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EMBALAGENS CELULOSICAS
Licenciatura em Ciências Alimentares e Habilitação em segurança alimentar
Universidade Rovuma
Nampula
2023
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EMBALAGENS CELULOSICAS
Universidade Rovuma
Nampula
2023
Índice
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Introdução..........................................................................................................................5
Objectivos..........................................................................................................................5
Objetivo geral:...................................................................................................................5
Objetivo especifico:...........................................................................................................5
1. Embalagem....................................................................................................................6
1.1.1. Celulose..............................................................................................................6
Reação de adição:..............................................................................................................8
Reação de substituição......................................................................................................8
Reação de degradação.......................................................................................................9
Descascamento..................................................................................................................9
Picagem.............................................................................................................................9
Cozimento........................................................................................................................10
Depuração........................................................................................................................10
Branqueamento................................................................................................................11
1. Papel.........................................................................................................................14
4. Interação embalagem/alimento....................................................................................16
4
5. Embalagens convertidas..............................................................................................17
6. Embalagens Multicamadas..........................................................................................18
Laminação a seco............................................................................................................19
Laminação a quente.........................................................................................................19
Flexografia.......................................................................................................................20
Rotogravura.....................................................................................................................20
1. Papelão ondulado.....................................................................................................20
2. Papel kraft................................................................................................................20
3. Papel cartão..............................................................................................................21
4. Papel sulfite..............................................................................................................21
9. Conclusão....................................................................................................................22
Introdução
As embalagens celulósicas são feitas a partir de materiais renováveis, principalmente de
fibras de celulose, que são encontradas em plantas e árvores. Esses materiais são
altamente sustentáveis e biodegradáveis, o que os torna uma escolha popular para
empresas que buscam soluções mais ecológicas para embalar seus produtos.
Objectivos
Objetivo geral:
1. Estudar as embalagens celulósicas, os tipos e as principais características.
Objetivo especifico:
1. Embalagem
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a embalagem
alimentícia é “ o invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento,
removível ou não, destinada a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter,
especificamente ou não, matérias-primas, produtos semi elaborados ou produtos
acabados. Incluído dentro do conceito de embalagem se encontram as embalagens
primárias, secundárias terciárias e quaternarias”.
Elas possuem como funções clássicas de proteger, conter, informar, conservar e vender
oproduto nele condicionado para o consumidor final. Outras funções relevantes são
aconveniência que a embalagem pode proporcionar através do fracionamento de
porçõesmaiores para porções únicas/individuais, facilidade de abertura, refechamento,
facilidadede descarte e simplicidade de uso.
1.1.1. Celulose
A celulose é um polímero de cadeia longa composto de um só monômero, classificado
como polissacarídeo ou carboidrato. É um dos principais constituintes das paredes
celulares das plantas, em combinação com a lignina, com hemicelulose e pectina e não é
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digerível pelo homem, constituindo uma fibra dietética. É um polímero linear de glicose
de alta massa molecular formado de ligações β 1,4 glicosídicas, insolúvel em água,
sendo o principal componente, da parede celular da biomassa vegetal.
Uma molécula de celulose pode ter áreas com configuração ordenada, rígida e inflexível
em sua estrutura (celulose cristalina) e outras áreas de estruturas flexíveis (celulose
amorfa).
Essas diferenças são responsáveis por algumas variações de comportamento físico, que
podem ser observadas, em uma molécula de celulose. Por exemplo, absorção de água e
inchamento de uma molécula de celulose é limitada as regiões amorfas da molécula. A
forte rede de ligações de hidrogênio das regiões cristalinas impede a ocorrência do
processo de inchamento nessas áreas.
Cada unidade de glicose na molécula de celulose possui três grupos hidroxila (-OH) que
podem formar ligações de hidrogênio com outras moléculas de celulose adjacentes.
Essas ligações intermoleculares conferem à celulose sua alta resistência e rigidez,
tornando-a uma excelente escolha para aplicações industriais em papel, têxteis e
materiais de construção.
A estrutura da celulose foi estudada extensivamente por meio de técnicas como difração
de raios-X, espectroscopia de infravermelho e microscopia eletrônica. Estudos mais
recentes sugerem que a celulose apresenta uma organização hierárquica, com moléculas
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individuais se organizando em fibrilas, que, por sua vez, se agrupam em feixes maiores,
formando a parede celular.
Reação de adição:
Os grupos hidroxilas da celulose reagem com diversos agentes de adição, fornecendo as
chamadas: Celuloses Alcalinas, Celuloses Ácidas Celuloses Amoniacais e Aminada
Celuloses Salinas.
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Reação de substituição
Os grupos hidroxilas podem também ser esterificados ou eterificados, fornecendo
importantes produtos comerciais, tais como: Nitrato de celulose, Xantatos (ésteres de
celulose).
Metilcelulose, Etilcelulose, Carboximetilcelulose, Hidroximetilcelulose (éteres de
celulose).
Reação de degradação
Por degradação, entende-se a cisão da ligação 1,4 glicosídicas da molécula da celulose,
ou seja, a cisão da ligação entre dois monômeros de glicose. A degradação produz
moléculas com grau de polimerização menor, afetando, portanto, as propriedades que
dependem do comprimento da cadeia molecular da celulose, tais como, viscosidade e
resistência mecânica.
Descascamento
As cascas possuem um teor de fibras relativamente pequeno e afectam negativamente as
propriedades físicas do produto, portanto, a etapa de descascamento, tem por finalidade:
Reduzir a quantidade de reagentes no processamento de madeira facilitar a etapa de
lavagem e peneiração.
Picagem
O objetivo desta etapa é reduzir as toras aos fragmentos, cujo tamanho facilite a
penetração do licor de cozimento, utilizados nos processos químicos. Adicionalmente,
os cavacos de madeira, constituem um material de fácil transporte (por correias ou
pneumaticamente).
Após a picagem, os cavacos são classificados com o objetivo de separar os cavacos com
as dimensões padrões para o processamento (os aceites), dos cavacos
superdimensionados, que retornam ao picador e dos finos, que podem ser processados
separadamente, ou então queimados na caldeira.
Cozimento
Cozimento ou digestão da madeira se processa em vasos de pressão, conhecidos como
cozedor ou digestor, podendo ser efetuado, em regime de batelada (descontínuo) ou
contínuo.
Depuração
A massa cozida é transferida para o sistema de depuração, que por processo mecânico,
separa os materiais estranhos às fibras (nos de madeira, pequenos palitos). O material de
aceite é transferido para os filtros lavadores, que tem por finalidades lavar a massa,
separando todos os solúveis das fibras de celulose.
Composição básica do licor negro: 16% de sólidos; 37,4 g/L de Na2CO3 + NaOH; 7,4
g/L de Na2S; 1,6 g/L de Na2SO4 e 63,5 de NaOH (total)
Branqueamento
É a purificação da celulose, pois dependendo do grau de cozimento efetuado a pasta
pode conter até 5% de lignina. O teor de lignina presente é responsável pela tonalidade
da polpa, que pode variar do marrom ao cinza.
A remoção da lignina é necessária não só para se obter uma celulose pura, mas também
para dar um especto de alvura elevado, característica fundamental para proporcionar alta
qualidade ao produto final.
Branquear a celulose é levar a fibra ao seu estado natural de alvura que é branco. Em
função do grau de alvura desejado, a eliminação da lignina se faz em vários estágios,
tanto por razões técnicas como económicas.
Um maior grau de alvura com menor degradação da fibra, pode ser alcançado, ao se
aplicar quantidades menores de reagentes de branqueamento em etapas sucessivas, com
lavagens intermediárias.
Hipocloração H Hipoclorito de Na ou Ca
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Desta forma podemos dizer que o branqueamento pode ser definido como sendo um
tratamento físico-químico, que tem por objetivo melhorar as propriedades da pasta
celulósica.
Algumas propriedades relacionadas com este processo são: alvura, limpeza e pureza
química. Os parâmetros usuais que medem a eficiência do branqueamento são as
propriedades óticas da pasta (alvura, brancura, opacidade e estabilidade de alvura),
relacionadas com a absorção ou reflexão da luz.
A ação dos reagentes de branqueamento, em fase líquida sobre a fibra, depende das
seguintes etapas: difusão do reagente em solução, até a superfície da fibra; absorção
do reagente pela fibra; reação química; dessorção do reagente excedente da fibra.
difusão de produtos de reação para fora da fibra.
Extração Alcalina
Hipoclorito de Sódio
É usado em estágios intermediários ou finais das sequências de branqueamento. É nesse
estágio onde efetivamente é iniciado o alvejamento das fibras, isto é, os compostos
celulósicos são modificados e não extraídos.
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Dióxido de Cloro
Este composto é empregado na maioria das indústrias, como o último estágio de
alvejamento e permite obter celulose com elevados graus de alvuras. A ampla aceitação
deste agente deve-se a sua propriedade de oxidar a lignina, preservando a celulose.
Quando em estado pastoso, o produto era colocado sobre um tecido de seda, para
escorrer a água. Ainda húmida, esta camada era retirada, prensada e seca. Em épocas
posteriores, o papel era fabricado de bambu e possuía maior flexibilidade. Após uma
série de acontecimentos tais como guerras, invasões e imigrações, o papel foi difundido
pelo mundo. Até o século XVII era fabricado manualmente utilizando-se martelos para
o desfibramento. A partir de então, desenvolveu-se um novo tipo de equipamento que
proporcionou aumento de produção e melhor homogeneidade.
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4. Interação embalagem/alimento
Tal como nos outros materiais, substâncias usadas na fabricação dos papéis e cartões,
como aditivos diversos, quer de processo quer para conferir determinadas características
aos papéis, tintas de impressão, colas e adesivos, etc. podem migrar para os produtos.
Por isso, os papéis e cartões para contato com alimentos devem ser fabricados apenas
com substâncias aprovadas para este fim, e não devem ceder, ou deixar migrar,
substancias que provoquem uma alteração organolética no produto, ou que sejam
prejudiciais para a saúde humana. Existem regulamentação e legislação sobre os papeis
e cartões para contato com alimentos, indicando quais as substancias são autorizadas na
fabricação e quais que devem ser controladas (ANVISA, 1999).
Esta questão e mais critica no caso de papeis e cartões fabricados com fibra reciclada,
de natureza e proveniência diversas, e consequentemente incluir contaminantes
variados.
5. Embalagens convertidas
A utilização de embalagens convertidas tem ganhado destaque nos últimos anos, devido
à crescente preocupação com o meio ambiente e à busca por alternativas mais
sustentáveis. Segundo o site Ecodesenvolvimento, a reciclagem de embalagens pode
gerar economia de recursos naturais e redução de emissões de gases de efeito estufa.
6. Embalagens Multicamadas
entanto, alguns dos componentes mais comuns incluem o papelão ondulado, o papel
kraft, o papel cartão, o papel sulfite, entre outros. Aqui está uma descrição geral da
função e importância de cada um desses componentes:
3. Papel cartão: é um papel mais pesado e mais resistente que o papel comum. Ele
é utilizado principalmente para embalar produtos de consumo, como caixas de
cereais, produtos de beleza e outros itens que exigem uma embalagem mais
resistente. O papel cartão é reciclável e pode ser revestido com materiais como
cera, polietileno ou alumínio para torná-lo resistente à umidade e à gordura.
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4. Papel sulfite: é um tipo de papel branco e liso que é utilizado para imprimir e
escrever. Ele também pode ser utilizado para embalar produtos que não precisam
de uma embalagem resistente, como cartões e envelopes. O papel sulfite é
reciclável e pode ser utilizado para produzir papel reciclado.
9. Conclusão
Chegado a este ponto, em vista dos argumentos apresentados, pode-se inferir que as
embalagens celulósicas são amplamente utilizadas na conservação dos alimentos devido
à sua capacidade de manter a qualidade e a segurança dos produtos. Esses materiais são
derivados de fontes renováveis, como a madeira e outras plantas, tornando-se uma
opção mais sustentável do que as embalagens convencionais. Além disso, as
embalagens celulósicas apresentam propriedades como alta resistência à tração e baixa
permeabilidade ao oxigênio e ao vapor de água, o que as torna ideais para proteger os
alimentos da umidade, do ar e da luz. Isso ajuda a prolongar a vida útil dos alimentos e a
evitar a deterioração precoce.
Outra vantagem das embalagens celulósicas é que elas podem ser facilmente recicladas,
reduzindo o impacto ambiental do descarte inadequado. Além disso, essas embalagens
podem ser biodegradáveis, decompondo-se naturalmente no ambiente sem deixar
resíduos tóxicos.
No entanto, é importante ressaltar que as embalagens celulósicas não são indicadas para
todos os tipos de alimentos, especialmente aqueles que são muito ácidos ou gordurosos.
Nessas situações, outros materiais podem ser mais apropriados para garantir a segurança
alimentar.
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Sons, 2013.
PEIPONEN, Kai; KASURINEN, Matti. Board and Paper: Making, Testing, and Using.
TAPPI Press, 2011.
GAUR, Vineet Kumar; AGRAWAL, Rajesh. Sustainable Polymers from Biomass. John
Wiley & Sons, 2017.
Alberts, B., Johnson, A., Lewis, J., Raff, M., Roberts, K., & Walter, P. (2002).
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