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TÍTULO DA PESQUISA:
A UTILIZAÇÃO DA JUSTIÇA RESTAURATIVA COMO MÉTODO ALTERNATIVO
AO PROCESSO PENAL E AO ENCARCERAMENTO DE JOVENS NA 2ª VARA DA
INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DA COMARCA DA ILHA DE SÃO LUÍS/MA: UMA
ANÁLISE PERANTE AS RECOMENDAÇÕES DA CIDH ACERCA DO SISTEMA
SOCIOEDUCATIVO DO BRASIL
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RESUMO
O objetivo desse artigo é analisar o funcionamento do núcleo de justiça restaurativa da 2ª Vara
da Infância e da Juventude da comarca da Ilha de São Luís/MA (2ª VIJ/SLZ) perante as
sugestões e críticas feitas pela CIDH ao sistema de internação de menores infratores no Brasil
advindo tanto no relatório originado da visita realizada em 2018, quanto de outras visitas da
comissão. De início será feita uma apresentação da justiça restaurativa, sendo essa um método
alternativo para solucionar conflitos penais. Alternativa essa que se baseia na reconstrução de
vínculos lesados pelo ato infracional, deixando de lado a ideia do processo penal como uma
relação bilateral entre Estado acusador e ofensor acusado. Sequencialmente será feito uma
análise do sistema de internação de jovens infratores no país. Para tanto foca-se nas críticas
traçadas pela CIDH a esse sistema brasileiro, em especial das sugestões de busca de alternativas
para a internação dos jovens infratores além de buscas ao combate da prática de tráfico por
estes. Em terceiro momento será vislumbrada a prática da justiça restaurativa na 2ª VIJ/SLZ.
Sendo esse um núcleo de extrema efetividade no país (tendo solucionado 60 casos de atos
infracionais de jovens infratores no ano de 2017/2018), além da utilização de medidas
preventivas para aqueles jovens que já estejam envolvidos com tráfico, mas que ainda não
cometeram atos infracionais, fortalecendo o viés preventivo frente ao repressivo. Se utilizou
neste trabalho do método de pesquisa bibliográfico além de entrevistas com membros atuantes
da justiça restaurativa na vara a qual esse projeto tem foco. Como resultados preliminares
percebe-se que a justiça restaurativa é um método eficaz a ser utilizado como alternativa a
internação de jovens infratores, havendo a efetivação desse na 2ª VIJ/SLZ. Ademais a utilização
dos chamados “círculos de diálogo” demonstra-se como procedimento bem-sucedido para
evitar, até mesmo, que jovens envolvidos com drogas venham a cometer crimes. Por fim esse
trabalho se apresenta como uma tentativa de discussão acerca das críticas traçadas pela CIDH
ao sistema de internação de jovens infratores. Busca-se uma conscientização sobre a
necessidade de práticas alternativas ao encarceramento, dando-se visibilidade à justiça
restaurativa no país.