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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA...

VARA DA
INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE..., ESTADO DO...

..., brasileiro, menor, inscrito no CPF..., nascido no dia... Neste ato representado por sua
mãe ..., brasileira, estado civil,..., CPF n.º..., endereço eletrônico:... Com, residente e
domiciliada na..., n.º..., Bairro..., CEP..., Cidade, Estado, por intermédio de sua
advogada e bastante procuradora ..., brasileira, estado civil, advogada, devidamente
inscrita na OAB/... Sob o nº... Com endereço profissional à Rua...,...,.../... CEP...,
Telefone: (...)..., para fins do artigo 106, I do Novo Código de Processo Civil, vem a
este juízo, propor a presente:

AUTORIZAÇÃO JUDICIAL DE SUPRIMENTO DE AUTORIZAÇÃO


PATERNA

para a realização de viagem ao exterior do Requerente ..., menor, com fundamento nos
artigos 83 e seguintes da Lei n.º 8069, de 13 de julho de 1990, dentre outras disposições
legais aplicáveis á espécie, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Por não estar em condições de arcar com as custas e despesas processuais, a


demandante requer, respeitosamente, sob égide no Novo Código de Processo Civil,
art. 98 e seguintes e pelo artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal a concessão dos
benefícios da GRATUIDADE DE JUSTIÇA.

II _ DOS FATOS

O Requerido..., CPF..., residência na rua... Nº..., Bairro..., CEP:.., Cidade./Estado e


NOME DA MAE, foram casados desta união resultou no nascimento do Requerente
em.../.../... Logo após ocorreu divórcio e consequentemente a genitora conforme
requereu a guarda do Requerente (Certidão de Guarda).

O Requerente e sua família foram convidados por seu tio materno para visitá-lo
no PAÍS X, país onde reside já há muitos anos no endereço (comprovantes de domicilio
do parente, local ou HOTEL de hospedagem), tendo constituído família.

A representante do Requerente há muitos anos não vê seu irmão e gostaria de realizar


essa viagem com seu filho, até mesmo para reunir sua família por alguns dias.

A mãe do Requerente viu nesse convite uma grande oportunidade de levar seu filho para
sua primeira viagem ao exterior e assim planejou que a VIAGEM DE VISITA À SEU
TIO MATERNO SERÁ NO FINAL DESTE ANO DE 2016, POIS TODOS
ESTARÃO DE FÉRIAS.

TODOS OS PROCEDIMENTOS FORAM REALIZADOS PARA A OBTENÇÃO


DOS PASSAPORTES. Preenchimento de GRUs, impressão e pagamento da taxa para
a emissão do passaporte como verificado nos comprovantes em anexo (GRU).
Entretanto ao entregar o Formulário de Autorização de Emissão de Passaporte
ao REQUERIDO DISSE ao Requerente que: _ “NÃO ASSINARIA E QUE NÃO
AUTORIZARIA O REQUERENTE A VIAJAR, POIS NÃO IRIA FACILITAR A
VIDA DE SUA MÃE ”.

Dessa forma toda a documentação para A EMISSÃO DO PASSAPORTE TEVE


QUE SER REAGENDADA PARA... (REAGENDAMENTO DA EMISSAO DO
PASSAPORTE).

Sem a prestação da Tutela jurisdicional a esse rogo, NÃO HÁ COMO OBTER A


CONCESSÃO DE PASSAPORTE PARA O REQUERENTE SEM A
AUTORIZAÇÃO DO REQUERIDO.

O Requerente e sua representante têm ENDEREÇO FIXO como se comprova na conta


de luz. (ESCRITURA DA CASA/CONTA DE LUZ/AGUA/CONTRATO DE ALUGUEL).

A mãe do Requerente tem emprego fixo desde..., com o cargo de..., o que denota
segurança e garantia de que seu filho está bem assistido e seguro materialmente e com
valores e princípios morais os quais nunca lhes faltaram. Tanto que a guarda continuou
com a genitora como prova o documento de Ação de Guarda e Alimentos em anexo no
presente demanda. Confirmando assim que a representante sempre dispensou maiores
cuidados com o Requerente.

Dessa forma não resta alternativa ao Requerente senão a propositura da presente


demanda pelos fundamentos a seguir aduzidos.

III _DO DIREITO

Diante dos fatos mencionados, não há dúvida do direito do Requerente realizar a


viagem, visto que a mesma lhe proporcionará benefícios de estreitar os laços com sua
mãe que não mede esforços para cuidar de seu filho. Além de benefícios culturais de
grande valia para seu futuro. Sendo um enorme dano não realizá-la em virtude do
desinteresse de seu pai.

Ora Vossa Excelência, O REQUERENTE NÃO PODE “SER UTILIZADO DE


FLECHA PARA ACERTAR O ALVO!”, nestecaso o “alvo” é sua mãe.

Embora NÃO HAJA MOTIVO QUE JUSTIFIQUE A NEGATÓRIA DE


AUTORIZAÇÃO DE VIAGEM AO EXTERIOR, não pairam dúvidas de que o
Requerido AO NEGAR A AUTORIZAÇÃO DE VIAGEM AO REQUERIDO AGE
POR PURA MALDADE.

Entretanto, a Constituição Federal de 1988, assegura a todos os cidadãos o direito à


educação, conforme artigo 6º, conforme demonstrado a seguir:

“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia,


o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 64, de 2010)”

No mesmo sentido o Estatuto da Criança e do Adolescente assegura que:

“Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público


assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”

Sobre a matéria, recente jurisprudência do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio


de Janeiro:

0003187-89.2015.8.19.0000- CONFLITO DE COMPETENCIA 1ª Ementa DES.


CLAUDIO DELL ORTO -Julgamento: 25/02/2015 –DECIMA OITAVA CÂMARA
CIVEL

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. MENORES. VIAGEM DE NAVIO


POR ÁGUAS INTERNACIONAIS ACOMPANHADAS PELA GENITORA.
NEGATIVA DE AUTORIZAÇÃO PELO PAI. SUPRIMENTO JUDICIAL. A
competência só será atraída para a Vara da Infância e da Juventude quando o menor se
encontrar em situação irregular ou de risco, conforme dispõe o art. 98, da
Lei 8.069/90. Na hipótese vertente há apenas discordância do genitor quanto a
autorização para viagem das filhas acompanhadas somente pela mãe, não havendo
qualquer notícia de situação de perigo para as menores. Não atendimento aos
requisitos dos arts. 148, parágrafo único, `d¿ do ECA e 92, XI, `d¿ do CODJERJ para
fixação da competência do Juízo da Infância e da Juventude. Jurisprudência dominante.
Conflito dirimido, declarando-se competente o Juízo Suscitado.

O MENOR tem, assim, o direito fundamental de chegar à condição adulta sob as


melhores garantias morais e materiais. DEVE SER SUPRIDA, JUDICIALMENTE,
A DECLARAÇÃO DE VONTADE DO GENITOR QUE, SEM APRESENTAR
ARGUMENTO PLAUSÍVEL, NEGUE AUTORIZAÇÃO PARA QUE O FILHO
VIAJE EM COMPANHIA DA MÃE AO EXTERIOR, POR TEMPO
DETERMINADO, SE PRESERVADO O MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA.

Deve-se preservar o melhor interesse do MENOR, pois o mesmo se encontra em


situação de fragilidade, visto que sua personalidade ainda está em formação. Havendo
uma responsabilidade grande de seus genitores de criar-lhe as melhores garantias morais
e materiais.

E no caso de disputas entre os genitores, sempre deverá prevalecer o interesse do menor.


Cabendo ao juiz decidir diante das circunstâncias, sempre de acordo com o interesse em
proveito do menor.

IV – TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA, DE NATUREZA ANTECIPADA


A presente demanda funda-se no descumprimento da obrigação do Requerido exercer
seu dever de pai, qual seja, proporcionar o que Estatuto da Criança e do
Adolescente prevê:

“Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes,
diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de
pessoa em desenvolvimento.”

No entanto o Requerido obsta em autorizar a viagem de seu filho. Essa demora na


autorização pode custar um direito básico do Requerente que é o direito ao lazer. Além
do possível trauma a criança que apenas tem... Anos de idade.

Na presente demanda verifica-se a NECESSIDADE DA MEDIDA DE URGÊNCIA,


pois o REAGENDAMENTO DE EMISSÃO DO PASSAPORTE DO
REQUERENTE É PARA DEZEMBRO E A MOROSIDADE DA PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL ACARRETARÁ, caso a liminar não seja concedida.

Dessa forma a atitude do Requerido CASO NÃO SEJA SUPRIDA, representará, em


razão da NEGATIVA NA AUTORIZAÇÃO A FILHO, pode causar males
irreversíveis ao infante, pois O MENOR SERÁ PRIVADO DE SEU DIREITO AO
LAZER NA COMAPNHIA DE SUA MÃE, o que confirma, portanto, o periculum
in mora e a prova inequívoca, mister se faz a TUTELA ANTECIPADA DE
URGÊNCIA com supedâneo nos arts. 294 e seguintes e 300 do Código de Processo
Civil.

EM RAZÃO DO RECEIO DE DIFÍCIL REPARAÇÃO, requer que DIGNE-SE


VOSSA EXCELÊNCIA A CONCEDER A TUTELA ANTECIPADA DE
URGÊNCIA nos termos dos artigos arts. 294 e seguintes e 300, do Código de Processo
Civil.

V _DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer-se:

A concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, por não ter a Requerente,
condições do pagamento das custas processuais, nos termos do Novo Código de
Processo Civil, art. 98 e seguintes, bem como do artigo 5º, LXXIV, da Constituição
Federal.

após ouvido o Ministério Público, a Antecipação dos Efeitos da Tutela Jurisdicional, no


sentido de suprir a vontade paterna e autorizar o menor a viajar na companhia de sua
genitora;

a procedência da presente demanda e que ao final seja concedido ao menor o direito


aqui discutido;

pretende o Requerente provar o alegado através de todas as provas admitidas em direito.


Dá-se a causa o valor de R$...(...).

Nestes Termos,

Pede deferimento.

...,... De... De...

ADVOGADO

OAB/...

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE


DA COMARCA DE ....., ESTADO DO .....

....., brasileiro (a), menor, neste ato assistido por sua mãe ....., brasileiro (a), (estado
civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º .....,
residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por
intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante procurador(a) (procuração em anexo -
doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade .....,
Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem respeitosamente à presença de
Vossa Excelência propor

AUTORIZAÇÃO JUDICIAL DE SUPRIMENTO DE VONTADE

para a realização de viagem ao exterior do Requerente (Nome), com fundamento nos


artigos 83 e seguintes da Lei n.º 8069, de 13 de julho de 1990, dentre outras disposições
legais aplicáveis á espécie, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

DOS FATOS

(Nome do pai do requerente) e (Nome da mãe do requerente), casaram-se em data de ....


(doc. .... em anexo), desta união resultou no nascimento do Requerente. Em (data),
ocorreu a separação judicial consensual a qual transitou perante a ....ª Vara de Família
desta Capital, autos n.º ...., convertida em divórcio em (data) que tramitou perante o
juízo da ....ª Vara de Família, autos nº....
Conforme acordado nos autos nº .... de Divórcio, a guarda do Requerente ficou com sua
mãe (nome) (doc. .... em anexo).
(narrar os fatos da veagem.
(informar o juízo sobre os vínculos da genitora no país)
(salientar sobre a má vontade paterna em conceder a autorização)

O Requerente, mesmo com a autorização de sua mãe (doc. .... em anexo), ao levantar a
documentação necessária para a viagem, não obteve concessão do passaporte em virtude
de falta de autorização de seu pai. Tal não foi possível, posto que o pai do ora
Requerente, nega-se a assinar a autorização pelas razões............

DO DIREITO

Diante dos fatos mencionados, verifica-se o direito do Requerente realizar a viagem,


visto que a mesma lhe proporcionará benefícios culturais de grande importância para
seu futuro. Sendo um enorme dano não realizá-la em virtude do desinteresse de seu pai.

Saliente-se ainda que o Requerente não pode ser prejudicado pela desídia causada por
um divórcio.

Além disso, a Constituição Federal de 1988, assegura a todos os cidadãos o direito à


educação, conforme artigo 6º, conforme demonstrado a seguir:

“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o


lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 64, de 2010)”
No mesmo sentido o estatuto da Criança e do Adolescente assegura que:
“Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”
“Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes,
diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de
pessoa em desenvolvimento.”
Sobre a matéria, a jurisprudência deste Eg. Tribunal de Justiça:

Civil e Processo civil. Competência. Juízo da Infância e da Juventude. VIAGEM de


MENOR. Companhia da mãe. Exterior. Consentimento paterno. SUPRIMENTO.
Autorização JUDICIAL. A competência do Juízo da Infância e da Juventude para
expedir autorização para VIAGEM de criança ao exterior, quando falta a anuência de
um dos pais, decorre das regras do art. 84 e 148, IV, da Lei nº 8.069/90. No controle
JUDICIAL de situações da espécie, deve o magistrado atentar, preferencialmente, para
o bem-estar do MENOR, destinatário maior de sua decisão. Mantém-se o deferimento
de autorização JUDICIAL, por tempo determinado, para VIAGEM de MENOR ao
exterior, em companhia da mãe, que exerce a sua guarda, quando necessária para suprir
a falta não justificada do consentimento paterno. Rejeita-se a preliminar e nega-se
provimento ao recurso. (TJMG. 4ª Câmara Cível. Apelação Cível nº 1.0024.05.572210-
2/002. Relator Desembargador Almeida Melo. Pub.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE SUPRIMENTO DE CONSENTIMENTO


PATERNO. MUDANÇA DE MENOR PARA O EXTERIOR ACOMPANHADO DA
MÃE. PREVALÊNCIA DO INTERESSE DA CRIANÇA. PEDIDO PROCEDENTE.

Nos termos do art. 84 da Lei n.º 8.069/90 - ECA, a autorização JUDICIAL para
VIAGEM de MENOR ao exterior é indispensável, em especial quando um dos
genitores não consente com o pedido. O SUPRIMENTO do consentimento paterno é
possível quando as circunstâncias do caso concreto revelam que a mudança do filho
para o exterior, na companhia da mãe, atende ao bem estar do MENOR e privilegia o
princípio do melhor interesse da criança. Recurso conhecido, porém não provido.
(TJMG. 3ª Câmara Cível. Apelação Cível nº 1.0428.07.009368-0/001. Relatora
Desembargadora Albergaria Costa. Pub. 08/05/2009)

Número do processso:..................................Númeração Única: ...................................


Relator: Des.(a) DÁRCIO LOPARDI MENDES - Data do Julgamento:.../.../.......... Data
da Publicação: .../../....... Inteiro Teor:EMENTA: Apelação Cível - VIAGEM de
MENOR ao Exterior - Tempo Determinado - ECA - Ausência do Consentimento
Paterno - SUPRIMENTO - Melhor Interesse do MENOR - Autorização JUDICIAL. -
Conforme disposto nos artigos 83 e 84 da Lei 8.069/90 (ECA), Para que uma criança ou
adolescente viaje para o exterior, desacompanhada dos pais, ou na companhia de apenas
um deles, sem a autorização, expressa, do outro, necessário se faz autorização
JUDICIAL. Segundo o Princípio do melhor interesse do MENOR, deve-se preservar ao
máximo aqueles que se encontram em situação de fragilidade. A criança e o adolescente
figuram nesta posição por estarem em processo de formação da personalidade.

O MENOR tem, assim, o direito fundamental de chegar à condição adulta sob as


melhores garantias morais e materiais. Deve ser suprida, judicialmente, a declaração de
vontade do genitor que, sem apresentar argumento plausível, negue autorização para
que o filho viaje em companhia da mãe ao exterior, por tempo determinado, se
preservado o melhor interesse da criança.
De acordo com o Princípio do melhor interesse do MENOR, deve-se preservar ao
máximo aqueles que se encontram em situação de fragilidade. A criança e o adolescente
figuram nesta posição por estarem em processo de formação da personalidade. O
MENOR tem, assim, o direito fundamental de chegar à condição adulta sob as melhores
garantias morais e materiais.
Sobre o aludido princípio, leciona o ilustre Yussef Said Cahali, "in Divórcio e
Separação", 10ª ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, que "(...) o princípio a ser
observado, (....), estando o casal separado de fato, é da prevalência do interesse do
menor; havendo conflito entre os genitores, o juiz decidirá tendo em vista as
circunstâncias de cada caso e sempre no interesse daquele, que preponderará em
qualquer hipótese; daí o largo arbítrio de que dispõem os tribunais para estabelecer o
que julgar mais acertado em proveito dos menores".
Diante disso, verifica-se que não é vedado a ninguém o direito à educação, cultura,
lazer, cabendo ao Estado e à família a sua promoção, devendo incentivar e não criar
obstáculos para a sua realização.

DA NECESSÁRIA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA JURISDICIONAL

O artigo 273 do Código Processo Civil, prevê a possibilidade do juiz antecipar total ou
parcialmente os efeitos da tutela pretendida, desde que existindo prova inequívoca, se
convença da verossimilhança da alegação, bem como:
Art. 273, I – haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação;
(...)
Parágrafo 2º- Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de
irreversibilidade do provimento antecipado.

É o caso dos autos.... (EXPOR QUE O MENOR SERÁ PRIVADO DE SEU DIREITO
AO LAZER NA COMAPNHIA DE SUA MÃE...... DIREITO À CULTURA......)
No caso em tela verifica-se a necessidade da medida de urgência porque o tempo vai de
encontro ao direito do requerente. A morosidade da prestação jurisdicional acarretará,
caso a liminar não seja concedida, na perda de uma oportunidade que talvez não possa
vir a se repetir na vida do menor.
Assim.......

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer-se:

a) após ouvido o Ministério Público, a concessão de medida liminar com a antecipação


dos efeitos da tutela jurisdicional, no sentido de suprir a vontade paterna e autorizar o
menor a viajar na companhia de sua genitora;
b) a procedência da presente demanda e que ao final seja concedido ao menor o direito
aqui discutido;
c) pretende o Requerente provar o alegado através de todas as provas admitidas em
direito.

Dá-se à causa o valor de R$......


Nesses Termos,

Pede Deferimento.

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