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UFCD: 4305 – Áreas Protegidas

Formador(a): Élia Regina Martins Leopoldo


Objetivos

1. Identificar os objetivos e características do turismo de natureza.

2. Planear uma atividade turística a desenvolver numa área protegida.

Conteúdos

1. Áreas Protegidas - da caracterização à gestão

1.1. Classificação das Áreas Protegidas

- Objectivos inerentes

- Legislação referente às Áreas Protegidas

1.2. Áreas Protegidas em Portugal

- Rede Nacional de Áreas Protegidas

- A Rede Natura 2000

- Zonas de Proteção Especial (ZPE) e Zonas Especiais de Conservação (ZEC)

2. Turismo e ambiente

2.1. Proteção ambiental no setor turístico.

2.2. O turismo de natureza

- As Áreas Protegidas como destino turístico

- Património natural e cultural

- Identificação das atividades de animação turística

- Conflitos entre os interesses da conservação e os interesses das populações

2.3. A importância da conservação das espécies e raças autóctones

3. Projecto: “As Áreas Protegidas como instrumento de conservação da natureza - da teoria à


prática.”
Áreas Protegidas - da caracterização à gestão

As Áreas Protegidas destinam-se à preservação de ecossistemas, conservando os habitats e as


espécies animais e vegetais dessas regiões. A classificação das áreas protegidas está legislada
e depende da intensidade da intervenção humana nos ecossistemas e do interesse científico
da região que se pretende preservar.

1.1. Classificação das Áreas Protegidas

São classificadas como áreas protegidas as áreas terrestres e aquáticas interiores e as áreas
marinhas em que a biodiversidade ou outras ocorrências naturais apresentem, pela sua
raridade, valor científico, ecológico, social ou cénico, uma relevância especial que exija
medidas específicas de conservação e gestão, em ordem a promover a gestão racional dos
recursos naturais e a valorização do património natural e cultural, regulamentando as
intervenções artificiais susceptíveis de as degradar.

A classificação de uma Área Protegida (AP) visa conceder-lhe um estatuto legal de proteção
adequado à manutenção da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas e do património
geológico, bem como à valorização da paisagem.

A Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP) é constituída pelas áreas protegidas classificadas
ao abrigo do Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho e dos respetivos diplomas regionais de
classificação.

O decreto-lei que regula os estatutos das AP é o decreto-lei 19/93 de 23 de Janeiro, definindo


seis classificações de áreas protegidas:

 Parque Nacional
 Parque Natural
 Reserva natural
 Monumento natural
 Paisagem protegida
 Lugares de interesses biológicos
Parque nacional

Refere-se a uma área pouco alterada pelo homem, com ecossistemas pouco alterados pelo
homem, amostras de regiões naturais características, paisagens naturais ou pouco
humanizadas, locais geomorfológicos ou habitats de espécies com interesse ecológico,
científico e educacional.

É equivalente ao nível II (National Park) da classificação da IUCN, que a define como sendo
uma área terrestre e/ou marinha designada para:

 proteger a integridade ecológica de um ou mais ecossistemas, para a presente e


futuras gerações;
 excluir a exploração ou ocupação contrárias aos propósitos que levaram ao
estabelecimento da área;
 providenciar fundações para oportunidades espirituais, científicas, educacionais,
recreativas e de visitação, todas elas ambiental e culturalmente compatíveis.

Existe apenas um parque nacional em Portugal, o Parque Nacional Peneda do Gerês.

Parque Nacional Peneda Gerês (PNPG)

Fonte: Portugal em 360º


Parque natural

Área que se caracteriza por conter paisagens naturais, seminaturais e humanizadas, de


interesse nacional, sendo exemplo de integração harmoniosa da actividade humana e da
Natureza, e que apresenta amostras de um bioma ou região natural.

Em Portugal existem 14 Parques Naturais:

 Alvão
 Arrábida
 Douro Internacional
 Montesinho
 Ria Formosa
 Serra da Estrela
 Serra de São Mamede
 Serras de Aire e Candeeiros
 Sintra-Cascais
 Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
 Tejo Internacional
 Vale do Guadiana
 Litoral Norte
 Madeira

Reserva natural

Zonas limitadas onde se procura evitar as alterações nos ecossistemas que podem levar à sua
rutura. O território de uma reserva natural destina-se, mediante providências adequadas, à
proteção e conservação da fauna e flora naturais, bem como da paisagem,área destinada à
protecção de habitats da flora e fauna.

 Lagoas de Santo André e da Sancha


 Berlengas
 Dunas de São Jacinto
 Estuário do Sado
 Estuário do Tejo
 Paul de Arzila
 Paul do Boquilobo
 Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António
 Serra da Malcata
 Serra de São Mamede
 Ilhas Desertas
 Ilhas Selvagens
 Parcial do Garajau
 Rocha do Navio

Reserva natural das Berlengas

Fonte: www.berlengas.org

Monumento natural

Ocorrência natural contendo um ou mais aspectos que, pela sua singularidade, raridade ou
representatividade em termos ecológicos, estéticos, científicos e culturais exigem a sua
conservação e a manutenção da sua integridade.

 Pegadas de Dinossáurio de Ourém - Torres Novas

 Carenque

 Pedreira do Avelino
 Portas de Ródão

 Cabo Mondego

 Pedra da Mua

 Lagosteiros (os dois últimos integrados no Parque Natural da Arrábida)

Paisagem protegida

Área com paisagens naturais, seminaturais e humanizadas, de interesse regional ou local,


resultantes da interacção harmoniosa do homem e da Natureza que evidencia grande valor
estético ou natural.

 Arriba Fóssil da Costa de Caparica


 Litoral de Esposende
 Serra do Açor
 Corno do Bico
 Lagoas de Bertiandos e São Pedro dos Arcos
 Albufeira do Azibo
 Serra de Montejunto
 Litoral de Vila do Conde e Reserva Ornitológica de Mindelo

Sítio de interesse biológico

Corresponde a uma área protegida de estatuto privado.

Alguns dos sítios de interesse biológico:

 Monte de São Bartolomeu


 Açudes de Monte da Barca e Agolada
 Centro Histórico de Coruche
 Rocha da Pena e Fonte Benémola
 Gruta do Zambujal
 Granja dos Serrões e Negrais
 Montes de Santa Olaia e Ferrestelo
Mapa da Rede Nacional de Áreas Protegidas

Fonte: ICNF - Instituto Conservação da Natureza e das Florestas


Evolução da Legislação das áreas Protegidas

A primeira lei criada, no âmbito de Áreas Protegidas, foi a Lei nº 9/70, de 19 de Junho, foi a
primeira que introduziu, na ordem jurídica Portuguesa, as noções de Parque Nacional e
Reserva Nacional, e deu-se o início da evolução a nível internacional da protecção da
Natureza, com esta lei foi criada o primeiro Parque Nacional, o da Peneda-Gerês e várias
reservas foram instituídas.

A partir de 1070 a protecção da natureza, como também as Áreas Protegidas, vieram a


beneficiar, de vários alargamentos até hoje em dia, em 1976, com o Decreto-Lei nº 613/76, de
27 de Julho, que juntou, também como factor de influência na classificação da áreas a
proteger, o seu valor estético e cultural. Mais tarde com a publicação da Lei nº 11/87, de 7 de
Abril – Foram criada a Lei base do Ambiente, como também o controlo, como assim a
manutenção da manutenção das áreas protegidas de âmbito nacional, consagram-se no nosso
sistema jurídico os conceitos de área protegida de mbito regional e local, consoante o que se
querias salvaguardar.

Em 1987, foi estabelecido pela Lei nº 11/87, de 7 de Abril, que fala, quais os objectivos da
conservação e o que se deve conservar. Considerada a Lei de Bases do Ambiente. Também
previu a elaboração de uma estratégia nacional de conservação da natureza e da
biodiversidade (ENCNB), que foi adoptada mais tarde, pela resolução do Conselho de Ministros
nº152/2001, sendo uma ferramenta essencial para uma política de ambiente e nuclear, para
uma estratégia de desenvolvimento sustentável.

Em Decreto-Lei, nº 19/93, o Governo estabelece assim as normas relativas à rede Nacional de


áreas protegidas, sendo assim, pode-se então descrever a Rede Nacional de Áreas Protegidas.

Com isto ficou definido, que as áreas protegidas podem se classificar como de interesse
nacional, regional ou local, consoante os interesses que procuram salvaguardar, as áreas
protegidas de interesse nacional, foram classificadas da seguinte maneira: Parque Nacional;
Reserva Natural; Parque Natural; Monumento Natural. De interesse Regional e Local: Paisagem
Protegida. Neste documento também ficou definido que também podem ser classificados
áreas protegidas de estatuto privado, e são designadas como «Sítio de interesse biológico».

Em termos de Gestão destas áreas com esta Lei, ficou definido, que as áreas protegidas de
interesse nacional são geridas pelo Serviço Nacional de Parques, Reserva e Conservação da
Natureza (SNPRCN). Em termos das áreas protegidas de interesse regional ou local, que é o
caso das paisagens protegidas, devem ser geridas pelas respectivas autarquias locais ou
associações de municípios.

Em 2008, pelo Regime Jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, é criado o


Decreto-Lei nº 142/2008, de 24-07, esta define as bases de todas as políticas de ambiente,
para isso enquadrou toda a legislação sobre a conservação da Natureza e da biodiversidade, e
criou a Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ENCNB), que mais
tarde foi adoptada pela Resolução do Conselho de Ministros nº152/2001, de 11 de Outubro.

Aqui são revogadas as disposições, que ainda estavam vigentes do Decreto-Lei nº 19/93, mas
só relativamente à Rede Natura.

Com este Decreto-Lei, referiu-se os objectivos essenciais para orientar em termos de


estratégias e instrumentos próprios devido ao aproveitamento sustentável dos recursos
naturais, com o envolvimento e participação de toda a sociedade, numa lógica de benefício
comum, isto tendo em conta que a conservação da natureza e da biodiversidade constitui
também um motor de desenvolvimento, para isso foram definidos os seguintes objetivos:

I) Garantir a conservação dos valores naturais e promover a sua valorização e uso sustentável;

II) Promover a conservação da natureza e da biodiversidade como dimensão fundamental do


desenvolvimento sustentável, nomeadamente pela integração da política de conservação da
natureza e da biodiversidade na política de ordenamento do território e nas diferentes
políticas sectoriais;

III) Integrar critérios de conservação da natureza e da biodiversidade nos sistemas sociais,


empresariais e económicos;

IV) Definir e delimitar uma infra-estrutura básica de conservação da natureza, a RFCN (Rede
Fundamental de Conservação da Natureza);

V) Contribuir para a prossecução dos objectivos fixados no âmbito da cooperação


internacional, em especial os definidos na Conservação das Nações Unidas sobre a Diversidade
Biológica, adoptada no Rio de Janeiro em 5 de Junho de 1992;

VI) Promover a investigação científica e o conhecimento sobre o património natural, bem


como a monitorização de espécies, habitats, ecossistemas e geossítios;
VII) Promover a educação e a formação da sociedade civil em matéria de conservação da
natureza e da biodiversidade e assegurar a informação, sensibilização e participação do
público, incentivando a visitação, a comunicação, o interesse e o contacto dos cidadãos com
a natureza;

VIII) Promover o reconhecimento pela sociedade do valor patrimonial, intergeracional,


económico e social da biodiversidade e do património.
Rede Natura 2000

A Rede Natura 2000 é uma rede ecológica para o espaço comunitário da União Europeia
resultante da aplicação da Diretiva 79/409/CEE do Conselho, de 2 de abril de 1979 (Diretiva
Aves) - revogada pela Diretiva 2009/147/CE, de 30 de novembro - e da Diretiva 92/43/CEE
(Diretiva Habitats) que tem como finalidade assegurar a conservação a longo prazo das
espécies e dos habitats mais ameaçados da Europa, contribuindo para parar a perda de
biodiversidade. Constitui o principal instrumento para a conservação da natureza na União
Europeia.

Rede Natura 2000

Fonte: http://caminhadasnapraiadequiaios.blogspot.pt/2013/04/plano-sectorial-rede-
natura.html
A Rede Natura 2000, que também se aplica ao meio marinho, é composta por:

Zonas de Proteção Especial (ZPE) - estabelecidas ao abrigo da Diretiva Aves, que se destinam
essencialmente a garantir a conservação das espécies de aves, e seus habitats;

Zonas Especiais de Conservação (ZEC) - criadas ao abrigo da Diretiva Habitats, com o objetivo
expresso de "contribuir para assegurar a Biodiversidade, através da conservação dos habitats
naturais e dos habitats de espécies da flora e da fauna selvagens, considerados ameaçados no
espaço da União Europeia".

Nestas áreas de importância comunitária para a conservação de determinados habitats e


espécies, as atividades humanas deverão ser compatíveis com a preservação destes valores,
visando uma gestão sustentável do ponto de vista ecológico, económico e social.

A garantia da prossecução destes objetivos passa necessariamente por uma articulação da


política de conservação da natureza com as restantes políticas setoriais, nomeadamente,
agrossilvopastoril, turística ou de obras públicas, por forma a encontrar os mecanismos para
que os espaços incluídos na Rede Natura 2000 sejam espaços vividos e geridos de uma forma
sustentável.
2. Turismo e ambiente

2.1. Proteção ambiental no setor turistico

No mundo atual, é visível a preocupação cada vez maior com os resíduos e efluentes
descartados, com a poluição, com a perda da biodiversidade, com fenômenos como o
aquecimento global causado, sobretudo, pela queima de combustíveis fósseis e com outras
agressões causadas pelo homem à natureza, como resultado de suas atividades. Devido à tais
preocupações, foram obtidas, nos últimos anos, importantes conquistas ambientais, com
participação de movimentos ecológicos e demais interessados na preservação do nosso
patrimônio natural.

Empresários de vários setores, inclusive do turismo, começaram a adotar posturas ambientais


corretas. Neste sentido, o ecoturismo começou a disparar, pois utiliza de forma sustentável o
patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma
consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das
populações envolvidas.

O setor de turismo é um dos que mais tem crescido nos últimos anos. Está ligado diretamente
ao meio ambiente, sendo capaz de expor o nosso patrimônio natural e cultural, onde a
natureza é o produto a ser vendido. Se não for planejado corretamente, acaba-se
transformando num fator de poluição e destruição.

O ecoturismo é o segmento do turismo que possibilita valorizar e preservar o patrimônio,


viabilizando retornos econômicos, proporcionando uma educação ambiental, através da
conscientização da importância da preservação do meio ambiente, gerando benefícios para
comunidade. Possibilita a eficácia e eficiência na atividade económica, mantendo a diversidade
e estabilidade do meio ambiente, atuando como instrumento de orientação, sensibilização e
equilíbrio entre os desgastes causados pelo desenvolvimento econômico e a necessidade de
preservar o meio ambiente.

O conceito de desenvolvimento sustentável já se firmou o bastante para incorporar, com


clareza e de forma indissolúvel as dimensões econômicas, ambientais e sociais das ações
humanas e suas conseqüências sobre o planeta e os seres que o habitam.
Nesse contexto, o ecoturismo utiliza de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural,
incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista, através da
interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar da população envolvida.

Turismo de aventura

Fonte: http://meioambiente.culturamix.com

A sustentabilidade de um meio turístico depende necessariamente do tipo de turismo que


ocorre na área e que este poderá ser um instrumento de sustentação do modelo de
desenvolvimento ecológico, exigido pelas grandes transformações no modo de vida em todo
globo terrestre.

Neste sentido, busca-se então, uma forma de turismo em que a preservação da natureza
esteja em combinação com o fluxo turístico e tal situação, encontra sua expressão ideal no
ecoturismo.
Para Beni (1999) o ecoturismo é uma denominação dada ao deslocamento de pessoas a
espaços naturais delimitados e protegidos pelo Estado, iniciativa privada ou controlados em
parceria com associações locais e ONGs. Pressupõe sempre uma utilização controlada da área
com planejamento de uso sustentável de seus recursos naturais e culturais, por meio de
estudos de impacto ambiental, estimativas da capacidade de carga e suporte do local,
monitoramento e avaliação constante, com plano de manejo e sistema de gestão responsável.
É claro que todas as atividades previstas no turismo ecológico podem, em geral, ser realizadas,
desde que rigorosamente observadas as restrições de uso desses espaços.

Para que uma atividade se classifique como ecoturismo, são necessárias quatro condições
básicas:

 respeito às comunidades locais;

 envolvimento econômico efetivo das comunidades locais;

 respeito às condições naturais e conservação do meio ambiente e

 interação educacional – garantia de que o turista incorpore para a sua vida o que
aprende em sua visita, gerando consciência para a preservação da natureza e dos
patrimônios históricos, cultural e étnico.

O ecoturismo para ter sucesso são necessárias algumas etapas, tais como:

 pesquisa da oferta e demanda;

 zoneamento turístico-ecológico;

 seleção de áreas prioritárias;

 elaboração de projetos de infra-estrutura e execução

 controle do projeto.

O caminho ideal para o ecoturismo, é o que se chama desenvolvimento sustentável. Este


conceito propõe a integração da comunidade local com atividades que possam promover a
conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e culturais.

Nos últimos anos, o Ecoturismo vem crescendo rapidamente, aumentando a procura por este
tipo de turismo, o número de publicações, de programas de TV, de órgãos ligados ao assunto,
etc.
Existem diversas hipóteses para tentar explicar o porquê de as pessoas procurarem esse tipo
de atividade. As mais comuns são a preocupação com o meio ambiente, maior conscientização
ecológica e uma maneira de fugir da rotina e do estresse dos grandes centros urbanos.

Trata-se, portanto, de um “novo turista” que se constitui em um nicho de mercado de pessoas


ambientalmente conscientizadas que, na busca do contato com ambientes naturais
preservados, atuam no sentido da conservação do ecossistema visitado e contribuindo para a
sua sustentabilidade.
2.2. Turismo de natureza

As Áreas protegidas como destino turístico

Em Portugal existe um vasto conjunto de áreas protegidas que são, pelos factores que ditaram
a sua génese, locais prioritariamente destinados à conservação da natureza e da
biodiversidade. No entanto, é cada vez mais evidente que estas áreas podem também
constituir um factor de desenvolvimento local e um pólo de atracção regional se for
devidamente articulada a conservação do seu valioso património natural, paisagístico e
cultural com a utilização dos recursos naturais e o desenvolvimento socioeconómico local,
numa perspectiva de desenvolvimento sustentável. Para o conseguir é necessário, primeiro
que tudo, concentrar os esforços das entidades gestoras dasáreas protegidas na conservação e
valorização da natureza e da biodiversidade, que são a razão de ser de cada área protegida,
tanto mais que, nestas áreas, esta é “a prioridade”, que implica a promoção de acções
específicas adequadas de conservação, uma gestão territorial rigorosa e equilibrada,
respeitadora dos objectivos de protecção e um ordenamento da ocupação do espaço, que
garanta a salvaguarda dos valores ambientais em presença. Esta prioridade é bastante clara
em todo o processo de classificação, planeamento e gestão de uma área protegida, onde a
primeira preocupação é normalmente com a protecção, interditando ou condicionando usos e
actividades, depois, naturalmente, com a conservação, através da promoção de acções
destinadas à salvaguarda da flora e fauna e dos recursos geológicos e paisagísticos, e da gestão
e valorização destes recursos naturais, garantindo a sua utilização sustentável e, só por fim,
mas com importância crescente, surge a salvaguarda do património arqueológico e
arquitectónico, histórico, cultural, evocativo e mesmo gastronómico da região, potenciando
actividades compatíveis e visando odesenvolvimento sustentável da região e o bem-estar das
populações.
Património natural e cultural

Património natural

 Monumentos naturais constituídos por formações físicas e biológicas ou por grupos de


tais formações com valor universal excepcional do ponto de vista estético ou científico;

 As formações geológicas e fisiológicas e as zonas estritamente delimitadas que


constituem habitat de espécies animais e vegetais ameaçadas, com valor universal
excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação;

 Os locais de interesse naturais ou zonas naturais estritamente delimitadas, com valor


universal excepcional do ponto de vista da ciência, conservação ou beleza natural.

Património Cultural

 Monumentos, obras arquitetónicas, de escultura ou de pintura monumentais,


elementos de estruturas de carácter arqueológico, inscrições, grutas e grupos de
elementos com valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da
ciência;

 Conjuntos: grupos de construções isoladas ou reunidos que, em virtude da sua


arquitetura, unidade ou integração na paisagem têm valor universal excepcional do
ponto de vista da história, da arte ou da ciência;

 Locais de interesse: obras do Homem, ou obras conjugadas do Homem e da natureza,


e as zonas, incluindo os locais de interesse arqueológico, com um valor universal
excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico.

Portugal é um dos países com maior número de monumentos no mundo classificados como
patrimônio da humanidade, o que demonstra a amplitude da sua atuação mundial. Os
monumentos portugueses podem ser encontrados por todo o mundo, o que mostra bem a
dimensão e influência da presença portuguesa a uma escala global.
Exemplo de patrimônio cultural em Portugal - fornos romanos de Leiria

Fonte: geoching.com

Identificação actividades de animação turistica

O Turismo de Natureza consiste num produto turístico composto por estabelecimentos,


actividades de animação ambiental e serviços de alojamento. Integra um conjunto de práticas
diversificadas que vão desde o alojamento em casas tradicionais, à interpretação e
contemplação e usufruto da natureza nas suas diferentes vertentes.

Exemplos: passeios a pé, de bicicleta, a cavalo, observação de aves, canoagem, escalada,


orientação, etc.

Essas actividades visam promover a ocupação dos tempos livres dos turistas e visitantes
através do conhecimento e da fruição dos valores naturais e culturais próprios das Áreas
Protegidas.

Nos últimos anos, tem-se verificado um aumento de praticantes de atividades de ar livre em


Portugal.

Entre as várias razões que explicam este crescimento, destacam-se:

 a procura de atividades de lazer ou férias ativas que envolvam novas experiências,


 o aumento da oferta de atividades inovadoras e de ocupação de tempos livres

 a diversidade de recursos naturais do nosso país

 o gosto pela natureza associado a uma maior consciência ambiental

 um novo tipo de culto e proteção da saúde.

Consideram-se atividades de ar livre as que são praticadas para fruição e descoberta da


natureza.

Exemplos:

 Parapente

 caminhada

 espeleologia

 escalada

 passeios de BTT

 birdwatching

 canoagem

 mergulho

 rafting

 bodyboard

 surf

 windsurf ou canyoning...

Muitas são as atividades que atualmente estão ao dispor do público em geral, seja no ar, na
terra ou na água.
Tendo presente o risco inerente à prática de algumas destas atividades, é importante alertar
os consumidores, particularmente os praticantes esporádicos e menos preparados, para os
cuidados a ter.

Quem pode organizar atividades de ar livre?

Em Portugal, a organização e comercialização de atividades de ar livre é objeto de


enquadramento jurídico no setor turístico, que define as entidades habilitadas para o efeito e
que regras devem cumprir.

De acordo com a legislação em vigor - Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, alterado pelo
Decreto-Lei n.º 95/2013, de 19 de julho - estas entidades denominam-se “Empresas de
Animação Turística” e são pessoas singulares ou coletivas que desenvolvem, com caráter
comercial, as atividades lúdicas de natureza recreativa, desportiva ou cultural, que se
configurem como atividades de turismo de ar livre ou turismo cultural e tenham interesse
turístico para a região em que se desenvolvem.

Quando apenas organizam e comercializam atividades em meio aquático, mediante utilização


de embarcações com fins lucrativos, estas empresas denominam-se “Operadores Marítimo-
Turísticos”.

Nas situações em que estas atividades se desenvolvem em áreas classificadas ou outras com
valores naturais designam-se por “atividades de turismo de natureza”.

Este tipo de atividades tem de ser reconhecido como tal pelo Instituto da Conservação da
Natureza e das Florestas, I.P., nos termos do citado diploma, e as empresas que as organizam
estão obrigadas a cumprir vários requisitos, entre os quais se destaca a adesão formal a um
código de conduta de cumprimento obrigatório aprovado por Portaria Governamental.

Conclusão:

As atividades de animação turística desenvolvidas em áreas integradas no sistema


nacional de áreas classificadas (SNAC) designam-se por atividades de turismo de
natureza, desde que sejam reconhecidas como tal pelo Instituto da Conservação da
Natureza e das Florestas, I.P. (ICNF, I.P).
As atividades de turismo de natureza que podem ser desenvolvidas no sistema
nacional de áreas classificadas estão discriminadas no anexo I do Decreto-Lei n.º
108/2009, de 15 de maio, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 186/2015, de 3
de setembro.
Conflitos entre os interesses da conservação e os interesses das
populações

A conservação da natureza é geralmente apontada como sendo um factor que impede ou


condiciona o desenvolvimento. Esta falsa questão só se põe quando estão em causa políticas
de puro crescimento económico, que não visam um desenvolvimento integrado e sustentado.

Os desafios que na actualidade se colocam apontam para que a sociedade tenha de aumentar
a capacidade de produção, de forma a responder às crescentes necessidades da população,
através de uma utilização racional dos recursos.

Esta situação, deverá, porém, ser resultante da exploração de paisagens equilibradas, de forma
a permitir:

 manutenção da biodiversidade

 não comprometer a utilização futura desses mesmo recursos.

Estas ideias são, sem dúvida, a base de uma política de conservação da natureza, que não opõe
crescimento a desenvolvimento, antes complementa os dois conceitos e é cada vez mais actual
e premente. A ideia de conservação da natureza como um conceito estático e passivo, que se
limita à manutenção de um status quo existente, não parece pois adequada aos dias de hoje.
Já não se trata de um conceito elitista, como quando se pretendia conservar a paisagem em
nome de valores estéticos, destinada à fruição de apenas uma pequena minoria. Actualmente,
ela necessita de ser mais dinâmica e adaptada a novas situações, apresentando-se como um
conceito não só ecológico mas igualmente cultural, que se integra com os outros valores pelos
quais a nossa sociedade se rege. A conservação da natureza deve mesmo ser considerada
como um modelo de desenvol vimento, implicando, uma gestão sustentável e racional dos
recursos naturais, assegurando a manutenção dos equilíbrios existentes.

Porém, não devemos esquecer que a estratégia de desenvolvimento sustentado que se


defende deve assegurar, em simultâneo, a salvaguarda dos recursos naturais e dos culturais.
Outro dos principais problemas, no que concerne à conservação da natureza, é o facto de as
suas medidas não serem na sua grande maioria tangíveis, dificultando, assim, uma avaliação
quantitativa das suas acções. Esta situação torna-se crítica na sociedade economicista actual,
onde parece que todas as acções têm que ser quantificadas em termos económicos, para aferir
a sua eficácia. É assim que muitas vezes as áreas protegidas acabam sendo consideradas como
factores negativos para o desenvolvimento, especialmente pelas populações que aí residem.

Esta situação, frequente em Portugal, aparece como resultado de uma política de gestão
pouco eficaz.

2.3. A importância da conservação das especies e raças autótones

É hoje reconhecido que a biodiversidade do Planeta está agora mais ameaçada do que em
qualquer outro período histórico, estimando-se mesmo que cerca de onze mil espécies de
plantas e animais corram o risco de extinção iminente num futuro próximo.

Esta situação, que é um fenómeno global, verifica-se também na Europa, onde se registou nas
últimas décadas uma grave redução e perda de biodiversidade, afectando numerosas
espécies e diferentes tipos de habitats, como é o caso das zonas húmidas.

Este declínio da biodiversidade na Europa ficará a dever-se, essencialmente:

 às modernas formas de intensiva utilização agrícola e silvícola do solo

 à fragmentação dos habitats naturais por força de urbanizações e diversos tipos de


infra-estruturas

 à exposição ao turismo de massas

 aos efeitos da poluição de componentes ambientais como a água e o ar.

O problema, naturalmente, tem também expressão em Portugal, onde ameaça a particular


riqueza do nosso património natural.

Com efeito, a localização geográfica e as características geofísicas e edafoclimáticas do


território português, modeladas pela intervenção humana com intensidade e significado
variáveis consoante as regiões e as épocas, deram origem a uma grande variedade de
biótopos, ecossistemas e paisagens, mais ou menos humanizados, a qual propicia a existência
de um elevado número de habitats, que albergam uma grande diversidade de espécies com os
seus múltiplos genótipos. Esta realidade, pode dizer-se, é sobretudo fruto de uma secular,
extensiva e tradicional utilização do património natural. Na verdade, a par de habitats
tipicamente atlânticos, encontra-se um elevado número de habitats mediterrânicos e
macaronésicos, com grande percentagem de endemismos e de espécies-relíquia. Para esta
variedade e variabilidade contribuem, os sistemas insulares, uma vez que as suas
características de isolamento proporcionam condições evolutivas excepcionais aos
ecossistemas e espécies que os povoam. Por outro lado, foram-se desenvolvendo ao longo do
tempo populações animais e vegetais diferenciadas, bem adaptadas aos condicionalismos
locais e que - em parte como resultado das actividades agrícola e pastoril - vieram a dar origem
às raças autóctones e às variedades e cultivares actualmente existentes.

Do nosso património consta ainda um vasto repositório genético com particular interesse
agro-silvo-pastoril, constituído por variedades com elevado número de parentes selvagens,
não obstante as pressões existentes e a erosão genética intra-específica a que a maioria das
espécies agrícolas tradicionais têm vindo a ser sujeitas, em resultado da crescente utilização de
novas variedades comerciais.

Portugal possui ainda uma extensa linha de costa, de um modo geral razoavelmente
conservada e com níveis de poluição relativamente reduzidos. Nesse contexto, merecem
especial referência os ecossistemas costeiros e marinhos, que apresentam grande riqueza em
termos de valores faunísticos e florísticos. A singularidade das nossas paisagens, bem como a
representatividade e estado de conservação das espécies e habitats que temos entre nós, é
bem patente a nível europeu, tendo resultado amplamente comprovada no âmbito do
Programa Corine, através do Projecto Biótopos, lançado em 1985 e concluído em Portugal em
1989, justamente tendo em vista a identificação e caracterização dos biótopos mais
significativos do espaço comunitário.

Esta particular relevância do nosso património natural traduz-se, assim, em responsabilidades


acrescidas na conservação desses valores insubstituíveis. Paralelamente, constituindo-se o
território ao longo do tempo, a evolução aqui processada é testemunhada pelo chamado
“registo geológico” presente nas rochas, entre as quais se contam alguns elementos notáveis -
nos planos da geologia, da geomorfologia e da paleontologia – e que importa preservar e
valorizar.

Na verdade, tanto o património natural como o património histórico e cultural que a ele se
encontra ligado de forma indissociável constituem valores que, para além do seu evidente
interesse científico, são parte integrante da nossa memória colectiva e podem ser relevantes
factores de afirmação de uma identidade própria no contexto europeu e mundial.
É sabido que a redução da diversidade biológica, que se verifica a um ritmo preocupante
também em Portugal, é essencialmente resultante da acção directa ou indirecta do Homem,
que muitas vezes se mostra incapaz de promover uma utilização sustentável dos recursos
biológicos, isto é, que garanta a sua perenidade. Esta situação tem profundas implicações, não
só de natureza ecológica mas também no plano do desenvolvimento económico e social, em
razão do valor que estes recursos representam em termos económicos, sociais, culturais,
recreativos, estéticos, científicos e éticos. Na realidade, a espécie humana depende da
diversidade biológica para a sua própria sobrevivência, estimando-se que pelo menos 40% da
economia mundial e 80% das necessidades dos povos dependem dos recursos biológicos.

O problema da redução da biodiversidade, não sendo novo, assumiu no século XX – e


sobretudo nas suas últimas décadas - proporções nunca antes atingidas, conforme resulta do
relatório “Global Diversity Assessment”, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o
Ambiente (PNUA). Não é de espantar, portanto, que a própria ideia de “conservação da
natureza” - surgida no final do século XIX - tenha conhecido na segunda metade do século XX
um desenvolvimento notável, inspirando não apenas todo um conjunto de iniciativas sociais e
políticas mas também relevantes processos de cooperação política à escala internacional, para
fazer face a problemas reconhecidos como globais.
Definições no âmbito de Áreas Protegidas

Através da Lei nº 152/2001, de 7 de Abril, já referida acima, podemos encontrar as seguintes


definições, no Artigo 3º:

a) «Áreas classificadas» as áreas definidas e delimitadas cartograficamente do território


nacional que, em função da sua relevância para a conservação da natureza e da
biodiversidade, são objecto de regulamentação específica;

b) «Biodiversidade» a variedade das formas de vida e dos processos que as relacionam,


incluindo todos os organismos vivos, as diferenças genéticas entre eles e as comunidades e
ecossistemas em que ocorrem;

c) «Conservação da Natureza e biodiversidade» o conjunto das intervenções físicas, ecológicas,


sociológicas ou económicas orientadas para a manutenção ou recuperação dos valores
naturais e para a valorização e uso sustentável dos recursos naturais;

d) «Conservação ex situ» a conservação de espécies da fauna e da flora selvagens fora dos seus
habitantes naturais; e) «Conservação in situ» a conservação de espécies de fauna e da flora
selvagens nosseus habitats naturais;

f) «Ecossistemas» os complexos dinâmicos constituídos por comunidades vegetais, animais e


microrganismos, relacionados entre si e com o meio envolvente, considerados como uma
unidade funcional;

g) «Espécies» o conjunto de indivíduos inter-reprodutores com a mesma morfologia


hereditária e um ciclo de vida comum, incluindo quaisquer subespécies ou suas populações
geograficamente isoladas;

h) «Espécie não indígena» qualquer espécie, da flora ou da fauna, não srcinária de um


determinado território e nunca aí registada como ocorrendo naturalmente e com populações
auto-sustentadas durante os tempos históricos;

i) «Geossítio» a área de ocorrência de elementos geológicos com reconhecido valor científico,


educativo, estético e cultural;

j) «Habitat» a área terrestre ou aquática natural ou seminatural que se destingue por


características geográficas abióticas e bióticas;
l) «Monitorização» o processo de recolha e processamento de informação sobre um ou mais
valores naturais, visando acompanhar o seu estado deconservação;

m) «Património geológico» o conjunto de geossítios que ocorrem numa determinada área e


que inclui o património geomorfológico, paleontológico, meneralógico, petrológico,
estratigráfico, tectónico, hidrogeológico e pedológico, entre outros;

n) «Património Natural» o conjunto dos valores naturais com reconhecido interesse natural ou
paisagístico, nomeadamente do ponto de vista científico, da conservação e estético;

o) «Recursos genéticos» o material genético, designadamente de srcem vegetal, animal ou


microbiológica, contendo unidades funcionais de hereditariamente, com valor de utilização
real ou potencial;

p) «Recursos naturais» os componentes ambientais naturais com utilidade para o ser humano
e geradores de bens e serviços, incluindo a fauna, a flora, o ar, os minerais e o solo;

q) «Serviços dos ecossistemas» os benefícios que as pessoas obtêm, directa ou


indirectamente, dos ecossistemas, distinguindo-se em:

 «Serviços de produção», entendidos como os bens produzidos ou aprovisionados


pelos ecossistemas, nomeadamente alimentos, água doce, lenha, fibra, bioquímicos ou
recursos genéticos, entre outros;

 «Serviços de regulação», entendidos como os benefícios obtidos da regulação dos


processos de ecossistema, nomeadamente a regulação do clima, de doenças, de cheias
ou a destoxificação, entre outros;

 «Serviços Culturais», entendidos como benefícios não materiais obtidos dos


ecossistemas, nomeadamente ao nível espiritual, recreativo, estético ou educativo,
entre outros;

 «Serviço de suporte», entendidos como os serviços necessários para a produção de


todos os outros serviços, nomeadamente a formação do solo, os ciclos dos nutrientes
ou a produtividade primária, entre outros;

r) «Valores naturais» os elementos da biodiversidade, paisagens, territórios, habitats ou


geossítios;
s) «Valores naturais classificados» os valores naturais que, em razão da sua relevância para a
conservação da natureza e da biodiversidade, estão sujeitos a regimes legais de protecção.
Conclusão

Temos sempre que ter em conta, sempre que falamos na Industria do Turismo que esta, é um
dos principais sectores da economia Portuguesa, a perspectiva de forte crescimento para o
mercado mundial constituem uma oportunidade para Portugal, mas para isso tem que se
impor objectivos, e estratégias, que permitam responder à sofisticação da procura e ser um
destino competitivo ao numero crescente de ofertas concorrenciais.

Podemos também concluir que em termos de Áreas Protegidas, mais directamente as


Paisagens Protegidas, devem se tornar mais sustentáveis, e vimos que é possível através do
Turismo de Natureza e Ecoturismo, também referido pelo Código Mundial de Ética do Turismo.

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