Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VANTAGENS:
O CCT permite a aplicação destes regimes mais favoráveis aos trabalhadores e adapta os aspetos
da relação laboral que a lei deixa à liberdade das partes;
DESVANTAGENS:
9. Trabalho suplementar:
Taxa fixa para as noites de serviço permanente, nos termos e montantes constantes do anexo
II. Não sendo a taxa fixa cumulável com o regime previsto no número anterior, se existir
aumento da remuneração do trabalho suplementar a taxa fixa não é atrativa para o trabalhador
sindicalizado
PERGUNTAS E RESPOSTAS:
1 - Período de experiência. O nosso CCT obriga a 180 dias. A Lei geral fala de 90 e 180
dias, depende dos casos. No nosso caso como ficará pela Lei geral?
A Lei geral refere que nos contratos sem termo, o período experimental tem a seguinte
duração:
a) 90 dias para a generalidade dos trabalhadores;
b) 180 dias para trabalhadores que:
i) Exerçam cargos de complexidade técnica, elevado grau de responsabilidade ou que
pressuponham uma especial qualificação;
ii) Desempenhem funções de confiança;
iii) Estejam à procura de primeiro emprego e desempregados de longa duração;
c) 240 dias para trabalhador que exerça cargo de direção ou quadro superior.
Na maioria das situações entendo que continuará a aplicar-se os 180 dias por via do elevado
grau de responsabilidade ou especial qualificação ou por via do desempenho de funções de
confiança.
2 - Quem está contratado como DT em comissão de serviço, como fica a situação sem
CCT?
Cessando o CCT não significa que a comissão de serviço termine de imediato pois um cargo de
direção pode ser exercido em comissão de serviço.
No entanto, nas farmácias de oficina ele é exercido ao abrigo (a coberto) do regime previsto do
CCT.
A questão é que os futuros DT em comissão de serviço deixam de ter uma retribuição mínima
mensal para o exercício do cargo de DT.
O horário não passa a horário fixo, podendo ser prestado por turnos.
4 - O que diz a Lei geral sobre o descanso semanal, cumulação de férias e marcação de
férias?
A Lei geral estabelece um dia de descanso semanal obrigatório.
Não estabelece o dia específico para o efeito (por exemplo o domingo), nem o direito a um dia
de descanso complementar.
O regime de férias estabelecido no CCT segue, grosso modo, o regime geral.
As especificidades são:
• Regime remuneratório e de férias especial – cláusula 43ª – “…., poderá ser aumentado
até ao limite de dois dias de adicional de férias, a gozar em cada período de um ano em
que o acordo de redução de remuneração estiver em vigor e produzir efeitos.”
• Marcação das férias – cláusula 26ª n.º 3 “No caso previsto do número anterior, a
entidade empregadora só pode marcar o período entre 1 de Maio e 31 de Outubro,
salvo nas farmácias a funcionar em praias ou termas que pelos condicionalismos
próprios tenham de ter no referido período de tempo laboração intensiva, ou no caso
da farmácia ter 10 ou menos trabalhadores, unicamente sendo computados para efeitos
deste limite os farmacêuticos e os trabalhadores que, nos termos da lei e da contratação
colectiva aplicável, coadjuvem o farmacêutico.” – que permite marcar férias fora do
período estabelecido na Lei geral (1 de Maio e 31 de Outubro).
• Duração do período de férias – cláusula 24ª n.º 6 “Aos cônjuges, ascendentes ou
descendentes ao serviço da farmácia será concedida a faculdade de gozarem as suas
férias simultaneamente.” – A Lei geral fala apenas em cônjuges, bem como as pessoas
que vivam em união de facto ou economia comum nos termos previstos em legislação
específica, que trabalham na mesma empresa ou estabelecimento têm direito a gozar
férias em idêntico período, salvo se houver prejuízo grave para a empresa.
As disposições relativas aos motivos justificativos de faltas e à sua duração não podem ser
afastadas por instrumento de regulamentação coletiva de trabalho, salvo em relação a situação
prevista na alínea i) do n.º 2 do artigo 249.º do Código do Trabalho e desde que em sentido mais
favorável ao trabalhador, ou por contrato de trabalho.
Na minha opinião, o trabalhador terá de ser remunerado pelo trabalho efetivamente prestado
por via da aplicação do regime do trabalho suplementar.
Na Lei Geral, não existe horário específico de início e término das noites de serviço permanente.
Na lei Geral apenas o trabalhador que presta trabalho em dia de descanso semanal obrigatório
tem direito a um dia de descanso compensatório remunerado, a gozar num dos três dias úteis
seguintes.
De resto apenas o trabalhador que presta trabalho suplementar impeditivo do gozo do descanso
diário tem direito a descanso compensatório remunerado equivalente às horas de descanso em
falta, a gozar num dos três dias úteis seguintes.
O trabalhador tem direito a um período de descanso de, pelo menos, onze horas seguidas entre
dois períodos diários de trabalho consecutivos
10- Possibilidades de organização do tempo de trabalho ao longo da semana e do dia
Fica eliminada a figura do Banco de horas mas é ainda possível às partes, por acordo, recorrerem
à adaptabilidade individual e ao horário concentrado.