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Podemos referir que o objeto de estudo da Antropologia e o das outras ciências, existe uma

diferença, esta ciência o qual é pelo seu Método de testemunho de outras humanidades- o
método etnográfico este que foi pela primeira vez, através da experiência de Bronislaw
Malinowski um dos mentores funcionalista, em que consiste numa experiência de mergulho
prolongado na vida diária com os Outros que querendo conhecer, apreender e compreender. A
longa estadia de Bronislaw Malinowski, em 1914 e 1918, que viveu nas ilhas Trobriand, numa
tenda no meio da aldeia, onde viveu mais de três anos, aprendendo a língua nativa, após ter
convivido dia após com os trobriandeses. Dessa experiência publica o seu primeiro livro , em
1922, o livro os Argonautas do Pacífico ocidental, que o levou a refletir sobre o método usado
em Antropologia, propondo aos Antropólogos um convívio de longa duração com os
(primitivos).

A Etonografia é o método próprio da Antropologia que nasce no século XX, uma ciência de
forma histórica, que nos aproxima da realidade sobre a reconstrução e a explicação da história
dos povos humanos e a sua chegada ao “estado de civilização”

Este estudo é feito pelo método, em que o pesquisador têm uma vivência empírica,em campo
por parte teorica e prática, em que ambos são inseparáveis, para obter dados para a sua
construção de pesquisa. Mas nem todos possem ser etnógrafos, para isso existe uma formação
nesta área. Porque para ser etnógrafos não é preciso ter vocação para mergulhar , assim como
também têm de gostar de o fazer.

o trabalho etnográfico, é composto por várias fases: • 1º - estudo da teoria (coleta, descrição de
forma detalhada, transcrição de longos depoimentos de forma observativa, sobre a
matéria/população que se pretende estudar), formação teórica que é fundamental para o
investigador ir para o campo; • 2º - trabalho de campo (viver por um longo período de tempo
entre os “nativos” informações e interpretações, que se pretende estudar/conhecer) e que se
possam transformar em material de pesquisa. Sendo estes em 2 momentos: O investigador
regista as informações mediante o que vê e ouve numa base dialógica (relação estabelecida no
meio da posição ocupada pelo antropólogo entre os nativos: a de observador participante), Fase
da “sacada” - o investigador começa a ver uma certa ordem nas coisas, quando as informações
se transformam em material de realce para a pesquisa; • 3º - escrita que advém após o
investigador ter encontrado uma ordem nas coisas e consiste em pôr as coisas em ordem (que
se faz de regresso a casa) que permitirá a leitura e entendimento de quem não esteve lá. O
íntimo do método etnográfico consiste em trabalhar com pessoas dialogando com elas.

A reflexibilidade acaba por ser a consciência de que todas estas circunstâncias afetam a
produção etnográfica e a capacidade de pensar criticamente sobre a mesma.A reflexibilidade,
parte do investigador pelas relações que têm com (o outro), não em sentido de questionar
acerca da sua cultura, mas no sentido (epistemológico, de produção do conhecimento), mas
também como o limite do seu conhecimento sobre a cultura do outro. Sobretudo relaciona-se
como a forma em que a antropologia passa de uma disciplina com o estatuto de ciência (ligada
à ideia de objetividade), passando a uma espécie de interpretação (mais subjetiva).
Percebendo.se que a “objetividade” é mais difícil, pela própria presença do antropólogo no
campo, tendo em conta que influencia o seu comportamento e o das pessoas e vice-versa. A
própria cultura do investigador, a forma como entra em campo, como se relaciona, as
informações que obtém. Mas também existe a influência de fatores exteriores- o objetivo da
pesquisa, quem a financia, quem orienta o investigador, etc.

O ênfase da crítica à etnografia clássica recai principalmente nas consequências, presentes nos
textos, do método utilizado em campo: a observação participante. Os críticos afirmavam que os
textos etnográficos acabavam por não retratar fielmente o quotidiano dos povos, pois o
antropólogo manipulava, consciente ou inconscientemente, os seus escritos, e não descrevia as
culturas tal como elas eram. Perdiam-se muitos dados sobre a cultura ao transforma-los em
produção escrita. Toda a experiência antropológica em campo sofria alterações profundas no
processo de escrita, perdia-se a originalidade e espontaneidade dos diálogos e negociações
entre o observador e o observado, e mais importante, perdia-se a voz dos nativos na vivência da
sua própria cultura, pois toda a experiência era relatada e retratada pela voz do antropólogo.
Como refere Teresa Caldeira: “o caráter da experiência cultural é completamente modificado”
(citado in Sousa, 2018) Alvo de crítica foi também o distanciamento entre culturas, entre o
observador, o observado e o leitor, que se verificou pelos textos, em que, citando Teresa
Caldeira: “as diferenças culturais eram tiradas do seu contexto original e trazidas para dentro do
mundo do antropólogo e dos seus leitores.” (citado in Sousa, 2018) A linguagem utilizada nos
textos, para retratar os povos, era adaptada aos futuros leitores, e o objetivo era apresentar a
Outra cultura como diferente.

A reflexividade "é uma reflexão por parte do investigador sobre as relações que mantém com o
Outro", não tanto no sentido de questionar a sua própria cultura, mas no sentido
(epistemológico, de produção do conhecimento) de perceber os limites da sua perceção sobre a
cultura do outro. A reflexividade relaciona-se com a forma como a antropologia passa de uma
disciplina que pretendia ter o estatuto de ciência (ligada à ideia de objetividade) para passar a
uma espécie de interpretação (mais subjetiva). Percebe-se que a “objetividade” é difícil, porque
a própria presença do antropólogo no campo influencia o comportamento das pessoas e vice-
versa, e logo, as informações obtidas. A origem do investigador, a nacionalidade, género, a
forma como entrou no campo, onde fica hospedado durante a estadia, com quem se relaciona,
tudo influencia a forma como é encarado e as informações que obtém. Há também a influência
de fatores exteriores- o objetivo da pesquisa, quem a financia, quem orienta o investigador, etc.
A reflexividade é a consciência de que todas estas circunstâncias afetam a produção
etnográfica-é a capacidade de pensar criticamente sobre essa influência

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