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Direito Do Trabalho - Técnico Judiciário - Aula 01 - Princípios e Fontes 1
Direito Do Trabalho - Técnico Judiciário - Aula 01 - Princípios e Fontes 1
TRABALHO
AULA 01 – PRINCÍPIOS E
FONTES
DIREITO DO TRABALHO
Aula 01 – Princípios e Fontes
Prof. José Gervásio Meireles
SUMÁRIO
PRINCÍPIOS RELEVANTES AO DIREITO DO TRABALHO.....................................7
I.– Princípio da proteção, protetor, da favorabilidade, tutelar, tuitivo ou corretor de
desigualdades............................................................................................8
I.1- Princípio in dubio pro operario (in dubio pro misero).............................9
I.2- Princípio da norma mais favorável ao trabalhador............................... 11
I.3 – Princípio da preservação da condição mais benéfica ou inalterabilidade
contratual lesiva ...................................................................................... 13
II – Princípio da Irredutibilidade de salários.......................................................14
III – Princípio da Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas................................16
IV – Princípio da Imperatividade das normas trabalhistas............................... 18
V – Princípio da integridade ou intangibilidade salarial................................... 20
VI – Princípio da continuidade da relação de emprego................................... 22
VII – Princípio da estabilidade financeira...................................................... 24
VII – Princípio da primazia da realidade ...................................................... 26
IX – Princípio da vedação ao enriquecimento sem causa................................ 28
X – Princípio da razoabilidade (ou racionalidade) e proporcionalidade............... 29
XI – Princípio da boa-fé............................................................................. 31
XII – Princípio da não-discriminação............................................................ 32
XIII – Princípio da liberdade do trabalho...................................................... 34
XIV – Princípio da isonomia........................................................................ 36
XV – Princípio da dignidade da pessoa humana............................................. 38
FONTES DO DIREITO DO TRABALHO..........................................................43
A NOSSA REVISÃO...................................................................................49
QUESTÕES DE CONCURSOS....................................................................... 53
GABARITO............................................................................................... 61
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES....................................................................... 62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 65
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Autor
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Apenas para que você possa me conhecer melhor, sou Juiz Federal do Trabalho
lho. No TST, além das atividades rotineiras, atuo como supervisor do Núcleo de
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da Justiça do Trabalho).
As aulas serão preparadas com muita atenção ao que vem sendo cobrado nas
provas e sempre levo em consideração que você tem pouco tempo para estudar
extremamente honrado cada vez que um aluno me informa que foi aprovado.
Então, peço que me acompanhe nessas aulas que tentarei tornar as mais inte-
ressantes possíveis.
Não espere que tenha tempo sobrando para começar a estudar. Muitos procuram
pelo sucesso, mas ele é consequência lógica do estudo eficiente. O estudo é que
deve ser buscado, o sucesso aparece sozinho durante a busca. Henry David Tho-
reau, filósofo, já dizia: “O sucesso normalmente vem para quem está ocupado de-
Forte abraço,
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ras. Das férias: do direito a férias e da sua duração; da concessão e da época das
10. Do FGTS.
senciais.
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Caro(a) aluno(a),
Princípios são padrões centrais em torno dos quais gravitam todo o siste-
ma jurídico. Exercem três funções principais:
Função informativa – é destinada ao legislador. Inspira o legislador como
sugestão quando esse cria novas regras jurídicas ou atualiza as já existentes.
Função interpretativa – é destinada ao aplicador do Direito, pois os prin-
cípios auxiliam na compreensão dos significados e sentidos das normas que
compõem o ordenamento jurídico.
Função normativa ou integrativa – auxilia na solução dos casos concre-
tos, já que permite que o operador do Direito possa encontrar no princípio uma
resposta para casos em que não existe nenhuma regra expressa prevista no
ordenamento ou quando a regra precisa ser afastada.
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Você não pode negar que existe efetivamente a possibilidade de conflito entre
princípios, o que deve ser resolvido com base em uma análise de importância
Direito, a olhar o problema concreto, verifica qual o bem ou direito mais rele-
pesados), avaliados, para se apurar qual deles deve prevalecer em um certo caso
prático.
I.
– Princípio da proteção, protetor, da favorabilidade, tutelar,
tuitivo ou corretor de desigualdades
Como você percebe, são diversos nomes para o mesmo princípio. Ele parte da
te mais fraco, não possui o mesmo nível de autonomia que o tomador de serviços.
Não possui o obreiro a mesma facilidade para negociar as regras que regerão seu
trabalho.
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ao trabalhador. Dessa maneira, caso haja uma regra com diversas interpre-
tações possíveis, deve o operador do Direito adotar aquela que seja a mais
vantajosa ao trabalhador.
12.506/2011:
Art. 1o O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis
do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1o de maio de 1943, será con-
cedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de
serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias
por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias,
perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
demissão.
pode exigir o cumprimento do aviso prévio por 30 dias ou pode exigir no mínimo
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gozo do aviso prévio proporcional excedente de 30 dias (por motivos pessoais, profissio-
nais etc.), o empregador não pode exigir a proporcionalidade, sob pena de indenização,
pois a proporcionalidade não é direito do empregador; se o empregado é dispensado
e o empregador não concede o aviso prévio proporcional que é direito do trabalhador,
também será cabível a indenização substitutiva da obrigação de fazer; no entanto, se o
empregado é dispensado e o empregador concede o aviso prévio proporcional na forma
da lei, não há o que indenizar, pois ninguém pode ser punido por estar observando as
normas jurídicas que mandam preservar o direito do trabalhador, caso dos autos. (...)
(RR – 129700-64.2013.5.17.0005, Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, Data de
Julgamento: 15/06/2016, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/06/2016)
Todavia, esse princípio não pode ser aplicado em todos os casos do Direito. Exis-
uma das partes (autor e réu) possui seus encargos probatórios, de maneira que,
se houver dúvida se um fato ocorreu ou não, o juiz não deve julgar imediatamente
cípio porque a regra já é clara, mesmo que prejudicial ao obreiro. Não se pode,
em princípio, atuar contra a lei (contra legem). Se você usa o princípio, você está
constitucionalmente aceitável. Ninguém nega que uma regra prevista na lei pode
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Essa teoria possui importância significativa, visto que tem sido recusada no con-
fronto entre dois conjuntos normativos de mesma hierarquia.
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CLT
Art. 611 – Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual
dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais esti-
pulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às
relações individuais de trabalho.
§ 1º É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar
Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica,
que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordan-
tes respectivas relações de trabalho.
a convenção coletiva estabeleça que a jornada de seis horas para turnos ininter-
ruptos de revezamento (art. 7º, XVI) e adicional de horas extras no mínimo 60%
acima da remuneração hora normal. Por outro lado, imagine um contrato de traba-
lho que preveja adicional de horas extras de 50% e uma jornada de 5 horas para o
tiva do trabalho, deve-se optar por aquela mais favorável no seu conjunto.
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Trabalho:
Nesse princípio, você deve entender que, estabelecida uma determinada van-
valor da hora normal de trabalho, então, não pode baixar o referido adicional para
50%, pois isso seria uma alteração contratual lesiva. Na hipótese de existir essa
Art. 468 – Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente
desta garantia.
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Essa premissa pode ser vista no fundamento utilizado na Súmula 51, I, do TST:
pode mais retirar esse benefício dos trabalhadores que possuem contrato em curso.
res contratados após alteração é que não terão direito ao plano de saúde.
Constituição Federal
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo co-
letivo;
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do Direito do trabalho,
Vale lembrar, ainda que, segundo o entendimento do TST, não pode haver
uma mera redução de salários por meio de norma coletiva, mas, sim, a redu-
julgado:
em que existe, sim, redução da parte do salário, mas ela não viola o princípio. Isso
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em detrimento do trabalhador.
trabalhistas e, para preservar seu emprego ou sua função, abriria mão de direitos
assegurados por lei. Como consequência, não se aceita, como regra, a possibilida-
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legislador não podem, em geral, ser afastadas. Esse caráter cogente (obri-
gatório) das normas trabalhistas impediria que o trabalhador tivesse sua gama de
mente válidas;
quia, deve ser aplicado aquele cujo conjunto inteiro que é mais favorável.
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Constituição Federal
Art. 7º (...)
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
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CLT
Art. 9º – Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvir-
tuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consoli-
dação.
CLT
Art. 444 – As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipula-
ção das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de
proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões
das autoridades competentes.
em concurso:
lhista, em contraponto à diretriz civil de soberania das partes no ajuste das condi-
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No entanto, existem casos específicos (não são a regra, mas exceções) em que
a lei prevê que as partes podem estabelecer regras distintas da prevista em lei. São
CLT
Art. 543, § 2º – Considera-se de licença não remunerada, salvo assentimento da em-
presa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho
no desempenho das funções a que se refere este artigo.
penso, o que significa dizer sem a percepção de remuneração durante seu manda-
to. Todavia, podem a empresa e trabalhador eleito estipular regra contrária, isto
a) autorizados em lei;
lho);
2
A resposta correta é a letra “b”.
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CLT
Art. 462 – Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do
empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou
de contrato coletivo.
exemplo de desconto autorizado em lei, já que a CLT foi recepcionada pela Consti-
tuição como Lei ordinária. Outro exemplo de autorização em lei cuida do art. 462,
§ 1º, da CLT:
CLT
Art. 462 (...)
§ 1º – Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de
que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.
Por último, vale lembrar que o TST admite a adesão do obreiro a um benefício
tas vezes o desconto de valores para ajudar a custear a vantagem. São exemplos
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A Súmula evidencia que a adesão individual não vulnera o art. 462 da CLT,
exemplo).
Nesse ponto, apenas para que você não faça uma compreensão errada, o TST
nefício que precisa do desconto salarial não implica presunção de vício no consen-
de emprego, até mesmo porque, além de que ser fonte de subsistência do traba-
do, necessitando desse trabalho, não daria margem ao rompimento. Logo, caso o
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empregador alegue que houve pedido de demissão ou dispensa sem justa causa,
Então, devemos presumir que a extinção do contrato ocorreu sem justa causa.
o despedimento é do empregador.3
3
Como vimos, o item é verdadeiro.
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CLT
Art. 448 – A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
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e passou a exercer um cargo de confiança na empresa para o qual existe uma gra-
tificação de função (ex. gerente), o TST entende que, exercida função gratificada
por mais de 10 anos, mesmo que o trabalhador seja retirado de sua função (desde
que sem justo motivo) e volte a ser escriturário, não deixará de ter direito à grati-
ficação. É que já havia se acostumado com o valor que lhe era pago.
Embora seja comum sempre pensar em 10 anos como mínimo, o TST reconhece
sionada) com menos tempo somente para impedir que os 10 anos sejam comple-
obstativo.
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Segundo esse princípio, prevalece a realidade dos fatos sobre atos forma-
formal.
percentual.
Nesse particular, muitos dirão que o documento é meio de prova, o que não se
nega. O problema é que a prova não é absoluta (juris et de jure), mas relativa
(juris tantum), sendo derrubada quando existe prova que demonstra que a reali-
dade é outra.
Súmula 12 do TST
CARTEIRA PROFISSIONAL (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não ge-
ram presunção “juris et de jure”, mas apenas “juris tantum”.
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cias legais e/ou constitucionais para determinados institutos. Assim, por exem-
de emprego sem concurso, isso não seria possível após a Constituição Federal de
1988, visto que a Magna Carta exige o respeito ao postulado do concurso público
(art. 37, II, e § 2º). Tanto é verdade que não é possível o reconhecimento de
vínculo de emprego.
a opção correta no que diz respeito aos princípios e fontes do direito do trabalho.
4
O item estudado está falso, uma vez que a Constituição não permite o acesso a emprego público sem aprovação em con-
curso. Isso ocorre mesmo que os elementos da relação de emprego (pessoalidade, não-eventualidade, subordinação e
onerosidade) estejam presentes entre o trabalhador que presta serviços e a Administração.
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Outro princípio geral do Direito. Ele parte da premissa de que não deve o
Exemplo disso ocorre em relação às horas extras. Muito embora a CLT apenas
permita, como regra, a realização de 2 horas extras por dia (art. 59 da CLT), se a
pessoa trabalhar mais de 2 horas extras, todas elas deverão ser pagas para impedir
TST:
existem casos em que o bem tutelado, por ser mais relevante, não permite
penalmente ilícita, como jogo do bicho ou tráfico de drogas. Como reconhecer direi-
e crime? Isso definitivamente não é permitido. O Estado não pode compactuar com
atividades que repudia tanto que chegou a classificá-las como ilícitos penais. Logo,
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conjunto probatório constante dos autos. A lacuna legislativa na seara laboral quanto
aos critérios para fixação leva o julgador a lançar mão do princípio da razoabilidade, cujo
corolário é o princípio da proporcionalidade, pelo qual se estabelece a relação de equiva-
lência entre a gravidade da lesão e o valor monetário da indenização imposta, de modo
que possa propiciar a certeza de que o ato ofensor não fique impune e servir de deses-
tímulo a práticas inadequadas aos parâmetros da lei. (...) (RR – 61-75.2014.5.09.0006
, Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 07/12/2016, 3ª
Turma, Data de Publicação: DEJT 19/12/2016)
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XI – Princípio da boa-fé
Essa boa-fé cuida de princípio geral do direito e deve ser tanto subjetiva
para o diurno, por exemplo, para forçar o empregado a pedir demissão por ser in-
envolvidas. Definido no ajuste que o empregado perceberá salário fixo como forma
de pagamento de salário, eventual novo ajuste para substituir o salário fixo por
Código Civil
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato,
como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
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9029/1995:
Lei 9.029/1995
Art. 1º É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para
efeito de acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo,
origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação profissional,
idade, entre outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção à criança e ao
adolescente previstas no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal.
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cito:
Constituição
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de ad-
missão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de ad-
missão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre
os profissionais respectivos;
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Por oportuno, para finalizar, uma das hipóteses em que se reconhece a ilicitude
de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empre-
XIII:
Constituição Federal
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, (...) , nos
termos seguintes:
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
trabalho ou ofício, desde que não haja violação a valores caros ao ser humano e
das.
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Constituição Federal
Art. 1º A República Federativa do Brasil, (...) , constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
Constituição Federal
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na
livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames
da justiça social, (...)
Cuidado aqui, pois a liberdade do trabalho não é absoluta. Pode haver, para
devem ser atendidos, tais como idade mínima, autorização administrativa para es-
Lei 7.102/83
Art. 16 – Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes requisitos:
I – ser brasileiro;
II – ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos;
III – ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;
IV – ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em estabelecimen-
to com funcionamento autorizado nos termos desta lei.
V – ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico;
VI – não ter antecedentes criminais registrados; e
VII – estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
Nesse ponto, surge uma questão: será que a exigência, para ser válida, de-
tos para admissão no emprego não precisa estar expressa em norma legal,
de antecedentes criminais, mas o TST entende que é razoável esse requisito para
determinadas atividades:
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Por outro lado, resta óbvio que não se podem aceitar exigências patronais
vigilante:
Por esse princípio, devem ser reconhecidos os mesmos direitos àquelas que
se encontram na mesma situação jurídica, desde que não exista uma razão
plausível de diferenciação.
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Constituição Federal
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente
e o trabalhador avulso.
Lei 6.019/1974
Art. 12 – Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos:
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da em-
presa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese,
a percepção do salário mínimo regional;
CLT
Art. 460 – Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância
ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquela que, na mesma
empresa, fizer serviço equivalente ou do que for habitualmente pago para serviço se-
melhante.
Art. 461 – Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo,
nacionalidade ou idade.
mia.
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Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo ou norma re-
gulamentar que condiciona a percepção da parcela participação nos lucros e resultados
ao fato de estar o contrato de trabalho em vigor na data prevista para a distribuição
dos lucros. Assim, inclusive na rescisão contratual antecipada, é devido o pagamento da
parcela de forma proporcional aos meses trabalhados, pois o ex-empregado concorreu
para os resultados positivos da empresa.
Uma ponderação merece ser feita. É evidente que estamos falando da isono-
mia material (ou real). É a famosa expressão “tratar os desiguais desigualmen-
te”. Dessa forma, havendo uma justificativa constitucionalmente aceitável,
pode haver uma diferenciação no tratamento.
Esse certamente é o espírito que norteou o legislador ao estabelecer que a mu-
lher possui direito a intervalo de 15 minutos antes de iniciar as horas extras (art.
384 da CLT) e que o menor de 18 anos trabalhador não pode, como regra, fazer
horas extras (art. 413, caput, da CLT), sendo o labor extraordinário apenas em ca-
sos excepcionais (art. 413, I e II, da CLT).
Constituição Federal
Art. 170. A ordem econômica, (...) , tem por fim assegurar a todos
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Nesse ponto, apenas para que você possa entender a dimensão da extrema
relevância desse princípio no âmbito laboral, aponto agora diversas aplicações prá-
ticas:
Veja um caso:
REVISTA ÍNTIMA. CONTATO CORPORAL. DANO MORAL CONFIGURADO. Esta Corte tem
consignado o entendimento de que o poder diretivo e fiscalizador do empregador per-
mite, desde que procedido de forma impessoal, geral e sem contato físico ou exposição
do funcionário a situação humilhante e vexatória, a realização de revista visual em
bolsas e pertences dos empregados. (...) Entretanto, nos casos em que há “revista
íntima”, consistente na verificação pessoal com contato físico ou nas hipóteses em que
o empregado sujeito a essa conduta patronal tenha que expor partes do seu corpo ou
suas roupas íntimas, há violação da dignidade do trabalhador, circunstância que ense-
ja o pagamento de indenização por dano moral. No caso, o Regional consignou que “a
reclamante, aqui recorrida, fez explicitar em seu interrogatório, que a revista era rea-
lizada no corpo da empregada, com toques manuais e apalpação”, e que foi aplicada à
ré a revelia, reputando-se, por consequência, verídicos, os fatos alegados pela autora.
Assim, comprovada a prática de revista íntima pela empresa, tal procedimento enseja
o ressarcimento moral do empregado. Com efeito, a Corte a quo afirmou que a em-
pregadora adotou conduta plenamente invasiva da privacidade e intimidade dos seus
empregados, submetendo-os a uma situação vexatória e de profundo constrangimento,
situação incompatível com a dignidade da pessoa humana e com a valorização do traba-
lho, contrariando flagrantemente os princípios que regem os contratos de emprego. (...)
(RR – 556-36.2014.5.05.0102 , Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta, Data de
Julgamento: 08/06/2016, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 10/06/2016)
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Constituição Federal
Art. 5º (...)
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto
e a suas liturgias;
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal
a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
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de janeiro (19 dias), fevereiro, março e abril de 2013, reputado verídico pela aplicação
da confissão ficta, em razão de ele implicar abalo aos valores inerentes à dignidade da
pessoa humana, consistentes, dentre outros, na aflição psicológica do empregado com
a dificuldade de fazer frente às despesas para a manutenção de si próprio e de sua
família. X – Nesse sentido, consolidou-se a jurisprudência da SBDI-1 desta Corte, pois
comprovado o reiterado descumprimento, por parte do empregador, da obrigação de
pagar salários ao empregado, resta configurado o dano moral. XI – Firmou-se, assim,
o entendimento de que o atraso no pagamento dos salários é capaz de gerar lesão de
ordem psíquica no trabalhador, relacionada à aptidão de honrar compromissos assumi-
dos e de prover o sustento próprio e da família. (...) (RR – 1256-64.2013.5.04.0008,
Relator Ministro: Antonio José de Barros Levenhagen, Data de Julgamento: 11/05/2016,
5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 13/05/2016)
Constituição Federal
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a mora-
dia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e
à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
Claro que sua violação contraria a própria condição humana, a qual pressupõe
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moral é considerado in re ipsa, já que decorre da própria natureza dos fatos ocorridos,
prescindindo, assim, de prova da sua ocorrência, em virtude de ele consistir em ofensa
a valores humanos, bastando a demonstração do ato ilícito ou antijurídico em função do
qual a parte afirma tê-lo sofrido. (...) (RR – 142800-26.2006.5.01.0022 , Relator Minis-
tro: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 25/02/2015, 2ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 06/03/2015)
e respeitar a condição humana. Veja julgado que o TST deixa claro que houve
Art. 5º (...)
ou degradante;
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esse julgado:
pecíficos desse ramo, sejam eles princípios gerais do direito ou mesmo princípios
constitucionais.
seis categorias:
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trabalho;
mente adota para reger sua atividade, vinculando a empresa e integrando o con-
trato de trabalho;
verdadeiros costumes internos. Nesse ponto, importante lembrar que alguns dou-
O CESPE já considerou que os usos são fonte do direito, assim como os costumes.
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mas ou autônomas.
Aqui você precisa conhecer o que seria uma sentença normativa. É o nome que
um acordo conjunto, sozinhos, sobre as normas que os regerão, pode haver o ajui-
Trabalho valem para toda a categoria, quer dizer, todos os trabalhadores e empre-
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essa fonte do Direito. Lembre-se: o trabalhador pode não ser filiado, mas continua
integrando a categoria.
Por outro lado, em um acordo coletivo desse sindicato com uma escola, os
5
A resposta, como já vimos a matéria logo acima, é evidentemente a letra "d"
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CLT
Art. 8º. As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições
legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por
eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do
trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre
de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse
público.
Parágrafo único – O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo
em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste.
De toda sorte, o parágrafo único do artigo 8º da CLT possui uma previsão real-
do Trabalho. Isso nos remete à famosa divisão entre fontes principais e fontes
subsidiárias.
se não há norma clara nas leis trabalhistas, pode-se buscar solução nos demais
Quando se menciona o Direito Comum, resta evidente que estamos nos referin-
do aos demais instrumentos normativos de Direito, como ocorre com o Código Civil
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No entanto, você deve verificar que o Direito Comum apenas é fonte subsi-
Por outro lado, veja, a título ilustrativo, o art. 940 do Código Civil (“Aquele que
demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias re-
cebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no
dele exigir, salvo se houver prescrição”). Essa regra, para o TST, não é compatí-
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A NOSSA REVISÃO
Princípios
Linha mestra Observações
Regentes
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As exceções. Descontos:
a) autorizados em lei;
b) autorizados em norma
coletiva;
Integridade ou
Empregador não pode realizar descontos no c) autorizados por
intangibilidade
salário do empregado, como regra. adesão individual
salarial
voluntária de trabalha-
dor a benefício
concedido ou contrato
pelo empregador.
Excepcionalmente, a
lei prevê que as partes
Imperatividade As normas trabalhistas, em virtude da pro-
podem estabelecer
das normas teção ao hipossuficiente que elas visam, são
regras distintas da
trabalhistas imperativas, cogentes, quer dizer, inafastáveis.
prevista em lei (normas
dispositivas).
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QUESTÕES DE CONCURSOS
lhista, em contraponto à diretriz civil de soberania das partes no ajuste das condi-
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a) Razoabilidade.
Direito do Trabalho possui princípios próprios que norteiam a sua aplicação. Assim,
a) intangibilidade contratual.
b) primazia da realidade.
d) integralidade salarial.
e) flexibilização.
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o intérprete a aplicar a norma mais benéfica ao trabalhador, ainda que essa norma
pensada por justa causa por não atender aos ditames inseridos no regulamento da
que limitava o uso do banheiro em, no máximo, cinco minutos, no período da ma-
nhã e no período da tarde. A mesma já tinha sido advertida por escrito duas vezes
b) está correto o uso do direito de controle do empregador, uma vez que ao assu-
causa somente ocorre após a aplicação de três advertências e não duas, como no
caso.
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reta.
d) A sentença normativa é fonte do direito do trabalho, mas não o são os atos nor-
Acerca dos princípios e das fontes do direito do trabalho, assinale a opção correta.
empregador não pode interferir nos direitos dos seus empregados, salvo se expres-
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dere:
o despedimento é do empregador.
Trabalho:
néfica.
Considere:
I – Lei ordinária.
II – Medida provisória.
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a) I, II e V.
b) I e II.
c) I, II, IV e V.
d) I, II e III.
e) IV e V.
I – A Lei Ordinária que prevê disposições a respeito do 13o salário é uma fonte
material autônoma.
a) III e IV.
b) I, II e III.
c) I, II e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
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a) a jurisprudência.
b) os usos e costumes.
e) a analogia e equidade.
a) autônomas.
b) heterônimas.
e) extraestatais.
Considere:
do Direito do Trabalho.
vez que não há previsão legal para sua utilização, bem como se refere ape-
a) I e II, apenas.
b) III, apenas.
c) I, II e III.
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d) I e III, apenas.
e) II, apenas.
reta.
d) A sentença normativa é fonte do direito do trabalho, mas não o são os atos nor-
lho:
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GABARITO
1. E 10. c
2. e 11. d
3. b 12. a
4. e 13. c
5. b 14. b
6. C 15. a
7. c 16. b
8. b 17. d
9. a
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RESOLUÇÃO DE QUESTÕES
Direito do Trabalho possui princípios próprios que norteiam a sua aplicação. Assim,
a) intangibilidade contratual.
b) primazia da realidade.
d) integralidade salarial.
e) flexibilização.
Letra b.
A questão trata da importância da verdade dos fatos. Essa verdade prevalece sobre
reta.
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d) A sentença normativa é fonte do direito do trabalho, mas não o são os atos nor-
Letra b.
A letra “a” está errada. O trabalhador não pode renunciar ao direito de férias,
fastável).
A letra”b” está certa. Como visto, o CESPE adota o entendimento de que os usos
A letra “c” está errada. A CLT não pode se sobrepor à Constituição Federal, exceto
A letra “d” está errada. Os atos normativos do Poder Executivo, tais como as Nor-
A letra “e” está errada. Você viu no começo da aula que os princípios auxiliam na
interpretação.
pensada por justa causa por não atender aos ditames inseridos no regulamento da
que limitava o uso do banheiro em, no máximo, cinco minutos, no período da ma-
nhã e no período da tarde. A mesma já tinha sido advertida por escrito duas vezes
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b) está correto o uso do direito de controle do empregador, uma vez que ao assu-
causa somente ocorre após a aplicação de três advertências e não duas, como no caso.
Letra c.
pessoa humana. Resta claro que a restrição de uso de banheiros viola essa digni-
abuso patronal.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9. MOLINA, André Araújo. Teoria dos princípios trabalhistas. São Paulo: Atlas,
2013.
10. PLÁ RODRIGUES, Américo. Princípios do direito do trabalho. São Paulo: LTr,
2015.
12. ZANGRANDO, Carlos. Princípios do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2013
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