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Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Antropologia Filosófica e saúde


Profª Sinara Santos Robin

São Leopoldo

25/11/2015

Franciely, Gabriel Rodrigues, Gabriela Junges , Julia L. Soares e Leonardo Ferraz.


Entrevista nº 1:
Dia ensolarado, não muito quente, pois na rua ventava muito. Robson Moura e sua
esposa foram acolhedores em sua casa, casal muito simpático e carismático.

Durante a “entrevista” ficamos na sala, sentados em sofás diferentes, ele estava ao


me lado direito e enquanto conversávamos a sua esposa estava ajeitando a cozinha.
De onde estávamos só se ouvia um som baixo de algum louvor, na sala escutava-se a
televisão, mas como um detalhe. Em todo o momento ele foi firme em suas palavras e
não se recusou em responder nenhuma questão, nem mesmo aquelas em que
colorariam em duvida a sua fé.

Robson tem 36 anos e desde 1998 é envolvido com o evangelho, lidera a Igreja
Mistério Nova Geração. É um dos lideres em ascensão em São Leopoldo. Envolve-se
com muitas enfermidades, físicas, emocionais e de origem espiritual.

Segundo ele somos seres TRICOTÔMICOS, homens com corpo, alma e espírito. A
enfermidade é um desequilíbrio em uma dessas três

“áreas”.

Robson explica que para achar o caminho da cura primeiramente devemos


identificar a enfermidade e após o entendimento do problema, descobrir a origem dele,
se é “Psico ou Somático” e em uma delas buscar o tratamento.

Fazer o indivíduo entender que ele é um ser Tricotômico, que não é só físico, e
através deste entendimento fazê-lo entender que tem que haver equilíbrio. Buscar a
Deus. Um exemplo são as maldições hereditárias, como problemas cardíacos,
emocionais etc.

Para ele nem toda doença tem origem espiritual, pois a doença pode ser hereditária,
emocional, como exemplo ele deu o aborto, que segundo ele tem origem espiritual,
mas o diabo não vai possuir um mosquito da dengue para picar alguém. Explica
Robson.

Então nem tudo é espiritual, algumas doenças são causadas por descuido. Conclui.

Robson Moura deu-nos alguns exemplos de cura através da fé em que ele


vivenciou. Entre elas foi um jovem de 19 anos que tinha miopia. Alguns com hérnia de
disco, diabetes e outros. Mas o mais recente segundo ele, foi um membro da igreja que
foi diagnosticado com um tumor no cérebro, mas após Robson orar por ele em um
culto, ele foi curado, inclusive trouxe os exames para comprovar.

Moura diz que nem todos são curados porque nem todos “percebem” a verdadeira
causa da doença, ou seja, onde é o “ponto de partida”. Ele da como exemplo o câncer,
que na maioria das vezes é por falta de perdão.
Robson acredita que precisamos de dor para melhorar, porque a dor nos causa um
estranhamento, uma vez incomodado, “vasculhamos” o que pode estar causando essa
dor. Então a dor é o principio para melhorarmos.

Entrevista nº 2:

A segunda “entrevista” foi feita a um casal de idosos, ministros de uma igreja. O


local da entrevista foi em sua casa, local calmo, iluminado, repleto de quadros e
imagens de santos e objetos religiosos, cercado por sofás aconchegantes e
impecáveis.
O casal tem um filho com uma doença degenerativa, mas, no memento da
entrevista, estavam só os dois em casa, pois o mesmo havia ido realizar sua cessão de
fisioterapia.
Pareceram muito surpresos num primeiro momento, com o fato de estarem
respondendo perguntas para uma atividade acadêmica. Estavam claramente
inseguros, pois não conseguiriam responder as perguntas, pois, acreditavam se
complexas.
Com o passar do tempo, tranquilizaram-se, após uma primeira leitura de todas
as perguntas, pois eram mais simples do que acreditavam ser. Logo após, as
perguntas foram feitas e respondidas, um ajudando e complementando o outro.
Para o casal, ter saúde é obedecer a alimentação e o descanso, ou seja, ás
necessidades do nosso corpo e da nossa mente.
Segundo eles dor e sofrimento, podem ser físicos ou psicológicos, mas a diferença
está no contexto: a dor é naquele momento, o sofrimento pode ser de anos. E tomam
os devido cuidados para curar a doença.
Na família do casal, a doença e a saúde se organizam de forma em que eles
primeiramente buscam prevenir, mas se há algum incomodo, procuram identificar o
caso.
Algumas outras perguntas foram feitas, mas houve certo bloqueio da parte deles
para dar uma resposta, pois envolviam maneiras de reagir com a doença.
Provavelmente, devido ao caso de seu filho, o casal não se sentiu bem em responder.

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