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PRINCÍPIOS DE BIOQUÍMICA DE LEHNINGER 11

A célula e Complexos
Macromoléculas Unidades monoméricas
suas organelas supramoleculares
NH2
Nucleotídeos
DNA N
O2
O N
2
O P O CH2 O
O
H H
H H

Cromatina OH H

COO2
1
H3N C H
CH3
Proteína
Aminoácidos
Membrana plasmática
Celulose OH
CH 2 O
H
H H OH
OH
HO OH
H

Açúcares CH
2 OH
H
Parede celular O

FIGURA 111 Hierarquia estrutural na organização molecular das o núcleo desta célula de planta contém cromatina, complexo supramo-
células. As organelas e outras estruturas relativamente grandes das célu- lecular que consiste em DNA e proteínas (histonas). O DNA é feito de su-
las são feitas de complexos supramoleculares, que por sua vez são feitos de bunidades monoméricas simples (nucleotídeos), assim como as proteínas
moléculas menores e de subunidades moleculares menores. Por exemplo, (aminoácidos).

multicompartimentalizadas, com determinados proces- c Complexos supramoleculares unidos por interações não
sos segregados em organelas específicas; as organelas covalentes são parte de uma hierarquia de estruturas,
podem ser separadas e estudadas isoladamente. algumas delas visíveis ao microscópio óptico. Quando
c As proteínas do citoesqueleto se organizam em longos moléculas individuais são removidas desses complexos
filamentos que dão forma e rigidez às células e servem para serem estudadas in vitro, algumas interações, im-
como trilhos ao longo dos quais as organelas celulares se portantes na célula viva, podem ser perdidas.
deslocam por toda a célula.
1.2 Fundamentos químicos
A bioquímica tenta explicar as formas e as funções bioló-
gicas em termos químicos. No final do século XVIII, os quí-
micos concluíram que a composição da matéria viva é im-
pressionantemente diferente daquela do mundo inanimado.
Envelope Flagelo
celular Antoine-Laurent Lavoisier (1743-1794) percebeu a relati-
va simplicidade do “mundo mineral” e contrastou-a com a
complexidade dos “mundos animal e vegetal”. Ele sabia que
esses últimos eram constituídos de compostos ricos nos ele-
mentos carbono, oxigênio, nitrogênio e fósforo.
Membrana
externa Durante a primeira metade do século XX, investigações
bioquímicas conduzidas em paralelo sobre a oxidação da
Membrana glicose em leveduras e células de músculo animal revela-
interna ram semelhanças químicas marcantes nesses dois tipos
Ribossomo celulares aparentemente muito distintos, indicando que a
DNA queima da glicose em leveduras e células musculares envol-
(nucleoide)
ve os mesmos 10 intermediários químicos e as mesmas 10
enzimas. Estudos subsequentes de muitos outros processos
químicos em diferentes organismos confirmaram a gene-
ralidade dessa observação, resumida em 1954 por Jacques
Monod: “O que vale para a E. coli também vale para um
FIGURA 112 A célula lotada. Este desenho de David Goodsell é uma re- elefante”. A atual compreensão de que todos os organis-
presentação precisa dos tamanhos relativos e número de macromoléculas
em uma região pequena da célula de E. coli. Este citosol concentrado, repleto mos têm uma origem evolutiva comum baseia-se, em parte,
de proteínas e ácidos nucleicos, é muito diferente de um extrato típico de nessa observação de que todos compartilhem dos mesmos
células em estudos bioquímicos onde o citosol é diluído muitas vezes, alte- processos e intermediários químicos, o que muitas vezes é
rando bastante a interação entre as macromoléculas. denominado de unidade bioquímica.

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