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Acordo Parassocial - 2020

Direito Comercial I (Universidade de Lisboa)

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ACORDO PARASSOCIAL DE SOCIEDADE POR QUOTAS

Entre

[NOME do futuro sócio]

[NOME do futuro sócio]

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ÍNDICE

1. DEFINIÇÕES E INTERPRETAÇÃO....................................................................................... 4

2. OBJETO E FINALIDADE DO ACORDO................................................................................ 4

3. DECLARAÇÕES............................................................................................................... 5

4. SUBSCRIÇÃO DE QUOTAS............................................................................................... 5

5. GERÊNCIA...................................................................................................................... 6

6. PODERES DA GERÊNCIA E VINCULAÇÃO DA SOCIEDADE.................................................6

7. ASSEMBLEIA GERAL........................................................................................................ 7

8. INFORMAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO DA SOCIEDADE....................................7

9. PACTO DE NÃO CONCORRÊNCIA..................................................................................... 7

10. LIMITAÇÕES À TRANSMISSÃO DE QUOTAS....................................................................... 8

11. DIREITO DE PREFERÊNCIA NA TRANSMISSÃO DE QUOTAS...............................................9

12. DIREITO DE PREFERÊNCIA NO AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL.........................................9

13. DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE.......................................................................................... 9

14. CONTRATOS ENTRE A SOCIEDADE E OS SÓCIOS.............................................................9

15. CLÁUSULA PENAL......................................................................................................... 10

16. CONFIDENCIALIDADE.................................................................................................... 10

17. DURAÇÃO E CESSAÇÃO................................................................................................ 11

18. ALTERAÇÕES................................................................................................................. 11

19. NOTIFICAÇÕES E COMUNICAÇÕES................................................................................ 11

20. LEI APLICÁVEL............................................................................................................... 12

21. DISPOSIÇÕES FINAIS..................................................................................................... 12

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ACORDO PARASSOCIAL
DATA

Entre:

NOME, uma sociedade comercial constituída nos termos do direito português, com sede na
…, com o capital social de € … (… mil euros), pessoa coletiva nº …, matriculada na
Conservatória do Registo Comercial de …, neste ato devidamente representada pelo seu
gerente, com poderes para o ato, NOME, estado civil, maior, portador do Cartão de Cidadão
Nº …, válido até …, emitido pela República Portuguesa, contribuinte fiscal nº …, com
domicílio profissional na … (doravante designada apenas por “PRIMEIRA CONTRAENTE”)

NOME, estado civil, maior, portador do Cartão de Cidadão Nº …, válido até …, emitido pela
República Portuguesa, contribuinte fiscal nº …, com domicílio na … (doravante designada
apenas por “SEGUNDA CONTRAENTE”)

As CONTRAENTES serão também designadas por “PARTE”, quando referidas


individualmente, ou por “PARTES”, quando referidas em conjunto.

CONSIDERANDO:

1. Que as CONTRAENTES pretendem vir a participar conjuntamente no capital social da


sociedade comercial por quotas [NOME] (designação sujeita a aprovação pelo Registo
Nacional de Pessoas Coletivas), com um capital social de € … (… mil euros) e sede em
…, cujo objeto social incluirá, nomeadamente, mas sem limitar, … (doravante
designada apenas por SOCIEDADE);
2. Que o [NOME] pretende ser titular de € … (… mil euros) do capital social da
SOCIEDADE, representativo de …% (… porcento) do capital social da SOCIEDADE;
3. Que o [NOME] pretende ser titular de € … (… mil euros) do capital social da
SOCIEDADE, representativo de …% (… porcento) do capital social da SOCIEDADE;
4. As CONTRAENTES desde já desejam estipular um conjunto de normas que se
destinem a disciplinar a sua atuação enquanto sócios da SOCIEDADE, para além do
que será disposto nos Estatutos da SOCIEDADE;

ENTRE AS CONTRAENTES É CELEBRADO RECIPROCAMENTE E ACEITE O PRESENTE


ACORDO PARASSOCIAL (DORAVANTE DESIGNADO APENAS POR ACORDO) QUE SE
REGERÁ PELAS SEGUINTES CLÁUSULAS:

1. DEFINIÇÕES E INTERPRETAÇÃO

1.1. Neste ACORDO, incluindo os respetivos considerandos, as seguintes palavras


e expressões terão o seguinte significado, salvo quando outro significado
resulte do contexto:
a. “SÓCIOS” designa o [NOME] e o [NOME] e os adquirentes de quotas
detidas pelos sócios que se encontrem obrigados pelos termos e
condições do presente ACORDO, a expressão “SÓCIO” designará
qualquer um dos sócios e, no caso de um sócio que seja uma pessoa

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singular, incluirá os respetivos representantes legais, liquidatários e


gestores judiciais, sempre que o contexto assim o justifique;
b. “QUOTAS” designa todas as quotas da SOCIEDADE representativas do
capital social da SOCIEDADE;
c. “ACORDO” designa o presente acordo parassocial, na redação que venha
a resultar de alterações posteriores efetuadas de acordo com as
disposições deste ACORDO;
d. “ACORDO DE ADESÃO” designa o acordo a ser celebrado por qualquer
futuro SÓCIO de forma a vincular-se aos termos e condições constantes
deste ACORDO;
e. “ESTATUTOS” designa os estatutos constitutivos da SOCIEDADE;
f. “PARTE” designa cada uma das partes no presente ACORDO
(conjuntamente “PARTES”); e
g. “SOCIEDADE” designa a sociedade comercial por quotas [NOME]
(designação sujeita a aprovação pelo Registo Nacional de Pessoas
Coletivas), na qual as CONTRAENTES pretendem vir a participar
conjuntamente, com um capital social de € … (… mil euros) e sede em …,
cujo objeto social incluirá, nomeadamente, mas sem limitar, ….

1.2. As referências às cláusulas e considerandos deverão ser entendidas, salvo


indicação em contrário, como referência para as cláusulas e considerandos do
presente ACORDO.

1.3. As palavras usadas no singular também incluem o plural e vice-versa.

1.4. O índice e as epígrafes das cláusulas deste ACORDO foram incluídos apenas
por conveniência e não têm valor interpretativo.

2. OBJETO E FINALIDADE DO ACORDO

O presente ACORDO estabelece os direitos e obrigações das PARTES respeitantes à


organização, funcionamento e administração da SOCIEDADE e dos seus ativos, o
exercício dos respetivos direitos sociais e a subscrição e transferência de QUOTAS.

3. DECLARAÇÕES

3.1. Cada um dos SÓCIOS declara e garante reciprocamente que:


a. Diligenciará e praticará todos os atos legalmente exigidos para a
constituição da SOCIEDADE;
b. Tem a sua situação totalmente regularizada perante a Segurança Social e
Finanças, e que não tem quaisquer dívidas para com qualquer entidade,
pública ou privada, seja a que título for de que não tenha sido dado prévio
conhecimento à outra PARTE;
c. As obrigações assumidas por força do presente ACORDO são válidas e
exequíveis;
d. Tem poder e autoridade necessária para celebrar este ACORDO e cumprir
com as respetivas obrigações e para entregar todos os documentos
exigíveis para a celebração deste ACORDO;
e. Este ACORDO origina obrigações vinculativas para cada PARTE de
acordo com os seus termos;
f. Não é, nem nenhuma das suas participadas se aplicável, parte em
nenhum contrato ou entendimento segundo o qual qualquer terceiro tem
ou possa ter o direito de impedir, inibir ou atrasar a implementação de
cada uma das disposições do presente ACORDO;
g. A execução do presente ACORDO não resultará numa violação de
qualquer disposição do seu ato de constituição, dos estatutos ou de
documentos semelhantes;

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h. A execução do presente ACORDO não requer qualquer autorização


administrativa, nem o consentimento de qualquer terceiro;
i. A execução do presente ACORDO, bem como de quaisquer outros
contratos e documentos relacionados com este ACORDO, não implica
qualquer violação de qualquer lei ou resolução de natureza judicial,
arbitral, administrativa ou qualquer outra, nem a perda, suspensão e/ou
alteração de qualquer benefício, direito, crédito e/ou prerrogativa.

3.2. De acordo com o número anterior, ambas as PARTES declaram que, no caso
de violarem qualquer das declarações e garantias acima referidas,
indemnizarão integralmente a outra PARTE por quaisquer perdas, danos,
custos ou encargos em que esta possa incorrer em virtude de tal violação.

4. SUBSCRIÇÃO DE QUOTAS

Nos termos do disposto no presente ACORDO, os SÓCIOS obrigam-se a subscrever o


capital social na SOCIEDADE no montante de € … (…. mil euros), a realizar
integralmente em dinheiro na data da constituição da SOCIEDADE, pelos montantes
abaixo indicados:
a. [NOME]
€ … (… mil euros);
b. [NOME]
€ … (… mil euros).

5. GERÊNCIA

5.1. A gerência será responsável pelo controlo geral e pela definição das políticas e
da estratégia da SOCIEDADE.

5.2. A gerência será constituída por 2 gerentes sendo cada um dos gerentes
indicado por cada PARTE abaixo indicado:
a. [NOME]
Gerente;
b. [NOME]
Gerente.

5.3. O mandato dos gerentes terá a duração de três anos, podendo os gerentes ser
eleitos para mandatos sucessivos de igual duração.

5.4. Os SÓCIOS obrigam-se reciprocamente a votar favoravelmente as propostas


que visem dar cumprimento ao disposto na cláusula 5.2 e contra quaisquer
deliberações propostas que, no seu entender, contrariem o disposto na referida
cláusula.

5.5. Sempre que um SÓCIO pretenda substituir o gerente por si indicado ao abrigo
da presente cláusula, independentemente do motivo, deverá notificar os outros
SÓCIOS da sua intenção, obrigando-se os demais SÓCIOS a votar quaisquer
deliberações que se revelem necessárias para substituir esse gerente por
quem o SÓCIO indicar.

5.6. A SOCIEDADE deverá manter, a todo o tempo um seguro de responsabilidade


civil para cada gerente da SOCIEDADE, com as mesmas características e
valores dos seguros usualmente realizados por sociedades com o mesmo objeto
social ou com um objeto social similar. Cada SÓCIO será solidariamente
responsável perante o outro SÓCIO pelos atos e omissões do gerente por si
indicado após a respetiva designação, de acordo com o disposto na presente
cláusula.

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6. PODERES DA GERÊNCIA E VINCULAÇÃO DA SOCIEDADE

6.1. Competirá à gerência, sem prejuízo das demais atribuições que lhe conferem a
lei, gerir, com amplos poderes, todos os negócios sociais e efetuar todas as
operações relativas ao objeto social desde que tais atos sejam precedidos de
deliberação unânime dos SÓCIOS.

6.2. A SOCIEDADE ficará obrigada:


a. Pela assinatura de todos os gerentes; ou
b. Pela assinatura de um representante legalmente autorizado para o efeito
por cada gerente.

7. ASSEMBLEIA GERAL

7.1. As reuniões do Assembleia Geral terão lugar em Lisboa, devendo ser


convocadas mediante notificação enviada aos SÓCIOS com uma antecedência
mínima de 20 (vinte) dias úteis por meio de carta registada.

7.2. A Assembleia Geral apenas reunirá na presença de todos os SÓCIOS.

7.3. A validade das deliberações dependerá do voto unânime de todos os SÓCIOS


em cada reunião da Assembleia Geral.

7.4. Os SÓCIOS comprometem-se, reciprocamente, a exercer os direitos que


possam ter enquanto SÓCIOS, não votando contra quaisquer deliberações
propostas que, com o seu conhecimento, possam pôr em causa as disposições
do presente ACORDO.

8. INFORMAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO DA SOCIEDADE

8.1. A Gerência e cada um dos SÓCIOS obrigam-se a tudo providenciar para que
os todos os SÓCIOS sejam informados através da Gerência, sobre todas as
matérias relevantes, e designadamente sobre:
a. Propostas de aquisição, alienação, oneração ou locação de ativos
corpóreos ou incorpóreos da SOCIEDADE, financiamentos a terceiros, ou
endividamentos adicionais da SOCIEDADE, desde que estas operações
não estejam previstas no orçamento;
b. Propostas de outorga ou constituição de quaisquer ónus, encargos ou
direitos de terceiros que, direta ou indiretamente, incida sobre a
totalidade ou parte das QUOTAS e ativos corpóreos ou incorpóreos da
SOCIEDADE, designadamente hipoteca, penhor, fiança ou aval, e bem
assim, a emissão de cartas de conforto a favor de terceiros ou
associados;
c. Propostas de participação da SOCIEDADE em outras sociedades,
Consórcios, Agrupamentos Complementares de Empresa ou
Agrupamentos Europeus de Interesse Económico ou outros similares.

8.2. As decisões societárias e as propostas sobre os assuntos referidos no número


1 da presente cláusula só se consideram aprovadas se tiverem o prévio
acordo expresso, dado por escrito, de todos os SÓCIOS, obrigando-se a
Gerência e todos os SÓCIOS a respeitar escrupulosamente o estipulado nesta
cláusula.

9. PACTO DE NÃO CONCORRÊNCIA

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9.1. Pelo presente ACORDO, os SÓCIOS obrigam-se a, sem prejuízo das


atividades atualmente exercidas, as quais foram previamente comunicadas
por escrito a todos os SÓCIOS e estes declaram conhecer, não desenvolver
ou participar, por si ou por interposta pessoa, como tal se entendendo a
atuação na qualidade de SÓCIO ou na qualidade de administrador, gerente
ou empregado de qualquer empresa, em quaisquer projetos ou empresas que
por qualquer forma, possam concorrer, direta ou indiretamente, com a
atividade efetivamente desenvolvida pela SOCIEDADE, enquanto se
mantiver como SÓCIO da SOCIEDADE.

9.2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, os SÓCIOS só podem


desenvolver atividades abrangidas pelo objeto social da SOCIEDADE se não
prejudicarem a atividade económica desta e se obtiver a prévia autorização,
dada por escrito, de todos os SÓCIOS.

10. LIMITAÇÕES À TRANSMISSÃO DE QUOTAS

10.1. Os SÓCIOS, comprometem-se, a não oferecer, vender, ceder, dar de penhor,


onerar ou, por qualquer outra forma, transmitir QUOTAS, direta ou
indiretamente, bem como a não solicitar ofertas de compra, penhor ou
transmissão de quaisquer QUOTAS, durante o período de 1 (um) ano a contar
da data da constituição da SOCIEDADE, salvo quando tal oferta, compra e
venda, cedência, penhor, oneração ou transmissão seja permitida nos termos
deste ACORDO.

10.2. A entrada de quaisquer novos SÓCIOS na SOCIEDADE deverá ser


obrigatoriamente deliberada unanimemente.

10.3. Os SÓCIOS obrigam-se a não vender, ceder, dar de penhor, onerar ou de


qualquer outro modo transmitir QUOTAS a qualquer pessoa individual ou
coletiva, independentemente da forma como tal SÓCIO inicialmente as
adquiriu, exceto quando tal pessoa individual ou coletiva tenha assinado,
como condição para a transmissão de quaisquer QUOTAS, um documento
declarando expressa e incondicionalmente aceitar aderir ao presente
ACORDO, para o que deverá celebrar um ACORDO DE ADESÃO.

10.4. Os SÓCIOS obrigam-se a votar contra a proposta de deliberação dando o


consentimento à transmissão de QUOTAS a uma pessoa individual ou
coletiva que não haja aderido ao presente ACORDO.

10.5. Os SÓCIOS não poderão, salvo disposição em contrário do presente


ACORDO, celebrar acordos de voto, acordos parassociais ou qualquer outro
tipo de acordo relativo ao exercício de direitos sociais, nomeadamente à
aquisição ou disposição das QUOTAS ou ao exercício do direito de voto com
terceiros, quer sejam ou não partes deste ACORDO. Os SÓCIOS obrigam-se
igualmente a não atuar em concertação com quaisquer terceiros no âmbito
de uma aquisição ou disposição de QUOTAS de forma incompatível com o
disposto no presente ACORDO.

11. DIREITO DE PREFERÊNCIA NA TRANSMISSÃO DE QUOTAS

11.1. Se um dos SÓCIOS tiver recebido e pretender aceitar uma proposta de venda
da sua QUOTA, deverá notificar, por escrito, os outros SÓCIOS dos termos e
condições dessa proposta, indicando o nome do potencial comprador, o preço
e as respetivas condições de pagamento. Se a contrapartida da oferta for em
espécie, deverá ainda indicar o respetivo valor de mercado e os critérios

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utilizados para a determinação desse valor, apresentando uma avaliação


devidamente auditada da contrapartida oferecida.

11.2. Após a receção da comunicação do SÓCIO Vendedor nos termos do número


anterior, os outros SÓCIOS terão 30 (trinta) dias úteis para exercer o seu
direito de preferência de aquisição das QUOTAS oferecidas.

11.3. Se nenhum SÓCIO exercer o seu direito de preferência, o SÓCIO Vendedor


poderá vender a QUOTA, a partir da data em que deveria ter recebido a
notificação escrita manifestando a intenção de exercício do direito preferência,
nos termos e condições referidas na comunicação nos termos do número 1 da
presente cláusula, desde que haja obtido o expresso consentimento, dado por
escrito, de todos os SÓCIOS para realizar a venda.

12. DIREITO DE PREFERÊNCIA NO AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL

Caso a SOCIEDADE proponha aumentar o capital social, os SÓCIOS terão o direito


de preferência de modo a garantir que os SÓCIOS possam manter, caso fosse
exercido o direito de preferência, a mesma percentagem no capital social da
SOCIEDADE, que detinha no momento imediatamente anterior a tal aumento de
capital social.

13. DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE

13.1. Caso seja deliberado em Assembleia Geral proceder à dissolução da


SOCIEDADE, os SÓCIOS obrigam-se a deliberar unanimemente sobre
propostas de aquisição ou alienação de ativos corpóreos ou incorpóreos da
SOCIEDADE.

13.2. Cada SÓCIO poderá apresentar proposta de aquisição dos ativos corpóreos
ou incorpóreos da SOCIEDADE seja por si próprio ou por intermédio de
sociedade em que participe na qualidade de sócio.

13.3. Salvo acordo em contrário entre as PARTES, o resultado da liquidação da


SOCIEDADE será distribuído de acordo com as participações sociais detidas
por cada SÓCIO nessa altura.

14. CONTRATOS ENTRE A SOCIEDADE E OS SÓCIOS

14.1. Os SÓCIOS desenvolverão os seus melhores esforços com vista a que, no


âmbito da solicitação de propostas para a celebração de contratos de
prestação de serviços ou de fornecimento de bens que caibam no objeto
social de qualquer uma das PARTES deste ACORDO, a SOCIEDADE solicite
e dê preferência a essa PARTE, desde que os termos e condições oferecidos
sejam iguais ou melhores do que os constantes da melhor proposta recebida
pela SOCIEDADE.

14.2. Os SÓCIOS desenvolverão os seus melhores esforços com vista a que a


SOCIEDADE adote e implemente procedimentos que assegurem que
qualquer prestação de serviços, venda de equipamentos ou outros negócios
entre a SOCIEDADE ou as suas filiais e qualquer dos SÓCIOS sejam
celebrados em condições de mercado e de forma independente da
qualidade de SÓCIO.

15. CLÁUSULA PENAL

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15.1. As CONTRAENTES acordam que o incumprimento culposo, por qualquer


CONTRAENTE, de qualquer das obrigações para si decorrentes do presente
ACORDO, constitui a CONTRAENTE faltosa na obrigação de indemnizar cada
uma das CONTRAENTES não faltosas em montante que se fixa desde já, a
título de cláusula penal, em € … (… mil euros).

15.2. O incumprimento culposo referido no número anterior só se verifica se, tendo


a CONTRAENTE faltosa sido interpelada por qualquer uma das
CONTRAENTES não faltosas, por escrito, para pôr termo à situação de
incumprimento, a obrigação contratual em causa não for cumprida no prazo
máximo de 30 (trinta) dias a contar dessa interpelação.

15.3. A estipulação desta cláusula penal não obsta a que cada uma das
CONTRAENTES não faltosas possa reclamar da CONTRAENTE faltosa
indemnização por eventuais prejuízos sofridos, nos termos gerais de Direito.

16. CONFIDENCIALIDADE

16.1. Todas as informações trocadas entre as CONTRAENTES, relativamente à


constituição e ao desenvolvimento da atividade da SOCIEDADE, e que sejam
expressamente e por escrito identificadas como tal pela PARTE emissora, são
de natureza confidencial e só poderão ser utilizadas para os fins de
constituição e de desenvolvimento da atividade da SOCIEDADE e não
podendo ser reveladas a terceiros sem o prévio consentimento por escrito da
outra PARTE.

16.2. Cada CONTRAENTE deve assegurar que os seus empregados e


colaboradores respeitem a obrigação de confidencialidade prevista no número
anterior, não fazendo qualquer tipo de uso das informações confidenciais nem
as revelar a terceiros sem o devido consentimento por escrito da outra
PARTE.

16.3. Excetuam-se do disposto nos números 1 e 2 supra a informação:


a. Cuja divulgação tenha sido expressamente autorizada pela
CONTRAENTE, titular da informação, nos termos previstos no presente
contrato;
b. Que até ao momento da divulgação tiver sido publicado, tornado público
ou que, de outra forma não pode ignorar-se pertencer ao domínio público;
c. Que seja legitimamente obtida de um terceiro não vinculado por
compromisso de confidencialidade a qualquer uma das CONTRAENTES,
desde que esse terceiro tenha o direito de fornecer essa informação e que
a mesma não tenha sido obtida por este, direta ou indiretamente, da
CONTRAENTE titular da informação sob condição de confidencialidade; e
d. Que se torne público após a divulgação ou pertencente ao domínio
público por motivo não imputável a nenhuma das CONTRAENTES a título
de dolo ou negligência.

16.4. As obrigações de confidencialidade, nos termos do disposto nesta cláusula,


manter-se-ão em vigor, durante um período de 5 (cinco) anos após a
cessação, por qualquer causa, deste ACORDO.

16.5. Cada um dos SÓCIOS compromete-se a impor as mesmas obrigações de


confidencialidade previstas nesta cláusula 1 6 às suas Filiais e a quaisquer
terceiros que colaborem nas suas atividades e que possam ter acesso a
informações trocadas no âmbito da constituição e de desenvolvimento da
atividade da SOCIEDADE durante a vigência do presente ACORDO.

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16.6. Nenhum SÓCIO fará qualquer comunicado ou anúncio público relativo a


qualquer aspeto deste ACORDO sem primeiro obter o acordo do outro SÓCIO
relativamente ao texto do comunicado ou anúncio.

17. DURAÇÃO E CESSAÇÃO

Este ACORDO vigorará desde … e permanecerá em vigor enquanto a SOCIEDADE


exerça atividade, salvo no que respeita:
a. às obrigações que ainda não tenham sido integralmente cumpridas nessa data,
b. à obrigação de confidencialidade que se manterá em vigor por um período de 5
(cinco) anos após a data da cessação e
c. ao dever de indemnizar que resulte de incumprimento de qualquer uma das
obrigações estabelecidas neste ACORDO se a violação tiver sido anterior à data
da cessação.

18. ALTERAÇÕES

Este ACORDO não pode ser alterado ou modificado sem o acordo escrito assinado
por cada PARTE ou por um representante legalmente autorizado para o efeito por
cada PARTE.

19. NOTIFICAÇÕES E COMUNICAÇÕES

19.1. Todas as notificações e comunicações a qualquer SÓCIO que sejam exigidas


ou permitidas ao abrigo deste ACORDO deverão ser efetuadas por escrito e
enviadas para os seguintes endereços ou endereços de e-mail:
a. NOME
Representante: …
Email: …
Endereço: …

b. NOME
Representante: …
Email: …
Endereço: …

19.2. Qualquer notificação ou comunicação produzirá efeitos:


a. Se efetuada por correio, na data de entrega, salvo se entregue depois das
16 horas, caso em que produzirá efeitos às 10 horas do dia útil
seguinte; e
b. Se efetuada por email, com aviso de receção, na data de receção.

19.3. Cada SÓCIO deverá notificar prontamente o outro SÓCIO de qualquer


modificação nos seus contatos.

20. LEI APLICÁVEL

20.1. O presente ACORDO é submetido à Lei Portuguesa e em tudo o que o


presente ACORDO for omisso, reger-se-á pela legislação e regulamentação
em vigor.

20.2. Para a resolução de qualquer litígio emergente do presente ACORDO, as


CONTRAENTES atribuem competência exclusiva ao Foro da Comarca de
Lisboa, com expressa renúncia a qualquer outro.

20.3. Os custos de qualquer procedimento de acordo com a cláusula 20.2


deverão ser suportados por cada uma das CONTRAENTES em litígio na
parte que lhes couber.

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21. DISPOSIÇÕES FINAIS

21.1. Salvo o que foi previsto expressamente neste ACORDO, em caso de


conflito entre este ACORDO e os ESTATUTOS da SOCIEDADE, este
ACORDO prevalece para todas as PARTES. As PARTES acordam
reciprocamente que, se tal for solicitado pela outra PARTE, exercerão todos
os direitos que tenham na qualidade de SÓCIO da SOCIEDADE para
aprovar todas as modificações aos ESTATUTOS da SOCIEDADE que
forem necessárias para eliminar qualquer conflito.

21.2. A invalidade ou inexequibilidade de qualquer disposição deste ACORDO


não deverá afetar as restantes disposições do presente ACORDO, sendo
intenção das PARTES que todos os direitos e obrigações das PARTES
sejam eficazes na máxima extensão permitida por lei. Se qualquer
disposição deste ACORDO for considerada, por qualquer tribunal ou órgão
administrativo competente, inválida ou inexequível, tal invalidade ou
inexequibilidade não afetará as restantes disposições do presente ACORDO,
que permanecerão em vigor e a produzir efeitos. A disposição afetada será
substituída por outra que, de acordo com a legislação aplicável, se aproxime
o máximo possível da vontade inicial das PARTES.

21.3. O imposto de selo ou outras taxas que sejam devidas relativamente a este
ACORDO deverão ser pagas pelas PARTES, ao abrigo das disposições
legais aplicáveis.

PELAS CONTRAENTES FOI DITO QUE ACEITAM O PRESENTE ACORDO COM TODAS AS
SUAS CLÁUSULAS, DE QUE TÊM PLENO CONHECIMENTO E A CUJO CUMPRIMENTO SE
OBRIGAM NOS PRECISOS TERMOS EM QUE AS MESMAS SE ENCONTRAM REDIGIDAS,
SUBSTITUINDO O MESMO, QUANTO ÀS MATÉRIAS NELE PREVISTAS, TODAS AS
NEGOCIAÇÕES E CONTACTOS PRÉVIOS ESTABELECIDOS ENTRE SI.

O PRESENTE CONTRATO VAI FEITO EM DUPLICADO.

LISBOA, 13 DE JANEIRO DE 2020.

PELA PRIMEIRA CONTRAENTE,

____________________________________________
NOME
CARGO

PELA SEGUNDA CONTRAENTE,

____________________________________________
NOME
CARGO

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