A violência de gênero é caracterizada por uma motivação sexista, que, em sua
maioria, faz de alvo as mulheres, cis e trans, e está enraizada na sociedade
brasileira. Ela torna a complexidade da vida delas mais elevada, fazendo com que a disparidade dentre os sexos piore. Por consequência, as vítimas dos abusos sofrem uma instabilidade física e psicológica, o que pode gerar diversas consequências negativas durante a vida. Em um levantamento do Ministério da Saúde foi demonstrado que a cada quatro minutos uma mulher é agredida por um homem e que a cada oito horas uma é morta, no Brasil. Tendo a maioria das vítimas dessa violência como sendo mulheres negras de baixa renda, é mostrado que há, também, um fator racial nas relações de violência de gênero. Outra realidade muito comum é a violência física nos domicílios, uma pesquisa do DataSenado de 2013 evidenciou que 1 a cada 5 mulheres já sofreram desse tipo de agressão vinda do parceiro. Uma pergunta possível seria: “mas por que, então, que as mulheres se sujeitam a viver em relações violentas?”. Uma das possibilidades é a dependência financeira, que impede que as mulheres simplesmente se estruturem longe dos agressores. Outra questão é o abuso moral — presente em muitos casos de violência de gênero —, que fragiliza essas mulheres a ponto de inibir possíveis reações. Por outro lado, existem algumas leis e instituições que auxiliam as vítimas de tais agressões, como a lei Maria da Penha, que pune os agressores e a lei do Feminicídio, que aumenta a pena de homicídios para vítimas mulheres. Alguns exemplos de ONGs que procuram ajudar as mulheres em situação de violência são: Associação Fala Mulher que ajuda psicológica e juridicamente. Para concluir, é preciso ter em mente que a violência de gênero é um fator que degrada a condição física, mental e social das mulheres. Ela parte, muitas vezes, do parceiro da vítima ou de algum superior hierárquico. E existem diversas iniciativas para combatê-la, partindo ou não do Estado.