Universidade Estadual do Piauí – UESPI

Campus Cerrado do Alto Parnaíba-Uruçuí

Disciplina: Produção e Tecnologia de Sementes
Professora: Dr. Marlei Rosa dos Santos

DETERMINAÇÃO DO PESO DE MIL SEMENTES

Marcos Antonio da Silva de Carvalho- 1076825

Introdução

O PMS (peso de mil sementes) indica o peso de uma porção correspondente

a 1000 sementes. A importância deste fator é que através dele é possível
identificar a qualidade das sementes que se pretende adquirir, no sentido de
conseguir saber ou pelo menos conseguir identificar no momento das
cotações quais das sementes ofertadas possuem maior quantidade de
semente por grama. O que afeta diretamente a taxa de semeadura que se irá
adotar para a formação de determinada área, considerando é claro ainda
outros fatores relacionados ao preparo de solo, relevo, região de plantio,
condições climáticas e outros.
Sendo assim o PMS define o volume de sementes a ser adquirido pelo
produtor considerando o tamanho da área que será formada ou recuperada
visando atingir uma população de plantas adequada para o fechamento
rápido da mesma. Tanto, superestimar como subestimar a taxa de
semeadura a ser aplicada em uma determinada área pode levar o produtor a
ter prejuízos tanto financeiros quanto na formação da área.
Falando ainda em termos de qualidade, o PMS pode dar uma ideia da
maturidade daquele lote, do estado de sanidade e se as plantas que geraram
aquelas sementes eram sadias, conseguindo diferenciar a qualidade através
do PMS.

Objetivo

Determinar o peso de mil sementes de uma amostra - PMS.

Materiais e Métodos.
A amostra de trabalho é toda a porção “Semente Pura” ou oito repetições de
100 sementes provenientes da porção “Semente Pura”. Como o peso de mil
sementes de uma amostra varia de acordo com o teor de água das sementes,
em ambos os casos recomenda-se realizar a determinação do grau de
umidade. A amostra de trabalho é pesada em gramas. A seguir é colocada
em uma máquina contadora, onde é realizada a leitura do número de
sementes.
As sementes foram contadas ao Acaso, manualmente, em oito repetições de
100 sementes cada. Em seguida foram pesadas em balança de precisão.
Foi calculado a variância, o desvio padrão e o coeficiente de variação dos
valores obtidos das pesagens, da seguinte maneira:

𝑛 (∑𝑋2)– (∑𝑋)2
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 =
𝑛(𝑛 − 1)
Onde:
X = Peso de cada repetição
n = Número de repetições
∑ = Somatório
 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜(𝑆) = √𝑣𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎

𝑠
𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 (𝐶𝑉) = 𝑥 100
𝑋

Onde:
S = Desvio Padrão
X = Peso médio de 100 sementes

Resultado

Amostra X X² 𝑛 (∑𝑋2)– (∑𝑋)²

R1 16,819 282,87876 𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 =
𝑛(𝑛 − 1)
R2 16,444 270,40514
R3 16,718 279,49152 8 (2295,85)– (135,48)²
R4 17,485 305,72523 𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 =
8(8 − 1)
R5 17,552 308,0727
R6 16,96 287,6416
R7 17,224 296,66618
R8 16,278 264,97328 11,9696
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 = = 0,213
TOTAL 135,48 2295,8544 56

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜(𝑆) = √𝑣𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜(𝑆) = √0,213 = 0,46

0,46
𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 (𝐶𝑉) = 𝑥 100
19,93
𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 (𝐶𝑉) = 2,71% ≅ 3%

A media do peso das 8 amostras = 16,93

PMS= 1693g ou 1,693kg
Conclusão

O CV calculado com oito repetições foi menor que 4%. Calculou a média das
8 repetições 16,93, que multiplicada por 10, obteve-se o peso de mil sementes
de soja do lote em estudo.
Assim, o PMS do lote de sementes de soja em estudo é 1693 gramas.