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INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
O último povo escolhido para destacar nesse texto, é o povo Azande. Tampouco,
esses povos terão menos em comum com os outros dois supracitados. Enquanto os Nuer
e os povos das ilhas Triobrand estiveram em evidência através de suas semelhanças e
diferenças em estruturas sociais, aspectos físicos e coisas mais ordinárias, o trabalho de
Evans-Pritchard com os Azande vai por um outro caminho, se diferenciando ainda mais,
porém ainda destacando a essencialidade do trabalho de campo.
Em aspectos gerais, são um grupo étnico que vive na região da África Central,
próximo à fronteira entre Sudão do Sul e República Centro-Africana. Segundo o autor,
eles são um povo especialmente agricultor, além de criarem gado. A religião tradicional
zande é baseada em crenças na bruxaria e no oráculo, e essas crenças são muito
importantes para sua vida cotidiana e para a resolução de conflitos. Eles também têm
um sistema de parentesco de descendência uni-linear patrilinear, onde as heranças são
transmitidas de pai para filho. As mulheres são muito importantes para os sistemas
econômicos e políticos zande, e elas fazem parte de um sistema de casamento
poligínico.
“Os Azande acreditam que certas pessoas são bruxas e podem lhes fazer mal em
virtude de uma qualidade intrínseca.” (EVANS-PRITCHARD, 1937, pg, 33) É assim
que se inicia o capítulo 1 de seu trabalho publicado falando sobre bruxaria, oráculos e
magia entre os povos Azande. Em seu trabalho, o autor relata que não teve dificuldade
para descobrir o que eles pensam sobre bruxaria e como a combatem.
As informações sobre a bruxaria fluem livremente entre os Azande através de
situações recorrentes em sua vida social, e tudo o que se tem a fazer é observar e ouvir.
Não há necessidade de consultar especialistas ou interrogá-los sobre esse assunto
porque as informações fluem livremente. Isso porque todo zande é considerado uma
autoridade em bruxaria.
No entanto, como citado na página 34 “a bruxaria não é apenas um traço físico,
mas também algo herdado.” (EVANS-PRITCHARD, 1937, pg, 34). E, como
mencionado em parágrafos acima, é transmitida por descendência unilinear onde ocorre
que os filhos de um bruxo são todos bruxos, porém suas filhas não; enquanto no caso da
mãe, é o contrário: todas suas filhas são bruxas, mas seus filhos não. A lógica Azande
segue a ideia de uma força astrológica, baseando-se na intensidade de almas transpostas
pelos pais aos seus filhos, independente do sexo.
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
SEEGER, Anthony. Pesquisa de campo: uma criança no mundo. In: Os índios e nós:
Estudos sobre sociedades tribais brasileiras. p. 23-40. Rio de Janeiro: Campus.