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BARRAGEM BOA VISTA

PATROCÍNIO - MG

Nº. CLIENTE FOLHA


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RELATÓRIO TÉCNICO DE COMPILAÇÃO DAS
DIRETRIZES TÉCNICAS Nº V&C REV.
RELATÓRIO TÉCNICO VC-2022-021-GE-RTE-0003 0

Ressalta-se que no contato entre o dreno de pé e o aterro, deverá ser empregado geotêxtil
não tecido com gramatura mínima de 500 g/m², visando evitar a sua colmatação dos drenos.

11.0 INSTRUMENTAÇÃO E MONITORAMENTO

É proposto um plano de monitoramento para a barragem de regularização de vazão que


deverá dispor de instrumentos destinados ao monitoramento da percolação de água,
movimentação e deformação do maciço e estabilidade geotécnica da estrutura, além de
inspeção visual periódica.

O plano de monitoramento da estrutura implicará na instalação de instrumentos específicos


ao longo de seu comprimento, na aquisição controlada dos registros, avaliação sistemática e
contínua dos dados coletados, e verificação da concordância com os modelos computacionais
de análise.

O plano de monitoramento geotécnico das estruturas do barramento abrange a instalação de


piezômetros de Casagrande , medidor de vazão e marcos
topográficos superficiais. No desenho VC-2022-021-GT-DWG-0002, são apresentados os
detalhes da instalação. A Tabela 11.1, por sua vez, traz o quantitativo dos equipamentos
propostos e a Figura 11.1, suas locações em planta.

Tabela 11.1 Instrumentação Proposta para a barragem Boa Vista.


Total de
Cota de Cota de Profundidade
Identificação Instrumento novos
topo (m) fundo (m) (m)
Instrumentos
PZ-01 1038,0 1021,0 17,0
PZ-02 1038,0 1005,0 33,0
PZ-03 1038,0 1021,0 17,0
PZ-04 Piezômetro de Casagrande 1029,0 1019,0 10,0 7
PZ-05 1029,0 1005,0 24,0
PZ-06 1029,0 1021,0 8,0
PZ-07 1020,0 1005,0 15,0
INA-01 1039,0 1007,0 32,0
INA-02 1039,0 1023,0 16,0
INA-03 1039,0 1007,0 32,0
6
INA-04 1039,0 1023,0 16,0
INA-05 1030,0 1007,0 23,0
INA-06 1021,0 1007,0 14,0
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Total de
Cota de Cota de Profundidade
Identificação Instrumento novos
topo (m) fundo (m) (m)
Instrumentos
MT-01 1038,2 1036,5 1,7
MT-02 1038,2 1036,5 1,7
MT-03 1038,2 1036,5 1,7
Marco Topográfico 6
MT-04 1029,2 1027,5 1,7
MT-05 1029,2 1027,5 1,7
MT-06 1029,2 1027,5 1,7
MV-01 Medidor de vazão 1010,2 1009,0 1,2 1

Figura 11.1 Localização das instrumentações no barramento.

4 instrumentos foram locados, sendo 3 deles a jusante do filtro vertical. Na primeira e segunda
berma, colocou-se 1 instrumento próximo ao tapete drenante.

Para os piezômetros, adotou-se 3 instrumentos na crista, 3 na primeira berma e 1 na segunda.


Ressalta-se que, na crista, eles foram postos a jusante do filtro vertical e, devido ao material
solto identificado na ombreira esquerda do maciço, locou-se um dos instrumentos no local,
uma vez que essa pode ser uma área preferencial de geração de poropressão.
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Tal qual ocorreu para os instrumentos supracitados, os marcos topográficos foram dispostos
na crista, na primeira e na segunda berma. Para estes, adotou-se 3 instrumentos, 2
instrumentos 1 instrumento, respectivamente.

O medidor de vazão, por sua vez, foi locado na saída do dreno de pé, de modo a mensurar a
vazão de água percolada pelo maciço.

Além da instalação dos instrumentos é importante que se faça a manutenção, principalmente


na tentativa de preservar à sua integridade física, identificação, condições satisfatórias de
acessos para leitura e ainda dificultar danos ocasionados por vandalismo.

As inspeções locais das estruturas deverão ser realizadas periodicamente em função da


categoria de risco da estrutura e abrangerão a verificação dos seguintes pontos:
Condições geométricas dos taludes e bermas;
Existências de trincas, deslizamentos e depressões nos taludes e bermas;
Surgências de água nas superfícies dos taludes com carreamento de finos;
Identificação da existência de processos erosivos na superfície dos taludes;
Deformações ou qualquer outro indicativo de instabilidade do sistema;
Verificação das estruturas de drenagem, buscando identificar processos erosivos,
pontos de assoreamento, pontos com possível deficiência no revestimento e ou trinca
nas canaletas;
Condição do revestimento vegetal dos taludes, presença de árvores, presença de toca
de animais;
Inspeção nas saídas dos drenos de fundo das pilhas.

O plano de instrumentação e monitoramento deverá ser complementado pela elaboração da


carta de risco bem como do manual de operações dessa estrutura.

12.0 CONCLUSÕES

A VEC elaborou as diretrizes de projeto da barragem Boa Vista de armazenamento de água,


de propriedade da DATERRA, considerando a demanda de água necessária a ser suprida
quando do cafezal.

A construção dos aterros da estrutura deverá ser realizada com argila selecionada, de modo
que se garanta a permeabilidade mínima especificada neste documento. Recomenda-se que
a compactação do material seja realizada com equipamento adequado, tal que permita o seu
controle, atingindo, no mínimo, 98% do GC do material a ser disposto.

Ressalta-se que os dimensionamentos apresentados neste documento constituem as


diretrizes de projeto, uma vez que, quando da elaboração, já havia se iniciado a obra no local
com, inclusive, execução do tratamento de fundação. Desta forma, o projeto realizado pela
VEC teve que se adequar ao que já estava sendo realizado. Ademais, as estruturas de
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drenagem interna adequaram-se ao que foi requisitado pela DATERRA, sendo necessário, a
alteração do projeto inicialmente proposto.

Com relação aos materiais utilizados, ressalta-se que as faixas granulométricas devem ser
fielmente atendidas, para que o fluxo de água ocorre tal como projetado.

Por fim, chama-se atenção que em qualquer condição, caso alguma das premissas
apresentadas neste documento seja alterada, os dimensionamentos geotécnico e hidráulico
deverão ser reavaliados, promovendo, caso necessário, a adequação do projeto às novas
condições.

A VEC recomenda a realização do


existentes na região, com medição de suas vazões além da realização do monitoramento dos
, a fim de monitorar
eventuais impactos ambientais gerados pela instalação do empreendimento.

13.0 REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO. Diretoria Colegiada da Agência Nacional de


Mineração. Resolução n° 95/2022, de 07 de fevereiro de 2022. Consolida os atos normativos
que dispõem sobre a segurança de barragens de mineração. Disponível em:
https://www.gov.br/anm/pt-br/assuntos/noticias/veja-o-que-muda-com-a-resolucao-anm-
ndeg-95-2022/resolucao_anm_no95-1.pdf/view. Acesso em: 31 out. 2022.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13028:2006. Mineração


Elaboração e apresentação de projeto de barragens para disposição de resíduos, contenção
de sedimentos e reservação de água. Rio de Janeiro: ABNT, 2006. 6 p.

CRUZ, P. T. 100 Barragens Brasileiras Casos Históricos, Materiais de Construção e Projeto.


Oficina de Textos, 2ª edição, São Paulo, SP, 1996, 537p.

SALIBA, A.P.M.; GIMENES, E.A; MAFRA, J.M.Q.; RESENDE, M.F. Metodologia para
dimensionamento de drenos de fundo de pilhas de estéril. Cobramseg, 2010.

TUCCI, C. E. M. Hidrologia, Ciência e Aplicação. Porto Alegre: Ed. Universidade-UFRGS-


ABRH, 2002, 939 p.
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ANEXOS

ANEXO A BOLETIM DE SONDAGENS


DISPONIBILIZADOS
Formato: ZIP
(6 arquivos)

ANEXO B ENSAIOS DE PERMEABILIDADE


DISPONIBILIZADOS
ENSAIOS DE PERMEABILIDADE.zip Formato: ZIP
(17 arquivos)

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