Você está na página 1de 161

Aula 02 - Profº Celso

Natale (PDF) e Amanda


Aires (Videoaulas)
CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do
Trabalhador) Conhecimentos Específicos
- Eixo Temático 3 - Sociologia e
Autor:
Psicologia Aplicadas ao Trabalho - 2024
Alessandra Lopes, Celso Natale,
(Pós-Edital)
Thayse Duarte Varela Dantas
Cesar

25 de Janeiro de 2024
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

SUMÁRIO
1 Demanda por Trabalho ..................................................................................................................... 3
2 Teoria da Produção ............................................................................................................................ 3
2.1 Fatores de Produção ..................................................................................................................... 4
3 Tecnologia de Produção ................................................................................................................... 4
3.1 Funções de Produção ................................................................................................................... 5
4 Curto Prazo e Longo Prazo................................................................................................................ 6
4.1 Curto prazo: produção com apenas um fator variável ............................................................ 7
4.2 Longo prazo: produção com mais de um fator variável ....................................................... 17
5 Teoria dos Custos ............................................................................................................................ 26
5.1 Custos econômicos X Custos contábeis ................................................................................. 26
5.2 Custos não salariais .................................................................................................................... 29
5.3 Funções de custos: introdução ................................................................................................ 31
5.4 Custo fixo, custo variável e custo total .................................................................................... 31
5.5 Custos médios (total, fixo e variável) ....................................................................................... 32
5.6 Custo Marginal ............................................................................................................................ 33
5.7 Custos no curto prazo ................................................................................................................ 36
5.8 Custos no Longo Prazo .............................................................................................................. 40
5.9 Economias de Escala ................................................................................................................. 48
6 Modelos de Demanda por Trabalho ............................................................................................ 51
6.1 Demanda por trabalho no curto prazo ................................................................................... 51
6.2 Demanda por trabalho no longo prazo .................................................................................. 58
Resumo ..................................................................................................................................................... 62
Referências Bibliográficas ...................................................................................................................... 64
Apêndice: Derivadas .............................................................................................................................. 65
Questões Comentadas........................................................................................................................... 66
Lista de Questões.................................................................................................................................. 135
Gabarito.................................................................................................................................................. 159

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 1
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

INTRODUÇÃO
Saudações!

Nesta aula, continuaremos dando atenção aos Atores do mercado de Trabalho, focando no
papel das Empresas, cujo papel desempenhado é o de demandar trabalho.

4.4 Atores no mercado de trabalho. 4.6 Agentes econômicos. 4.7 Trabalho e


empresa. 5.4 Custos não salariais. (Demanda por trabalho)

Já adianto que é a aula mais extensa e complexa do curso. Mas não se assuste com o número de
páginas. A maioria delas é de questões e gráficos (temos muitos de ambos!)

Nesses assuntos, é normal “emperrar”. Mais de uma vez. Mas prossiga, que as coisas vão ficando
mais claras e fazendo mais sentido. É normal ter dificuldades, especialmente no primeiro contato,
e ninguém entende de primeira. Se a coisa ficar muito difícil mesmo, vá para as próximas aulas,
pois seus conteúdos são mais tranquilos.

Os principais tópicos sobre demanda de trabalho, para fins de prova, estão no final da aula, os
modelos de demanda por trabalho.

E eles estão no final porque, como você verá, são tópicos que só podem ser bem compreendidos
com tudo que vem antes.

Mas eu sei que algumas pessoas precisariam de mais tempo para absorver tudo isso, mais tempo
do que temos até a data da prova.

Por outro lado, não posso ser negligente e dar uma aula superficial, em respeito àqueles que
estão se preparando há mais tempo, estão prontos para a abordagem completa e buscam brigar
pelas primeiras posições, como tantos alunos do Estratégia.

Então, se você está sem tempo ou realmente não conseguir avançar na aula, vá direto para o
Resumo e busque decorar o tópico 6 da aula. Obviamente essa estratégia não vai permitir que
você resolva as questões mais difíceis de Economia do Trabalho, mas pode permitir que acerte
algumas mais simples e consiga sua vaga. Além disso, logo teremos a versão simplificada, que
também pode ajudar.

E lembre-se do objetivo: ser aprovado nesse concurso, ganhar a estabilidade e um excelente


salário exige muita dedicação, e vale a pena! E se tiver dúvidas já sabe: fale comigo!

@profcelsonatale

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 2
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

1 DEMANDA POR TRABALHO


Vimos, anteriormente, que a decisão de quanto trabalho ofertar depende das preferências do
trabalhador em relação ao consumo/renda e lazer, levando-os a ofertar mais ou menos horas de
trabalho.

Agora, avançamos para compreender o lado da demanda por trabalho, o lado das empresas.

Então, nunca é demais lembrar que quem demanda trabalho são as empresas. A propósito, esse
é o papel representado pelas empresas no mercado de trabalho.

No mercado de trabalho, as empresas são atores que demandam trabalho.

Para compreender a demanda por trabalho, e acertar as questões sobre isso, vamos conhecer a
teoria da firma (apenas outro nome para empresa, muito utilizado em Economia). Essa teoria é
dividida em duas partes:

• teoria da produção
• teoria dos custos

Portanto, é bastante semelhante com aquilo que vimos sobre o trabalhador.

O trabalhador tem possibilidade de combinações entre lazer e consumo, mas essas


possibilidades são limitadas por seu tempo.

A firma (empresa) tem diferentes possibilidades de produção de bens (ou serviços), mas essas
possibilidades são limitadas por seus custos.

Como agente econômico, as empresas produzem bens e serviços, e o fazem combinando


capital e trabalho.

2 TEORIA DA PRODUÇÃO
Estudar o comportamento do trabalhador, significou analisar sua restrição, suas preferências e,
por fim, suas decisões.

As decisões de uma empresa são semelhantes, e podemos também dividir a análise inicial em
dois passos: produção e custos de produção.

O foco inicial é a produção e, para começar, vamos compreender o que são os fatores de
produção, elementos básicos dessa teoria.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 3
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

2.1 Fatores de Produção

Durante o processo produtivo, as empresas utilizam trabalho, matérias-primas e máquinas


(capital). Esses itens utilizados para elaborar um produto são chamados de fatores de produção.

Por exemplo, um delicioso pão de queijo, para ser produzido, precisa de ovos, polvilho e outros
ingredientes (matérias-primas).

Também precisou de um forno (capital) e uma pessoa para misturar os ingredientes e operar o
forno (trabalho, também chamado mão-de-obra).

Algumas vezes, os fatores de produção também são chamados de insumos – é a mesma coisa.

O Capital, em especial, é bastante amplo: inclui tudo aquilo que é usado na produção sem ser
transformado no processo, como máquinas, equipamentos, prédios, ferramentas etc.

Outra característica do capital é que ele mesmo é um produto, ou seja, passou por um processo
de produção.

3 TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO
As empresas também têm algumas restrições. Uma delas é o fato de que há apenas algumas
formas viáveis de combinar os insumos na produção. Em outras palavras, há restrições
tecnológicas (ainda não estamos falando de custos).

Note que tecnologia não é apenas um supercomputador ou um dispositivo high tech. Aquela
receita de bolo da vovó, que usa os ingredientes de uma forma singular, aproveitando-os e
combinando-os eficientemente, também é uma tecnologia.

Em outras palavras, tecnologia é o estado atual do conhecimento de como combinar os insumos


para obter produtos (e nosso conhecimento do que pode ser produzido).

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 4
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Veremos agora uma forma de demonstrar os maiores resultados possíveis, em termos de


produção, da combinação de fatores: as funções de produção.

3.1 Funções de Produção

Uma função é uma relação entre entradas e saídas. No nosso caso, entram insumos e saem
produtos.

Portanto, a função de produção relaciona as quantidades utilizadas dos insumos (x1, x2, x3,
... xN) com a quantidade máxima de produto resultante dessa utilização (q).

Pode-se representar genericamente uma função de produção por (calma, não anote ainda!):

q = f(x1, x2, x3, ... xN)


Lemos: a quantidade produzida (q) é função (f) das quantidades dos insumos (x1, x2 etc)

Os grandes mestres economistas, as bancas, eu e, a partir de agora, você também, costumam


simplificar as coisas utilizando apenas dois fatores de produção: capital e (é claro) trabalho.

Ao representarmos por K e L, respectivamente, podemos dizer que uma função de produção é


(e agora pode anotar):

q = f (K,L)
Lemos: quantidade produzida (q) é função (f) do capital (K) e do trabalho (L) empregados.

Como é a própria definição de função, cada combinação entre os insumos só


pode levar a uma determinada quantidade produzida. O sinal de “igual” não
permite outra interpretação.

Em outras palavras, não é possível obter quantidade diferentes se estiver usando


uma quantidade de capital e de trabalho determinada.

Por outro lado, é possível que diferentes combinações levem ao mesmo nível de
produção.

Agora, uma curiosidade que ajuda a memorizar: o “L” vem de labour, que significa trabalho em
inglês (em português também, mas não costumamos usar muito a palavra “labor”, né?).

Prosseguindo, poderíamos, por exemplo, ter uma função de produção assim:

q = f (K,L) = K.L

Lemos: a quantidade produzida (q) é função da quantidade de capital (K) e trabalho (L), e é igual
à quantidade de capital multiplicada pela quantidade de trabalho.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 5
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Portanto, podemos escrever simplesmente assim: q=K.L. Afinal, fica evidente que a quantidade
produzida depende (é função) da quantidade de insumos.

E ela faz sentido, porque indica que quanto mais trabalho e capital nós usarmos, mais iremos
produzir, não é?

Sendo assim, seriam exemplos as seguintes funções (e muitas outras, é claro):

▶ q=K+L
▶ q = 5K . 2L
▶ q = k2 + 2L3
▶ q = √K . 2L

Cada uma das funções acima tem suas características, mas isso é algo que avaliaremos
oportunamente.

A mais importante das funções de produção (por causa de sua frequência em provas, claro) é a
chamada função do tipo Cobb-Douglas.

A função de produção do tipo Cobb-Douglas tem a seguinte aparência:

q=La.Kb
Ou seja, são definidas como uma multiplicação entre a quantidade dos fatores de produção.

E por que são tão importantes? Bem, ainda temos um longo caminho para chegar lá. Por
enquanto, conhecer seu formato e saber que ela existe basta. Vamos prosseguir com questões
mais urgentes.

4 CURTO PRAZO E LONGO PRAZO


Talvez você esteja imaginando que a empresa pode combinar trabalho e capital de várias formas.

Você tem razão, se estivermos analisando a produção no longo prazo. No curto prazo isso não
é verdade. Aliás, a diferença entre curto e longo prazo é exatamente essa:

Curto prazo: período no qual pelo menos um dos fatores não pode ter sua
quantidade alterada.

Longo prazo: tempo necessário para que todos os insumos possam ter suas
quantidades alteradas.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 6
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Portanto, no curto prazo, a quantidade de um dos insumos permanece inalterada. Esse insumo
recebe o nome de insumo fixo, enquanto a quantidade do outro pode variar conforme a
vontade da empresa, e ele será o insumo variável.

Note que os conceitos não estão relacionados com unidades usuais de contagem de tempo
(dias, meses, anos). Quero dizer que não podemos dizer se dois dias é curto prazo ou se 100
anos é longo prazo. O que conta é aquilo que coloquei no box acima.

Para a barraca de frutas na feira, uma semana pode ser suficiente para expandir as instalações
(capital) e recrutar mão-de-obra adicional (trabalho), e esse seria seu longo prazo.

Uma montadora de aeronaves, por outro lado, pode levar 5 anos para adquirir uma nova
máquina (capital), embora possa contratar mais operários em alguns dias. Dessa forma, antes de
completar meia década, ela estaria no curto prazo.

E por que é importante diferenciar curto prazo de longo prazo? A boa e velha resposta: porque
é assim que as bancas cobram. Você deverá ser capaz de diferenciar o que acontece em cada
uma das situações.

E você será capaz. É por aí que prosseguimos.

4.1 Curto prazo: produção com apenas um fator variável

Veremos as decisões que a empresa pode tomar quando sua opção consiste em aumentar a
quantidade de trabalho, ou seja, contratar, mantendo constante a quantidade de capital
empregada.

Como é na realidade da maioria das empresas e na totalidades das questões de prova sobre o
curto prazo, vamos considerar o capital como o insumo fixo e o trabalho como variável.

Mas antes, precisamos conhecer três conceitos diferentes relacionados ao volume de produção:
produto total, produto médio e produto marginal.

4.1.1 Produto total, médio e marginal

Suponha que nossa empresa produz pão e está operando com uma quantidade fixa de máquinas
de 10 unidades (K=10).

Precisamos também do fator trabalho para produzir. Quando adicionarmos a primeira unidade
de trabalho – ou o primeiro trabalhador (L=1) – teremos uma quantidade de, digamos, 100
unidades do produto. Se é por hora, por dia ou por ano, é irrelevante no momento.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 7
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Ao adicionarmos o segundo trabalhador, é razoável imaginar que a produção aumente em maior


proporção. Isso decorre especialização.

Na prática, isso significa que os dois trabalhadores poderão operar as máquinas com maior
eficiência. Por exemplo, com um deles operando o forno enquanto o outro prepara a massa nas
formas.

Por isso, vamos supor que utilizar a segunda unidade de trabalho adicionou 200 unidades do
produto.

Vamos montar uma pequena tabela já com os três conceitos de produto que precisamos
aprender:

Capital (K) Trabalho (L) Produto Marginal Produto Total (q) Produto Médio
10 0 - 0 -
10 1 100 100 100
10 2 200 300 150

Sendo assim, o produto marginal do trabalho (PmgL), para a primeira unidade de trabalho, foi
de 100 unidades de produto. Já o PmgL da segunda unidade de trabalho foi de 200.

Produto total é bem simples de compreender. Trata-se da quantidade total de produto obtida
na produção.

O produto médio do qual falamos aqui é a produto médio por unidade do fator trabalho, ou
seja, o produto total dividido pela quantidade do fator trabalho. Também costuma ser chamado
de produtividade média do trabalho.

Por fim, o produto marginal, ou produtividade marginal, é a quantidade de produto adicional


que se obtém ao acrescentar uma unidade de trabalho à produção.

q
Produto médio do trabalho (PMeL):
L

∆q
Produto marginal do trabalho (PMgL):
∆L

Obs: o símbolo ‘∆’ (delta) representa variação. Então, o produto marginal é a variação
na quantidade produzida diante de uma variação na quantidade de trabalho.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 8
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Achou fácil? Ótimo. Vamos completar nossa tabela de produção no curto prazo, para podermos
complicar um pouco as coisas. Observe que o produto marginal determina o crescimento do
produto total:

Capital (K) Trabalho (L) Produto Marginal Produto Total (q) Produto Médio
10 0 - 0 -
10 1 100 100 100
10 2 200 300 150
10 3 300 600 200
10 4 200 800 200
10 5 160 960 192
10 6 120 1080 180
10 7 40 1120 160
10 8 0 1120 140
10 9 -40 1080 120
10 10 -80 1000 100

O PMgL é um conceito muito importante desta aula, e seu comportamento deve ser
completamente compreendido por você.

Note que, em nosso exemplo, até a terceira unidade de trabalho seu produto marginal está
aumentando, por isso dizemos que ele é crescente. Após a terceira unidade de trabalho, o PmgL
começa a decrescer.

Inicialmente, a especialização faz o produto marginal aumentar.

Mas chega uma determinada quantidade de trabalho que passa a adicionar menos produto. Em
nossa hipótese, isso pode ser causado pelo excesso de gente na produção. “Muita gente para
pouca máquina”.

Ao adicionarmos o 9º trabalhador, a produção é menor do que quando tínhamos 8 unidades de


trabalho, pois os trabalhadores começam a se acotovelar na produção, atrapalhando-se
mutuamente. Afinal, há apenas um forno, certo? O capital é fixo!

Vamos demonstrar a tabela graficamente, para cada um dos produtos (marginal, total e médio).

4.1.2 Curvas de produção

Todas as demonstrações adiante terão a quantidade de trabalho no eixo horizontal.

Começamos colocando o produto marginal correspondente a cada unidade de trabalho,


obtendo assim a curva do produto marginal:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 9
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Sem novidades, certo? Apenas o comportamento padrão do produto marginal do trabalho:


primeiro sobe, depois desce.

As quantidades de trabalho 3 e 8 são especiais, nesse nosso exemplo, pois representam,


respectivamente, o ponto em que o PmgL começa a cair e o ponto no qual ele fica negativo.
Veremos o efeito disso nas outras curvas de produção.

Agora é a vez da curva de produto total, que sofre diretamente os efeitos do produto marginal:

Notou algo? Se não, olhe de novo. O produto total cresce em ritmo cada vez mais acelerado até
o acréscimo da 3ª unidade de trabalho. Depois dela o ritmo de crescimento do produto diminui,
mas o produto total ainda cresce (cada vez menos).

A partir da 8ª unidade de trabalho, o produto total começa a diminuir! É claro que não é
coincidência, pois esses são exatamente os pontos onde o PMGL decresce e fica negativo,
respectivamente.

A 8ª unidade de trabalho foi aquela na qual colocar mais trabalhadores mais atrapalhou do que
ajudou.

Vamos à curva de produto médio:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 10
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

As quantidades produzidas foram definidas arbitrariamente, ou seja, eu inventei os valores. Mas


o comportamento das curvas do exemplo obedece à Lei dos rendimentos marginais
decrescentes.

Ela determina os momentos em que as curvas crescem e decrescem. Vamos entendê-la melhor
para, em seguida, relacionarmos todas as curvas de produção que vimos.

Lei dos rendimentos marginais decrescentes: Determina que, quando


aumentamos a quantidade do fator de produção variável, mantendo o outro fator
fixo, a produtividade marginal do fator variável diminui a partir de determinado
ponto.

Muito bem! Estamos prontos para estabelecer as (importantíssimas) relações gráficas entre as
curvas de produção. Em regra, sempre que for observada a lei dos rendimentos marginais
decrescentes, teremos o seguinte:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 11
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Os pontos A, B e C estão aí para destacar as relações mais importantes entre as curvas de


produto, das quais decorrem algumas outras. Além disso, esse assunto...

A – Quando a curva de produto marginal passa de seu ponto máximo o produto total passa
a crescer mais lentamente.

A.1 Portanto, a inclinação da curva de produto total diminui nesse ponto, e a produção
desacelera, mas continua crescendo.

B – Quando a curva de produto marginal cruza a curva de produto médio, esta passa a
decrescer.

B.1 Por isso, quando o PMg fica menor do que o PMe, os dois são decrescentes.

C – Quando o produto marginal se torna negativo, o produto total começa a diminuir.

C. 1 Então, quando o produto marginal é zero, o produto total está em seu nível máximo.

C. 2 Além disso, enquanto o produto marginal for positivo, o produto total estará
crescendo.

A curva abaixo é uma versão mais compacta daquela que vimos anteriormente:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 12
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

As relações acima são importantíssimas, e valerão para qualquer questão sobre produção no
curto prazo (um insumo variável) que não diga o contrário, como veremos adiante.

4.1.3 Função de produção e produtividade marginal

Agora quero te mostrar como descobrir a produtividade marginal do trabalho a partir da função
de produção.

Para isso, vamos usar uma ferramenta de Cálculo chamada Diferenciação, um processo utilizado
para descobrir funções Derivadas.

Este é um dos raros momentos no curso em que peço que você decore a fórmula, em vez de
entender a ideia por trás dela. Faço isso pois o custo de compreender derivadas seria muito alto,
supondo que você não esteja familiarizado com trigonometria e limites.

Desenvolveremos um pouco mais as derivadas ao longo do curso, mas por enquanto, o que
preciso que você saiba é:

A produtividade marginal do fator variável (trabalho) é a derivada parcial da


função de produção em relação ao trabalho.

E é claro que vou te relembrar como derivar:

Suponha que temos a função de produção q = L3.K

Para obter o produto marginal do trabalho, fazemos o seguinte passo-a-passo:

1) Descemos uma cópia do expoente de L, que passa a multiplicar L. Deste jeito:

2) Subtraímos 1 do expoente:

Pronto, esta é a derivava da função de produção q = L3.K e, portanto, a nossa


função de produto marginal:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 13
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

4.1.4 Maximização da produção

Essa parte pode parecer difícil. E é mesmo. Mas está prestes a ficar menos difícil para você do
que é para seus concorrentes. =)

Estou falando da maximização da produção.

Há pouco, vimos que o produto total é máximo quando o produto marginal é zero:

E também sabemos que a função de produto marginal é a derivada da função de produto


total.

Juntando essas duas informações, podemos, a partir da função de produto total, descobrir qual
é a produção máxima.

Nem toda função de produção permitirá descobrimos a produção máxima. Afinal, qual será a
produção máxima de “q = 10 + 20K”? Infinito. Porque o valor de q será maior quanto for maior
“K”. Indefinidamente...

Mas algumas funções de produção permitem isso.

Vamos fazer isso por meio de uma questão.

(SLU-DF/Economista)
1
Considerando uma função de produção do tipo Y = X2 – 30
x3 , em que Y representa o produto e
X, o insumo, julgue os itens subsequente.
Ao nível do produto máximo, a produtividade marginal é igual a 20.
Comentários:
Já adianto que essa questão tem tudo para estar errada, já que o produto máximo ocorre quando
o produto marginal é zero, e não 20. Afinal, se o produto marginal é 20, significa que adicionando
mais insumo, obteremos 20 unidades a mais de produto. Não parece que chegou ao máximo,
né?

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 14
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Já pode marcar “errado” como gabarito.


De toda forma, minha ideia aqui é aprendermos a encontrar o produto máximo.
E começamos derivando a função de produção:
1 3
Y = X2 – x
30

1
Y' = 2X – 3 30 x2

Multiplicando “3” por “1/30”:


3 2
Y' = 2X – x
30

O que é a mesma coisa que:


1 2
Y' = 2X – x
10

Agora, o que temos em mãos é a função de produção marginal, que basta igualarmos a zero
para saber qual é a quantidade de insumo (X) que resulta na produção máxima (Y):
1 2
2X – x =0
10
Se você quiser, pode aplicar a fórmula de Báskara, já que temos uma equação do segundo grau,
mas eu quero propor outra abordagem, que envolve o que chamamos de fatoração. Perceba o
“X” está multiplicando todos os elementos da esquerda, isso significa que podemos reescrever
a função assim:
1
X . (2 – X) = 0
10
Então, como temos uma multiplicação, há duas formas de seu resultado ser zero: se o primeiro
1
elemento (X) for zero, ou se o segundo elemento 2 – 10 X for igual a zero.
Se “X” for igual a zero, a produção será zero, então essa não pode ser nossa resposta. Isso porque
além do produto marginal ser zero, é necessário que ele seja decrescente:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 15
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Portanto, vamos usar o “segundo elemento”:


1
2– X=0
10

Vou começar colocando o termo que multiplica “X” do outro lado:


1
2 = 10 X
E agora, vou multiplicar os dois lados por “10”, para me livrar da fração:
10
20 = X
10
20 = 1X
20 = X
Portanto, 20 é a quantidade do insumo “X” que maximiza a produção. Era aí que a questão queria
te confundir. A produtividade marginal é zero, e não 20.
Gabarito: Errado

De quebra, matamos a próxima questão. Afinal, se há um nível máximo de produção, significa


que a partir daí a produção marginal começa a decrescer.

(SLU-DF/Economista)
1
Considerando uma função de produção do tipo Y = X2 – x3 , em que Y representa o produto e
30
X, o insumo, julgue os itens subsequente.
A produtividade marginal é uma função crescente para todos os valores de X.
Gabarito: Errado

Agora, o longo prazo.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 16
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

4.2 Longo prazo: produção com mais de um fator variável

Conforme definição vista há pouco, o longo prazo é quando todos os insumos podem ter suas
quantidades alteradas.

Como estamos lidando com dois insumos, é possível alterar tanto a quantidade de capital (K)
quanto a quantidade de trabalho (L).

4.2.1.1 Isoquantas

Há uma importante representação gráfica que aprenderemos agora. A essa altura você já deve
ter percebido que quando digo “importante”, quero dizer que cai muito em prova!

Estou falando da Isoquantas.

Isos é uma palavra grega que significa igualdade, ou algo muito próximo disso. Por isso, o prefixo
isso é utilizado para transmitir essa ideia de padronização. Isoquanta, então, pode ser traduzido
como “mesma quantidade”.

E é exatamente isso que as curvas Isoquantas nos mostrarão: quais combinações entre as
quantidades dos dois insumos resulta na mesma quantidade de produto.

Vamos ver como fica nossa empresa produtora de pão de queijo quando ela varia as quantidades
de trabalho e de capital. Para isso, vamos montar uma tabela que vai nos mostrar qual a
quantidade de produto para cada combinação.

Capital (K)
1 2 3 4 5
10 200 400 550 650 750
Trabalho (L)

20 400 600 750 850 900


30 550 750 850 1000 1050
40 650 850 1000 1100 1150
50 750 900 1050 1150 1200

Para ler a tabela, escolha uma quantidade de trabalho e uma quantidade de capital, e veja a qual
quantidade de produto essa combinação corresponde.

Por exemplo, com 40L e 5K, o produto será 1.150 unidades.

Observe que, se ficarmos fixos na primeira coluna e descermos uma linha de cada vez, a
produção aumentará por causa do aumento do trabalho.

O mesmo acontece se nos fixarmos na primeira linha e caminharmos para a direito: o produto
aumenta, mas dessa vez por causa da intensificação do capital.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 17
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Da nossa tabela, podemos derivar as Isoquantas. A seguir veremos três delas, sendo que cada
uma demonstra as várias combinações entre capital e trabalho que resultam na quantidade de
produto indicada em sua curva.

Cada curva do gráfico é uma isoquanta. A isoquanta de 550 unidades, mais abaixo (q=550),
mostra as combinações de K e L que geram 550 unidades do produto.

O ponto E1, por exemplo, mostra que com 30 L e 1 K obteremos as 550 unidades de produto, a
mesma quantidade obtida no ponto E2, com 10 L e 3 K. O fato de E1 e E2 estarem sobre a mesma
isoquanta indica que são duas combinações distintas entre trabalho e capital que geram a
mesma quantidade de produto.

As isoquantas são curvas que mostram todas as combinações entre os fatores


de produção que geram a mesma quantidade de produção.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 18
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

O conjunto das curvas forma um mapa de isoquantas, e serve para analisar a decisão que a
empresa fará em relação à alocação de capital e trabalho dependendo da produção desejada.

No exemplo, evidenciamos apenas 3 isoquantas no mapa – respectivamente para 550, 750 e 900
unidades – mas seria possível traçar inúmeras outras entre essas. Dessa forma, caso a empresa
desejasse produzir 900 unidades, poderia flexibilizar sua produção usando mais de um insumo
ou de outro.

4.2.1.2 Taxa Marginal de Substituição Técnica (TMST)

A taxa marginal de substituição técnica (TMST) mostra quanto de um insumo podemos diminuir
quando tivermos uma unidade adicional do outro insumo, de forma que a quantidade
produzida seja mantida.

TMST = variação do insumo vertical / variação do insumo horizontal


= △L / △K (para nível constante de q)

Ou seja, é a inclinação de uma isoquanta em determinado ponto.

Por exemplo, vamos calcular a taxa marginal de substituição técnica entre os pontos A e B.

No nosso caso, teremos:

TMST = △L / △K = -10 / 1 = -10

Sob um maior rigor, para que o termo marginal seja corretamente empregado, estaremos
falando de uma variação muito pequena entre os dois insumos e, portanto, a inclinação será a
reta tangente.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 19
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

As isoquantas são, normalmente, decrescentes e convexas, de forma que a inclinação diminui


conforme avançamos da esquerda para a direta, conforme podemos ver a seguir:

Quanto mais inclinada (vertical) é a curva, maior é a TMST. Por isso, no gráfico acima,
TMSTA>TMSTB>TMSTC.

Algo importante sobre a TMST, e válido em todos os casos, é que ela é igual à relação entre a
produtividade marginal dos fatores de produção.

Assim:

-PMgK -∆L
TMST= = | f(L,K) = constante
PMgL ∆K

4.2.1.3 Duas isoquantas especiais

Existem duas isoquantas que são casos extremos, e possuem taxas marginais de substituição
técnicas bem particulares.

a) ISOQUANTA ESPECIAL 1: INSUMOS SUBSTITUTOS PERFEITOS

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 20
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Quando capital e trabalho são substitutos perfeitos, sua TMST é constante, o que caracteriza suas
isoquantas retas. Por exemplo, os pontos A, B e C são combinações entre os insumos que
resultam na mesma produção (q3). Por isso, diz-se que os insumos são substitutos perfeitos na
produção.

Atenção! Não é preciso que a TMST seja de 1 por 1, ou seja, basta que a proporção de
substituição sempre seja a mesma. Por exemplo, se ao abrir mão de 4 unidades de trabalho e
obter 3 unidades de capital a produção for mantida na mesma quantidade, estaremos diante de
substitutos perfeitos.

b) ISOQUANTA ESPECIAL 2: FUNÇÃO DE PRODUÇÃO DE PROPORÇÕES FIXAS

O formato em L aparece quando os insumos precisam ser combinados em proporções fixas.


Isso quer dizer que não adianta aumentar só um dos insumos para aumentar a produção.

Veja o exemplo: do ponto A para o ponto D, aumentou-se somente o capital e, como resultado,
continuou-se na mesma isoquanta (q1).

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 21
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Portanto, não há possibilidade de substituição entre os fatores de produção, já que eles são
perfeitamente complementares.

Além disso, uma função de produção associada a essas isoquantas em L é chamada de função
de produção com proporções fixas ou função do tipo Leontief.

A função do tipo Leontief (função “min”)

Trata-se das funções do tipo:

q=min(K,L)

O termo "min" significa "mínimo", ou seja, a quantidade produzida será igual à


quantidade do insumo menos utilizado.

Por exemplo, se a função for "q = min (K, L)", e a quantidade de capital (K) for 3 e
a quantidade de trabalho (L) for 5, teremos:

q = min (3, 5)
q=3 porque “3” é menor do que “5”

E se a quantidade de capital for 3 e a quantidade de trabalho for 5000, por


exemplo, teremos:

q = min (3, 5000)


q=3 continua sendo “3” o menor

Viu só? Isso significa que os insumos são complementares perfeitos, você
precisa sempre de terminada combinação deles (nesse caso, um de cada) para
produzir. Não adianta nada aumentar capital se não aumentar trabalho, e vice-
versa.

Em alguns casos, pode haver parâmetros multiplicando ou dividindo cada


insumo, indicando que a proporção de insumos que deve ser utilizada é diferente
de “um para um”. Veja esta função:

q=min(K,4L)

Ela indica que devem ser utilizadas 4 unidades de capital para cada unidade de
trabalho (é invertido mesmo, porque estamos multiplicando).
Se tivermos 8 unidades de cada, teremos;

q=min(8 , 4.8)
q=min(8 , 32)
q=8

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 22
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Ora, poderíamos ter produzido isso utilizando 2 unidades de trabalho, em vez de


8 unidades, pois assim estaremos respeitando a proporção de 4 unidades de
capital para cada unidade de trabalho:

q=min(8 , 4.2)
q=min(8 , 8)
q=8

Faça os testes colocando valores arbitrários nessa função para entender seu
funcionamento.

Mais um detalhe importante: no segmento horizontal desse tipo de isoquanta, da forma como
posicionamos os fatores de produção, o PMgK é zero, o que reforça que aumentar o capital não
aumentará em nada a produção; enquanto no segmento vertical é o PMgL que é igual a zero e,
portanto, aumentos de trabalho também não farão efeito no produto.

4.2.1.4 Rendimentos de Escala

No longo prazo, a empresa consegue aumentar sua escala, que nada mais é do que aumentar
todos os insumos ao mesmo tempo, na mesma proporção.

Existem três classificações possíveis, as quais veremos a seguir, considerando, por exemplo, que
os insumos dobraram:

 Rendimentos crescentes de escala: A produção mais do que dobra. Esse


comportamento é compatível com a especialização, que permite à empresa, por exemplo,
implementar linhas de montagem especializadas quando aumenta sua escala.
 Rendimentos constantes de escala: A produção também dobra.
 Rendimentos decrescentes de escala: A produção menos do que dobra. Ao contrário
da especialização, empresas muito grandes têm maiores dificuldade de administrar seus
recursos, tendo de alocar cada vez mais capital e trabalho em atividades de gestão que
não acrescentam, necessariamente, mais produção.

Os rendimentos de escala podem variar dependendo do nível de produção. Explico:


normalmente, em níveis de produção mais baixos, a empresa pode ter rendimentos crescentes
de escala, enquanto em níveis mais altos, ela pode se deparar com rendimentos decrescentes
de escala.

É possível saber, através de análise gráfica das isoquantas, qual o tipo de rendimento de escala
que aquela empresa está apresentando.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 23
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Aqui, temos rendimentos constantes de Esse gráfico, por outro lado, apresenta
escala. Quando dobramos capital e rendimentos crescentes de escala.
trabalho, dobramos também o produto. Quando dobramos capital e trabalho, o
produto triplica. As isoquantas vão ficando
O espaço entre as isoquantas é igual. cada vez mais próximas.

Outra forma de identificar com qual tipo de escala a empresa se depara: a função de produção.
Sua análise nos mostrará se a empresa opera com rendimentos crescentes, constantes ou
decrescentes, e as questões cobrarão que você o faça em funções do tipo Cobb-Douglas.

4.2.1.5 Grau das Funções de Produção

As questões de prova irão fornecer uma função e você vai precisar descobrir o grau dela, talvez
a questão ainda pergunte o que o grau encontrado significa.

Para descobrir o grau de funções do tipo Cobb Douglas, que são as que aparecem com maior
frequência, basta somar os expoentes das variáveis, que geralmente serão K (capital) e L
(trabalho).

Por exemplo, vamos encontrar o grau da função de produção abaixo:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 24
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Ou seja, o grau será 2 (expoente de K) mais 1 (expoente de L), que é igual a 3.

Outro termo que pode aparecer é “função homogênea”.

Uma função é homogênea se quando seus fatores sofrem uma transformação, o resultado sofre
uma transformação proporcional.

Tome por exemplo a função a seguir:

Q=K.L

Colocamos dois valores quaisquer para K e L:

Q=10.15=150

Agora, vamos transformar os fatores, multiplicando-os por 4 (também um valor qualquer):

Q=4K.4L

Q=4.10.4.15=2400

Perceba que ao multiplicar os fatores por 4, obtivemos um valor 16 vezes maior. 16 é


proporcional a 4. Por final, é equivalente a 42. É isso que quer dizer quando dizemos que a função
“Q=K.L” é homogênea de grau 2: uma transformação levará a um resultado equivalente ao valor
utilizado ao quadrado.

E a soma dos expoentes? É 2, claro, já que Q=K.L=K1.K1. Lembre-se que elevar um número
qualquer a 1 tem como resultado o próprio número.

Funções do tipo q=min(K,L) são sempre homogêneas de grau 1. E o que esse grau das funções
significa? Veja na tabela:

Grau Descrição
Menor do que 1 Rendimentos decrescentes de escala
Igual a 1 Rendimentos constantes de escala
Maior do que 1 Rendimentos crescentes de escala

Note que isso faz sentido, pois sempre que:

▶ a soma dos expoentes em uma função do tipo Cobb-Douglas for inferior a 1, dobrar os
fatores levará a uma produção menos de duas vezes maior.
▶ a soma dos expoentes em uma função do tipo Cobb-Douglas for igual a 1, dobrar os
fatores levará ao dobro da produção.
▶ a soma dos expoentes em uma função do tipo Cobb-Douglas for superior a 1, dobrar os
fatores levará a uma produção mais de duas vezes maior.

Exemplos:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 25
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Função Com K=9 e L=8 Com K=18 e L=16


q=K .L1/3 (grau 0,83)
1/2
q = 91/2.81/3 = 6 q =181/2.161/3 = 10,69
q=K1/2.L1/2 (grau 1,00) q = 91/2.81/2 = 8,49 q =181/2.161/2 = 16,98
q=K2.L (grau 3,00) q = 92.8 = 648 q =182.16 = 5184

5 TEORIA DOS CUSTOS


Assim como ocorre com o trabalhador, que tem seu tempo como limitador da quantidade de
lazer e de bens que pode adquirir, a empresa também não pode produzir tanto quanto desejar.

Os custos fazem com que a empresa tenha de ser eficiente do ponto de vista econômico, ou seja,
que ela produza o máximo que puder sob o menor custo possível.

É isso que veremos ao longo do restante desta aula. O primeiro passo será entender qual o
conceito de custos do ponto de vista econômico.

Em seguida, veremos os principais tipos de custos econômicos. O conceito da maioria deles é


intuitivo e, portanto, de fácil entendimento.

Mas peço, adiantadamente, que dedique atenção especial ao custo marginal e ao custo
variável. Esses costumam confundir um pouco, mas é indispensável que você os compreenda
bem.

5.1 Custos econômicos X Custos contábeis

O primeiro passo é diferenciarmos custos econômicos dos custos contábeis, ou seja, de custos
sob uma ótica mais usual.

Para os contadores, importa a abordagem financeira, aquela de entradas e saídas de recursos,


sendo que as últimas geram custos.

Os economistas, por outro lado, importam-se com a alocação dos recursos.

Sei que ainda não está claro, mas um exemplo prático vai ajudar: Imagine que você tem uma
empresa funcionando em um prédio próprio. Seu contador diria que o uso do espaço não está
gerando custos para sua empresa, já que você não paga aluguel para você mesmo.

Um economista, por outro lado, faria questão de lembrar que o fato de você usar o espaço
implica em deixar de alugá-lo para outra pessoa e, por isso, deixar de receber esse aluguel.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 26
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Os custos dessas oportunidades perdidas (como receber o aluguel de alguém) recebem o nome
de... custos de oportunidade, e sempre devem ser considerados na hora de tomada de
decisões econômicas, inclusive na Teoria da Firma.

(TCE-MG/Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas)


Assinale a opção que apresenta custo implícito, que não envolve desembolso.
a) custo variável total
b) custo contábil
c) custo médio de longo prazo
d) custo marginal
e) custo de oportunidade
Comentários:
Os custos de oportunidade não envolvem desembolsos, mas são importantes na análise
econômica.
Gabarito: “e”

Outra diferença entre custos econômicos e custos contábeis ficará clara no exemplo a seguir.

Imagine que adquiriu um Camaro novinho, zero km, pela quantia de R$250.000. Claro que você
adora o carro, mas venderia pelo mesmo preço que pagou após ter rodado um pouquinho com
ele, não é?

De repente, aparece um problema mecânico que a fábrica não cobre e você tem que
desembolsar R$50.000 para tê-lo novamente em perfeito funcionamento. Você desembolsa os
R$50.000 e o carro fica, novamente, como novo.

Então aparece um amigo querendo comprar o carro por R$250.000. E aí, você vende?

Se respondeu sim, você está pensando como economista; os R$50.000 que você gastou não
agregaram valor ao veículo, e por isso devem ser ignorados.

São custos afundados, também chamados de custos irrecuperáveis. Esse tipo de custo, uma
vez incorrido, não deve ser considerado na tomada de decisões econômicas. Portanto, atenção
ao quadro:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 27
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Custos Econômicos:

✓Incluem custos de oportunidade


 Ignoram custos irrecuperáveis
Custos de oportunidade: custo de algo em termos de uma oportunidade
renunciada. Representa o valor do benefício associado à melhor alternativa não
escolhida.

Custos irrecuperáveis/afundados: recursos empregados na obtenção de ativos


que, uma vez realizados, não podem ser recuperados em qualquer grau
significante

(ANEEL/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia)


Suponha que uma firma alugue um escritório durante um ano por R$ 6.000,00 pagos
adiantados, compre móveis no valor de R$ 2.000,00 e faça uma pintura no escritório no
valor de R$ 500,00. Após um ano, a firma encerra definitivamente suas atividades e vende
os móveis por R$ 1.000,00. Nesse caso, qual o montante dos custos afundados (sunk costs)
com os quais a empresa se defrontou no período?
a) R$ 7.500,00
b) R$ 9.500,00
c) R$ 8.500,00
d) R$ 9.000,00
e) R$ 8.000,00
Comentários:
Aluguéis (R$6.000) são, por excelência, exemplos de custos afundados, assim como a
pintura realizada no imóvel de terceiro (R$500). Por fim, a parte do valor mobiliário
adquirido que não pôde ser recuperada (R$1.000) também é um custo afundado.
Portanto:
6000 + 500 + 1000 = 7500
Gabarito: “a”

Portanto, em economia nos preocupamos também com os custos implícitos, de forma que
definimos o lucro econômico como a diferença entre a receita total e os custos totais (implícitos
+ explícitos).

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 28
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Isso nos leva ao seguinte esquema:

Todos os custos que veremos a seguir serão abordados do ponto de vista econômico, motivo
pelo qual omitiremos o termo “econômicos”, ficando apenas com “custos”.

5.2 Custos não salariais

Os custos não salariais, no contexto da Economia do Trabalho referem-se a despesas que os


empregadores têm com seus empregados além do salário direto. Estes custos são uma parte
significativa do custo total do trabalho e podem incluir:

• Benefícios Sociais e Previdenciários: Inclui contribuições para a segurança social, fundos


de pensão e seguros de saúde. Em muitos países, os empregadores são obrigados a
contribuir para esses esquemas em nome de seus empregados.
• Impostos sobre Folha de Pagamento: Alguns governos impõem impostos sobre a folha
de pagamento que são pagos pelos empregadores. Estes impostos são calculados como
uma porcentagem dos salários pagos.
• Custos de Treinamento e Desenvolvimento: O custo de formação e desenvolvimento
de funcionários, incluindo cursos, seminários e outras formas de educação profissional.
• Benefícios e Gratificações: Incluem bônus, planos de participação nos lucros,
alimentação, transporte, alojamento e outras formas de remuneração indireta.
• Custos de Segurança e Saúde no Trabalho: Investimentos em equipamentos de
segurança, programas de saúde ocupacional e medidas para garantir um ambiente de
trabalho seguro.
• Custos Administrativos Relacionados ao Emprego: Inclui o custo de gerir recursos
humanos, como a contratação, o processamento de salários e o cumprimento das
regulamentações laborais.
• Indenizações e Seguros Trabalhistas: Custos associados a indenizações por demissão,
seguros contra acidentes de trabalho e outras formas de proteção ao empregado.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 29
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Esses custos são importantes porque afetam as decisões dos empregadores sobre contratação
e investimentos em capital humano. Além disso, influenciam a competitividade das empresas e
podem ter impactos significativos no mercado de trabalho e na economia como um todo.

Contudo, em Economia é muito comum adotarmos simplificações.

Por isso, no desenvolvimento de modelos e desta aula, iremos considerar que a palavra
“salários” inclui toda e qualquer remuneração relevante recebida pelos trabalhadores que
significam um custo para a empresa.

E nesse sentido, os custos, sejam salariais ou não salariais, têm um papel crucial nos modelos de
demanda por trabalho. Estes modelos geralmente analisam como os empregadores decidem
sobre a quantidade de trabalho a ser contratada, considerando tanto os custos quanto a
produtividade dos trabalhadores. Vamos considerar alguns aspectos:

• Aumento do Custo Total do Trabalho: Quando os custos não salariais são elevados, o
custo total de empregar um trabalhador é mais alto do que apenas o salário bruto. Isso
significa que, para um empregador, o custo de contratar um novo funcionário ou de
manter um funcionário existente é maior, o que pode influenciar a decisão de contratar ou
demitir.
• Elasticidade da Demanda por Trabalho: Em modelos econômicos, a elasticidade da
demanda por trabalho descreve como a quantidade de trabalho demandada muda em
resposta a mudanças no custo do trabalho. Se os custos não salariais aumentam, a
demanda por trabalho pode se tornar mais inelástica se os empregadores não
conseguirem substituir facilmente o trabalho por capital ou outras alternativas.
• Substituição entre Trabalho e Capital: Em alguns modelos, o aumento dos custos não
salariais pode incentivar as empresas a substituir trabalho por capital (como máquinas e
tecnologia) se isso for mais custo-eficiente. Isso é especialmente relevante em indústrias
onde a automação é uma opção viável.
• Diferenciação entre Tipos de Trabalhadores: Os custos não salariais podem variar
significativamente entre diferentes tipos de trabalhadores (por exemplo, em função do
nível de habilidade, tipo de contrato etc.). Isso pode levar os empregadores a preferir
certos tipos de trabalhadores, influenciando a estrutura da força de trabalho e as decisões
de contratação.
• Implicações Políticas e Regulatórias: As políticas que afetam os custos não salariais
(como mudanças nas contribuições para a segurança social ou regulamentações de saúde
e segurança) podem ter impactos significativos na demanda por trabalho. Os
formuladores de políticas devem considerar esses efeitos ao projetar leis trabalhistas e
fiscais.
• Equilíbrio de Mercado: Em modelos de equilíbrio geral, os custos não salariais
influenciam não apenas a demanda por trabalho, mas também o equilíbrio no mercado
de trabalho como um todo, afetando salários, emprego e até mesmo a produtividade.

Portanto, em modelos de demanda por trabalho, os custos não salariais são um fator crucial que
influencia tanto a decisão de contratação dos empregadores quanto as políticas públicas
relacionadas ao mercado de trabalho.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 30
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

5.3 Funções de custos: introdução

Também utilizamos funções para demonstrar como os custos estão relacionados com outros
fatores.

Pode-se dizer que os custos de uma empresa serão determinados pela remuneração dos
fatores de produção, ou seja, o que a empresa tem de pagar para os fatores: os salários (w)
que precisa pagar para o trabalho (L) e os juros (r) que paga para o capital (K):

C = wL + rK

O total gasto com trabalho mais o total gasto com capital fornece o custo total.

Agora, acompanhe comigo: a quantidade de fatores utilizados determina a quantidade


produzida, certo? Então, se considerarmos que o preço dos fatores de produção não muda,
também podemos definir que os custos são função da quantidade produzida, ou:

C = f(q)

Guarde essa informação; vamos precisar dela logo.

5.4 Custo fixo, custo variável e custo total

O custo total (C) de uma empresa qualquer é a soma de seus custos fixos (CF) e custos
variáveis (CV). Por isso esses três estão juntos nesta parte da aula – qualquer custo que não é
fixo (CF) será, obrigatoriamente, um custo variável (CV). Logo:

C = CF + CV

Até aí bem tranquilo, certo?

Mas a banca irá exigir que você saiba diferenciar muito bem custo fixo de custo variável, e a
resposta não é exatamente aquela trazida por nossa intuição, embora possa parecer
extremamente intuitivo. Veja só:

• Custos fixos: são aqueles que não variam conforme a quantidade produzida.
• Custos variáveis: são aqueles que variam conforme a quantidade produzida.

Viu como parece óbvio? Mas não é. Novamente, o que importa é o prazo.

No curto prazo, alguma parte dos custos é fixa. No longo prazo, os custos são todos variáveis.

Isso é um reflexo dos fatores de produção que vimos, e levam ao ponto que interessa para
resolver questões de concurso: no curto prazo, capital será fixo, e trabalho será variável – essa é
a regra, se a questão não indicar algo diferente.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 31
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Outra coisa que as questões do concurso exigirão que você saiba fazer é identificar em uma
função de custo qualquer qual é o custo fixo e qual é o custo variável. Nesse caso, você se verá
diante de uma função mais ou menos assim:

C= q²+12q+1200

Então a questão fornecerá o volume de produção. Digamos, q=10.

Resolvendo:

C= q²+12q+1200

C= 10²+12*10+1200

C= 100+120+1200

C= 1.420

Nesse caso, chegaríamos ao C de 1.420. Mas quanto é fixo? E quanto é variável?

Fácil: os custos fixos serão aqueles que estariam lá, fosse a produção de 0, 1, 10 ou 5.000
unidades. Na função acima, CF=1.200.

Como eu disse acima, o que não é fixo é variável. Portanto, CV = 220 (resultado de 1420-1200).
Fácil, né? Mantenha a calma que vamos complicar. Não agora, mas vamos.

5.5 Custos médios (total, fixo e variável)

Como eu disse: não é agora que vamos complicar. O custo médio sim é bem intuitivo: trata-se
apenas dos custos que acabamos de ver, mas medidos em unidades de produto.

Isso significa que para obtermos o custo total médio (CMe), por exemplo, basta dividirmos o
custo total (C) pela quantidade produzida (q):

C CF CV
CMe= CFMe= CVMe=
q q q

Viu aí que a mesma regra se aplica para o custo fixo médio (CFMe) e para o custo variável médio
(CVMe), né?

Pronto. Hora de complicar um pouco as coisas. Adentraremos agora o conceito, talvez, menos
intuitivo e conhecido de custos: o custo marginal.

Além disso, costuma-se confundir muito custo variável médio com custo marginal. Mas eles não
são a mesma coisa! Se não ficar evidente a diferença entre eles, releia.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 32
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Se ainda assim persistir qualquer dúvida, procure-me no fórum, ok?

5.6 Custo Marginal

A essa altura é natural que você já tenha notado que o termo marginal tem tudo a ver com
mudanças em uma variável causadas pela variação de outra variável.

Por exemplo, vimos que o “produto marginal do trabalho” é a variação no “produto total” (uma
variável) que ocorre quando variamos a quantidade de trabalho (outra variável).

E lembra que eu disse que o fato de os custos poderem ser determinados em função da
quantidade ( C=f(q) ) seria importante? É agora.

O custo marginal é o aumento no custo total de produção ocasionado por uma unidade a mais
produzida. Como sabemos, o custo fixo não varia conforme a produção.

Então o custo marginal será a variação no custo variável e, consequentemente, no custo total,
ocasionada por uma unidade a mais do produto.

∆CV ∆C
CMg= =
∆q ∆q

Por exemplo: se estou produzindo 10 unidades, a para produzir a 11ª preciso gastar R$100, o
custo marginal da 11ª unidade é de R$100.

E como identificar o Custo Marginal na função de custo?

O custo marginal é a 1ª derivada da função de custo.

Derivadas é um assunto aprendido na disciplina de Cálculo da graduação em


Economia e na maioria das Engenharias. Algumas vezes, vem depois de pré-
cálculo e demanda uma base algébrica bastante sólida. Não vou ensinar
derivadas de maneira aprofundada, porque se você já sabe seria ineficaz e se não
sabe seriam necessárias duas ou três aulas, supondo que já exista a tal base em
álgebra. Sem isso, lá se vai um curso inteiro para um benefício pequeno.

Então, vou ensinar a encontrar o Custo Marginal em uma função de custo


qualquer, derivando por meio de uma regra simples.

E a regra é essa (atenção ao símbolo ‘ que representa a derivada):


CMg = CT’
Lemos: o custo marginal é a derivada do custo total
E a regra geral de derivação é:
qn ‘ = n.qn-1

Ou seja, o custo marginal em uma função de custo “qn” será igual a “n.qn-1”.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 33
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Vamos ao exemplo prático. Suponha que a função de custo é “C=q³”.

1º) “Descemos uma cópia” do expoente que vai multiplicar o termo:

q³ -> 3q ³ -> 3q3

2º) Subtraímos 1 do expoente:


q³ -> 3q3-1 -> 3q2

Aí está: 3q² é nossa 1ª derivada de q³ e, portanto, é também o custo marginal.

Já temos informações bastantes para prosseguirmos analisando o comportamento dos custos


no curto prazo. Mas antes, um breve resumo dos conceitos de custos.

São os custos relacionados à oportunidade renunciada. Por exemplo,


você incorre em um custo quando decide aplicar seu dinheiro na
poupança, que está pagando 0,5% ao mês, se você poderia ter aplicado
no tesouro direto e receber mais de 1% ao mês.
Custos de
Oportunidade Outro exemplo: digamos que você mora em casa própria. Pode parecer
que seu custo com moradia é zero, mas não é! Seu custo de
oportunidade é o dinheiro que você poderia estar recebendo se
alugasse a casa. O custo de oportunidade é um custo econômico, ou
seja, não significa que vai sair dinheiro do seu bolso.

Também chamados de custos irreversíveis, são aquelas despesas que


não podem ser recuperadas diretamente. Exemplo: uma fábrica
compra uma máquina feita sob medida para seu processo produtivo,
que só possa ser utilizada para determinado fim. Por ser sob medida,
também não pode ser vendida ou alugada. Essa máquina é um custo
Custos
irrecuperável.
Irrecuperáveis
Perceba que é não há custo de oportunidade depois de incorrido o
custo irrecuperável, já que a máquina não tem uso alternativo, nem
pode ser vendida, não há nada de melhor que poderia estar sendo feito
com ela.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 34
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Custo Fixo (CF) Custos que não variam com o nível de produção.

Custo Variável
Custos que variam com o nível de produção.
(CV)

Custo Total (CT) CF+CV

Na verdade, este tem três subtipos:

Custo Total Médio (CMe)

Custo Fixo Médio (CFMe)

Custo Variável Médio (CVMe)


Custo Médio
(CMe)
Mas é simples, basta dividir o custo indicado pela quantidade de
produção (q), por exemplo: CMe = CT/q.

OBS: Se aparecer apenas Custo Médio (CMe), a questão estará


falando do Custo Total Médio (CMe).
É o aumento do custo causado pela produção de uma unidade
adicional do produto. Ele pode ser calculado pela variação no custo
total ou no custo variável diante da variação do produto:
Custo Marginal
(CMg)
CMg = △CV/△q = △CT/△q

Vamos ver numa questão?

(CACD/Diplomata)

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 35
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Para produzir Q unidades de certo bem, uma firma arca sempre com um custo fixo (CF) de R$
100, além de um custo variável (CV) que depende da quantidade produzida, sendo
marginalmente crescente e assim definido: CV = 2 Q2.
Nessa situação hipotética, o custo médio total (CMT) da firma na produção de 10 unidades é
igual a
a) R$ 12.
b) R$ 20.
c) R$ 30.
d) R$ 50.
e) R$ 100.
Comentários:
Para descobrir o custo médio total (CMT) pedido pela questão, precisamos descobrir o custo
total (CT), o que podemos fazer somando custo fixo (CF) com custo variável (CV):
CT = CF + CV
Colocando os valores fornecidos:
CT = 100 + 2.Q2
A quantidade (Q) produzida é de 10, portanto:
CT = 100 + 2.102
CT = 100 + 2.100
CT = 100 + 200
CT = 300
Por fim, sabemos que:
CMT = CT / Q
Então:
CMT = 300 / 10
CMT = 30
Gabarito: “c”

Agora, vamos avançar!

5.7 Custos no curto prazo

Os custos aumentam conforme aumenta a produção. Afinal, é preciso empregar mais fatores
para produzir mais, e esses fatores custam dinheiro.

No curto prazo, a empresa só pode aumentar sua produção mediante a contratação de mais
mão-de-obra (trabalho), já que o capital é fixo.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 36
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Suponha então que para produzir uma fornada adicional de pães por hora, seja necessário
contratar 2 padeiros (L) que recebem R$100 por hora cada. O custo marginal, nesse caso, é de
R$200. E será sempre assim, o custo marginal é o custo unitário do trabalho extra (salário,
representado por “w”), multiplicado pela quantidade de trabalho extra necessária à produção de
uma unidade adicional:

w∆L
CMg =
∆q
Lemos: o custo marginal é igual ao salário (w) multiplicado pela variação (delta Δ) do trabalho (L),
dividido pela variação (delta Δ) da quantidade produzida (q).

Legal, né? E tem mais. Lembra-se que o Produto Marginal é definido como a variação no produto
∆q
ocorrida pelo aumento de uma unidade de trabalho (PMg = ∆L )?

Podemos trocar os numeradores pelos denominadores da equação, invertendo-os, e obtermos


1 ∆L
= .
PMg ∆q

Então, se multiplicarmos os dois lados da última equação por “w”, mantemos a igualdade dos
w w∆L
termos, obtendo = . Já viu o segundo termo da equação em algum lugar? Que tal lá em
PMg ∆q
cima, como “custo marginal”? Muito bem. Concluímos que:

w
CMg=
PMg

A conclusão é que, no curto prazo (um insumo variável), o custo marginal é igual ao preço do
insumo dividido por seu produto marginal.

Um exemplo prático: se o trabalho custar R$15 por hora e o PMgL for igual a 2, então o custo
marginal será igual a R$7,5.

Por outro lado, se o PMgL for menor, digamos igual a 1,5, o custo marginal será R$10. É claro,
então, que quanto menor o PMg maior será o CMg.

5.7.1 Rendimentos marginais decrescentes e os custos marginais

Vimos que, devido à lei dos rendimentos marginais decrescentes, a partir de determinado nível
de produção, cada unidade adicional de trabalho é menos produtiva que a anterior.

Em outras palavras, o PMgL é decrescente.

No que se refere aos custos, os rendimentos marginais decrescentes significam custos


marginais crescentes.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 37
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Afinal, definimos há pouco que:

w
CMg=
PMg

Se os rendimentos marginais são decrescentes, significa que o denominador do lado direito está
diminuindo, e se ele está diminuindo, o custo marginal está aumentando.

E isso terá grandes reflexos no formato das curvas de custos que veremos a seguir.

5.7.2 Curvas de custos no curto prazo

A tabela a seguir ajudará a compreender o comportamento das curvas de custo com um insumo
variável.

Os valores foram definidos arbitrariamente, mas respeitando todos os conceitos e definições que
vimos até agora.

Produto Custo Custo Custo Custo Custo Custo Custo


(q) Fixo Variável Total Marginal Fixo Variável Total
(CF) (CV) (CT) (CMg) Médio Médio Médio
(CFMe) (CVMe) (CMe)
0 100 0 100 - - - -
1 100 100 200 100 100,0 100,0 200,0
2 100 155 255 55 50,0 77,5 127,5
3 100 195 295 40 33,3 65,0 98,3
4 100 225 325 30 25,0 56,3 81,3
5 100 260 360 35 20,0 52,0 72,0
6 100 300 400 40 16,7 50,0 66,7
7 100 350 450 50 14,3 50,0 64,3
8 100 410 510 60 12,5 51,3 63,8
9 100 485 585 75 11,1 53,9 65,0
10 100 600 700 115 10,0 60,0 70,0

Agora, vamos imputar esses números em dois gráficos, que evidenciarão o comportamento das
curvas de custo. Se você tiver memória fotográfica pode usar alguns megabytes para guardar
esses gráficos.

Caso contrário, você precisa compreender muito bem as relações entre os custos. Quer dizer,
precisa compreender se quiser acertar as questões, senão está dispensado.

O que os gráficos mostram é basicamente o comportamento de cada tipo custo conforme


aumenta a produção, ou seja, conforme nos movemos para a direita no eixo horizontal.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 38
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Vamos às considerações e relações mais importantes entre os custos, que podem ser vistas nos
gráficos:

▶ CT=CF+CV: A curva de custo total é o somatório das curvas de custo fixo e custo variável.
▶ Relações do Custo Marginal: A curva de custo marginal cruza as curvas de custo total
médio e de custo variável médio em seus pontos mínimos. Isso faz sentido, uma vez que
se forem adicionados valores acima de qualquer média, essa mesma média irá aumentar.
Como CMg é um valor adicionado e CMe e CVMe são médias, essa regra se aplica.
▶ Formato das Curvas em U: Com exceção da curva de Custo Fixo Médio, os demais custos
médios têm formato de “U”.

Como você pode perceber, o custo marginal é um conceito-chave, posto que seu
comportamento determina os custos médios (total e variável). Saber o comportamento desses
fatores é vital para as decisões da empresa também no longo prazo, como você verá a partir
deste ponto da aula.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 39
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

5.8 Custos no Longo Prazo

A mudança, em relação ao curto prazo, é que no longo prazo a empresa pode variar a
quantidade de todos os fatores de produção. Conforme nossa simplificação com apenas dois
insumos, isso significa que passa a ser possível ajustar tanto a quantidade de trabalho quanto a
quantidade de capital.

Se é possível ajustar seus insumos, então a empresa passa a poder e dever escolher as
quantidades de capital e trabalho que resultem em determinado nível de produção, ao menor
custo possível.

Suponha que você deseja produzir 100 unidades de determinado produto e pode escolher
entre: [A] utilizar 1 trabalhador operando 10 máquinas (produção intensiva em capital) ou [B] 10
trabalhadores operando 1 máquina (produção intensiva em trabalho).

Considerando que ambas as opções produzem 100 unidades, a resposta é simples: deve ser
escolhida a alternativa mais barata, ou seja, aquela que gera menor custo.

Em tópico anterior, mapeamos as quantidades de produção geradas pelas diversas


combinações entre capital e trabalho. Para isso, utilizamos as isoquantas. Lembra-se?

Agora, desenvolveremos gráfica e algebricamente os custos gerados pelas combinações entre


os fatores, nas chamadas linhas de isocusto (do grego, “mesmo custo”).

5.8.1 Isocustos

Digamos que estejamos interessados nas combinações que custam R$600 à empresa (vamos
chamar essa linha de C600).

Supondo ainda que o e o capital custe R$20 e que o trabalho custe R$30 – já que a empresa,
como tomadora desses preços, não tem poder para influenciá-los – podemos marcar bem acima
dos eixos das ordenadas e abcissas, respectivamente, as quantidades máximas de capital e
trabalho que a empresa poderia empregar com o custo de R$600:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 40
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Eis aí nossa primeira linha de isocusto. Nela fica claro que 30 unidades de capital esgotam o
custo de R$600, assim como 20 unidades de trabalho. Qualquer outro ponto sobre a linha
também custara R$600, mas contará tanto com trabalho quanto com capital.

Evidentemente, existem inúmeras linhas de isocusto, uma para cada nível de custo, mas vamos
traçar também as linhas C900 e C300, apenas para esclarecer algumas coisas:

O ponto é este: não importa quais sejam as quantidades ou o custo total, a inclinação de
uma linha de isocusto será sempre a relação entre os preços dos fatores de produção, ou
seja, -w/r.

Está em negrito simplesmente porque isso definirá o custo mínimo do produtor sob determinado
nível de produção.

Na prática, que dizer que a empresa do nosso exemplo poderia trocar 3 unidades de capital por
2 unidades de trabalho sem alterar seu custo total, pois a inclinação de suas linhas de isocusto é
igual a -3/2 (ou -1,5). Mas vamos desenvolver de forma um pouco mais técnica essa questão da
inclinação.

5.8.1.1 Inclinação da Isocusto

Para começar, recordemos que o custo total da empresa será a soma da remuneração do
trabalho e do capital, ou seja:

C=wL+rK
Onde:
C: Custo total
w: remuneração do trabalho (salário)
L: quantidade de trabalho
r: remuneração do capital (aluguel)
K: quantidade de capital

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 41
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Agora vem um pouco de matemática, se você não entender essa manipulação algébrica, não se
preocupe, prossiga na aula e deixe para a revisão.

Bem, vamos reorganizar os termos de “C=wL+rK” para obter uma equação de reta, com K no
eixo das ordenadas. Partiremos do seguinte:

C=wL+rK

Para definir “K” em função de “L”, “w”, “r” e “C”, devemos isolá-lo. Começamos trocando “wL” de
lado:

C – wL = rK

Agora, dividimos os dois lados por “r”, e fica assim:

C-wL
K=
r

Isso é o mesmo que:

C w
K= - ( )L
r r
Portanto, temos uma equação de reta com inclinação “-w/r”. Guarde essa informação enquanto
prosseguimos.

Para descobrir a equação da linha de isocusto que representa R$600, ou seja, estabelecendo
C=600, e os preços dados de w=30 e r=20, teremos:

600 30
K= - ( )L
20 20

Resolvendo, chegamos à equação da reta de isocusto:

K = 30 - 1,5L

Onde “30” é o que chamamos de intercepto vertical, onde a linha encosta no eixo das ordenadas,
ou seja, é o valor de K quando K-0.

E “-1,5” é a inclinação (que obtivemos com -w/r, lembra?).

Isso faz sentido, não é? Afinal, para o custo de 600 (Isocusto de 600), se “L=0”, então “K=30”,
exatamente como desenhamos há pouco, e a inclinação é -1,5 ao longo de toda a reta:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 42
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Se você já estudou a oferta de trabalho, já deve ter um belo palpite sobre qual é o ponto em que
a empresa irá minimizar seus custos para determinado nível de produção, bem como qual será
o ponto onde ela terá a maior produção possível para determinado custo. Vamos ver se você
acertou?

5.8.2 Minimização de custos dado um nível de produção

Digamos que a empresa quer produzir 100 unidades de um produto qualquer. Ou seja, o nível
dado de produção é q=100. Anteriormente, vimos que uma isoquanta mostra quais
combinações dos insumos capital e trabalho produz a mesma quantidade.

Então, digamos que a isoquanta Q100 está nos mostrando as quantidades de trabalho e capital
que, quando empregadas, produzem 100 unidades:

Até aí estamos apenas revisando. Vamos agora traçar algumas linhas de isocusto (C1, C2 e C3):

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 43
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Agora me diga: considerando que sua empresa escolheu produzir 100 unidades, qual ponto está
demonstrando a combinação de K e L que resultará no menor custo possível para esse nível? A,
B ou C?

Sei que você acertou (Ponto C). Deixe-me apenas destacar os motivos:

▶ A seria uma escolha ruim porque iria gerar uma quantidade inferior a 100 unidades. Este
ponto está localizado em uma isoquanta inferior a q100, e nem precisamos desenhar essa
isoquanta para saber disso;
▶ B, por sua vez, até iria gerar a quantidade exata que sua empresa quer (100 unidades),
pois é um ponto sobre a isoquanta q100. Mas para tanto, geraria um custo de C3, pois está
sobre essa linha de isocusto.
▶ C, assim como B, gera 100 unidades, mas o faz com um custo menor.

Será que existe algum ponto que também gera 100 unidades, mas que esteja sobre uma linha
de isocusto menor do que C2? A resposta é não! Como as linhas de isocusto são paralelas,
qualquer custo menos significará uma linha abaixo de C2 e que, portanto, não tangencia q100.

O ponto de tangência entre a isoquanta e a linha de isocustos exige que ambas tenham a mesma
inclinação. Portanto, a condição de minimização de custos, dado determinado nível de
produção, exige que todas as igualdades do quadro abaixo sejam verdadeiras. E aqui está um
ponto muito importante desta aula:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 44
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

PMgL w
Vamos nos concentrar na igualdade = , ela diz algo interessante.
PMgK r

Manipulando-o algebricamente (trocando “w” e “PMgK” de lado), obtemos:

PMgL PMgk
=
w r
Essa importante igualdade estabelece que, no ponto minimizador dos custos para determinado
nível de produção, o produto marginal de cada unidade monetária adicional de trabalho deve
ser igual ao produto marginal de cada real a mais gasto com capital.

Faz sentido, porque se gastar um real a mais com trabalho resultasse em mais produção do que
gastar um real a mais com capital, então reduziríamos o capital e aumentaríamos o trabalho e,
portanto, não estaríamos em uma condição de custo mínimo, certo?

Colocando em números. Se investir um real a mais em trabalho resultar em 2 unidades de


produto, enquanto investir um real a mais em capital resultar em 4 unidades de produto, faz
sentido tirar um real de trabalho e colocar em capital.

A troca entre os fatores deixa de fazer sentido quando a igualdade acima se estabelece.

5.8.2.1 Casos especiais: substitutos perfeitos e complementares perfeitos

As isoquantas podem assumir formatos diferentes daquele formato convexo com o qual estamos
acostumados em dois casos: quando os insumos são substitutos perfeitos, ou quando os insumos
são complementares perfeitos.

Isso implicará, também, em escolhas diferentes daquela que acabamos de conhecer.

Primeiro o caso dos substitutos perfeitos, cujas isoquantas são caracterizas pela linearidade.

No exemplo a seguir, temos insumos substitutos na produção na razão de 1 para 2, ou seja, pode-
se obter a mesma quantidade de produto utilizando 2 unidades de trabalho (insumo 1), ou 1
unidade de capital (insumo 2). Por isso, as isoquantas terão a TMST constante de -1/2.

Além disso, vamos supor que os dois insumos custam a mesma coisa, definindo linhas de
isocusto com inclinação -1.

Agora, tenha em mente que a empresa deseja minimizar seus custos para o nível de produção
representado pela isoquanta “qX”. Você acha que ela deve escolher o ponto “a” ou o ponto “b”?

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 45
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

A escolha que minimiza os custos é aquela que corresponde à linha de isocusto mais baixa. Nesse
caso, o ponto A é melhor, pois a linha C2 é inferior à linha C3, embora ambas representem
quantidades de trabalho e capital que produzem qX.

Daí, temos duas conclusões importantes acerca da escolha com insumos substitutos perfeitos:

▶ A empresa produzirá apenas com o insumo mais produtivo por unidade monetária. No
exemplo, como ambos custam a mesma coisa, e o capital é duas vezes mais produtivo, a
empresa produzirá apenas com capital.
▶ Em consequência da conclusão anterior, teremos a chamada solução de canto, e não
valerá a igualdade “TMST = w/r”.

Viu só como é diferente?

Só não é mais diferente do que o caso dos complementares perfeitos. Por lá, ninguém liga para
os preços relativos, como você verá agora.

Também conhecidos como insumos de proporções fixas, os complementares perfeitos


possuem isoquantas do tipo Leontief, em forma de “L”.

No exemplo a seguir, perceba que o insumo capital é muito mais caro do que o trabalho.
Contudo, isso não importa, pois a empresa, se desejar produzir “qX”, escolherá a linha que
tangencie as quantidades mínimas necessárias (o ângulo reto, ou “cotovelo”, da isoquanta),
independentemente dos preços:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 46
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Portanto, além de não termos validada a igualdade entre as inclinações de isocusto e isoquanta,
a escolha da empresa não depende dos preços relativos dos bens.

5.8.3 Maximização de produção dado um nível de custo

Maximizar a produção para determinado nível de custo funciona da mesma forma que a
minimização de custos dado um nível de produção, sendo válidas todas aquelas igualdades e
conclusões que tivemos no tópico anterior.

A única diferença é que, dessa vez, partiremos de uma linha de isocusto (C) e alcançaremos a
isoquanta mais alta possível, ou seja, aquela que a tangencie (QY):

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 47
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

5.9 Economias de Escala

Como vimos nas curvas de custo médio, conforme aumenta o produto, o custo por produto
diminui, inicialmente. Isso ocorre por diversos motivos, muitos deles intuitivos, como a
especialização dos funcionários nas tarefas em que eles se saem melhor e o maior poder de
barganha junto aos fornecedores advindos da escala.

Contudo, em determinado nível de produção, os custos médios passam a subir. Essa hipótese é
compatível com escassez relativa de insumos em escalas muito grandes, bem como dificuldades
em encontrar funcionários eficientes.

Esses dois momentos são marcados por economias e deseconomias de escala. Façamos uma
definição técnica, do tipo que cai em prova, para depois identificar as duas situações
graficamente.

Economias de escala: Aumentos na produção são proporcionalmente maiores


do que os aumentos dos custos. Significa que quando dobramos a produção, os
custos não chegam a dobrar.

Deseconomias de escala: É o contrário, ou seja, aumentos na produção são


proporcionalmente menores do que os aumentos dos custos. Significa que
quando dobramos a produção, os custos mais do que dobram.

As economias de escala podem ser medidas pela elasticidade dos custos, ou seja, pela variação
nos custos que ocorrem mediante variação nas quantidades produzidas.

É mais ou menos como vemos em elasticidades: basta dividirmos a variação percentual no custo
total pela variação percentual da quantidade:

∆C
EC= C
∆q
q

Podemos reorganizar multiplicando numerador e denominador por “C/Δq” (multiplicar


denominador e numerador pelo mesmo valor não altera o valor da fração original):

∆C ∆C C ∆C.C ∆C
.
C = C ∆q C.∆q ∆q
= =
∆q ∆q C ∆q.C C
q q . ∆q q.∆q q

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 48
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Concluímos que:

∆C
∆q
EC=
C
q

E aí, achou alguns termos familiares? Olhe de novo:

Opa! Então quer dizer que a Elasticidade do Custo é igual a CMg/CMe?

Sim, é exatamente isso que quer dizer. E tem toda a lógica.

Se o CMg for maior que o CMe, então EC será maior do que 1, indicando custo elásticos em
relação à quantidade produzida. Isso é coerente com a relação entre CMg e CMe que
examinamos: quanto o CMg é maior que CMe, este está aumentando em ritmo superior à
produção.

Evidentemente, quando a EC for inferior a 1, estaremos diante de economias de escala, custo


médios decrescentes e superiores ao custo marginal, e um custo inelástico em relação ao volume
produzido.

Voltando rapidamente às curvas de CMe. As de curto prazo têm formato de “U”, pois começam
mais altas e diminuem na medida em que os custos fixos são diluídos por maiores quantidades,
atingem o mínimo quando cruza a curva de custo marginal, e começa a subir por causa da lei
dos rendimentos marginais decrescentes.

Mas, no longo prazo, é possível evitar que a empresa chegue na parte crescente da curva,
aumentando o capital! Para ilustrar como isso acontece, veja as curvas do CTMeCP (Custo total
médio no curto prazo) de três possibilidades: produzir com uma máquina, produzir com duas
máquinas ou produzir com três máquinas. Vamos destacar os trechos de economias e
deseconomias de escala.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 49
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

==14b95d==

Hora de explicar. O que o gráfico nos mostra é que os resultados de curto prazo (CP) e de longo
prazo (LP) estão relacionados. É como se o longo prazo fosse composto de vários curtos prazos
(três, no nosso exemplo).

Se a empresa estiver usando uma máquina (CTMeCP1), quando atingir 20 unidades, ao custo
total médio de 120, se ela quiser que o custo total médio não comece a aumentar, ela deverá
aumentar o capital e, dessa forma, passar para a curva de longo prazo (CTMeLP).

Portanto, a curva de CTMeLP é envoltória inferior das CTMeCP.

5.9.1 Índice de Economias de Escala

Outra forma de evidenciar a existência de economia de escala é o IES (Índice de Economia de


Escala).

É muito simples: basta subtrair a elasticidade de custos (EC) de 1.

IES=1-EC

ou

CMg
IES=1-
CMe

Vou resumir a relação entre IES, Ec, CMg, CMe e Economias de Escala a seguir:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 50
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

IES>0 custos inelásticos em relação Economias de


CMg<CMe EC<1
(positivo) à produção escala
IES<0 custos elásticos em relação à Deseconomias de
CMg>CMe EC>1
(negativo) produção. escala

6 MODELOS DE DEMANDA POR TRABALHO


Ao longo de toda a aula falamos sobre trabalho e como ele afeta a produção e os custos.

Agora, vamos focar ainda mais intensamente na demanda por trabalho, juntando tudo que
aprendemos para compreender como a empresa toda a decisão de contratar mais ou menos
trabalho.

6.1 Demanda por trabalho no curto prazo

Vimos que o curto prazo é o período em que a empresa não consegue alterar o tamanho de sua
fábrica ou a quantidade de máquinas que utilizada. Em outras palavras, no curto prazo o capital
é fixo, mas o trabalho pode variar.

Vimos que aumentar o trabalho significa aumentar o produto, e chamamos isso de produto
marginal do trabalho (PmgL).

Com isso, é simples determinar o valor da produção adicional de cada trabalhador (VPmgL):
basta multiplicar o PmgL pelo preço (p) do produto:

VPmgL = p . PmgL

Vamos utilizar essa informação na nossa tabela, considerando que o preço do produto é de 2
reais:

Trabalho (L) Produto Marginal Valor do trabalho marginal


0 - 0
1 100 200
2 200 400
3 300 600
4 200 400
5 160 320

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 51
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

6 120 240
7 40 80
8 0 0
9 -40 -80
10 -80 -160

Nossa tabela deixa claro quanto valor cada trabalhador adiciona. Por exemplo, o terceiro
trabalhador contribui com 600 reais para a receita da empresa, enquanto o sétimo trabalhador
contribui com 80 reais.

A lei dos rendimentos marginais decrescentes determinar que os ganhos de contratar


trabalhadores adicionais diminuem a partir de determinado ponto.

E traçamos a curva do valor do produto marginal do trabalho (VPmgL):

Nada muito diferente da curva de produto marginal, certo? Afinal, estamos apenas multiplicando
o produto marginal por uma constante (o preço).

Mas uma informação relevante para descobrirmos quanto trabalho a empresa demandará é o
custo desse trabalho. Ou seja, é o salário!

Se considerarmos que a empresa atua em um mercado competitivo, ou seja, ela não é uma
monopsonista, que domina toda a demanda por trabalho, então é razoável considerar que o
salário será constante.

Vamos supor, então, que o salário pago no mercado, ou seja, o salário de mercado (w) é igual a
80 reais. Nesse caso, coloque-se no lugar da empresa e me responda: quantos trabalhadores
você contrataria?

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 52
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

A resposta certa é 7 trabalhadores!

Por quê? Porque qualquer outra opção é pior, qualquer outra quantidade de trabalhadores
significaria um lucro menor.

Use a tabela para acompanhar o raciocínio a seguir:

Salário (w) Lucro Marginal do


L PmgL VPmgL
ou custo trabalho
0 - 0 0 -
1 100 200 80 120
2 200 400 80 320
3 300 600 80 520
4 200 400 80 320
5 160 320 80 240
6 120 240 80 160
7 40 80 80 0
8 0 0 80 -80
9 -40 -80 80 -160
10 -80 -160 80 -240

Certamente, contratar o primeiro trabalhador é uma boa. Ele aumentará o lucro da empresa em
120 reais. O segundo trabalhador também é bom negócio: ele acrescentará 320 reais de lucro.

O mesmo raciocínio vai se repetindo, mas não indefinidamente.

Se a empresa já estiver empregando 7 trabalhadores e decidir contratar o oitavo, esse oitavo


acrescentará um lucro negativo de 80 reais, ou seja, acrescentará um prejuízo de 80 reais. Afinal,
esse trabalhador receberá um salário de 80 reais, mas não adicionará nenhuma quantidade ao
produto, pois seu produto marginal é zero.

E fica pior com o décimo trabalhador: ele também custa um salário de 80 reais, mas reduz a
produção em 80 unidades e o valor da produção em 160 reais.

Portanto, a quantidade ótima de trabalho que a empresa demandará é 7 unidades de trabalho.


Isso, é claro, nesse exemplo numérico que construímos.

Generalizando, definimos que a empresa maximizará seu lucro empregando a quantidade de


trabalhadores que iguala o valor marginal do trabalho ao salário:

𝑉𝑃𝑚𝑔𝐿 = 𝑤

Sempre? Nem sempre... Se o salário for muito alto, a empresa pode simplesmente não contratar.
E “muito alto” significa superior ao valor médio do trabalho, ou seja, superior ao valor que cada
trabalhador, na média, contribui para o valor total da produção:

VMeL = PMeL . p

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 53
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Lemos: valor médio do trabalho é igual ao produto médio do trabalho vezes o preço

Vamos adicionar o VMeL à nossa tabela e, em seguida, traçar um novo gráfico:

L PmgL VPmgL Produto Produto Valor


total médio médio
(PMeL) (VMeL)
0 - 0 0 - -
1 100 200 100 100 200
2 200 400 300 150 300
3 300 600 600 200 400
4 200 400 800 200 400
5 160 320 960 192 384
6 120 240 1080 180 360
7 40 80 1120 160 320
8 0 0 1120 140 280
9 -40 -80 1080 120 240
10 -80 -160 1000 100 200

E por que isso é importante?

Vamos descobrir comparando duas situações: na primeira, o salário de mercado será 80 reais,
como fizemos anteriormente. Na segunda, o salário estará muito mais alto – será de 600 reais.

Então, veja o gráfico com o salário de 80 reais:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 54
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

A condição de maximização é atendida quando a empresa demanda 7 unidades de trabalho,


pois o VPmgL dessa unidade é igual ao salário de 80 reais. Mas note que o VMeL está acima do
salário, o que significa que a empresa está tendo lucro.

Mais especificamente, ela tem um lucro médio de 240 reais por trabalhador. Essa é a diferença
entre o valor médio (320) e o salário (80) quando a empresa demanda 7 unidades de trabalho.

Mas veja o que acontece quando o salário é muito alto (500 reais):

Nesse caso, mesmo na condição de maximização, a empresa não consegue obter lucro. Veja que
as 3 unidades de trabalho igualam o salário e o valor do produto marginal trabalho, ambos iguais
a 600 reais.

Contudo, o salário de 600 reais está acima do valor médio do trabalho, de 400 reais, indicando
que cada trabalhador, em média, gera um prejuízo de 200 reais. Portanto, nesse cenário, a
empresa não irá produzir nada. É melhor do que ter prejuízo.

Portanto, a regra é:

A empresa demandará a quantidade de trabalho que maximiza seu lucro,


igualando o valor do produto marginal do trabalho ao salário, desde que o valor
médio do trabalho seja superior ao salário.

Por fim, um último detalhe a esse respeito. Você pode notar que a curva de VMeL só se torna
inferior à curva de VPmgL quando elas se cruzam. Portanto, é apenas a partir desse ponto que a
condição de otimização irá significar lucro, e assim:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 55
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

CONDIÇÃO DE OTIMIZAÇÃO

VPmgL = w

Desde que:

1) VMeL > w
2) VPmgL e VMeL decrescentes

Com isso, já podemos estabelecer a curva de demanda por trabalho de curto prazo para uma
empresa.

Vimos que, quanto maior o salário, menor a demanda por trabalho, pois o valor produto marginal
do trabalho é decrescente. A curva refletirá, principalmente, esse fato.

Portanto, a relação entre salário e quantidade demandada de trabalho pela empresa é inversa.
Nenhuma grande surpresa. Variações no salário levarão a mudanças ao longo da curva de
demanda, como do ponto A ao ponto B.

Contudo, outra variável é muito importante na determinação da posição da curva de demanda:


o preço do produto que ela vende. Se esse preço aumentar, aumenta o valor do produto
marginal do trabalho e, consequentemente, a quantidade demandada de trabalho. Mas essa
mudança ocorre deslocando a curva de demanda por trabalho para a direita:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 56
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

O preço mais alto significa maiores níveis de quantidade demandada por trabalho para todos os
níveis de salário.

E para encerrar, vamos voltar nosso olhar, mais uma vez, para a condição de maximização:

VPmgL = w

Lembre-se que o VPmgL é preço vezes PmgL, ou seja:

p. PmgL = w

Trocando o “p” de lado, teremos:

w
PmgL=
p

O lado direito da equação, “w/p”, é o salário medido em termos do preço do produto, e por isso
é chamado de salário real. Sendo assim, termos outra conclusão:

A empresa demanda a quantidade de trabalho que iguala produto marginal


e salário real.

E, com isso, podemos definir a curva de demanda por trabalho também desta forma:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 57
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Muito bem! Vamos para a parte final da aula.

6.2 Demanda por trabalho no longo prazo

No longo prazo, o capital também é variável, e deve ser levado em conta pela empresa na hora
de definir quanto trabalho será demandado.

Muita coisa poderia ser falada a esse respeito. Mas, para fins de concurso, dois fatos a respeito
da demanda por trabalho de longo prazo são cruciais.

O primeiro deles é que a curva de demanda por trabalho de longo prazo é menos inclinada, ou
seja, mais “deitada”. Afinal, no longo prazo as empresas conseguem responder às mudanças
salariais com mais intensidade do que conseguem no curto prazo.

Em outras palavras, um aumento nos salários levará a uma queda na quantidade demandada de
trabalho. Mas essa queda será maior no longo prazo, porque a empresa conseguirá substituir
com mais eficiência os trabalhadores por capital.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 58
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Portanto, a curva de demanda por trabalho de longo prazo é mais elástica.

O segundo fato que precisamos saber tem relação com as funções de produção Cobb-Douglas.
Lembra delas?

São as funções deste tipo:

q=La.Kb
Elas nos informam, em seus expoentes, qual será o percentual do orçamento, ou seja, do custo
total, gasto com cada um dos fatores pela empresa que estiver maximizando sua produção!

Veja só:

q = La.Kb
a
Proporção do custo gasta com o Trabalho (L):
a+b

b
Proporção do custo gasto com o Capital (K):
a+b

Exemplo 1:
q = L0,4.K0,6

Sabemos, então, que a empresa gastará 40% de seu orçamento com trabalho, e
60% com capital.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 59
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Exemplo 2:
q = L0,5.K0,5

Nesse caso, a empresa gastará metade com cada fator de produção.

Exemplo 3:
U(x,y) = x6.4y14

Aqui, a empresa gastará 30% com o trabalho, e o restante (70%) com capital.

Com isso, se soubermos para qual custo a empresa deseja maximizar a produção, seremos
capazes de determinar qual serão as quantidades de fatores escolhidas.

E podemos generalizar, para o trabalho, assim:

Uma questão para deixar esse ponto claro:

(MPE SP/Economista) [adaptata]


Se a função de produção for dada por f(K,L)=√𝐾𝐿 onde K e L são as unidades de capital e
trabalho, respectivamente, o preço da unidade de capital for $ 4 e o preço da unidade de
trabalho for $ 1, sabendo-se que a empresa deseja maximizar a produção ao custo de 24
unidades monetárias, a quantidade de trabalho demandada será de
a) $ 24.
b) $ 12.
c) $ 10.
d) $ 6.
e) $ 2.
Comentários:
Perceba que essa função de produção é uma função Cobb-Douglas, afinal
√𝐾𝐿
É o mesmo que
√𝐾√𝐿
Que é o mesmo que
𝐾 1/2 𝐿1/2

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 60
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Portanto, sabemos, por causa dos expoentes, que, ao otimizar a produção, a empresa irá utilizar
metade do seu orçamento para cada insumo, em outras palavras, metade do custo total será
gasto com trabalho, e a outra metade com capital.
a C
L= .
a+b w
Inserindo os valores conhecidos:
0,5 24
L= .
0,5+0,5 1
0,5 24
L= .
1 1
L=12
Gabarito: “b”

Com isso, encerramos a parte teórica a vamos às questões.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 61
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

RESUMO
• As empresas são:
o atores do mercado de trabalho que demandam trabalho;
o agentes econômicos que controlam o capital e produzem bens e serviços.
• A teoria das empresas ou teoria da firma é dividida em duas partes: teoria da produção
e teoria dos custos.
• Principais fatores de produção (insumos) = Trabalho e Capital;
• Tecnologia é o estado atual do conhecimento de como combinar os fatores de produção
para obter produtos;
• Função de produção relaciona as quantidades utilizadas dos insumos (x1, x2, x3, ... xN)
com a quantidade máxima de produto resultante dessa utilização (q);
• Produto marginal: a quantidade adicionais de produto obtida quando a empresa
aumenta o fator de produção em uma unidade.
• Curto prazo: período no qual pelo menos um dos fatores (insumo fixo) não pode ter sua
quantidade alterada.
o Normalmente, o capital é fixo e o trabalho é variável;
o Portanto, para aumentar a produção a empresa precisa contratar mais trabalho;
o O produto marginal do trabalho é decrescente a partir de determinado ponto,
pois temos cada vez mais trabalhadores para a mesma quantidade de capital;
• Longo prazo: tempo necessário para que todos os insumos possam ter suas quantidades
alteradas, todos os insumos são variáveis.
o A empresa pode explorar diferentes combinações de capital e de trabalho, e assim
o preço do capital tem influência nos salários e vice-versa.
o As isoquantas são curvas que mostram todas as combinações entre os fatores de
produção que geram a mesma quantidade de produção.
o A taxa marginal de substituição técnica (TMST) é a taxa pela qual um insumo
pode ser substituído pelo outro mantendo o nível de produção constante. Ela dá a
inclinação da isoquanta.
o Substitutos perfeitos: insumos que podem ser substituídos a uma taxa fixa,
mantendo a produção constante. Suas isoquantas são linhas retas.
o Complementares perfeitos: insumos que devem ser combinados a uma
proporção fixa. Suas isoquantas têm formado de “L”.
o Ao dobrar a quantidade dos dois fatores:
▪ Rendimentos crescentes de escala: A produção mais do que dobra. Esse
comportamento é compatível com a especialização, que permite à empresa,
por exemplo, implementar linhas de montagem especializadas quando
aumenta sua escala.
▪ Rendimentos constantes de escala: A produção também dobra.
▪ Rendimentos decrescentes de escala: A produção menos do que dobra.
Ao contrário da especialização, empresas muito grandes têm maiores
dificuldade de administrar seus recursos, tendo de alocar cada vez mais
capital e trabalho em atividades de gestão que não acrescentam,
necessariamente, mais produção.
• Custos de oportunidade: custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada.
Representa o valor do benefício associado à melhor alternativa não escolhida.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 62
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

• Custos irrecuperáveis/afundados: recursos empregados na obtenção de ativos que,


uma vez realizados, não podem ser recuperados em qualquer grau significante.
• Custos Econômicos: incluem custos de oportunidade e ignoram custos irrecuperáveis.
• Custos não salariais: despesas que os empregadores têm com seus empregados além
do salário direto.
o Benefícios Sociais e Previdenciários: Inclui contribuições para a segurança social,
fundos de pensão e seguros de saúde. Em muitos países, os empregadores são
obrigados a contribuir para esses esquemas em nome de seus empregados.
o Impostos sobre Folha de Pagamento: Alguns governos impõem impostos sobre
a folha de pagamento que são pagos pelos empregadores. Estes impostos são
calculados como uma porcentagem dos salários pagos.
o Custos de Treinamento e Desenvolvimento: O custo de formação e
desenvolvimento de funcionários, incluindo cursos, seminários e outras formas de
educação profissional.
o Benefícios e Gratificações: Incluem bônus, planos de participação nos lucros,
alimentação, transporte, alojamento e outras formas de remuneração indireta.
o Custos de Segurança e Saúde no Trabalho: Investimentos em equipamentos de
segurança, programas de saúde ocupacional e medidas para garantir um ambiente
de trabalho seguro.
o Custos Administrativos Relacionados ao Emprego: Inclui o custo de gerir
recursos humanos, como a contratação, o processamento de salários e o
cumprimento das regulamentações laborais.
o Indenizações e Seguros Trabalhistas: Custos associados a indenizações por
demissão, seguros contra acidentes de trabalho e outras formas de proteção ao
empregado.
• Custos
o Custo Fixo (CF): Custos que não variam com o nível de produção.
o Custo Variável (CV): Custos que variam com o nível de produção.
o Custo Total (CT): CF+CV
o Custo Médio (CMe): CT/quantidade.
o Custo Marginal (CMg): é o aumento do custo causado pela produção de uma
unidade adicional do produto.
• No curto prazo, a empresa só pode aumentar sua produção mediante a contratação de
mais mão-de-obra (trabalho), já que o capital é fixo;
o Em função do produto marginal decrescente do trabalho, o custo marginal é
crescente.
• No longo prazo, a empresa pode variar a quantidade de todos os fatores de produção.
o Isocusto: linha que mostra as diferentes combinações de trabalho e capital que
geram o mesmo custo total para a empresa.
o Economias de escala: Aumentos na produção são proporcionalmente maiores do
que os aumentos dos custos. Significa que quando dobramos a produção, os custos
não chegam a dobrar.
o Deseconomias de escala: É o contrário, ou seja, aumentos na produção são
proporcionalmente menores do que os aumentos dos custos. Significa que quando
dobramos a produção, os custos mais do que dobram.
• Demanda por trabalho no curto prazo

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 63
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

o A empresa contrata a quantidade de trabalho que iguala o salário com o valor do


produto marginal do trabalho;
o A empresa demanda a quantidade de trabalho que iguala produto marginal e
salário real.
▪ Se essa condição não significar lucro, a empresa não produzirá nada.
o Quanto maior o salário, menor a quantidade demandada de trabalho.
o Quanto maior a produtividade (produto marginal), maior a demanda por trabalho.
• A demanda por trabalho no longo prazo é mais elástica.
o Significa que a empresa responde com maior intensidade às variações salariais. Se
os salários aumentam, ela pode “contratar” capital e diminuir mais a quantidade de
trabalho demandada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Borjas, George J. Economia do Trabalho – 5ª ed. – Porto Alegre: AMGH, 2012.

Pindyck, Robert; Rubinfeld, Daniel. Microeconomia (p. 63). Edição do Kindle.

Varian, Hal. Microeconomia - Uma Abordagem Moderna (p. 585). GEN Atlas. Edição do Kindle.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 64
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

APÊNDICE: DERIVADAS
Em alguns casos, ainda que raros, pode ser útil conhecer uma ferramenta de Cálculo chamada
Diferenciação, um processo utilizado para descobrir funções Derivadas.

Este é um dos raros momentos no curso em que peço que você decore a fórmula, em vez de
entender a ideia por trás dela. Faço isso pois o custo de compreender derivadas seria muito alto,
supondo que você não esteja familiarizado com trigonometria e limites. Precisaríamos de 3 ou 4
aulas apenas para isso, com um ganho bem pequeno.

O que preciso que você saiba é:

A derivada de uma função X qualquer é outra função Y que representa a


inclinação da função X.

Por exemplo: a derivada de uma função de oferta de trabalho seria a função de oferta marginal.
A derivada de uma função e utilidade seria uma função de utilidade marginal.

E é claro que vou te mostrar como derivar (mesmo que você não saiba o que está fazendo, por
enquanto):

Suponha que temos a função de produção q = L3.K

Para obter o produto marginal do trabalho, fazemos o seguinte passo-a-passo:

3) Descemos uma cópia do expoente do trabalho (L), que passa a multiplicar L.


Deste jeito:

4) Subtraímos 1 do expoente:

Pronto, esta é a derivava da função de produção q = L3.K e, portanto, a nossa


função de produto marginal:

Perceba que sempre derivamos em relação a alguma variável. No nosso exemplo acima,
derivamos em relação ao trabalho, e assim descobrimos quanto varia a produção conforme
variamos a quantidade de trabalho. Mas poderíamos ter derivado em relação a outra variável da
função.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 65
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

QUESTÕES COMENTADAS
1. (2003/ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho)
Suponha que a produtividade marginal do trabalho pode ser expressa pela seguinte função:
10/L, onde L é a quantidade de mão-de-obra. Se a empresa vende sua produção em um
mercado competitivo a um preço de $8, quanta mão-de-obra contratará a empresa se o salário
for de $5 por unidade de mão-de-obra?
a) 16 unidades de mão-de-obra.
b) 4 unidades de mão-de-obra.
c) 6,25 unidades de mão-de-obra.
d) 10 unidades de mão-de-obra.
e) 8 unidades de mão-de-obra.

Comentários:

Precisamos supor que é uma situação de curto prazo, pois nada foi falado a respeito do capital.
Então, vamos utilizar a condição de otimização:

VPmgL = w

Temos o valor dos salários informado pelo enunciado, então substituímos “w” por “5”:

VPmgL = 5

Decompomos o VPmgL em duas partes:

p . PmgL = 5

O preço também foi informado no enunciado, assim como o produto marginal do trabalho:

10
8. =5
𝐿

Resolvendo a multiplicação do lado esquerdo:

80
=5
L

Trocando o L de lado:

80=5L

E trocando o 5 de lado:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 66
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

80
=L
5

Resolvendo a divisão do lado esquerdo, temos nossa resposta:

L=16

Gabarito: “a”

2. (2003/ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho)


No longo prazo a demanda por trabalho é mais elástica em relação ao salário do que no curto
prazo. Isso é verdade porque, em longo prazo, quando o salário sobe:
a) a empresa contratará mais mão-de-obra.
b) a empresa terá lucro zero.
c) a empresa adquirirá mais capital.
d) a empresa pode estabelecer o preço dos produtos.
e) a empresa terá lucro maior do que zero.

Comentários:

Questão relativamente simples: no longo prazo, a demanda por trabalho é mais elástica porque,
em caso de aumento nos salários, a empresa pode substituir o trabalho adquirindo mais capital.

Isso torna a letra “c” nosso gabarito, enquanto as demais alternativas não fazem sentido.

Gabarito: “c”

3. (2018/CESPE/ABIN/Oficial de Inteligência)
A função produção de uma firma é dada por Y = L²K - L³, em que Y é produto, L é a quantidade
de trabalho e K é o estoque de capital. Sabendo que a firma deseja produzir com K = 18, julgue
o item a seguir.
A produtividade marginal do trabalho da firma será igual a 36L - 3L².

Comentários:

A produtividade marginal do trabalho é a derivada da função de produção.

Então, vamos derivar a função de produção Y = L²K - L³.

1) Descemos uma cópia dos expoentes:

Y = 2L2K- 3L3

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 67
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

2) Subtraímos 1 de cada expoente:

Y = 2L1K-3L2

O expoente 1 pode ser simplesmente eliminado, e chegamos a:

Y = 2LK-3L2

Para concluir, vamos incluir a informação do enunciado de que K=18:

Y = 2.L.18-3L2

Y = 36L-3L2

Gabarito: Certo

4. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Economia)


Julgue o item seguinte, a respeito da teoria microeconômica da produção.
Uma combinação de fatores de produção só pode levar a um único nível de produção.

Comentários:

Como é a própria definição de função, cada combinação entre os insumos só pode levar a uma
determinada quantidade produzida. Como explicar, por exemplo, que ao utilizar 15
trabalhadores operando 5 máquinas levará à produção de 10 e 12 unidades? Não faz sentido...

Em outras palavras, não é possível obter quantidade diferentes se estiver usando uma
quantidade de capital e de capital determinada.

Por outro lado, é possível que diferentes combinações levem ao mesmo nível de produção. As
isoquantas estão aí para provar, demonstrando as diversas combinações que produzem a
mesma quantidade.

Gabarito: Certo

5. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Economia)


Julgue o item seguinte, a respeito da teoria microeconômica da produção.
Quando a função de produção é do tipo Leontief, os fatores de produção são substitutos
perfeitos.

Comentários:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 68
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

As funções do tipo Leontief são aquelas de proporções fixas, em formato de “L” (olha o
mnemônico aí: Leontief tem formato de “L”), típicas de insumos que são complementares
perfeitos.

Gabarito: Errado

6. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Economia)


Julgue o item seguinte, a respeito da teoria microeconômica da produção.
Na função de produção do tipo Leontief, as proporções de insumos são sempre fixas,
independentemente dos preços dos insumos.

Comentários:

Na verdade, a proporção de insumos, fixa ou não, independe do preço deles.

Afinal, as isoquantas nada dizem a respeito dos preços (isso é visto na parte da teoria dos cursos).

Isoquantas dizem respeito a quantidades produzidas.

Gabarito: Certo

7. (2021/CEBRASPE-CESPE/SEFAZ-CE/Auditor Fiscal Contábil-Financeiro)


Considerando os problemas microeconômicos clássicos, julgue o item a seguir.
Na função de produção do tipo Leontief, os fatores de produção são complementos perfeitos
e não podem ser substituídos um pelo outro, independentemente do preço.

Comentários:

A função do tipo Leontief é aquela com este formato:

Y = min(A.K.B.L)

Onde “A” e “B” são fatores quaisquer.

É a função tópica de complementares perfeitos, que produz isoquantas em formato de L (lembre-


se do nome Leontief e compLementares), e dessa forma a primeira parte está correta.

Quanto a “não poderem ser substituídos”, está implícito, quando falamos em funções de
produção, que “não podem ser substituídos sem alterar o nível de produção). E isso é justamente
o que ocorre com complementares perfeitos: é exigida determinada proporção entre os
insumos, e eles não podem ser substituídos, em qualquer nível de preços.

Gabarito: Certo

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 69
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

8. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Em relação à teoria da firma, julgue o item subsequente.
Em um processo produtivo, se existir produto marginal decrescente em relação a um insumo,
então os retornos de escala serão decrescentes.

Comentários:

Em primeiro lugar, não confunda rendimentos marginais decrescentes (curto prazo, pelo menos
um fator fixo) com rendimentos (ou retornos) decrescentes de escala (longo prazo, todos os
fatores variáveis).

Esclarecido esse ponto, veja um exemplo de função de produção que contradiz o enunciado, ao
mesmo tempo em que desenvolvemos, na prática, esse raciocínio:

f(L,K) = L0,5.K0,5

Note que há rendimentos marginais decrescentes para os dois fatores. Vamos partir de 10
unidades de L e 10 unidades de K, e depois vamos aumentar para 11 unidades de L:

f(L,K) = 100,5 . 100,5

f(L,K) = 3,16 . 3,16

f(L,K) = 10

Agora, aumento uma unidade de trabalho:

f(L,K) = 110,5 . 100,5

f(L,K) = 3,31 . 3,16

f(L,K) = 10,49

Podemos dizer que o produto marginal da 11ª unidade de trabalho foi de 0,49. Quanto será o
produto marginal de 12ª?

f(L,K) = 120,5 . 100,5

f(L,K) = 3,46 . 3,16 (valor aproximado)

f(L,K) = 10,95

Opa! Essa 12ª unidade de trabalho adicionou 0,46 unidades de produto. Parece que está
diminuindo, e isso significa que o trabalho apresenta rendimentos marginais decrescentes!

Contudo, sabemos que a soma dos expoentes nos fornece o grau da função e o tipo de
rendimentos de escala. Nesse caso, o grau é 1, e os rendimentos de escala são constantes!

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 70
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Em outras palavras, se dobrarmos capital e trabalho, a produção também dobra. Veja com 20 de
cada:

f(L,K) = 200,5 . 200,5

Podemos multiplicar as bases:

f(L,K) = 4000,5

Que é o mesmo que:

f(L,K) = √400

f(L,K) = 20

Viu só? Exatamente o dobro da produção que tínhamos com 10 unidades de cada.

Gabarito: Errado

9. (2017/CEBRASPE-CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional - Economia)


Em relação às funções de custo de produção, julgue o próximo item.
Se a produtividade marginal é decrescente, a adição de uma unidade de produção reduz o
lucro.

Comentários:

Esta questão é mais um spoiler do que ainda veremos no curso, mas já sabemos o bastante para
concluir que a produtividade marginal decrescente significa apenas que cada unidade adicional
de insumo resulta, sucessivamente, em menor quantidade produzida.

Para sabermos sobre os lucros, ainda precisaremos compreender as receitas e os custos.

Gabarito: Errado

10. (2018/CESPE/ABIN/Oficial de Inteligência)


A função produção de uma firma é dada por Y = L²K - L³, em que Y é produto, L é a quantidade
de trabalho e K é o estoque de capital. Sabendo que a firma deseja produzir com K = 18, julgue
o item a seguir.
A produtividade média da firma será igual a 18L² - L³.

Comentários:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 71
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

A questão tem um pequeno problema, pois não informa se deseja a produtividade média do
capital ou do trabalho.

É pequeno porque a questão está fornecendo um valor para o capital de 18, então só podemos
calcular a produtividade média do trabalho.

Para isso, basta dividir a função de produção pelo trabalho (L).

Fica assim:

Y L2 K-L3
=
L L
Colocando o valor de K fornecido, teremos:

2
Y 18L -L3
=
L L
Isso é o mesmo que:

2
Y 18L L3
= −
L L L

A divisão com exponentes de mesma base deve seguir a seguinte regra:


Xa / Xb = Xa-b

Então: L2 / L = L2-1 = L1 = L
Assim como: L3 / L = L3-1 = L2

Seguindo a regra dos quadros, teremos:

Y
=18L-L2
L
Pronto. A produtividade média do trabalho é 18L-L2, o que torna o gabarito errado.

Gabarito: Errado

11. (2018/UFG/SANEAGO/Economista)
Considere a produção de uma firma como uma função da quantidade de trabalho utilizado no
processo produtivo.
Assim, o produto médio do trabalho é decrescente
a) quando a produtividade marginal do trabalho for decrescente.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 72
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

b) a partir do ponto máximo do produto marginal do trabalho.


c) a partir do ponto máximo de produção da firma.
d) quando o produto marginal do trabalho estiver abaixo do produto médio do trabalho.

Comentários:

Concentre-se nas curvas de produto marginal e de produto médio:

O produto médio começa a diminuir no ponto exato onde sua curva cruza a curva de produto
marginal, ou seja, no ponto em que o produto marginal se torna menor do que o produto médio.

Isso faz sentido, pois cada unidade adicional de trabalho, a partir desse ponto, adicionará menor
quantidade de produto do que a média até então, diminuindo-a.

Gabarito: “d”

12. (2009/FUNIVERSO/ADASA/Regulador de Serviços Públicos)


Fundamentado na Lei dos Rendimentos Decrescentes, a qual atua no curto prazo e em que há
dois fatores de produção, sendo o Fator fixo K (capital) e o Fator variável N (mão-de-obra), é
correto afirmar que
a) quando a Produtividade Média do fator variável mão-de-obra (PMeN) aumenta, atinge o seu
ponto de máximo e depois decresce e chega a ter uma produtividade média negativa desse
fator variável.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 73
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

b) quando a Produtividade Marginal do fator variável mão- de-obra (PMgN) aumenta, atinge o
seu ponto de máximo e depois decresce, passando pelo eixo zero de origem e chega a ter uma
produtividade marginal negativa desse fator variável.
c) quando o Produto Total (PT) aumenta, atinge o seu ponto de máximo de produção e depois
continua crescendo.
d) quando a Produtividade Marginal do fator variável mão-de-obra (PMgN) aumenta, atinge o
seu ponto de máximo e depois decresce e ao passar pelo eixo zero de origem, a produtividade
marginal desse fator variável, torna-se a crescer.
e) quando o Produto Total (PT) atingir o seu máximo de produção, a Produtividade Marginal do
fator variável mão-de-obra (PMgN) é um.

Comentários:

A alternativa “A” é particularmente interessante. A princípio, poderíamos pensar que uma vez
que o produto médio começa a decrescer, ele pudesse se tornar negativa. Mas apenas se
deixássemos passar o absurdo dessa afirmação.

O Produto Médio da Mão-de-obra (Trabalho) é simplesmente o Produto Total dividido pela


quantidade do insumo. Nenhum desses valores pode ser negativo. Não faz sentido produzir -3
canetas, -8 carros etc.

Também não tem como empregar -2 trabalhadores, por exemplo. Então, anote aí: o produto
total e o produto médio nunca serão negativos.

Na alternativa “B” temos nosso gabarito. O produto marginal, de fato, pode ser negativo. Isso
significa que a partir de determinada quantidade de mão-de-obra, adicionar mais trabalhadores
irá “atrapalhar” a produção, de forma que cada unidade de trabalho adicional reduz a produção
total.

A alternativa “C” é uma contradição. Ora, algo que atingiu seu ponto máximo não pode continuar
subindo. Se subir, significa que aquele não era o ponto máximo.

A alternativa “D” não é compatível com a lei dos rendimentos marginais decrescentes no curto
prazo. Uma vez que o PMg de um dos insumos começa a cair, a única forma de torná-lo crescente
de novo é aumentando o outro insumo, o que só é possível no longo prazo.

Por fim, “E” está errada. Estaria certa se fosse assim: quando o Produto Total (PT) atingir o seu
máximo de produção, a Produtividade Marginal do fator variável mão-de-obra (PMgN) é um
zero.

Gabarito: “b”

13. (2010/CESPE/DPU/Economista)
Considerando um processo produtivo em que o trabalho é o único fator de produção, assinale
a opção correta quanto à produção total e às produtividades média e marginal.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 74
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

a) Quando a produtividade marginal é igual a zero, o produto total passa a ser decrescente.
b) Quando a produtividade marginal é máxima, a produção total encontra-se em seu ponto
máximo.
c) Quando a produtividade marginal é maior que a produtividade média, esta é decrescente.
d) Quando a produtividade marginal é maior que a produtividade média, a produtividade
marginal é exclusivamente decrescente.
e) Quando a produtividade marginal é igual à produtividade média, a produtividade marginal
encontra-se no seu nível máximo.

Comentários:

Questão bem elaborada, que nos força a relembrar os principais pontos da Teoria da Produção
no curto prazo.

Mais uma vez, recorremos ao gráfico que relaciona as produtividades no curto prazo:

a) Quando a produtividade marginal é igual a zero, o produto total passa a ser decrescente.

Certo. No ponto exato em que PMg se torna (ponto C), o produto total, representado pela curva
“q”, torna-se decrescente a partir desse ponto. Afinal, PMg negativo significa quantidade
adicional negativo, ou seja, o produto total cada vez menor.

b) Quando a produtividade marginal é máxima, a produção total encontra-se em seu ponto


máximo.

Errado. PMg máximo (ponto A) não significa produção total máxima. Isso ocorre quando o PMg
é zero.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 75
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

c) Quando a produtividade marginal é maior que a produtividade média, esta é decrescente.

Errado. Quando a PMg é menor que a PMe, a PMe (esta) é decrescente.

d) Quando a produtividade marginal é maior que a produtividade média, a produtividade


marginal é exclusivamente decrescente.

Errado. Entre A e B a PMg é maior que PMe, mas decrescente!

e) Quando a produtividade marginal é igual à produtividade média, a produtividade marginal


encontra-se no seu nível máximo.

Errado. Invertendo estaria certo, ou seja: quando a produtividade marginal é igual à


produtividade média, a produtividade média encontra-se em seu nível máximo.

Gabarito: “a”

14. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista - Economia)

Considerando uma função de produção do tipo , em que Y representa o produto


e X, o insumo, julgue os itens subsequente.
A produtividade média é obtida pela divisão de Y por X.

Comentários:

Lembra quando eu disse que o produto médio é o produto total dividido pela quantidade do
insumo? Pois é a mesma coisa que a questão está dizendo: ao dividirmos a função de produto
“Y”, que nos fornece o produto total, por “X”, que é a quantidade do insumo, teremos a
produtividade média.

Então, é apenas uma correta questão conceitual.

Se quiser ir além, para fins didáticos, podemos até nos aventurar e descobrir que:

2 1 3
Y X - 30 X X2
= =X-
X X 30

Aí está a função de produto médio.

Gabarito: Certo

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

15. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista - Economia)

Considerando uma função de produção do tipo , em que Y representa o produto


e X, o insumo, julgue os itens subsequente.
A produtividade marginal é igual a 2𝑋−𝑋2.

Comentários:

Desta vez, a banca não foi tão generosa. Não tem problema. Sabemos que para obter o produto
marginal, basta derivarmos a função de produção.

E para isso, usamos a regra do tombo (os valores do quadro são apenas explicativos,
resolveremos a questão depois):

Suponha que temos a função de produção q = L3.K


1) Descemos uma cópia do expoente de L, que passa a multiplicar L. Deste jeito:

2) Subtraímos 1 do expoente:

Pronto, esta é a derivava da função de produção q = L3.K e, portanto, a nossa função de


produto marginal:

Agora, façamos isso com a função fornecida.

1
𝑋 2 − 30 𝑋 3

Partindo da função original acima, descemos uma cópia expoentes e subtraímos 1 do que ficou:

1 2
2𝑋 1 − 3. 𝑋
30

Podemos ignorar o expoente “1”, pois qualquer número elevado a “1” é ele mesmo. Vale para
incógnitas também. E podemos fazer a multiplicação de “3” por “1/30”, que dá “3/30”:

3 2
2𝑋 − 𝑋
30

Agora, multiplicamos “3/30” por “X2”:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 77
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

3𝑋 2
2𝑋 −
30

Por fim, podemos simplificar a fração dividindo a parte de cima e a parte de baixo por “3”:

𝑋2
2𝑋 −
10

Pronto. Temos nossa produtividade marginal, que não é aquela informada pela questão.

Gabarito: Errado

16. (2011/CESPE/EBC/Analista de Empresa de Comunicação Pública)


Um conjunto de produção no curto prazo corresponde a toda área sob uma função de
produção, incluindo-se essa função.

Comentários:

Deixei para explicar isso nesta questão, mas é bem simples: o conjunto de produção é toda a
área abaixo da curva de produto total, incluindo a própria curva.

Os pontos sobre aa curva mostram a quantidade máxima de produto para cada quantidade
empregada do insumo variável, enquanto os pontos abaixo da curva mostram quantidades
possíveis de produto, mas que não maximizam a produção possível para cada quantidade do
insumo variável.

Gabarito: Certo

17. (2021/FGV/TJ-RO/Analista Judiciário - Economista)


A curva de isoquanta de uma firma que utiliza apenas capital e trabalho como insumos ilustra:
a) a quantidade de trabalho necessária para produzir um determinado nível de produção com
o capital constante;
b) a quantidade de capital necessária para produzir um determinado nível de produção com o
trabalho constante;
c) combinações diferentes dos insumos de capital e trabalho que produzirão uma determinada
quantidade de produto;
d) a quantidade de capital necessária para acomodar diferentes quantidades de trabalho para
produzir uma determinada quantidade de produto;
e) a quantidade de trabalho necessária para acomodar diferentes quantidades de capital para
produzir uma determinada quantidade de produto.

Comentários:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 78
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Questão conceitual. O que é uma isoquanta? É uma curva que mostra as diferentes combinações
de dois insumos – geralmente, capital e trabalho – que gera determinada quantidade de produto.
Exatamente como descrito em “c”.

As demais alternativas, por não descreverem dessa forma ou nesse sentido, estão
necessariamente erradas.

Gabarito: “c”

18. (2018/CEBRASPE-CESPE/EBSERH/Analista Administrativo - Economia)


Julgue o item seguinte, relativo a produção, produtividade, rendimentos e custos.
A razão entre produção total e média dos fatores produtivos, denominada produtividade,
diminui quando se aumenta a escala de fatores produtivos no caso de se estar diante de
rendimentos crescentes.

Comentários:

O que a questão está afirmando é simplesmente que ao aumentar a quantidade dos dois
insumos, a produção média é reduzida.

Isso é compatível com rendimentos decrescentes de escala, ou seja, o contrário do que se afirma
no enunciado.

Rendimento crescentes de escala estão presentes sempre que ao aumentar a escala há aumento
da produtividade, de forma que a produção aumenta em proporção maior do que o aumento
da quantidade de fatores utilizados.

Gabarito: Errado

19. (2009/CESGRANRIO/BNDES/Economia)
O gráfico abaixo mostra as isoquantas entre capital e trabalho para uma determinada empresa,
onde q1 , q2 e q3 são produções por mês.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 79
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Considerando o gráfico apresentado, pode-se concluir que


a) há rendimentos crescentes de escala.
b) capital e trabalho são substitutos perfeitos nas faixas de quantidade mostradas no gráfico.
c) a empresa é intensiva em capital.
d) a inclinação das isoquantas sugere que o capital é mais produtivo.
e) a função de produção da empresa é de proporções fixas.

Comentário:

Sempre que ver essas isoquantas retas, pode crer que estará diante de insumos substitutos
perfeitos, como afirmado em B.

Não é possível afirmarmos se os rendimentos são crescentes sem saber qual a quantidade
produzida em cada isoquanta. Se assumíssemos, por exemplo, que q2 é o dobro de q1,
possivelmente estaríamos diante de rendimentos crescentes, mas isso é uma presunção que não
encontra base nas informações do enunciado. Por isso A está errada.

Para saber se a empresa será mais intensiva em Capital ou Trabalho é preciso conhecer não
somente a produtividade, mas também os custos dos fatores. Então C está errada.

A inclinação das isoquantas, ou seja, a TMST nos indica que o trabalho é mais produtivo. Por isso,
uma pequena variação em L compensa uma grande variação em K. Então D está errada.

Por fim, proporções fixas são típicas de insumos complementares perfeitos na produção, os
quase possuem isoquantas em L. E também está errada.

Gabarito: “b”

20. (2010/CESPE/DPU/Economista)
Em relação aos fatores de produção, assinale a opção correta.
a) A taxa marginal de substituição técnica do trabalho por capital é a razão entre as variações
das quantidades de trabalho e as de capital para se manter o mesmo nível de produção.
b) Isoquantas que representam proporções fixas dos fatores de produção são linhas retas com
inclinação negativa.
c) Fatores de produção representados por isoquantas convexas mostram que médias
ponderadas dos planos de produção serão factíveis.
d) Diferentes pontos sobre a mesma isoquanta mostram as diferentes combinações dos fatores
de produção bem como diferentes níveis de produção ocasionados por essas diferentes
combinações.
e) A taxa marginal de substituição técnica entre insumos de produção aumenta à medida que
se percorre a curva de isoquanta de cima para baixo.

Comentários:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 80
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

A alternativa “a” pode parecer correta, mas não está. Veja o exemplo abaixo:

∆𝐾 2
Observe que a TMST entre trabalho e capital é igual a 2 ( = 1). Isso significa que cada unidade
∆𝐿
a menos de trabalho precisa de duas unidades de capital, e não o contrário, como afirma a
alternativa.

A alternativa “c” está correta e, por isso, é nosso gabarito.

Esses foram os comentários sucintos, mas preciso ser mais rigoroso e demonstrar que o
Cebraspe simplesmente copiou algumas passagens de autores consagrados para as alternativas
“a” e “c” mas, ao tirar do contexto, perderam o sentido.

A alternativa “a” vem de uma definição do livro do Pindick que foi mal traduzida na versão
publicada no Brasil:

A taxa marginal de substituição técnica do trabalho por capital é a quantidade que se pode
reduzir do insumo capital quando se utiliza uma unidade extra de insumo trabalho, de tal
forma que a produção se mantenha constante.

Portanto, quando ler algo assim, leia que a TMST de trabalho por capital é a quantidade de
trabalho adicional necessária para manter a produção por ter reduzido o capital.

Sobre a alternativa “c”, apenas copiaram a legenda de um gráfico do livro do Varian, que fora de
contexto perde o sentido. Afinal, o que quer dizer factível?

O que o Varian diz é que as médias ponderadas entre dois planos de produção (pontos sobre
a mesma isoquanta, ou seja, formas de combinar os fatores) produz pelo menos a mesma
quantidade que os planos. É isso que ele chama de factível.

E também faz sentido, uma vez que se traçarmos uma reta entre dois pontos sobre a mesma
isoquanta estritamente convexa, qualquer ponto sobre essa linha reta alcançará,
necessariamente, isoquantas mais altas. Na imagem, o plano de produção E é uma média entre
os planos C e F, alcançando a isoquanta U1, mais alta que U2.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 81
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Conseguiu perceber o argumento?

De toda forma, apesar de mal elaborada, acredito que nessa questão "c" era a alternativa "menos
errada", de qualquer forma.

Gabarito: “c”

21. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista Financeiro)


Em determinados processos produtivos, como os de petróleo e gás, quando os empresários
ampliam os investimentos em determinado percentual, a nova produção resultante tende a
aumentar numa proporção maior do que aquele percentual.
Esse resultado ocorre porque o setor produtor de petróleo e gás está sujeito a
a) retornos constantes de escala
b) retornos crescentes de escala
c) retornos decrescentes de escala
d) rendimentos crescentes dos fatores fixos
e) custos fixos de produção elevados

Comentários:

Quando a produção aumenta em proporção superior ao aumento nos fatores de produção,


estamos diante de retornos (ou rendimentos) crescentes de escala.

Gabarito: “b”

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 82
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

22. (2010/CESPE/TJSE/Analista Judiciário - Economia e Estatística)


Uma taxa técnica de substituição entre dois fatores de produção decrescente mostra como a
razão dos produtos marginais varia a medida em que se aumenta a quantidade de um fator e
reduz-se a quantidade do outro fator de modo a permanecer sobre a mesma isoquanta.

Comentários:

Uma definição perfeita como esta dispensa comentários.

Gabarito: Certo

23. (2010/CESGRANRIO/Liquigás/Economia)
A função de produção de uma empresa é dada pela expressão Y= aKL, sendo Y o nível de
produção, K e L, as quantidades dos fatores de produção, e a é um parâmetro, todos medidos
nas unidades adequadas.
Conclui-se que a função de produção
a) é homogênea do grau 1.
b) é homogênea do grau 2.
c) implica que K e L sejam usados em proporção fixa.
d) implica que K e L sejam substitutos perfeitos.
e) implica retornos decrescentes de escala.

Comentários:

Basta somarmos o expoente dos fatores K e L. Ambos são iguais a 1. Quem dera todas as
questões pudessem ser resolvidas com “1+1”, não é mesmo?

Gabarito: “b”

24. (2009/CESGRANRIO/SFE/Economista)
Considere a função de produção Y=AKaL1-a, onde ‘Y’ é a produção, ‘K’ e ‘L’ são os fatores de
produção, ‘A’ e ‘a’ são parâmetros, sendo 0<a<1. Pode-se afirmar, corretamente, que
a) é uma função homogênea do grau zero.
b) o uso ótimo de K e L se dá em proporção fixa, quaisquer que sejam os preços dos fatores.
c) o fator de produção L não é substituível pelo fator K.
d) o valor de Y também dobra, dobrando-se os valores de K e L.
e) a função apresenta retornos crescentes de escala, se A > 1.

Comentários:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 83
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Este é o formato mais comum das funções de produção Cobb-Douglas, inclusive quanto aos
rendimentos constantes de escala. Na função Y=AKaL1-a, o somatório dos expoentes “a” e “1-a”
será igual a 1, não importa qual valor assuma “a”.

Afinal, a soma dos expoentes será: a + (1 – a) = a + 1 – a = 1

Gabarito: “d”

25. (2017/FGV/IBGE/Analista Censitário - Análise Socioeconômica)


Com relação à teoria da produção, analise as afirmativas a seguir:
I. No longo prazo, uma função de produção dada por F(K,L)=min{2K;3L} apresenta retornos
decrescentes de escala.
II. Em uma estrutura de mercado perfeitamente competitiva, existe um número muito grande
de agentes econômicos e há livre entrada e saída de firmas desse mercado.
III. A isoquanta descreve combinações diferentes de insumos que geram a mesma quantidade
produzida.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente I e II;
c) somente I e III;
d) somente II e III;
e) I, II e III.

Comentários:

As funções desse tipo (complementares perfeitos) costumam ter retornos constantes de escala.
Note que dobrar os insumos dobrará a produção. Com isso, já sabemos que a afirmativa I está
errada e que o gabarito é a letra “d”.

Mas vale a apena comentar que a afirmativa III, já que a II é sobre estruturas de mercado – tópico
não abordado nesta aula.

Sendo assim, a isoquanta realmente descreve combinações que geram a mesma quantidade.
Daí o nome iso (igual) + quanta (quantidade).

Gabarito: “d”

26. (2008/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico - Economia)


A função de produção Q = min (aK, bL), onde Q = produto, K = fator capital, L = fator trabalho
e a e b são parâmetros, apresenta
a) retornos crescentes de escala se a + b > 1.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 84
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

b) retornos constantes de escala.


c) fatores de produção perfeitamente substitutos.
d) inovação tecnológica se a > b.
e) cada isoquanta como uma linha reta.

Comentários:

Estamos diante de uma função de produção com proporções fixas, típica de complementares
perfeitos. Nesses casos, sempre haverá rendimento (ou retorno) constante de escala.

Gabarito: “b”

27. (2018/CESPE/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Curto prazo é o período em que a empresa pode ajustar sua produção de bens e serviços com
alteração de fatores variáveis, como, por exemplo, o trabalho.

Comentários:

No curto prazo, de fato, a empresa pode ajustar sua produção alterando a quantidade de fatores
variáveis empregados.

O trabalho é o exemplo clássico de fator variável, mas qualquer fator passível de ajustes no curto
prazo será variável.

Gabarito: Certo

28. (2018/CESPE/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Segundo a lei dos rendimentos decrescentes, o produto marginal de cada unidade de
determinado fator de produção aumenta com o aumento da quantidade utilizada desse fator.

Comentários:

É justamente o contrário: a lei dos rendimentos decrescentes nos diz que, a partir de
determinado ponto, a unidade adicional de fator de produção terá produto marginal inferior ao
da unidade anterior.

A lei dos rendimentos marginais decrescentes determina que, quando aumentamos a


quantidade do fator de produção variável, mantendo o outro fator fixo, a produtividade marginal
do fator variável diminui a partir de determinado ponto.

Gabarito: Errado

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 85
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

29. (2012/CESGRANRIO/Casa da Moeda/Analista)


A função de produção dada pela expressão Q = A.Kα. L.β. Tδ, na qual Q é o produto, K, L e T são
os fatores de produção e A, α, β e δ são parâmetros, apresenta
a) proporções fixas no uso dos fatores de produção.
b) externalidades, se A > (α + β + δ).
c) rendimentos crescentes de escala, se A > 1.
d) homogeneidade do grau 1, se α + β + δ = 1.
e) produto marginal de K decrescente, se α > 1.

Comentários:

a) proporções fixas no uso dos fatores de produção.

Errado. As funções que exigem proporções fixas são aquelas no formato


q=min(K,L). A função expressa no enunciado permite qualquer proporção entre os
bens, mas cada uma irá gerar um nível diferente de produto (q).

b) externalidades, se A > (α + β + δ).

É possível que existam externalidades se A for maior ou menor do que 1, contudo


isso não tem relação com o somatório dos expoentes α, β e δ. Isso também é
assunto que foge ao escopo do tema.

c) rendimentos crescentes de escala, se A > 1.

Se A for maior do que 1 fica caracterizada apenas uma externalidade positiva, e não
um rendimento crescente de escala, que sabemos acontecer quando o somatório
dos expoentes é maior do que 1.

d) homogeneidade do grau 1, se α + β + δ = 1.

Soma dos expoentes das variáveis = grau da homogeneidade.


Somatório 1 = grau 1 = rendimentos constantes de escala
Portanto, este é nosso gabarito.

e) produto marginal de K decrescente, se α > 1.

É justamente o contrário. Se α for maior do que 1, significa que ao dobrar


isoladamente o insumo K, sua “contribuição” à produção total mais do que dobra.
Exemplo: se α fosse igual a 2, e K for igual a 4, sua “contribuição” na produção será
de 16 (4²), se dobrarmos K, a produção deste insumo passa a ser 64 (8²), ou seja, o
produto marginal de K quadriplica.

Gabarito: “d”

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 86
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

30. (2016/FGV/Codeba/Analista Portuário - Economista)


Considere uma função de produção do tipo
f (x, y) = x2 + y,
em que x e y são os insumos para se produzir um determinado produto.
Essa função apresenta retornos de escala
a) constantes.
b) crescentes.
c) decrescentes.
d) indeterminados.
e) crescentes em x e constantes em y.

Comentários:

Note que essa não é uma função Cobb-Douglas, pois os fatores não estão sendo multiplicados,
mas somados. Isso significa que não basta somar os expoentes para descobrir o grau da função.

Uma abordagem simples seria imputarmos valores arbitrários e, em seguida, multiplicá-los por
2, conferindo o efeito disso na quantidade produzida. Comecemos com x e y iguais a 2. Depois,
eles serão iguais a 4:

x2 + y = 2²+2=6

x2 + y = 4²+4=20

Portanto, a produção mais do que dobrou ao dobrarmos os insumos. Isso significa rendimentos
crescentes de escala.

Gabarito: “b"

31. (2018/FGV/ALERO/Analista Legislativo – Economia)


Considere uma empresa cuja função de produção seja igual a f (x,y) = xy.
Em relação a essa função de produção, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a
verdadeira e (F) para a falsa.
( ) A função de produção apresenta retornos constantes de escala.
( ) A firma produz a taxas marginais decrescentes para x e y.
( ) A função de produção é homogênea de grau 2.
Na ordem apresentada, as afirmativas são, respectivamente,
a) V – V – V.
b) V – F – V.
c) V – F – F.
d) F – V – V.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 87
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

e) F – F – V.

Comentários:

Vamos à análise de cada uma das afirmações.

( ) A função de produção apresenta retornos constantes de escala.


O tipo de retorno – decrescente, constante ou crescente – pode ser determinado pelo grau
da função de produção, dado pela soma dos expoentes.
Como a função é x.y, estão implícitos os expoentes 1 de x e de y: x1x1, determinando o
grau da função em 2 e, consequentemente, seus rendimentos crescentes de escala.
Afirmativa falsa.
( ) A firma produz a taxas marginais decrescentes para x e y.
Desta vez, a questão quer saber a taxa marginal individual de x e de y.
Vamos testar: suponha que x=5 e y=3.
Isso nos dá uma produção de 5.3=15.
Agora, vamos supor que dobremos x.
Com isso, fica 10.3=30.
Quando x dobrou, a produção também dobrou.
Neste tipo de função Cobb-Douglas, o expoente 1 sempre indicará rendimentos
constantes dos fatores individuais.
Afirmativa falsa.
( ) A função de produção é homogênea de grau 2.
Já sabemos que sim, pois a soma dos expoentes é exatamente 2.
Afirmativa verdadeira.
Gabarito: “e”

32. 2012/CESGRANRIO/CASA DA MOEDA/Analista)


Considere uma função de produção tipo Cobb-Douglas definida por Pt = A.Kα.Lβ, onde P é a
quantidade de produto, K e L, as quantidades dos fatores de produção capital e trabalho,
respectivamente, e A, α e β, parâmetros conhecidos.
Caso aumente o nível de utilização dos dois fatores de produção em uma mesma proporção, e
o produto obtido cresça numa proporção ainda maior, ocorrerá(ão) então,
a) existência de lucros maiores com ganhos de escala na produção
b) função de produção homogênea de primeiro grau
c) produção com rendimentos constantes de escala
d) pontos acima da curva de possibilidade de produção
e) rendimentos crescentes de escala

Comentários:

O que importa aqui é a afirmação “Caso aumente o nível de utilização dos dois fatores de
produção em uma mesma proporção, e o produto obtido cresça numa proporção ainda maior,
ocorrerá(ão) então...”. Ora, essa é a definição exata de rendimentos crescentes de escala.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 88
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Dica: Às vezes o enunciado vem cheio de símbolos, letras gregas, discursos de políticos – entre
outras coisas de difícil compreensão – só estão lá para meter medo. Nesta questão, por exemplo,
só importa mesmo o segundo parágrafo.

Gabarito: “e”

33. (2018/FCC/ALESE/Analista Legislativo – Economia)


Suponha que a produção de um bem está sujeita a proporções fixas, isto é, quando uma, e
somente uma, combinação de insumos pode produzir esse dado bem. Nesse caso,
a) obtém-se uma função de produção denominada Cobb-Douglas.
b) obtêm-se isoquantas que se interceptam toda vez que a quantidade de insumos apresenta
uma relação constante.
c) a grandeza dos insumos decresce para pontos mais afastados da origem, em um gráfico que
relaciona as quantidades dos dois insumos.
d) o nível de produto permanece constante e a proporção dos insumos varia continuamente
para movimentos ao longo da isoquanta.
e) obtêm-se isoquantas com formato em “L”.

Comentários:

Vimos duas isoquantas especiais nesta aula. Uma delas é justamente a que tem forma em “L”, e
decorre de fatores de produção que demandam proporções fixas.

Gabarito: “e”

34. (2016/FCC/PGE MT/Economista)


A lei dos retornos marginais decrescentes afirma:
a) O produto total cai à medida que mais do insumo é adicionado à produção.
b) A receita total cai quando o produto aumenta, mantendo a tecnologia fixa.
c) A utilidade cai quando mais do bem é consumido.
d) A quantidade demandada do bem cai quando o preço sobe.
e) O produto marginal, a partir de um dado momento, cai à medida que mais insumo é
empregado.

Comentários:

A questão é apenas conceitual, e a alternativa “e” define corretamente a afirmação da lei dos
retornos marginais decrescentes.

Gabarito: “e”

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 89
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

35. (2018/IADES/IGEPREV – PA/Técnico - Administração e Finanças)


Seja a função de produção representada por Y = f(K,L), em que K e L são os fatores de produção
capital e trabalho, respectivamente.

Dadas as curvas de produto total (PT) e de produto marginal (PMg) apresentadas, sendo K o
fator fixo e L o fator variável, assinale a alternativa correta.
a) Para L > L’; PMg < 0.
b) Quanto maior for L, maior será o PT.
c) Quanto maior for K, menor será o PMg.
d) A variação do fator L não afeta o PT.
e) Para PMg > 0; o PT é máximo.

Comentários:

Aqui, o que conta é a interpretação gráfica.

Vou analisar de trás para frente, por motivos que ficarão evidentes no final.

e) Para PMg > 0; o PT é máximo.

PT será máximo quando PMG = 0, e não quando for maior. Por isso, a alternativa está
errada.

d) A variação do fator L não afeta o PT.

É evidente que afeta. É exatamente isso que o gráfico nos mostra; a variação em PT
decorrente da variação de L.

c) Quanto maior for K, menor será o PMg.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 90
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Apesar de sabermos que K é um fator de produção, sabemos também que ele é fixo, e,
portanto, trata-se de uma análise de curto prazo.

Como K não pode variar, a alternativa “c” não faz sentido.

b) Quanto maior for L, maior será o PT.

Isso só é verdade até o ponto L’. A partir daí, quanto maior L, menor será PT. A
generalização torna a alternativa errada.

a) Para L > L’; PMg < 0.

De fato, a partir de L’, PMg se torna negativa. Aqui está nosso gabarito e o motivo pelo
qual deixei a alternativa por último.

Gabarito: “a”

36. (2012/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com base na teoria microeconômica, julgue (C ou E) o item que se segue.
Sabendo-se que a função de serviços administrativos de determinado órgão público exige um
computador para cada funcionário, conclui-se que as isoquantas entre esses dois insumos são
formadas por linhas retas paralelas, cuja inclinação é igual a -1.

Comentários:

A questão está determinando uma proporção fixa entre trabalho e capital: um computador para
um funcionário.

Portanto, eles se complementam perfeitamente, e suas isoquantas terão formato de “L”, não de
linhas paralelas.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Portanto, a função seria q=min(K,L).

Gabarito: Errado

37. (2010/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Considerando a teoria da produção e dos custos, que fornece importantes elementos para a
análise da formação de preços em distintos ambientes de mercado, julgue C ou E.
Se, para determinada empresa, trabalhadores sem qualificação específica e máquinas executam
exatamente o mesmo tipo de tarefa, então, para essa empresa, as isoquantas entre esses dois
insumos podem ser representadas como linhas retas paralelas.

Comentários:

A questão determinou que trabalho e capital podem ser livremente substituídos, pois executam
o mesmo tipo de tarefa. Sendo assim, realmente as isoquantas serão retas paralelas:

Gabarito: Certo

38. (2016/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Auditor Júnior)


A função de produção Q = 10.K0,3.L0,7, onde Q é a quantidade produzida, e K e L são as
quantidades dos fatores de produção, representa uma tecnologia com
a) retorno crescente de escopo
b) retorno constante de escala
c) produto marginal do capital constante
d) produto marginal do trabalho constante
e) isoquantas em forma de ângulo reto

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 92
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Comentários:

Veja que o grau da função, que é do tipo Cobb-Douglas, é 1 (0,3+0,7), e, portanto, ela apresenta
rendimentos (retorno) constante de escala.

A alternativa “a” está errada, porque a questão nada nos informa sobre retornos de escopo, pois
isso está relacionado à produção de dois ou mais bens. Nesse caso, temos apenas um,
representado por “Q”.

Já sabemos também como avaliar o rendimento marginal dos insumos por seus respectivos
expoentes, e nesse caso ambos são decrescentes, tornando “c” e “d” erradas.

Por fim, a alternativa “e” fala de isoquantas de ângulo reto, que significa um ângulo de 90 graus:
são as isoquantas em “L” dos complementares perfeitos, cujas funções são do tipo Leontief (min).

Gabarito: “b”

39. (2018/FCC/SEF - SC/Auditor Fiscal da Receita Estadual)


Os rendimentos decrescentes de escala
a) são representados por um espaçamento decrescente das isoquantas à medida que a
quantidade de insumos combinados aumenta, em uma dada função de produção.
b) são mais prováveis na indústria de transformação que no setor de serviços, pois, este, em
geral, apresenta menor investimento em equipamentos de capital.
c) são representados por isoquantas cada vez mais distantes entre si, conforme os níveis de
produção aumentam proporcionalmente.
d) são definidos pela taxa de crescimento do produto ao passo que os insumos são mantidos
constantes.
e) tornam mais vantajosa a operação de uma única grande empresa, do que a de muitas
pequenas empresas, quando predominam em dado setor

Comentários:

Vimos como ficam as isoquantas em caso de rendimentos constantes ou crescentes.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 93
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Aqui, temos rendimentos constantes de Esse gráfico, por outro lado, apresenta
escala. Quando dobramos capital e rendimentos crescentes de escala.
trabalho, dobramos também o produto. Quando dobramos capital e trabalho, o
produto triplica. As isoquantas vão ficando
O espaço entre as isoquantas é igual. cada vez mais próximas.

Naturalmente, em caso de rendimentos decrescentes teremos o contrário do que ocorre quando


são crescentes: as isoquantas ficam cada vez mais distantes.

Gabarito: “c”

40. (2018/VUNESP/SJC/Economista)
As isoquantas são curvas que representam todas as possíveis combinações de insumos de
produção que geram o mesmo produto final. São curvas convexas que demonstram que para
manter o produto total igual
a) o acréscimo de um insumo requer o aumento do outro.
b) a quantidade de um insumo não pode sofrer alterações.
c) o acréscimo de um insumo requer a redução do outro.
d) os insumos deverão permanecer inalterados.
e) o insumo tecnologicamente mais avançado deverá ser escolhido.

Comentários:

É exatamente isso que as curvas Isoquantas nos mostrarão: quais combinações entre as
quantidades dos dois insumos resulta na mesma quantidade de produto.

Naturalmente, se reduzirmos a quantidade de trabalho, deveremos aumentar a quantidade de


capital para manter a mesma quantidade produzida. Por isso elas são negativamente inclinadas.

Gabarito: “c”

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 94
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

41. (2017/CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional – Economia)


A produtividade marginal é obtida a partir da divisão do produto total pelo fator variável
trabalho.

Comentários:

O que se obtém a partir da divisão do produto total pelo fator variável do trabalho é o produto
médio do fator variável.

Gabarito: Errado

42. (2017/FCC/ARTESP/Especialista em Regulação de Transporte – Economia)


Em uma função de produção do tipo F = AKαLβ, com A, α e β positivos, a empresa
a) tem rendimentos decrescentes de escala se A < 1.
b) tem rendimentos crescentes de escala se α e β > 1.
c) apresenta rendimento constante de escala, independentemente do valor de α e β.
d) alcançará rendimento constante de escala se A = 1.
e) produzirá menos, a um dado nível de K e L, quanto maior o valor de A.

Comentários:

Quando uma função do tipo Cobb-Douglas tem rendimentos crescentes de escala, a soma entre
os expoentes dos fatores α e β é maior que 1.

A alternativa “b” fala que cada expoente é maior do que 1, então a soma entre eles também será.

Logo, está trata-se de uma função com rendimentos crescentes de escala.

Neste caso, dobrar a quantidade de insumos mais do que dobrará a produção.

Gabarito: “b”

43. (2016/CESPE/DPU/Economista)
A respeito das funções de produção e suas propriedades, julgue o seguinte item, considerando
os insumos x e y e a produção Q.
A função Q = -5 + x + y indica que os bens são substitutos, sendo a taxa marginal de substituição
entre os dois bens igual a 1.

Comentários:

A TMS entre os dois bens nos dirá quanto de um deles temos que acrescentar quando retiramos
alguma quantidade do outro, mantendo constante a quantidade produzida.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 95
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Uma demonstração vai deixar claro como funciona nesse tipo de função.

A única coisa que você precisa fazer para concluir que são substitutos perfeitos, é colocar uma
quantidade qualquer do insumo “x”, ver quanto produz e depois substituir pela mesma
quantidade do insumo “y”. Olha só:

Se produzirmos com 100 unidades de “x” e 0 (zero) unidades de “y”, teremos:

Q = -5 + x + y

Q = -5 + 100 + 0

Q = 95

E se invertermos e utilizarmos 0 unidades de “x” e 100 de “y”:

Q = -5 + x + y

Q = -5 + 0 + 100

Q = 95

Viu só? Tanto faz utilizar “x” ou “y”, e tanto faz é a própria definição de substitutos.

Note que as funções de produção que têm esse formato aditivo, ou seja, um sinal de "mais" entre
os insumos, implicará em substitutos.

Gabarito: Certo

44. (2016/FGV/IBGE/Tecnologista – Economia)


Considere uma função de produção F que conta com apenas dois insumos: capital, K, e
trabalho, L, e apresenta a propriedade de retornos decrescentes de escala. Essa função F(K,L)
pode ser descrita por:
a) F(K,L) = K0,6L0,3;
b) F(K,L) = min{2K,L};
c) F(K,L) = 5K + 4L;
d) F(K,L) = 0,7KL;
e) F(K,L) = 20K0,5L0,5.

Comentário:

Sabemos que [1] o grau da função de produção define o tipo de retornos de escala e [2] que o
grau é determinado pela soma dos expoentes nas funções do tipo Cobb-Douglas.

Há três funções desse tipo, nas alternativas “a”, “d” e “e”, então recomendo que comece por elas.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 96
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Logo de cara, vamos que a função da alternativa “a” terá grau 0,9 (0,6+0,3). Como qualquer grau
menor do que 1 implica em rendimentos decrescentes de escala, ela já é nosso gabarito.

Fique à vontade para calcular o grau das demais funções e chegar a conclusões sobre elas.

Gabarito: “a”

45. (2016/CESPE/TCE – SC/Auditor Fiscal de Controle Externo)


Em uma firma que opera com capital constante no curto prazo, aumento na quantidade de
trabalho faz que o produto marginal e o produto médio do trabalho cresçam e depois tendam
a cair. Nesse processo, enquanto o produto médio cresce, o produto marginal é maior que o
médio; e, enquanto o produto médio diminui, o produto marginal é menor que o produto
médio.

Comentários:

Devemos nos concentrar na afirmação de que “enquanto o produto médio cresce, o produto
marginal é maior que o médio; e, enquanto o produto médio diminui, o produto marginal é
menor que o produto médio”.

Ora, isso é verdade, como podemos constatar ao analisar as curvas de produção:

Gabarito: Certo

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 97
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

46. (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo)


A taxa marginal de substituição técnica em cada ponto da isoquanta corresponde à quantidade
de capital que pode ser substituída por determinada quantidade de trabalho com o objetivo de
aumentar a produção.

Comentários:

As isoquantas, como podemos extrair do termo “iso”, trata de mesmas quantidades.

O erro da questão está ao falar em “aumentar a produção”.

Gabarito: Errado

47. (2016/CESPE/TCE – SC/Auditor Fiscal de Controle Externo)


Constitui exemplo de rendimentos de escala crescentes a função de produção X = 0,5KL, em
que X é a produção física total, K é a quantidade dos recursos de capital e L é a quantidade de
trabalho.

Comentários:

X = 0,5KL é uma função de grau 2, como podemos interpretar pelos expoentes implícitos:

X = 0,5K1L1

Portanto, ela é mesmo um exemplo de rendimentos crescentes de escala.

Gabarito: Certo

48. (2014/IDECAN/BANDES/Economista)
Considere a função de produção de um serralheiro de janelas como sendo P=10x(2/3), em que
P é o número de janelas produzidas por semana, com certo número fixo de funcionários, e x o
número de soldadeiras utilizadas.
Quantas janelas serão produzidas por semana, caso sejam utilizadas nove soldadeiras?
a) 40.
b) 50.
c) 60.
d) 70.
e) 80.

Comentários:

A questão é mais álgebra do que economia.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 98
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Basta substituir “x”, que representa o número de soleiras, por 9, que foi o informado pela banca:

P=10x(2/3)

P=10.9.(2/3)

P=90.(2/3)

P=180/3

P=60

Gabarito: “c”

49. (2016/FCC/ELETROSUL/Economista)
Considere que uma firma pode utilizar dois insumos, A e B, como substitutos perfeitos, podendo
ser utilizados conjuntamente.
Se a isoquanta é dada por 24 = 6a + 3b, é correto afirmar que a Taxa Marginal de Substituição
Técnica − TMST
a) de A para B é de 8,0.
b) de B para A não varia ao longo da isoquanta.
c) representa a inclinação positiva da isoquanta.
d) evidencia, para este caso, a preferência da firma pelo insumo B.
e) de B para A é de 6,0.

Comentários:

A função neste formato (6a + 3b) demonstra que os insumos “a” e “b” são substitutos perfeitos
na produção.

Se traçarmos essa isoquanta que representa 24 unidades, com “a” no eixo horizontal e “b” no
eixo vertical, teremos o seguinte:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 99
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Isso faz todo o sentido, não é? E já temos nossa resposta, pois a isoquanta é linear e, portanto, a
TMST é constante: letra “b” é o gabarito.

Mas vamos aproveitar esta questão para reforçar algumas coisas.

Afinal, nossa isoquanta Q24 mostra que se usarmos 4 unidades de “a” e 0 unidades de “b”,
teremos:

24 = 6a + 3b

24 = 6.4 + 3.0

24 = 24 + 0

24 = 24 (difícil discutir com isso...)

Por outro lado, se usarmos 0 unidades de “a” e 8 unidades de “b”:

24 = 6a + 3b

24 = 6.0 + 3.8

24 = 0 + 24

24 = 24

Usamos os extremos como exemplo para calcular agora, mas qualquer ponto sobre a isoquanta
Q24 trará o mesmo resultado.

Portanto, uma variação de -2 unidades de “b” sempre pode ser compensada pela variação de 1
unidade de “a”, de forma que a TMST, definida em função da inclinação da isoquanta, fica:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 100
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

-∆b -2
TMST= = =-2
∆a 1
Também podemos definir a TMST em função dos produtos marginais assim:

PMga -6
TMST= = =-2
PMgb 3

Se tem dúvidas sobre o produto marginal, basta lembrar que ele é a variação no produto quando
você varia uma unidade do insumo.

No caso do insumo “a”, se você tirar uma unidade, perderá 6 unidades de produto, se você
adicionar uma unidade de “a”, ganhará 6 unidades de produto.

Para “b” a produtividade marginal é 3.

Tudo por causa da equação da isoquanta “24 = 6a + 3b”.

Gabarito: “b”

50. (2019/VUNESP/PREF MOGI DAS CRUZES/Economista)


Uma função de produção é descrita pela equação a seguir:
Y=10K1/3L1/2. onde:
Y = quantidade produzida.
K = quantidade do fator capital.
L = quantidade do fator mão de obra.
Essa função de produção apresenta
a) produtividade marginal do fator trabalho estritamente crescente no curto prazo.
b) rendimentos decrescentes de escala no longo prazo.
c) produtividade marginal do fator trabalho constante no curto prazo.
d) rendimentos crescentes de escala no longo prazo.
e) rendimentos constantes de escala no longo prazo.

Comentários:

Lembre-se que a soma dos expoentes dos insumos, em funções desse tipo, fornece o tipo de
rendimento de escala:

Soma dos expoentes Descrição


Menor do que 1 Rendimentos decrescentes de escala
Igual a 1 Rendimentos constantes de escala
Maior do que 1 Rendimentos crescentes de escala

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 101
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

No caso, temos o seguinte:

1/3 + 1/2 =

2/6 + 3/6 =

5/6 ≈ 0,83

Já temos o gabarito (letra “b”), e ele deixa claro porque “d” e “e” estão erradas, mas as demais
merecem algumas considerações.

“a” e “c” estão erradas porque o trabalho possui produtividade marginal decrescente. Sei disso
porque seu expoente é inferior a 1. Essa é a regra. Se quiser aprofundar no assunto, fale comigo
que conversamos sobre as propriedades da segunda derivada de uma função. Mas se só que
passar na prova mesmo, lembre-se de que a regra para funções Cobb-Douglas é:

Valor do expoente do fator individual Descrição do rendimento do fator


Menor do que 1 Rendimentos marginais decrescentes
Igual a 1 Rendimentos marginais constantes
Maior do que 1 Rendimentos marginais crescentes

Gabarito: “b”

51. (2021/FGV/FUNSAÚDE CE/Analista Administrativo - Economia da Saúde)


Suponha que existam dois fatores de produção (x,y) e que a taxa técnica de substituição (TTS)
entre esses insumos seja definida como:
TTS(x,y) = dy/dx.
Neste contexto, assinale a opção que indica uma propriedade da TTS.
a) Ela pode ser calculada como o negativo da razão da produtividade marginal de x em relação
à produtividade marginal de y.
b) Sua fórmula pode ser obtida pela variação no uso dos dois fatores, de forma a ampliar a
produção.
c) Ela indica a taxa de crescimento da inclinação da isoquanta, quando se eleva x e se reduz y.
c) Sua magnitude indica que a produção cresce a taxas marginais crescentes.
d) Ela é decrescente, ou seja, a inclinação de uma isoquanta aumenta em valor absoluto à
medida que se move ao longo dessa curva no sentido de aumento de x.

Comentários:

Sim: TTS é a mesma coisa que TMST ou TST. Esclarecido esse ponto, vamos às alternativas.

a) Ela pode ser calculada como o negativo da razão da produtividade marginal de x em relação à
produtividade marginal de y.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 102
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Precisamente. Algo importante sobre a TTS, e válido em todos os casos, é que ela é igual à
relação entre a produtividade marginal dos fatores de produção.

Assim:

-PMgK -∆L
TMSTK,L = = | f(K,L) = constante
PMgL ∆K
b) Sua fórmula pode ser obtida pela variação no uso dos dois fatores, de forma a ampliar a manter
o nível de produção.

c) Ela indica a taxa de crescimento redução da inclinação da isoquanta, quando se eleva x e se


reduz y.

c) Sua magnitude indica que a produção cresce a taxas marginais crescentes.

d) Ela é decrescente, ou seja, a inclinação de uma isoquanta aumenta diminui em valor absoluto
à medida que se move ao longo dessa curva no sentido de aumento de x.

Gabarito: “a”

52. (2013/FCC/ICMS-SP/Agente Fiscal de Rendas)


Considere a seguinte função de produção do bem X, do tipo Cobb-Douglas, a qual é
homogênea de grau 1:
Y = KaLb
onde:
Y = quantidade produzida do bem X
K = quantidade do fator capital
L = quantidade do fator trabalho a, b = parâmetros da função
É correto afirmar que
a) a produção do bem X mais que dobrará, se a quantidade dos fatores de produção for
multiplicada por 2 no longo prazo.
b) a soma dos parâmetros a e b é menor que um (1), indicando a presença de deseconomias
de escala no longo prazo.
c) a taxa marginal de substituição técnica do capital pelo trabalho é dada, em módulo, pelo
quociente da produtividade marginal do trabalho pela produtividade marginal do capital.
d) o parâmetro b representa a elasticidade da produção em relação à quantidade do fator
capital.
e) a produtividade marginal do capital é estritamente crescente no curto prazo, qualquer que
seja a quantidade utilizada do fator.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 103
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Comentários:

Se a função é homogênea de grau um, então, a soma dos parâmetros “a” e “b” (expoentes de K
e L) deve ser igual a 1. Ou seja, a função apresenta, no longo prazo, rendimentos constantes de
escala. Então, estão erradas as alternativas “a” e “b”.

A alternativa “e” está errada pois a produtividade marginal (tanto do capital, quanto do trabalho)
será estritamente decrescente no curto prazo. Afinal, se a soma dos expoentes é igual a 1, no
máximo o expoente do capital também será 1, o que indica produto marginal constante (no
máximo).

Agora sobre a alternativa “d”. A elasticidade da produção em relação à quantidade de capital


seria a variação percentual da produção decorrente da variação percentual da quantidade de
capital. Ou seja, essa elasticidade tratada na letra “d” seria igual a Δ%Y / Δ%K. É perfeitamente
possível fazer o cálculo. É o mesmo princípio de cálculo utilizado na aula para as funções de
demanda Cobb-Douglas, onde a elasticidade de uma variável era igual ao seu próprio expoente
na função.

Neste caso, então, a elasticidade da produção em relação à quantidade de capital é o expoente


da variável K, que é o parâmetro “a”, e não o parâmetro “b”. Se a redação da assertiva D fosse o
seguinte, ela estaria certa:

o parâmetro “a” representa a elasticidade da produção em relação à quantidade do fator capital


(CERTO).

A alternativa “c” está certa. A TMST do capital pelo trabalho é igual a:

ΔK ∆Q
ΔK ∆Q ΔK ∆Q ∆Q ΔK ∆L PmgL
TMSTL,K = = = . = . = =
∆L ∆L ∆Q ∆L ∆L ∆Q ∆Q PmgK
∆Q ∆K

Resumindo,

PmgL
TMSTL,K =
PmgK

Gabarito: “c”

53. (2015/FGV/DPE RO/Analista da Defensoria Pública - Analista em Economia)


Seja a função de produção f(x,y)=a+xy, em que a é uma constante positiva e x e y são insumos.
Essa função apresenta:
a) retornos crescentes de escala;
b) retornos decrescentes de escala;
c) retornos constantes de escala;

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 104
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

d) retornos de escala indefinidos;


e) produto marginal crescente em x e y.

Comentários:

Essa é interessante. Note que dobrar os insumos terá diferentes resultados em termos de
aumento percentual na produção, dependendo do valor de ‘d’.

Exemplo 1

Suponha que ‘a=10’, ‘x=2’ e ‘y=2’.

f(x,y)=a+xy

f(x,y)=10+2.2=14

Agora, dobramos x e y:

f(x,y)=10+4.4=26

Estamos diante de retornos decrescentes, uma vez que dobrar os fatores resultou em produção
inferior ao dobro.

Exemplo 1

Suponha que ‘a=5’, ‘x=2’ e ‘y=2’.

f(x,y)=a+xy

f(x,y)=5+2.2=9

Agora, dobramos x e y:

f(x,y)=5+4.4=21

Desta vez, estamos diante de retornos crescentes, uma vez que dobrar os fatores resultou em
produção superior ao dobro.

Conclusão: o comportamento em termos de escala depende do valor de ‘a’. Como esse é


indefinido, a função possui retornos de escala indefinidos (letra “d”)

Gabarito: “d”

54. (2015/VUNESP/SP/Auditor Municipal de Controle Interno)


Um indivíduo resolve abrir uma pequena empresa, para isso, demite-se do trabalho no qual
ganhava um salário de R$ 2.000,00 e utiliza um imóvel que já possuía e pelo qual recebia um

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 105
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

aluguel de R$ 1.000,00. No primeiro ano de funcionamento da empresa, obteve receitas de R$


40.000,00 e os custos totalizaram R$ 10.000,00. Diante dessas informações e desconsiderando
o 13º salário, ele obteve, nesse primeiro ano, um
a) lucro econômico de R$ 6.000,00.
b) prejuízo econômico de R$ 12.000,00.
c) prejuízo econômico de R$ 6.000,00.
d) lucro econômico de R$ 18.000,00.
e) lucro econômico de R$ 30.000,00.

Comentários:

Lembre-se que:

Lucro econômico = Receita total – custos explícitos – custos implícitos

Portanto, temos o seguinte (não esqueça de multiplicar o salário e o aluguel por 12, para saber
seus valores anuais):

Receita total = 40000

Custos implícitos = 2000x12+1000x12=36000 aqui entra o custo de oportunidade (salário e aluguel que recebia)

Custos explícitos = 10000

Lucro econômico = 40000 – 36000 – 10000 = -6000

Um lucro econômico negativo significa que houve prejuízo econômico.

Gabarito: “c”

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 106
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

55. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Economista Júnior)


A Figura abaixo mostra a curva de custo total médio de certa empresa, como função do nível
de produção q.

Se a empresa estiver produzindo em um nível maior do que q*, diz-se que está num ponto com
a) economias de escala
b) deseconomias de escala
c) economias de escopo
d) capacidade ociosa
e) custo médio mínimo

Comentários:

As economias de escala se fazem presentes quando o custo médio é decrescente.

Do contrário, temos deseconomias de escala – caracterizadas pelo custo médio crescente.

Aqui, para qualquer nível de produção acima de q*, o custo médio apenas sobe.

Dessa forma, dobrar a produção, por exemplo, mais do que duplicaria os custos.

Gabarito: “b”

56. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Em relação à teoria da firma, julgue o item subsequente.
Quando a curva de custo marginal for crescente, as curvas de custo médio total e custo médio
variável serão crescentes.

Comentários:

Quando a curva de custo médio total e a curva de custo médio variável são crescentes, é sinal de
que a curva de custo marginal já as cruzou enquanto subia e, portanto, também é crescente.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 107
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Contudo, a questão inverteu as coisas. A curva de custo marginal pode ser crescente, mas se ela
ainda não cruzou a curva de custo médio, então custo médio ainda é decrescente. Quanto
mesmo vale uma imagem?

Perceba que desde a 4ª unidade o CMG é crescente. Contudo, CVMe e CTMe só são crescentes,
respectivamente, após a 7ª e a 8ª unidade, que é quando são trespassados pela curva de custo
marginal.

Gabarito: Errado

57. (2018/VUNESP/IPSM SJC/Analista de Gestão Municipal - Economia)


Considerando a teoria dos custos, quando o custo marginal de uma empresa for maior que o
custo médio, significa que
a) as economias de escala estão aumentando.
b) o custo médio é constante.
c) o custo médio está diminuindo.
d) o custo médio está aumentando.
e) o lucro está diminuindo.

Comentários:

É como se o custo marginal “puxasse” o custo médio. Quando o custo marginal é maior que o
custo médio, significa que ambos estão aumentando.

Gabarito: “d”

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 108
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

58. (2019/FGV/DPE RJ/Economia)


A figura abaixo ilustra algumas isoquantas de uma determinada função de produção de uma
firma. A isoquanta Q = 20 representa as combinações dos insumos capital e trabalho
necessárias à produção de 20 unidades do produto.

Sobre a tecnologia e a estrutura de custos dessa firma, é correto afirmar que:


a) o custo médio é constante e, para qualquer nível de produção, igual ao custo marginal;
b) o custo médio é crescente e, para qualquer nível de produção, sempre menor do que o custo
marginal;
c) o custo médio é crescente e, para qualquer nível de produção, sempre maior do que o custo
marginal;
d) o custo médio é decrescente e, para qualquer nível de produção, sempre maior do que o
custo marginal;
e) a firma apresenta tecnologia com retornos crescentes de escala.

Comentários:

A primeira coisa a ser feita é avaliar o que acontece com a produção quando dobra a quantidade
de insumos utilizada.

Em outras palavras, quando passamos de 60 unidades de capital e 75 de trabalho, que


produziam 20 unidades do produto, para 120 de capital e 150 de capital, qual será a nova
quantidade?

A resposta está na isoquanta Q=35. Ora, se ao dobrar os insumos obtivemos menos do que o
dobro de produção, estamos diante de deseconomias de escala e custo médio crescente!

Isso elimina as alternativas “a”, “d” e “e”.

Resta, apenas, verificarmos quem é maior: custo médio ou custo marginal.

A resposta está nas curvas (concentre-se apenas nas de longo prazo, já que estamos variando os
dois insumos):

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 109
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

E então, quando o custo médio é crescente? Pois é: quando ele é menor do que o custo marginal.
Portanto, temos nossa conclusão: como o custo médio é crescente (deseconomias de escala), o
custo marginal só pode ser maior do que o custo médio.

Gabarito: “b”

59. (2015/FCC/TCE-AM - Auditor)


Instrução: Para responder à questão, considere a tabela, a seguir, que apresenta o custo total e
a receita total de uma firma competitiva:
Quantidade (em unidades) Receita Total Custo Total
1 R$ 90,00 R$ 10,00
2 R$ 170,00 R$ 30,00
3 R$ 240,00 R$ 60,00
4 R$ 300,00 R$ 100,00
5 R$ 350,00 R$ 150,00
6 R$ 390,00 R$ 210,00
7 R$ 420,00 R$ 280,00
O custo marginal de produzir a sexta unidade será de
a) R$ 80,00.
b) R$ 10,00.
c) R$ 210,00.
d) R$ 60,00.
e) R$ 70,00.

Comentários:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 110
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Se ao produzir a 6ª unidade o custo passou de R$150 para R$210, e o custo marginal é definido
como o aumento no custo de produzir uma unidade adicional, o custo marginal da 6ª unidade
foi de R$60. Simples assim.

Gabarito: “d”

60. (2014/IDECAN/SEP PR/Contador)


A estrutura de custos de uma empresa depende de um componente fixo e variável. Assim, os
custos médios são a soma dos custos fixos e variáveis médios. Nesse sentido, o custo variável
médio mínimo pode ser obtido
a) na área calculada abaixo da curva de custo marginal.
b) no mesmo ponto no qual o custo fixo médio atinge o seu menor valor.
c) no ponto em que o custo marginal intercepta a curva de custo total médio.
d) quando a variação de custo variável médio passa de negativa para nula, quando uma unidade
adicional é produzida.
e) como a soma do custo de produzir cada unidade adicional de um bem e multiplicando essa
soma pela quantidade produzida.

Comentários:

A questão nem exige raciocínio econômico, nem mesmo que seja estabelecida a relação entre
as curvas de custo. Basta observar que a alternativa “d” (nosso gabarito) é válida como descrição
de qualquer ponto mínimo: ele ocorre no ponto em que algo para de diminuir. Isso também está
de acordo com o que vimos sobre as curvas de custo em forma de “U”, como é o caso do custo
variável médio:

Vejamos as demais alternativas.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 111
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

A área abaixo da curva de custo marginal informa o custo variável total, uma vez que o custo
marginal é o custo de produzir uma unidade adicional, e por isso a alternativa “a” está errada.

O custo fixo médio não tem ponto mínimo. Como ele é um valor fixo cada vez mais diluído
conforme aumenta a produção, ele diminui indefinidamente enquanto a produção aumenta.
Esse é o erro da alternativa “b”.

A alternativa “c” está errada porque no ponto em que o custo marginal intercepta a curva de
custo total médio, é o custo total médio que é mínimo, e não o custo variável médio! Pense na
curva de custo marginal como um imã que atrai os custos médios em sua direção.

A soma do custo de produzir cada unidade adicional, ou seja, a soma do custo marginal, é o
custo variável total. Só nisso a alternativa “d” já está errada. Multiplicar essa soma pela quantidade
não tem nenhum significado.

Gabarito: “d”

61. (2018/VUNESP/ARSESP/Especialista em Regulação e Fiscalização)


No curto prazo, considerado como o período de tempo em que pelo menos um dos fatores de
produção é fixo,
a) a diferença entre o custo variável médio e o custo total médio tende a diminuir sempre que a
firma reduz a produção.
b) a curva de custo marginal intercepta a curva de custo variável médio no ponto de mínimo
desta.
c) os custos variáveis médios são estritamente crescentes à medida que a produção da firma
aumenta.
d) os custos marginais são constantes em relação à quantidade produzida pela firma.
e) os custos fixos médios são constantes em relação à quantidade produzida pela firma.

Comentários:

Dizem que a repetição é a mãe da retenção.

E não faltam questões – como a alternativa “b” – repetindo o fato de que “a curva de custo
marginal intercepta a curva de custo variável médio no ponto de mínimo desta”.

Isso está correto, e precisa estar claro para você.

Vejamos o erro nas demais alternativas:

a) a diferença entre o custo variável médio e o custo total médio tende a diminuir sempre que a
firma reduz a produção.

A diferença entre CVMe e CTMe tende a diminuir quando a firma aumenta a produção, por causa
do custo fixo.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 112
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

c) os custos variáveis médios são estritamente crescentes à medida que a produção da firma
aumenta.

Os custos variáveis médios são decrescentes enquanto são superiores ao custo marginal.

d) os custos marginais são constantes em relação à quantidade produzida pela firma.

São os custos fixos que são constantes. Os custos marginais podem ser fixos em alguns casos
muito específicos, quando os rendimentos marginais são constantes, mas é uma situação
excepcional.

e) os custos fixos médios são constantes em relação à quantidade produzida pela firma.

Os custos fixos médios são decrescentes em relação à produção. Afinal, são definidos como
‘CF/q’, e ‘CF’ é constante enquanto ‘q’ aumenta.

Gabarito: “b”

62. (2014/FCC/TCE-GO/Analista de Controle Externo)


A função de Custo Total (CT) da empresa KPATAZ Ltda. para a fabricação de determinado
produto é dada pela equação CT = 13.800 + 250.Q, onde “Q” é a quantidade total produzida.
A empresa produziu 80 unidades no mês de janeiro e 120 unidades no mês de fevereiro, sendo
assim, seu Custo Marginal (CM) foi de:
a) R$ 500,00.
b) R$ 1.500,00.
c) R$ 250,00.
d) R$ 10.000,00.
e) R$ 5.000,00.

Comentários:

A maior parte das informações dessa questão são desnecessárias para a resolução, uma vez que
basta derivarmos a função de custo total.

Como já mostrei os procedimentos algumas vezes ao longo desta aula, serei mais direto na
derivação desta vez:

CT = 13800 + 250.Q1

CMG = 1.250.Q0

CMG = 1.250.1

CMG = 250

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 113
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Gabarito: “c”

63. (2019/VUNESP/MPE SP/Economista)


Se a função de produção for dada por f(K,L)=√𝐾𝐿 onde K e L são as unidades de capital e
trabalho, respectivamente, o preço da unidade de capital for $ 4 e o preço da unidade de
trabalho for $ 1, o custo mínimo para se produzir 6 unidades de produto é
a) $ 15.
b) $ 24.
c) $ 30.
d) $ 36.
e) $ 40.

Comentários:

Perceba que essa função de produção é uma função Cobb-Douglas, afinal

√𝐾𝐿

É o mesmo que

√𝐾√𝐿

Que é o mesmo que

𝐾 1/2 𝐿1/2

Portanto, sabemos, por causa dos expoentes, que, ao otimizar a produção, a empresa irá utilizar
metade do seu orçamento para cada insumo, em outras palavras, metade do custo total será
gasto com trabalho, e a outra metade com capital.

Sendo assim, temos também que o custo total terá a seguinte função:

CT = w.L + r.K

Sendo que

w.L = r.K

Sabemos que a remuneração do trabalho é 1, então w=1, e a remuneração do capital é 4, então


r=4:

1.L =4.K

Então, quando há otimização:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 114
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

L = 4K

Podemos, com isso, substituir “L” por “4K” na função de produção:

𝑌 = √𝐾𝐿

𝑌 = √𝐾. 4𝐾

Fazendo a multiplicação de K por 4K:

𝑌 = √4𝐾 2

Tirando a raiz quadrada:

𝑌 = 2𝐾

Agora, como a questão quer saber o custo mínimo para produzir 6 unidades, Y deve ser 6:

6 = 2𝐾

Resolvendo:

6
=𝐾
2

K=3

E como L=4K:

L=4K

L=4.3

L=12

Pronto! Temos tudo que precisamos:

• Quantidade de K: 3
• Remuneração de K: 4
• Quantidade de L: 12
• Remuneração de L: 1

Colocando isso na função de custo total, teremos nossa resposta da questão:

CT = wL + rK

CT = 1.12 + 3.4

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 115
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

CT= 12 + 12

CT = 24

Gabarito: “b”

64. (2018/FGV/ALERO/Analista Legislativo)


Em relação às curvas de custos, assinale a afirmativa correta.
a) A curva de custo total médio sempre estará acima da curva de custo marginal.
b) O custo fixo médio é maior do que o custo variável médio para quantidades baixas.
c) O custo variável médio é decrescente e o custo fixo médio é crescente com o nível de
produção.
d) A curva de custo variável médio é crescente quando está abaixo da curva de custo marginal.
e) O custo total médio é nulo quando a produção é nula.

Comentários:

Sempre que o custo marginal for superior ao custo variável médio, este será crescente. Por isso,
a alternativa “d” é nosso gabarito.

O erro das demais alternativas pode ser verificado no gráfico:

Gabarito: “d”

65. (2015/FCC/TCE PI/Auditor do Tribunal de Contas)


Na teoria microeconômica da produção, estudam-se as relações entre a produção de um bem
e a quantidade necessária de fatores de produção para alcançá-la e seu respectivo custo.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 116
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Define-se ainda o curto prazo como o intervalo de tempo em que pelo menos um dos fatores é
fixo. Assinale a alternativa correta.
a) Isoquanta é o lugar geométrico dos níveis de produção que são possíveis de serem atingidos
com uma dada combinação de fatores de produção variáveis.
b) Ocorrem rendimentos crescentes de escala quando a produtividade marginal do fator de
produção fixo é crescente.
c) No longo prazo, os custos fixos unitários são decrescentes.
d) Quando o custo marginal de produção começa a aumentar, fato idêntico ocorre com o custo
médio total.
e) No curto prazo, a curva de custo marginal intercepta as curvas de custo médio e custo variável
médio no ponto de mínimo destas.

Comentários:

Veja, a relação que você deve repetir como um mantra está perfeitamente reproduzida na
alternativa “e”, que é nosso gabarito. Mas é interessante desvelar o erro das demais alternativas.

Começando pela alternativa “a”, cabe corrigir que uma isoquanta é o lugar geométrico das
combinações dos fatores de produção possível dado um nível de produção. Diferente do que
está escrito ali, não é? Embora seja um bom jogo de palavras para pegar seus concorrentes
incautos..., mas não você!

A alternativa “b” é contraditória. Se o fator é fixo, como ele pode possuir rendimentos crescentes
de escala? Aliás, sempre que ler “escala”, pense em longo prazo, com todos os fatores variáveis.

“c” está errada porque o que define a queda nos custos fixos unitários é o nível de produção.
Não muda nada estar no curto ou no longo prazo; se não estiver produzindo nada, terá custos
fixos unitários altos.

Por fim, a alternativa “d” está errada porque a alternativa “e” está certa. O CVMe só começa a
aumentar quando ele é alcançado e ultrapassado pelo CMg. Por isso, mesmo se o CMg começar
a crescer, enquanto ele permanecer abaixo do CVMe, este ainda estará diminuindo.

Gabarito: “e”

66. (2021/IBFC/IBGE/Supervisor de Pesquisas - Geral)


Assinale a alternativa que está de acordo com a Teoria dos Custos de Produção e mostra
corretamente a diferença entre curto prazo e longo prazo para a produção.
a) O curto-prazo é um período de tempo onde não tem fator que limita a expansão da produção.
No longo-prazo todos os fatores utilizados na produção são variáveis
b) O curto-prazo é um período de tempo onde pelo menos um fator de produção é fixo. No
longo-prazo alguns fatores limitam a expansão da produção
c) O curto-prazo é um período de tempo onde pelo menos um fator de produção é variável. No
longo-prazo um fator de produção é fixo, e todos os demais fatores variáveis

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 117
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

d) O curto-prazo é um período de tempo que não tem fator fixo. No longo-prazo não tem fator
variável
e) O curto-prazo é um período de tempo onde pelo menos um fator de produção é fixo. No
longo-prazo a empresa pode alterar a quantidade de qualquer fator utilizado na produção

Comentários:

Questão conceitual. O curto prazo, de fato, é o período no qual pelo menos um dos fatores de
produção é fixo (pode ser, inclusive, que todos o sejam), invalidando as alternativas “a”, c” e “d”.

A segunda parte é que no longo prazo todos os fatores são variáveis, e a empresa pode alterar
suas quantidades livremente, deixando-nos apenas a letra “e” como possível gabarito.

Gabarito: “e”

67. (2007/FCC/MPU/Analista - Perícia Economia)


No curto prazo, ao se comparar o comportamento da curva de produtividade marginal do único
fator variável com a correspondente curva de custo marginal da empresa, assumindo-se que o
preço dos fatores de produção é constante, pode-se dizer que:
a) elas não apresentam nenhuma relação quanto à forma.
b) quando uma delas cresce, a outra é decrescente.
c) elas sempre se apresentam igualmente decrescentes.
d) quando uma delas cresce, a outra também é crescente.
e) elas sempre se apresentam igualmente crescentes.

Comentários:

Produtividade marginal e custos marginais estão negativamente relacionados, ou seja, quando


a produtividade marginal aumenta, o custo marginal diminui.

Isso faz sentido, uma vez que significa que cada unidade adicional do insumo está produzindo
mais do que a anterior. Como o custo marginal é o custo de produzir uma unidade adicional, a
relação inversa fica mais clara.

Gabarito: “b”

68. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista - Economia)


Julgue o item seguinte, a respeito da teoria microeconômica da produção.
Na função de produção do tipo Leontief, as proporções de insumos são sempre fixas,
independentemente dos preços dos insumos.

Comentários:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 118
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Funções de produção do tipo Leontief são aquelas dos insumos perfeitamente complementares,
também conhecidos como proporções fixas.

Suas isoquantas em forma de “L” garantem que as empresas precisaram sempre de determinada
proporção entre eles para produzir, independentemente de seus preços.

Gabarito: Certo

69. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Economista)
O valor monetário do custo total de produção (CT) de uma empresa, em determinado período,
é dado pela expressão CT = 10 + q + 0.1q2, onde q é a quantidade produzida no período, e os
parâmetros numéricos estão expressos nas unidades adequadas.
Se q = 10, o valor do custo
a) variável será 5.
b) total de produção será 20.
c) total médio será 3 por unidade produzida.
d) marginal será 7 por unidade produzida.
e) fixo será 20.

Comentários:

Vejamos cada uma das alternativas:

a) variável será 5.

Errado. O CV é q+0,1q2, ou seja, a parte do custo que varia conforme a quantidade produzida.
Com q=10, teríamos CV=10+0,1x102=20.

b) total de produção será 20.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 119
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Errado. Basta colocar “10” no lugar de “q”, para obtermos 30.

c) total médio será 3 por unidade produzida.

Como CMe=C/q, e já sabemos que C=30 e q=10, este é o gabarito.

d) marginal será 7 por unidade produzida.

Errado. Ao derivarmos a função de custo C=10+q+0.1q2, obtemos CMg=1+0,2q. Para 10


unidades produzidas, CMg=3.

e) fixo será 20.

Errado. Custo fixo é a parte da função que não varia de acordo com a quantidade produzida. Ou
seja, CF=10.

Gabarito: “c”

70. (2013/ESAF/STN/Analista de Finanças e Controle)


Considere uma firma que produz de acordo com a seguinte função de produção: q = x10,5x20,5,
onde q representa o total produzido pela firma, x1 a quantidade utilizada do insumo um e x2 a
quantidade utilizada do insumo dois. O insumo um custa R$ 4,00 por unidade e o insumo dois
custa R$ 16,00 por unidade. Suponha que a firma deseja escolher as quantidades que vai usar
de cada insumo de modo a produzir 80 unidades do produto ao menor custo possível.
Assinale a opção a seguir que indica quanto a firma deve escolher de cada insumo.
a) x1=400 e x2=16
b) x1=256 e x2=25
c) x1=100 e x2=64
d) x1=16 e x2=400
e) x1=160 e x2=40

Comentários:

Mais uma questão mais simples do que parece. Na verdade, muito mais simples! Antes de sair
utilizando toda a teoria que aprendemos aqui, inclusive derivadas (algo que faremos também),
observe que podemos simplesmente calcular os custos gerados em cada alternativa.

a) x1=400 e x2=16

400.4+16.16=1.856

b) x1=256 e x2=25

256.4+25.16=1.424

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 120
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

c) x1=100 e x2=64

100.4+64.16=1.424

d) x1=16 e x2=400

16.4+400.16=6.464

e) x1=160 e x2=40

160.4+40.16=1.280

A alternativa “e” tem o menor custo... mas ainda não acabou!

Precisamos ainda saber se a quantidade produzida é aquela pedida na questão (80 unidades).
Dessa vez, vamos colocar as quantidades x1=160 e x2=40 na função de produção para ver no que
dá:

q = x10,5x20,5 ...colocando as quantidades...


q=1600,5.400,5 ...elevar a “0,5” é o mesmo que extrair a raiz quadrada, mas 160 e 40
têm raízes “quebradas”, então vamos reorganizar os termos, levando
em conta que xaya=(x.y)a...
q=(160.40)0,5 ... agora sim, basta resolver a multiplicação...
q=64000,5 ... e resolver a potência
q=80

A quantidade bateu. Já podemos marcar a alternativa “e”.

Agora, a outra forma de resolver.

A função Cobb-Douglas nos informa, por seus expoentes, qual será o montante gasto com cada
insumo no nível ótimo de produção.

No caso da função q = x10,5x20,5, como os expoentes são iguais, sabemos que o mesmo montante
será gasto com cada um deles. Também sabemos que o insumo x2 custa 4 vezes mais que o
insumo x1, e a única forma de gastarmos o mesmo montante com cada um deles, é se utilizarmos
uma quantidade 4 vezes menor do insumo x2. Portanto, podemos concluir que:

x1 = 4x2

Isso nos permitirá resolver a função de produção para 80 unidades, pois teremos apenas uma
variável:

q = x10,5x20,5

q = 4x20,5x20,5 [substituindo x1 por 4x2]

80 = 4x20,5x20,5 [substituindo q por 80, conforme solicitado no enunciado]

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 121
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

80 = (4x22)0,5 [manipulando as raízes]

80 = 2x2 [resolvendo a raiz]

80/2 = X2 [passando o “2” para o outro lado]

X2=40

Bem, já temos nosso gabarito, pois apenas a alternativa “e” prevê x2=40.

Mas você pode certificar-se de que está correto inserindo na função de produção:

q = x10,5x20,5

80 = x10,5 . 40 0,5

80 = 40x10,5 [elevarei os dois lados ao quadrado para me livrar da raiz]

6400 = 40x1

X1 = 6400 / 40

X1 = 160

Gabarito: “e”

71. (2014/CESPE/POLÍCIA FEDERAL/Agente)


Tendo em vista que o consumidor, muitas vezes de forma inconsciente, obedece a
determinadas regras de comportamento em sua atuação no mercado, julgue o item que se
segue.
O conjunto de todas as combinações possíveis entre dois insumos capazes de produzir uma
mesma quantidade de produto é denominado isoquanta.

Comentários:

Eis aqui uma definição perfeita de isoquanta. Não confundiu com “isocusto”, né?

Gabarito: Certo

72. (2008/ESAF/CGU/Analista de Finanças e Controle)


Um projeto de investimento apresenta economias de escala quando o
a) custo médio de produção diminui quando a escala do projeto é reduzida.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 122
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

b) custo médio de produção aumenta quando se aumenta a utilização do fator variável de


produção.
c) custo marginal de produção aumenta quando se aumenta a utilização do fator variável de
produção.
d) custo total de produção aumenta com o passar do tempo.
e) custo médio de produção diminui quando a escala do projeto é ampliada.

Comentários:

Basta saber o conceito de economia de escala para resolver esta questão: há economia de escala
quando o custo médio de produção é decrescente.

Gabarito: “e”

73. (2010/CESGRANRIO/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Uma empresa tem custo fixo de produção bem elevado em relação ao seu custo variável.
Quando começar a produzir, à medida que a produção aumentar, certamente haverá uma
diminuição do custo
a) total.
b) médio.
c) marginal.
d) variável.
e) fixo.

Comentários:

No início da produção, os custos fixos são diluídos em pequenas quantidades de produto e assim
os custos médios são altos. À medida do aumento da produção, há mais unidades para diluírem
os custos totais e, assim, o custo médio diminui.

C
Se CMe= , o aumento do denominador “q” irá reduzir o resultado da equação.
q

Gabarito: “b”

74. (2009/ESAF/ANEEL/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia)


Suponha que a função custo total de uma firma seja: C(y) = 2y² + 8y+ 10, onde y é a quantidade
de produto. O Custo Marginal e o Custo Variável Médio são, respectivamente:
a) 2y²; 8y+10
b) 2y+8; 4y+8
c) 4y+10; 2y+10

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 123
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

d) 4y+8; 2y+8
e) 2y+10; 4y+8

Comentários:

Aqui, basta saber obter o CMg e o CVMe a partir da função de custo total. Considerando a
recorrência de questões desse tipo, você ainda tem alguma dúvida de que isso é importante?

Bem, o Custo Variável é a parte da função de custo que varia conforme muda a quantidade
produzida. O enunciado chama “y” de quantidade produzida, então identificamos quais
elementos da função dependem de “y”: 2y²+8y.

O Custo Variável Médio (CVMe) é o Custo Variável (CV) dividido pela quantidade produzida
(“y”, nesse caso):

2y²+8y
CVMe= =2y+8
y

Com isso já poderíamos marcar a alternativa “D”, mas vamos ver o CMg, só para ter certeza.
Fazemos isso obtendo a derivada da função de custo:

Lembrando que CMg de xa=a.xa-1, então:

Como 2y² + 8y+ 10= 2y² + 8y1+ 10y0, então:

CMg=2.2y2-1+1.8y1-1+0.10y0-1

CMg=2.2y1+1.8y0+0.10y-1

CMg=2.2y+1.8.1+0.10.y-1

CMg=4y+8

Com isso, resta provado que D é nosso gabarito (ou que erramos duas vezes chegando ao valore
exatos da alternativa, o que é tão improvável que podemos marcar com segurança).

Gabarito: “d”

75. (2008/CESGRANRIO/BNDES/Engenheiro)
Um processo de produção apresenta economias de escala se, ao aumentar a produção, o(s)
a) lucro da empresa aumentar.
b) custos marginais aumentarem.
c) custos totais diminuírem.
d) custos médios diminuírem.
e) custos fixos diminuírem.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 124
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Comentários:

Basta saber o conceito de economia crescente de escala. Você já sabe que existem apenas três
situações: economia crescente de escala (economia de escala), retorno constante de escala e
economia decrescente de escala (deseconomia de escala).

O nome pode variar, mas a definição é a mesma: a economia de escala é a situação na qual, ao
aumentar a produção, a empresa diminui seu custo médio.

Gabarito: “d”

76. (2016/FCC/PGE MT/Analista – Economista)


Os custos de produção podem ser definidos para o curto e para o longo prazo, sendo que a
diferença entre os dois conceitos refere-se à
a) presença de custo variável apenas no curto prazo.
b) presença de custo fixo apenas no curto prazo.
c) ausência de custo variável no curto prazo.
d) presença de custo fixo apenas no longo prazo.
e) ausência de custo variável no longo prazo.

Comentários:

O curto prazo é definido como o período em que pelo menos um dos fatores é fixo, enquanto
no longo prazo todos eles são variáveis.

Portanto, só temos custos considerados fixos no curto prazo.

Gabarito: “b”

77. (2016/FCC/ALMS/Economista)
No curto prazo, os custos que emergem de recursos invariáveis e os custos de insumos que
podem variar com a quantidade produzida são denominados, respectivamente,
a) custo de oportunidade e custos variáveis.
b) custos explícitos e custos implícitos.
c) custos fixos e custos variáveis.
d) custos fixos e custo de oportunidade.
e) custos variáveis e custos fixos.

Comentários:

Excelente questão para reforçarmos os conceitos de custos fixos e custos variáveis.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 125
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Gabarito: “c”

78. (2017/CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional – Economia)


A respeito da teoria clássica da demanda e de conceitos gerais de economia, julgue o item
subsecutivo.
O custo mínimo de produção é mínimo quando o custo marginal se iguala ao custo médio.

Comentários:

Esta questão claramente tem um problema.

A banca queria dizer custo “médio” de produção, e não custo “mínimo”. Afinal, o custo mínimo
é mínimo quando a produção é zero, pois assim apenas o custo fixo existe.

Contudo, ela não foi anulada, apenas reforçando que você precisa saber o que a questão quis
dizer.

E com frequência elas querem essa relação entre custo médio e custo marginal.

Gabarito: Certo

79. (2011/FGV/SEFAZ-RJ/Analista de Controle Interno)


A função custo total de uma firma é dada por CT(Q)=2Q3−3Q2−12.
O Custo Marginal para Q = 5 é
a) 97.
b) 80.
c) 120.
d) 163.
e) 145.

Comentários:

Temos a função de custo total. Ao derivar, obteremos a função de custo marginal (CT’=CMg):

CT=2Q3−3Q2−12

CT’=3.2.Q3-1—2.3Q2-1

CT’=6Q2 — 6Q

Agora, colocamos a quantidade desejada (5):

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 126
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

CT’=6.52 — 6.5

CT’=6.25 — 30

CT’=150 — 30

CT’=120

Gabarito: “c”

80. (2014/CEBRASPE-CESPE/CAM DEP/Consultor Legislativo/2014)


Considerando que os custos totais das fábricas I e II são expressos, respectivamente, por CI(y I)
= y12 + 2y1 + 4 e CII(yII) = yII2 + 3yII + 4, julgue o próximo item.
O custo médio mínimo da fábrica I é de 6/unidade.

Comentários:

O custo médio é mínimo quando ele é igual ao custo marginal. Portanto, nosso trabalho aqui
será obter e igualar as funções de Cmg e Cme da fábrica I.

Como temos sua função de custo total, derivamos para obter custo marginal e dividimos pela
quantidade (y) para obter o custo médio:

Cme = (y 2 + 2y + 4) / y

Cme = y + 2 + 4/y

Cmg = (y 2 + 2y + 4) ‘

Cmg = 2y + 2

Agora, igualando-os:

Cme = Cmg

y + 2 + 4/y = 2y + 2

y + 4/y = 2y

4/y = y

4=y2

y=2

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 127
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Essa aí é a quantidade que minimiza o custo médio, mas ainda não sabemos qual é o custo médio
mínimo. Para isso, vamos inserir esse valor na função de custo médio:

Cme = y + 2 + 4/y

Cme = 2 + 2 + 4/2

Cme = 2 + 2 + 2

Cme = 6

Portanto, a questão está correta.

Gabarito: Certo

81. (2016/FCC/PGE MT/Analista – Economista)


Quando o nível de produto de curto prazo é zero, necessariamente, serão iguais a zero os custos
a) explícitos.
b) fixos.
c) implícitos.
d) variáveis.
e) de oportunidade.

Comentários:

Por definição, os custos variáveis são aqueles que dependem da quantidade produzida.

Por isso, quando a quantidade é zero, os custos variáveis também serão nulos.

Gabarito: “d”

82. (2014/FGV/DPE RJ/Técnico Superior Especializado Economia)


Quando uma empresa atua em um nível de produção em que há economias de escala, o custo
total médio
a) diminui no longo prazo com o aumento de produção.
b) diminui no curto prazo com o aumento de produção.
c) mantém- se constante no curto e no longo prazo.
d) cresce, pois a firma passa rapidamente para deseconomias de escala.
e) é mínimo no curto e no longo prazo.

Comentários:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 128
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

A única confusão que pode haver aqui é entre as alternativas “a” e “b”, mas ela se desfaz se você
lembrar que “escala” tem a ver com tamanho da produção, ou seja, capital e trabalho. Somente
no longo prazo é possível alterar a escala. Resumindo: falou em “escala”, falou em “longo prazo”.

Gabarito: “a”

83. (2016/CESGRANRIO/IBGE/Supervisor de Pesquisas Geral)


Os gráficos abaixo mostram, em função da quantidade q produzida por certa empresa, as
curvas de custo total médio (CMe), em linha cheia, e de custo marginal (CMg), em linha
tracejada.
O formato e o posicionamento das curvas indicam que o único gráfico correto é

a) d)

b) e)

c)

Comentários:

Apenas o gráfico da alternativa “c” é coerente com a teoria dos custos.

Gabarito: “c”

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 129
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

84. (2018/VUNESP/SJC/Analista em Gestão Municipal - Ciências Econômicas)


Para produzir X unidades de certo bem, uma firma arca com um custo fixo de R$ 100,00, além
de um custo variável que depende da quantidade produzida, sendo marginalmente crescente
e assim definido: CV = 2Q². Nessa situação hipotética, o custo médio total da firma na produção
de 10 unidades é igual a:
a) R$12,00.
b) R$30,00.
c) R$20,00.
d) R$50,00.
e) R$100,00.

Comentários:

O CTMe (custo total médio), é definido como:

CTMe = CT / q

Já sabemos que q=10, mas não temos o CT. Tentaremos chegar nele de outra forma, então.

Sabemos que:

CT = CF + CV

O enunciado nos deu CV = 2q2, e CF = 100.

Colocando o “q” informado na função de CV, teremos:

CV = 2.102

CV = 2.100

CV = 200

Então:

CT = 100 + 200 = 300

E, por fim

CTMe = CT / q

CTMe = 300 / 10

CTMe = 30

Gabarito: “b”

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 130
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

85. (2018/CEBRASPE-CESPE/ABIN/Oficial de Inteligência)


A função produção de uma firma é descrita por Y = K1/2.L1/2, em que Y é produto, L é a
quantidade de trabalho e K é o estoque de capital. Sabendo que, nessa firma, o salário é w = 4
e a remuneração do capital é r = 1, julgue o item seguinte.
Se K = 2, então o custo total médio de longo prazo será igual a 2.

Comentários:

Lembre-se de que custo total médio (CTMe) é o custo total (CT) dividido pela quantidade (Y), ou
seja:

CTMe = CT / Y

Então, precisamos saber o custo total e a quantidade.

Para começar, observe que é uma função de produção do tipo Cobb-Douglas, e, portanto,
sabemos, pelos expoentes, que a empresa vai gastar metade de seus recursos com K e a outra
metade com L.

Como ela utilizará 2 unidades de K e cada unidade custa R$1, o total gasto com K será R$2.

E se R$2 serão gastos também com L, que custa R$4, a conclusão é que será utilizada ½ unidade
de L.

Portanto, a produção da firma será:

Y=K1/2 .L1/2

Vou fazer algumas operações que podemos fazer com raízes.

A função de produção pode ser reescrita assim (podemos multiplicar números que têm o mesmo
expoente diretamente:

1/2
Y=(K.L)

Que é a mesma coisa que (elevar à metade é a mesma coisa que tirar a raiz quadrada):

Y=√K.L

Substituindo com os valores que possuímos:

1
Y=√2.
2

E resolvendo:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 131
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Y=√1

Y=1

Pronto, já temos a produção. Agora, precisamos do custo total, que nada mais é que o total gasto
com os insumos:

CT=K.r+L.w

Substituindo com os valores que já encontramos:

1
CT=2.1+ .4
2

CT=2+2 (e isso faz sentido: cada insumo fica com metade do total gasto)

CT=4

Por fim:

CT
CTMe=
Y

4
CTMe=
1

CTMe=4

Então, nosso custo total médio é 4, e não 2.

Gabarito: Errado

86. (2015/CEBRASPE-CESPE/MPOG/Economista)
A função de produção de uma firma é expressa por Y=5K1/3×L2/3, em que Y é a quantidade
produzida do bem homogêneo, K é o estoque de capital e L é a quantidade de trabalho.
Supondo que a firma opere em um mercado em que os preços do insumo capital e do insumo
trabalho, em unidades monetárias, sejam r = 2 e w = 4 respectivamente, julgue o item seguinte
a respeito desse mercado.
O preço de equilíbrio desse mercado é igual a 1,2 unidade monetária.
Comentários:

Essa é difícil!

Para descobrir o preço de equilíbrio, precisamos igualar receita marginal e custo marginal.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 132
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

A função de produção do tipo Cobb-Douglas releva qual será a proporção de cada insumo no
custo total.

Nesse caso, sabemos que 1/3 do custo será realizado com capital (K), enquanto os outros 2/3
serão gastos com trabalho.

Se o produtor gasta o dobro com trabalho, e o trabalho custa o dobro do capital, só podemos
concluir que ele utiliza a mesma quantidade de trabalho e de capital, ou seja: K=L.

Desenvolvendo isso matematicamente, fica assim:

CT = w.L + r.K

Sabemos que w = 4 e r = 2 (está no enunciado). Então:

CT = 4.L + 2.K

E sabendo que a empresa vai gastar o dobro com o trabalho, então a parte do custo total do
trabalho (4L) tem que ser duas vezes maior que a parte do capital (2K). Em outras palavras, para
a parte do capital ficar igual a parte do trabalho, precisa multiplicar a parte do capital por 2:

4.L = 2.(2.K)

4L = 4K

L=K

A função de custo total será:

CT = r.K+w.L

Como temos os valores de “r” e “w”, fica assim:

CT = 2K + 4L

Como já determinamos que K=L:

CT = 2K + 4K

CT = 6K

Sendo assim, ao derivarmos, descobrimos que:

CMg = 6

Agora falta a receita marginal.

A função de produção fornecida foi:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 133
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Y=5K1/3×L2/3

E lembro que K=L, então:

Y=5K1/3×K2/3

Seguindo a regra de multiplicação de potências com mesma base, mantemos a base (K) e
somamos os exponentes (2/3 + 1/3 = 3/3 = 1):

Y=5.K

Partindo dessa função de produção, podemos chegar à receita total multiplicando pelo preço:

RT=Y.p

RT=5.K.p

E, ao derivamos, vamos descobrir que:

RMg=5p

Pronto. Só falta igualar:

RMg=CMg

5p=6

p=6/5

p=1,2

Gabarito: Certo

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 134
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

LISTA DE QUESTÕES
1. (2003/ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho_
Suponha que a produtividade marginal do trabalho pode ser expressa pela seguinte função:
10/L, onde L é a quantidade de mão-de-obra. Se a empresa vende sua produção em um
mercado competitivo a um preço de $8, quanta mão-de-obra contratará a empresa se o salário
for de $5 por unidade de mão-de-obra?
a) 16 unidades de mão-de-obra.
b) 4 unidades de mão-de-obra.
c) 6,25 unidades de mão-de-obra.
d) 10 unidades de mão-de-obra.
e) 8 unidades de mão-de-obra.

2. (2003/ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho)


No longo prazo a demanda por trabalho é mais elástica em relação ao salário do que no curto
prazo. Isso é verdade porque, em longo prazo, quando o salário sobe:
a) a empresa contratará mais mão-de-obra.
b) a empresa terá lucro zero.
c) a empresa adquirirá mais capital.
d) a empresa pode estabelecer o preço dos produtos.
e) a empresa terá lucro maior do que zero.

3. (2018/CESPE/ABIN/Oficial de Inteligência)
A função produção de uma firma é dada por Y = L²K - L³, em que Y é produto, L é a quantidade
de trabalho e K é o estoque de capital. Sabendo que a firma deseja produzir com K = 18, julgue
o item a seguir.
A produtividade marginal do trabalho da firma será igual a 36L - 3L².

4. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Economia)


Julgue o item seguinte, a respeito da teoria microeconômica da produção.
Uma combinação de fatores de produção só pode levar a um único nível de produção.

5. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Economia)


Julgue o item seguinte, a respeito da teoria microeconômica da produção.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 135
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Quando a função de produção é do tipo Leontief, os fatores de produção são substitutos


perfeitos.

6. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Economia)


Julgue o item seguinte, a respeito da teoria microeconômica da produção.
Na função de produção do tipo Leontief, as proporções de insumos são sempre fixas,
independentemente dos preços dos insumos.

7. (2021/CEBRASPE-CESPE/SEFAZ-CE/Auditor Fiscal Contábil-Financeiro)


Considerando os problemas microeconômicos clássicos, julgue o item a seguir.
Na função de produção do tipo Leontief, os fatores de produção são complementos perfeitos
e não podem ser substituídos um pelo outro, independentemente do preço.

8. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Em relação à teoria da firma, julgue o item subsequente.
Em um processo produtivo, se existir produto marginal decrescente em relação a um insumo,
então os retornos de escala serão decrescentes.

9. (2017/CEBRASPE-CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional - Economia)


Em relação às funções de custo de produção, julgue o próximo item.
Se a produtividade marginal é decrescente, a adição de uma unidade de produção reduz o
lucro.

10. (2018/CESPE/ABIN/Oficial de Inteligência)


A função produção de uma firma é dada por Y = L²K - L³, em que Y é produto, L é a quantidade
de trabalho e K é o estoque de capital. Sabendo que a firma deseja produzir com K = 18, julgue
o item a seguir.
A produtividade média da firma será igual a 18L² - L³.

11. (2018/UFG/SANEAGO/Economista)
Considere a produção de uma firma como uma função da quantidade de trabalho utilizado no
processo produtivo.
Assim, o produto médio do trabalho é decrescente
a) quando a produtividade marginal do trabalho for decrescente.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 136
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

b) a partir do ponto máximo do produto marginal do trabalho.


c) a partir do ponto máximo de produção da firma.
d) quando o produto marginal do trabalho estiver abaixo do produto médio do trabalho.

12. (2009/FUNIVERSO/ADASA/Regulador de Serviços Públicos)


Fundamentado na Lei dos Rendimentos Decrescentes, a qual atua no curto prazo e em que há
dois fatores de produção, sendo o Fator fixo K (capital) e o Fator variável N (mão-de-obra), é
correto afirmar que
a) quando a Produtividade Média do fator variável mão-de-obra (PMeN) aumenta, atinge o seu
ponto de máximo e depois decresce e chega a ter uma produtividade média negativa desse
fator variável.
b) quando a Produtividade Marginal do fator variável mão- de-obra (PMgN) aumenta, atinge o
seu ponto de máximo e depois decresce, passando pelo eixo zero de origem e chega a ter uma
produtividade marginal negativa desse fator variável.
c) quando o Produto Total (PT) aumenta, atinge o seu ponto de máximo de produção e depois
continua crescendo.
d) quando a Produtividade Marginal do fator variável mão-de-obra (PMgN) aumenta, atinge o
seu ponto de máximo e depois decresce e ao passar pelo eixo zero de origem, a produtividade
marginal desse fator variável, torna-se a crescer.
e) quando o Produto Total (PT) atingir o seu máximo de produção, a Produtividade Marginal do
fator variável mão-de-obra (PMgN) é um.

13. (2010/CESPE/DPU/Economista)
Considerando um processo produtivo em que o trabalho é o único fator de produção, assinale
a opção correta quanto à produção total e às produtividades média e marginal.
a) Quando a produtividade marginal é igual a zero, o produto total passa a ser decrescente.
b) Quando a produtividade marginal é máxima, a produção total encontra-se em seu ponto
máximo.
c) Quando a produtividade marginal é maior que a produtividade média, esta é decrescente.
d) Quando a produtividade marginal é maior que a produtividade média, a produtividade
marginal é exclusivamente decrescente.
e) Quando a produtividade marginal é igual à produtividade média, a produtividade marginal
encontra-se no seu nível máximo.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 137
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

14. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista - Economia)

Considerando uma função de produção do tipo , em que Y representa o produto


e X, o insumo, julgue os itens subsequente.
A produtividade média é obtida pela divisão de Y por X.

15. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista - Economia)

Considerando uma função de produção do tipo , em que Y representa o produto


e X, o insumo, julgue os itens subsequente.
A produtividade marginal é igual a 2𝑋−𝑋2.

16. (2011/CESPE/EBC/Analista de Empresa de Comunicação Pública)


Um conjunto de produção no curto prazo corresponde a toda área sob uma função de
produção, incluindo-se essa função.

17. (2021/FGV/TJ-RO/Analista Judiciário - Economista)


A curva de isoquanta de uma firma que utiliza apenas capital e trabalho como insumos ilustra:
a) a quantidade de trabalho necessária para produzir um determinado nível de produção com
o capital constante;
b) a quantidade de capital necessária para produzir um determinado nível de produção com o
trabalho constante;
c) combinações diferentes dos insumos de capital e trabalho que produzirão uma determinada
quantidade de produto;
d) a quantidade de capital necessária para acomodar diferentes quantidades de trabalho para
produzir uma determinada quantidade de produto;
e) a quantidade de trabalho necessária para acomodar diferentes quantidades de capital para
produzir uma determinada quantidade de produto.

18. (2018/CEBRASPE-CESPE/EBSERH/Analista Administrativo - Economia)


Julgue o item seguinte, relativo a produção, produtividade, rendimentos e custos.
A razão entre produção total e média dos fatores produtivos, denominada produtividade,
diminui quando se aumenta a escala de fatores produtivos no caso de se estar diante de
rendimentos crescentes.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 138
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

19. (2009/CESGRANRIO/BNDES/Economia)
O gráfico abaixo mostra as isoquantas entre capital e trabalho para uma determinada empresa,
onde q1 , q2 e q3 são produções por mês.

Considerando o gráfico apresentado, pode-se concluir que


a) há rendimentos crescentes de escala.
b) capital e trabalho são substitutos perfeitos nas faixas de quantidade mostradas no gráfico.
c) a empresa é intensiva em capital.
d) a inclinação das isoquantas sugere que o capital é mais produtivo.
e) a função de produção da empresa é de proporções fixas.

20. (2010/CESPE/DPU/Economista)
Em relação aos fatores de produção, assinale a opção correta.
a) A taxa marginal de substituição técnica do trabalho por capital é a razão entre as variações
das quantidades de trabalho e as de capital para se manter o mesmo nível de produção.
b) Isoquantas que representam proporções fixas dos fatores de produção são linhas retas com
inclinação negativa.
c) Fatores de produção representados por isoquantas convexas mostram que médias
ponderadas dos planos de produção serão factíveis.
d) Diferentes pontos sobre a mesma isoquanta mostram as diferentes combinações dos fatores
de produção bem como diferentes níveis de produção ocasionados por essas diferentes
combinações.
e) A taxa marginal de substituição técnica entre insumos de produção aumenta à medida que
se percorre a curva de isoquanta de cima para baixo.

21. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista Financeiro)


Em determinados processos produtivos, como os de petróleo e gás, quando os empresários
ampliam os investimentos em determinado percentual, a nova produção resultante tende a
aumentar numa proporção maior do que aquele percentual.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 139
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

Esse resultado ocorre porque o setor produtor de petróleo e gás está sujeito a
a) retornos constantes de escala
b) retornos crescentes de escala
c) retornos decrescentes de escala
d) rendimentos crescentes dos fatores fixos
e) custos fixos de produção elevados

22. (2010/CESPE/TJSE/Analista Judiciário - Economia e Estatística)


Uma taxa técnica de substituição entre dois fatores de produção decrescente mostra como a
razão dos produtos marginais varia a medida em que se aumenta a quantidade de um fator e
reduz-se a quantidade do outro fator de modo a permanecer sobre a mesma isoquanta.

23. (2010/CESGRANRIO/Liquigás/Economia)
A função de produção de uma empresa é dada pela expressão Y= aKL, sendo Y o nível de
produção, K e L, as quantidades dos fatores de produção, e a é um parâmetro, todos medidos
nas unidades adequadas.
Conclui-se que a função de produção
a) é homogênea do grau 1.
b) é homogênea do grau 2.
c) implica que K e L sejam usados em proporção fixa.
d) implica que K e L sejam substitutos perfeitos.
e) implica retornos decrescentes de escala.

24. (2009/CESGRANRIO/SFE/Economista)
Considere a função de produção Y=AKaL1-a, onde ‘Y’ é a produção, ‘K’ e ‘L’ são os fatores de
produção, ‘A’ e ‘a’ são parâmetros, sendo 0<a<1. Pode-se afirmar, corretamente, que
a) é uma função homogênea do grau zero.
b) o uso ótimo de K e L se dá em proporção fixa, quaisquer que sejam os preços dos fatores.
c) o fator de produção L não é substituível pelo fator K.
d) o valor de Y também dobra, dobrando-se os valores de K e L.
e) a função apresenta retornos crescentes de escala, se A > 1.

25. (2017/FGV/IBGE/Analista Censitário - Análise Socioeconômica)


Com relação à teoria da produção, analise as afirmativas a seguir:

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 140
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

I. No longo prazo, uma função de produção dada por F(K,L)=min{2K;3L} apresenta retornos
decrescentes de escala.
II. Em uma estrutura de mercado perfeitamente competitiva, existe um número muito grande
de agentes econômicos e há livre entrada e saída de firmas desse mercado.
III. A isoquanta descreve combinações diferentes de insumos que geram a mesma quantidade
produzida.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente I e II;
c) somente I e III;
d) somente II e III;
e) I, II e III.

26. (2008/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico - Economia)


A função de produção Q = min (aK, bL), onde Q = produto, K = fator capital, L = fator trabalho
e a e b são parâmetros, apresenta
a) retornos crescentes de escala se a + b > 1.
b) retornos constantes de escala.
c) fatores de produção perfeitamente substitutos.
d) inovação tecnológica se a > b.
e) cada isoquanta como uma linha reta.

27. (2018/CESPE/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Curto prazo é o período em que a empresa pode ajustar sua produção de bens e serviços com
alteração de fatores variáveis, como, por exemplo, o trabalho.

28. (2018/CESPE/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Segundo a lei dos rendimentos decrescentes, o produto marginal de cada unidade de
determinado fator de produção aumenta com o aumento da quantidade utilizada desse fator.

29. (2012/CESGRANRIO/Casa da Moeda/Analista)


A função de produção dada pela expressão Q = A.Kα. L.β. Tδ, na qual Q é o produto, K, L e T são
os fatores de produção e A, α, β e δ são parâmetros, apresenta
a) proporções fixas no uso dos fatores de produção.
b) externalidades, se A > (α + β + δ).

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 141
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

c) rendimentos crescentes de escala, se A > 1.


d) homogeneidade do grau 1, se α + β + δ = 1.
e) produto marginal de K decrescente, se α > 1.

30. (2016/FGV/Codeba/Analista Portuário - Economista)


Considere uma função de produção do tipo
f (x, y) = x2 + y,
em que x e y são os insumos para se produzir um determinado produto.
Essa função apresenta retornos de escala
a) constantes.
b) crescentes.
c) decrescentes.
d) indeterminados.
e) crescentes em x e constantes em y.

31. (2018/FGV/ALERO/Analista Legislativo – Economia)


Considere uma empresa cuja função de produção seja igual a f (x,y) = xy.
Em relação a essa função de produção, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a
verdadeira e (F) para a falsa.
( ) A função de produção apresenta retornos constantes de escala.
( ) A firma produz a taxas marginais decrescentes para x e y.
( ) A função de produção é homogênea de grau 2.
Na ordem apresentada, as afirmativas são, respectivamente,
a) V – V – V.
b) V – F – V.
c) V – F – F.
d) F – V – V.
e) F – F – V.

32. (2012/CESGRANRIO/CASA DA MOEDA/Analista)


Considere uma função de produção tipo Cobb-Douglas definida por Pt = A.Kα.Lβ, onde P é a
quantidade de produto, K e L, as quantidades dos fatores de produção capital e trabalho,
respectivamente, e A, α e β, parâmetros conhecidos.
Caso aumente o nível de utilização dos dois fatores de produção em uma mesma proporção, e
o produto obtido cresça numa proporção ainda maior, ocorrerá(ão) então,

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 142
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

a) existência de lucros maiores com ganhos de escala na produção


b) função de produção homogênea de primeiro grau
c) produção com rendimentos constantes de escala
d) pontos acima da curva de possibilidade de produção
e) rendimentos crescentes de escala

33. (2018/FCC/ALESE/Analista Legislativo – Economia)


Suponha que a produção de um bem está sujeita a proporções fixas, isto é, quando uma, e
somente uma, combinação de insumos pode produzir esse dado bem. Nesse caso,
a) obtém-se uma função de produção denominada Cobb-Douglas.
b) obtêm-se isoquantas que se interceptam toda vez que a quantidade de insumos apresenta
uma relação constante.
c) a grandeza dos insumos decresce para pontos mais afastados da origem, em um gráfico que
relaciona as quantidades dos dois insumos.
d) o nível de produto permanece constante e a proporção dos insumos varia continuamente
para movimentos ao longo da isoquanta.
e) obtêm-se isoquantas com formato em “L”.

34. (2016/FCC/PGE MT/Economista)


A lei dos retornos marginais decrescentes afirma:
a) O produto total cai à medida que mais do insumo é adicionado à produção.
b) A receita total cai quando o produto aumenta, mantendo a tecnologia fixa.
c) A utilidade cai quando mais do bem é consumido.
d) A quantidade demandada do bem cai quando o preço sobe.
e) O produto marginal, a partir de um dado momento, cai à medida que mais insumo é
empregado.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 143
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

35. (2018/IADES/IGEPREV – PA/Técnico - Administração e Finanças)


Seja a função de produção representada por Y = f(K,L), em que K e L são os fatores de produção
capital e trabalho, respectivamente.

Dadas as curvas de produto total (PT) e de produto marginal (PMg) apresentadas, sendo K o
fator fixo e L o fator variável, assinale a alternativa correta.
a) Para L > L’; PMg < 0.
b) Quanto maior for L, maior será o PT.
c) Quanto maior for K, menor será o PMg.
d) A variação do fator L não afeta o PT.
e) Para PMg > 0; o PT é máximo.

36. (2012/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com base na teoria microeconômica, julgue (C ou E) o item que se segue.
Sabendo-se que a função de serviços administrativos de determinado órgão público exige um
computador para cada funcionário, conclui-se que as isoquantas entre esses dois insumos são
formadas por linhas retas paralelas, cuja inclinação é igual a -1.

37. (2010/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Considerando a teoria da produção e dos custos, que fornece importantes elementos para a
análise da formação de preços em distintos ambientes de mercado, julgue C ou E.
Se, para determinada empresa, trabalhadores sem qualificação específica e máquinas executam
exatamente o mesmo tipo de tarefa, então, para essa empresa, as isoquantas entre esses dois
insumos podem ser representadas como linhas retas paralelas.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 144
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

38. (2016/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Auditor Júnior)


A função de produção Q = 10.K0,3.L0,7, onde Q é a quantidade produzida, e K e L são as
quantidades dos fatores de produção, representa uma tecnologia com
a) retorno crescente de escopo
b) retorno constante de escala
c) produto marginal do capital constante
d) produto marginal do trabalho constante
e) isoquantas em forma de ângulo reto

39. (2018/FCC/SEF - SC/Auditor Fiscal da Receita Estadual)


Os rendimentos decrescentes de escala
a) são representados por um espaçamento decrescente das isoquantas à medida que a
quantidade de insumos combinados aumenta, em uma dada função de produção.
b) são mais prováveis na indústria de transformação que no setor de serviços, pois, este, em
geral, apresenta menor investimento em equipamentos de capital.
c) são representados por isoquantas cada vez mais distantes entre si, conforme os níveis de
produção aumentam proporcionalmente.
d) são definidos pela taxa de crescimento do produto ao passo que os insumos são mantidos
constantes.
e) tornam mais vantajosa a operação de uma única grande empresa, do que a de muitas
pequenas empresas, quando predominam em dado setor

40. (2018/VUNESP/SJC/Economista)
As isoquantas são curvas que representam todas as possíveis combinações de insumos de
produção que geram o mesmo produto final. São curvas convexas que demonstram que para
manter o produto total igual
a) o acréscimo de um insumo requer o aumento do outro.
b) a quantidade de um insumo não pode sofrer alterações.
c) o acréscimo de um insumo requer a redução do outro.
d) os insumos deverão permanecer inalterados.
e) o insumo tecnologicamente mais avançado deverá ser escolhido.

41. (2017/CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional – Economia)


A produtividade marginal é obtida a partir da divisão do produto total pelo fator variável
trabalho.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 145
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

42. (2017/FCC/ARTESP/Especialista em Regulação de Transporte – Economia)


Em uma função de produção do tipo F = AKαLβ, com A, α e β positivos, a empresa
a) tem rendimentos decrescentes de escala se A < 1.
b) tem rendimentos crescentes de escala se α e β > 1.
c) apresenta rendimento constante de escala, independentemente do valor de α e β.
d) alcançará rendimento constante de escala se A = 1.
e) produzirá menos, a um dado nível de K e L, quanto maior o valor de A.

43. (2016/CESPE/DPU/Economista)
A respeito das funções de produção e suas propriedades, julgue o seguinte item, considerando
os insumos x e y e a produção Q.
A função Q = -5 + x + y indica que os bens são substitutos, sendo a taxa marginal de substituição
entre os dois bens igual a 1.

44. (2016/FGV/IBGE/Tecnologista – Economia)


Considere uma função de produção F que conta com apenas dois insumos: capital, K, e
trabalho, L, e apresenta a propriedade de retornos decrescentes de escala. Essa função F(K,L)
pode ser descrita por:
a) F(K,L) = K0,6L0,3;
b) F(K,L) = min{2K,L};
c) F(K,L) = 5K + 4L;
d) F(K,L) = 0,7KL;
e) F(K,L) = 20K0,5L0,5.

45. (2016/CESPE/TCE – SC/Auditor Fiscal de Controle Externo)


Em uma firma que opera com capital constante no curto prazo, aumento na quantidade de
trabalho faz que o produto marginal e o produto médio do trabalho cresçam e depois tendam
a cair. Nesse processo, enquanto o produto médio cresce, o produto marginal é maior que o
médio; e, enquanto o produto médio diminui, o produto marginal é menor que o produto
médio.

46. (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo)


A taxa marginal de substituição técnica em cada ponto da isoquanta corresponde à quantidade
de capital que pode ser substituída por determinada quantidade de trabalho com o objetivo de
aumentar a produção.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 146
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

47. (2016/CESPE/TCE – SC/Auditor Fiscal de Controle Externo)


Constitui exemplo de rendimentos de escala crescentes a função de produção X = 0,5KL, em
que X é a produção física total, K é a quantidade dos recursos de capital e L é a quantidade de
trabalho.

48. (2014/IDECAN/BANDES/Economista)
Considere a função de produção de um serralheiro de janelas como sendo P=10x(2/3), em que
P é o número de janelas produzidas por semana, com certo número fixo de funcionários, e x o
número de soldadeiras utilizadas.
Quantas janelas serão produzidas por semana, caso sejam utilizadas nove soldadeiras?
a) 40.
b) 50.
c) 60.
d) 70.
e) 80.

49. (2016/FCC/ELETROSUL/Economista)
Considere que uma firma pode utilizar dois insumos, A e B, como substitutos perfeitos, podendo
ser utilizados conjuntamente.
Se a isoquanta é dada por 24 = 6a + 3b, é correto afirmar que a Taxa Marginal de Substituição
Técnica − TMST
a) de A para B é de 8,0.
b) de B para A não varia ao longo da isoquanta.
c) representa a inclinação positiva da isoquanta.
d) evidencia, para este caso, a preferência da firma pelo insumo B.
e) de B para A é de 6,0.

50. (2019/VUNESP/PREF MOGI DAS CRUZES/Economista)


Uma função de produção é descrita pela equação a seguir:
Y=10K1/3L1/2
onde:
Y = quantidade produzida.
K = quantidade do fator capital.
L = quantidade do fator mão de obra.
Essa função de produção apresenta
a) produtividade marginal do fator trabalho estritamente crescente no curto prazo.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 147
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

b) rendimentos decrescentes de escala no longo prazo.


c) produtividade marginal do fator trabalho constante no curto prazo.
d) rendimentos crescentes de escala no longo prazo.
e) rendimentos constantes de escala no longo prazo.

51. (2021/FGV/FUNSAÚDE CE/Analista Administrativo - Economia da Saúde)


Suponha que existam dois fatores de produção (x,y) e que a taxa técnica de substituição (TTS)
entre esses insumos seja definida como:
TTS(x,y) = dy/dx.
Neste contexto, assinale a opção que indica uma propriedade da TTS.
a) Ela pode ser calculada como o negativo da razão da produtividade marginal de x em relação
à produtividade marginal de y.
b) Sua fórmula pode ser obtida pela variação no uso dos dois fatores, de forma a ampliar a
produção.
c) Ela indica a taxa de crescimento da inclinação da isoquanta, quando se eleva x e se reduz y.
c) Sua magnitude indica que a produção cresce a taxas marginais crescentes.
d) Ela é decrescente, ou seja, a inclinação de uma isoquanta aumenta em valor absoluto à
medida que se move ao longo dessa curva no sentido de aumento de x.

52. (2013/FCC/ICMS-SP/Agente Fiscal de Rendas)


Considere a seguinte função de produção do bem X, do tipo Cobb-Douglas, a qual é
homogênea de grau 1:
Y = KaLb
onde:
Y = quantidade produzida do bem X
K = quantidade do fator capital
L = quantidade do fator trabalho a, b = parâmetros da função
É correto afirmar que
a) a produção do bem X mais que dobrará, se a quantidade dos fatores de produção for
multiplicada por 2 no longo prazo.
b) a soma dos parâmetros a e b é menor que um (1), indicando a presença de deseconomias
de escala no longo prazo.
c) a taxa marginal de substituição técnica do capital pelo trabalho é dada, em módulo, pelo
quociente da produtividade marginal do trabalho pela produtividade marginal do capital.
d) o parâmetro b representa a elasticidade da produção em relação à quantidade do fator
capital.
e) a produtividade marginal do capital é estritamente crescente no curto prazo, qualquer que
seja a quantidade utilizada do fator.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 148
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

53. (2015/FGV/DPE RO/Analista da Defensoria Pública - Analista em Economia)


Seja a função de produção f(x,y)=a+xy, em que a é uma constante positiva e x e y são insumos.
Essa função apresenta:
a) retornos crescentes de escala;
b) retornos decrescentes de escala;
c) retornos constantes de escala;
d) retornos de escala indefinidos;
e) produto marginal crescente em x e y.

54. (2015/VUNESP/SP/Auditor Municipal de Controle Interno)


Um indivíduo resolve abrir uma pequena empresa, para isso, demite-se do trabalho no qual
ganhava um salário de R$ 2.000,00 e utiliza um imóvel que já possuía e pelo qual recebia um
aluguel de R$ 1.000,00. No primeiro ano de funcionamento da empresa, obteve receitas de R$
40.000,00 e os custos totalizaram R$ 10.000,00. Diante dessas informações e desconsiderando
o 13º salário, ele obteve, nesse primeiro ano, um
a) lucro econômico de R$ 6.000,00.
b) prejuízo econômico de R$ 12.000,00.
c) prejuízo econômico de R$ 6.000,00.
d) lucro econômico de R$ 18.000,00.
e) lucro econômico de R$ 30.000,00.

55. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Economista Júnior)


A Figura abaixo mostra a curva de custo total médio de certa empresa, como função do nível
de produção q.

Se a empresa estiver produzindo em um nível maior do que q*, diz-se que está num ponto com
a) economias de escala
b) deseconomias de escala

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 149
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

c) economias de escopo
d) capacidade ociosa
e) custo médio mínimo

56. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Em relação à teoria da firma, julgue o item subsequente.
Quando a curva de custo marginal for crescente, as curvas de custo médio total e custo médio
variável serão crescentes.

57. (2018/VUNESP/IPSM SJC/Analista de Gestão Municipal - Economia)


Considerando a teoria dos custos, quando o custo marginal de uma empresa for maior que o
custo médio, significa que
a) as economias de escala estão aumentando.
b) o custo médio é constante.
c) o custo médio está diminuindo.
d) o custo médio está aumentando.
e) o lucro está diminuindo.

58. (2019/FGV/DPE RJ/Economia)


A figura abaixo ilustra algumas isoquantas de uma determinada função de produção de uma
firma. A isoquanta Q = 20 representa as combinações dos insumos capital e trabalho
necessárias à produção de 20 unidades do produto.

Sobre a tecnologia e a estrutura de custos dessa firma, é correto afirmar que:


a) o custo médio é constante e, para qualquer nível de produção, igual ao custo marginal;
b) o custo médio é crescente e, para qualquer nível de produção, sempre menor do que o custo
marginal;

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 150
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

c) o custo médio é crescente e, para qualquer nível de produção, sempre maior do que o custo
marginal;
d) o custo médio é decrescente e, para qualquer nível de produção, sempre maior do que o
custo marginal;
e) a firma apresenta tecnologia com retornos crescentes de escala.

59. (2015/FCC/TCE-AM - Auditor)


Instrução: Para responder à questão, considere a tabela, a seguir, que apresenta o custo total e
a receita total de uma firma competitiva:
Quantidade (em unidades) Receita Total Custo Total
1 R$ 90,00 R$ 10,00
2 R$ 170,00 R$ 30,00
3 R$ 240,00 R$ 60,00
4 R$ 300,00 R$ 100,00
5 R$ 350,00 R$ 150,00
6 R$ 390,00 R$ 210,00
7 R$ 420,00 R$ 280,00
O custo marginal de produzir a sexta unidade será de
a) R$ 80,00.
b) R$ 10,00.
c) R$ 210,00.
d) R$ 60,00.
e) R$ 70,00.

60. (2014/IDECAN/SEP PR/Contador)


A estrutura de custos de uma empresa depende de um componente fixo e variável. Assim, os
custos médios são a soma dos custos fixos e variáveis médios. Nesse sentido, o custo variável
médio mínimo pode ser obtido
a) na área calculada abaixo da curva de custo marginal.
b) no mesmo ponto no qual o custo fixo médio atinge o seu menor valor.
c) no ponto em que o custo marginal intercepta a curva de custo total médio.
d) quando a variação de custo variável médio passa de negativa para nula, quando uma unidade
adicional é produzida.
e) como a soma do custo de produzir cada unidade adicional de um bem e multiplicando essa
soma pela quantidade produzida.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 151
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

61. (2018/VUNESP/ARSESP/Especialista em Regulação e Fiscalização)


No curto prazo, considerado como o período de tempo em que pelo menos um dos fatores de
produção é fixo,
a) a diferença entre o custo variável médio e o custo total médio tende a diminuir sempre que a
firma reduz a produção.
b) a curva de custo marginal intercepta a curva de custo variável médio no ponto de mínimo
desta.
c) os custos variáveis médios são estritamente crescentes à medida que a produção da firma
aumenta.
d) os custos marginais são constantes em relação à quantidade produzida pela firma.
e) os custos fixos médios são constantes em relação à quantidade produzida pela firma.

62. (2014/FCC/TCE-GO/Analista de Controle Externo)


A função de Custo Total (CT) da empresa KPATAZ Ltda. para a fabricação de determinado
produto é dada pela equação CT = 13.800 + 250.Q, onde “Q” é a quantidade total produzida.
A empresa produziu 80 unidades no mês de janeiro e 120 unidades no mês de fevereiro, sendo
assim, seu Custo Marginal (CM) foi de:
a) R$ 500,00.
b) R$ 1.500,00.
c) R$ 250,00.
d) R$ 10.000,00.
e) R$ 5.000,00.

63. (2019/VUNESP/MPE SP/Economista)


Se a função de produção for dada por f(K,L)=√𝐾𝐿 onde K e L são as unidades de capital e
trabalho, respectivamente, o preço da unidade de capital for $ 4 e o preço da unidade de
trabalho for $ 1, o custo mínimo para se produzir 6 unidades de produto é
a) $ 15.
b) $ 24.
c) $ 30.
d) $ 36.
e) $ 40.

64. (2018/FGV/ALERO/Analista Legislativo)


Em relação às curvas de custos, assinale a afirmativa correta.
a) A curva de custo total médio sempre estará acima da curva de custo marginal.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 152
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

b) O custo fixo médio é maior do que o custo variável médio para quantidades baixas.
c) O custo variável médio é decrescente e o custo fixo médio é crescente com o nível de
produção.
d) A curva de custo variável médio é crescente quando está abaixo da curva de custo marginal.
e) O custo total médio é nulo quando a produção é nula.

65. (2015/FCC/TCE PI/Auditor do Tribunal de Contas)


Na teoria microeconômica da produção, estudam-se as relações entre a produção de um bem
e a quantidade necessária de fatores de produção para alcançá-la e seu respectivo custo.
Define-se ainda o curto prazo como o intervalo de tempo em que pelo menos um dos fatores é
fixo. Assinale a alternativa correta.
a) Isoquanta é o lugar geométrico dos níveis de produção que são possíveis de serem atingidos
com uma dada combinação de fatores de produção variáveis.
b) Ocorrem rendimentos crescentes de escala quando a produtividade marginal do fator de
produção fixo é crescente.
c) No longo prazo, os custos fixos unitários são decrescentes.
d) Quando o custo marginal de produção começa a aumentar, fato idêntico ocorre com o custo
médio total.
e) No curto prazo, a curva de custo marginal intercepta as curvas de custo médio e custo variável
médio no ponto de mínimo destas.

66. (2021/IBFC/IBGE/Supervisor de Pesquisas - Geral)


Assinale a alternativa que está de acordo com a Teoria dos Custos de Produção e mostra
corretamente a diferença entre curto prazo e longo prazo para a produção.
a) O curto-prazo é um período de tempo onde não tem fator que limita a expansão da produção.
No longo-prazo todos os fatores utilizados na produção são variáveis
b) O curto-prazo é um período de tempo onde pelo menos um fator de produção é fixo. No
longo-prazo alguns fatores limitam a expansão da produção
c) O curto-prazo é um período de tempo onde pelo menos um fator de produção é variável. No
longo-prazo um fator de produção é fixo, e todos os demais fatores variáveis
d) O curto-prazo é um período de tempo que não tem fator fixo. No longo-prazo não tem fator
variável
e) O curto-prazo é um período de tempo onde pelo menos um fator de produção é fixo. No
longo-prazo a empresa pode alterar a quantidade de qualquer fator utilizado na produção

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 153
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

67. (2007/FCC/MPU/Analista - Perícia Economia)


No curto prazo, ao se comparar o comportamento da curva de produtividade marginal do único
fator variável com a correspondente curva de custo marginal da empresa, assumindo-se que o
preço dos fatores de produção é constante, pode-se dizer que:
a) elas não apresentam nenhuma relação quanto à forma.
b) quando uma delas cresce, a outra é decrescente.
c) elas sempre se apresentam igualmente decrescentes.
d) quando uma delas cresce, a outra também é crescente.
e) elas sempre se apresentam igualmente crescentes.

68. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista - Economia)


Julgue o item seguinte, a respeito da teoria microeconômica da produção.
Na função de produção do tipo Leontief, as proporções de insumos são sempre fixas,
independentemente dos preços dos insumos.

69. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Economista)
O valor monetário do custo total de produção (CT) de uma empresa, em determinado período,
é dado pela expressão CT = 10 + q + 0.1q2, onde q é a quantidade produzida no período, e os
parâmetros numéricos estão expressos nas unidades adequadas.
Se q = 10, o valor do custo
a) variável será 5.
b) total de produção será 20.
c) total médio será 3 por unidade produzida.
d) marginal será 7 por unidade produzida.
e) fixo será 20.

70. (2013/ESAF/STN/Analista de Finanças e Controle)


Considere uma firma que produz de acordo com a seguinte função de produção: q = x10,5x20,5,
onde q representa o total produzido pela firma, x1 a quantidade utilizada do insumo um e x2 a
quantidade utilizada do insumo dois. O insumo um custa R$ 4,00 por unidade e o insumo dois
custa R$ 16,00 por unidade. Suponha que a firma deseja escolher as quantidades que vai usar
de cada insumo de modo a produzir 80 unidades do produto ao menor custo possível.
Assinale a opção a seguir que indica quanto a firma deve escolher de cada insumo.
a) x1=400 e x2=16
b) x1=256 e x2=25
c) x1=100 e x2=64

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 154
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

d) x1=16 e x2=400
e) x1=160 e x2=40

71. (2014/CESPE/POLÍCIA FEDERAL/Agente)


Tendo em vista que o consumidor, muitas vezes de forma inconsciente, obedece a
determinadas regras de comportamento em sua atuação no mercado, julgue o item que se
segue.
O conjunto de todas as combinações possíveis entre dois insumos capazes de produzir uma
mesma quantidade de produto é denominado isoquanta.

72. (2008/ESAF/CGU/Analista de Finanças e Controle)


Um projeto de investimento apresenta economias de escala quando o
a) custo médio de produção diminui quando a escala do projeto é reduzida.
b) custo médio de produção aumenta quando se aumenta a utilização do fator variável de
produção.
c) custo marginal de produção aumenta quando se aumenta a utilização do fator variável de
produção.
d) custo total de produção aumenta com o passar do tempo.
e) custo médio de produção diminui quando a escala do projeto é ampliada.

73. (2010/CESGRANRIO/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Uma empresa tem custo fixo de produção bem elevado em relação ao seu custo variável.
Quando começar a produzir, à medida que a produção aumentar, certamente haverá uma
diminuição do custo
a) total.
b) médio.
c) marginal.
d) variável.
e) fixo.

74. (2009/ESAF/ANEEL/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia)


Suponha que a função custo total de uma firma seja: C(y) = 2y² + 8y+ 10, onde y é a quantidade
de produto. O Custo Marginal e o Custo Variável Médio são, respectivamente:
a) 2y²; 8y+10
b) 2y+8; 4y+8

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 155
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

c) 4y+10; 2y+10
d) 4y+8; 2y+8
e) 2y+10; 4y+8

75. (2008/CESGRANRIO/BNDES/Engenheiro)
Um processo de produção apresenta economias de escala se, ao aumentar a produção, o(s)
a) lucro da empresa aumentar.
b) custos marginais aumentarem.
c) custos totais diminuírem.
d) custos médios diminuírem.
e) custos fixos diminuírem.

76. (2016/FCC/PGE MT/Analista – Economista)


Os custos de produção podem ser definidos para o curto e para o longo prazo, sendo que a
diferença entre os dois conceitos refere-se à
a) presença de custo variável apenas no curto prazo.
b) presença de custo fixo apenas no curto prazo.
c) ausência de custo variável no curto prazo.
d) presença de custo fixo apenas no longo prazo.
e) ausência de custo variável no longo prazo.

77. (2016/FCC/ALMS/Economista)
No curto prazo, os custos que emergem de recursos invariáveis e os custos de insumos que
podem variar com a quantidade produzida são denominados, respectivamente,
a) custo de oportunidade e custos variáveis.
b) custos explícitos e custos implícitos.
c) custos fixos e custos variáveis.
d) custos fixos e custo de oportunidade.
e) custos variáveis e custos fixos.

78. (2017/CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional – Economia)


A respeito da teoria clássica da demanda e de conceitos gerais de economia, julgue o item
subsecutivo.
O custo mínimo de produção é mínimo quando o custo marginal se iguala ao custo médio.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 156
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

79. (2011/FGV/SEFAZ-RJ/Analista de Controle Interno)


A função custo total de uma firma é dada por CT(Q)=2Q3−3Q2−12.
O Custo Marginal para Q = 5 é
a) 97.
b) 80.
c) 120.
d) 163.
e) 145.

80. (2014/CEBRASPE-CESPE/CAM DEP/Consultor Legislativo/2014)


Considerando que os custos totais das fábricas I e II são expressos, respectivamente, por CI(y I)
= y12 + 2y1 + 4 e CII(yII) = yII2 + 3yII + 4, julgue o próximo item.
O custo médio mínimo da fábrica I é de 6/unidade.

81. (2016/FCC/PGE MT/Analista – Economista)


Quando o nível de produto de curto prazo é zero, necessariamente, serão iguais a zero os custos
a) explícitos.
b) fixos.
c) implícitos.
d) variáveis.
e) de oportunidade.

82. (2014/FGV/DPE RJ/Técnico Superior Especializado Economia)


Quando uma empresa atua em um nível de produção em que há economias de escala, o custo
total médio
a) diminui no longo prazo com o aumento de produção.
b) diminui no curto prazo com o aumento de produção.
c) mantém- se constante no curto e no longo prazo.
d) cresce, pois a firma passa rapidamente para deseconomias de escala.
e) é mínimo no curto e no longo prazo.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 157
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

83. (2016/CESGRANRIO/IBGE/Supervisor de Pesquisas Geral)


Os gráficos abaixo mostram, em função da quantidade q produzida por certa empresa, as
curvas de custo total médio (CMe), em linha cheia, e de custo marginal (CMg), em linha
tracejada.
O formato e o posicionamento das curvas indicam que o único gráfico correto é

a) d)

b) e)

c)

84. (2018/VUNESP/SJC/Analista em Gestão Municipal - Ciências Econômicas)


Para produzir X unidades de certo bem, uma firma arca com um custo fixo de R$ 100,00, além
de um custo variável que depende da quantidade produzida, sendo marginalmente crescente
e assim definido: CV = 2Q². Nessa situação hipotética, o custo médio total da firma na produção
de 10 unidades é igual a:
a) R$12,00.
b) R$30,00.
c) R$20,00.
d) R$50,00.
e) R$100,00.

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 158
Alessandra Lopes, Celso Natale, Thayse Duarte Varela Dantas Cesar
Aula 02 - Profº Celso Natale (PDF) e Amanda Aires (Videoaulas)

85. (2018/CEBRASPE-CESPE/ABIN/Oficial de Inteligência)


A função produção de uma firma é descrita por Y = K1/2.L1/2, em que Y é produto, L é a
quantidade de trabalho e K é o estoque de capital. Sabendo que, nessa firma, o salário é w = 4
e a remuneração do capital é r = 1, julgue o item seguinte.
Se K = 2, então o custo total médio de longo prazo será igual a 2.

86. (2015/CEBRASPE-CESPE/MPOG/Economista)
A função de produção de uma firma é expressa por Y=5K1/3×L2/3, em que Y é a quantidade
produzida do bem homogêneo, K é o estoque de capital e L é a quantidade de trabalho.
Supondo que a firma opere em um mercado em que os preços do insumo capital e do insumo
trabalho, em unidades monetárias, sejam r = 2 e w = 4 respectivamente, julgue o item seguinte
a respeito desse mercado.
O preço de equilíbrio desse mercado é igual a 1,2 unidade monetária.

GABARITO
1. A 12. B 23. B 34. E 45. C 56. E 67. B 78. C
2. C 13. A 24. D 35. A 46. E 57. D 68. C 79. C
3. C 14. C 25. D 36. E 47. C 58. B 69. C 80. C
4. C 15. E 26. B 37. C 48. C 59. D 70. E 81. D
5. E 16. C 27. C 38. B 49. B 60. D 71. C 82. A
6. C 17. C 28. E 39. C 50. B 61. B 72. E 83. C
7. C 18. E 29. D 40. C 51. A 62. C 73. B 84. B
8. E 19. B 30. B 41. E 52. C 63. B 74. D 85. E
9. E 20. C 31. E 42. B 53. D 64. D 75. D 86. C
10. E 21. B 32. E 43. C 54. C 65. E 76. B
11. D 22. C 33. E 44. A 55. B 66. E 77. C

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Trabalhador) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Sociologia e Psicologia
www.estrategiaconcursos.com.br 159

Você também pode gostar