pitangui
do Oceano Atlântico. A Lagoa de Pitangui é um importante exemplo de estuário inverso na região.

A importância dos estuários inversos para a economia da região pode ser vista em diversos
aspectos:

1. Pesca: Essas áreas costeiras são habitats importantes para diversas espécies de peixes, crustáceos e
moluscos. A pesca é uma atividade econômica significativa na região, fornecendo alimentos e fonte
de renda para comunidades locais.
2. Turismo: A beleza cênica dos estuários inversos, com suas lagoas de água doce, praias de areia fina
e vegetação costeira exuberante, atrai turistas e contribui para a indústria do turismo na região.
3. Proteção costeira: As barreiras litorâneas formadas pelos estuários inversos atuam como proteção
natural contra a erosão costeira e tempestades, ajudando a manter a estabilidade das áreas
costeiras e protegendo propriedades e infraestrutura.
4. Atividades recreativas: Além do turismo, essas áreas proporcionam oportunidades para atividades
recreativas como esportes aquáticos, caminhadas e observação da vida selvagem, atraindo
visitantes e impulsionando a economia local.
5. Biodiversidade: Os estuários inversos são habitats essenciais para uma variedade de espécies de
aves, mamíferos e outros animais, tornando-se importantes para a conservação da biodiversidade
regional.

04. Diferencie organismos eurialinos de estenoalinos e indique qual destes ocorre com
mais frequência em ambientes estuarinos, indicando também o porquê.

1. Organismos Eurialinos:
 Organismos eurialinos são aqueles que têm uma ampla faixa de tolerância à salinidade.
 Eles podem sobreviver e prosperar em ambientes que variam de água doce à água salgada
(salinidade baixa a alta).
 Exemplos de organismos eurialinos incluem muitas espécies de peixes, caranguejos, algas e
outros organismos marinhos que podem se adaptar a uma ampla gama de condições de
salinidade.
2. Organismos Estenohalinos:
 Organismos estenohalinos são aqueles que têm uma faixa de tolerância de salinidade
relativamente estreita.
 Eles só podem sobreviver dentro de um intervalo limitado de salinidade e são sensíveis a
variações significativas na salinidade da água.
 Exemplos de organismos estenohalinos incluem algumas espécies de peixes de água doce
que não podem tolerar a água salgada, bem como algumas espécies marinhas
especializadas que só podem viver em águas com salinidade muito específica.

Agora, sobre a ocorrência em ambientes estuarinos:

Ambientes estuarinos são caracterizados por uma mistura de água doce de rios e água salgada do
oceano, resultando em flutuações significativas na salinidade ao longo do tempo. Devido a essa
variação na salinidade, os organismos eurialinos são geralmente mais comuns em ambientes
estuarinos. Isso ocorre porque eles têm a capacidade de se adaptar e sobreviver em condições que
variam de água doce a salgada. Muitos peixes, crustáceos e moluscos encontrados em estuários
são eurialinos, pois precisam lidar com as mudanças na salinidade que ocorrem nesses habitats.

Portanto, em ambientes estuarinos, organismos eurialinos são mais frequentes porque são mais
adaptáveis às flutuações na salinidade que são características dessas áreas. Eles têm a capacidade
de prosperar em uma variedade de condições, o que lhes confere uma vantagem competitiva em
relação aos organismos estenohalinos, que são mais sensíveis às variações na salinidade.

05. Escreva relevâncias ecológicas de manguezais e marismas, indicando a distribuição


destes ecossistemas no Brasil e no mundo.

Os manguezais e as marismas são ecossistemas costeiros únicos e extremamente importantes


devido às suas diversas relevâncias ecológicas. Aqui estão algumas das principais:

Relevâncias Ecológicas de Manguezais e Marismas:

1. Filtro Natural: Manguezais e marismas atuam como filtros naturais, removendo poluentes da água
antes que ela atinja o oceano. Isso ajuda a manter a qualidade da água e a proteger os
ecossistemas marinhos adjacentes.
2. Ninho de Espécies: Esses ecossistemas servem como locais de reprodução e criação para muitas
espécies de peixes, crustáceos e moluscos. Muitas espécies de importância comercial e ecológica
têm parte de seu ciclo de vida nesses habitats.
3. Biodiversidade: Os manguezais e marismas abrigam uma grande diversidade de espécies,
incluindo aves migratórias, répteis, mamíferos e invertebrados. Eles são pontos de parada cruciais
para aves migratórias durante suas rotas migratórias.
4. Proteção Costeira: Esses ecossistemas atuam como barreiras naturais contra tempestades e
erosão costeira. Suas raízes entrelaçadas estabilizam o solo e reduzem os danos causados por
eventos climáticos extremos.
5. Ciclo de Nutrientes: Os manguezais e marismas desempenham um papel importante no ciclo de
nutrientes, ajudando a reciclar nutrientes como nitrogênio e fósforo, o que é essencial para a saúde
dos ecossistemas aquáticos adjacentes.
6. Sequestro de Carbono: Esses ecossistemas são eficazes na captura e armazenamento de carbono
atmosférico, ajudando a mitigar as mudanças climáticas. O solo e a vegetação dos manguezais são
particularmente ricos em carbono orgânico.

Distribuição de Manguezais e Marismas:

No Brasil:
 Os manguezais estão amplamente distribuídos ao longo da costa brasileira, principalmente nas
regiões Norte e Nordeste. Notáveis extensões de manguezais podem ser encontradas em estados
como Pará, Maranhão, Bahia e Pernambuco.

No Mundo:

 Os manguezais estão distribuídos em regiões tropicais e subtropicais de todo o mundo, com


grandes áreas na América do Sul, América Central, África Ocidental, Ásia do Sul e Sudeste Asiático.
 Marismas são mais comuns em regiões temperadas, como as marismas do Atlântico Norte,
marismas costeiras da América do Norte, Europa e partes da Ásia.

É importante notar que ambos os ecossistemas estão enfrentando ameaças significativas, como o
desenvolvimento costeiro, a poluição, a conversão para aquicultura e a elevação do nível do mar,
que estão comprometendo a saúde desses habitats críticos e a biodiversidade associada. Portanto,
a conservação e a proteção desses ecossistemas são fundamentais para garantir seu valor
ecológico contínuo.

06. Diferencie manguezais de marismas quanto à vegetação dominante.

Manguezais e marismas são dois tipos de ecossistemas costeiros úmidos, mas eles diferem
principalmente em relação à vegetação dominante e ao ambiente em que ocorrem. Aqui estão as
principais diferenças entre eles quanto à vegetação dominante:

Manguezais:

1. Vegetação Dominante: Os manguezais são caracterizados pela presença de árvores e arbustos que
são adaptados a condições salinas e inundadas, possui vegetação halófita (tolerância ao sal)
adaptada a viver em ambientes de planície de inundação de marés.
2. . As espécies de árvores mais comuns nos manguezais incluem o mangue-vermelho (Rhizophora
mangle), o mangue-branco (Laguncularia racemosa) e o mangue-preto (Avicennia germinans).
3. Localização Geográfica: Os manguezais geralmente ocorrem em zonas costeiras tropicais e
subtropicais, onde a água do mar se mistura com água doce de rios e riachos.
4. Tolerância ao Sal: As plantas nos manguezais desenvolveram adaptações especiais para lidar com a
salinidade do ambiente, incluindo raízes aéreas, como pneumatóforos, que permitem a troca de
gases e a excreção de sal.

Marismas:

1. Vegetação Dominante: As marismas são dominadas por gramíneas, juncos, plantas aquáticas e
outras espécies herbáceas adaptadas a ambientes úmidos e frequentemente salinos. A vegetação
nas marismas é geralmente mais rasteira em comparação com as árvores e arbustos dos
manguezais.
2. Localização Geográfica: As marismas podem ser encontradas em várias partes do mundo, tanto em
áreas costeiras quanto em áreas interiores. Elas podem ser de água doce ou salina, dependendo da
localização.
3. Função Ecológica: As marismas desempenham um papel importante na filtragem de poluentes, na
proteção contra a erosão costeira e como habitats para diversas espécies de aves, peixes e outros
animais aquáticos.

Portanto, a principal diferença entre manguezais e marismas em relação à vegetação dominante é


que os manguezais são caracterizados por árvores adaptadas a ambientes salinos, enquanto as
marismas são dominadas por vegetação herbácea adaptada a ambientes úmidos. Ambos os
ecossistemas desempenham papéis cruciais na conservação da biodiversidade e na proteção das
zonas costeiras, mas têm características distintas devido às suas diferentes condições ambientais.

07. Escreva fatores ambientais de estresse que afetam organismos marinhos em


ecossistemas intertidais (ex.: costões rochosos, praias, recifes de arenito, etc.),
indicando também as estratégias destes organismos para lidar com estes fatores.

Os ecossistemas intertidais são ambientes únicos e dinâmicos, onde a vida marinha enfrenta uma
série de desafios ambientais. Abaixo alguns fatores ambientais de estresse comuns e as estratégias
que os organismos marinhos estão desenvolvendo para lidar com eles:

1. Variações de temperatura :
 Estresse : Os organismos intertidais enfrentam variações de temperatura graves devido à
exposição ao ar durante a maré baixa.
 Estratégias : Muitos organismos têm capacidade de se mover para zonas mais protegidas
durante a maré baixa ou de entrar na areia para evitar temperaturas extremas. Além disso,
podem possuir adaptações fisiológicas que permitem tolerar uma ampla faixa de
temperaturas.
2. Salinidade :
 Estresse : A oscilação entre água doce e salgada durante as marés pode criar desafios
osmóticos para os organismos.
 Estratégias : Alguns organismos possuem mecanismos de regulação osmótica para lidar
com as mudanças na salinidade. Outros podem ser mais eurialinos, ou seja, tolerantes a
uma ampla gama de salinidades.
3. Dessecação :
 Estresse : Durante a maré baixa, os organismos podem ficar expostos ao ar, o que pode
levar à dessecação e danos nos tecidos.
 Estratégias : Muitos organismos possuem adaptações para reter água, como revestimentos
impermeáveis, formações de conchas ou capacidade de retenção para ambientes úmidos.
4. Ondas e Correntes :
 Estresse : Os organismos intertidais podem ser impactados pelo movimento da água,
especialmente nas zonas mais expostas.
 Estratégias : Alguns organismos desenvolvem formas aerodinâmicas ou ancoram-se
firmemente em substratos rochosos para resistir às correntes. Além disso, muitos possuem
estruturas protetoras para minimizar os danos causados pelas ondas.
5. Competição :
 Estresse : A competição por recursos, como espaço e alimento, é intensa nos ecossistemas
intertidais, devido à alta densidade populacional.
 Estratégias : Os organismos podem desenvolver estratégias de competição, como
crescimento rápido, adaptações morfológicas para explorar diferentes nichos e
comportamentos agressivos.
6. Presa-Predador :
 Estresse : A predação é um fator de estresse significativo para muitos organismos intertidais.
 Estratégias : Desenvolver mecanismos de camuflagem, armaduras físicas, comportamentos
de esconder-se ou fugir são algumas das estratégias empregadas para escapar de
predadores.
7. Poluição e Contaminação :
 Estresse : A presença de substâncias químicas e contaminantes pode afetar a saúde e a
sobrevivência dos organismos.
 Estratégias : Alguns organismos podem ter mecanismos de desintoxicação ou acumulação
seletiva de substâncias químicas. Além disso, a mobilidade pode ser uma estratégia para
escapar de áreas contaminadas.
8. Variações de Luminosidade :
 Estresse : Organismos intertidais expostos à luz solar direta podem enfrentar altos níveis de
luminosidade, o que pode afetar processos biológicos.
 Estratégias : Adaptações fotossintéticas, como a presença de pigmentos que absorvem ou
refletem a luz, podem ajudar a minimizar os danos pela luminosidade intensa.

08. Escreva a divisão da zona intertidal quanto ao regime das marés.

A zona intertidal, também conhecida como zona entre-marés, é dividida em três regimes principais
de marés com base na variação do nível da água devido às marés. Esses regimes são:

A zona intertidal, também conhecida como zona entre-marés ou zona entremarés, é a


região costeira que fica entre os níveis de maré alta e maré baixa. Essa zona é dividida em
várias faixas com base no regime das marés, que se refere à frequência e à amplitude das
variações no nível do mar. Existem três principais divisões da zona intertidal de acordo
com o regime das marés:

1. Zona Intertidal de Maré Alta:


 Também conhecida como "alto intertidal" ou "intertidal superior".
 Essa parte da zona intertidal é inundada apenas durante as marés altas, mas fica
exposta durante as marés baixas.
 As plantas e os animais adaptados a essa região precisam suportar condições secas
e, frequentemente, ventosas durante as marés baixas.
 Exemplos de organismos incluem cracas, caranguejos-eremitas e algumas espécies
de algas.
2. Zona Intertidal de Maré Média:
 Também chamada de "médio intertidal" ou "intertidal médio".
 Esta zona fica periodicamente inundada durante as marés altas e descoberta
durante as marés baixas.
 Organismos que habitam essa área devem ser capazes de lidar com flutuações
diárias na exposição à água, enfrentando tanto a secura quanto a submersão.
 Exemplos incluem estrelas-do-mar, mexilhões e anêmonas-do-mar.
3. Zona Intertidal de Maré Baixa:
 Também referida como "baixo intertidal" ou "intertidal inferior".
 Esta parte da zona intertidal fica sempre submersa, exceto durante as marés baixas
extremas ou marés vivas.
 Organismos encontrados aqui são adaptados a uma constante exposição à água, às
vezes com fortes correntezas.
 Exemplos incluem ouriços-do-mar, cracas, mexilhões e várias espécies de algas.

09. Escreva como as mudanças globais podem afetar os recifes de corais.

As mudanças globais têm um impacto significativo nos recifes de corais em todo o mundo,
ameaçando sua saúde e sobrevivência de várias maneiras. Aqui estão algumas das
principais formas pelas quais essas mudanças afetam os recifes de corais:

1. Aquecimento global: O aumento da temperatura da água devido ao aquecimento global


é uma das maiores ameaças aos recifes de corais. A elevação da temperatura da água
pode levar ao branqueamento de corais, no qual os corais perdem seus núcleos vibrantes
devido à expulsão das microalgas simbióticas que fornecem nutrientes. Se a temperatura
permanecer elevada por um longo período, os corais podem morrer.
2. Acidificação dos oceanos: O aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2) na
atmosfera também leva à acidificação dos oceanos. Isso torna as condições da água
menos desenvolvidas para a formação de esqueletos de carbonato de cálcio, que são
essenciais para o crescimento dos corais. A acidificação dos oceanos enfraquece os corais
e torna-os mais suscetíveis a danos.
3. Aumento do nível do mar: O aumento do nível do mar devido ao derretimento das calotas
polares e ao aquecimento global pode reduzir a quantidade de luz solar que atinge os
recifes de corais. A redução da luz pode afetar a capacidade dos corais de realizar a
fotossíntese e crescer, prejudicando sua sobrevivência.
4. Poluição e escoamento de nutrientes: A poluição atmosférica atmosférica, incluindo o
escoamento de nutrientes de fontes terrestres, como a agricultura e o desenvolvimento
urbano, pode causar a proteção de algas atmosféricas nos recifes de corais. Essas algas
podem sufocar os corais, bloqueando a luz solar e competindo por recursos.
5. Atividades humanas: A pesca excessiva, a coleta de organismos marinhos e o turismo
desordenado podem causar danos físicos diretos aos recifes de corais. Âncoras de barcos,
práticas de mergulho específicas e poluição por resíduos de embarque também
representam ameaças.
6. Tempestades e eventos climáticos extremos: Eventos climáticos extremos, como furacões e
ciclones tropicais, podem causar danos financeiros diretos aos recifes de corais, quebrando
corais e reduzindo sua resiliência. O aumento da frequência e intensidade desses eventos
devido às mudanças climáticas pode ser especialmente prejudicial.
10. Indique os principais locais de ocorrência de corais construtores de recifes no
Brasil.

Os corais construtores de recifes são encontrados em diversas regiões costeiras do Brasil,


principalmente ao longo do litoral nordeste do país. Alguns dos principais locais de
ocorrência de corais construtores de recifes no Brasil incluem:

1. Costa dos Corais (Alagoas e Pernambuco): Esta é a maior barreira de corais do Brasil,
estendendo-se ao longo do litoral de Alagoas e Pernambuco. Ela abriga uma grande
diversidade de espécies de corais e vida marinha.
2. Recife de Abrolhos (Bahia): O Parque Nacional Marinho de Abrolhos é famoso por ser o
maior banco de recifes do Atlântico Sul. É uma área de grande importância para a
biodiversidade marinha, incluindo corais e diversas espécies de peixes.
3. Atol das Rocas (Rio Grande do Norte): Este é o único atol do Atlântico Sul e é um
importante local de reprodução para diversas espécies marinhas, incluindo tartarugas e
aves marinhas. Possui recifes de coral que desempenham um papel fundamental na
ecologia local.
4. Fernando de Noronha (Pernambuco): O arquipélago de Fernando de Noronha é
conhecido por suas águas cristalinas e recifes de coral espetaculares, que atraem
mergulhadores e amantes da natureza de todo o mundo.
5. Parcela do Manuel Luís (Maranhão): Este é outro local no litoral brasileiro onde os recifes
de coral são encontrados, contribuindo para a rica biodiversidade marinha da região.
6. Banco dos Abrolhos (Espírito Santo): Localizado no estado do Espírito Santo, esse banco
de recifes de coral também contribui para a diversidade marinha da região.

11. Caracterize:
a) Bancos de rodolitos.

Bancos de rodolitos: Os bancos de rodolitos são formações submarinas compostas principalmente


por algas calcáreas, especialmente rodolitos, que são organismos marinhos calcários formados por
camadas sucessivas de algas calcáreas incrustadas em sua estrutura. Essas algas calcáreas secretam
carbonato de cálcio, que duram ao longo do tempo, formando estruturas semelhantes a pequenos
"seixos" ou "pedras". Esses bancos são encontrados em águas rasas e tropicais, geralmente em
áreas costeiras. Os rodolitos desempenham um papel importante na ecologia marinha, pois
fornecem habitats para uma variedade de organismos marinhos, incluindo peixes, invertebrados e
algas.

b) Bancos de macroalgas não-calcáreas e não-calcificadas.

Bancos de macroalgas não calcáreas e não calcificadas: Os bancos de macroalgas não calcáreas e
não calcificadas consistem em aglomerações densas de algas marinhas de grande porte que não
produzem carbonato de cálcio em sua estrutura. Essas macroalgas incluem várias espécies de algas
vermelhas, verdes e castanhas. Esses bancos de algas podem ser encontrados em várias regiões
costeiras e submarinas de todo o mundo, variando em tamanho e densidade. Eles desempenham
um papel importante nos ecossistemas marinhos, fornecendo habitat e alimento para uma
variedade de organismos marinhos, além de desempenharem um papel na ciclagem de nutrientes
em ambientes aquáticos.

c) Florestas de kelps.

Florestas de algas: As florestas de algas são ecossistemas submarinos costeiros dominados por
algas da família Laminariaceae, especialmente algas do gênero Macrocystis, Nereocystis e outras.
Essas algas, conhecidas como algas, são algumas das maiores algas marinhas do mundo, com
pressa que podem atingir níveis significativos na coluna d'água. As florestas de algas marinhas são
encontradas em águas frias e ricas em nutrientes, principalmente nas regiões costeiras do Pacífico
Norte, como na costa oeste da América do Norte. Elas desempenham um papel vital na ecologia
marinha, fornecendo habitat e alimento para uma variedade de espécies, incluindo peixes,
moluscos, crustáceos e aves marinhas. Além disso, as florestas de algas ajudam a estabilizar o leito
marinho e podem influenciar o clima local ao absorver dióxido de carbono da água

d) Bancos de macrófitas.

Bancos de Macrófitas: Os bancos de macrófitas são áreas submarinas onde plantas


aquáticas, conhecidas como macrófitas, dominam. Aqui estão algumas características:

1. Composição Vegetal: Esses bancos são dominados por plantas aquáticas, como capins
marinhos, algas e outras vegetações submersas.
2. Habitat e Alimentação: Eles fornecem habitat para muitas espécies de peixes,
invertebrados e aves aquáticas, além de servir como fonte de alimento.
3. Importância Ecológica: Os bancos de macrófitas são essenciais para a saúde dos
ecossistemas costeiros, pois ajudam a estabilizar o sedimento, melhoram a qualidade da
água e oferecem proteção contra a erosão marinha.
4. Vulnerabilidade: Esses ecossistemas podem ser impactados pela poluição, degradação da
qualidade da água e perturbações físicas.

12. Indique o atol e as ilhas oceânicas que fazem parte do território brasileiro, em seguida,
diferencie atol de ilhas oceânicas.

O Brasil possui um atol e diversas ilhas oceânicas em seu território. Vou listar alguns dos principais:

1. Atol das Rocas : Localizado no Oceano Atlântico, é o único atol do Brasil. Está situada a cerca de
260 km da costa do Rio Grande do Norte.
2. Arquipélago de Fernando de Noronha : Embora muitas vezes seja chamado de ilha, é um
arquipélago composto por 21 ilhas e ilhas localizadas no Oceano Atlântico, a aproximadamente
350 km da costa de Pernambuco.
3. Arquipélago de São Pedro e São Paulo : Trata-se de um pequeno grupo de ilhas e rochedos,
situado a aproximadamente 1.000 km do arquipélago de Fernando de Noronha.

Diferença entre Atol e Ilhas Oceânicas:


Atol :

 Um atol é uma formação distribuída principalmente por recifes de coral que se desenvolvem em
torno de uma lagoa central.
 Freqüentemente, os atóis são encontrados em regiões de águas tropicais e subtropicais.
 Eles são frequentemente compostos de materiais coralíneos e organismos associados.

Ilhas Oceânicas :

 As ilhas oceânicas são ilhas localizadas no oceano aberto, muitas vezes distantes do continente.
 Elas podem ser de origem vulcânica, coralínea ou resultar de outros processos geológicos.
 As ilhas oceânicas têm uma grande importância ecológica, muitas vezes abrigando espécies únicas
e ecossistemas marinhos diversos.

Diferença Fundamental :

 Enquanto os atóis são principalmente formações de recifes de coral que cercam uma lagoa, as ilhas
oceânicas podem ser de formações vulcânicas, coralíneas ou resultantes de outras origens
geológicas.
 Os atóis são mais específicos e se formam principalmente em torno dos recifes de coral, enquanto
as ilhas oceânicas abrangem uma variedade mais ampla de tipos de ilhas em ambientes oceânicos.

as ilhas oceânicas são formações de terra elevadas e diversas que emergem do oceano, enquanto
os atóis são formações circulares compostas principalmente por recifes de coral, com uma lagoa
central, e geralmente não têm elevação significativa acima do nível do mar. Ambos são
importantes para a biodiversidade marinha e podem ser destinos turísticos populares.

13. Exemplifique ecossistemas abissais e escreva a principal fonte de produtividade


primária nesses ecossistemas.

Os ecossistemas abissais são ambientes marinhos localizados nas partes mais profundas dos
oceanos, conhecidos como a zona abissal. Essa zona abrange profundidades que geralmente
variam de 4.000 a 6.000 metros ou mais, e é descrita por condições extremas, incluindo
pressão muito alta, temperaturas frias e uma ausência total de luz solar. Os ecossistemas
abissais são notáveis pela sua biodiversidade única e adaptados a essas condições extremas.

Os ecossistemas abissais são encontrados nas partes mais profundas dos oceanos,
geralmente a uma profundidade de 2.000 metros ou mais, onde a luz solar não consegue
penetrar. Essas regiões escuras e extremamente pressurizadas são conhecidas por abrigar
uma diversidade única de organismos adaptados a condições extremas. Um exemplo
notável de ecossistema abissal é a Fossa das Marianas, que abriga o ponto mais profundo
conhecido da Terra, conhecido como a Fossa das Marianas.

A principal fonte de produtividade primária nos ecossistemas abissais é a produção


quimiossintética. Como a luz solar não chega a essas profundezas, as plantas
fotossintetizantes não podem realizar a fotossíntese, que é a fonte primária de
energia para a maioria dos ecossistemas na superfície da Terra. Em vez disso, os
organismos abissais dependem de bactérias quimiossintéticas que podem utilizar a
energia derivada de reações químicas para converter compostos inorgânicos, como
sulfetos e metano, em matéria orgânica.

Por exemplo, os tubos de verme gigantes (Riftia pachyptila) que são encontrados em
fontes hidrotermais no fundo do oceano são conhecidos por hospedar bactérias
simbióticas em suas brânquias. Essas bactérias realizam a quimiossíntese, aproveitando os
minerais ricos em sulfetos emitidos pelas fontes hidrotermais para produtos compostos
orgânicos que sustentam toda a cadeia alimentar local. Outros organismos, como ouriços-
do-mar, moluscos e peixes adaptados a essas condições extremas, também dependem
dessa base de produtividade quimiossintética para sobreviverem nos ecossistemas
abissais.

14. Diferencie plâncton, nécton e bentos.

plâncton, nécton e bentos são três categorias de organismos aquáticos que habitam diferentes
partes do corpo d'água, como oceanos, rios e lagos. Cada uma dessas categorias tem
características distintas em relação à sua mobilidade e ao seu local de vida. Aqui está uma
diferença entre eles:

1. Plâncton:
 Mobilidade: O plancton é composto por organismos aquáticos que são principalmente
passivos, ou seja, não têm capacidade de nadar ativo contra correntes aquáticas.
 Habitat: Essas espécies geralmente flutuam ou derivam das correntes, dependendo das
condições ambientais. Podem ser encontrados tanto em águas superficiais quanto em
profundidades maiores.
 Exemplos: Fitoplâncton (algas microscópicas) e zooplâncton (organismos animais
microscópicos, como copépodes e larvas de peixes) são exemplos comuns de plâncton.
2. Nécton:
 Mobilidade: Nécton é composto por organismos aquáticos que são móveis e capazes de
nadar contra correntes. Eles têm controle sobre sua posição na água.
 Habitat: Esses organismos vivem nas camadas mais profundas dos corpos d'água e têm a
capacidade de migrar verticalmente para acessar diferentes profundidades.
 Exemplos: Peixes, tubarões, baleias, golfinhos, lulas e outros organismos nadadores são
exemplos de nécton.
3. Bentos:
 Mobilidade: Bentos inclui organismos que vivem no fundo dos corpos d'água, como
oceano, lago, rio ou lagoa. Alguns deles são móveis, enquanto outros permanecem fixos no
substrato.
 Habitat: O habitat do bentos é predominantemente o substrato aquático, que pode ser
composto por areia, lodo, cascalho, rochas ou sedimentos. Os organismos bentônicos
podem viver em ou sobre o fundo.
 Exemplos: Mexilhões, caranguejos, estrelas-do-mar, ouriços-do-mar e vermes marinhos são
exemplos de organismos bentônicos.
15. Diferencie fitoplâncton de zooplâncton.

O fitoplâncton e o zooplâncton são dois grupos distintos de organismos microscópicos que


habitam ambientes aquáticos, como oceanos, lagos e rios. Eles desempenham papéis cruciais em
ecossistemas aquáticos, mas têm diferenças importantes em termos de biologia e função:

1. Origem:
 Fitoplâncton: São organismos autotróficos, o que significa que são capazes de realizar a
fotossíntese para produzir seu próprio alimento. Eles incluem várias espécies de algas
microscópicas, como diatomáceas, dinoflagelados e cianobactérias.
 Zooplâncton: São organismos heterotróficos, o que significa que eles se alimentam de
outros organismos ou partículas orgânicas. Os zooplânctons incluem uma variedade de
organismos, como larvas de crustáceos, pequenos peixes, larvas de invertebrados e
protozoários.
2. Nutrição:
 Fitoplâncton: Produzem seu próprio alimento por meio da fotossíntese, utilizando a energia
solar para converter dióxido de carbono e nutrientes em matéria orgânica.
 Zooplâncton: Depende de fontes externas de alimento. Eles se alimentam de outros
organismos planctônicos, detritos orgânicos ou partículas suspensas na água
 Em resumo, a principal diferença entre fitoplâncton e zooplâncton está relacionada à sua
nutrição (autotrófica vs. heterotrófica) e ao papel que desempenham nas cadeias
alimentares aquáticas. Enquanto o fitoplâncton produz seu próprio alimento e serve como
base da cadeia alimentar, o zooplâncton depende de outras fontes de alimento e ocupa
níveis tróficos mais elevados. Ambos são componentes essenciais dos ecossistemas
aquáticos e desempenham um papel crucial na reciclagem de nutrientes e na transferência
de energia através dos sistemas aquáticos.

16. Escreva a importância do fitoplâncton para:

a) Produção primária global. Produção primária global: O fitoplâncton é responsável por uma
grande parte da produção primária global, que é a síntese de matéria orgânica através da
fotossíntese. Essas microalgas marinhas capturam a energia solar e transformam o dióxido de
carbono e os nutrientes em compostos orgânicos, como carboidratos, lipídios e proteínas. Esse
processo é a base da cadeia alimentar aquática e fornece alimento para zooplâncton, peixes,
crustáceos e outros organismos marinhos. Além disso, a produção primária do fitoplâncton
contribui significativamente para a produção global de oxigênio, desempenhando um papel vital
na manutenção do equilíbrio da oxigênio na atmosfera.

b) Participação nas teias tróficas marinhas. Participação nas teias tróficas marinhas: O
fitoplâncton é o primeiro elo nas teias tróficas marinhas. Os herbívoros, como zooplâncton e
pequenos peixes, se alimentam do fitoplâncton, transferindo assim a energia e os nutrientes para
níveis tróficos superiores. Esses herbívoros, por sua vez, servem de alimento para predadores
maiores, criando uma cadeia alimentar que sustenta a vida marinha. A abundância de fitoplâncton
na base da cadeia alimentar é essencial para manter a biomassa e a biodiversidade nos
ecossistemas marinhos.
c) Formação de nuvens. Formação de nuvens: O fitoplâncton também desempenha um papel
surpreendente na formação de nuvens e no ciclo da água. Quando o fitoplâncton realiza a
fotossíntese, ele libera compostos orgânicos voláteis (COVs) para a atmosfera, incluindo
substâncias como o dimetilsulfeto (DMS). O DMS é liberado para a atmosfera quando o
fitoplâncton é danificado ou morre. Na atmosfera, o DMS é oxidado para formar aerossóis que
podem servir como núcleos de condensação para a formação de nuvens. Essas nuvens têm um
impacto significativo no clima, refletindo a luz solar de volta para o espaço e resfriando a superfície
da Terra. Portanto, o fitoplâncton contribui negativamente para a regulação do clima global,
influenciando a formação de nuvens e as propriedades radiativas da atmosfera.

17. Exemplifique organismos do fitoplâncton e do zooplâncton.

Exemplos de fitoplâncton:

1. Diatomáceas : As diatomáceas são algas unicelulares que possuem uma parede celular feita de
sílica. Elas são conhecidas por sua grande diversidade de formas e são uma importante fonte de
alimento para muitos organismos marinhos.
2. Dinoflagelados : Os dinoflagelados são outra classe de algas unicelulares que incluem espécies
fotossintéticas e algumas espécies que podem ser heterotróficas. Alguns dinoflagelados podem
causar flores de algas nocivas (FAN) que liberam toxinas atmosféricas para a vida marinha.

Exemplos de zooplâncton:

1. Copépodes : Os copépodes são pequenos crustáceos que formam uma parte significativa do
zooplâncton marinho. Eles são uma fonte importante de alimento para peixes e outros organismos
marinhos.
2. Krill : Os krills são pequenos crustáceos parecidos com camarões, que são encontrados
principalmente em ambientes oceânicos. Eles são uma fonte de alimento crucial para muitos
animais marinhos, incluindo baleias, focas e aves marinhas.
3. Zooplâncton larval : Além desses exemplos, o zooplâncton inclui larvas de peixes, moluscos e
outros invertebrados marinhos. Essas larvas desempenham um papel importante na dispersão e
colonização de novas áreas nos oceanos.

O fitoplâncton realiza a fotossíntese, convertendo a energia solar em matéria orgânica, enquanto o


zooplâncton é constituído por organismos heterotróficos que se alimentam de matéria orgânica,
incluindo o fitoplâncton. Essa interação entre fitoplâncton e zooplâncton é essencial para o
equilíbrio dos ecossistemas aquáticos e a sustentabilidade da vida marinha.

18. Escreva como ocorrem as marés vermelhas e verdes e quais prejuízos elas podem
causar.

As marés vermelhas e verdes são características naturais que afetam corpos de água, como
oceanos, mares, lagos e rios. Vou explicar como ocorrem cada uma delas e os prejuízos que
podem causar:

Mar Vermelha:
1. Causa: As marés atmosféricas ocorrem devido à restrição excessiva de certas espécies de
microalgas, como dinoflagelados, que contêm pigmentos vermelhos, marrons ou até mesmo
verdes. Essas algas se multiplicam rapidamente, formando concentrações densas na água.
2. Prejuízos: As marés vermelhas podem ter vários impactos negativos:
a. Toxicidade: Algumas dessas microalgas são poluentes nocivas que afetam a vida marinha. Isso
pode causar morte de peixes, moluscos e outros organismos aquáticos.
b. Morte de animais: A ingestão de organismos contaminados pelas toxinas das marés vermelhas
pode levar à morte de mamíferos marinhos, aves e até mesmo seres humanos que consomem
frutos do mar contaminados.
c. Prejuízos econômicos: As marés vermelhas podem prejudicar a indústria da pesca e o turismo
costeiro, causando perdas econômicas significativas em áreas afetadas.

Maré Verde (Eutrofização):

1. Causa: A maré verde, ou eutrofização, ocorre quando há um aumento excessivo de nutrientes,


como nitrogênio e fósforo, nos corpos de água, geralmente devido à poluição proveniente de
esgotos, fertilizantes agrícolas ou descargas industriais. Esses nutrientes estimulam o crescimento
rápido de algas verdes, especialmente cianobactérias.
2. Prejuízos: A maré verde pode causar os seguintes problemas:
a. Florescimento de algas: O crescimento descontrolado das algas pode criar densas camadas de
tecidos aquáticos na superfície da água, bloqueando a luz solar necessária para a vida marinha
abaixo.
b. Morte de peixes: À medida que as algas morrem e se decompõem, consomem oxigênio na
água, levando à hipóxia (baixo teor de oxigênio), o que pode causar morte de peixes e outras
espécies aquáticas.
c. Impacto na qualidade da água: A eutrofização pode tornar a água imprópria para o consumo
humano e térmico devido à presença de substâncias produzidas por algumas algas e ao mau
cheiro causado pela poluição das algas.
d. Degradação de ecossistemas: A maré verde pode desequilibrar ecossistemas aquáticos,
levando à perda de biodiversidade e à manipulação de habitats.

19. Escreva a importância do fitoplâncton no fenômeno denomidado “bomba biológica”.

O fitoplâncton desempenha um papel fundamental no conhecido como "bomba biológica" ou


"bomba de carbono biológico". Isso se refere ao ciclo natural pelo qual o carbono é retirado da
atmosfera e armazenado nos oceanos, ajudando a regular o clima global e a manter o equilíbrio
do carbono na Terra. A importância do fitoplancton nesse processo é notável e pode ser explicada
da seguinte maneira:

1. Fotossíntese: O fitoplâncton é composto por microrganismos fotossintéticos, como algas e


cianobactérias, que convertem dióxido de carbono (CO2) e luz solar em matéria orgânica,
principalmente em forma de carbono orgânico. Esse processo é semelhante à fotossíntese
realizada por plantas terrestres. Portanto, o fitoplâncton atua como um "sumidouro" de carbono,
retirando o CO2 da atmosfera e transformando-o em compostos orgânicos.
2. Sequestro de carbono: O carbono orgânico produzido pelo fitoplâncton não permanece na
superfície do oceano por muito tempo. Parte desse material é consumido pelo zooplâncton e
outros organismos marinhos, criando uma cadeia alimentar que eventualmente leva ao sequestro
de carbono nas camadas mais profundas do oceano. Quando esses organismos morrem, eles
afundam e levam consigo o carbono para as profundezas oceânicas, onde podem permanecer
armazenados por séculos a milhares de anos.
3. Redução do CO2 atmosférico: À medida que o fitoplâncton retira o CO2 da atmosfera e o transfere
para os oceanos, ele ajuda a reduzir a concentração de CO2 atmosférico. Isso é crucial para
controlar o aquecimento global e as mudanças climáticas, pois o CO2 é um dos principais gases de
efeito estufa responsáveis pelo aumento da temperatura da Terra.
4. Equilíbrio climático: O processo de "bomba biológica" contribui para regular o clima global, pois
ajuda a estabilizar os níveis de CO2 na atmosfera. Isso tem implicações diretas na regulação das
temperaturas globais e no clima em geral, uma vez que o aumento descontrolado do CO2
atmosférico está associado ao aquecimento global e aos eventos climáticos extremos.

Portanto, o fitoplâncton desempenha um papel essencial na regulação do ciclo do carbono e na


mitigação das mudanças climáticas, atuando como um componente-chave na "bomba biológica"
que remove o CO2 da atmosfera e o armazena nos oceanos. A preservação e a saúde dos
ecossistemas marinhos, incluindo o fitoplâncton, são fundamentais para manter esse importante
serviço ecossistêmico e enfrentar os desafios ambientais globais relacionados às mudanças
climáticas.

20. Indique como a acidificação dos oceanos pode afetar organismos calcificadores que
constituem o plâncton, em seguida, exemplifique-os.

acidificação dos oceanos é um fenômeno resultante do aumento da concentração de


dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, que é absorvido pela água do mar, levando à
formação de ácido carbônico e à redução do pH dos oceanos. Esse processo tem o
potencial de afetar significativamente os organismos calcificadores que constituem o
plâncton, principalmente os organismos que dependem de carbonato de cálcio (CaCO3)
para construir seus exoesqueletos ou conchas. Isso ocorre da seguinte maneira:

1. Diminuição da disponibilidade de carbonato de cálcio: Com o aumento da acidificação dos


oceanos, a disponibilidade de íons carbonato (CO3²-) diminui, tornando mais difícil para os
organismos calcificadores, como alguns tipos de plâncton, construir e manter suas conchas
e exoesqueletos de carbonato de cálcio.
2. Destruição de conchas e exoesqueletos: A água do mar mais ácida pode corroer as
conchas e exoesqueletos já existentes, tornando-os mais frágeis e suscetíveis a danos.
3. Desafios na formação de novas conchas: Os organismos calcificadores precisam gastar
mais energia e recursos na formação de suas conchas ou exoesqueletos em ambientes
ácidos, o que pode afetar seu crescimento e reprodução.

Aqui estão alguns exemplos de organismos calcificadores que fazem parte do plâncton e
que podem ser afetados pela acidificação dos oceanos:

1. Foraminíferos: São microorganismos unicelulares que possuem conchas calcárias. Eles são
importantes componentes do plâncton marinho e desempenham um papel fundamental
na cadeia alimentar oceânica. A acidificação dos oceanos pode dificultar a formação e
manutenção das conchas de foraminíferos.
2. Pterópodes: São moluscos planctônicos que também possuem conchas calcárias. Eles são
uma fonte importante de alimento para várias espécies, incluindo peixes e aves marinhas.
A acidificação dos oceanos pode tornar suas conchas mais frágeis e suscetíveis à erosão.
3. Coccolithophores: São algas unicelulares que possuem pequenas placas de carbonato de
cálcio chamadas de coccolitos. Eles desempenham um papel significativo na fixação de
carbono e na produção de oxigênio na atmosfera. A acidificação dos oceanos pode afetar
negativamente a formação dos coccolitos e, consequentemente, a sobrevivência dessas
algas.

21. Dentre os organismos nectônicos, diferencie peixes ósseos de peixes cartilaginosos.

Os organismos nectônicos são aqueles que vivem em ambientes aquáticos e são capazes de nadar
ativamente. Peixes ósseos e peixes cartilaginosos são dois grupos de peixes nectônicos, mas eles
têm diferenças significativas em termos de anatomia, esqueleto e características biológicas. Aqui
estão as principais diferenças entre eles:

Peixes Ósseos (Classe Osteichthyes):

1. Esqueleto: Os peixes ósseos têm um esqueleto composto principalmente de ossos verdadeiros,


como o nome sugere. Seus ossos são calcificados e podem ser duros.
2. Nadadeiras: Peixes ósseos têm nadadeiras que são suportadas por raios ósseos. Suas nadadeiras
são flexíveis e podem ser dobradas em várias direções.
3. Boca: Muitos peixes ósseos têm bocas com lábios e mandíbulas móveis, o que lhes permite
capturar uma variedade de presas.
4. Escamas: A maioria dos peixes ósseos tem escamas que são revestidas de esmalte e são
características típicas desse grupo.
5. Respiração: A maioria dos peixes ósseos possui uma bexiga natatória, um órgão que ajuda na
regulação da flutuabilidade, e obtém oxigênio através de brânquias.
6. Reprodução: Os peixes ósseos podem se reproduzir de várias maneiras, incluindo a liberação de
ovos ou o nascimento de filhotes vivos, dependendo da espécie.

Peixes Cartilaginosos (Classe Chondrichthyes):

1. Esqueleto: Os peixes cartilaginosos têm um esqueleto feito de cartilagem, em vez de ossos


verdadeiros. Suas cartilagens são mais leves e flexíveis do que ossos.
2. Nadadeiras: As nadadeiras dos peixes cartilaginosos são suportadas por cartilagem, não por raios
ósseos. Elas são mais rígidas em comparação com as dos peixes ósseos.
3. Boca: A maioria dos peixes cartilaginosos possui bocas com mandíbulas fixas e dentes afiados. Isso
os torna eficazes predadores.
4. Escamas: Peixes cartilaginosos não têm escamas. Em vez disso, sua pele é coberta por dentículos
dérmicos, que são pequenas estruturas semelhantes a dentes.
5. Respiração: Os peixes cartilaginosos respiram através de brânquias, mas muitas espécies também
precisam nadar constantemente para garantir um fluxo adequado de oxigênio.
6. Reprodução: A reprodução dos peixes cartilaginosos geralmente envolve a postura de ovos, e o
desenvolvimento dos embriões pode variar, incluindo ovos que eclodem dentro do corpo da
fêmea (viviparidade) ou ovos postos externamente (oviparidade).
22. Diferencie:
a) jacarés, crocodilos e gaviais;

1. jacaré:
 Os jacarés são encontrados principalmente nas Américas, especialmente nas regiões
tropicais da América do Sul e América Central.
 Eles têm um focinho largo e arredondado.
 São geralmente menores em tamanho em comparação com crocodilos e gaviais.
 Suas mandíbulas superiores se encaixam sobre as inferiores quando a boca está
fechada, de forma que os dentes inferiores não são visíveis.
 Preferem habitats de água doce, como rios, pântanos e lagos.
2. Crocodilo:
 Os crocodilos são encontrados em várias partes do mundo, incluindo África, Ásia,
América e Austrália.
 Eles têm um focinho mais estreito e em forma de "V".
 São geralmente maiores em tamanho do que os jacarés.
 Quando a boca está fechada, os dentes inferiores são visíveis porque se projetam
para fora da mandíbula superior.
 Podem ser encontrados tanto em água doce quanto em ambientes costeiros e
marinhos.
3. Gavial (ou gavial do Ganges):
 Os gaviais são encontrados principalmente nos rios do subcontinente indiano,
como o Rio Ganges.
 Possuem um focinho longo e estreito, adaptado para pegar peixes.
 São geralmente mais finos e delicados em estrutura do que jacarés e crocodilos.
 São principalmente carnívoros, se alimentando principalmente de peixes.

b) tartaruga, cágado e jabuti;

1. Tartaruga:
 Tartarugas são répteis aquáticos ou semi-aquáticos.
 Elas têm patas em forma de nadadeiras adaptadas para nadar e, geralmente, cascos
achatados ou ligeiramente curvados.
 As tartarugas são excelentes nadadoras e passam a maior parte de suas vidas na
água.
 Alimentam-se de uma variedade de alimentos, incluindo plantas, insetos e
pequenos vertebrados.
2. Cágado:
 Cágados são répteis semiaquáticos encontrados principalmente em água doce,
como lagos, rios e pântanos.
 Eles têm patas com membranas, mas também são adaptados para andar em terra. .
 Seu casco é geralmente mais arredondado do que o das tartarugas.
 Cágados são onívoros e se alimentam de plantas, insetos, peixes e outros alimentos
disponíveis em seu habitat aquático.
3. Jabuti:
 Jabutis são répteis terrestres e têm patas adaptadas para caminhar em terra.
 Seu casco é geralmente mais alto e arqueado em comparação com as tartarugas e
os cágados.
 São herbívoros, alimentando-se principalmente de plantas, frutas e folhas.
 Eles passam a maior parte de suas vidas em terra, embora também possam se
refugiar em buracos ou locais de sombra quando necessário.

c) peixes-boi e dugongo;

1. Peixe-boi:
 Os peixes-boi são mamíferos aquáticos pertencentes à ordem Sirenia.
 Eles são encontrados principalmente nas águas costeiras e estuarinas de regiões
tropicais e subtropicais, incluindo o Atlântico, o Índico e o Pacífico.
 Os peixes-boi são herbívoros e se alimentam de plantas aquáticas.
 Eles têm uma cauda achatada horizontalmente, que é semelhante à de uma baleia.
2. Dugongo:
 Os dugongos também são mamíferos aquáticos da ordem Sirenia.
 Eles são encontrados principalmente nas águas costeiras do Oceano Índico e partes
do Pacífico, incluindo a região do Indo-Pacífico.
 Assim como os peixes-boi, os dugongos também são herbívoros e se alimentam de
plantas marinhas, como algas.
 Dugongos têm uma cauda bifurcada, semelhante à de uma sereia, enquanto os
peixes-boi têm uma cauda mais achatada.

Ambos os peixes-boi e dugongos são animais marinhos herbívoros que pertencem à


mesma ordem, mas têm diferenças em sua distribuição geográfica e na forma da cauda.

Forma do corpo:
 Peixe-boi: Os peixes-boi têm corpos mais arredondados e robustos, com nadadeiras
anteriores que se assemelham a mãos e nadadeira caudal bifurcada.
 Dugongo: Os dugongos têm corpos mais alongados e sua nadadeira caudal é em
forma de lóbulo, semelhante a uma nadadeira de tubarão.
 Comportamento:
 Peixe-boi: Os peixes-boi são conhecidos por serem animais solitários ou que
formam pequenos grupos familiares. Eles são geralmente mais sociais que os
dugongos.
 Dugongo: Os dugongos podem ser solitários ou formar grupos maiores. Eles
tendem a ser menos sociais que os peixes-boi.
 Estado de conservação:

d) focas e leões marinhos;

1. Focas:
 Focas são membros da família Phocidae.
 Elas são conhecidas por suas nadadeiras dianteiras curtas e não podem mover-se
facilmente em terra.
 As focas usam um movimento de arrasto ao se mover em terra.
 Elas geralmente não têm orelhas externas visíveis.
2. Leões-marinhos:
 Leões-marinhos são membros da família Otariidae.
 Eles têm nadadeiras dianteiras mais longas e flexíveis em comparação com as focas,
o que lhes permite movimentar-se melhor em terra.
 Leões-marinhos têm orelhas externas visíveis, que lembram as orelhas de um
cachorro.
 São conhecidos por serem mais ágeis e adaptáveis em terra do que as focas.

Em resumo, a principal diferença entre focas e leões-marinhos está na estrutura das


nadadeiras dianteiras e na capacidade de movimentação em terra. As focas têm
nadadeiras curtas e usam um movimento de arrasto, enquanto os leões-marinhos têm
nadadeiras mais longas e flexíveis, permitindo-lhes um deslocamento mais ágil em terra.
Além disso, as orelhas visíveis são uma característica distintiva dos leões-marinhos.

e) cetáceos odontocetos e cetáceos misticetos;

Os cetáceos são uma ordem de mamíferos marinhos que inclui baleias, golfinhos e botos.
Dentro dos cetáceos, existem duas subordens principais: os odontocetos e os misticetos.
Vamos diferenciá-los:

1. Cetáceos Odontocetos:
 Os odontocetos são conhecidos como "baleias dentadas" e incluem golfinhos,
botos, orcas e alguns tipos de baleias, como a baleia assassina.
 Possuem dentes afiados e afilados em suas mandíbulas, que são usados para caçar
presas, como peixes e lulas.
 São geralmente menores em tamanho em comparação com os misticetos.
 Possuem um melão, uma estrutura de tecido na cabeça que é usada para a
ecolocalização, ou seja, para emitir sons e detectar objetos ao redor.
 São conhecidos por serem animais mais ágeis e rápidos na água.
2. Cetáceos Misticetos:
 Os misticetos são conhecidos como "baleias barbadas" e incluem as maiores baleias
do mundo, como a baleia-azul, a baleia-jubarte e a baleia-franca.
 Não possuem dentes; em vez disso, possuem barbatanas de filtragem, chamadas
barbatanas de baleia, que são usadas para filtrar pequenos organismos, como krill,
do oceano.
 São muito maiores em tamanho em comparação com os odontocetos e algumas
espécies podem ser as maiores criaturas da Terra.
 Não possuem o melão encontrado nos odontocetos e não usam a ecolocalização
da mesma forma.
 São conhecidos por suas migrações sazonais de longa distância e seus
comportamentos de alimentação em grupo.

Em resumo, a principal diferença entre os cetáceos odontocetos e misticetos está


relacionada aos dentes (odontocetos têm dentes, misticetos têm barbatanas de filtragem)
e ao tamanho (misticetos tendem a ser muito maiores). Além disso, eles têm diferenças
comportamentais e anatômicas que os adaptaram a diferentes estratégias de alimentação
e estilo de vida no ambiente marinho.

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