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variáveis
bioperacionais em jogadores armadores de
basquetebol
Estimulación cortical: efectos agudos sobre la variables bioperacionales en
jugadores armadores de baloncesto
Cortical stimulation: acute effects on variables in bioperational owners of basketball
players
Introdução
Rose Jr, Tavares e Gitti11 destacam que no basquetebol há três posições específicas e
relacionadas às definições armador, lateral ou ala e pivô. Níveis diferenciados de competência
são requeridos para jogadores que ocupam estas posições, sendo que, os armadores são,
possivelmente, os que mais dependem de uma boa competência bioperacional de como, onde e
quando agir.
A potencialização cerebral por estímulos fóticos e auditivos pode ser uma forma alternativa
de treinamento mental ou neurogênico a auxiliar na maximização da performance desportiva.
Recentes estudos nesta linha12,13,14,15 estabelecem vieses que definem a adequação deste
tipo de treinamento em uma série de tarefas de aprendizagem e performance motora.
O córtex cerebral é farto de ritmos elétricos. Estes ritmos precisam de um estado adequado
de balanceamento. Tal balanceamento qualifica o cérebro para um melhor desempenho
bioperacional. Brady e Stevens16 ratificam a grande importância de um ótimo balanceamento
hemisférico para que o cérebro possa ser eficiente em suas variadas funções. Estes autores16
afirmam que a potencialização cerebral, com batidas bineurais induzidas à estruturação e
equalização da onda theta adequada à manutenção da atenção e do foco na realização de
tarefas, pode favorecer a aprendizagem e a performance. O ponto fucral dos benefícios deste
tipo de estimulação se estabelece sob o fato de ter ela a propriedade de promover uma melhor
equalização entre os hemisférios cerebrais, condição que facilita eventos de percepção,
memorização e atenção.
Amostra
Instrumentação
Procedimentos
Análise estatística
Os dados oriundos dos procedimentos descritos acima foram analisados no
programaSPSS® Statistics 17.0 for Windowns, para a qual foram utilizadas
ferramentas descritivas média, desvio padrão, mínimo e máximo. Para a
verificação de normalidade dos dados, os escores de cada variável observada
neste estudo foram analisados pelo teste Shapiro-Wilk (SW)21. Enquanto que
para a estatística inferencial utilizou-se um instrumento paramétrico, teste “t”
sobre amostras pareadas, admitindo-se um “p” referência no valor <0.05.
Resultados
A Tabela 2, logo abaixo, mostra os resultados dos escores obtidos pelo grupo de armadores
de basquetebol selecionados para esse estudo. Os dados se referem às condições antes da
estimulação cerebral (pré-testes) e depois da mesma (pós-testes).
Na Tabela 3 são apresentados os dados inferências que podem ser feitos relativos aos testes
bioperacionais, antes da estimulação cerebral (pré-testes) e depois da mesma (pós-testes) nos
atletas armadores de basquetebol. Das inferências realizadas nos testes bioperacionais nos
momentos pré e pós-testes, somente na T2 percepção cinestésica, verificou-se diferença
significativa entre as comparações (p<0,05).
Discussão
A análise destes dados revelou interação entre momentos pré e pós-estimulação cerebral dos
indivíduos do grupo. Contudo, ao observar a Tabela 3 pode-se constatar que somente a
variável bioperacional percepção cinestésica (T2) apresentou resultado estatísticamente
significativo (p<0.05).
Apesar dos estudos citados não apontarem a percepção cinestésica e sua otimização sob
efeito da estimulação cerebral no incremento da performance e da aprendizagem, alguns
autores9,22,23,24, estudiosos no assunto afirmam que esta competência é de suma
importância ao ótimo desempenho em desportos de contato corporal, principalmente naqueles
como o basquetebol e o futebol em que a bola aparece como mais um fator de demanda
bioperacional.
Nos jogos com bola, em especial o basquetebol, a percepção cinestésica é uma das
competências que mais se destaca, pois se trata da habilidade de usar a coordenação motora
(grossa ou fina) no controle dos movimentos do corpo, na resolução de problemas e na criação
de movimentos e na manipulação de objetos com destreza e extrema competência; em relação
ao seu próprio corpo, em relação ao objeto (bola) e as demandas do ambiente onde acontece o
jogo25. Esta forma de inteligência também é considerada uma das mais importantes para
atletas, sejam eles praticantes de desportos individuais e coletivos, com contato corporal ou
não26,27. Contudo, nos desportos de contato corporal esta forma de inteligência parece ser
mais presente e determinante para uma boa performance28,9,23.
Em estudo realizado por Okazaki et al26, alguns resultados ficaram evidenciados e
apontaram para os jogadores armadores como os que são os que mais utilizam as técnicas de
dribles e passes. A aprendizagem e a ótima execução desses fundamentos dependem de uma
ótima percepção cinestésica, como por exemplo, nas antecipações e execução dos dribles sem
a o uso da percepção visual. Também são os esses jogadores que apresentam o maior número
de posses, “roubos” e perdas de bola, além de serem os jogadores que mais utilizam à técnica
de arremesso de bandeja, de drible e que executam o maior número de passes no jogo.
Alguns autores como Saad23, Weiss et al25, Okazaki et al26 e Oliveira, Beltrão e Silva28
afirmam que indivíduos considerados exímios atletas, excelentes em suas performances nas
situações de jogo, são normalmente, aqueles que se destacam por suas capacidades de
entendimento (competência cognitiva) de aonde, como e quando utilizar exatamente as
técnicas inerentes à performance de um jogo específico.
Neste contexto, o armador de uma equipe de basquetebol, por suas atribuições é o jogador
que deveria reunir os mais altos níveis de aproveitamento dos componentes da
bioperacionalidade, em especial da percepção cinestésica e do tempo de reação motriz.
Portanto é plausível afirmar que o treinamento mental ou bioperacional, por meio da
estimulação cortical, pode ser um grande diferencial na aquisição de uma habilidade motora e
na melhora da performance cognitiva do atleta, já que esta forma de treinamento se ocupa de
aspectos de lógica, abstração e percepção, além de regular as resultantes da produção
bioestrutural1,6.
Em recente estudo feito por Calomeni et al15 sobre os efeitos da potencialização cerebral,
via estimulação fótica e auditiva, também ficou demonstrada a eficácia no auxílio da
aprendizagem por meio da melhora na atenção e na concentração de criança hiperativa. Estes
dados são sustentados por Neto et al31 em que enfatizam o acompanhamento e intervenções
por parte dos profissionais de Educação Física no desenvolvimento mental/motor na melhoria
das tarefas escolares.
Pode-se citar ainda, os resultados obtidos pela equipe de boliche do Brasil, nos Jogos
Panamericanos de 2007 como mais uma forma de avalizar esta forma de treinamento para a
melhora da performance de atletas, em especial, atletas praticantes de desportos com
demandas específicas do compêndio bioperacional14. Os atletas da seleção brasileira de Boliche
utilizaram a estimulação cerebral (áudio visual) como forma de treinamento, inclusive, minutos
antes de começarem suas competições e obtiveram onze medalhas durante os Jogos.
Conclusão
Por esses e por outros resultados encontrados e citados neste estudo, pode-se apontar o
treinamento mental (bioperacional), via estimulação fótica e auditiva, como um promissor
diferencial na performance e na aprendizagem de atletas, diretamente ou por meios auxiliares,
como na melhoria da atenção e da concentração, por exemplo.
Pesquisas semelhantes, mas com amostras diferenciadas, podem servir de sugestão para
futuros estudos que objetivem o aprofundamento nesta linha de treinamento.