Você está na página 1de 60

MANUAL DO PROFESSOR

KAPA

6 Enem
e
Vestibulares
KAPA 6
MANUAL DO PROFESSOR

Matemática
GLENN Albert Jacques van Amson
THIAGO Dutra de Araujo
Direção editorial: Lidiane Vivaldini Olo
Coordenação pedagógica: Fábio Aviles Gouveia
Supervisão da disciplina: Roberto Teixeira Cardoso
Gerência editorial: Bárbara M. de Souza Alves
Coordenação editorial: Adriana Gabriel Cerello
Edição: Cristiane Schlecht (coord.), Tatiana Leite Nunes
e Rodolfo Correia Marinho
Coordenação de produção: Fabiana Manna da Silva (coord.),
Paula P.O.C. Kusznir
Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga
Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Danielle Modesto,
Edilson Moura, Letícia Pieroni, Marília Lima, Marina Saraiva,
Tayra Alfonso, Vanessa Lucena
Edição de arte: Daniel Hisashi Aoki, Flávio Gomes Duarte
Diagramação: Antonio Cesar Decarli, Claudio Alves dos Santos,
Fernando Afonso do Carmo, Guilherme P. S. Filho,
Kleber de Messas, Lívia Vitta Ribeiro, Lourenzo Acunzo,
Luiza Massucato, Marisa Inoue Fugyama
Iconografia: Sílvio Kligin (superv.), Denise Durand Kremer (coord.),
Claudia Bertolazzi, Claudia Cristina Balista, Ellen Colombo Finta,
Fernanda Regina Sales Gomes, Jad Silva, Marcella Doratioto, Roberta
Freire Lacerda Santos, Sara Plaça, Tamires Reis Castillo (pesquisa)
Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin
Licenças e autorizações: Patrícia Eiras
Ilustrações: Julio Dian
Cartografia: Eric Fuzii, Marcelo Seiji Hirata, Márcio Souza
Capa: Daniel Hisashi Aoki
Foto de capa: Vishnevskiy Vasily/Shutterstock
Projeto gráfico de miolo: Daniel Hisashi Aoki
Editoração eletrônica: MRS Consultoria Editorial
Todos os direitos reservados por SOMOS Sistemas de Ensino S.A.
Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro
CEP: 04755-070 – São Paulo – SP
(0xx11) 3273-6000
© SOMOS Sistemas de Ensino S.A.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Van Amson, Glenn Albert Jacques


Pré-vestibular : caderno 4 a 8 : Kapa : matemática (manual do
professor) / Glenn Albert Jacques Van Amson, Thiago Dutra de Araujo.
-- 1. ed. -- São Paulo : SOMOS Sistemas de Ensino, 2016.

1. Matemática (Vestibular) I. Araujo, Thiago Dutra de. II. Título.

16-01490 CDD-378.1662

Índices para catálogo sistemático:


1. Matemática para vestibulares 378.1662
2. Vestibulares : Matemática 378.1662

2019
ISBN 978 85 468 0270-8 (PR)

1a edição
1a impressão

Impressão e acabamento

Uma publicação
PLANOS DE AULA

MATEMÁTICA A (SETOR 1104)


Aulas 41 e 42
Introdução a probabilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Aulas 43 e 44
Regra do “ou” e regra do “e”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Aulas 45 e 46
Ciclo trigonométrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

MATEMÁTICA B (SETOR 1105)


Aulas 41 e 42
Medidas num sistema de coordenadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Aulas 43 e 44
Determinantes e áreas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Aulas 45 e 46
Equação de uma reta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
MATEMÁTICA A Setor 1104

AULAS 41 e 42 INTRODUÇÃO A PROBABILIDADES

OBJETIVO
Apresentar conceitos básicos da teoria das probabilidades.

ENCAMINHAMENTO
Apresente os conceitos de espaço amostral, os eventos e os axiomas da função probabilidade. Explique o que são
eventos equiprováveis, usando os exemplos do Texto teórico. Faça o maior número possível de exercícios.

Exercícios extras

Exercício 1
(Vunesp) Uma loja de departamentos fez uma pesquisa de opinião com 1000 consumidores, para monitorar a quali-
dade de atendimento de seus serviços. Um dos consumidores que opinaram foi sorteado para receber um prêmio pela
participação na pesquisa.
A tabela mostra os resultados percentuais registrados na pesquisa, de acordo com as diferentes categorias tabuladas.
Categorias Percentuais
Ótimo 25
Regular 43
Péssimo 17
Não opinaram 15

Se cada consumidor votou uma única vez, a probabilidade de o consumidor sorteado estar entre os que opinaram e ter
votado na categoria péssimo é, aproximadamente:
a) 20%. c) 26%. e) 23%.
b) 30%. d) 29%.
Resposta: A

Exercício 2
(Vunesp) Renato e Alice fazem parte de um grupo de 8 pessoas que serão colocadas, ao acaso, em fila. Calcule a
probabilidade de haver exatamente 4 pessoas entre Renato e Alice na fila que será formada.
Generalize uma fórmula para o cálculo da probabilidade do problema descrito acima com o mesmo grupo de “8 pes-
soas”, trocando “4 pessoas” por “m pessoas”, em que 1 # m # 6. A probabilidade deverá ser dada em função de m.
Resposta: 3 e 7 − m .
28 28

Exercício 3
(UFU-MG) Existe um grupo de n pessoas trabalhando em um escritório. Sabe-se que existem 780 maneiras de sele-
cionar duas dessas pessoas para compor uma comissão representativa do grupo e a probabilidade de ser selecionado
um homem desse grupo é 0,2 maior do que a probabilidade de escolha de uma mulher.
Elabore e execute um plano de resolução de maneira a determinar:
a) Qual é o valor de n. b) Quantos homens existem no grupo.
Respostas: a) 40; b) 24.

4 Matemática – Manual do Professor KAPA 6


Exercício 4
(UEMG) Em uma empresa, foi feita uma pré-seleção para sorteio de uma viagem. Essa pré-seleção se iniciou com a
distribuição, entre os funcionários, de fichas numeradas de 1 a 23. Em seguida, foram selecionados os funcionários
com as fichas numeradas, de acordo com as seguintes regras:
Fichas com um algarismo: o algarismo tem que ser primo;
Fichas com dois algarismos: a soma dos algarismos deverá ser um número primo.
Após essa pré-seleção, Glorinha foi classificada para o sorteio.
A probabilidade de Glorinha ganhar essa viagem no sorteio é de, aproximadamente:
a) 7%. c) 9%.
b) 8%. d) 10%.
Resposta: C

Exercício 5
(Unicamp-SP) Uma loteria sorteia três números distintos entre doze números possíveis.
a) Para uma aposta em três números, qual é a probabilidade de acerto?
b) Se a aposta em três números custa R$ 2,00, quanto deveria custar uma aposta em cinco números?
Respostas: a) 1 ; b) R$ 20,00.
220

AULAS 43 e 44 REGRA DO “OU” E REGRA DO “E”

OBJETIVOS
Apresentar os casos da soma e do produto de probabilidades.
Apresentar os conceitos de probabilidade condicional e de eventos independentes.

ENCAMINHAMENTO
Use, em aula, o exemplo do Texto teórico que segue a definição de probabilidade condicional. Mostre como a
ocorrência de um evento pode “alterar” o espaço amostral de outro evento.

Exercícios extras

Exercício 1
Abel e Bruno fizeram todas as provas. de um concurso. A probabilidade de Abel passar é 3 e a de Bruno passar é 5 .
4 6
Sucesso ou fracasso de um deles não interfere no resultado do outro. Calcule a probabilidade de:
a) ambos passarem; c) pelo menos um deles passar;
b) nenhum deles passar; d) apenas um deles passar.
5
Respostas: a) ; b) 1 ; c) 23 (complementar do evento em b); d) 1 .
8 24 24 3
Exercício 2
(UPE) Dentre os esportes oferecidos aos estudantes de uma escola com 3 000 alunos, temos o futebol como prefe-
rência, sendo praticado por 600 estudantes; 300 estudantes dessa mesma escola praticam natação, e 100 praticam
ambos os esportes. Selecionando-se um estudante praticante de futebol para uma entrevista, qual é a probabilidade
de ele também praticar natação?
a) 1 . c) 4 . e) 5 .
3 3 6
b) .2 1
d) .
3 6
Resposta: D

KAPA 6 Manual do Professor – Matemática 5


Exercício 3
(UEPA) Uma universidade realizou uma pesquisa on-line envolvendo jovens do ensino médio para saber quais meios
de comunicação esses jovens utilizam para se informar dos acontecimentos diários. Para incentivá-los a preencher
os dados referentes à pesquisa, cujas respostas estão registradas no quadro abaixo, a universidade sorteou um tablet
dentre os respondentes.
Ouvem apenas rádio. 350
Mulheres
Assistem televisão e consultam a internet. 150
Assistem televisão e consultam internet. 375
Homens
Utilizam apenas internet. 125
TOTAL DE JOVENS ENTREVISTADOS 1000

Sabendo-se que o respondente sorteado consulta a internet para se manter informado diariamente, a probabilidade
de o sorteado ser um homem:
a) é inferior a 30%.
b) está compreendida entre 30% e 40%.
c) está compreendida entre 40% e 60%.
d) está compreendida entre 60% e 80v.
e) é superior a 80%.
Resposta: D

Exercício 4
(PUC-MG) Em certa pesquisa, um grupo de adultos e adolescentes foi solicitado a responder à seguinte pergunta:
Você possui um telefone celular com linha ativa?
Dos adolescentes entrevistados, seis responderam sim e treze, não. Já dentre os adultos consultados, dezessete res-
ponderam sim e os demais, não. Apurados os resultados, constatou-se que, escolhendo-se ao acaso uma das pessoas
entrevistadas nessa pesquisa, a probabilidade de a mesma ser um adulto que não possui celular com linha ativa era de
52%. Com base nessas informações, é correto afirmar que o total de pessoas entrevistadas nessa pesquisa é igual a:
a) 72.
b) 75.
c) 78.
d) 81.
Resposta: B

Exercício 5
(Udesc) Em uma associação serão eleitos um presidente, um tesoureiro e dois revisores. Cada membro vota em um
candidato para presidente, um para tesoureiro e um para revisor. Supondo que haja 4 candidatos para presidente, 3
para tesoureiro e 6 para revisor, então a probabilidade de todos os candidatos de um eleitor qualquer, que não anulou
nem votou em branco, serem eleitos é de:
a) 1 . c) 1 . e) 1 .
36 180 72
b) 1 . d) .1
360 90
Resposta: A

Exercício 6
(Mack-SP) Em uma das provas de uma gincana, cada um dos 4 membros de cada equipe deve retirar, ao acaso, uma
bola de uma urna contendo bolas numeradas de 1 a 10, que deve ser reposta após cada retirada. A pontuação de uma
equipe nessa prova é igual ao número de bolas com números pares sorteadas pelos seus membros. Assim, a probabi-
lidade de uma equipe conseguir pelo menos um ponto é de:
a) 4 . c) 9 . e) 15 .
5 10 16
7
b) . 11
d) .
8 12
Resposta: E

6 Matemática – Manual do Professor KAPA 6


Exercício 7
(Fuvest-SP) De um baralho de 28 cartas, sete de cada naipe, Luís recebe cinco cartas: duas de ouros, uma de espadas,
uma de copas e uma de paus. Ele mantém consigo as duas cartas de ouros e troca as demais por três cartas escolhidas ao
acaso dentre as 23 cartas que tinham ficado no baralho. A probabilidade de, ao final, Luís conseguir cinco cartas de ouros é:
a) 1 . c) 10 . e) 52 .
130 1771 8117
b) 1 . d) 25 .
420 7117
Resposta: C

Exercício 8
(IME-RJ) O time de futebol X irá participar de um campeonato no qual não são permitidos empates. Em 80% dos jogos,
X é o favorito. A probabilidade de X ser o vencedor do jogo quando ele é o favorito é 0,9. Quando X não é o favorito, a
probabilidade de ele ser o vencedor é 0,02. Em um determinado jogo de X contra Y, o time X foi o vencedor. Qual é a
probabilidade de X ter sido o favorito nesse jogo?
a) 0,80. c) 180 . e) 170 .
181 181
b) 0,98. d) 179 .
181
Resposta:
P(ganhar e ser favorito) 0,8 ⋅ 0,9 0,72 720 180
P(x) = = = = =
P(ganhar) 0,8 ⋅ 0,9 + 0,2 ⋅ 0,02 0,724 724 181

AULAS 45 e 46 CICLO TRIGONOMÉTRICO

OBJETIVOS
Rever o conceito de medida de arcos, graus e radianos.
Apresentar o ciclo trigonométrico.

ENCAMINHAMENTO
Explique a diferença entre os conceitos de comprimento de um arco e medida de um arco de circunferência.
Intuitivamente, a medida de um arco de circunferência refere-se a sua “abertura”. Assim, dois arcos de circunferências
de raios diferentes podem ter a mesma “abertura” e comprimentos diferentes.
Apresente os itens a seguir.
O comprimento de uma circunferência de raio r é 2πr.
Um grau (1°) é a medida do arco de 1 da circunferência.
360
A circunferência mede 360° e a semicircunferência mede 180°.
Radiano é a medida do arco de circunferência cujo comprimento é igual à medida do raio.
1 radiano corresponde a aproximadamente 57°.
Do ponto de vista lógico-matemático, radiano é uma unidade de medida muito mais natural do que grau ou grados. Na
reta real, marcamos o segmento unitário de modo natural. Por que não haveria de ser igual com arcos de circunferência
de raio unitário? O exemplo da colocação da banda de rodagem de um pneu, no Texto teórico, mostra exatamente isso.
Há pouca teoria: complete a aula com um maior número de exercícios. Nos exercícios que envolvem os ponteiros de
um relógio, os alunos devem lembrar que, “se o ponteiro das horas descreve um arco de medida α, então o dos minutos
descreve um arco de medida 12α”. A regra de três será útil na resolução de problemas desse assunto.
Siga a sequência do resumo teórico da aula. Ao contrário dos “ângulos geométricos” comuns, o arco trigonométrico
pode ter medida α, em graus, com α < 0 ou α > 180. Essa extensão permite falar de seno e cosseno de α, sendo α
qualquer número real. Essa “ausência” de restrições é essencial para descrever fenômenos periódicos.

KAPA 6 Manual do Professor – Matemática 7


Exercícios extras Exercício 5
(UFRGS-RS) Dentre os desenhos abaixo, aquele que
Exercício 1 representa o ângulo que tem medida mais próxima de
(Fuvest-SP) Considere um arco AB de 110° numa cir- 1 radiano é:
cunferência de raio 10 cm. Considere, a seguir, um arco a)
A'B' de 60° numa circunferência de raio 5 cm.
Dividindo-se o comprimento do arco AB pelo do arco
A'B'(ambos medidos em cm), obtém-se: 0

a) 11 . d) 22 .
6 3
b) 2. e) 11.
b)
c) 11 .
3
Resposta: C
0
Exercício 2
(Ufal) Se a medida de um arco, em graus, é igual a 128,
sua medida em radianos é igual a
c)
a) π − 17. d) 16 π.
4 25
b) 64 π. e) 32 π. 0
15 45
c) 64 π.
45
Resposta: E d)
Exercício 3
(Fuvest-SP) O perímetro de um setor circular de raio R e
0
ângulo central medindo α radianos é igual ao perímetro
de um quadrado de lado R. Então, α é igual a:
a) π . d) 2π .
3 3 e)
e) π .
b) 2.
c) 1. 2
Resposta: B 0

Exercício 4
(Ufla-MG) A figura MNPQ é um retângulo inscrito em
um círculo. Se a medida do arco AM é π rad, as medidas Resposta: B
4
dos arcos AN e AP, em
Exercício 6
radianos, respectivamen-
N M (Vunesp) Em um jogo eletrôni-
te, são:
co, o “monstro” tem a forma de
a) 3π e 5π . A um setor circular de raio 1 cm, 1 cm
4 4 como mostra a figura. 1 rad
b) π e 3 π . A parte que falta no círculo é a
2
P Q boca do “monstro”, e o ângulo de
c) 3π e 2π. abertura mede 1 radiano. O pe-
4
π rímetro do “monstro”, em cm, é:
d) e 5π .
2 4 a) π –1. d) 2π.
π b) π + 1.
e 5π .
3 e) 2π + 1.
e)
4 8 c) 2π – 1.
Resposta: A Resposta: E

8 Matemática – Manual do Professor KAPA 6


MATEMÁTICA B Setor 1105

AULAS 41 e 42 MEDIDAS NUM SISTEMA DE COORDENADAS

OBJETIVOS Dê alguns exemplos numéricos de como obter al-


gumas distâncias para, em seguida, resolver com eles o
Conceituar distância entre dois pontos.
exercício 1. Depois, resolva o exercício 2 e complete a
Definir uma expressão algébrica que permita calcu-
aula com exercícios extras.
lar a distância entre dois pontos.
Na aula 42, relembre como calcular a distância en-
Usar a noção de medida nos cálculos de áreas e tre dois pontos e, com base no exercício 3, exemplifique
volumes. como usar a noção de distância para se calcular algumas
áreas de figuras no plano. Essa é uma aula bem rápida,
ENCAMINHAMENTO então haverá tempo para vários exercícios extras (alguns
Nessas aulas a ideia é discutir como trabalhar com constam neste Manual).
medidas em um sistema de coordenadas, a partir da no- Após a questão 3, aproveite para estender o conceito
ção de distância. de distância para dois pontos do espaço, associando a
Inicie a aula 41 relembrando os conceitos vistos na aula distância à diagonal de um paralelepípedo reto-retângulo.
passada sobre sistemas de coordenadas: eixo, plano e espaço Resolva com eles a questão 4 e complete o tempo restante
cartesiano, coordenadas de pontos e a diferença de pontos. da aula com mais exercícios.
Mostre aos alunos que, dados dois pontos A(xA) e No final da aula, oriente a turma para as tarefas e,
B(xB), a distância entre os pontos A e B é o comprimento se sobrar tempo, resolva também algumas questões da
do segmento AB, dado por |B 2 A| 5 |Δx| 5 |xB 2 xA|. Pro- tarefa que eles possuam dúvidas. O ritmo do 2º- semestre
ve esse fato a partir de exemplos numéricos: geralmente geralmente é mais intenso e, assim, alguns alunos podem
eles se lembram desse conceito por meio de exemplos da se perder na organização de suas atividades.
Cinemática, em Física: se um móvel está na posição 2 e
se desloca até a posição 5, então a distância percorrida Exercícios extras
por ele é |5 2 2| 5 |3| 5 3.
Exercício 1
A partir disso, desenhe na lousa dois pontos, A e B,
(Enem) Um construtor pretende murar um terreno e, para
num plano cartesiano e mostre, geometricamente, como
isso, precisa calcular o seu perímetro. O terreno está repre-
obter a distância entre esses dois pontos. Lembre-os de que
sentado no plano cartesiano, conforme a figura, no qual foi
a distância entre os pontos é o comprimento do segmento
usada a escala 1 : 500. Use 2,8 como aproximação para 8.
AB, que pode ser obtido com o Teorema de Pitágoras:
cm
y 6
B
yB

A
yA 1

1 9 cm

De acordo com essas informações, o perímetro do terre-


O xA xB x
no, em metros, é:
a) 110. b) 120. c) 124. d) 130. e) 144.
d2 5 (Δx)2 1 (Δy)2 Resposta: C

KAPA 6 Manual do Professor – Matemática 9


Exercício 2 Exercício 4
(ITA-SP) Seja ABC um triângulo de vértices A 5 (1, 4), (PUC-RJ) O triângulo da figura abaixo é equilátero e tem
B 5 (5, 1) e C 5 (5, 5). O raio da circunferência circuns- vértices A, B 5 (2, 4) e C 5 (8, 4).
crita ao triângulo mede, em unidades de comprimento,
5 17
a) 15 . d) . A
8 8
5 17 17 5
b) . e) .
4 8
3 17
c) .
5
Resposta: D B C

Exercício 3
(Fuvest-SP) Considere o triângulo ABC no plano carte- As coordenadas do vértice A são:
siano com vértices A 5 (0, 0), B 5 (3, 4) e C 5 (8, 0).
O retângulo MNPQ tem os vértices M e N sobre o eixo (
a) 5, 4 + 27 ) c) (8, 5) (
e) 6, 5 + 27 )
das abscissas, o vértice Q sobre o lado AB e o vértice P b) (6, 4) (
d) 6, 27 )
sobre o lado BC. Dentre todos os retângulos construídos Resposta: A
desse modo, o que tem área máxima é aquele em que o
ponto P é: Exercício 5
(FGV-SP) Os pontos A(3, 9), B(1, 1), C(5, 3) e D são
 
a)  4, 16  . d)  11 , 2 . vértices de um quadrilátero ABCD, de diagonais AC e
 5 2 
BD, no primeiro quadrante do plano cartesiano ortogonal.
 
b)  17 , 3 . e)  6, 8  . O polígono cujos vértices são os pontos médios de AB,
 4   5
BC, CD e DA é um quadrado. Denotando por α o ângulo
  agudo de lados BA e BC, calcule cos α.
c)  5, 12  .
 5
Resposta: 6 85
Resposta: D 85

AULAS 43 e 44 DETERMINANTES E ÁREAS

OBJETIVOS “determinantes” voltarão a aparecer com as devidas teo-


Definir determinantes de matrizes quadradas. rizações algébricas.
Sendo assim, mostre, na aula 43, a definição de um
Apresentar uma forma de calcular determinantes
determinante como um operador que associa, a cada
de ordens 1, 2 e 3.
matriz quadrada, um único número real. Conforme
Aplicar o conceito de determinante para calcular consta no Texto teórico, os matemáticos Alexandre Van-
áreas e volumes. dermonde e Pierre Simon foram os responsáveis pela
sistematização do assunto “determinante”, incluindo
ENCAMINHAMENTO suas aplicações geométricas.
O curso de Álgebra Linear, no material Kapa, foi Optamos por não demonstrar as expressões que permi-
reorganizado com base nas suas aplicações na Geome- tem calcular os determinantes das matrizes de ordens 1, 2
tria. Dessa forma, o assunto “determinantes” aparece e 3, por exigirem, de certa forma, um alto grau de conheci-
como um operador geométrico que permite calcular mento matemático. Sendo assim, apenas mostre, de prefe-
áreas e volumes. Nas aulas da apostila 8, onde serão rência numericamente, como calcular os determinantes das
estudados os sistemas lineares, os assuntos “matriz” e matrizes de ordens 1, 2 e 3. Matrizes de ordens maiores que

10 Matemática – Manual do Professor KAPA 6


3 não serão estudadas neste curso, pois não fazem parte da Exercício 2
maioria dos programas de vestibulares do país. (PUC-SP) A matriz A 5 (aij) é quadrada de ordem 2 com
Depois dos exemplos numéricos, deixe-os pensar nas  a ij = 2i − j para i = j
questões 1 e 2. Após corrigi-las, resolva com os alunos a 

questão 3 e complete a aula com exercícios extras.  a ij = 3i − 2j para i ≠ j
Na aula 44, temos as aplicações geométricas desses
O determinante de A é igual a:
determinantes. Mostre aos alunos como calcular áreas de
a) 1 c) 4 e) 6
figuras e volumes de sólidos conhecendo as coordenadas de
b) 2 d) 5
seus vértices. Nas questões de aula e na tarefa são cobra-
Resposta: E
dos os conceitos relativos à área de um polígono no plano
cartesiano, mas pode ser interessante discutir como obter Exercício 3
volumes de sólidos a partir de determinantes de ordem 3. Determine o conjunto solução da equação
Resolva a questão 4 de duas maneiras: usando o de- x 2 1
terminante e também decompondo a figura dada como 0 x 4 = 19.
uma soma/diferença entre figuras conhecidas. Mostre 2 0 1
que o determinante pode ser muito útil no caso em que
a área é dada e é pedida uma coordenada de um ponto, a) {1, 3} c) {1, 23} e) {3}
como na questão 5. Resolva-a com os alunos e complete b) {21, 23} d) {21, 3}
a aula com exercícios extras. Novamente, oriente a turma Resposta: D
para as tarefas. Exercício 4
Exercícios extras (Fuvest-SP) O inverso do determinante da matriz A é:
 
Exercício 1  1 0 1 
(UFSC – Adaptada) Resolvendo, em R, a equação A =  −1 −2 0 
2 x 3  1 4 3 
 5 
−2 − x 4 = 175 , temos que o valor de x é:
1 −3 x
a) − 52 . c) − 5 . e) 5 .
5 48 48
a) 15 c) 17 e) 19 48 5
b) − . d) .
b) 16 d) 18 5 52
Resposta: E Resposta: C

AULAS 45 e 46 EQUAÇÃO DE UMA RETA

OBJETIVOS ENCAMINHAMENTO
Definir inclinação e coeficiente angular de uma Estas são, sem dúvida, as aulas mais importantes do
reta. curso de Geometria Analítica. É a formalização matemá-
Apresentar expressões que permitam calcular o coe- tica do conceito de taxa de variação – que poderá ser, futu-
ficiente angular de uma reta. ramente, definida em termos de uma derivada – e também
a ideia do equacionamento de uma curva qualquer.
Mostrar a condição de alinhamento de três pontos.
Para isso, no início da aula 45, mostre, através de al-
Definir equação de uma curva. guns exemplos, como obter variações e taxas de variações.
Obter um método que permita escrever a equação A noção intuitiva desses conceitos foi vista nas aulas 1 e 2
de uma reta qualquer. do Setor B, bem como nas aulas de porcentagem do

KAPA 6 Manual do Professor – Matemática 11


Setor A. Com base nesses exemplos, formalize o conceito entanto, mostre que existem exemplos numéricos bastante
de coeficiente angular, a partir da taxa de variação: complicados [escreva, por exemplo, os pontos (1, 45), (37,
y 93) e (132, 327)] e que, por isso, devemos obter uma pro-
yB B priedade que independa do exemplo numérico escolhido.
Então a pergunta é: qual é a condição para que três pon-
∆y
tos estejam sobre uma mesma reta? A resposta já foi dada
no início desta aula: toda reta é um conjunto de pontos em
A θ
yA que a taxa de variação (coeficiente angular) é constante.
∆x
Sabendo disso, considere o ponto P(xo, yo) e o coefi-
ciente angular m. Todo ponto (x, y) que pertence à reta
θ dada por P e pelo coeficiente angular m deve satisfazer:
O xA xB x
y 2 yo
5 m ∴ y 2 y o 5 m ? (x 2 x 0)
x 2 xo
O coeficiente angular (m) da reta é dado por:
y y − yA Assim, dados um ponto e o coeficiente angular de
m = tg θ = = B
x xB − x A uma reta, é possível sempre obter uma equação dessa
reta. Escreva alguns exemplos na lousa, como P(2, 4) e
Mostre alguns exemplos numéricos de como se calcu- m 5 3 ⇒ y 2 4 5 3 ? (x 2 2) ⇒ y 2 4 5 3x 2 6 ⇒ y 5 3x 2 2.
lar o coeficiente angular e, em seguida, discuta a posição Resolva com os alunos os exercícios 3 e 4 e complete a
da reta em relação ao eixo x a partir do sinal do coeficiente aula com mais exercícios. Quanto mais, melhor. Insista com
angular. No Texto teórico, aparece uma tabela que aju- eles na realização das tarefas e sane as eventuais dúvidas.
dará nessa discussão.
Resolva com os alunos a questão 1 e a questão 2. Exercícios extras
Em seguida, proponha o seguinte exercício extra: dados
Exercício 1
os pontos A(1, 3), B(3, 4) e C(7, k), obtenha k para que
(Unicamp-SP) No plano cartesiano, a equação
os pontos A, B e C sejam colineares. Deixe-os pensar
|x 2 y| 5 |x 1 y| representa:
no problema e, na hora de corrigi-lo, use o fato de que
a) um ponto.
mAB 5 mBC e, portanto, k 5 6. Em seguida, mostre que
b) uma reta.
toda reta pode ser descrita como um conjunto de pontos
c) um par de retas paralelas.
em que a taxa de variação (coeficiente angular) é cons-
d) um par de retas concorrentes.
tante. Esse deve ser o final da aula 45.
Resposta: D
Na aula 46, relembre que toda reta é um conjunto de
pontos em que a taxa de variação é constante. Isso será Exercício 2
extremamente útil para essa aula. (Uema) O método analítico em Geometria é uma ferra-
Explique que obter uma equação de uma curva qual- menta muito utilizada em estudo de coordenadas. Para
quer significa traduzir, para a linguagem algébrica, uma fazer uma aplicação desse método, um professor lançou
propriedade que todos os pontos dessa curva têm em o seguinte desafio aos seus alunos: Teriam de construir,
comum. Na verdade, essa forma de se pensar na matéria em sistema de coordenadas, a figura de um paralelogramo
é o equacionamento de um lugar geométrico. Assim, na ABCD, cujo ponto A está na origem, e que possui o pon-
to D(5, 0) e a diagonal maior com extremidade no ponto
equação y 5 x2, todos os pontos dessa curva possuem, na
C(9, 4).
ordenada, o quadrado do número que está na abscissa.
Com base nas informações,
Desenhe na lousa, por exemplo, uma reta que passa a) faça o esboço em sistema de coordenadas da figura
pelos pontos (7, 1), (7, 2), (7, 3) e (7, 5) e pergunte à que representa o paralelogramo.
turma qual é a propriedade que os pontos dessa reta têm b) determine a equação da reta que contém a diagonal
em comum. Todos eles possuem abscissa 7; logo, uma maior.
equação dessa reta é dada por x 5 7. Respostas:
Analogamente, desenhe uma reta que passa pelos a) y
pontos (1, 7), (2, 7), (3, 7) e (5, 7) e pergunte novamen-
B C
te à turma qual é a propriedade que esses pontos têm
em comum. Todos eles possuem ordenada 7; logo, uma
equação dessa reta é dada por y 5 7.
Assim eles perceberão que, em muitos casos, é possí- A D x

vel determinar a equação de uma curva “de cabeça”. No b) 4x 2 9y 5 0

12 Matemática – Manual do Professor KAPA 6


Exercício 3 Exercício 6
(Unifesp) Um tomógrafo mapeia o interior de um ob- (ESPM-SP) Os pontos O(0, 0), P(x, 2) e Q(1, x 1 1)
jeto por meio da interação de feixes de raios X com do plano cartesiano são distintos e colineares. A área do
as diferentes partes e constituições desse objeto. Após quadrado de diagonal PQ vale:
atravessar o objeto, a informação do que ocorreu com a) 12. d) 4.
cada raio X é registrada em um detector, o que possibi- b) 16. e) 9.
lita, posteriormente, a geração de imagens do interior c) 25.
do objeto. Resposta: E
No esquema indicado na figura, uma fonte de raios X está
sendo usada para mapear o ponto P, que está no interior Exercício 7
de um objeto circular centrado na origem O de um plano (PUC-RJ) O retângulo ABCD tem um lado sobre o eixo x
cartesiano. O raio X que passa por P se encontra também e um lado sobre o eixo y, como mostra a figura. A área do
nesse plano. A distância entre P e a origem O do sistema retângulo ABCD é 15, e a medida do lado AB é 5.
de coordenadas é igual a 6. y
fonte

raio X
75° 6
detector
60° D
C

objeto

a) Calcule as coordenadas (x, y) do ponto P. A B x


b) Determine a equação reduzida da reta que contém o
segmento que representa o raio X da figura.
( ) ( )
Respostas: a) 3, 3 3 ; b) y = 3 − 2 ? x + 6 . A equação da reta que passa por A e por C é:
a) y 5 3x. d) y = 3 x .
Exercício 4 b) y 5 23x.
5
(UFPR) A figura abaixo apresenta o gráfico da reta r: c) y 5 5x.
5
e) y = x .
2y 2 x 1 2 5 0 no plano cartesiano. 3
Resposta: D
y
r Exercício 8
P
(PUC-RJ) O triângulo ABC da figura abaixo tem área 25
3 e vértices A 5 (4, 5), B 5 (4, 0) e C 5 (c, 0).
y

0 x
A

As coordenadas cartesianas do ponto P, indicadas nessa


figura, são:
a) (3, 6). c) (8, 3). e) (3, 8). C
b) (4, 3). d) (6, 3). B x
r
Resposta: C

Exercício 5 A equação da reta r que passa pelos vértices A e C é:


(UEA-AM) Num plano cartesiano, sabe-se que os pontos a) y 5 2x 1 7. d) y = − x + 7.
2
A, B(1, 2) e C(2, 3) pertencem a uma mesma reta, e que o b) y = − x + 5. x
ponto A está sobre o eixo Oy. O valor da ordenada de A é: 3 e) y = + 7.
a) 0. c) 21. x 3
e) 1. c) y = − + 5.
b) 3. d) 2. 2
Resposta: E Resposta: D

KAPA 6 Manual do Professor – Matemática 13


Exercício 9 y Exercício 11
(UERN) r (UFPR) Na figura abaixo estão representados, em um
A área do triângulo retângulo forma- sistema cartesiano de coordenadas, um quadrado cin-
da pela sobreposição das retas r e s, K za de área 4 unidades, um quadrado hachurado de área
no gráfico, é igual a 36 unidades. 9 unidades e a reta r que passa por um vértice de cada
Logo, a equação da reta r é: quadrado. Nessas condições, a equação da reta r é:
a) y 5 x 1 12. y
b) y 5 2x 1 16.
c) y 5 22x 1 16. 4
s
d) y 5 22x 1 12.
Resposta: C 6 x

Exercício 10
(Enem) O cristalino, que é uma lente do olho humano, tem
função de fazer ajuste fino na focalização, ao que se chama
acomodação. À perda da capacidade de acomodação com a
O x
idade chamamos presbiopia. A acomodação pode ser deter-
minada por meio da convergência do cristalino. Sabe-se que a) x 2 2y 5 24.
a convergência de uma lente, para pequena distância focal b) 4x 2 9y 5 0.
em metros, tem como unidade de medida a diopria (di). c) 2x 1 3y 5 21.
A presbiopia, representada por meio da relação entre con- d) x 1 y 5 3.
vergência máxima Cmax (em di) e a idade T (em anos), é e) 2x 2 y 53.
mostrada na figura seguinte. Resposta: A
8
Exercício 12
ACOMODAÇÃO MÁXIMA (di)

6
(UEPB) No sistema de eixos cartesianos xy, a reta r, simé-
trica da reta s em relação ao eixo x, tem equação:
y
4
s

2
2

0 –3
10 20 30 40 50 60
A 0 x
IDADE (anos)
B
Considerando esse gráfico, as grandezas convergência
máxima Cmax e idade T estão relacionadas algebricamen- r
te pela expressão
a) Cmax 5 2–T. a) x 1 y 1 6 5 0
b) Cmax 5 T2 2 70T 1 600. b) 3x 1 2y 1 6 5 0
c) Cmax 5 log2 (T2 2 70T 1 600). c) 2x 1 3y 2 5 5 0
d) Cmax 5 0,16T 1 9,6. d) 2x 1 3y 2 6 5 0
e) Cmax 5 20,16T 1 9,6. e) 2x 1 3y 1 6 5 0
Resposta: E Resposta: E

14 Matemática – Manual do Professor KAPA 6


MATEMÁTICA
Setor A

Setor 1104

Prof.:
aula 41 ............... AD ...............TM ............... TC  .....................6
aula 42 ............... AD ...............TM ............... TC  .....................6
aula 43 ............... AD ...............TM ............... TC  .....................8
aula 44 ............... AD ...............TM ............... TC  .....................8
aula 45 ............... AD ...............TM ............... TC  ...................10
aula 46 ............... AD ...............TM ............... TC  ...................10

Texto teórico .................................................................................... 12


AULAS 41 e 42 INTRODUÇÃO A PROBABILIDADES

Num experimento de n resultados possíveis


x1, x2, ..., xn (n . 1), o conjunto E 5 {x1, x2, ..., xn} é EXERCÍCIOS
chamado de espaço amostral e qualquer subconjun-
to dele é chamado de evento. Os conjuntos unitários 1 Duas moedas balanceadas são lançadas simulta-
{x1}, {x2}, ..., {xn} são chamados de eventos elementares. neamente. Dê o espaço amostral e calcule a pro-
Dois eventos A e B são ditos mutuamente exclu- babilidade de
sivos se, e somente se, eles forem conjuntos disjuntos, a) ambas darem cara;
isto é, A > B 5 ∅. b) nenhum deles dar cara;
Exemplo: Lançamento de três moedas, onde c c) pelo menos um deles dar cara;
denota cara e k denota coroa. d) apenas um deles dar cara.
E 5 {(c, c), (c, k), (k, c), (k, k)}
o espaço amostral é dado por:
a) A 5 {(c, c)} ⇒ P(A) 5 1
E 5 {(c, c, c), (c, c, k), (c, k, c), (k, c, c), (c, k, k), 4
(k, c, k), (k, k, c), (k, k, k)}; b) B 5 {(k, k)} ⇒ P(B) 5 1
4
há exatamente oito eventos elementares: {(c, c, c)},
c) C 5 {(c, c), (c, k), (k, c)} ⇒ P(C) 5 3
{(c, c, k)}, {(c, k, c)}, {(k, c, c)}, {(c, k, k)}, 4
{(k, c, k)}, {(k, k, c)} e {(k, k, k)}; ou C 5 B (complementar de B)
P(C) 5 1 2 P(B)
o evento “há pelo menos duas caras” é dado por:
P(C) 5 1 2 1 5 3
A 5 {(c, c, c), (c, c, k), (c, k, c), (k, c, c)}; 4 4
o evento “há exatamente duas coroas” é dado por: d) D 5 {(c, k), (k, c)} ⇒ P(D) 5 2 5 1
4 2
B 5 {(c, k, k), (k, c, k), (k, k, c)};
os conjuntos A e B (acima) são eventos mutua-
mente exclusivos.
Para cada evento A de E é associado um único
número P(A), chamado de probabilidade de A, com as
2 (Vunesp) Um dado viciado, que será lançado uma
seguintes condições:
única vez, possui seis faces, numeradas de 1 a 6. A
0 < P(A) < 1 tabela a seguir fornece a probabilidade de ocor-
P(E) 5 1 rência de cada face.
Se A e B são eventos mutuamente exclusivos, número na face 1 2 3 4 5 6
então P(A < B) 5 P(A) 1 P(B)
probabilidade de 1 3 3 1 1 1
Sendo p a probabilidade de ocorrer A, a probabili- ocorrência da face 5 10 10 10 20 20
dade de A não ocorrer é 1 2 p. A é o complementar de
A ⇒ P(A) 5 1 2 P(A). Sendo X o evento “sair um número ímpar” e Y
E 5 {x1, x2, ..., xn} é um espaço amostral equi- um evento cuja probabilidade de ocorrência seja
provável se, e somente se, todos os seus eventos ele- 90%, calcule a probabilidade de ocorrência de X e
mentares têm a mesma probabilidade. escreva uma possível descrição do evento Y.
Se P({x1}) 5 P({x2}) 5 ... 5 P({xn}) 5 p, temos
X 5 {1, 3, 5} ⇒ P(X) 5 1 1 3 1 1 5 11 ⇒ P(X) 5 55%
n ⋅ p 5 1, ou seja, p = 1 .
5 10 20 20
n 1 1 3 1 3 1 1 5 9 5 90% ⇒ podemos ter
probabilidade de cada evento elementar: 5 10 10 10 10
Y 5 {1, 2, 3, 4} (sair um número menor que 5)
1
número de elementos de E
probabilidade de um evento A:
número de elementos da A , ou
número de elementos de E
número de casos favoráveis
número total de casos possíveis

6 Matemática – Setor 1104 KAPA 6


3 (UFRGS-RS) Um jogo consiste em responder corretamente às perguntas sorteadas, ao girar um ponteiro
sobre uma roleta numerada de 1 a 10, no sentido horário. O número no qual o ponteiro parar corresponde à
H-28
pergunta a ser respondida. A cada número corresponde somente uma pergunta, e cada pergunta só pode
ser sorteada uma vez. Caso o ponteiro pare sobre um número que já foi sorteado, o participante deve res-
ponder a próxima pergunta não sorteada, no sentido horário.
Em um jogo, já foram sorteadas as perguntas 1, 2, 3, 5, 6, 7 e 10. Assim, a probabilidade de que a pergunta 4
seja a próxima a ser respondida é de: 10
Se o próximo número a ser sorteado for 10, 1, 2, 3 ou 4, a per- 9 1
a) .1 2
d) . gunta 4 é a próxima a ser respondida. A probabilidade disso 8 2
4 3
ocorrer é 5 , ou seja, 1 .
10 2
b) 1 . e) 3 . 7 3
3 4 6 4
5
c) 1 .
2

4 (FGV-SP) Dois dados convencionais e honestos são lançados simultaneamente. A probabilidade de que a
soma dos números das faces seja maior que 4, ou igual a 3, é:
A: s . 4 ou s 5 3
a) 35 . d) 8 . A:s<4esÞ3
36 9
A5{(1, 1) , (1, 2) , (1, 3) , (2, 1) , (2, 2) , (3, 1)} ⇒ A 5{(1, 1) , (1, 3) , (2, 2) , (3, 1)}
b) 17 . e) 31 .
18 36 P(A) 5 4
36
c) 11 .
12 P(A) 5 1 2 P(A) 5 1 2 4 5 32 5 8
36 36 9

5 (UEL-PR) Em uma cidade do Leste Europeu, 71 cidadãos são indicados, anualmente, para concorrerem aos
títulos de Cidadão Honorário e Cidadão Ilustre da Terra. Cada indicado pode receber apenas um dos títulos.
H-29
Neste ano, a família Generoza conta com 7 pessoas indicadas ao recebimento dos títulos.
A partir dessas informações, determine a probabilidade de os 2 cidadãos eleitos pertencerem à família
Generoza. Justifique sua resposta apresentando os cálculos realizados.
7? 6
Número de modos de escolher 2 membros da família Generoza: C7,2 5 5 21
2

Número de modos de escolher 2 membros entre 71 cidadãos: C71, 2 5 71 ? 70 5 71 ? 35


2

P5 21 5 3
71 ? 35 355

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO

Tarefa Mínima Tarefa Complementar

AULA 41 AULA 41

Leia o resumo da aula; Leia o texto teórico das aulas 41 e 42;


Faça os exercícios 1 a 4 do capítulo 21, no Faça os exercícios 9 a 13 do capítulo 21, no
Caderno de Exercícios. Caderno de Exercícios;
Faça os exercícios 2 e 3 na seção Rumo ao Enem.
AULA 42
AULA 42
Faça os exercícios 5 a 8 do capítulo 21, no
Caderno de Exercícios. Faça os exercícios 14 a 18 do capítulo 21, no
Caderno de Exercícios;
Faça os exercícios 7, 9 e 12 na seção Rumo ao Enem.

KAPA 6 Matemática – Setor 1104 7


AULAS 43 e 44 REGRA DO “OU” E REGRA DO “E”

Probabilidade de ocorrer A ou B: P(A ø B) 5 P(A) 1 P(B) − P(A > B).


Com A e B mutuamente exclusivos (A > B 5 ∅): P(A ø B) 5 P(A) 1 P(B).
Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral E, com P(A) . 0.
P(B > A)
A probabilidade condicional de B, dado A: P(B/A) 5 .
P(A)
E

A B

Probabilidade de ocorrer A e B: P(A > B) 5 P(A) ? P(B/A).


A e B são eventos independentes ⇔ P(B/A) 5 P(B) ⇒ P(A/B) 5 P(A).
A e B são eventos independentes ⇔ a probabilidade de ocorrer A e B é dada pelo produto das probabilidades
P(A > B) 5 P(A) ? P(B).

EXERCÍCIOS

50 ,
1 (PUC-MG) Em uma população humana, a probabilidade de um indivíduo ser mudo é estimada em a
10 000
85 6 .
probabilidade de ser cego é , e a probabilidade de ser mudo e cego é Nesse caso, “ser mudo”
10 000 10 000
não exclui a possibilidade de “ser cego”. Com base nessas informações, a probabilidade de um indivíduo,
escolhido ao acaso, ser mudo ou cego é igual a:
a) 0,0129. c) 0,0156.
b) 0,0135. d) 0,0174.

P5 50 1 85 2 6 5 129 5 0,0129
10000 10000 10000 10000

2 (UEG-GO) A tabela a seguir apresenta a preferência de homens e mulheres em relação a um prato, que pode
ser doce ou salgado, típico de certa região do estado de Goiás.

Preferências
Sexo
Doce Salgado
Masculino 80 20
Feminino 60 40

Considerando-se os dados apresentados na tabela, a probabilidade de um desses indivíduos preferir o prato


típico doce, sabendo-se que ele é do sexo feminino, é de:
a) 0,43. c) 0,60.
b) 0,50. d) 0,70.

A probabilidade é dada por P(D/F) 5 60 5 0,60.


60 1 40

8 Matemática – Setor 1104 KAPA 6


3 (Uepa) Leia o texto para responder à questão.
H-29 Sabe-se que ler cria bons estudantes, melhora a capacidade de relacionamento e ativa os lugares certos do cérebro.
Cultivar o hábito da leitura surte efeitos nítidos: desenvolve a imaginação, o vocabulário e o conhecimento. Não é por
acaso que jovens de grande promessa nos estudos e na carreira profissional sejam leitores vorazes.
Pensando nisso, um jovem deseja presentear um amigo leitor com dois livros; entretanto, fica na dúvida quanto ao
estilo – ficção ou não ficção. Decide sortear dois títulos distintos dentre 10 títulos de ficção e 12 títulos de não ficção.
Fonte: Revista Veja, 2 373. ed. Adaptado

Tomando por base as informações do texto, a probabilidade de esse jovem sortear, sucessivamente, um
após o outro, dois títulos de ficção é:
a) 15 . d) 5 . P 5 10 ? 9 5 15
77 8 22 21 77

b) 5 . e) .1
11 5
c) 6 .
11

4 (PUC-RJ) Em uma urna existem 10 bolinhas de cores diferentes, das quais 7 têm massa de 300 gramas cada
e as outras 3 têm massa de 200 gramas cada. Serão retiradas 3 bolinhas, sem reposição. A probabilidade de
que a massa total das 3 bolinhas retiradas seja de 900 gramas é de:
a) 3 . d) 1 .
10 15
b) 7 . e) 9 . Modo único: 3 bolinhas de 300 g
24 100
P5 7 ? 6 ? 5 5 7 ? 2 ? 5 5 7
c) 7 .
10 9 8 10 3 8 24
10

5 (Fuvest-SP) Em um experimento probabilístico, Joana retirará aletoriamente 2 bolas de uma caixa contendo
bolas azuis e bolas vermelhas. Ao montar-se o experimento, colocam-se 6 bolas azuis na caixa. Quantas bolas
H-30
vermelhas devem ser acrescentadas para que a probabilidade de Joana obter 2 azuis seja 1 ?
Com x bolas vermelhas acrescentadas, temos inicialmente 6 1 x bolas no total. Retirando- 3
a) 2.
6 ? 5
b) 4. -se 2 bolas (sem reposição) a probabilidade de obter 2 azuis é dada por
61x 51x
.
c) 6. 6 ? 5 5 1 , temos x 2 1 11x 2 60 5 0
De
d) 8. 61x 51x 3
e) 10. Como x . 0, temos x 5 4.

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO

Tarefa Mínima Tarefa Complementar

AULA 43 AULA 43

Leia o resumo da aula; Leia o texto teórico das aulas 43 e 44;


Faça os exercícios 1 a 4 do capítulo 22, no Faça os exercícios 9 a 13 do capítulo 22, no
Caderno de Exercícios. Caderno de Exercícios;
Faça os exercícios 8, 10 e 11 na seção Rumo ao Enem.
AULA 44
AULA 44
Faça os exercícios 5 a 8 do capítulo 22, no
Caderno de Exercícios. Faça os exercícios 14 a 18 do capítulo 22, no
Caderno de Exercícios;
Faça os exercícios 1 e 4 a 6 na seção Rumo ao Enem.

KAPA 6 Matemática – Setor 1104 9


AULAS 45 e 46 CICLO TRIGONOMÉTRICO

1 MEDIDAS DE ARCO DE CIRCUNFERÊNCIA EXERCÍCIOS


Um grau (1°) é a medida do arco de 1 da
circunferência. 360
1 Na figura, temos uma cadeira de balanço, em que a
A circunferência mede 360° e a semicircunfe- parte que entra em contato com o chão tem forma-
H-7
rência mede 180°. to de um arco de circunferência AB de raio 100 cm.
Radiano é a medida do arco de circunferência Num balanço completo, essa parte demarca no
chão uma região retangular de comprimento x cm.
cujo comprimento é igual à medida do raio.
1 radiano corresponde a aproximadamente 57°.

2 CICLO TRIGONOMÉTRICO
Circunferência de raio unitário e centro na ori-
gem do plano cartesiano xOy.
Para representar o número real t:
Tomamos um arco com uma extremidade no
ponto A(1, 0) e outra no ponto P, a ser determi- A
B
nado como segue.
O comprimento do arco AP é dado por c 5 | t |.
x cm
Se t . 0, partimos do ponto A, para percorrer
a circunferência no sentido anti-horário, até Dado que o arco AB mede 54° e considerando
obter um ponto P, de modo que o arco AP tenha
π 5 3,14, podemos afirmar que x é igual a
comprimento c. a) 84,0. d) 98,4.
y b) 88,2. e) 108,2.
P c) 94,2.
c (t . 0)
O comprimento da região retangular é igual ao
comprimento do arco.
A(1, 0) 180° πr (5 3,14 ? 100)
54° x
O(0, 0) x
3,14 ? 100 ? 54
x5 5 94,2
180

2 (Enem) Nos X-Games Brasil, em maio de 2004, o


se t , 0, partimos do ponto A, para percorrer a skatista brasileiro Sandro Dias, apelidado “Minei-
H-6
circunferência no sentido horário, até obter um rinho”, conseguiu realizar a manobra denominada
 tenha compri-
ponto P, de modo que o arco AP “900”, na modalidade skate vertical, tornando-se
mento c. o segundo atleta no mundo a conseguir esse fei-
y to. A denominação “900” refere-se ao número de
graus que o atleta gira no ar em torno de seu pró-
prio corpo, que, no caso, corresponde a:
a) uma volta completa.
π A(1, 0) b) uma volta e meia.
O(0, 0) x c) duas voltas completas.
d) duas voltas e meia.
e) cinco voltas completas.
c (t . 0)
900° 5 360° ? 2 1 180°
P
Logo, 900° corresponde a duas voltas e meia.

se t 5 0, o ponto P coincide com A; o número


0 (zero) é representado pelo próprio ponto A.

10 Matemática – Setor 1104 KAPA 6


3 Considere os arcos trigo- B a) 0 e 2π b) 2π e 4π c) 22π e 0
nométricos de medidas A diferença entre as medidas de quaisquer dois arcos con-
C A 2π
não negativas menores secutivos é de 4 rad.
que 360° (0 < α , 360),
dados pelos vértices a) O arco em A corresponde a π . Os arcos B, C e D são,
4
do hexágono regular
ABCDEF inscrito na cir- D F nessa ordem, iguais a 3π , 5π e 7π .
4 4 4
cunferência trigonomé-
trica, conforme a figura E Resposta: π , 3π , 5π e 7π .
4 4 4 4
ao lado. Dê as medidas
desses arcos em graus. 9π
b) O arco em A corresponde a . Os arcos B, C e D são,
30°, 90°, 150°, 210°, 270° e 330°. 4
A diferença entre as medidas de quaisquer dois arcos con- nessa ordem, iguais a 11π, 13π e 15π .
4 4 4
(
secutivos é de 60¡ 5 360° .
6 ) 9π ,11π, 13π e 15π .
Resposta:
O arco em B corresponde a 90°. Logo, as medidas dos arcos 4 4 4 4
A e C são, nessa ordem, iguais a 30° e 150°. Os arcos D, E
e F medem, nessa ordem, 210°, 270° e 330°. c) O arco em D corresponde a 2 π . Os arcos C, B e A são,
4
nessa ordem, iguais a 2 , 2 π e 2 7π .
3π 5
4 4 4

Resposta: 2 7π , 2 5π , 2 3π e 2 π .
4 4 4 4

4 Considere os arcos trigo- B


nométricos de medidas
C
não negativas menores
que 360° (0 < α , 360),
A
dados pelos vértices
do pentágono regular
ORIENTAÇÃO DE ESTUDO
ABCDE inscrito na cir- D
cunferência trigonomé-
trica, conforme a figura. E Tarefa Mínima
Dê as medidas desses
arcos em graus. AULA 45
0°, 72°, 144°, 216° e 288°.
Leia o item 1 do resumo da aula;
A diferença entre as medidas de quaisquer dois arcos con-

( )
Faça os exercícios 1 e 2 do capítulo 23, no
secutivos é de 72¡ 5 360° .
5 Caderno de Exercícios.
O arco em A corresponde a 0°. As medidas dos arcos B,
AULA 46
C, D e E são, nessa ordem, iguais a 72°, 144°, 216° e 288°.
Leia o item 2 do resumo da aula;
Faça os exercícios 3 a 5 do capítulo 23, no Caderno
de Exercícios.

Tarefa Complementar

AULA 45

5 Na figura, os pontos A, B, C e D representam ar- Leia até o item 1.1 do texto teórico das aulas 45 e 46;
cos trigonométricos. Faça os exercícios 9 a 11 do capítulo 23, no
ABCD é um quadrado Caderno de Exercícios;
B A
e AB é paralelo ao eixo Faça os exercícios 13 a 15 na seção Rumo ao Enem.
das abscissas. Obte-
AULA 46
nha, em cada caso, as
medidas, em radianos, Leia os itens 1.2 e 1.3 do texto teórico das aulas 45 e 46;
desses arcos, em or- Faça os exercícios 6 a 8 e 12 do capítulo 23, no
dem crescente, dado C D Caderno de Exercícios.
que elas estão entre:

KAPA 6 Matemática – Setor 1104 11


TEXTO TEÓRICO

A probabilidade é um número real que é, no mí-


AULAS 41 e 42
nimo, igual a 0 (zero) e, no máximo, igual a 1 (100%).
Assim, por exemplo, no lançamento de dois dados,
1. CONHECIMENTOS DE ESTATÍSTICA a probabilidade de a soma dos pontos ser igual a 13
E PROBABILIDADE: INTRODUÇÃO A é 0 e a probabilidade dessa soma ser um número de
PROBABILIDADES 2 a 12 é 100%.
Você acabou de preparar uma fatia de pão com sua
geleia preferida e acontece o inesperado; ela escapa da 1.1 Espaço amostral e Eventos
sua mão. Consideremos experimentos e fenômenos que têm
Com que lado ela cairá no chão? um conjunto finito E de n, n . 1, resultados possíveis,
Qual é a probabilidade de ela cair com a geleia todos conhecidos previamente.
para cima? E 5 {x1, x2, ..., xn}
ADAM GAULT/GETTY IMAGES

O conjunto (E) é chamado de espaço amostral e


qualquer subconjunto dele é chamado de evento. Em
particular, os conjuntos unitários {x1}, {x2}, ..., {xn} são
chamados de eventos elementares.
O espaço amostral E corresponde ao evento certo e
o conjunto vazio (∅) corresponde ao evento impossível.
Dois eventos A e B são ditos mutuamente exclu-
sivos se, e somente se, eles forem conjuntos disjuntos,
isto é, A > B 5 ∅.
Se lançar uma moeda, qual é a probabilidade de Exemplo: Lançamento de três moedas, onde c
denota cara e k denota coroa.
dar coroa?
o espaço amostral é dado por:
E 5 {(c, c, c), (c, c, k), (c, k, c), (k, c, c), (c, k, k),
CK
TO

(k, c, k), (k, k, c), (k, k, k)};


SHUTTERS

há exatamente oito eventos elementares:


ATA/

{(c, c, c)}, {(c, c, k)}, {(c, k, c)}, {(k, c, c)}, {(c, k, k)},
ILW

{(k, c, k)}, {(k, k, c)} e {(k, k, k)};


EV

o evento “há pelo menos duas caras” é dado por:


Você retira ao acaso uma carta de um jogo em- A 5 {(c, c, c), (c, c, k), (c, k, c), (k, c, c)};
baralhado. É mais provável que ela seja de copas ou o evento “há exatamente duas coroas” é dado por:
de espadas? B 5 {(c, k, k), (k, c, k), (k, k, c)};
DIOGOPPR/SHUTTERSTOCK

os conjuntos A e B (acima) são eventos mutua-


mente exclusivos.

1.2 Probabilidade
Seja E um espaço amostral associado a um experi-
mento. Para cada evento A de E é associado um único
número P(A), chamado de probabilidade de A, com as
seguintes condições:
0 < P(A) < 1
Vamos apresentar, agora, um conceito matemático P(E) 5 1
que, de certo modo, permite medir expectativas que Se A e B são eventos mutuamente exclusivos,
temos ao esperar a ocorrência de certos fenômenos. então P(A < B) 5 P(A) 1 P(B)

12 Matemática – Setor 1104 KAPA 6


Probabilidade do evento complementar e do evento impossível
Se A denota o evento complementar de A, temos A < A 5 E e A > A 5 ∅. Resulta, assim, que P(A) 1 P(A) 5 1,
ou seja, P(A) 5 1 2 P(A).
Sendo ∅ o evento complementar de E, segue que P(∅) 5 0.
Exemplo: Após inúmeros experimentos com uma certa moeda não balanceada (não há uma distribuição
uniforme da sua massa), verificou-se que em 60% dos lançamentos resultava cara. Sendo assim, assumiu-se
que a probabilidade de obter cara com essa moeda era 60%. Nessas condições, podemos afirmar que a
probabilidade de obter coroa é 40%, pois o complementar do evento “obter cara” é “obter coroa”.

Probabilidade com espaço amostral finito e equiprovável


Um espaço amostral E 5 {x1, x2, ..., xn} é dito equiprovável se, e somente se, todos seus eventos elementares
tiverem a mesma probabilidade. Assim, se P({x1}) 5 P({x2}) 5 ... 5 P({xn}) 5 p, temos n ? p 5 1, ou seja, p 5 1 .
n
Com um espaço amostral finito e equiprovável, temos:

a probabilidade de cada evento elementar é igual a 1 .


número de elementos de E
número de elementos da A ; número de casos favoráveis .
a probabilidade de um evento A é na prática,
número de elementos de E número total de casos possíveis

Exemplo: No lançamento de dois dadinhos de jogo, a soma dos pontos obtidos varia de 2 a 12. Há, portanto,
exatamente, 11 resultados possíveis. Qual é a probabilidade de a soma ser igual a 12? Qual é a probabilidade
de a soma ser igual a 8?

(1, 1) (1, 2) (1, 3) (1, 4) (1, 5) (1, 6)

(2, 1) (2, 2) (2, 3) (2, 4) (2, 5) (2, 6)

(3, 1) (3, 2) (3, 3) (3, 4) (3, 5) (3, 6)

(4, 1) (4, 2) (4, 3) (4, 4) (4, 5) (4, 6)

(5, 1) (5, 2) (5, 3) (5, 4) (5, 5) (5, 6)

(6, 1) (6, 2) (6, 3) (6, 4) (6, 5) (6, 6)

O espaço amostral E tem 36 elementos, de (1, 1) a (6, 6). O evento “a soma é 12” corresponde ao conjunto
1
A 5 {(6, 6)}, que tem apenas um elemento. A probabilidade de a soma ser 12 é igual a .
36
O evento “a soma é 8” é dado por B 5 {(2, 6), (3, 5), (4, 4), (5, 3), (6,2)}. Há 5 casos favoráveis, num total de
5
36 casos. Logo, a probabilidade de a soma ser 8 é igual a .
36

KAPA 6 Matemática – Setor 1104 13


AULAS 43 e 44

1. CONHECIMENTOS DE ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE: REGRA DO “OU” E REGRA DO “E”

1.1 Soma de probabilidades, a “regra do ou” e eventos mutuamente exclusivos


Sendo A e B eventos quaisquer, a probabilidade de ocorrer A ou B é dada por:
P(A < B) 5 P(A) 1 P(B) − P(A > B).
Exemplo: Num baralho há, no total, 52 cartas; são 13 cartas de cada naipe. Existem 4 naipes: ♦ (ouros),
♣ (paus), ♥ (copas) e ♠ (espadas). Para cada naipe, as 13 cartas são A (ás), K (rei), Q (dama), J (valete), 10, 9, 8,
7, 6, 5, 4, 3 e 2. Uma das 52 cartas é retirada ao acaso. Consideremos os seguintes eventos e suas respectivas
probabilidades.
13
A: a carta é de espadas, P(A) 5 .
52
5? 4 20
B: a carta é de um número par, P(B) 5 5 .
52 52

A > B: a carta é de um número par de espadas, P(A > B) 5 5 .


52
A < B é o evento dado por “a carta é de espadas OU de um número par”. Temos:
13 20 5 28
P(A > B) 5 P(A) 1 P(B) 2 P(A > B) 5 1 2 5 .
52 52 52 52

Logo, P(A > B) 5 7 .


13
Dois eventos A e B são ditos mutuamente exclusivos se, e somente se, A > B 5 ∅. Nesse caso, a proba-
bilidade de ocorrer A ou B é dada pela soma das probabilidades.
Se A > B 5 ∅, então P(A < B) 5 P(A) 1 P(B).
Exemplo: Num lançamento simultâneo de 3 moedas, o espaço amostral tem 8 elementos e é dado por
E 5 {(c, c, c), (c, c, k), (c, k, c), (k, c, c), (c, k, k), (k, c, k), (k, k, c), (k, k, k)}, em que c representa cara e k representa
coroa. Suponhamos que E seja equiprovável.
o evento “há pelo menos duas caras” é dado por A 5 {(c, c, c), (c, c, k), (c, k, c), (k, c, c)};
o evento “há exatamente duas coroas” é dado por B 5 {(c, k, k), (k, c, k), (k, k, c)};
o evento “há pelo menos duas caras ou há exatamente duas coroas” corresponde a A < B.
Temos P(A) 5 4, P(B) 5 3 e, como A > B 5 ∅, P(A < B) 5 4 1 3 5 7.

1.2 Probabilidade condicional


Nos cálculos de probabilidades, uma primeira preocupação é comparar os eventos com o espaço amostral.
Porém, em muitos casos, há interesse em relacionar as probabilidades de dois eventos A e B, supondo que o
evento A ocorra ou já tenha ocorrido. Nesse caso, vamos recalcular a probabilidade do evento B. Para isso, temos
a seguinte definição.

Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral E, E


com P(A) . 0. A probabilidade condicional de
B, dado A, (assumindo o evento A) é definida por:
A B
P(B > A)
P(B/A) 5 .
P(A)

14 Matemática – Setor 1104 KAPA 6


Exemplo: Um teste de conhecimento deverá ser respondido por um certo grupo de alunos, dos quais 70%
estudaram a teoria. Para esses que estudaram, a probabilidade de acertar o teste é 0,9 e para os demais
alunos, que terão que “chutar”, a probabilidade de acertar é 0,3. Dado que Pedrinho acertou o teste, qual
é a probabilidade de ele ter estudado a teoria?
Consideremos os seguintes eventos.
A: “acertar o teste”.
B: “ter estudado a teoria”.
A > B: “acertar o teste e ter estudado a teoria”.
B/A: “ter estudado a teoria, dado que acertou”.
Temos as seguintes probabilidades.
P(A) 5 70% ? 0,9 1 30% ? 0,3 ⇒ P(A) 5 0,72
 
estudaram não estudaram
e acertaram e acertaram

P(A > B) 5 70% ? 0,9 ⇒ P(A > B) 5 0,63


estudaram e acertaram

P(A > B) 0,63


P(B/A) 5 5 5 0,875
P(A) 0,72
Dado que Pedrinho acertou o teste, a probabilidade de ele ter estudado a teoria é 87,5%.
1.3 Multiplicação de probabilidades, a “regra do e” e eventos independentes
Uma consequência da definição de probabilidade condicional é P(A > B) 5 P(A) ? P(B/A), ou seja, a proba-
bilidade de ocorrer A e B é dada pelo produto da probabilidade de A pela probabilidade de B, já que A ocorreu.
Se, e somente se, P(B/A) 5 P(B) ou P(A/B) 5 P(A), dizemos que A e B são eventos independentes. Nesse caso,
a probabilidade de ocorrer A e B é dada simplesmente pelo produto das probabilidades: P(A > B) 5 P(A) ? P(B).
Normalmente, usamos essa igualdade para verificar se dois eventos são independentes. Eventos que não são
independentes são chamados de eventos dependentes e, nesse caso, temos P(A > B) Þ P(A) ? P(B).
Exemplo: Consideremos o caso de um casal que tem três crianças. O espaço amostral tem 8 elementos e é
dado por E 5 {(x, x, x), (x, x, y), (x, y, x), (y, x, x), (x, y, y), (y, x, y), (y, y, x), (y, y, y)}, em que x representa menina
e y representa menino. Consideremos que E seja equiprovável.
Consideremos os seguintes eventos.
o evento “a 1a criança foi uma menina” é dado por A 5 {(x, x, x), (x, x, y), (x, y, x), (x, y, y)};
o evento “a 2a criança foi uma menina” é dado por B 5 {(x, x, x), (x, x, y), (y, x, x), (y, x, y)};
o evento “nasceram 2 meninas em seguida” é dado por C 5 {(x, x, x), (x, x, y), (y, x, x)}.
A > B 5 {(x, x, x), (x, x, y)}
A > C 5 {(x, x, x), (x, x, y)}
B > C 5 {(x, x, x), (x, x, y), (y, x, x)}

Temos P(A) 5 1 , P(B) 5 1 , P(C) 5 3 , P(A > B) 5 1 , P(A > C) 5 1 , P(B > C) 5 3 .
2 2 8 4 4 8
Os eventos A e B são independentes, pois P(A > B) 5 P(A) ? P(B).
Os eventos A e C não são independentes, pois P(A > C) Þ P(A) ? P(C).
Os eventos B e C não são independentes, pois P(B > C) Þ P(B) ? P(C).

AULAS 45 e 46

1. CONHECIMENTOS ALGÉBRICOS: CICLO TRIGONOMÉTRICO


1.1 Medidas de arcos de circunferência
A cada arco de circunferência é associado um número chamado medida do arco e esse número também é a
medida do ângulo central correspondente ao arco. Usamos o radiano e o grau como unidades.

KAPA 6 Matemática – Setor 1104 15


1 radiano é a medida de um arco cujo comprimento é igual ao raio.

REPRODU‚ÌO/<HTTP://WWW.BONINPNEUS.COM.BR>
r

r r
r r

Disponível em: <www.anunciouvendeu.com/Pages/NoticiaLeitura.aspx/noticiaID=101>.

A foto mostra um segmento de banda de rodagem sendo colocado em um pneu. Ao cobrir uma parte do
pneu com um segmento de comprimento r igual ao do raio, determina-se na circunferência do pneu um arco de
medida igual a 1 radiano.
1 grau (1°) é a medida de um arco de 1 da circunferência.
360
1 radiano corresponde a aproximadamente 57°.
A circunferência mede 360° e a semicircunferência mede 180°.
Dividindo a circunferência em 4 partes iguais, temos 4 arcos que medem 90° cada.

1 1
1 volta volta de volta
2 4
360° 180° 90°
π
2π rad π rad rad
2

O ângulo central que subentende um arco de α


circunferência tem a mesma medida que o arco.

1.2 Arcos trigonométricos e a circunferência trigonométrica


Para representar o número real t, procedemos do seguinte modo:
consideramos no sistema cartesiano a circunferência de raio unitário e centro na origem;
tomamos, nessa circunferência, um arco com uma extremidade no ponto A(1, 0) e outra no ponto B a ser
determinado. O comprimento do arco AB é dado por c 5 | t |, o módulo de t.

16 Matemática – Setor 1104 KAPA 6


Se t . 0, partimos do ponto A, para percorrer a Os arcos trigonométricos α, com 0 < α , 2π são
circunferência no sentido anti-horário, até ob- frequentemente chamados de arcos da primeira volta
ter um ponto B, de modo que o arco AB tenha positiva.
comprimento c.
P
y
...; α 2 2π; α; α 1 2π; ...
B
c (t . 0)

α
A(1, 0) O
O(0, 0) x

O sistema apresentado para representar os nú-


meros reais mediante arcos trigonométricos é cha-
Se t , 0, partimos do ponto A, para percorrer mado de ciclo trigonométrico ou circunferência
a circunferência no sentido horário, até obter trigonométrica.
um ponto B, de modo que o arco AB  tenha
Note que, na primeira volta positiva, a medi-
comprimento c.  é igual à medida do ângulo central
da do arco AP
y correspondente.
y
B(0, 1)

A(1, 0)
O(0, 0) x
2o quadrante 1o quadrante

C(21, 0) A(1, 0)
c (t . 0)
O(0, 0) x
B
o o
3 quadrante 4 quadrante

Se t 5 0, o ponto B coincide com A; o número


0 (zero) é representado pelo próprio ponto A.
Como o raio da circunferência é unitário (r 5 1), D(0, 21)
 mede c radianos. Os arcos obtidos da ma-
o arco AB
neira descrita acima são chamados de arcos trigono- 1.3 Simetrias na circunferência trigonométrica
métricos. Note que todos eles têm uma extremidade Tomemos, na circunferência trigonométrica, os
no ponto A(1, 0). pontos P, Q, R e S, de modo que esses pontos sejam
Observações: vértices de um retângulo cujo centro é a origem e cujos

1. É comum identificar o arco trigonométrico AB lados são paralelos aos eixos coordenados.
apenas pelo ponto B. P, Q, R e S são pontos simétricos da circunferência
trigonométrica. Os arcos associados a pontos simétri-
2.Nos arcos trigonométricos com medidas em ra-
cos são chamados de arcos simétricos.
dianos, omitiremos o símbolo rad.
Sendo α a medida em graus do arco determinado
Desse modo, a cada ponto dessa circunferência, pelo ponto P, tal que 0 , α , 90, temos, na primeira
são associados infinitos arcos. volta positiva:
Arcos trigonométricos que correspondem a um Medida do arco determinado pelo ponto Q:
mesmo ponto da circunferência são chamados de arcos 180° 2 α
côngruos e podem ser representados pela expressão: Medida do arco determinado pelo ponto R:
x 5 α 1 h ? 2π, com 0 < α , 2π e h [ ℤ. 180° 1 α

KAPA 6 Matemática – Setor 1104 17


Medida do arco determinado pelo ponto S: 2. Os arcos da primeira volta positiva simétricos a
360° 2 α π
são:
5 π
4π 2 π
Q 90° P 5 5
180° 2 α α

π 0
O 2π
180° 0°
O 360°

6π 9π
5 3π 5
2
180° 1 α 360° 2 α

2o Quadrante: π 2 π 5 4π
R 270° S
5 5

No caso em que α está em radianos, 0 , α , π , 3o Quadrante: π 1 π 5
2 5 5
temos:
4o Quadrante: 2π 2 π 5 9π
Medida do arco determinado pelo ponto Q: π 2 α 5 5
Medida do arco determinado pelo ponto R: π 1 α 3. Os arcos da primeira volta positiva simétricos a
120° são:
Medida do arco determinado pelo ponto S: 2π 2 α
90°
π 120° 60°
Q 2 P
π– α α

180° 0°
O 360°
π 0°
O 2π
240° 300°
270°

π+α 2π – α

1o Quadrante: 60°
R S
2 3o Quadrante: 180° 1 60° 5 240°
4o Quadrante: 360° 2 60° 5 300°
Exemplos: 4. Os arcos da primeira volta positiva simétricos a
1. Os arcos da primeira volta positiva simétricos a 7π são:
40° são: 6 π
2
90° 5π π
6 6
140° 40°
π 0
O 2π
180° 0°
O 360° 7π 11π
6 6

2
220° 320°
270°
1o Quadrante: 7π 2 π 5 π
6 6

2o Quadrante: π 2 π 5
2o Quadrante: 180° 2 40° 5 140° 6 6
3o Quadrante: 180° 1 40° 5 220°
4o Quadrante: 2π 2 π 5 11π
4 Quadrante: 360° 2 40° 5 320°
o 6 6

18 Matemática – Setor 1104 KAPA 6


MAteMáticA
setor B

setor 1105

Prof.:
aula 41 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 20
aula 42 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 20
aula 43 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 22
aula 44 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 22
aula 45 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 24
aula 46 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 24

Texto teórico ....................................................................................27


AulAs 41 e 42 MedidAs nuM sisteMA de coordenAdAs

Na hora de medir grandes distâncias (por exemplo, a distância entre duas cidades), é usual utilizarmos
aparelhos do tipo GPS, que mostram as coordenadas cartográficas das cidades para que, em seguida, possamos
calcular a distância entre elas.

23,8 km
Distância de condução SC-453
B SC-453
Iomorê
24 minutos Videira
Tempo de condução
estimado

SC-303
Pinheiro
Preto

O cálculo da distância entre duas


SC-303 cidades é muito útil para estimar
A o tempo de trajeto de viagem
Tangará entre elas. Na imagem ao lado,
N a distância de condução nem
0 3
sempre representa a distância
entre as cidades (a linha reta que
km
une os pontos A e B).

Como esse cálculo é feito? y


Dados dois pontos A(x A) e B(xB), a distância entre eles é o B
comprimento do segmento AB, dado por |B 2 A| 5 |Δx| 5 xB 2 x A. yB

Considere, agora, dois pontos A(x A, yA) e B(xB, yB) no plano


cartesiano, conforme mostra a figura ao lado:
d
Aplicando o Teorema de Pitágoras no triângulo retângulo
destacado, temos:
A
yA

d2 5 (Δx)2 1 (Δy)2

ou seja,
O xA xB x

d2 5 (xB 2 x A)2 1 (yB 2 yA)2

De maneira análoga, para o plano cartesiano, dados dois pontos A(x A, yA, z A) e B(xB, yB, zB) no espaço, temos
que a distância entre eles é dada por:

d2 5 (Δx)2 1 (Δy)2 1 (Δz)2

ou seja,

d2 5 (xB 2 x A)2 1 (yB 2 yA)2 1 (zB 2 z A)2

20 Matemática – Setor 1105 KAPA 6


exercícios

1 (Fuvest-SP) São dados, no plano cartesiano, o pon- 3 (UEPB) Um quadrilátero cujos vértices são dados
to P de coordenadas (3, 6) e a circunferência C de por E(21, 0), F(22, 22), G(21, 24) e H(0, 22) possui
centro A(1, 2) e raio 1. Uma reta t passa por P e é área igual a:
tangente a C em um ponto Q. Então, a distância a) 8. c) 6. e) 2.
de P a Q é: b) 4. d) 10.
a) 15. c) 18. e) 20 . Desenhando os pontos no plano cartesiano, te-
mos que EFGH é um losango de diagonais 2 e 4.
b) 17. d) 19 . 2? 4
Logo, sua área é dada por (EFGH) 5 5 4
2
A circunferência C tem centro no ponto A(1, 2) e raio igual a 1.
Logo, de acordo com as informações, y t'
considere a figura a seguir: P t 4 (Insper-SP) Em um sistema de coordenadas car-
Como PQ 5 PQ' e AQ 5 AQ' 5 1, temos que tesianas no espaço, os pontos A(3, 2, 5), B(5, 2, 5),
H-22
PA 2 5 (3 2 1)2 1 (6 2 2)2 5 20 Q C(5, 4, 5) e D(3, 4, 5) são os vértices da base de uma
PQ2 5 PA 2 2 AQ2 ⇒ PQ2 5 20 2 1 ⇒ pirâmide regular de volume 8. O vértice V dessa
A Q'
⇒ PQ 5 19
pirâmide, que tem as três coordenadas positivas,
O x está localizado no ponto:
a) (2, 1, 5). c) (3, 2, 6). e) (4, 3, 11).
b) (3, 2, 2). d) (4, 3, 7).
2 (UFU-MG) Em relação a um sistema de coordena-
das xOy (x e y em metros), o triângulo PQR tem Observando que as cotas dos pontos A, B, C e D são iguais,
ângulo reto no vértice R 5 (3, 5), base PQ para- podemos concluir que o quadrilátero ABCD está contido no
plano z 5 5. Logo, se O é o centro de ABCD, tem-se que
lela ao eixo x e está inscrito no círculo de centro VO é paralelo ao eixo z. Além disso, ABCD é um quadrado
C(1, 1). A área desse triângulo, em metros quadra- de lado 2.
dos, é igual a: Desse modo, sabendo que o volume de VABCD é igual a 8,
a) 40. c) 4 20 . obtemos 8 5 1 ? 22 ? VO ⇒ VO 5 6.
3
b) 8 20 . d) 80.
3 1 5 2 1 4 5 1 5
Portanto, como O 5  , ,  5 (4, 3, 5),
Do enunciado, temos a figura a seguir:  2 2 2 
Da figura, temos:
segue-se que V 5 (4, 3, 5 1 6) 5 (4, 3,11) ou
Pm 5 mQ 5 mR 5 (3 2 1)2 1 (5 2 1)2 5 20 (raios)
V 5 (4, 3, 5 2 6) 5 (4, 3, 21).
PQ 5 2 20
Porém, sabendo que V tem as três coordenadas positivas,
Portanto, a área do triângulo PRQ será dada por só pode ser V 5 (4, 3, 11).
2 20 ? 4
A 5 5 4 20 .
2
R(3, 5)

h552154
P
M(1, 1) Q

orientAção de estudo

tarefa Mínima tarefa complementar

AulA 41 AulA 41

Leia o resumo da aula; Leia o texto teórico das aulas 41 e 42;


Faça os exercícios 1 a 4 do capítulo 21, no Faça os exercícios 9 a 13 do capítulo 21, no
Caderno de Exercícios. Caderno de Exercícios.

AulA 42 AulA 42

Faça os exercícios 5 a 8 do capítulo 21, no Faça os exercícios 14 a 18 do capítulo 21, no


Caderno de Exercícios. Caderno de Exercícios;
Faça o exercício 16 na seção Rumo ao Enem.

KAPA 6 Matemática – Setor 1105 21


AulAs 43 e 44 deterMinAntes e áreAs

Pierre Simon (o Marquês de Laplace) foi um dos matemáticos mais notáveis

REPRODuçãO/WikiPEDiA/WikimEDiA COmmOns
na história francesa. Laplace contribuiu para o desenvolvimento de muitas áreas,
não só da Matemática, como também da Física e da Astronomia.
Juntamente com Alexandre Vandermonde, foi um dos primeiros matemáticos a de-
senvolver uma teoria geral sobre determinantes, incluindo suas aplicações geométricas.
O determinante de uma matriz quadrada é um operador que permite associar
cada matriz a um único número real (é uma função). Para as matrizes quadradas
de ordens 1, 2 e 3, temos:
Matrizes de ordem 1:
Matriz Determinante
A 5 (a) det A 5 a

Matrizes de ordem 2: Pierre Simon, o Marquês de Laplace,


foi um célebre matemático francês;
Matriz Determinante ministro do interior de Napoleão
Bonaparte, Laplace se considerava
A 5  a b  det A 5 a b 5a?d2b ?c
o “Newton francês”.
 c d  c d

Matrizes de ordem 3:
Matriz Determinante
a b c a b c
e f d f d e
A5 d e f det A 5 d e f 5a? 2b ? 1c ?
g h
h i g i
g h i g h i

Para as matrizes de ordem 3, há uma regra prática que permite obter o determinante:
1o) dada a matriz, copia-se na lateral as duas primeiras colunas dessa matriz:

a b c a b
d e f d e
g h i g h

2o) multiplica-se os elementos das diagonais a seguir, com os sinais convencionados da forma:

– – – + + +
3o) o determinante da matriz é a soma de todos os produtos, ou seja:
det A 5 a ? e ? i 1 b ? f ? g 1 c ? d ? h 2 c ? e ? g 2 a ? f ? h 2 b ? d ? i

Uma das aplicações geométricas dos determinantes é calcular áreas de triângulos a partir das coordenadas de
seus vértices. Dados os pontos A(x A, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC), a área S do triângulo ABC é dada por S 5 1 ? D ,
2
xA yA 1
onde D é o determinante D 5 xB yB 1 .
xC yC 1

22 Matemática – Setor 1105 KAPA 6


exercícios

1 (FEI-SP) Para que o determinante da matriz 5 (FGV-SP) Dados os pontos A(0, 0), B(5, 0), C(8, 5)

( 1 1 a 21
3 12 a )
seja nulo, o valor de a deve ser:
e D(11, 8) no plano cartesiano ortogonal, P é um
ponto do 1o quadrante tal que as áreas dos triân-
a) 2 ou 22. d) 25 ou 3. gulos APB e CPD são, respectivamente, iguais a
b) 1 ou 3. e) 4 ou 24. 25 e 6. Em tais condições, o produto da abscissa
c) 23 ou 5. 2
Desenvolvendo o determinante, temos
pela ordenada de P pode ser igual a:
a) 18. b) 20. c) 21. d) 24. e) 25.
(1 1 a) ? (1 2 a) 1 3 5 0, ou seja, 1 2 a2 1 3 5 0.
Daí, segue que a 5 2 ou a 5 22. seja P(a, b), com a e b positivos. Temos
A V ABP 5 1 ? AB ? b ⇒ 25 5 1 ? 5 ? b ∴ b 5 5
2 2 2
1 2 3
2 (ESAF-SP) Considere as matrizes X 5 2 4 6 Além disso, devemos ter:
5 3 7 A V CPD 5 1 ? 8 a 11 8 ⇒ 6 5 1 ? | 40 1 8a 1 55 2
2 5 5 8 5 2
a 2 3 2 5a 2 55 2 64 | ⇒ 4 5 | a 2 8 | ∴ a 5 4 ou a 5 12.
e Y5 2 b 6 , onde os elementos a, b e c são
5 3 c Portanto, a ? b 5 4 ? 5 5 20 ou a ? b 5 12 ? 5 5 60.
números naturais diferentes de zero. Então, o produ-
to dos determinantes das matrizes X e Y é igual a:
a) 0. d) a 1 b.
b) a. e) a 1 c.
c) a 1 b 1 c.
Calculando o determinante da matriz X, temos det X 5 0.
Logo, o produto dos determinantes será 0.

3 (UFBA) Sabendo-se que o determinante da matriz


1 1 1
1 x11 2 é igual a 24, o valor de x será:
1 1 x23
a) 0. d) 3.
b) 1. e) 4.
orientAção de estudo
c) 2.
Desenvolvendo o determinante, temos: tarefa Mínima
(x + 1) ⋅ (x − 3) + 2 + 1− (x + 1) − (x − 3) − 2 = −4
x 2 − 2x − 3 + 3 − x − 1− x + 3 − 2 + 4 = 0 AulA 43
x 2 − 4x + 4 = 0 ⇒ (x − 2)2 = 0 ∴ x = 2 Leia o resumo da aula;
Faça os exercícios 1 a 4 do capítulo 22, no
Caderno de Exercícios.
AulA 44
4 Calcule a área de um triângulo cujos vértices são
A(0, 1), B(3, 4) e C(5, 7). Releia o resumo da aula;
H-10 Faça os exercícios 5 a 8 do capítulo 22, no
0 1 1
Caderno de Exercícios.
Considere o determinante D 5 3 4 1 . Calculando o deter-
5 7 1 tarefa complementar
minante, temos D 5 3. Logo, a área s do triângulo ABC é
AulA 43
dada por s 5 1 ? D , ou seja, s 5 3 .
2 2 Leia até o item 1.2 do texto teórico das aulas 43 e 44;
Faça os exercícios 9 a 13 do capítulo 22, no Caderno
de Exercícios.
AulA 44
Leia o item 1.3 do texto teórico das aulas 43 e 44;
Faça os exercícios 14 a 18 do capítulo 22, no
Caderno de Exercícios.

KAPA 6 Matemática – Setor 1105 23


AulAs 45 e 46 equAção de uMA retA

Observe o gráfico abaixo:

Vendas do e-commerce varejista no Brasil, 2011-2017


bilhões e % de mudança R$ 35,88
R$ 33,70
R$ 31,36
R$ 28,86
R$ 25,84

R$ 22,50

R$ 18,70

26,4%
20,3%
14,8%
11,7%
8,7% 7,5% 6,5%

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Nota: inclui downloads digitais e bilhetes de eventos; exclui jogos e viagens.


FONTE: eMarketer, junho de 2013.

Repare que:
O dinheiro arrecadado com vendas do e-commerce aumenta ao longo dos anos.
A taxa de crescimento desse tipo de venda diminui ao longo dos anos.
Para as empresas que investem nessa área, tão relevante quanto saber os valores das vendas ao longo dos
anos é saber medir a taxa de crescimento desse mercado. Assim, uma das formas que se tem para medir taxas
de variações é chamada de coeficiente angular.
Dados dois pontos A e B de uma reta, vejamos o gráfico abaixo.
O coeficiente angular (m) da reta é dado por:
y

∆y y 2 yA B
m 5 tg θ 5 5 B yB
∆x xB 2 x A

A partir do sinal do coeficiente angular, po- Δy


demos ver quando a taxa de variação será positiva
ou negativa. A
E qual é a finalidade de se medir taxas de va- θ
yA
riações? Uma delas é fazer previsões. Quanto será o Δx

valor obtido pelas vendas do e-commerce em 2020?


E em 2037? Note que, para responder a essas per-
guntas, precisamos fazer uma extrapolação do
gráfico. Uma das maneiras que temos é equacionar θ
a curva que representa o gráfico. O xA xB x
Conhecendo a propriedade que os pontos de
uma curva possuem, é possível escrever a equação
de qualquer curva (inclusive a reta). Observe:

24 Matemática – Setor 1105 KAPA 6


I. Reta vertical
exercícios
Todo ponto de uma reta vertical possui sempre o
mesmo valor para a abscissa (eixo x); logo, a equação de
1 Calcule o coeficiente angular da reta, dado que:
toda reta vertical é da forma x 5 a, onde a representa
um número real. a) seu ângulo de inclinação é 60°;
b) a reta passa pelos pontos A(21, 3) e B(7, 22).
y
a) m 5 tg 60° 5 3

b) m 5 22 2 3 5 2 5
7 2 (21) 8

2 (UFG-GO) Durante um ciclo hidrológico comple-


0 x to, considera-se que o volume total de água que
H-20
a passa por uma determinada seção do rio no exu-
tório de uma bacia hidrográfica é igual ao volume
de água precipitado na bacia menos o volume de
II. Reta horizontal água que volta para a atmosfera por evapotrans-
piração. Em determinado ano, o volume total de
Todo ponto de uma reta horizontal possui sempre
água que passou por essa seção do rio foi de
o mesmo valor para a ordenada (eixo y); logo, a equa- 20 milhões de metros cúbicos e a profundidade
ção de toda reta horizontal é da forma y 5 b, onde b média anual nesse ponto do rio foi de 30 metros.
representa um número real. No ano seguinte, nesta mesma seção, o volume de
y
água e a profundidade média foram Q e h, respec-
tivamente, como indica o gráfico a seguir.
Profundidade (m)

h
10¡
30

0 x
20000 Q

Volume (milhares de m3)

III. Reta não paralela a um dos eixos Sabendo-se que tanto o volume de água precipi-
Dados três pontos no plano, a condição para que tado quanto a perda por evapotranspiração au-
esses três pontos estejam alinhados em uma mesma mentaram, de um ano para o outro, em 0,49% e
reta é que eles possuam a mesma inclinação, ou seja, que o gráfico utiliza a mesma escala para os dois
toda reta é um conjunto de pontos em que a taxa de eixos, o valor da profundidade h, em metros, foi
variação (coeficiente angular) é constante. de, aproximadamente:
A partir disso, considere o ponto P(xo, yo) e o coe- Dados: sen (10°) ù 0,17; cos (10°) ù 0,98.
ficiente angular m. Todo ponto (x, y) que pertence a) 30,15. d) 47,00.
b) 31,47. e) 98,00.
à reta dada por P e pelo coeficiente angular m deve
c) 44,70.
satisfazer: A quantidade aumentada é dada por
Q 5 20 000 ? 1,0049 5 20 098.
y 2 yo Assim, devemos ter:
5 m ⇒ y 2 yo 5 m ? ( x 2 xo ) sen 10° h 2 30
x 2 xo tg 10° 5 5 ⇒
cos 10° 20 098 2 20 000

0,17
h 5 98 ? 1 30. Logo,
Assim, dados um ponto e o coeficiente angular 0,98
de uma reta, sempre é possível obter uma equação h 5 47 m

dessa reta.

KAPA 6 Matemática – Setor 1105 25


3 (PUC-RJ) O retângulo ABCD tem um lado sobre o 4 (UFPR) Considere as retas r e s representadas no
eixo x e um lado sobre o eixo y, como mostra a plano cartesiano a seguir.
H-20
figura. A área do retângulo ABCD é 15 e a medida
do lado AB é 5. A equação da reta que passa por y
D e por B é: r
3
s

D C

O 4 x
A B
a) Escreva a equação da reta r.
a) y 5 25x 1 3 b) Qual deve ser o coeficiente angular da reta s,
b) y 5 3x 1 5 de modo que ela divida o triângulo cinza em
c) y 5 23x 1 5 dois triângulos com áreas iguais? Justifique sua
resposta.
d) y 5 23x 1 3
5 a) A reta r passa pelos pontos (0, 3) e (4, 0). Logo, seu
e) y 5 3x 1 3 coeficiente angular é tal que m 5 3 2 0 5 2 3 . Logo,
5 024 4
se A ABCD 5 AB ? AD ⇒ 15 5 5 ? AD ⇒ AD 5 3 e A é a uma equação da reta é dada por y 2 0 5 2 3 ? (x 2 4) ,
ou seja, 3x 1 4y 2 12 5 0. 4
origem, então B 5 (5, 0) e D 5 (0, 3).
Portanto, a equação da reta BD é
b) Para que a reta s divida o triângulo cinza em dois triângu-
x 1 y 5 1 ⇒ y 5 2 3 x 1 3. los com áreas iguais, deveremos ter m ponto médio de
5 3 5 AB, conforme a figura:
y
B(0, 3)
s

A(4, 0)
x

Portanto, x m 5 0 1 4 5 2 e ym 5 3 1 0 5 3 . Logo,
2 2 2
3 20
ym 2 0
ms 5 5 2 5 3.
xm 2 0 220 4

orientAção de estudo
tarefa Mínima tarefa complementar

AulA 45 AulA 45

Leia o resumo da aula; Leia o texto teórico das aulas 45 e 46;


Faça os exercícios 1 a 4 do capítulo 23, no Faça os exercícios 9 a 13 do capítulo 23, no
Caderno de Exercícios. Caderno de Exercícios;
Faça o exercício 17 na seção Rumo ao Enem.
AulA 46
AulA 46
Releia o resumo da aula;
Faça os exercícios 5 a 8 do capítulo 23, no Releia o item 1.2 do texto teórico das aulas 45 e 46;
Caderno de Exercícios. Faça os exercícios 14 a 18 do capítulo 23, no
Caderno de Exercícios;
Faça o exercício 18 na seção Rumo ao Enem.

26 Matemática – Setor 1105 KAPA 6


texto teÓrico

AulAs 41 e 42

meDInDo DIstÂnCIas
Um dos objetivos de se criar um sistema de coordenadas foi para ajudar na localização de objetos e pessoas.
Em muitas situações, essa localização é importante para traçar rotas e caminhos entre dois locais (entre dois
pontos); por isso, é essencial criar instrumentos que possam calcular distâncias num sistema de coordenadas.

R.
Co
rio
lan
o
R. Cláudio

R. Fábia

R.

al
ia
Pa

an
R. Duílio


le str

an
om
aI

oB
in a tá

lP
lia
ric

R.

od
De u
R. Mau

Ra


sd

s
R.

oV

Ba

íba
R.


Ce ale
R.

ra
to
l. M

Ca
Co
R. Marcelina elo

R.
de

R.
B
Ol
C
ia
ive

a
ira

un
ara Heliodora

om

c
Tu
.P

R.
Av

R.
De
s.


do

be
R. Va

le

m
á rb

Gu
to

Ai
iar
Co
.B

R.
R
R.

a
an
a
un

Di

jés
c

R.
s
Tu

íba

ina
R. R.
R.

Ca Ca
ia

ra

Ap

ás
jaí iu

Ca

b bi

iac
R.
a
om

R.

Ap
sa
.P
o

R.
Av
aR
R . F é l i x Delt

R.
wa

Co
ar
yo

i
ra
Ca

ca

ig
Ipa
R.

ro
Ipe
R.
R.

Ca
jaí
R.

ba

Ao se fazer um traçado num GPS, o caminho percorrido é dado pela soma das
distâncias entre os pontos que compõem o trajeto.

Anteriormente, vimos que dados dois pontos A(x A) e B(xB), a y


distância entre eles é o comprimento do segmento AB, dado por B
yB
B − A = ∆x = x B − x A .
Considere, agora, dois pontos A(x A, yA) e B(xB, yB) no plano
cartesiano, conforme mostra a figura: d
Aplicando o Teorema de Pitágoras no triângulo retângulo
destacado, temos:
A
yA

d2 5 (Δx)2 1 (Δy)2

ou seja,
O xA xB x

d2 5 (xB 2 x A)2 1 (yB 2 yA)2

Exemplo 1: A distância entre os pontos A(1, 4) e B(4, 8) é dada por:

d2 5 (4 2 1)2 1 (8 2 4)2 5 25 [ d 5 5

KAPA 6 Matemática – Setor 1105 27


Exemplo 2: A distância entre os pontos A(21, 2) e B(3, 22) é dada por:

d2 5 [3 2(21)]2 1 (22 2 2)2 5 32 [ d 5 4 2

Analogamente para o plano cartesiano, dados dois pontos A(x A, yA, z A) e B(xB, yB, zB) no espaço, temos que a
distância entre eles é dada por:

d2 5 (Δx)2 1 (Δy)2 1 (Δz)2

ou seja,

d2 5 (xB 2 x A)2 1 (yB 2 yA)2 1 (zB 2 z A)2

Medir distâncias é um recurso também muito utilizado para calcular áreas de figuras no plano e volumes
de sólidos no espaço, dadas as coordenadas de seus vértices. Outra forma de calcular a área de figuras será vista
nas aulas a seguir.

AulAs 43 e 44

1. DeteRmInantes e áReas

1.1 Introdução
Com o início dos estudos da geometria analítica, a partir dos trabalhos de Descartes e Fermat, muitos mate-
máticos buscaram conexões entre problemas algébricos e geométricos.
Alexandre Théophile Vandermonde foi um grande matemático francês, nascido em 1735, que estudava sis-
temas de equações e suas relações com a geometria. Vandermonde quis interpretar geometricamente o resultado
de um sistema de equações, bem como seus procedimentos de resolução.
Um desses procedimentos, que já havia aparecido em trabalhos de matemáticos como Gottfried Wilhelm Leibniz
(1646-1716), Colin Maclaurin (1698-1746), Gabriel Cramer (1704-1752) e Étienne Bézout (1730-1783), pode ser
aplicado ao cálculo de áreas de figuras no plano e de volumes de sólidos no espaço: a teoria dos determinantes.

1.2 Determinantes
Embora Vandermonde, juntamente com Pierre Simon (o Marquês de Laplace), tenham sistematizado a teoria
dos determinantes, o nome “determinante” surgiu em 1821 num trabalho do matemático Augustin-Louis Cauchy.
REPRODuçãO/WikiPEDiA/WikimEDiA COmmOns

Capa do trabalho e foto de A.L. Cauchy,


de 1821, onde aparece, pela primeira vez,
o termo “determinante”.

28 Matemática – Setor 1105 KAPA 6


Um determinante pode ser descrito como um operador que associa, a cada matriz quadrada, um número real.
Sabendo-se a ordem da matriz, é possível obter esse número. Veja:
Matrizes de ordem 1:
Nesse caso, o determinante é o próprio elemento da matriz:

Matriz Determinante
A 5 (a) det A 5 a

Matrizes de ordem 2:
Nesse caso, o determinante é dado pela diferença entre os produtos dos elementos das diagonais principal
e secundária:

Matriz Determinante

A5 a b det A 5 a b 5a?d2b ?c
c d c d

Matrizes de ordem 3:
Esse determinante foi assim descrito pelo matemático Pierre F. Sarrus:
Matriz Determinante

a b c a b c
e f d f d e
A5 d e f det A 5 d e f 5a? 2b ? 1c ?
h i g i g h
g h i g h i

No entanto, existe um processo mnemônico mais interessante, escrito pelo próprio Sarrus, que consiste no seguinte:
o
1 ) Dada a matriz, copia-se na lateral as duas primeiras colunas dessa matriz:

a b c a b
d e f d e
g h i g h

2o) Multiplica-se os elementos das diagonais a seguir, com os sinais convencionados da forma:

– – – + + +

3o) O determinante da matriz é a soma de todos os produtos, ou seja:


det A 5 a ? e ? i 1 b ? f ? g 1 c ? d ? h 2 c ? e ? g 2 a ? f ? h 2 b ? d ? i

1.3 áreas e volumes usando determinantes


Considere, no plano cartesiano com origem O(0,0), os pontos A(x A, yA), B(xB, yB) e o seguinte determinante:
xA yA
D5 .
xB yB

Então:

I. a área S do paralelogramo cujos lados são OA e OB é dada por S 5 |D|;


II. a área S do triângulo OAB é dada por S 5 1 ? D .
2
KAPA 6 Matemática – Setor 1105 29
Analogamente, considere no espaço com origem O(0, 0, 0) os pontos A(x A, yA, z A), B(xB, yB, zB), C(xC, yC, zC)
xA yA zA
e o determinante D 5 xB yB zB . Então:
xC yC zC

I. o volume V do paralelepípedo cujas arestas (não coplanares) são OA, OB e OC é dado por V 5 |D|;
II. o volume V do tetraedro OABC é dado por V 5 1 ? D .
6
Observação:
O volume de um paralelepípedo é o produto entre a área da base e a altura; assim, ao tomarmos um parale-
lepípedo de altura 1, seu volume é numericamente igual à área da base.
Considere, então, os pontos A(x A, yA, 1), B(xB, yB, 1) e C(xC, yC, 1) no plano z 5 1. Então, o paralelepípedo de
arestas OA, OB e OC tem altura 1 (é a distância entre os planos z 5 0 e z 5 1) e, assim, a área S do triângulo
xA yA 1
ABC é dada por S 5 1 ? D , onde D é o determinante D 5 xB yB 1 .
2
xC yC 1
Esse resultado é muito útil para calcular áreas de triângulos no plano cartesiano, sabendo as coordenadas
de seus vértices.

Aulas 45 e 46

1. equação De uma Reta

1.1 Coeficiente angular de uma reta


Observe os gráficos abaixo:

Variação
... MAS DESACELERA
O BRASIL CRESCE... 12,3%
Taxa média de crescimento anual, em %
A população em cada Censo, em milhões
190,7 2,99
2,89
169,8
2,39 2,48
146,8
1,93
119 1,64
93,1
70,1 1,02
51,9
41,2
30,6
10,1 14,3 17,4

1940/50 1950/60 1960/70 1970/80 1980/91 1991/00 2000/10


1872 1890 1900 1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010

Do primeiro gráfico, podemos perceber que a população está crescendo (pois os números são cada vez maiores
ao longo dos anos); mas, qual é a taxa com que essa população cresce? Será que ela cresce de maneira uniforme?
O segundo gráfico mostra exatamente isso: a taxa com que o primeiro gráfico cresce.
Medir taxas de variações é importante para diversas áreas do conhecimento. Se o gráfico for formado por
pontos de uma reta, essa taxa de variação pode ser dada por um número chamado coeficiente angular.
No primeiro gráfico, note-se por exemplo que, de 1970 a 1980, a variação da população foi de
119 2 93,1 5 25,9 milhões de pessoas. Então, caso o crescimento fosse uniforme nesse período de 10 anos,
25,9
poderíamos dizer que a taxa anual de crescimento foi de 5 2,59 milhões de pessoas.
10

30 Matemática – Setor 1105 KAPA 6


Ao associarmos eixos coordenados ao gráfico, conforme a figura a seguir, temos:

O BRASIL CRESCE...
A população em cada Censo, em milhões
y Variação
12,3%

190,7

169,8
146,8

119
93,1
70,1
51,9
41,2
30,6
10,1 14,3 17,4

1872 1890 1900 1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 x

variação no eixo y ∆y 119 2 93,1 25,9


Taxa de variação (coeficiente angular) 5 5 5 5 5 2,59
variação no eixo x ∆x 1980 2 1970 10
Assim, no caso geral, temos:
y

B
yB

Δy

A
θ
yA
Δx

θ
O xA xB x

O coeficiente angular (m) da reta é dado por:

∆y y 2 yA
m5 5 B
∆x xB 2 x A

∆y
Observe que a expressão , no triângulo retângulo, representa a tangente do ângulo θ. Esse ângulo é
∆x
chamado de ângulo de inclinação da reta: é o ângulo que a reta forma com o eixo x, no sentido positivo do eixo
e anti-horário. Assim, podemos escrever:

∆y y 2 yA
m 5 tg θ 5 5 B
∆x xB 2 x A

KAPA 6 Matemática – Setor 1105 31


Perceba, ainda, que qualquer reta do plano assume uma das quatro situações a seguir:

Posição da reta Coeficiente angular

0° , α , 90°
tg α . 0 [ m . 0
α

P x

90° , α , 180°
tg α , 0 [ m , 0
α

P x

α 5 0° (reta horizontal)
tg α 5 0 [ m 5 0

α 5 90° (reta vertical)


não existe tg α [ ∃ m
α

P x

1.2 equação de uma reta


Equacionar uma curva qualquer significa traduzir – em termos da linguagem algébrica – uma propriedade
que todos os pontos dessa curva têm em comum. Assim, por exemplo, quando escrevemos a equação y 5 2x,
isso significa que, para todo ponto dessa curva, a ordenada desse ponto será sempre o dobro do valor da abscissa.
Conhecendo a propriedade que os pontos da curva possuem, é possível escrever a equação de qualquer curva
(inclusive a reta). Veja:
y

I. Reta vertical
Todo ponto de uma reta vertical possui sempre o
mesmo valor para a abscissa (eixo x); logo, a equação de
toda reta vertical é da forma x 5 a, onde a representa
um número real.
0 x
a

32 Matemática – Setor 1105 KAPA 6


II. Reta horizontal
Todo ponto de uma reta horizontal possui sempre o mesmo valor para a ordenada (eixo y); logo, a equação de
toda reta horizontal é da forma y 5 b, onde b representa um número real.
y

0 x

III. Reta não paralela a um dos eixos


E se a reta não for uma reta vertical nem horizontal? Nesse caso, qual é a propriedade que os pontos dessa
reta têm?
Dados três pontos no plano, a condição para que esses três pontos estejam sobre uma mesma reta é que eles
possuam a mesma inclinação, ou seja, toda reta é um conjunto de pontos onde a taxa de variação (coeficiente
angular) é constante. Caso esses três pontos não estejam alinhados, eles serão vértices de um triângulo.
Sabendo disso, considere o ponto P(xo, yo) e o coeficiente angular m. Todo ponto (x, y) que pertence à reta
dada por P e pelo coeficiente angular m deve satisfazer:

y 2 yo
5 m ∴ y 2 yo 5 m ? ( x 2 xo )
x 2 xo

Assim, dados um ponto e o coeficiente angular de uma reta, é possível sempre obter uma equação dessa reta.
Observe os exemplos:
Exemplo 1: Obter a reta que passa por P(2, 4) e possui coeficiente angular m 5 3:

y 2 4 5 3 ? (x 2 2) ∴ y 2 4 5 3x 2 6 ∴ y 5 3x 2 2

Exemplo 2: Obter a reta que passa por A(21, 3) e B(1, 4):


Nesse caso, primeiro precisamos obter o coeficiente angular dessa reta. A partir dos dois pontos dados,
∆y 4 2 3 1
temos m 5 5 5 . Logo, usando um dos pontos dados – no caso, o ponto (1, 4) –, temos:
∆x 1 2 (21) 2

y 2 4 5 1 ? (x 2 1) ∴ 2y 2 8 5 x 2 1 ∴ x 2 2y 1 7 5 0
2

Observação: Note que é indiferente usar o ponto (1, 4) ou o ponto (21, 3) na equação; a equação da reta
é a mesma. De fato:

y 2 3 5 1 ?  x 2 (21)  ∴ 2y 2 6 5 x 1 1 ∴ x 2 2y 1 7 5 0
2

KAPA 6 Matemática – Setor 1105 33


AnotAçÕes

34 Matemática – Setor 1105 KAPA 6


RUMO AO
ENEM

Ciências Humanas e suas Tecnologias ............. 298


Ciências da natureza e suas Tecnologias ......... 303
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ......... 313
matemática e suas Tecnologias ........................ 320
Respostas ......................................................... 325
MATEMÁTICA E SUAS
TECNOLOGIAS

1 (Enem) Em uma escola, a probabilidade de um 4 (Enem) A probabilidade de um empregado permane-


aluno compreender e falar inglês é de 30%. Três cer em uma dada empresa particular por 10 anos ou
H-29 H-28
alunos dessa escola, que estão em fase final de
mais é de 1 . Um homem e uma mulher começam a
seleção de intercâmbio, aguardam, em uma sala, 6
serem chamados para uma entrevista. Mas, ao in- trabalhar nessa companhia no mesmo dia. Suponha
vés de chamá-los um a um, o entrevistador entra na que não haja nenhuma relação entre o trabalho dele
sala e faz, oralmente, uma pergunta em inglês que e o dela, de modo que seus tempos de permanência
pode ser respondida por qualquer um dos alunos. na firma são independentes entre si.
A probabilidade de o entrevistador ser entendido e A probabilidade de ambos, homem e mulher, per-
ter sua pergunta oralmente respondida em inglês é manecerem nessa empresa por menos de 10 anos
a) 23,7% d) 65,7% é de
b) 30,0% e) 90,0% 60 24 1
a) c) e)
c) 44,1% 36 36 36

2 (Enem) Em uma central de atendimento, cem pes- b) 25 d) 12


soas receberam senhas numeradas de 1 até 100. 36 36
H-28
Uma das senhas é sorteada ao acaso. 5 (Enem) Para analisar o desempenho de um método
Qual é a probabilidade de a senha sorteada ser um diagnóstico, realizam-se estudos em populações
H-29
número de 1 a 20? contendo pacientes sadios e doentes. Quatro si-
tuações distintas podem acontecer nesse contexto
a) 1 c) 20 e)
80 de teste:
100 100 100
1. Paciente TEM a doença e o resultado do teste
21 é POSITIVO.
b) 19 d)
100 100 2. Paciente TEM a doença e o resultado do teste
é NEGATIVO.
3 (Enem) Uma competição esportiva envolveu 20 3. Paciente NÃO TEM a doença e o resultado do
equipes com 10 atletas cada. Uma denúncia à or- teste é POSITIVO.
H-30
ganização dizia que um dos atletas havia utilizado
substância proibida. 4. Paciente NÃO TEM a doença e o resultado do
teste é NEGATIVO.
Os organizadores, então, decidiram fazer um exa-
me antidoping. Foram propostos três modos dife- Um índice de desempenho para avaliação de um
rentes para escolher os atletas que irão realizá-lo: teste diagnóstico é a sensibilidade, definida como
Modo I: sortear três atletas dentre todos os a probabilidade de o resultado do teste ser POSI-
participantes; TIVO se o paciente estiver com a doença.
Modo II: sortear primeiro uma das equipes e, des- O quadro refere-se a um teste diagnóstico para a
ta, sortear três atletas; doença A, aplicado em uma amostra composta por
duzentos indivíduos.
Modo III: sortear primeiro três equipes e, en-
tão, sortear um atleta de cada uma dessas três
equipes. Doença A
Resultado do teste
Considere que todos os atletas têm igual proba- Presente Ausente
bilidade de serem sorteados e que P(I), P(II) e P(III)
Positivo 95 15
sejam as probabilidades de o atleta que utilizou a
substância proibida seja um dos escolhidos para Negativo 5 85
o exame no caso de o sorteio ser feito pelo modo
BENSEÑOR, I. M.; LOTUFO, P. A. Epidemiologia:
I, II ou III.
abordagem prática. São Paulo: Sarvier, 2011. Adaptado.
Comparando-se essas probabilidades, obtém-se
Conforme o quadro do teste proposto, a sensibi-
a) P(I) < P(III) < P(II)
lidade dele é de
b) P(II) < P(I) < P(III)
c) P(I) < P(II) = P(III) a) 47,5% d) 94,4%
d) P(I) = P(II) < P(III) b) 85,0% e) 95,0%
e) P(I) = P(II) = P(III) c) 86,3%

320 Rumo ao Enem KAPA 6


6 (Enem) O número de frutos de uma determinada espécie de planta se distribui de acordo com as probabili-
dades apresentadas no quadro.
H-28

Número de frutos Probabilidade


0 0,65
1 0,15
2 0,13
3 0,03
4 0,03
5 ou mais 0,01

A probabilidade de que, em tal planta, existam, pelo menos, dois frutos é igual a
a) 3% b) 7% c) 13% d) 16% e) 20%

7 (Enem) Todo o país passa pela primeira fase de campanha de vacinação contra a gripe suína (H1N1). Segun-
do um médico infectologista do Instituto Emilio Ribas, de São Paulo, a imunização “deve mudar”, no país, a
H-29
história da epidemia. Com a vacina, de acordo com ele, o Brasil tem a chance de barrar uma tendência do
crescimento da doença, que já matou 17 mil no mundo. A tabela apresenta dados específicos de um único
posto de vacinação.

Campanha de vacinação contra a gripe suína

Quantidade
Datas da vacinação Público-alvo de pessoas
vacinadas
Trabalhadores da
8 a 19 de março saúde e 42
indígenas
22 de março Portadores de
22
a 2 de abril doenças crônicas
Adultos
5 a 23 de abril saudáveis entre 56
20 e 29 anos
24 de abril População com
30
a 7 de maio mais de 60 anos
Adultos
10 a 21 de maio saudáveis entre 50
30 e 39 anos
Disponível em: <http://img.terra.com.br>.
Acesso em: 26 abr. 2010. Adaptado.

Escolhendo-se aleatoriamente uma pessoa atendida nesse posto de vacinação, a probabilidade de ela ser
portadora de doença crônica é
a) 8%. b) 9%. c) 11%. d) 12%. e) 22%.

8 (Enem) Uma fábrica possui duas máquinas que produzem o mesmo tipo de peça. Diariamente a máquina M
produz 2 000 peças e a máquina N produz 3 000 peças. Segundo o controle de qualidade da fábrica, sabe-se
H-29
que 60 peças, das 2 000 produzidas pela máquina M, apresentam algum tipo de defeito, enquanto que 120
peças, das 3 000 produzidas pela máquina N, também apresentam defeitos. Um trabalhador da fábrica escolhe
ao acaso uma peça, e esta é defeituosa.
Nessas condições, qual a probabilidade de que a peça defeituosa escolhida tenha sido produzida pela má-
quina M?

a) 3 b) 1 1 d) 3 2
c) e)
100 25 3 7 3

KAPA 6 Rumo ao Enem 321


9 (Enem) Uma empresa aérea lança uma promoção de final de semana para um voo comercial. Por esse motivo,
o cliente não pode fazer reservas e as poltronas serão sorteadas aleatoriamente. A figura mostra a posição
H-29
dos assentos no avião:

Por ter pavor de sentar entre duas pessoas, um passageiro decide que só viajará se a chance de pegar uma
dessas poltronas for inferior a 30%.
Avaliando a figura, o passageiro desiste da viagem, porque a chance de ele ser sorteado com uma poltrona
entre duas pessoas é mais aproximada de
a) 31%. b) 33%. c) 35%. d) 68%. e) 69%.

10 (Enem) Numa escola com 1 200 alunos foi realizada uma pesquisa sobre o conhecimento desses em duas
línguas estrangeiras, inglês e espanhol.
H-28
Nessa pesquisa constatou-se que 600 alunos falam inglês, 500 falam espanhol e 300 não falam qualquer um
desses idiomas.
Escolhendo-se um aluno dessa escola ao acaso e sabendo-se que ele não fala inglês, qual a probabilidade
de que esse aluno fale espanhol?

a) 1 b) 5 c) 1 d)
5
e)
5
2 8 4 6 14

11 (Enem) Uma fábrica de parafusos possui duas máquinas, I e II, para a produção de certo tipo de parafuso.
H-29 54
Em setembro, a máquina I produziu
100
do total de parafusos produzi- 0 ≤P < 2 Excelente
25 100
dos pela fábrica. Dos parafusos produzidos por essa máquina, eram
1000
defeituosos. Por sua vez, 38 dos parafusos produzidos no mesmo mês 2 ≤P < 4
Bom
1000 100 100
pela máquina II eram defeituosos.
4 ≤P < 6
O desempenho conjunto das duas máquinas é classificado conforme o Regular
100 100
quadro, em que P indica a probabilidade de um parafuso escolhido ao
acaso ser defeituoso. 6 ≤P < 8
Ruim
O desempenho conjunto dessas máquinas, em setembro, pode ser clas- 100 100
sificado como
8 ≤P ≤1
a) excelente. c) regular. e) péssimo. Péssimo
100
b) bom. d) ruim.

12 (Enem) O gráfico mostra a velocidade de conexão à internet utilizada em domicílios no Brasil. Esses dados são
resultado da mais recente pesquisa, de 2009, realizada pelo Comitê Gestor da Internet (CGI).
H-28

% domicílios segundo a velocidade


de conexão à internet
40
35 34
30
25 24
20
20
15
15
10
5
5
1 1
0
Até 256 Entre 256 De De De Acima Não sabe/
kbps e 1 Mbps 1 Mbps 2 Mbps 4 Mbps de 8 Não
a 2 Mbps a 4 Mbps a 8 Mbps Mbps respondeu

Disponível em: <http://agencia.ipea.gov.br>.


Acesso em: 28 abr. 2010. Adaptado.

322 Rumo ao Enem KAPA 6


Escolhendo-se, aleatoriamente, um domicílio pes- 15 (UPE) Um relógio quebrou e está marcando a hora
quisado, qual a chance de haver banda larga de representada a seguir:
H-8
conexão de pelo menos 1 Mbps nesse domicílio?
a) 0,45 c) 0,30 e) 0,15

ANDREW SCHERBACKOV/SHUTTERSTOCK
b) 0,42 d) 0,22

13 (Fuvest-SP) Uma das primeiras estimativas do


raio da Terra é atribuída a Eratóstenes, estudio-
H-8
so grego que viveu, aproximadamente, entre
275 a.C. e 195 a.C. Sabendo que em Assuã, ci-
dade localizada no sul do Egito, ao meio-dia do
solstício de verão, um bastão vertical não apre-
sentava sombra, Eratóstenes decidiu investigar o
que ocorreria, nas mesmas condições, em Ale-
xandria, cidade no norte do Egito. O estudioso Felizmente os ponteiros ainda giram na mesma di-
observou que, em Alexandria, ao meio-dia do reção, mas a velocidade do ponteiro menor equi-
solstício de verão, um bastão vertical apresen-
vale a 9 da velocidade do ponteiro maior. Depois
tava sombra e determinou o ângulo θ entre as 8
direções do bastão e de incidência dos raios de de quantas voltas o ponteiro pequeno vai encon-
sol. O valor do raio da Terra, obtido a partir de θ trar o ponteiro grande?
e da distância entre Alexandria e Assuã foi de, a) 3,0 d) 6,5
aproximadamente, 7 500 km. b) 4,0 e) 9,5
c) 4,5
Raios 16 (Enem) Um construtor pretende murar um terre-
de sol
u no e, para isso, precisa calcular o seu perímetro.
H-6
O terreno está representado no plano cartesiano,
Alexandria conforme a figura, no qual foi usada a escala 1:500.
Use 2,8 como aproximação para 8.
Assuã
cm
6

1 9 cm
O mês em que foram realizadas as observações e
o valor aproximado de θ são De acordo com essas informações, o perímetro do
(Note e adote: distância estimada por Eratóstenes terreno, em metros, é
entre Assuã e Alexandria ≅ 900 km; π = 3.) a) 110. d) 130.
a) junho; 7°. d) dezembro; 23°. b) 120. e) 144.
b) dezembro; 7°. e) junho; 0,3°. c) 124.
c) junho; 23°.
17 (Enem) O cristalino, que é uma lente do olho huma-
14 (UEG-GO) Considerando 1o como a distância média no, tem função de fazer ajuste fino na focalização, ao
H-20
entre dois meridianos, e que na linha do equador que se chama acomodação. À perda da capacidade
H-8
corresponde a uma distância média de 111,322 km, de acomodação com a idade chamamos presbiopia.
e tomando-se esses valores como referência, po- A acomodação pode ser determinada por meio da
de-se inferir que o comprimento do círculo da Ter- convergência do cristalino. Sabe-se que a convergên-
ra, na linha do equador, é de, aproximadamente, cia de uma lente, para pequena distância focal em
a) 52 035 km metros, tem como unidade de medida a diopria (di).
b) 48 028 km A presbiopia é representada por meio da relação
c) 44 195 km entre convergência máxima Cmax (em di) e a idade
d) 40 076 km T (em anos), mostrada na figura seguinte.

KAPA 6 Rumo ao Enem 323


18 (Enem) Os procedimentos de decolagem e pouso
8 de uma aeronave são os momentos mais críticos
H-15
de operação, necessitando de concentração total
da tripulação e da torre de controle dos aeropor-
6 tos. Segundo levantamento da Boeing, realizado
i

em 2009, grande parte dos acidentes aéreos com


vítimas ocorre após iniciar-se a fase de descida da
4 aeronave. Desta forma, é essencial para os proce-
dimentos adequados de segurança monitorar-se o
tempo de descida da aeronave.
2 A tabela mostra a altitude y de uma aeronave, re-
gistrada pela torre de controle, t minutos após o
início dos procedimentos de pouso.
0
10 20 30 40 50 60 tempo t
IDADE (anos)
0 5 10 15 20
(em minutos)
COSTA, E. V.; FARIA LEITE, C. A. F. Revista Brasileira de altitude y
10 000 8 000 6 000 4 000 2 000
Ensino de Física, v. 20, n. 3, set. 1998. (em metros)
Considerando esse gráfico, as grandezas conver-
gência máxima Cmax e idade T estão relacionadas Considere que, durante todo o procedimento de
algebricamente pela expressão pouso, a relação entre y e t é linear.
a) Cmax = 2–T Dispon’vel em: <www.meioaereo.com>.
b) Cmax = T2 – 70T + 600 De acordo com os dados apresentados, a relação
c) Cmax = log2 (T2 – 70T + 600) entre y e t é dada por
d) Cmax = 0,16T + 9,6
a) y = – 400t
e) Cmax = – 0,16T + 9,6
b) y = – 2 000t
c) y = 8 000 – 400t
d) y = 10 000 – 400t
e) y = 10 000 – 2 000t

ANOTAÇÕES

324 Rumo ao Enem KAPA 6


ResPosTas
CiênCias Humanas e suas TeCnologias

História 5. C 2. D

6. B 3. E
1. D
4. C
2. C
7. D
5. A
3. D geografia 6. A

4. D 1. C 7. E

CiênCias da naTuReza e suas TeCnologias

Física 13. E 9. C

1. E 14. C 10. A

2. B 15. E 11. A

3. D 12. D
Química
4. A 1. C Biologia
5. A 2. C 1. C
6. E 3. C 2. E
7. C 4. B 3. D
8. E 5. B 4. E
9. A 6. D 5. B
10. A 7. A 6. A
11. D 8. D 7. B
12. D

linguagens, Códigos e suas TeCnologias

gramática 4. A 4. D

1. B 5. A 5. D

2. C 6. B
língua inglesa
entendimento de Texto literatura 1. C

1. D 1. A 2. C

2. E 2. C 3. B

3. D 3. C 4. A

KAPA 6 Rumo ao Enem 325


maTemáTiCa e suas TeCnologias

1. D 7. C 13. A

2. C 8. C 14. D

3. E 9. A 15. B

4. B 10. A 16. C

5. E 11. B 17. E

6. E 12. D 18. D

326 Rumo ao Enem KAPA 6


anoTaçÕes
anoTaçÕes
anoTaçÕes
anoTaçÕes
NGL O material que você tem
em mãos foi criteriosamente
planejado para auxiliá-lo a ter êxito
nos mais concorridos vestibulares,
além de prepará-lo para o Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem). Toda a coleção
oferece resumos e atividades essenciais para
aqueles que pretendem ingressar nas melhores
universidades do país. A metodologia
utilizada tem a força do curso Anglo e de seus
professores. Concentração, participação e
dedicação são habilidades necessárias nessa
fase e desenvolvidas ao longo de todo o
curso. Espera-se que, ao final dele,
o aluno esteja apto para a
vida universitária.

648219

Você também pode gostar