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- Objectivos inerentes
2. Turismo e ambiente
São classificadas como áreas protegidas as áreas terrestres e aquáticas interiores e as áreas
marinhas em que a biodiversidade ou outras ocorrências naturais apresentem, pela sua
raridade, valor científico, ecológico, social ou cénico, uma relevância especial que exija
medidas específicas de conservação e gestão, em ordem a promover a gestão racional dos
recursos naturais e a valorização do património natural e cultural, regulamentando as
intervenções artificiais susceptíveis de as degradar.
A classificação de uma Área Protegida (AP) visa conceder-lhe um estatuto legal de proteção
adequado à manutenção da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas e do património
geológico, bem como à valorização da paisagem.
A Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP) é constituída pelas áreas protegidas classificadas
ao abrigo do Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho e dos respetivos diplomas regionais de
classificação.
Parque Nacional
Parque Natural
Reserva natural
Monumento natural
Paisagem protegida
Lugares de interesses biológicos
Parque nacional
Refere-se a uma área pouco alterada pelo homem, com ecossistemas pouco alterados pelo
homem, amostras de regiões naturais características, paisagens naturais ou pouco
humanizadas, locais geomorfológicos ou habitats de espécies com interesse ecológico,
científico e educacional.
É equivalente ao nível II (National Park) da classificação da IUCN, que a define como sendo
uma área terrestre e/ou marinha designada para:
Alvão
Arrábida
Douro Internacional
Montesinho
Ria Formosa
Serra da Estrela
Serra de São Mamede
Serras de Aire e Candeeiros
Sintra-Cascais
Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
Tejo Internacional
Vale do Guadiana
Litoral Norte
Madeira
Reserva natural
Zonas limitadas onde se procura evitar as alterações nos ecossistemas que podem levar à sua
rutura. O território de uma reserva natural destina-se, mediante providências adequadas, à
proteção e conservação da fauna e flora naturais, bem como da paisagem,área destinada à
protecção de habitats da flora e fauna.
Fonte: www.berlengas.org
Monumento natural
Ocorrência natural contendo um ou mais aspectos que, pela sua singularidade, raridade ou
representatividade em termos ecológicos, estéticos, científicos e culturais exigem a sua
conservação e a manutenção da sua integridade.
Carenque
Pedreira do Avelino
Portas de Ródão
Cabo Mondego
Pedra da Mua
Paisagem protegida
A primeira lei criada, no âmbito de Áreas Protegidas, foi a Lei nº 9/70, de 19 de Junho, foi a
primeira que introduziu, na ordem jurídica Portuguesa, as noções de Parque Nacional e
Reserva Nacional, e deu-se o início da evolução a nível internacional da protecção da
Natureza, com esta lei foi criada o primeiro Parque Nacional, o da Peneda-Gerês e várias
reservas foram instituídas.
Em 1987, foi estabelecido pela Lei nº 11/87, de 7 de Abril, que fala, quais os objectivos da
conservação e o que se deve conservar. Considerada a Lei de Bases do Ambiente. Também
previu a elaboração de uma estratégia nacional de conservação da natureza e da
biodiversidade (ENCNB), que foi adoptada mais tarde, pela resolução do Conselho de Ministros
nº152/2001, sendo uma ferramenta essencial para uma política de ambiente e nuclear, para
uma estratégia de desenvolvimento sustentável.
Com isto ficou definido, que as áreas protegidas podem se classificar como de interesse
nacional, regional ou local, consoante os interesses que procuram salvaguardar, as áreas
protegidas de interesse nacional, foram classificadas da seguinte maneira: Parque Nacional;
Reserva Natural; Parque Natural; Monumento Natural. De interesse Regional e Local: Paisagem
Protegida. Neste documento também ficou definido que também podem ser classificados
áreas protegidas de estatuto privado, e são designadas como «Sítio de interesse biológico».
Em termos de Gestão destas áreas com esta Lei, ficou definido, que as áreas protegidas de
interesse nacional são geridas pelo Serviço Nacional de Parques, Reserva e Conservação da
Natureza (SNPRCN). Em termos das áreas protegidas de interesse regional ou local, que é o
caso das paisagens protegidas, devem ser geridas pelas respectivas autarquias locais ou
associações de municípios.
Aqui são revogadas as disposições, que ainda estavam vigentes do Decreto-Lei nº 19/93, mas
só relativamente à Rede Natura.
I) Garantir a conservação dos valores naturais e promover a sua valorização e uso sustentável;
IV) Definir e delimitar uma infra-estrutura básica de conservação da natureza, a RFCN (Rede
Fundamental de Conservação da Natureza);
A Rede Natura 2000 é uma rede ecológica para o espaço comunitário da União Europeia
resultante da aplicação da Diretiva 79/409/CEE do Conselho, de 2 de abril de 1979 (Diretiva
Aves) - revogada pela Diretiva 2009/147/CE, de 30 de novembro - e da Diretiva 92/43/CEE
(Diretiva Habitats) que tem como finalidade assegurar a conservação a longo prazo das
espécies e dos habitats mais ameaçados da Europa, contribuindo para parar a perda de
biodiversidade. Constitui o principal instrumento para a conservação da natureza na União
Europeia.
Fonte: http://caminhadasnapraiadequiaios.blogspot.pt/2013/04/plano-sectorial-rede-
natura.html
A Rede Natura 2000, que também se aplica ao meio marinho, é composta por:
Zonas de Proteção Especial (ZPE) - estabelecidas ao abrigo da Diretiva Aves, que se destinam
essencialmente a garantir a conservação das espécies de aves, e seus habitats;
Zonas Especiais de Conservação (ZEC) - criadas ao abrigo da Diretiva Habitats, com o objetivo
expresso de "contribuir para assegurar a Biodiversidade, através da conservação dos habitats
naturais e dos habitats de espécies da flora e da fauna selvagens, considerados ameaçados no
espaço da União Europeia".
No mundo atual, é visível a preocupação cada vez maior com os resíduos e efluentes
descartados, com a poluição, com a perda da biodiversidade, com fenômenos como o
aquecimento global causado, sobretudo, pela queima de combustíveis fósseis e com outras
agressões causadas pelo homem à natureza, como resultado de suas atividades. Devido à tais
preocupações, foram obtidas, nos últimos anos, importantes conquistas ambientais, com
participação de movimentos ecológicos e demais interessados na preservação do nosso
patrimônio natural.
O setor de turismo é um dos que mais tem crescido nos últimos anos. Está ligado diretamente
ao meio ambiente, sendo capaz de expor o nosso patrimônio natural e cultural, onde a
natureza é o produto a ser vendido. Se não for planejado corretamente, acaba-se
transformando num fator de poluição e destruição.
Turismo de aventura
Fonte: http://meioambiente.culturamix.com
Neste sentido, busca-se então, uma forma de turismo em que a preservação da natureza
esteja em combinação com o fluxo turístico e tal situação, encontra sua expressão ideal no
ecoturismo.
Para Beni (1999) o ecoturismo é uma denominação dada ao deslocamento de pessoas a
espaços naturais delimitados e protegidos pelo Estado, iniciativa privada ou controlados em
parceria com associações locais e ONGs. Pressupõe sempre uma utilização controlada da área
com planejamento de uso sustentável de seus recursos naturais e culturais, por meio de
estudos de impacto ambiental, estimativas da capacidade de carga e suporte do local,
monitoramento e avaliação constante, com plano de manejo e sistema de gestão responsável.
É claro que todas as atividades previstas no turismo ecológico podem, em geral, ser realizadas,
desde que rigorosamente observadas as restrições de uso desses espaços.
Para que uma atividade se classifique como ecoturismo, são necessárias quatro condições
básicas:
interação educacional – garantia de que o turista incorpore para a sua vida o que
aprende em sua visita, gerando consciência para a preservação da natureza e dos
patrimônios históricos, cultural e étnico.
O ecoturismo para ter sucesso são necessárias algumas etapas, tais como:
zoneamento turístico-ecológico;
controle do projeto.
Nos últimos anos, o Ecoturismo vem crescendo rapidamente, aumentando a procura por este
tipo de turismo, o número de publicações, de programas de TV, de órgãos ligados ao assunto,
etc.
Existem diversas hipóteses para tentar explicar o porquê de as pessoas procurarem esse tipo
de atividade. As mais comuns são a preocupação com o meio ambiente, maior conscientização
ecológica e uma maneira de fugir da rotina e do estresse dos grandes centros urbanos.
Em Portugal existe um vasto conjunto de áreas protegidas que são, pelos factores que ditaram
a sua génese, locais prioritariamente destinados à conservação da natureza e da
biodiversidade. No entanto, é cada vez mais evidente que estas áreas podem também
constituir um factor de desenvolvimento local e um pólo de atracção regional se for
devidamente articulada a conservação do seu valioso património natural, paisagístico e
cultural com a utilização dos recursos naturais e o desenvolvimento socioeconómico local,
numa perspectiva de desenvolvimento sustentável. Para o conseguir é necessário, primeiro
que tudo, concentrar os esforços das entidades gestoras dasáreas protegidas na conservação e
valorização da natureza e da biodiversidade, que são a razão de ser de cada área protegida,
tanto mais que, nestas áreas, esta é “a prioridade”, que implica a promoção de acções
específicas adequadas de conservação, uma gestão territorial rigorosa e equilibrada,
respeitadora dos objectivos de protecção e um ordenamento da ocupação do espaço, que
garanta a salvaguarda dos valores ambientais em presença. Esta prioridade é bastante clara
em todo o processo de classificação, planeamento e gestão de uma área protegida, onde a
primeira preocupação é normalmente com a protecção, interditando ou condicionando usos e
actividades, depois, naturalmente, com a conservação, através da promoção de acções
destinadas à salvaguarda da flora e fauna e dos recursos geológicos e paisagísticos, e da gestão
e valorização destes recursos naturais, garantindo a sua utilização sustentável e, só por fim,
mas com importância crescente, surge a salvaguarda do património arqueológico e
arquitectónico, histórico, cultural, evocativo e mesmo gastronómico da região, potenciando
actividades compatíveis e visando odesenvolvimento sustentável da região e o bem-estar das
populações.
Património natural e cultural
Património natural
Património Cultural
Portugal é um dos países com maior número de monumentos no mundo classificados como
patrimônio da humanidade, o que demonstra a amplitude da sua atuação mundial. Os
monumentos portugueses podem ser encontrados por todo o mundo, o que mostra bem a
dimensão e influência da presença portuguesa a uma escala global.
Exemplo de patrimônio cultural em Portugal - fornos romanos de Leiria
Fonte: geoching.com
Essas actividades visam promover a ocupação dos tempos livres dos turistas e visitantes
através do conhecimento e da fruição dos valores naturais e culturais próprios das Áreas
Protegidas.
Exemplos:
Parapente
caminhada
espeleologia
escalada
passeios de BTT
birdwatching
canoagem
mergulho
rafting
bodyboard
surf
windsurf ou canyoning...
Muitas são as atividades que atualmente estão ao dispor do público em geral, seja no ar, na
terra ou na água.
Tendo presente o risco inerente à prática de algumas destas atividades, é importante alertar
os consumidores, particularmente os praticantes esporádicos e menos preparados, para os
cuidados a ter.
De acordo com a legislação em vigor - Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, alterado pelo
Decreto-Lei n.º 95/2013, de 19 de julho - estas entidades denominam-se “Empresas de
Animação Turística” e são pessoas singulares ou coletivas que desenvolvem, com caráter
comercial, as atividades lúdicas de natureza recreativa, desportiva ou cultural, que se
configurem como atividades de turismo de ar livre ou turismo cultural e tenham interesse
turístico para a região em que se desenvolvem.
Nas situações em que estas atividades se desenvolvem em áreas classificadas ou outras com
valores naturais designam-se por “atividades de turismo de natureza”.
Este tipo de atividades tem de ser reconhecido como tal pelo Instituto da Conservação da
Natureza e das Florestas, I.P., nos termos do citado diploma, e as empresas que as organizam
estão obrigadas a cumprir vários requisitos, entre os quais se destaca a adesão formal a um
código de conduta de cumprimento obrigatório aprovado por Portaria Governamental.
Conclusão:
Os desafios que na actualidade se colocam apontam para que a sociedade tenha de aumentar
a capacidade de produção, de forma a responder às crescentes necessidades da população,
através de uma utilização racional dos recursos.
Esta situação, deverá, porém, ser resultante da exploração de paisagens equilibradas, de forma
a permitir:
manutenção da biodiversidade
Estas ideias são, sem dúvida, a base de uma política de conservação da natureza, que não opõe
crescimento a desenvolvimento, antes complementa os dois conceitos e é cada vez mais actual
e premente. A ideia de conservação da natureza como um conceito estático e passivo, que se
limita à manutenção de um status quo existente, não parece pois adequada aos dias de hoje.
Já não se trata de um conceito elitista, como quando se pretendia conservar a paisagem em
nome de valores estéticos, destinada à fruição de apenas uma pequena minoria. Actualmente,
ela necessita de ser mais dinâmica e adaptada a novas situações, apresentando-se como um
conceito não só ecológico mas igualmente cultural, que se integra com os outros valores pelos
quais a nossa sociedade se rege. A conservação da natureza deve mesmo ser considerada
como um modelo de desenvol vimento, implicando, uma gestão sustentável e racional dos
recursos naturais, assegurando a manutenção dos equilíbrios existentes.
Esta situação, frequente em Portugal, aparece como resultado de uma política de gestão
pouco eficaz.
É hoje reconhecido que a biodiversidade do Planeta está agora mais ameaçada do que em
qualquer outro período histórico, estimando-se mesmo que cerca de onze mil espécies de
plantas e animais corram o risco de extinção iminente num futuro próximo.
Esta situação, que é um fenómeno global, verifica-se também na Europa, onde se registou nas
últimas décadas uma grave redução e perda de biodiversidade, afectando numerosas
espécies e diferentes tipos de habitats, como é o caso das zonas húmidas.
Do nosso património consta ainda um vasto repositório genético com particular interesse
agro-silvo-pastoril, constituído por variedades com elevado número de parentes selvagens,
não obstante as pressões existentes e a erosão genética intra-específica a que a maioria das
espécies agrícolas tradicionais têm vindo a ser sujeitas, em resultado da crescente utilização de
novas variedades comerciais.
Portugal possui ainda uma extensa linha de costa, de um modo geral razoavelmente
conservada e com níveis de poluição relativamente reduzidos. Nesse contexto, merecem
especial referência os ecossistemas costeiros e marinhos, que apresentam grande riqueza em
termos de valores faunísticos e florísticos. A singularidade das nossas paisagens, bem como a
representatividade e estado de conservação das espécies e habitats que temos entre nós, é
bem patente a nível europeu, tendo resultado amplamente comprovada no âmbito do
Programa Corine, através do Projecto Biótopos, lançado em 1985 e concluído em Portugal em
1989, justamente tendo em vista a identificação e caracterização dos biótopos mais
significativos do espaço comunitário.
Na verdade, tanto o património natural como o património histórico e cultural que a ele se
encontra ligado de forma indissociável constituem valores que, para além do seu evidente
interesse científico, são parte integrante da nossa memória colectiva e podem ser relevantes
factores de afirmação de uma identidade própria no contexto europeu e mundial.
É sabido que a redução da diversidade biológica, que se verifica a um ritmo preocupante
também em Portugal, é essencialmente resultante da acção directa ou indirecta do Homem,
que muitas vezes se mostra incapaz de promover uma utilização sustentável dos recursos
biológicos, isto é, que garanta a sua perenidade. Esta situação tem profundas implicações, não
só de natureza ecológica mas também no plano do desenvolvimento económico e social, em
razão do valor que estes recursos representam em termos económicos, sociais, culturais,
recreativos, estéticos, científicos e éticos. Na realidade, a espécie humana depende da
diversidade biológica para a sua própria sobrevivência, estimando-se que pelo menos 40% da
economia mundial e 80% das necessidades dos povos dependem dos recursos biológicos.
d) «Conservação ex situ» a conservação de espécies da fauna e da flora selvagens fora dos seus
habitantes naturais; e) «Conservação in situ» a conservação de espécies de fauna e da flora
selvagens nosseus habitats naturais;
n) «Património Natural» o conjunto dos valores naturais com reconhecido interesse natural ou
paisagístico, nomeadamente do ponto de vista científico, da conservação e estético;
p) «Recursos naturais» os componentes ambientais naturais com utilidade para o ser humano
e geradores de bens e serviços, incluindo a fauna, a flora, o ar, os minerais e o solo;
Temos sempre que ter em conta, sempre que falamos na Industria do Turismo que esta, é um
dos principais sectores da economia Portuguesa, a perspectiva de forte crescimento para o
mercado mundial constituem uma oportunidade para Portugal, mas para isso tem que se
impor objectivos, e estratégias, que permitam responder à sofisticação da procura e ser um
destino competitivo ao numero crescente de ofertas concorrenciais.