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RAD035
2019
CAMPO: TÉCNICO-ESPECIALIZADO ÁREA: ENGENHARIAS
DISCIPLINA 1: RADARES PRIMÁRIOS DE APROXIMAÇÃO
CH INSTRUÇÃO: 161 CH AVALIAÇÃO: 28 CH TOTAL: 189
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
a. identificar os componentes dos radares primários de Aproximação com Tecnologia THALES
(Cn)
b. descrever o funcionamento dos radares primários de Aproximação com Tecnologia THALES
(Cp)
c. diferenciar a composição e funcionamentos dos radares TA-10 SST, STAR C e STAR
CIRIUS (Va)
d. operar tecnicamente os radares primários de Aproximação com Tecnologia THALES (Ap)
e. realizar as manutenções em nível orgânico dos radares primários de Aproximação com
Tecnologia THALES (Ap)
f. realizar as manutenções em nível base dos radares primários de Aproximação com
Tecnologia THALES (Ap)
g. identificar falhas nos equipamentos e aplicativos dos radares primários de Aproximação com
Tecnologia THALES (Cp)
h. solucionar falhas nos equipamentos e aplicativos dos radares primários de Aproximação com
Tecnologia THALES (Va)
UNIDADES DIDÁTICAS
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UNIDADE DIDÁTICA 1.1 APRESENTAÇÃO DOS RADARES TA-10 SST, CH: 15 tempos
STAR-C E STAR CIRIUS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE:
a. definir a função de um radar primário de aproximação (Cn)
b. definir a função técnico-operacional dos radares de aproximação TA-10 SST (Cn)
c. definir a função técnico-operacional dos radares de aproximação STAR-C (Cn)
d. definir a função técnico-operacional dos radares de aproximação STAR CIRIUS (Cn)
e. descrever o funcionamento básico de um radar primário de aproximação (Cn)
RECOMENDAÇÕES METODOLÓGICAS
As aulas serão expositivas e práticas, com o emprego de projetor multimídia, em sala de aula.
As aulas práticas deverão ser ministradas junto ao equipamento radar, em localidade que possua,
pelo menos, um radar de Aproximação com Tecnologia Thales.
A fim de não haver prejuízo à instrução, a estação radar deverá ser localizada próxima da sala de
aula e com fácil acesso dos docentes e discentes.
As avaliações desta Disciplina contemplarão todo o conteúdo programático do Curso. Essas serão
compostas de duas avaliações teóricas e três avaliações práticas.
Os tempos de aulas para a avaliação justificam-se pelo fato da turma ser dividida em grupos para a
realização da prova prática.
Deverão ser disponibilizados os instrumentos de medidas previstos na realização das aulas práticas.
Deverão ser designados, pelo menos, 04 (quatro) instrutores para o curso, tendo em vista a
necessidade de divisão da turma em grupos para a realização das atividades práticas.
Em virtude do acesso ao equipamento ter um espaço reduzido e para manter a qualidade do
treinamento prático, a turma deverá ter, no máximo, 14 (quatorze) alunos.
Deverão ser disponibilizados os manuais técnicos dos equipamentos envolvidos nesta unidade.
Deverá ser providenciada a disponibilidade do radar primário durante o período compreendido na
unidade 1.3 “Operação e Manutenção dos radares de Aproximação com Tecnologia Thales” e eventuais
paradas do radar secundário no mesmo período.
PERFIL DE RELACIONAMENTO
As unidades e subunidades devem ser ministradas de acordo com a sequência apresentada neste
PUD.
Sumário
AE - Aula Expositiva
Ap - Aplicação
APt - Aula Prática
CBP - Cabinet Parameters
Ce - Cerimônia
CH - Carga Horária
Cn - Conhecimento
Cp - Compreensão
Ctc - Crítica
DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo
DPC - Data Processing Computer
EP - Echo Presence
EPI – Equipamento de Proteção Individual
GRA – Generation Reception Assembly
IBIS - Indicator of Radar Information System BIS
IRIS - Indicator of Radar Information System
JTS - Joint Tournant band S
LTM - Local Technical Maintenance
MWA – MicroWave Assembly
OM – Organização Militar
Ot - Orientação
PAME-RJ - Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro
PC – Personal Computer
PUD - Plano de Unidades Didáticas
RCMS - Remote Control and Monitoring System
SISCEAB – Sistema do Controle do Espaço Aéreo Brasileiro
SST – Solid State Transmitter
STM - Specialized Technical Maintenance
TCC – Control and Comand Unit
TMR – Tratamento Multi Radar
Va - Valorização
Vi - Visita
1 RADARES PRIMÁRIOS DE APROXIMAÇÃO
O princípio básico de funcionamento de um radar é simples de entender, mas a teoria que explica
pode ser um pouco complexa, porém é essencial para compreender e operar corretamente sistemas de
radar primário.
A implementação e operação do radar primário. é uma atividade em que algumas leis naturais da
física são de particular importância e que envolve várias disciplinas tecnológicas e de engenharia. Pode-
se medir a extensão, ou distância, com base nas propriedades da energia irradiada eletromagnética.
Essa energia normalmente viaja pelo espaço em uma linha reta a uma velocidade constante e com
pequenas variações causadas por fenômenos atmosféricos e condições meteorológicas.
A energia electromagnética viaja através do ar aproximadamente com a velocidade da luz,
300.000 quilômetros por segundo.
O radar TA-10
10 SST e os radares da série STAR são radares primários totalmente
t em estado
sólido, associados ao radar secundário RSM970S ou RSM com tecnologia CIRIUS que são radares em
modo S, compatíveis com o modo convencional SSR.
O radar TA-10
10 SST e os radares da série STAR operam em banda S, na faixa de 2700MHz a
2900MHz,
Hz, com frequências programáveis através de software utilizando módulos sintetizadores
(TA10SST e STAR CIRIUS) ou frequências fixas utilizando módulos STALO (STAR C).
• Operação em duas coberturas, alta e baixa, o que lhe garante uma boa performance no
final do alcance e pouca reflexão a curto alcance.
• Antena primária
• Conjunto de Hiperfrequência
• Conjunto de Pressurização
• Armário de Energia
• Armário de Antena
Antena primária (AC316 ou AN2000S)
As antenas AC316 e AN2000S são antenas que trabalham em banda S, desenvolvidas
especificamente para os sistemas de Vigilância em Aproximação Final. Elas possuem um refletor a dupla
curvatura, iluminado por uma fonte irradiante de ondas em polarização linear vertical, ou polarização
circular.
Os sinais de hiperfrequência e de controle (comandos e status) transitam das partes fixas para as
partes móveis através de uma junta rotativa. A transmissão dos sinais de hiperfrequência, do transmissor
para a antena, se faz por meio de um guia de ondas, e da antena para a recepção, além do guia de ondas,
também utiliza cabos coaxiais. A parte interna do guia de ondas é pressurizada por meio de um
compressor de ar.
A interface entre todos os equipamentos responsáveis pela geração / emissão dos sinais (módulos
pré-amplificadores
amplificadores MES110, reles e módulos amplificadores MES1400) comcom o conjunto hiperfrequencia
do SST-2000S
2000S é feita pela Gaveta de Comando e Controle (TCC 2000).
É nela, por exemplo, que ocorre a sinalização de taxa de onda estacionária (TOS) no sistema.
A sigla TOS vem do idioma francês
franc e significa Taxa de Onda Estacionária
ionária ou TOE em português
ou ainda VSWR em inglês. Pela definição, TOS é uma taxa da amplitude máxima de tensão sobre a
amplitude mínima de tensão.
tão, quais são os problemas que podemos ter com uma TOS muito alta?
Então,
Além da potência efetivamente irradiada ser bem menor que a que deveria ser, pode também
ocorrer a queima dos componentes eletrônicos que não tiverem proteção para esse
sinal refletido indesejado.
As grandezas de reflexão VSWR, Perda de Retorno (dB) e Potência Refletida (%) são
relacionadas, e uma pode ser convertida na outra, usando as fórmulas abaixo e a tabela a seguir:
No caso de 1.5:1, a energia é 14 dB abaixo do valor original, ou 4% foi perdido. Veja que uma
TOS de 2.0:1 praticamente 11% da energia é perdida. Então, podemos entender a TOS como um
indicador do sinal refletido de volta ao transmissor de rádio frequência,
frequência, sempre tendo o valor 1 no
denominador. E quanto menor esse indicador, melhor.
Dessa forma, um sistema de rádio frequência com TOS 1.4:1 é melhor do que outro com 1.5:1.
A TOS em um sistema de rádio frequência pode ser medida através de equipamentos
equipamen
específicos. Um deles, e bem conhecido, é o Site Master, que já pode fornecer o valor da TOS sem a
necessidade de conversão usando a tabela, como era feito antigamente. Com o modo "Distance-To-Fault"
"Distance
é possível identificar a localização de problemas em um sistema danificado.
No nosso sistema, a TOS na saída é comparada com dois níveis. O primeiro é um nível de pré-
alarme que quando é atingido, ilumina um led na carta de segurança e interface da gaveta de comando e
controle do emissor. O segundo nível indica o nível de alarme, a partir do qual, a potência refletida
poderá causar danos sobre o equipamento. Este alarme corta a emissão do sinal hiper durante três
segundos.
Recepção dos sinais radar, vias avião e meteo, que após a demodulação são enviados ao
tratamento radar (TMR Unit).
A Conversão Analógica / Digital direta do sinal de Freqüência Intermediária FI, seguida de uma
Detecção Amplitude / Fase dá uma grande dinâmica ao vídeo linear e proporciona uma boa rejeição da
freqüência imagem.
A gaveta PSU 2500 fornece as baixas tensões necessárias ao funcionamento do GRU-2500S
O GRA 2500S é utilizado em um sistema de radar redundante. Para cada canal, A ou B, o GRA
2500S é comandado e controlado por um processador radar (TMR), para o qual libera os sinais de vídeo
digital I/Q. Estes mesmos sinais de vídeo são igualmente enviados em paralelo ao outro processador
radar, como redundância, ou seja, o outro está com as mesmas informações em caso de uma comutação
de canal. Através da função geração o GRA envia para o transmissor (SST 2000) as impulsões
curtas (1µs) e longas (75µs) com um valor maior ou igual a 12dBm, de acordo com o sequenciamento
programado no processador radar, bem como a seleção de frequências, o eco de teste para a MWA
2000S, o sinal de referência (103,6MHz) para o GRA do canal que esta em “STAND BY” e envia o sinal
de MASTER CLOCK para o processador (TMR).
O GRA 2500S é constituído de:
• gaveta GRU 2500S, onde se encontram os módulos de geração e recepção de sinais.
• unidade de ventilação.
• gaveta PSU 2500S, responsável por prover alimentação em corrente contínua a GRU
2500S.
Figura 9 - GRA 2500S utilizada no radar TA10, vista frontal
1.1.3 Transmissão
Após sair do SST 2000 o sinal de RF amplificado é enviado por meio de um guia de ondas para o
conjunto dee hiperfrequências (MWA 2000S).
O conjunto de hiperfrequências,
rfrequências, por sua vez, é responsável por direcionar o sinal de potência
através da linha de transmissão da cobertura baixa (guia de ondas) até a junta rotativa, que realiza a
transição do sinal entre as partes fixas e as partes móveis do sistema radar.
A junta rotativa assegura igualmente as diferentes continuidades elétricas e radioelétricas do
sistema com perda do sinal menor ou igual a 0,25 dB. Após passar pela junta rotativa, a energia segue
através do guia de ondas da poutre e passa pelas cornetas superiores (cobertura baixa) da antena.
Os sinais de radar recebidos, pela via avião e via meteo (presente apenas nos radares da série
STAR), são amplificados pelos LNAs (amplificadores de baixo ruído) do conjunto de micro-ondas
(MWA 2000S) e juntamente com uma amostra dos pulsos de transmissão são encaminhados,
primeiramente, ao módulo COMUTAÇÃO RSR antes de serem enviados para o receptor.
A comutação RSR é um módulo que pertence ao GRA 2500S e serve para comutar as vias de
recepção avião e meteo proveniente dos amplificadores de baixo ruído, para os receptores associados.
Duas funções são realizadas por esta unidade: Filtragem passa-banda (apenas no STAR C) para
uma boa rejeição das frequências imagens e também realiza a comutação da via recepção avião/imagem
da impulsão emitida.
Em paralelo, esta unidade libera aos dois receptores o sinal OL3 gerado no módulo UNIDADE
DE REFERÊNCIA. Os sinais avião e meteo vão cada um para o seu próprio receptor, que são idênticos.
O módulo RECEPTOR NG amplifica e converte o sinal proveniente do módulo COMUTAÇÃO
RSR em um sinal de vídeo digital I/Q, que é posteriormente enviado ao tratamento radar. Uma impulsão
banda S é enviada seja ao emissor, seja para a nappe hyper (MWA 2000S) para realizar testes de acordo
com os comandos do cartão INTERFACE e triggers de disparo para a emissão e teste fornecidos pelo
tratamento.
O tratamento e transferência são realizados pelo processador radar (TMR) que têm como funções:
Sequenciamento do radar primário e o processamento dos sinais da via avião e da via meteo (existente
apenas nos radares da série STAR)
O equipamento recebe, pelo TMR UNIT na função tratamento de sinal, os vídeos I/Q
provenientes do cartão interface do GRA 2500S.
A função tratamento de sinal gera as presenças eco válidas e as transfere para o computador de
tratamento e processamento de dados (TMR PC) onde são gerados os plots, que posteriormente são
enviados ao processador radar (DPC ou DPC PC) do radar secundário associado ao radar primário.
i
O radar primário está associado a equipamentos necessários para a operação do sistema, tais
equipamentos são: pressurizador, armário de distribuição de energia, armário de controle de antena,
mecanismo de acionamento da antena, sistema de distribuição de azimute, mesa técnica e o processador
radar do radar secundário RSM970S ou RSM com tecnologia CIRIUS.
Pressurizador
O pressurizador associado ao radar primário tem como função pressurizar e manter a umidade
baixa no interior dos guias de ondas, junta rotativa e cornetas da cobertura baixa do conjunto de
alimentação de RF da antena. Com isso ele impede a entrada de umidade na linha de transmissão,
evitando o aumento da VSWR e consequentemente protegendo o transmissor.
Figura 19 - Pressurizador GC 266D Utilizado nos radares TA10 e da série STAR (apenas os modernizados).
Mesa Técnica
A mesa técnica é o local, na KT radar, onde ficam concentrados diversos equipamentos da rede de
dados radar e equipamentos de apoio à manutenção
ma e controle da estação.
Os equipamentos da rede de dados são as PLines 8, PLines 4/Microlines, HUBs e Modems. Os
equipamentos de apoio a manutenção e controle
controle da estação são os computadores IRIS ou IBIS (apoio a
manutenção), o computador LTM (apoio a manutenção e controle da estação) e a switch box (apoio a
manutenção), que é responsável por comutar a ligação da saída de vídeo manutenção de cada canal do
radar, com o computador IRIS.
Processador Radar
O processador radar é parte integrante do radar secundário associado ao radar primário que é foco
de estudo desse curso.
Os radares primários em questão geram apenas plots e não pistas. Todas as pistas, associadas ou
não, são produtos dos processadores radar do radar secundário. Associado ao radar TA-10 SST está o
processador radar do radar secundário RSM970S, conhecido como DPC e associado aos radares da série
STAR nós temos o processador radar do radar secundário RSM com tecnologia CIRIUS, conhecido
como DPC-PC.
Figura 27
DPC do RSM970S (parte destacada) DPC-PC do RSM com tecnologia CIRIUS
REFERÊNCIAS
THALES. Manual Técnico Microwave Assembly - MWA 2000S with MBR386S. França, 2009;
THALES, Manual Técnico Generation−Reception - Assembly - GRA 2500S. Ed. G. França, 2009;
THALES, Manual Técnico Solid State Transmitter - SST 2000A. Ed. F. França, 2001;
THALES, Manual Técnico edição TMR Radar Processing - TMR Unit. Ed. B. França, 2006;
THALES, Manual Técnico Data Processing Computer for Primary Radar Processing - TMR PC. Ed. E.
França, 2006;