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Licenciamento Ambiental

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Licenciamento Ambiental - Definição

Em consonância com a Lei Complementar


Nº 140/11, de 8/12/11, licenciamento
ambiental é o procedimento administrativo
destinado a licenciar atividades ou
empreendimentos utilizadores de recursos
ambientais, efetiva ou potencialmente
poluidores ou capazes, sob qualquer forma,
de causar degradação ambiental.

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Licenciamento Ambiental
Observações

- procedimento no âmbito do executivo

- Relacionado ao Poder de Polícia

- Não se restringe a um simples ato, mas


uma série deles, a fim de verificar se a
atividade está inserida dentro dos
padrões ambientais
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Espécies de Licença
 LP – Licença Prévia – permissão para
viabilizar, fase preliminar do projeto

 LI – Licença de Instalação – início da


implantação, verificando-se se está de acordo
com a licença anterior

 LO – Licença de Operação – autoriza o


funcionamento da atividade, ainda de acordo
com as licenças anteriores

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Inovações da Legislação
Estadual

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Prazos das Licenças Ambientais
 Para a LP – Licença prévia, o prazo mínimo é aquele estabelecido no
cronograma como necessário ao desenvolvimento dos projetos, planos e
programas relativos ao empreendimento, e será no máximo de cinco
anos.

 Para a LI – Licença de instalação, o prazo mínimo será aquele fixado


para a própria instalação do empreendimento, não podendo exceder a
seis anos.

 Tanto a licença prévia, como a licença de instalação poderá ter seus


prazos prorrogados até o limite máximo estabelecido para cada uma
delas.

 Já para a LO – Licença de operação, o prazo varia entre quatro anos,


no mínimo, e dez anos, no máximo, podendo, contudo, serem fixados
prazos específicos, atendendo a peculiaridades do empreendimento.

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Etapas do Licenciamento Ambiental

 I – Definição pelo órgão ambiental competente dos documentos,


projetos e estudos ambientais necessários ao início do processo de
licenciamento;

 II – Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor,


acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais
exigidos, dando-se a devida publicidade;

PEDIDO DE LICENÇA DE OPERAÇÃO


A INDÚSTRIA GOIANA S/A, localizada à rua Portugal nº
02 - Comércio, Goiânia -GO, CGC/MF nº
14.901.903/0001-09, torna público que está requerendo
ao Centro de Recursos Ambientais – CRA a Licença de
Operação para a Unidade produtora de fibras acrílicas,
localizada à rua Oxigênio nº 3.456, Pólo Petroquímico,
Município de Anápolis - GO. Raimundo José de Souza
Neto Diretor Presidente

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Etapas do Licenciamento - continuação

 III – Análise pelo órgão ambiental competente dos documentos, projetos e


estudos apresentados, realizando-se vistoria técnica, quando necessário;

 IV – Solicitação de esclarecimentos pelo órgão ambiental competente;

 V – Realização de audiência pública, quando couber;

 VI – Solicitação de esclarecimentos pelo órgão ambiental competente, em


decorrência da audiência pública, quando couber;

 VII – Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, jurídico;

 VIII – Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, com a devida


publicidade.

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Atividades a Serem Licenciadas
- exemplos Res. 237/CONAMA
 Extração e Tratamento de Minerais
 Indústria de Produtos Minerais não Metálicos
 Indústria Metalúrgica
 Indústria Mecânica
 Indústria de Material Elétrico, Eletrônico e Comunicações
 Indústria de Material de Transporte
 Indústria de Madeira
 Indústria de Papel e Celulose
 Indústria de Borracha
 Indústria de Couros e Peles
 Indústria Química
 Indústria de Produtos de Matéria Plástica
 Indústria Têxtil, de Vestuários, Calçados e Artefatos de Tecidos
 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas
 Obras Civis
 Serviços de Utilidades
 Transporte, Terminais e Depósitos
 Turismo
 Atividades Diversas
 Atividades Agropecuárias
 Uso de Recursos Naturais
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Compete à União
Promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades:

a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país


limítrofe;
b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma
continental ou na zona econômica exclusiva;
c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas;
d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas
pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);
e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;
f) de caráter militar, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças
Armadas;
g) relacionados ao uso de material radioativo; ou
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo.

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Compete ao Estado
Promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos:

Efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma,


de causar degradação ambiental, ressalvado o que for competência da
União e dos Municípios;

Promover o licenciamento ambiental de atividades ou


empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de
conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção
Ambiental (APAs);

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Compete ao Município
 Promover o licenciamento ambiental das atividades ou
empreendimentos:

 a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local,


conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de
Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e
natureza da atividade; ou

 b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município,


exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);

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No Estado do Ceará
Resolução 01/16 do COEMA

Impacto ambiental local qualquer alteração do


meio ambiente, decorrente de atividades,
obras e/ou empreendimentos utilizadores de
recursos ambientais considerados efetiva
e/ou potencialmente poluidores, bem como
capazes sob qualquer forma de causar
degradação ambiental, que manifeste todos
os seus efeitos dentro da extensão territorial
de um único município.
OBSERVAÇÃO
Estado do Ceará
Não são consideradas de impacto ambiental
local, em razão de sua natureza, as
intervenções que:
- realizem lançamento de efluentes em recurso
hídrico que percorra ou se estenda por mais
de um município
- as intervenções em Áreas de Preservação
Permanente.
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No Estado do Ceará
Também não são consideradas de impacto ambiental local as
intervenções a seguir discriminadas, independentemente do
porte e do PPD em que se enquadrem:

I - localizados ou desenvolvidos em dois ou mais municípios;

II - cujas estruturas físicas ultrapassem os limites territoriais


de um município;

III - localizadas em imóveis cujos títulos de propriedade


ultrapassem um ou mais municípios;
Situações Práticas
Posicionamento dos Tribunais
Recife (PE) - Município editou as Leis nº 16.176/96, Lei Municipal de Uso e Ocupação do
Solo do Município do Recife; Lei nº 16.286/97; Lei de Parcelamento do Solo do Município
do Recife

Estabeleceram uma dimensão menor para a área de preservação permanente do que


aquela prescrita pelo art. 2º do Código Florestal no caso das alíneas a, b e c:

"Art. 98. São considerados, ainda, non aedificandi todas as margens de rios e
canais existentes no Município, compreendidas entre os perímetros molhados
em maré alta, em ambos os lados de rios e canais, e a linha paralela a estes
perímetros distante 20m (vinte metros) dos mesmos, bem como a faixa de 50m
(cinqüenta metros) distante dos perímetros molhados nos entornos das
margens de lagos e açudes, conforme vier a ser disciplinadas pelos órgãos
competentes na forma prevista em lei.“

"Art. 49. São faixas non aedificandi para os fins desta Lei:
II - os terrenos localizados nas margens de rios e canais numa faixa de 20,00m
(vinte metros) de largura, compreendidos entre o perímetro molhado em maré
alta e a paralela a este."
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Conclusão
 A fiscalização (autuação) ambiental pode ser feita pelos três entes:
Federal, Estadual e Municipal

 O Estado e o município podem aplicar leis federais

 Todos os entes podem legislar em matéria ambiental

 O município pode e deve legislar em assuntos de interesse local, sem


contrariar normas federais ou estaduais e sempre de forma mais
protecionista em prol do meio ambiente

 Caso duas normas ambientais estejam em conflito prevalecerá a que


for mais benéfica ao meio ambiente

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