HIDROPONIA

PROFESSOR:ISMAEL DE JESUS MATOS VIÉGAS

• Hidroponia - Termo proposto
por William F. Geriche em 1930,
deriva de duas palavras gregas,
Hidro - água e ponos – trabalho.

• Cultivo em solução nutritiva,

sem o uso do solo.

• Inicialmente – Voltada para a

pesquisa- estudos de
essencialidade dos elementos
minerais e da nutrição de
plantas.
 O Cultivo de planta por hidroponia- Avanço
tecnológico à disposição de grandes produtores,
pode ser utilizado nas pequenas propriedades
agrícolas, sítios ou chácaras, e em terrenos
localizados nos centros urbanos.
 A hidroponia - Técnica que causa menores
impactos ambientais, e que pode diminuir
práticas insustentáveis.
 Auxilia na sustentabilidade ecológica,
considerando-se a racionalização na utilização
dos recursos e insumos.
 A hidroponia- Cultivo de hortaliças, plantas
ornamentais (flores) e medicinais.

 Utilizada como lazer e fins terapêuticos por

algumas instituições.

 Pesquisas em nutrição.

 No Brasil e no Estado do Pará- cultura da alface

é a mais plantada.
• SÉCULO XVII (1699) → inglês John Woodward →
cultivo de menta em meio líquido proveniente de
diferentes fontes;
• INÍCIO DO SÉCULO XIX (1804) → Nicholas
Théodore De Saussure → 1º a usar solução
nutritiva de concentração inicial conhecida;
• 1860 → Julius Von Sachs → 1º a publicar uma
fórmula padrão;
• INÍCIO DO SÉCULO XX (1930) → Prof. William F.
Geriche da Univ. da Califórnia → aplicação da
hidroponia em escala comercial.
  METADE DO SÉCULO XX ( 1950) →
Dennis Robert Hoagland e Daniel I. Arnon
Solução 1 : nitrato (NO3-)
Solução 2 : fonte nítrica (NO3-) e uma amoniacal
(NH4+), tamponada.
 Em 1957 → C.M. Johnson, P.P. Stout, T.C. Broyer e
A.B. Carlton → Solução 2, relação entre amônio
(NH4+) e nitrato (NO3-) ser de 1:7, pH ~ 5.
 BRASIL – Década de 90 → Iniciou em São Paulo

 PARÁ – 1994 → na colônia do Apeú (Castanhal),

atualmente concentra-se em Ananindeua, Marituba,
Benevides, Santa Isabel, Castanhal, Altamira,
Marabá e Santarém.
Água de boa Conhecimento
qualidade técnico

Produtor

Mercado
consumidor
 HIDROPONIA
Vantagens
1.Menos trabalho operacional;
2.Elimina o preparo do solo;
3.Reutilização do meio de
cultura;
4.Aumento da produção, melhor
qualidade e colheita precoce;
5.Menor consumo de água e
nutrientes;
6.Plantas uniformes quanto ao
desenvolvimento;
7. Menor incidência de pragas e
doenças
8.Maior aproveitamento da área
agrícola e cultivo durante todo o
ano;
9.Imune a diversidade climática
Desvantagens
1.Custo inicial de instalação
elevado;
2.Risco de perdas pela falta de
energia sistemas automáticos;
3.Balanço inadequado
sol.nutritiva;
4.Necessidade suporte às raízes e
estruturas aéreas;
5.Contaminação da água afeta
todo o sistema;
6.Boa drenagem para não haver
morte das raízes;
7.Exige habilidade técnica, mão
de obra especializada.
8.Fácil disseminação de
patógenos
9.Requer rotina regulares
 PRINCIPAIS SISTEMAS USADOS EM
CULTIVOS HIDROPÔNICOS
•NFT - as raízes das plantas são imersas em
solução formada por água e nutrientes,
denominada NFT (Técnica do Fluxo Laminar de
Nutrientes)
•AEROPONIA – sistema em que as raízes ficam
suspensas recebendo água e nutrientes por
atomizadores;
•SISTEMA DFT (Desp film technique) ou cultivo na
água ou “floating”;
•SISTEMAS EM SUBSTRATOS: areia em regiões
desérticas partículas possuem diâmetro entre 0,6
e 2,0 mm;
QUARTZO MOÍDO (SÍLICA)
 CACOS DE PORCELANA

Fonte; Monteiro et al.

 ESPUMA FENÓLICA

Fonte : Monteiro et al.

 NFT

CASA SISTEMA
BANCADAS
DE HIDRÁULICO
DE CULTIVO
VEGETAÇÃO

RESERVATÓRIO,
ARCO, CAPELA TUBULAÇÕES
E LONDRINA E CONJUNTO
MOTOBOMBA

TIMER
• Canais com declividade de
2 a 4%, por onde circula a
solução nutritiva por
gravidade

• Tubos de polipropileno ou
PVC de 75 ou 100mm
inteiros ou cortados ao
meio

• Bancadas muito longa

devem ser evitadas, 12 a
30m. Pois pode ocorrer
redução da concentração
de nutrientes e de oxigênio
para as plantas.
 CULTIVO NA ÁGUA OU “FLOATING”
(DFT)
A solução nutritiva forma uma lâmina
profunda (5 a 20 cm) na qual as raízes ficam
submersas.
Mesas planas dão suporte às plantas.
 PREPARO E USO DA SOLUÇÃO NUTRITIVA
Pesquisa: Destilada e/ou deionizada;
Uso
Comercial: Potável ou tratada
da Água: Qualidade:pH 6,5;CEm/Scm <0,75; Cl 1,14 m mol.L-1

Ordem de adição
1- Macros sem Ca;
2- Sais de Ca;
3- Micros sem Fe;
4- Fonte de Fe(Fe – EDTA )
5- Demais nutrientes
6-Ajustar valor pH e determinar a CE.
 Composição de alguns adubos empregados
em hidroponia (Macronutrientes):
 Composição de alguns adubos empregados
em hidroponia (Micronutrientes)
ETAPAS DO PREPARO DE SOLUÇÕES
 MANEJO DA SOLUÇÃO NUTRITIVA

pH: 5,5-6,5

 Fonte dos nutrientes

CE: 1,5 à 4,0 mS/cm (1 mS/cm=640ppm de
nutrientes)

 Pressão Osmótica: 0,5-1,0 atm

 Temperatura: 18-24oC (verão)
ou 10-16oC (inverno)

 Oxigenação:arroz 3 mgL-1 ;tomateiro 16mgL-1

 Quantidade de solução: 1-2 L/planta
MANEJO DA SOLUÇÃO NUTRITIVA

 Concentração: 100% (sem diluição):

inverno e/ou produção final; e 50% no
crescimento inicial;

 Reposição dos nutrientes:

análise química semanal ou CE atingir 50%
da inicial, repondo com solução a 50% da
inicial
 Pode se tornar tóxico

 Aumento da exigência quanto a qualidade das

hortaliças( atributos não sensoriais- nitrato).
 Hortaliças- 70% da ingestão diária de nitrato (
Somogyi, 1988)
 Dúvidas à respeito do produto hidropônico.
 Fatores que influenciam o acúmulo de nitrato
 a-Excesso de absorção de N, soluções nutritivas ricas
em nitrato
 b-Caráter genético, baixa intensidade luminosa,
temperatura, sistema de cultivo, idade da planta e
hora da colheita-NFT à noite circulação por 15minutos
em intervalos 3h,nitrato é baixo, colher pela manhã.
 NITRATO
 Limites máximos de nitrato ( Comunidade
européia)- não estão bem definidos e são
divergentes entre autores e países.

 Organização Mundial para a Agricultura e

Alimentação ( FAO) e a Organização Mundial de
Saúde ( OMS)- admissível a dose diária de 363
mg do íon nitrato e 0,133 do íon nitrito.

 Dose tóxica 0,7 a 1 g de nitrato adulto 70 kg,

crianças menos 10% deste valor.

 Como reduzir o acúmulo de nitrato?

 -diluição da solução nutritiva próxima a colheita,
substituição por sulfato de amonio ,<15% de N
total
Médias seguidas por letras maiúsculas iguais nas colunas e minúsculas nas linhas não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey
Fonte :Silva( 2009)
Tubulações suspensas por suportes de
madeira e uso do sombrite e exaustores.
Investimento
ESTIMATIVA PAR A MONTAGEM PROJETO HIDROPÔNICO DE PEQUENO
PORTE, PRODUÇÃO DE 30.000 PÉS DE ALFACE.

 INVESTIMENTO INICIAL DE CERCA DE R$ 82 MIL PARA FAZER FRENTE

AOS SEGUINTES ITENS DE INVESTIMENTO:

1-PREPARAÇÃO DO TERRENO, LIMPEZA, TERRAPLANAGENS E

ESTRUTURA GERAL DA CASA DE VEGETAÇÃO – R$ 35.000,00;

2-INSTALAÇÕES DE ÁGUA E ENERGIA ELÉTRICA – R$ 18.000,00;

3-EQUIPAMENTOS, PERFIS, BANCADAS – R$ 5.000,00;

4-SEMENTES E INSUMOS – R$ 3.000,00;

5- DESPESAS DE REGISTRO DA EMPRESA, HONORÁRIOS PROFISSIONAIS,

TAXAS ETC. – R$ 2.000,00;

6- INSTALAÇÃO DO ESCRITÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – R$ 4.000,00;

7- CAPITAL DE GIRO PARA SUPORTAR O NEGÓCIO NOS PRIMEIROS MESES
DE ATIVIDADE – R$ 15.000,00.
 CUSTOS

ESTIMATIVA DE PROJETO DE HIDROPONIA PARA A PRODUÇÃO DE

30.000 PÉS DE ALFACE TENHA CUSTOS MENSAIS EM TORNO DE
R$ 9.000,00,

ALOCADOSNOS SEGUINTES ITENS:

1. SALÁRIOS, COMISSÕES E ENCARGOS; 2. TRIBUTOS; 3.

ALUGUEL – SE HOUVER; 4. ÁGUA E ENERGIA ELÉTRICA; 5.
AQUISIÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA E INSUMOS (SEMENTES,
SOLUÇÃO NUTRITIVA, ETC); 6. DESPESAS COM
ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE; 7. MANUTENÇÃO E
SUBSTITUIÇÃO DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS. 8.
ASSESSORIA CONTÁBIL; 9. PROPAGANDA E PUBLICIDADE DA
EMPRESA

FONTE:SEBRAE
Fonte :Silva( 2009)
 Avaliação de cultivares de alface em duas
concentrações de solução nutritiva sistema NFT

Fonte: Alfama (2008)

Avaliação de soluções nutritivas em plantas de Heliconia
psittacorum cv. Golden Torch
Waard Hogland Dufour B.Jones

3,5

3
CE (mS/cm)

2,5

1,5
1
0,5

0
05

05

05

05

05

05

05
20

20

20

20

20

20

20
/

/
/3

/3

/3

/3

/3

/3

/3
11

13

15

17

19

21

23
dias

Fonte:Batista (2006)

Hoagland & Arnon e Bole Jones – 8 dias; Waard – 7 dias eDufour

– 4 dias
Hoagland e Arnon (2112 mg/ kg de sais )> Waard (1408) > Bolle –
Jones (1152) > Dufour et al. (768)
 4
25

P (g/Kg)
20

N (g/Kg)
15 2
10
1
5
0
0 B. Jones Duf our Hoagland Waar d
B. Jones Duf our Hoagland Waar d
Tr a t a me nt os
Tr a t a me nt os

25,00 15

20,00

Ca (g/Kg)
K (g/ Kg)

10
15,00

10,00 5

5,00
0
0,00
B. Jones Duf our Hoagland Waar d
B. Jones Duf our Hoagland Waar d
Tr a t a me nt os
Tr a t a me nt os

4 7
6
Mg (g/ Kg)

S (g/ Kg)
5
4
2
3

1 2
1
0 0
B. Jones Duf our Hoagland Waar d B. Jones Duf our Hoagland Waar d

Tr a t a me nt os Tr a t a me nt os

Teor foliar de macronutrientes em Helicônia psittacorum em função

dos Legenda:
tratamentos comparada com a faixa adequada recomendada por Mills
e Jones Jr (1996).
 Outras pesquisas com hidroponia
realizadas no Estado do Pará

Caracterização de sintomas de deficiência em

nutrientes: plantas ornamentais tropicais (alpinia,
bastão-do-imperador, zingiber, helicônia), fruteiras
(açaizeiro, cupuaçuzeiro, camucamuzeiro,
mangostanzeiro, gravioleira),plantas medicinais (quina,
jaborandi, ipeca), pimenteira-do-reino, seringueira),
mogno, teca, taxi, juta, malva e outras)
Referências bibliográficas
BERNARDES, L. J. L. Hidroponia – Alface – Uma história de sucesso. São
Paulo, 1997.
ALFAMA, P.J.B. da C. Avaliação de cultivares de alface conduzidas em
hidroponia NFT, submetidas a soluções nutritivas.(Dissertação de Mestrado em
Agronomia).145p.UFRA, 2008.
BATISTA, K.T. Avaliação de soluções nutritivas em plantas de Heliconia
psittacorum L x Heliconia spathocircinata Arist c.v Golden Torch. Monografia
(Especialização em Floricultura como Empreendimento) Universidade do Estado
do Pará, Centro de Ciências Naturais e Tecnologia, 45p.2006.
BOLLE–JONES, E. W. Nutrition of (Hevea brasiliensis) II. Effects of nutrient
deficiencies on growth, chlorophyll, rubber and contents of Tjirandji seedlings.
Journal of Rubber Research Institute of Malaya, v. 14, p. 209, 1954.
DUFOUR, F.; QUENCEZ, P.; SCHMITT, G. Tecnique de culture en solutions
nutritives du palmier à huile et du cocotier. Oléagineux, v. 33, p. 485- 490, 1978.
FAQUIN, V.; FURTINI NETO, A. E.; VILELA, L. A. A. Produção de Alface em
hidroponia. DCS – UFLA, LAVRAS, MG, 1996.
 Referências bibliográficas

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without soils. Berkeley: California Agricultural Experimental Station, 1950. 347 p.
JENSEN, M.H.;COLLINS, W.L. Hidroponic vegetal production.Horticultural
Reviews, v.7, p. 484-555, 1985.
MALAVOLTA, E.;VITTI, G.C.; OLIVEIRA, S.A.Avaliação do estado nutricional
das plantas;princípios e aplicações. 2ed. Piracicaba: POTAFOS, 1997. 31p.
MARTINEZ, E. P., SILVA FILHO, J. B da. Introdução ao cultivo hidropônico de
plantas. 2 Edição Editora UFV, 2004.
MELLO, P.R. de. Nutrição de plantas.São Paulo:Editora UNESP, 407p. 2008.
Mills, H. A. and Jones Jr., J. B. 1996. Plant Analysis Handbook II. Micromacro
Publishing, Athens, Greece, 422 p.
SILVA, S.P. da .Crescimento de plantas e concentração de nitrato em alface
hidropônica em função do fator genético, ambiente de cultivo e horário de
colheita.(Dissertação Mestrado em Agronomia).97p.UFRA, 2009.
TEIXEIRA, N. T. HIDROPONIA – Uma alternativa para pequenas áreas. 1996.
WAARD, P. W. F. de. Foliar diagnosis, nutrition and yield stability of black pepper
(Piper nigrum L.) in Sarawak. Department of agricultural research of the royal
tropical institute, Amsterdam, 1969.