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O Evangelho Segundo

João
Análise ocular dentre o círculo mais íntimo dos seguidores do Senhor
0 quarto evangelho declara francamente o propósito do li­ (cf 12.16; 13.29) poderia fornecer os detalhes íntimos que apa­
vro: “...fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais... recem no livro. Outrossim, o relato especial e algumas vezes
Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o indireto da participação de João parece confirmar igualmente
Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em a sua autoria (1.37-40; 19.26;20.2,4,8; 21.20,23,24). O frag­
seu nome” (20.30,31). mento de uma antiga cópia, que data do inicio do segundo sé­
Desde o prólogo 1.1-18 com seu grande clímax: “...e vi­ culo, indica que o original, naturalmente, é mais antigo ainda
mos a sua glória...” (v 14), até à confissão final de Tomé: “Se­ e pertencente ao período da vida de João. Os eruditos conser­
nhor meu e Deus meu!” (20.28), o leitor é constantemente vadores situam-no depois da escrita dos outros evangelhos, ou
impelido a prostrar-se de joelhos em adoração. Jesus Cristo seja, algum tempo entre 69 d.C. (antes da queda de Jerusalém)
aparece como mais que um mero homem; de fato, mais do que e 90 d.C.
um simples enviado sobrenatural ou representante da Divin­
dade. Ele é o verdadeiro Deus que veio em carne.
Os hebreus, esperando pelo seu Messias vindouro, entre­
tanto (1.19-26), necessitavam de prova sobre a reivindicação
Esboço
de Jesus de ser o prometido Messias do Antigo Testamento REVELAÇÃO DA PALAVRA NA ETERNIDADE, 1.1,2
REVELAÇÃO DA PALAVRA NA CRIAÇÃO, 1.3,4,9
João apresenta essas provas. Milagres e discursos seleciona­
REVELAÇÃO DA PALAVRA NA REDENÇÃO, 1.5 - 2 1 25
dos dentre apenas vinte dias dos três anos de ministério puhli O Lato Testemunho do Prólogo, 1 .9 -1 4 ,1 6 -1 8
co de Jesus validam dramaticamente Sua posição de Cristo, o O Testemunho que Coroa a Antiga Dispensação,
Filho de Deus. Oito sinais ou ações revelam não apenas o Seu I . 5 -8 .1 5 ,1 9 -2 8
poder, mas igualmente atestam a Sua glória como o divino pos­ O Testemunho Inicial da Nova Dispensação, 1.29 -51
suidor da graça redentora. Jesus é o grande “Eu Sou”, a única Os Grandes Sinais e os Discursos Públicos, 2.1 — 12.11
esperança de uma raça em tudo mais destituída de Liderança. Primeiro Sinal: Água e Vinho, 2 .1 -1 2
Água transformada em vinho, comerciantes e animais para sa­ Segundo Sinal■Purificação do Templo, 2.13 - 22
FESTA: o Messias no Templo: Páscoa, 2 .2 3 -2 5
crifícios expulsos do templo; o filho do nobre curado à distân­
Discurso (Nicodemos): Cristo, a Fonte da Nova Vida,
cia; o paralítico curado no sábado; as multiplicações de pães;
fir lljjitttlõigs
Jesus a andar sobre a superfície da água; a vista restaurada ao Disputa sobre loão Batista e Jesus, 3.22 — 4.3
cego de nascença; Lázaro chamado de volta de entre os mor­ Discurso (a Samarilana): Cristo, a Água da Vida, 4 .4 - 4 2
tos: todos esses milagres revelam Quem Jesus é e o que Ele Terceiro Sinal. Curando à Distância, 4.43- 54
faz. Progressivamente, João o retrata como a fonte da nova FESTA: O Messias no Templo: Páscoa, 5.1
vida, a água da vida, e o pão da vida. Até os Seus próprios ini­ Quarto Sinal: A Cura do Paralítico no Sábado, 5 .2 - 1 6 ,
migos recuam e caem perante o “Eu Sou”, que se entregava Discurso (Escribas e Fariseus): Cristo, o Filho Divino,
voluntariamente ao sofrimento da cruz (18.5,6). 5 .1 7 -4 7
Quinto Sinal: Alimentando os Cinco Mil, 6.1 - 15
Procurando salvar o homem do pecado e da condenação,
Sexto Sinal: Andando sobre a água, 6.16-21
e restaurá-lo à comunhão divina e à santidade, o Logos etemo Discurso (Multidões): Cristo, o Pão da Vida, 6 .2 2 -5 9
fez deste mundo Sua habitação temporária (1.14). Através de Discurso (Discípulos): Cristo, o Espírito Doador da Vida,
Sua graça, homens caídos se tomam qualificados para habitar 6.60 71
em Deus (14.20) e, finalmente, para entrarem nas mansões FESTA: o Messias no Templo: Tabernáculos, 7.1 -5 2
eternas (14.2,3). Em Sua própria pessoa, Jesus cumpre o sig­ A Mulher Apanhada em Adultério, 7.53 —8.11
nificado das profecias e das festividades do Antigo Testamen­ Discurso (Fariseus): Cristo, a Lu/ do Mundo, 8.12 -30
to. Triunfa, finalmente, até mesmo sobre a morte e a sepultura, Discurso (Seguidores Professos): Cristo, a Fonte da
Liberdade, 8 .3 1 -5 9
e deixa aos Seus seguidores um notável legado para dar pros­
Sétimo Sinal: Cura do Cego de Nascença, 9.1 -41
seguimento à missão misericordiosa, sem igual na história.
Discurso (Fariseus): Cristo, o Bom Pastor, 10.1 -21
Estendendo-se de eternidade a eternidade, o quarto evan­ TESTA: o Messias no Templo: A Dedicação, 1 0.22-42
gelho liga o destino tanto dos judeus como dos gentios, como Oitavo Sinal: A Ressurreição de I á/aro, 11.1 -47
parte da criação inteira, à ressurreição do encarnado e crucifi­ Retira-se para bfraim. enquanto Judeus n esperam,
cado Logos. I I . 4 7 -5 4
Jesus Ungido por Maria, em Betánia, 11.55- 12.11
A Grande Semana d.l Paixão, 12.12 — 19 42
Autor
Entrada Triunfal em Jmisalem (domingo), 1 2.1 2 -19
Embora o quarto evangelho em parte alguma dê claramen­
Os Gentios Buscam Jesus (terça-feira), 12.20 -36
te o nome de seu escritor, pouca dúvida existe de que João, “o Os Judeus Rejeitam a Jesus, 12.37 50
discípulo amado”, foi o seu autor. Somente uma testemunha
1483 JOÃO 1.15

TESTA: o Messias no Templo: a Páscoa e a Ceia do Senhor A Crucificação e o Sepultamento, 19.16 42


(quinta-feira), 1 3.1 -3 0 O Senhor Ressurreto e Sua Família Redimida,
Discursos de Despedida (Discípulos): O Legado de Cristo 2 0 .1 — 21.25
a Seus Seguidores, 14.1 16.33 O Tumulo Vázio, 20.1 -1 8
Oraçao de Intercessão, 17,1 - 2 6 Outras Aparições do Ressuscitado,
Traição e Aprisionamento no Getsêmaf^(sexta-feira), 2 0 .1 9 - 21.2
18.1 -2 2 Instruções a Seus Discípulos, 2 1.3 -2 3
O lulgamenlo de |esus, 18.13— 19.16 Post-Scriptum Devocional, 21.24,25

A encarnação do Verbo 1.1 foi feito por intermédio dele, mas o mundo
OPv 8.22-23;
No princípio era o Verbo, e o Verbo es­ jo 17.5; não o conheceu.1'

I tava com Deus, e o Verbo era Deus.0


2 Ele estava no princípio com Deus.b
IJo 1.1-2
1.2 t»Cn 1.1
1.3 cSI 33.6;
3 Todas as coisas foram feitas por inter­ Ef 3.9; Hb 1.2
11 Veio para o que era seu, e os seus não
o receberam.)
12 Mas, a todos quantos o receberam,
médio dele, e, sem ele, nada do que foi feito 1.4 <3(o 5.26; deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
1)o 5.11
se fez.c Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;*1
1.5 cjo 3.19
4 A vida estava nele e a vida era a luz dos
1.6 'Mt 3.1; 13 os quais não nasceram do sangue, nem
homens.d Mc 1.4; Lc 3.1-2 da vontade da carne, nem da vontade do ho­
1.7 9 At 19.4
5 A luz resplandece nas trevas, e as trevas mem, mas de Deus.*
1.9 6 Is 49.6;
não prevaleceram contra ela.c IJo 2.8 14 E o Verbo se fez carne e habitou entre
6 Houve um homem enviado por Deus 1.10 rj0 1.3 nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a
1.11 /Lc 19.14
cujo nome era João sua glória, glória comp do unigénito do Pai.m
1.12 Ms 56.5;
7 Este veio como testemunha para que tes­Cl 3.26;
tificasse a respeito da luz, a fim de todos 2Pe 1.4; IJo 3.1 O testemunho de João Batista
virem a crer por intermédio dele.9 1.13 'Jo 3.5;
IPe 1.23 15 João testemunha a respeito dele e ex­
8 Ele não era a luz, mas veio para que 1.14 mis 40.5;
clama: Este é o de quem eu disse: o que vem
testificasse da luz, Lc 1.31,35;
9 Rm 1.3; Cl 1.19; depois de mim tem, contudo, a primazia, por­
a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao
ITm 3.16; quanto já existia antes de mim.n
mundo, ilumina a todo homem.h 2Pe 1.17
10 O Verbo estava no mundo, o munda 1.15 "Mt 3.11; Lc 3.16; Cl 1.17

1.1 No princípio. Antes da criação (cf Cn 1 .1). Verbo (gr to­ 1.9 Verdadeira luz. Cristo e só Ele, vindo ao mundo ilumina
gos). Não denota o fogos de Platão, que significava a Idéia a todo homem. Não há salvação das trevas à parte dEle
universal e absoluta, nem de Filo, que identificava o logos (At 4.12).
com a sabedoria de Deus. Logos para João é uma pessoa, que 1.10 Mesmo antes de Sua encarnação Cristo estava ativo na
comunica a realidade de Deus aos homens pela Sua encarna­ criação e na revelação de Deus por intermédio dos profetas e
ção e sacrifício na cruz. Logos. Servia o termo de ponte entre patriarcas.
o mundo grego e judaico. Sendo Deus, o Logos é a perfeita
1.11 Seu, e os seus. "Seu", no grego, significa "sua casa";
expressão de Deus. A revelação no AT era perfeita mas incom­
"Seus" significa Seu povo. Mesmo rejeitado pela maioria de
pleta; no N T é perfeita e completa (cf 14.9; Hb 1.1,2 ). O
Israel, Cristo se oferece a todos entre os quais alguns O
Verbo era Deus. A falta do artigo no original não quer dizer
recebem.
'u m Deus" mas que o Verbo tinha a natureza divina. "O Filho
está destacado na Trindade, mas a Trindade toda não é o 1.12 Filhos de Deus. Ninguém nasce de Deus pelo primeiro
nascimento (o carnal). A filiação se limita aos que crêem e
Verbo".
recebem a Cristo.
1.3 A atuação de Cristo na criação também se encontra em
1.13 Do sangue (gr ex haimatõn "dos sangues". O plural in­
Cl 1.16,17.
dica que o nascimento Concedido por Deus não vem por
1.4 Vida estava nele. Pode referir-se à provisão do Espírito descendência humana nem através de descendência privile­
que pela morte de Cristo passaria a habitar nos crentes giada (cf 3.4,6 ; 6.44).
(7.37ss).
1.14 O Verbo se fez carne. O eterno Filho, o Verbo de Deus,
1.5 A luz. É identificada com a vida que Deus compartilha: é se encarnou como homem (cf Rm 8 .3). Esta verdade essen­
o contrário de trevas, existência sem Deus que equivale à cial nega terminantemente a heresia gnóstica que afirmava
morte eterna. A luz não pode ser vencida pelo mal, absoluta­ que a encarnação não foi real (cf 1 Jo 4 .2 ,3 ). Habitou, gr
mente (1 Jo 2 .8). skênoõ "tabernaculou". Em Cristo vemos a realidade da glória
1.6,7 Um homem. Foi João, o Batizador, quem primeiro divina, o zelo de Deus em se aproximar dos homens mesmo
apontou Jesus aos homens como luz, e foi através da fé desses sendo pecadores. Croço. Favor de Deus não merecido. Ver­
homens que outros vieram a crer (cf 5.35). dade. A fidelidade de Deus.
JOÃO 1.16 1484
16 Porque todos nós temos recebido da 1.16 o|o 3.34; 28 Estas coisas se passaram em Betânia,
Cl 1.19
sua plenitude e graça sobre graça.0 do outro lado do Jordão, onde João estava
17 Porque a lei foi dada por intermédio de 1.17 pÊx 20.1; batizando, y
Moisés; a graça e a verdade vieram por meio |o8.32
de Jesus Cristo.P João Batista torna a repetir
1.18 9Êx 33.20; o seu testemunho
18 Ninguém jamais viu a Deus; o Deus Mt 11.27;
unigénito, que está no seio do Pai, é quem o Jo 3.16,18; 29 No dia seguinte, viu João a Jesus, que
revelou. 1Tm 1.17; vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de
IJo 4.9,12,20
Deus, que tira o pecado do mundo!*
João Batista repete o seu testemunho 1.19 f|o 5.33
30 É este a favor de quem eu disse: após
Mt 3.1-12; Mc 1.2-8; Lc 3.1-18 mim vem um varão que tem a primazia, por­
19 Este foi o testemunho de João, quando 1.20sLc3.15; que j á existia antes de mim.°
At 13.25 31 Eu mesmo não o conhecia, mas, a fim
os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdo­
tes e levitas para lhe perguntarem: Quem de que ele fosse manifestado a Israel, vim, por
1.21 t Ml 4.5
és tu?r “ Dt 18.15-18 isso, batizando com® água.b
20 Ele confessou e não negou; confessou:
1.23 Ws 40.3 O batismo de Jesus
Eu não sou o Cristo.5
M t 3.13-17; Mc 1.9-11; Lc 3.21-22
21 Então, lhe perguntaram: Quem és,
1.26 WMI 3.1
pois? És tu Elias'? Ele disse: Não sou. És tu 32 E João testemunhou, dizendo: Vi o Es­
o profeta“? Respondeu: Não. 1.27 *)o 1.15;
pírito descer do céu como pomba e pousar
22 Disseram-lhe, pois: Declara-nos quem At 19.4 sobre ele.c
és, para que demos resposta àqueles que nos 33 Eu não o conhecia; aquele, porém, que
1.28 y]z 7.24 me enviou a batizar com® água me disse:
enviaram; que dizes a respeito de ti mesmo?
23 Então, ele respondeu: Aquele sobre quem vires descer e pousar o
1.29 *Êx 12.3;
Eu sou a voz do que clama no deserto: Jo 53.36;
Espírito, esse é o que batiza com® o Espírito
Endireitai o caminho do Senhor“, ICo 15.3; Santo.d
Cl 1.4; 34 Pois eu, de fato, vi e tenho testificado
como disse q profeta Isaías. IPe 1.19;
24 Ora, os que haviam sido enviados eram IJo 2.2; Ap 1.5 que ele é o Filho de Deus.
de entre os fariseus.
1.30 “ Jo 1.15 Dois discípulos de João Batista
25 E perguntaram-lhe: Então, por que ba­
seguem Jesus
tizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o 1.31 6MI 3.1;
profeta? 35 No dia seguinte, estava João Outra vez
U 1.17,76-77
26 Respondeu-lhes João: Eu batizo com® na companhia de dois dos seus discípulos
água; mas, no meio de vós, está quem vós não 1.32 cMt 3.16; 36 e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cor­
Lc 3.22 deiro de Deus!e
conheceis,*“
27 o qual vem após mim, do qual não sou 37 Os dois discípulos, ouvindo-o dizer
1.33 “ Mt 3.11
digno de desatar-lhe as correias das san­ isto, seguiram Jesus.
dálias.* 1.36 *Jo 1.29 •com ; ou em

1.16 Plenitude (gr plêrôma, cf Cl 1.19; 2 .9 ,1 0 ). E o Espírito (cf G n 2 2.8; Rm 8.32). Esta frase ganhou significado para o
Santo que habitou em Cristo e nos crentes, tomando-os "co- judeu, do cordeiro pascal (Êx 12. Nm 9), do Servo Sofredor
participantes da natureza divina" (2 Pe 1.4). que, como cordeiro, é levado ao matadouro (Is 53.7 ,8 ,12 ) e
do sacrifício diário no templo.
1.18 Deus unigénito. Esta é uma declaração clara da deidade
de Jesus Cristo. No seio. Modo hebraico de indicar proximi­ 1.30 Antes de mim. João declara a preexistência de Jesus
dade de amigos (13.23,25). Cristo.
1.31 A finalidade do batismo de João era de preparar um
1.21 Elias. Ml 4.5 deu origem à esperança do reapareci­
povo submisso ao vindouro Rei messiânico (1.49; At 19.4).
mento de Elias (cf Mt 11.14,18; 1 7 .9 -1 3 ).
1.33 João batizou publicamente para confirmar o arrependi­
1.22 A comissão enviada do Sinédrio não procurou o norhe,
mento. Jesus, o filho de Deus (v 34), batizará em ou com o
mas a pretensão de João, que se enquadra na profecia de
Espírito (3.3 ,5).
Is 40.3.
1.35,37 D o is.. . discípulos. Um era André (v 40). O outro, se­
1.25 O profeta. A comissão indaga se João seria o cumpri­ gundo opinião corrente, teria sido o autor deste evangelho.
mento de Dt 18.18. Seguiram. Significa seguir literalmente. Os w 40ss referem-se
1.29 Cordeiro de Deus. I.e ., providenciado por Deus ao discipulado.
1485 JOÃO 2.6
1 .4 0 'Mt 4.18 disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israe­
38 E Jesus, voltando-se e vendo que o se­
guiam, disse-lhes: Que buscais? Disseram- lita, em quem não há dolo!k
lhe: R ab i. (que quer dizer Mestre), onde 48 Perguntou-lhe Natanael: Donde me co­
1.429M U6.18
assistes? nheces? Respondeu-lhe Jesus: Antes de Fi­
39 Respondeu-lhes: Vinde e vede. Foram, lipe te chamar, eu te vi, quando estavas
pois, e viram onde Jesus estava morando; e 1.44 *|o 12.21 debaixo da figueira.
ficaram com ele aquele dia, sendo mais ou 49 Então, exclamou Natanael: Mestre, tu
menos a hora décima, és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!'
40 Era André, o irmão de Simão Pedro, 1.45 'Gn 3.15; 50 Ao que Jesus lhe respondeu: Porque te
Is 4.2; Zc 6.12;
um dos dois que tinham ouvido o testemunho U 2 .4 disse que te vi debaixo da figueira, crês? Pois
de João e seguido Jesus? maiores coisas do que estas verás.
41 Ele achou primeiro o seu próprio ir­ 51 E acrescentou: Em verdade, em ver­
mão, Simão, a quem disse: Achamos o Mes­ 1.46 /]o 7.41-42 dade vos digo que vereis o céu aberto e os
sias (que quer dizer Cristo), anjos de Deusm subindo e descèndo sobre o
42 e o levou a Jesus. Olhando Jesus para Filho do Homem.
ele, disse: Tu és Simão, o filho de João; tu 1.47* SI 32.2;
Rm 2.28-29
serás chamado Cefas (que quer dizer As bodas em Caná da G aliléia
Pedro). 9
Três dias depois, houve um casamento
Filipe e Natanael
1 .4 9 'Mt 14.33
2 em Caná da Galiléia, achando-se ali a
mãe de Jesus.n
43 No dia imediato, resolveu Jesus partir
para a Galiléia e encontrou a Filipe, a quem 2 Jesus também foi convidado, com os
1.51 mCn 28.12
disse: Segue-me. seus discípulos, para o casamento.
44 Ora, Filipe era de Betsaida, cidade de 3 Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus
André e de Pedro.h 2.1 njs 19.28 lhe disse: Eles não têm mais vinho.
45 Filipe encontrou a Natanael e disse- 4 Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho
lhe: Achamos aquele de quem Moisés escre­ eu contigo? Ainda não é chegada a minha
2.4 o2Sm 16.10
veu na lei, e a quem se referiram os profetas: hora.0
Jesus, o Nazareno, filho de José.' 5 Então, ela falou aos serventes: Fazei
46 Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré 2.5 pGn 41.55
tudo o que ele vos disserP.
pode sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe 6 Estavam ali seis talhas de pedra, que os
Filipe: Vem e vê./ judeus usavam para as purificações, e cada
47 Jesus viu Natanael aproximar-se e 2.6 9MC7.3 uma levava duas ou três metretas. 9

1.38 Rabi. Ao designar Jesus como "meu mestre" os discípu­ • N . Hom . 1.43 -5 1 Como Testemunhar. 1) Dar a rtiaior im­
los se oferecem como discípulos. Onde assistes (gr menõ “ mo­ portância à pessoa de Cristo (3 6 ): 2) apelar aos amigos
rar"). É palavra-chave do evangelho (cf 1,18; 14.2; 15,3,4, (41 ;4 5); 3) convidar outros após sentir a emoção da desco­
etc.). berta pessoal (45); 4 ) não debater apenas com argumentos
• N. H o m . 1 .3 9 Passos para o dlscipulado: 1) Vir a mas com desafio à investigação (4 6 ); 5) não perder tempo.
Cristo (M t 1 1 .2 8 -3 0 ); 2) Ver o Pai por Seu intermédio
0 o 14.9); 3) Estar com e nEle (|o 1 5 .2 ,4 -1 0 ). 2.1 O cap 1 apresenta Jesus, o Verbo, antes da história, en­
trando no mundo dos homens para revelar o Deus único.
1.41 Messias. Vocábulo aramaico que, como "Cristo", signi­
Cap 2 apresenta o Jesus social, humano, mas sempre olhando
fica "Rei ungido" (cf 4 .25 ; Dn 9.25 ,2 6; SI 2.7).
para a cruz.
1.42 Cefas. Aramaico, "pedra". Pedro recebeu um nome
novo para acompanhar o caráter novò que Cristo lhe deu
2 .4 M ulher.. . contigo. I.e., "que é que nós temos em co­
(Ap 2 .17; 3.5).
m um ?". Maria sente o problema social mas Jesus pensa no
1.45 Natanael. Significa "dom de Deus". O outro nome dele nível espiritual. A í está a cruz (minha hora, 7.30; 8 .20 ; 12.23;
era Bartofomeu "filho d e Tolm ai". Moisés escreveu. 17.1) e o sangue que suas próprias veias proverão (o vinho)
Cf Gn 3 .1 5 ,1 2 .1 -3 ; Dt 18.18. Filho dejo sé. Não prova que o para quem quiser responder ao convite de se assentar à mesa
autor não sabia que Jesus era apenas filho na carne de Maria. das bodas do Cordeiro (cf Lc 22.18).
Era uma designação pública e oficial,
1.47,48 Não há dolo. Em contraste com Jacó. Debaixo da fi­ 2.6 Seis talhas. Vasos em que se guardava água para as lava­
gueira. Cf Mq 4 .4 . As promessas dadas a Jacó em Betei gens cerimoniais, obrigatórias para judeus religiosos, antes de
(Gn 2 8 .1 0 -2 2 ) se cumprem em Cristo que é maior que esse comer (M c 7 .3 - 4 ). Metretas. Cerca de 4 0 - 6 0 litros cada
patriarca (cf 4.12 ). uma. Nas seis talhas houve cerca de uns 500 litros.
JOÃO 2.7 1486
7 Jesus lhes disse: Enchei de água as ta­ 2.9 rjo 4.46 18 Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Que
lhas. E eles as encheram totalmente. sinal nos mostras, para fazeres estas coisas?r
8 Então, lhes determinou: Tirai agora e 2,11 sJo 1,14 19 Jesus lhes respondeu: Destruí este san­
levai ao mestre-sala. Eles o fizeram. tuário*, e em três dias o reconstruirei.
9 Tendo o mestre-sala provado a água .2.12 tMt 4.13
20 Replicaram os judeus: Em quarenta e
transformada em vinho (não sabendo donde seis anos foi edificado este santuário, e tu, em
viera, se bem que o sabiam os serventes que três dias, o levantarás?
2.13
haviam tirado a água), chamou o noivo" 21 Ele, porém, se referia ao santuário do
oÊx 12.1-27
10 e lhe disse: Todos costumam pôr pri­ seu corpo;"
meiro o bom vinho e, quando já beberam far­ 22 Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre
2.14 «Mt 21.12;
tamente, servem o inferior; tu, porém, os mortos, lembraram-se os seus discípulos
Lc 19.45
guardaste o bom vinho até agora. de que ele dissera isto; e creram na Escritura
11 Com este, deu Jesus princípio a seus e na palavra de Jesus.b
sinais em Caná da Galiléia; manifestou a sua 2.16 ivLc 2.49

glória, e os seus discípulos creram nele.5 Muitos creem em Jesus


12 Depois disto, desceu ele para Cafar- 2.17 «SI 69.9 23 Estando ele em Jerusalém, durante a
naum(, com sua mãe, seus irmãos e seus Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que
discípulos; e ficaram ali não muitos dias. 2.18 rMt 12.38 ele fazia, creram no seu nome;
24 mas o próprio Jesus não se confiava a
Jesus purifica o templo eles, porque os conhecia a todos.
2.19 «Mt 26.61;
13 Estando próxima a Páscoa" dos ju ­ 27.40;
25 E não precisava de que alguém lhe
deus, subiu Jesus para Jerusalém. Me 14.58; 15.29 desse testemunho a respeito do homem, por­
14 E encontrou no templo os que vendiam que ele mesmo sabia o que era a natureza
bois, ovelhas e pombas e também os cambis­ 2.21 alCo 3.16;
humana."
tas assentados;1' 2Co 6.16;
15 tendo feito um azorrague de cordas, ex­ Hb8.2 Nicodemos visita a Jesus
pulsou todos do templo, bem como as ovelhas Havia, entre os fariseus, um homem cha­
e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos
cambistas, virou as mesas
2.22 H c 24.8 3 mado Nicodemos, um dos principais dos
judeus.
16 e disse aos que vendiam as pombas: 2 Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe
2.25
Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de d Sm 16.7; disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da
meu Pai casa de negócio.w 1Cr 28.9; parte de Deus; porque ninguém pode fazer
Mc 2.8; At 1.24
17 Lembraram-se os seus discípulos de estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver
que está escrito: com ele.d
O zelo da tua casa me consumirá*. 3.2 4|o 7.50 3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade,

2 .1 0 Bom vinho. Se o sinal (m ilagre) da transformação tiver santuário, Jesus substitui o templo com seu culto pela Igreja.
um significado metafórico, como parece ter, o bom vinho No lugar do templo material jesus levantará pela Sua ressia-
representa a evangelho que dá a salvação pelo sangue de reição uma nova comunidade de santos que terá pleno acesa»
Cristo (c fM t 9.17). a Deus por intermédio dEle (1 4 .6; At 17.24). O N T apresento
2.11 Sinais. )oão usa o termo “sinais" para os milagres por­ a Igreja (sendo também o Corpo de Cristo) como tempto
que apontam para a morte e ressurreição de |esus e a salva­ (1 Co 3.16; 6 .19; 2 Co 6 .16; Ef 2 .21 ; 1 Pe 2 .5).
ção vinda por Ele. Sua glória. A missão gloriosa de Cristo se 2.22 Lembraram-se. É pelo Espírito que os crentes ganhaa
reflete no Seu poder e no significado do milagre (cf 2 .4 ,10n; entendimento espiritual (1 4 .26 ).
1.14; 17.4s,22). 2 .23 ,2 4 Creram .. . confiava (gr pisteusan.. . episteuen). H
2 .1 3 -2 2 Cf Ml 3.1; Z c 14.21. Possivelmente houve duas pu­ que não inclui entrega e submissão a Cristo não ganha a
rificações do templo (cf Mc 1 1 .1 5 -1 8 ). Pode ser que o relato confiança dele (Tg 2 .1 9 -2 6 ).
aqui esteja fora de ordem cronológica. 3.1 Fariseus. Cf Mc 3.6n. Nicodemos era um "principal", La .
2.14 Templo (gr hieron "o templo com áreas em volta"). O membro do Sinédrio, supremo tribunal dos judeus.
mercado de animais e moedas estrangeiras se realizou no pá­ 3 .2 Sabemos. Nicodemos raciocinava que só Deus faria «a
tio dos gentios. milagres por intermédio de |esus (2 .2 3). Queria saber do Soa
2.17 Me consumirá, jesus muda o verbo do passado (SI 69.9) ensino.
para futuro. 3.3 De novo (gr anõthen) tem três significados: 1) "de t i n t
2.19,21 Santuário, (gr naos "o centro do templo" i.e., o Lu­ (31); 2) "desde o início" ( L c l .3 ; A t 2 6.5 ); 3) "de notoT
gar Santo e o Santo dos Santos). Em chamar seu corpo de (C l 4 .9 ). "De cima" é melhor aqui.
1487 JOÃO 3.22
em verdade te digo que, se alguém não nascer 3.3 e|0 l .13; 14 E do modo por que Moisés levantou a
Tt 3.5; IPe 1.23;
de novo, não pode ver o reino de Deus.e l|o 3.9 serpente* no deserto, assim importa que o
4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode Filho do Homem seja levantado,
um homem nascer, sendo velho? Pode, por­ 3 .5 'Mc 16.16 15 para que todo o que nele crê tenha a
ventura, voltar ao ventre materno e nascer vida eterna.'
segunda vez? 3.8 9 Ec 11.5;
5 Respondeu Jesus: Em verdade, em ver­ 1Co 2.11 A missão do Filho
dade te digo: quem não nascer da água e do 16 Porque Deus amou ao mundo de tal
Espírito não pode entrar no reino de Deus.f 3.9 h\o 6.52 maneira que deu o seu Filho unigénito, para
6 O que é nascido da carne é carne; e o que todo o que nele crê não pereça, mas tenha
que é nascido do Espírito é espírito. 3.11 'Mt 11.27
a vida eterna.™
7 Não te admires de eu te dizer: importa- 17 Porquanto Deus enviou o seu Filho ao
vos nascer de novo. 3.13 fPv 30.4;
mundo, não para que julgasse o mundo, mas
8 O vento sopra onde quer, ouves a sua At 2.34;
1Co 15.47 para que o mundo fosse salvo por ele."
voz, mas não sabes donde vem, nem para
18 Quem nele crê não é julgado; o que não
onde vai; assim é todo o que é nascido do
3.14 *Nm 21.9 crê já está julgado, porquanto não crê no
Espírito. 9
nome do unigénito Filho de Deus.°
9 Então, lhe perguntou Nicodemos: Como
3.15 fio 3.36 19 O julgamento é este: que a luz veio ao
pode suceder isto? Acudiu Jesus:h
mundo, e os homens amaram mais as trevas
10 Tu és mestre em Israel e não com­
3.16 ">Rm 5.8; do que a luz; porque as suas obras
preendes estas coisas? 1Jo 4.9 eram más.P
11 Em verdade, em verdade te digo que
20 Pois todo aquele que pratica o mal
nós dizemos o que sabemos e testificamos o 3.17 " U 9.56; aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim
que temos visto; contudo, não aceitais o nosso 1|o 4.14
de não serem argüidas as suas obras. 9
testemunho.*
21 Quem pratica a verdade aproxima-se
12 Se, tratando de coisas terrenas, não me 3.18 °|o 5.24
credes, como crereis, se vos falar das celes­ da luz, a fim de que as suas obras sejam
tiais? manifestas, porque feitas em Deus.
3.19 Pjo 1.4
13 Ora, ninguém subiu ao céu, senão
aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Outro testemunho de João Batista
3.20 9jó 24.13;
Homem [que está no céu], i Ef 5.13 22 Depois disto, foi Jesus com seus discí-

3.4,5 Nicodemos, sendo filho de Abraão, observador meticu­ 3.14 Levantou (gr hupsõsen "elevar", "exaltar"). O Cristo cru­
loso da Lei e na opinião sua, súdito do Reino, não entendeu. cificado tem de ser visto pela fé (tipificado na elevação da
Cristo declara que sem a implantação da vida do Espírito não serpente no deserto). Ao reconhecer a jesus como substituto
há salvação. Água e do Espírito. Cf Ez 3 6.2 5 -27 onde Deus sacrificial, o crente recebe a vida celestial dele (cf 8.28;
promete transformar o coração por água pura e pelo Seu 12.32).
Espírito. Água pode significar a confissão de Cristo e arrepen­
3.16 O mundo dos homens, alienado e condenado recebe
dimento realizados normalmente no batismo baseado na fé
no dom do amor (agape) de Deus a opção da vida eterna.
(At 2.38 ).
• N. Hom. Salvação. 1) Sua força motriz - o amor; 2 ) Seu
3.6 jesus ensina que o homem natural não herdará a vida iniciador - Deus; 3) Seu mediador - o Filho unigénito;
sobrenatural sem a conversão vinda pelo arrependimento e o 4 ) Seu destinatário - o mundo; 5) Seu beneficiário - todo
Espírito (1.12,13). aquele que crê; 6) Seu galardão - a vida eterna.
3.7 Importa-vos. O plural (vos) declara a necessidade de
3.17 Ainda que o propósito principal da vinda de Cristo ao
todos.
mundo era trazer a salvação (cf Ez 33.11), não é possível es­
3.8 Vento (gr pneuma "espírito", "vento"). Tal como o vento capar ao fato que a vinda da luz (Cristo) julga e condena os
atua imprevisível e invisivelmente, mas é percebido em seus homens que mais amam o pecado do que a justiça (19).
efeitos, do mesmo modo o Espírito opera na vida dos filhos
de Deus e a controla (Rm 8.14). 3.19 As trevas. Metáfora comum no N T para apontar a vida
pecaminosa humana, separada de Deus (1 jo 1.6).
3.9-1 1 Nicodemos não passa de ser um materialista reli­
gioso. Nunca experimentara a união interior com Deus (11). 3.20,21 Quem escolhe a vida sem Deus abafa a convicção de
Cf 1.12,13. culpa que o pecado traz. Quem se entrega a Cristo aceita de
3.13 A revelação da verdade salvadora não depende do ho­ bom grado a revelação de sua própria pecaminosidade. Pela
mem subir até às alturas, mas da descida (encarnação) do confissão (isto é praticar a verdade) o pecador se aproxima da
Filho de Deus (1.1 8,5 1 ; 8.23,28; Fp 2 .5 -8 ). luz onde alcança a purificação de "todo pecado" (1 jo 1.9).
JOÃO 3.23 1488
pulos para a terra da Judéia; ali permaneceu 3.22 r |0 4.2 contudo, ninguém aceita o seu testemunho.*
com eles e batizava.r 33 Quem, todavia, lhe aceita o testemu­
3.23 *1 Sm 9.4
23 Ora, João estava também batizando em nho, por sua vez, certifica que Deus é verda­
Enom, perto de Salim, porque havia ali mui­ 3.24 tMt 14.3; deiro.0
tas águas, e para lá concorria o povo e era Mc 6.17; 34 Pois o enviado de Deus fala as palavras
Lc 3.19-20
batizado.s dele, porque Deus não dá o Espírito por
24 Pois João ainda não tinha sido encar­ medida.b
3.26 u|o 1.7
cerado1. 35 Q,Pai ama ao Filho, e todas as coisas
25 Ora, entre os discípulos de João e um 3.27 Co 4.7; tem confiado às suas mãos*.
judeu suscitou-se uma contenda com respeito Tg 1.17
36 Por isso, quem crê ho Filho tem a vida
à purificação. eterna; o que, todavia, se mantém rebelde
3.28 «'Jo 1.20
26 E foram ter com João e lhe disseram: contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele
Mestre, aquele que estava contigo além do 3.29 «Ct 5.1; permanece a ira de Deus.d
Jordão, do qual tens dado testemunho, está 20)11.2;
batizando, e todos lhe saem ao encontro.“ Ef 5.25,27
A m ulher de Samaria
27 Respondeu João: O homem não pode
Quando, pois, o Senhor veio a saber que
receber coisa alguma se do céu não lhe for
dada. v
3.31 rMt28.18;
Rm 9.5;
ICo 15.47
4 os fariseus tinham ouvido dizer que ele.
Jesus, fazia e batizava mais discípulos que
28 Vós mesmos sois testemunhas de que
vos disse: eu não sou o Cristo"', mas fui en­ 3.32 z)o 3.11 João*
viado como seu precursor. 2 (se bem que Jesus mesmo não batizava,
3.33 oRm 3.4; e sim os seus discípulos),
29 O que tem a noiva é o noivo; o amigo 1)0 5.10
do noivo que está presente e o ouve muito se 3 deixou a Judéia, retirando-se outra vez
regozija por causa da voz do noivo. Pois esta 3.34 6)0 1.16
para a Galiléia.
alegria já se cumpriu em mim.* 4 E era-lhe necessário atravessar a provín­
30 Convém que ele cresça e que eu 3.35 cMt 11.27; cia de Samaria.
Lc 10.22
diminua. 5 Chegou, pois, a uma cidade samaritana,
chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera
3.36 4Hc 2.4;
O Filho em relação ao mundo Rm 1.17; a seu filho Joséf
31 Quem vem das alturas certamente está 1)o 5.10 6 Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da
acima de todos; quem vem da terra é terreno viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por
4.1 ejo 3.22
e fala da terra; quem veio do céu está acima volta da hora sexta.
de todos y 4.5 IGn 33.19; 7 Nisto, veio uma mulher samaritana tirar
32 e testifica o que tem visto e Ouvido; |s 24.32 água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.

3.27 João confirma a verdade que Jesus revelou a Nicode- 4 .4 Necessário.. . A rota normal dos judeus circundava a pro­
mos. O novo nascimento vem de cima (3n); |oão foi comis­ víncia de Samaria seguindo o vale do Jordão para o norte,
sionado por Deus. lesus põe em prática At 1.8. Começa Seu ministério em Jeru­
3.29 Noiva. Denota os crentes em Cristo (cf 2 Co 11.2; salém (cap 3) passa para Judéia (3 .2 2 -3 6 ); em seguida leva
Ef 5 .2 2 -3 2 ). Noivo. É Cristo. Amigo do noivo. )oão Batista. No as boas novas a Samaria e depois entra em contato com o
casamento oriental o "amigo" cuidou dos arranjos da festa e mundo gentio (4 .4 6 -5 4 ).
presidiu-a. Chegando o noivo ao quarto nupcial, ele se reti­ 4 .5 Sicar. Os arqueólogos a identificam com Siquém
rava alegremente. (cf Gn 33.19).
3.31 Q uem .. . alturas. Refere-se a Cristo (13). Da terra. )oão. 4 .6 Cansado. A humanidade de Jesus é notável nesta passa­
gem. Ele se cansa, tem sede (7 ) e fome (8 .3 1). Hora sexta -
3.34 0 enviado corresponde ao "Filho unigénito" que Deus
meio dia.
"deu" para salvar o mundo (16). Espírito por medida. Veja w 5
e 8. 4 .7 lesus se desassocia dos costumes da época; 1) Fala com
uma mulher - os fariseus evitavam qualquer contato com
3.35 Confiado.. . coisas. C f 17.2; Mt 28.18.
mulheres não parentes. 2) Teve contato com uma samari­
3.36 Se mantém rebelde (gr apeithõrí). Esta palavra está colo­ tana - na opinião dos rabinos todos os samaritanos eram ri­
cada em oposição a "crê" indicando que fé em Cristo inclui tualmente imundos. 3) Ensinou uma mulher - os fariseus
obediência (2.23n). opinaram que seria melhor queimar a Torá (a Lei de Deus) do
4.2 Jesus mesmo não batizava. Os evangelhos frisam que que entregá-la a uma mulher. • N. Hom . Jesus Ganhador de
Cristo batizaria com o Espírito -Santo não com água (M t 3.11; Almas. 1) Abre o diálogo fazendo um pedido; 2) Suscita cu­
Lc 3.16). riosidade (9 ); 3) Provoca interesse profundo (1 0 ); 4 ) Trans-
1489 JOÃO 4.32
8 Pois seus discípulos tinham ido à cidade 4.9 9 Ed 4.1-5; 20 Nossos pais adoravam neste monte;
Ne 4.1-2
para comprar alimentos. vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o
9 Então, lhe disse a mulher samaritana: lugar onde se deve adorar.'
Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, 4.10 Ms 12.3; 21 Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-
Zc 13.1
que sou mulher samaritana (porque os judeus me que a hora vem, quando nem neste monte,
não se dão com os samaritanoss)? nem em Jerusalém adorareis o Pai.m
10 Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o 4.14 i|o 6.35 22 Vós adorais o que não conheceis; nós
dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me adoramos o que conhecemos, porque a salva­
de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água ção vem dos judeus.0
4.1S/|0 6.34;
viva.h 1]o 5.20 23 Mas vem a hora e já chegou, em que os
11 Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens verdadeiros adoradores adorarão o Pai em es­
com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, pírito e em verdade; porque são estes que o
4.19 *Lc 7.16 Pai procura para seus adoradores.0
tens a água viva?
12 És tu, porventura, maior do que Jacó, o 24 Deus é espírito; e importa que os seus
nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele 4.20 'Dt 12.5; adoradores o adorem em espírito e em
mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu Jz 9.7; 1Rs 9.3; verdade.P
2Cr 7.12
gado? T T E u sei, respondeu a mulher, que há de
13 Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta vir o Messias, chamado Cristo; quando ele
água tomará a ter sede; 4.21 vier, nos anunciará todas as coisas. 9
14 aquele, porém, que beber da água que -"Mi 11.1-31; 26 Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo
ITm 2.8
eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrá­ contigo/
rio, a água que eu lhe der será nele uma fonte 27 Neste ponto, chegaram os seus discípu­
a jorrar para a vida eterna.1 4.22 los e se admiraram de que estivesse falando
"2Rs 17.29;
15 Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse:
Lc 24.47
dessa água para que eu não mais tenha sede, Que perguntas? Ou: Por que falas com ela?
nem precise vir aqui buscá-la./ 28 Quanto à mulher, deixou o seu cântaro,
16 Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu ma­ 4.23 o|o 1.17 foi à cidade e disse àqueles homens:
rido e vem cá; 29 Vinde comigo e vede um homem que
17 ao que lhe respondeu a mulher: Não 4.24 p2Co 3.17 me disse tudo quanto tenho feito. Será este,
tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem dis­ porventura, o Cristo?!5
seste, não tenho marido; 30 Saíram, pois, da cidade e vieram ter
4.25 9|o 4.29
18 porque cinco maridos já tiveste, e esse com ele.
que agora tens não é teu marido; isto disseste
com verdade. 4.26 A ceifa e os ceifeiros
rivlt 26.63-64; 31 Nesse ínterim, os discípulos lhe roga­
A verdadeira adoração |o9.37
vam, dizendo: Mestre, come!
19 Senhor, disse-lhe a mulher, vejo que tu 32 Mas ele lhes disse: Uma comida tenho
és profeta.* 4.29 sjo 4.25 para comer, que vós não conheceis.

forma o interesse em convicção de pecado (1 6 - 1 8 ; 4.15 Como Nicodemos (3 .4 ,9 ) a mulher pensa em termos
cf Lc 5 .8); 5 ) Revela quem Ele é (1 9 ,26 );6 ) Cria o desejo de materiais. Uma vez convicta do seu pecado (1 6 -1 8 ). O modo
testemunhar (28,29) de pensar mudou.
4.10 Água viva. No sentido natural significava água potável 4.19 És profeta. C f Dt 18.15,18.
que flui de fonte ou dentro de um poço. Espiritualmente sig­
4 .2 0 Neste monte. Seria Gerizim , o monte de bênção
nifica a salvação ("dom de Deus") em Cristo, fonte de vida
(Dt 11.29; 27.1 2 ) onde os samaritanos instalaram um templo
eterna a jorrar (14; cf 19.34) naqueles que vêm para Ele e
rival e culto alheio ao de Jerusalém.
crêem nele (7;3 7,3 8 ). A água simboliza o Espírito Santo
em 7;39. 4 .21 ,2 3 A hora vem .. . e já chegou. Denota a nova era mes­
4.12 jacó. Cf 1.47,48n. O poço dado por )acó, com cerca de siânica inaugurada por meio da nova aliança tornada válida
30 m de profundidade, tinha suma importância para o sus­ no sacrifício de jesus Cristo (Hb 9.11 -2 8 ). • N. Hom. A Ver­
tento da vida física. Cristo, o verdadeiro Israel (cf Gn 32.28) dadeira Adoração. 1) A questão do local é insignificante (21;
e príncipe com Deus, é o único sustentador da vida etema At 7.48s). 2) O objeto é o Deus que se revela na história, ria
(Cl 1.13,17). Bíblia e sumamente em Cristo. 3) O modo: a) em espírito
(jo 3.5,6; 14.17; 16.13; b) em verdade (8.32; 14.6; 17.17).
4.14 jesus cumpre as promessas messiânicas (cf Is 12.3;
35.7; 4 9.10). 4 .25 ,2 6 Messias. Cf 1.41 n. Eu o s o u .. . C f 52.6
JOÃO 4.33 1490
33 Diziam, então, os discípulos uns aos 4.34 tjó 23.12 Jesus volta à Galiléia
outros: Ter-lhe-ia, porventura, alguém tra­ 43 Passados dois dias, partiu dali para a
zido o que comer? Galiléia.
34 Disse-lhes Jesus: A minha comida 44 Porque o mesmo Jesus testemunhou
consiste em fazer a vontade daquele que me 4.35 uMt 9.37 que um profeta não tem honras v na sua pró­
enviou e realizar a sua obra.' pria terra.
35 Não dizeis vós que ainda há quatro me­ 45 Assim, quando chegou à Galiléia, os
ses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: erguei os galileus o receberam, porque viram todas as
olhos e vede os campos, pois já branquejam 4.36 *Dn 12.3 coisas que ele fizera* em Jerusalém, por oca­
para a ceifa.u sião da festa, à qual eles também tinham com­
36 O ceifeiro recebe desde já a recom­ parecido.
pensa e entesoura o seu fruto para a vida
eterna; e, dessarte, se alegram tanto o semea­ A cura do fU ho de um oficial do rei
4.39 "Jo 4.29
dor como o ceifeiro.v 46 Dirigiu-se, de novo, a Caná da Gali­
37 Pois, no caso, é verdadeiro o ditado: léia, onde da água fizera vinho0. Ora, havia
Um é o semeador, e outro é o ceifeiro. um oficial do rei, cujo filho estava doente em
38 Eu vos enviei para ceifar o que não Cafamaum.
4.42 *Jo 17.8;
semeastes; outros trabalharam, e vós entrastes 1|o 4.14
47 Tendo ouvido dizer que Jesus viera da
no seu trabalho. Judéia para a Galiléia, foi ter com ele e lhe
rogou que descesse para curar seu filho, que
estava à morte.
M uitos sam aritanos crêern em Jesus
48 Então, Jesus lhe disse: Se, porventura,
39 Muitos samaritanos daquela cidade 4.44 rMt 13.57;
Mc 6.4; Lc 4.24 não virdes sinais e prodígios, de modo ne­
creram nele, em virtude do testemunho da nhum crereis.b
mulher, que anunciara: Ele me disse tudo 49 Rogou-lhe o oficial: Senhor, desce, an­
quanto tenho feito.w tes que meu filho morra.
40 Vindo, pois, os samaritanos ter com Je­ 50 Vai, disse-lhe Jesus; teu filho vive.
4.45 zjo 2.23
sus, pediam-lhe que permanecesse com eles; O homem creu na palavra de Jesus e partiu.
e ficou ali dois dias. 51 Já ele descia, quando os seus servos lhe
41 Muitos outros creram nele, por causa vieram ao encontro, anunciando-lhe que o
da sua palavra, seu filho vivia.
42 e diziam à mulher: Já agora não é 4.46 °Jo 2.1-11 52 Então, indagou deles a que hora o seu
pelo que disseste que nós cremos; mas por­ filho se sentira melhor. Informaram: Ontem, à
que nós mesmos temos ouvido e sabemos hora sétima a febre o deixou.
que este é verdadeiramente o Salvador do 53 Com isto, reconheceu o pai ser aquela
mundo.* 4.48*1 Co 1.22 precisamente a hora em que Jesus lhe dissera:

4 .3 4 A comida ou sustento de Cristo é sua vida entregue to­ Fé. 1) Crer pelo testemunho de outros (3 9 ); 2) Crer por expe­
talmente à vontade do Pai (6 .5 5; Mt 4 .4 ; Dt 8 .3; SI 4 0 .6 -8 ; riência própria (4 2s); 3) Crer permanecendo com Cristo
Hb 1 0 .5 - 7 ). Realizar l gr teleiõsõ, "consumar"). Cf 19.30 com (1 5 .4 -1 0 ).
9.4 e 17.4. 4 .4 4 Sua própria terra. Provavelmente Galiléia (M t 13.54,57:
4 .3 5 Cam pos.. . branquejam. Jesus fala dos samaritanos vin­ Mc 6.1,4 , etc.). Não tem honras. Jesus foi para a Galiléia para
dos para ouvir a mensagem da salvação (cf 8.5,6 ). evitar choques precipitados com Seus inimigos na Judéia.
4 .36 ,3 7 Um é o semeador. Indica o próprio Cristo que semeia 4 .4 6 Oficial (gr basilikos. Josefo usa este termo para q ualqiw
Sua vida na morte (para produzir "muito fruto" 12.24). servo do rei). Talvez fosse gentil (cf 4.4n ). Teria sido Cuza.
4.38 Outros trabalharam. Historicamente os patriarcas e pro­ procurador de Herodes (Lc 8 .3), ou Manaém, seu colaçc
fetas do AT prepararam o solo. Presentemente era o Senhor (At 13.1)?
que semeou as boas novas entre os samaritanos. Os discípulos
4.48 jesus era ciente da fé superficial do oficial e da multidão
são convocados a ceifar o fruto na hora (cf At 8 .4 -2 5 ;
em volta, fé essa que dependia de vista (20.29).
Am 9.13).
4.50 Jesus não entra em contato direto com gentios necesa-
4 .39 ,4 2 Contato pessoal com Cristo é essencial para a fé ma­
tados (cf 12.20s; Mc 7 .2 4 -3 0 ; Mt 8 .5 - 1 3 ; Lc 7 .1 -1 0 ); cura-
dura. Salvador do mundo. Esta frase rara aparece também em
os a distância.
1 Jo 4 .14. Ainda que "a salvação vem dos judeus" (22), os
samaritanos reconheceram que a salvação de Cristo se es­ 4 .5 2 Ontem à hora sétima. Se foi a hora romana seria às 1 *
tende para toda raça (cf Is 45.2 ,3 ). • N. Hom . Três Passos da horas, que explicaria a demora do pai em voltar para casa.
1491 JOÃO 5.20
Teu filho vive; e creu ele e toda a sua casa. 232; fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito
54 Foi este o segundo sinal que fez Jesus, carregara o leito.
depois de vir da Judéia para a Galiléia. 11 Ao que ele lhes respondeu: O mesmo
que me curou me disse: Toma o teu leito e
A cura de um paralítico anda.
5.2 Ne 3.1
Passadas estas coisas, havia uma festa 12 Perguntaram-lhe eles: Quem é o ho­
5 dos judeus, e Jesus subiu para Jeru­
salém.11
mem que te disse: Toma o teu leito e anda?
13 Mas o que fora curado não sabia quem
2 Ora, existe ali, junto à Porta das Ove­ 5.8 eMt 9.6; era; porque Jesus se havia retirado, por haver
lhas, um tanque, chamado em hebraico Be- Lc 5.24 muita gente naquele lugar.
tesda, o qual tem cinco pavilhões.d 14 Mais tarde, Jesus o encontrou no tem­
3 Nestes, jazia uma multidão de enfermos, plo e lhe disse: Olha que já estás curado; não
cegos, coxos, paralíticos peques mais, para que não te suceda coisa
5.9 í|o 9.14
4 [esperando que se movesse a água. Por­ pior.h
quanto um anjo descia em certo tempo, agi­ 15 0 homem retirou-se e disse aos judeus
tando-a; e 0 primeiro que entrava no tanque, que fora Jesus quem o havia curado.
uma vez agitada a água, sarava de qualquer 5.10 sNe 13.19; 16 E os judeus perseguiam Jesus, porque
doença que tivesse]. |r 17.21 fazia estas coisas no sábado.
5 Estava ali um homem enfermo havia 17 Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha
trinta e oito anos. até agora, e eu trabalho também.'
6 Jesus, vendo-o deitado e sabendo que 18 Por isso, pois, os judeus ainda mais
estava assim há muito tempo, perguntou-lhe: 5.14 6Mt 12.45 procuravam matá-lo, porque não somente
Queres ser curado? violava o sábado, mas também dizia que Deus
7 Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não era seu próprio Pai, fazendo-se igual a
tenho ninguém que me ponha no tanque, Deus./
5.17 i|o 9.4
quando a água é agitada; pois, enquanto eu
vou, desce outro antes de mim. Jesus explica a sua missão
8 Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma 19 Então, lhes falou Jesus: Em verdade,
0 teu leito e anda.e
5.18 ;|o 7.19 em verdade vos digo que o Filho nada pode
9 Imediatamente, o homem se viu curado fazer de si mesmo, senão somente aquilo que
e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer,
dia era sábado.f o Filho também semelhantemente o faz.*
10 Por isso, disseram os judeus ao que 5.19 kjo 5.30 20 Porque o Pai ama ao Filho, e lhe mos-

5.1 Uma festa. Possivelmente a Páscoa de 28 d.C. glória a Deus. Os judeus acharam que Deus queria que desis­
5.2 Betesda. "Casa de misericórdia". Bons manuscritos têm tissem de todo trabalho, não sabendo que 0 sábado foi feito
Betezata, "casa da oliveira". Esse tanque se encontra em Jeru- para 0 homem.
salém ainda hoje. 5.14 Não peques m a is.. . Jesus revela que 0 paralítico sofria
5.3 A situação desesperadora dos enfermos é comparável ao em consequência do pecado, mas não que toda doença seria
mundo de pecadores esperando supersticiosamente alguma tal. Coisa pior. Trata do julgamento final ou a segunda morte
salvação. (Ap 21.8).

5 .4 Falta este versículo nos melhores manuscritos do original, 5.16 Fazia.. . no sábado. Nos outros evangelhos os atos de
mas Tertuliano (1 4 5 -2 2 0 d .C .) faz referência a essa tradição. misericórdia justificam a quebra da lei do sábado. No Evange­
lho de João Jesus trabalha no sábado porque Ele é igual a
5 .6 Queres ser curado? Também Deus não dá Sua salvação a
quem não a quer (Jo 3.16; Mt 11.28). • N. Hom. Cura Di­ Deus (1 7s).
vina: 1) jesus viu o paralítico - iniciativa divina (cf 1 |o 4 .19); 5.17 Os judeus entenderam que 0 Criador não podia aban­
2) jesus sabia - compaixão divina (Rm 8-29); 3) Jesus inda­ donar Sua criação todos os sétimos dias! O Filho compartilha
gou e mandou (6 ,7 ) - cooperação e motivação divinas. com 0 Pai a obrigação de atuar no sábado do mesmo modo;
5.9 Imediatamente. A cura foi total e sem demora. No sentido dessarte Jesus reivindicava sua deidade.
mais amplo do milagre, a época de espera passou com a 5 .1 9 Nada pode fazer. Não por falta de poder, mas apenas
vinda do Salvador ao mundo. Ele inaugura a nova era da vontade. A união entre Cristo e 0 Pai não permitia que Ele
ressurreição (2 5 ). Sua salvação está ao alcance de todos em agisse independentemente.
todo lugar. 5.20 Maiores obras. O v 21 explica que são as obras de res­
5.10 Não te é lícito.. . Êx 20.10; Jr 1 7 .1 9 -2 7 ; Ne 13.15. jesus suscitar e dar vida aos mortos espirituais e físicos (cf Mt 8.22;
descansou na realização de obras de libertação e elevação de Lc 15.32).
JOÃO 5.21 1492
tra tudo o que faz, e maiores obras do que 5 .2 0 'Mt 3.17; mesmo, o meu testemunho não é verda­
2Pe 1,17
estas lhe mostrará, para que vos maravi­ deiro.''
5.21 m u 7.14 32 Outro é o que testifica a meu respeito,
lheis, f
21 Pois assim como o Pai ressuscita e vi­ 5.22 nMt 11.27; e sei que é verdadeiro o testemunho que ele
At 17.31;
vifica os mortos, assim também o Filho vivi­ dá de mim.w
1Pe 4.5
fica aqueles a quem quer.m 33 Mandastes mensageiros a João, e ele
5.23 o1jo 2.23
22 E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho deu testemunho'* da verdade.
confiou todo julgamento," 5.24 pjo 3.16; 34 Eu, porém, não aceito humano teste­
1jo 3.14
23 a fim de que todos honrem o Filho do munho; digo-vos, entretanto, estas coisas
modo por que honram o Pai. Quem não honra
5.25 4)o 5.28; para que sejais salvos.
Cl 2.13
35 Ele era a lâmpada que ardia e alu­
o Filho não honra o Pai que o enviou.0
5.27 miava, e vós quisestes, por algum tempo, ale­
24 Em verdade, em verdade vos digo: rDn 7.13-14;
At 10.42
grar-vos com a sua lu z /
quem ouve a minha palavra e crê naquele que
36 Mas eu tenho maior testemunho do que
me enviou tem a vida eterna, não entra em 5.28 iDn 12.2
o de João; porque as obras que o Pai me
juízo, mas passou da morte para a v id a / 5.29 tis 26.19; confiou para que eu as realizasse, essas que
25 Em verdade, em verdade vos digo que Mt 25.32-33,46;
eu faço testemunham a meu respeito de que o
1Co 15.52;
vem a hora e já chegou, em que os mortos Pai me en viou/
ITs 4.16
ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a 37 O Pai°, que me enviou, esse mesmo é
5.30 « Mt 26.39
ouvirem viverão.“) que tem dado testemunho de mim. Jamais
26 Porque assim como o Pai tem vida em 5.31 l')o8.14
tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua
si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida 5.32 wMt 3,17; forma.
1|o5.6-7,9
em si mesmo. 38 Também não tendes a sua palavra per­
27 E lhe deu autoridade para julgar, por­ 5.33 manente em vós, porque não credes naquele a
*Jo 1.19-27;
que é o Filho do H om em / 3.27-30 quem ele enviou.
28 Não vos maravilheis disto, porque vem 39 Examinaish as Escrituras, porque jul­
5.35 PMt 13.20;
a hora em que todos os que se acham nos 2Pe 1.19 gais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas
túmulos ouvirão a sua voz e sairão1: que testificam de mim.6
5.36 -<|o 3.2;
29 os que tiverem feito o bem, para a res­ 1)0 5.9 40 Contudo, não quereis vir a mim para
surreição da vida; e os que tiverem praticado terdes v id a /
5.37 «Mt 3.17;
o mal, para a ressurreição do ju íz o / Mc 1.11; Lc 3.22 41 Eu não aceito glória que vem dos
30 Eu nada posso fazer de mim mesmo; 5.39 6Dt 18.15;
homens;6
na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é Is 8.20; )o 1.45 42 sei, entretanto, que não tendes em vós
justo, porque não procuro a minha própria 5.40 cjo 1.11
o amor de Deus.
vontade, e sim a daquele que me enviou." 43 Eu vim em nome de meu Pai, e não me
5.41 4)0 5.34;
31 Se eu testifico a respeito de mim 1Ts 2.6 ■•Examinais; ou Exam inai

5.23 Todos honrem o Filho. Cf Fp 2.9ss. • N. Hom . Igual­ de santidade e poder não convencem. Os judeus baseados
dade de Cristo a Deus. í ) Nas obras (1 7 -1 9 ); 2 ) No amor e nos seus preconceitos atribuíram maldade a jesus. Ele, defen­
sabedoria (2 0 ); 3) Na autoridade de julgar (2 2 ); 4 ) Na honra dendo suas reivindicações messiânicas, apela para a regra bí­
(23); 5 ) Na vida (26). blica que exigia duas testemunhas (Nm 35.30; Dt 17.6).
5.24 Ouve significa obedecer. Crer significa confiar e se entre­ 5 .3 2 -3 5 Estes w tratam do testemunho de (oão Batista é da
gar. Morte. Cf Ef 2 .1,5. própria vida de Cristo quê revela a Deus juntamente com
5.26 Vido em si, isto é, vida divina que pode ser comparti­ Seus sinais (1 0 .25 ; 14.11).
lhada com os mortos tanto espiritual como fisicamente. 5 .3 6 -3 8 O testemunho de Deus Pai foi maior, sendo conce­
dido por palavras (M t 3 .17; cf Jo 8.18 ) e por sinais ou obras.
5.27 É o Filho do Homem. Cf SI 8.4; 80.17; D n 7 .13 ss. Este
Visto sua forma. Cf 1.18. Permanente (gr menonta "habitar").
título frisa tanto a soberania de Cristo (M c 14.62) como Seu
A mesma palavra se repete em |o 15. Onde o Espírito habita
sofrimento (M c 8.31 ,1 0.4 5 ; cf Fp 2 .6 -1 1 n ).
há obediência às palavras de Cristo.
5 .28,29 Sairão. Fala da ressurreição que se dará na Segunda
5 .3 9 Cxaminais as Escrituras. Ainda que para os judeus o es­
Vinda. Ressurreição do vida, veja Ap 2 0.4,5. . . .do juízo,
tudo da Bíblia (AT) era 0 coração da religião, o preconceito
Ap 20.11,15.
contra 0 humilde Mestre de Galiléia não lhes permitiu que
5 .3 0 Nada posso fazer. Cf v 19n. O crente depende igual­ reconhecessem nele o Messias prometido. A descrença não
mente de Cristo (1 5.5). surge principalmente por falta de evidência mas por carência
5.31 De mim mesmo. Palavras sem a necessária confirmação de amor (4 2 ) e humildade (4 4 ).
1493 JOAO 6.17
recebeis; se outro vier em seu próprio nome, 5.44 *Jo 12.43 8 Um de seus discípulos, chamado André,
certamente, o recebereis. irmão de Simão Pedro, informou a Jesus:
44 Como podeis crer, vós os que aceitais 9 Está aí um rapaz que tem cinco pães de
glória uns dos outros e, contudo, não procu­ 5 .4 5 'Rm 2.12 cevada e dois peixinhos; mas isto que é para
rais a glória que vem do Deus único?*1 tanta gente?'
45 Não penseis que eu vos acusarei pe­ 10 Disse Jesus: Fazei o povo assentar-se;
rante o Pai; quem vos acusa é Moisés, em 5.46 sGn 3.15; pois havia naquele lugar muita relva. Assen­
quem tendes firmado a vossa confiança.' Jo 1.45 taram-se, pois, os homens em número de
46 Porque, se, de fato, crêsseis em Moi­ quase cinco mil.
sés, também creríeis em mim; porquanto ele 11 Então, Jesus tomou os pães e, tendo
escreveu a meu respeito. 9 6.1 ^Mt 14.15; dado graças, distribuiu-os entre eles; e tam­
Lc 9.10,12
47 Se, porém, não credes nos seus escri­ bém igualmente os peixes, quanto queriam.
tos, como crereis nas minhas palavras? 12 E, quando já estavam fartos, disse Je­
sus aos seus discípulos: Recolhei os pedaços
A multiplicação de p ães e peixes 6.4 íLv 23.5; que sobraram, para que nada se perca.
Dt 16.1
M t 1 4 .1 3 - 2 1 ; M c 6 .3 0 - 4 4 ; L c 9 .1 0 - 1 7 13 Assim, pois, o fizeram e encheram
Depois destas coisas, atravessou Jesus o doze cestos de pedaços dos cinco pães de
6 mar da Galiléia, que é o de TiberíadesA
2 Seguia-o numerosa multidão, porque ti­
6.5 /Mt 14.14;
cevada, que sobraram aos que haviam
comido.
Lc 9.12
nham visto os sinais que ele fazia na cura dos 14 Vendo, pois, os homens o sinal que
enfermos. Jesus fizera, disseram: Este é, verdadeira­
3 Então, subiu Jesus ao monte e assentou- mente, o profeta que devia vir ao mundo.m
6.7
se ali com os seus discípulos. *Nm 11.21-22 15 Sabendo, pois, Jesus que estavam para
4 Ora, a Páscoa, festa dos judeus, estava vir com o intuito de arrebatá-lo para o procla­
próxima.' marem rei, retirou-se novamente, sozinho,
5 Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo 6.9 <2Rs 4.43
para o monte.
que grande multidão vinha ter com ele, disse
a Filipe: Onde compraremos pães para lhes Jesus anda p o r sobre o m ar
dar a comer?/ M t 1 4 .2 2 - 3 3 ; M c 6 .4 5 - 5 2
6.14
6 Mas dizia isto para o experimentar; por­ mCn 49.10; 16 Ao descambar o dia, os seus discípulos
que ele bem sabia o que estava para fazer. M tll.3 desceram para o mar."
7 Respondeu-lhe Filipe: Não lhes basta­ 17 E, tomando um barco, passaram para o
riam duzentos denários de pão, para receber outro lado, rumo a Cafamaum. Já se fazia
cada um o seu pedaço.k 6.16 "Mt 14.23 escuro, e Jesus ainda não viera ter com eles.

5.44 Aquele que sendo motivado pela soberba busca a honra ele acha que pão no valor de 200 denários (cf Mt 20.2 ) seria
dos homens perde a glória eterna (L c 9 .2 6 ; Rm 3 .23 ; insuficiente.
Cl 1.27; 2 .2).
6 .9 Pães de cevada, comum entre os pobres, era pão inferior
5 .4 5 - 4 7 Sendo que Moisés escreveu acerca da missão e pes­ (2 Rs 4.42ss). Peixinhos. Cozidos ou salgados (gr opsaria,
soa de Cristo (Lc 16.29; 24.44; 2 Co 3 .1 3 -1 6 ), há uma uni­ 21.9,10).
dade essencial entre a obra do legislador (Moisés) e o
Vivificador (47). Submissão às Escrituras precede a fé em 6.10 Relva. Confirma que era a primavera, época da Páscoa
Cristo (2 Tm 3.16). (M c 6.39).

6.1 Tiberíades. Outro nome para o mar de Galiléia. Uma ci­ 6.11 Aqui encontramos uma alusão às quatro ações da Ceia.
dade com esse nome foi edificada à beira do lago por Hero- "Tom ou". (M c 6 .41, "abençoou"), deu graças (Lit "tendo
des Antipas entre 2 2 -2 6 d .C , em honra ao imperador feito eucaristia"), "partiu" (só em Mc 6.41) e "distribuiu".
romano Tibério (1 4 -3 7 d .C .). Essa refeição previu a Ceia na Igreja e finalmente apontava
6 .2 Multidão. Agora a popularidade de Jesus atinge seu auge. para o banquete dos remidos no futuro Reino de Deus
(cf Ap 19.9).
6.3 Subiu jesus ao monte. Seria uma indicação da relação en­
tre este ato messiânico e Moisés subindo o monte Sinai 6.13 Doze cestos. Não ajuntaram os pedaços no chão mas
(cf M t S .I ; Mc 3.13). Jesus, "o Profeta" (D t 18.15,18) supre guardaram o pão que sobrou depois que todos se fartaram.
as necessidades da multidão com pão e peixinhos assim Jesus é contrário ao desperdício desnecessário.
como Moisés com maná e codornízes (Nm 11.31).
6.15 Rei. Jesus aceitaria apenas uma coroa de espinhos
6 .4 Páscoa. O pão que Jesus dá é a nova Páscoa (1 Co 5 .7). (1 9 .5). A possibilidade da existência do Seu reino, "não deste
6 .5 ,7 Filipe. Prático nos cálculos, pessimista nas conclusões; mundo" (1 8 .36 ), se baseia na Sua morte e ressurreição.
- ■ -

JOÃO 6.18 1494


18 E o mar começava a empolar-se, agi­ 6.27 °Mt3.17; mas pela que subsiste para a vida eterna, a
Lc 3.22; At 2.22;
tado por vento rijo que soprava. 2Pe 1.17 qual o Filho do Homem vos dará; porque
19 Tendo navegado uns vinte e cinco a Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.0
trinta estádios, eis que viram Jesus andando 28 Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando:
por sobre o mar, aproximando-se do barco; e Que faremos para realizar as obras de Deus?
ficaram possuídos de temor. 6.29 Pljo 3.23 29 Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus
20 Mas Jesus lhes disse: Sou eu. Não é esta: que creiais naquele que por ele foi
temais! enviado.P
21 Então, eles, de bom grado, o recebe­ 30 Então, lhe disseram eles: Que sinal fa­
ram, e logo o barco chegou ao seu destino. 6.30 9 Mt 12.38; zes para que o vejamos e creiamos em ti?
I Co 1.22
Quais são os teus feitos?9
Jesus, o pão da vida
31 Nossos pais comeram o m aná' no de­
22 No dia seguinte, a multidão que ficara serto, como está escrito:
do outro lado do mar notou que ali não havia 6.31 'Êx 16.4, Deu-lhes a comer pão do céus.
senão um pequeno barco e que Jesus não em­ 15 s SI 78.24
32 Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em
barcara nele com seus discípulos, tendo estes
verdade vos digo: não foi Moisés quem vos
partido sós.
deu p pão do céu; o verdadeiro pão do céu ê
23 Entretanto, outros barquinhos chega­
6.34 tjo 4.15 meu Pai quem vos dá.
ram de Tiberíades, perto do lugar onde come­
33 Porque o pão de Deus é o que desce do
ram o pão, tendo o Senhor dado graças.
céu e dá vida ao mundo.
24 Quando, pois, viu a multidão que Jesus
não estava ali nem os seus discípulos, toma­ 34 Então, lhe disseram: Senhor, dá-nos
6.35 u|o 4.14
ram os barcos e partiram para Cafamaum à sempre desse pão.'
sua procura. 35 Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o
25 E, tendo-o encontrado no outro lado do pão da vida; o que vem a mim jamais terá
mar, lhe perguntaram: Mestre, quando che­ 6.36 v-Jo 6.26
fome; e o que crê em mim jamais terá sede.0
gaste aqui? 36 Porém eu já vos disse que, embora me
26 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, tenhais visto, não credes.1'
em verdade vos digo: vós me procurais, não 37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá
porque vistes sinais, mas porque comestes 6.37 a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum
"M t 24.24;
dos pães e vos fartastes. 2Tm 2.19;
o lançarei fora.tv
27 Trabalhai, não pela comida que perece, l|o 2.19 38 Porque eu desci do céu, não para fazer

6 .1 9 Trinta estádios equivalem a cerca de 5 a 6km. bilidade de aprender a fazer os milagres como Jesus e Moisés
fizeram. Jesus esclarece que a "obra" que antecipa todas as
6 .2 0 Em face do temor dos discípulos, Jesus pronuncia "sou
obras (14.12) é a fé submissa em Cristo, o Enviado de Deus.
eu" (gr egõ eimi; cf Êx 3.14, LXX). Isso não deixaria de cha­
mar atenção ao fato que Ete se chamaria pelo nome divino 6.30 Que sinal. Os judeus reclamaram que fé necessita de
(cf 8 .24,28), fundamento num sinal autenticador vindo de Deus. Jesus res­
pondeu que; 1) não foi Moisés quem doou o maná, mas
6.21 logo. • N. Hom. O Poder de Nosso Senhor. O milagre
Deus; 2 ) e que Seu Pai agora oferece a eles o pão que traz a
demonstrou três caracterfsticas. 1) Andou sobre a água -
vida eterna (6 .3 3).
conquistou a gravidade; 2) parou a tempestade - controlou
o cosmos; 3) logo (lit imediatamente) o barco chegou - con­ 6 .3 2 Não foi Moisés. Jesus nega que o famoso legislador de
quistou o espaço. Israel, em vez de Deus, podia produzir o "pão verdadeiro"
que dá a vida celestial. Jesus tem em mente a Torá (Lei de
6 .2 4 À sua procura. A busca de Jesus é nobre unicamente
Moisés) que os rabinos chamaram de "pão" e que achavam
quando a motivação é certa. Aqui deparamos puro materia­
capaz de dar vida a quem a seguisse.
lismo (26).
6 .3 4 Dá-nos sempre. Cl 4.15. Não se restringe à época da
6.26 Não porque vistes.. . fartastes. Salienta-se o contraste multiplicação dos pães, mas até a Sua vinda, a mensagem de
entre o milagre e seu significado profundo espiritual. Cristo alimenta os que crêem.
6 .2 7 Comida que perece. Com o o maná do deserto que ali­ 6.35 Eu sou. Primeira das sete reivindicações introduzidas por
mentou temporariamente o corpo. A "comida que subsiste "ego eimi" (6.35; 8 .12,28; 10.7; 11.11,25; 15.1; cf Êx 3.14n).
para a vida eterna", refere-se a Cristo que pelo Espírito ali­ • N. Hom . Como se alimentar de Cristo: 1) Vindo a Ele em
menta continuamente o crente (cf 4 .14 ). Seu selo. O atestado contrição e fé (4 0 ,44 ); 2 ) Vendo e reconhecendo quem Ele é
divino do Espírito que todo verdadeiro crente recebe (cf 3.33; (4 0 ). Os benefícios: 1) Satisfação contínua (35); 2) Aceitação
1 .3 2 s;E f 1.13; 4.30). e proteção permanentes (3 7 ,39 ); 3) Vida eterna agora (40);
6 .2 8 Reolizar as obras de Deus. Os judeus pensaram na possi­ 4 ) Ressurreição (4 0 ).
!
1495 JOÃO 6.61
a minha própria vontade, e sim a vontade 6.38 *Mt 26.39 50 Este é o pão que desce do céu, para que
daquele que me enviou. * todo o que dele comer não pereça.h
39 E a vontade de quem me enviou é esta: 6.39 yjo 10.28 51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu;
que nenhum eu perca de todos os que me se alguém dele comer, viverá etemamente; e
6.40
deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no úl­ r|o 3.15-16 o pão que eu darei pela vida do mundo é a
timo dia./ minha carne.'
40 De fato, a vontade de meu Pai é que 6.42 oMt 13.55; 52 Disputavam, pois, os judeus entre si,
todo homem que vir o Filho e nele crer tenha Lc 4.22 dizendo: Como pode este dar-nos a comer a
a vida eterna; e eu o ressuscitarei no úl­ sua própria carne?/
timo dia.2 6.44 à Ct 1.4 53 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade,
em verdade vos digo: se não comerdes a came
A murmuração dos judeus 6.45 cis 54.13 do Filho do Homem e não beberdes o seu
sangue, não tendes vida em vós mesmos.*
41 Murmuravam, pois, dele os judeus,
6.46 ^Mt 11.27; 54 Quem comer a minha came e beber o
porque dissera: Eu sou o pão que desceu Jo 1.18 meu sangue tem a vida etema, e eu o ressusci­
do céu.
tarei no último dia.(
42 E diziam: Não é este Jesus, o filho de 6.47 e|0 3.16
55 Pois a minha came é verdadeira co­
José? Acaso, não lhe conhecemos o pai e a
mida, e o meu sangue é verdadeira bebida.
mãe? Como, pois, agora diz: Desci do céu?° 6.48 1)0 6.33
56 Quem comer a minha came e beber o
43 Respondeu-lhes Jesus: Não murmureis meu sangue permanece em mim, e eu, nele.m
entre vós. 6.49 9)o 6.31
57 Assim como o Pai, que vive, me en­
44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que viou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também
me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei 6.50 6)o 6.51
quem de mim se alimenta por mim viverá.
no último dia.b 58 Este é o pão que desceu do céu, em
45 Está escrito nos profetas: 6.51 í)o 3.13
nada semelhante àquele que os vossos pais
E serão todos ensinados por Deusc. Por­ comeram e, contudo, morreram; quem comer
tanto, todo aquele que da parte do Pai 6 .5 2 /|o 3.9
este pão viverá etemamente."
tem ouvido e aprendido, esse vem 59 Estas coisas disse Jesus, quando ensi­
6.53 *Mt 26.26
a mim. nava na sinagoga de Cafamaum.
46 Não que alguém tenha visto o Pai,
6 .5 4 1|o 4.14
salvo aquele que vem de Deus; este o tem Os discípulas escandalizados
visto.d 60 Muitos dos seus discípulos, tendo ou­
6.56 m i)o 3.24
47 Em verdade, em verdade vos digo: vido tais palavras, disseram: Duro é este dis­
quem crê em mim tem a vida eterna.e curso; quem o pode ouvir?0
6.58
48 Eu sou o pão da vida.1 "Jo 6.49-51 61 Mas Jesus, sabendo por si mesmo que
49 Vossos pais comeram o maná no de­ eles murmuravam a respeito de suas palavras,
serto e morreram. 9 6.60 PMt 11.6 interpelou-os: Isto vos escandaliza?

6 .4 1 - 5 9 Objeções dos judeus e respostas de Jesus. Cristo (1 Jo 4 .2 ,3 ). No sacrifício o sangue obrigatoriamente


6.42 Os judeus negam a origem celestial de Jesus. Jesus res­ pertencia a Deus (C n 9 .4; D t 12.1 6 ,23 ) porque nele estava a
ponde que apenas os que forem ensinados por Deus reconhe­ vida. Jesus declara que se não assimilarmos Sua vida não par­
cerão Sua encarnação e nascimento virginal (4 4 ,45 ). ticipamos nele.

6.49 O maná foi incapaz de afastar a morte para os israelitas. 6.55 Verdadeira. Quer dizer, "a única". Pode haver neste tre­
Põe em contraste a mensagem salvadora de Cristo, o "Pão cho uma sugestão da Ceia em que se dramatiza a permanên­
do céu". cia em Cristo pela participação nos símbofos de Sua vida e
6.51 A segunda objeção se levanta contra a declaração de morte (cf Ap 3.20).
Cristo que Ele era a carne, o pão do céu. Resposta: Sendo 6.57 Eu vivo pelo Pai. A relação entre Cristo e ó Pai prefigura
vítima sacrificial que pelo corpo crucificado e sangue vertido a mesma entre o crente e Cristo. A parte dEle não se pode
oferecerá vida ao mundo. A confirmação desta verdade se viver.
verificará na ressurreição.
6 .6 0 Duro (gr sklêros) não difícil de entender mas duro de
6 .5 2 A terceira objeção: "Como pode este dar-nos a comer
aceitar.
sua própria carne"? A resposta é espiritual, não material. Sem
comer sua carne crucificada (cf 1.14) pela fé e beber Seu 6.61 Escandaliza, (g r skandalizei "provocar tropeço").
sangue que lava todos os pecados não terão a vida eterna Cf M t 1 8 .7 -9 . A doutrina da expiação substitutiva tem sido
(5 3 ). "Carne" e "sangue" significam a plena humanidade de um escândalo para o mundo através dos séculos.
JOÃO 6.62 1496
62 Que será, pois, se virdes o Filho do 6.62 A incredulidade dos irmãos de Jesus
PMc 16.19;
Homem subir para o lugar onde primeiro Passadas estas coisas, Jesus andava pela
estava?P
63 O espírito é o que vivifica; a carne para
At 1.9

6.63 92Co 3.6


7 Galiléia, porque não desejava percorrer
a Judéia, visto que os judeus procuravam
nada aproveita; as palavras que eu vos tenho m atá-lo /
dito são espírito e são vida.1? 6.64 r|o 2.24-25 2 Ora, a festa dos judeus, chamada de
64 Contudo, há descrentes entre vós. Festa dos Tabernáculos»', estava próxima.
Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais 6.65 3 Dirigiram-se, pois, a ele os seus irmãos
sJo 6.44-45
eram os que não criam e quem o havia de e lhe disseram: Deixa este lugar e vai para a
trair/ Judéia, para que também os teus discípulos
6 .6 6 t)o 6.60
65 E prosseguiu: Por causa disto, é que vejam as obras que fa z e s/
vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, 4 Porque ninguém há que procure ser co­
6 .6 8 uAt 5.20
pelo Pai, não lhe for concedido.5 nhecido em público e, contudo, realize os
seus feitos em oculto. Se fazes estas coisas,
6.69 *(68-69)
Mt 16.16; manifesta-te ao mundo.
Muitos discípulos se retiram
Mc 8.29; Lc 9.20 5 Pois nem mesmo os seus irmãos criam
66 À vista disso, muitos dos seus discípu­ nele.0
los o abandonaram e já não andavam 6.70 "'Lc 6.13 6 Disse-lhes, pois, Jesus: O meu tempo
com e le / ainda não chegou, mas o vosso sempre está
67 Então, perguntou Jesus aos doze: Por­ 7.1 «lo 5.16 presente.b
ventura, quereis também vós outros retirar- 7 Não pode o mundo odiar-vos, mas a
vos? 7.2 yLv 23.34; mim me odeia, porque eu dou testemunho a
68 Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, Ot 16.13
seu respeito de que as suas obras são m á s /
para quem iremos? Tu tens as palavras da 8 Subi vós outros à festa; eu, por en­
7.3 «Mt 12.46;
vida eterna;“ At 1.14 quanto, não subo, porque o meu tempo ainda
69 e nós temos crido e conhecido que tu és não está cum prido/
o Santo de D e u s/ 7.5 °Mc 3.21 9 Disse-lhes Jesus estas coisas e conti­
70 Replicou-lhes Jesus: Não vos escolhi nuou na Galiléia.
eu em número de doze? Contudo, um de vós 7.6 ajo 2.4
é diabo.w Jesus na Festa dos Tabernáculos
71 Referia-se ele a Judas, filho dé Simão 7.7 «|0 3.19 10 Mas, depois que seus irmãos subiram
Iscariotes; porque era quem estava para traí- para a festa, então, subiu ele também, não
lo, sendo um dos doze. 7.8 4)0 8.6 publicamente, mas em oculto.

6 .6 2 Subir. . . jésús não procura comprovar suas afirmações. (|o 13.27), não nos deve surpreender que na Igreja haja casos
Declara que sua ascensão demonstraria a veracidade de sua iguais? No caso de Pedro, que se arrependeu, a ocupação
reivindicação (3 .13). satânica foi temporária (M c 8 .33).
6.63 ísp írito ,. . come. Veja o contraste em 3.6. O espírito 7.2 Tabernáculos. A mais popular das festas que celebrava a
d o homem fornece ponto de Contato com Deus. O Espírito passagem de Israel pelo deserto juntamente com a colheita
Santo dá 6 entendimento necessário da verdade que salva anual. Começava no dia 15 de Ttshri (set/out), 5 dias após o
(1 4 .26 ). As palavras de Cristo comunicam Sua pessoa e, as­ Dia de Expiação e durava 8 dias.
sim, a vida para quem crê e almeja obedecer-lhe. Cf 15.4s 7.3 Os irmãos de jesus aconselhavam-no como ganhar ade­
com 15.7 onde a pessoa e as palavras se identificam. rentes. Eles não entenderam a missão de jesus (1 2 .32 ). Discí­
6 .6 5 .6 6 • N. Hom . Quem é Discípulo de Verdade? pulos. Os de Jerusalém e judéia.
1) Quem for trazido a jesus pelo Pai (4 4 ,65 ); 2 ) Quem não 7.4 Manifesta-te ao mundo, jesus mesmo escolhe o tempo
abandona a Cristo (M t 14.13) e anda com Ele (66; Gn 5.24; para subir ocultamente (1 0 ). Assim cumpre a profecia de
Cl 2 .6); 3) Quem não é atraído por outrem (68; Gl 3.1); Ml 3.1.
4) Quem fundamenta sua fé nas palavras de Cristo (68; 5.24);
7 .6,8 Meu tempo (gr kairos, "oportunidade"). A paixão de
5) Quem reconhece Jesus como o Santo de Deus (69).
Cristo faz parte de um plano predeterminado e imutável
6 .6 6 Discípulos. Além dos doze (M c 3.14) houve muitos se­ (At 2.23 ). Sempre. A possibilidade de aproveitar o benefício
guidores ocasionais de jesus impressionados com Ele e Sua da redenção de Cristo perdurará durante este século da
mensagem (3. Is ). graça. Mais tarde Tiago e judas (irmãos de jesus) foram con­
6 .7 0 Se entre os escolhidos de jesus houve alguém que em vertidos. Espera-se o mesmo dos judeus (Rm 11.25,26). Não
vez de entregar seu coração a jesus o abriu para o diabo subo. Cf 3.13; 6 .62; 20.17 sugere a crucificação.
1497 JOÃO 7.33
11 Ora, os judeus o procuravam na festa e 7.11 * Jo 11.56 não seja violada, por que vos indignais contra
perguntavam: Onde estará ele?° mim, pelo fato de eu ter curado, num sábado,
7.12'M t 21.46;
12 E havia grande murmuração a seu res­ |o 6.14,40 ao todo, um homemP?
peito entre as multidões. Uns diziam: Ele é 24 Não julgueis segundo a aparência, e
bom. E outros: Não, antes, engana o povo.f 7.13 91o 9.22 sim pela reta justiça. 9
13 Entretanto, ninguém falava dele aberta­ 7.15 hMU 3.54;
mente, por ter medo dos judeus.9 Lc 4.22
Os guardas mandados para prender Jesus
25 Diziam alguns de Jerusalém: Não é
A controvérsia entre Jesus e os judeus 7.16 i|o 3.11 este aquele a quem procuram matar?
14 Corria já em meio a festa, e Jesus subiu 26 Eis que ele fala abertamente, e nada lhe
7.171)0 8.43
ao templo e ensinava. dizem. Porventura, reconhecem verdadeira­
15 Então, os judeus se maravilhavam e di­ 7.18 ‘ Jo 5.41 mente as autoridades que este é, de fato, o
ziam: Como sabe este letras, sem ter es­ Cristo?r
tudado?'1 7 .1 9 'Êx 24.3;
27 Nós, todavia, sabemos donde este é;
Mt 12.14;
16 Respondeu-lhes Jesus: O meu ensino Jo 1.17 quando, porém, vier o Cristo, ninguém saberá
não é meu, e sim daquele que me enviou.1' donde ele é.s
17 Se alguém quiser fazer a vontade dele, 7.20 mjo 8.48 28 Jesus, pois, enquanto ensinava no tem­
conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de plo, clamou, dizendo: Vós não somente me
7.22 "Lv 12.3
Deus ou se eu falo por mim mesmo./ oGn 17.10 conheceis, mas também sabeis donde eu sou;
18 Quem fala por si mesmo está procu­ e não vim porque eu, de mim mesmo, o qui­
rando a sua própria glória; mas o que procura 7.23 Pjo 5.9 sesse, mas aquele que me enviou é verda­
a glória de quem o enviou, esse é verdadeiro, deiro, aquele a quem vós não conheceis.'
7.24
e nele não há injustiça.k íD t 1.16-17; 29 Eu o conheço, porque venho da parte
19 Não vos deu Moisés a lei? Contudo, io 8.15 dele e fui por ele enviado.“
ninguém dentre vós a observa. Por que procu­ 30 Então, procuravam prendê-lo; mas nin­
7.26 do 7.48
rais matar-me?' guém lhe pôs a mão, porque ainda não era
20 Respondeu a multidão: Tens demônio. 7.27 sMt 13.55; chegada a sua hora. “
Quem é que procura matar-te?m LC4.22 31 E, contudo, muitos de entre a multidão
21 Replicou-lhes Jesus: Um só feito reali­ creram nele e diziam: Quando vier o Cristo,
7.28 t)o 1.18
zei, e todos vos admirais. fará, porventura, maiores sinais do que este
22 Pelo motivo de que Moisés vos deu a 7.29 uMt 11.27 homem tem feito?w
circuncisão" (se bem que ela não vem dele, 32 Os fariseus, ouvindo a multidão mur­
mas dos patriarcas0), no sábado circuncidais 7.30 murar estas coisas a respeito dele, juntamente
vMc 11.18;
um homem. Jo 8.20,37,44
com os principais sacerdotes enviaram guar­
23 E, se o homem pode ser circuncidado das para o prenderem.
em dia de sábado, para que a lei de Moisés 7.31 wMt 12.23 33 Disse-lhes Jesus: Ainda por um pouco

7 .1 5 -2 4 Alguns estudiosos acham que este trecho está fora a respeito das reivindicações messiânicas de jesus pelos ju­
de ordem. Originalmente teria seguido 5 .47, mas a evidência deus. Os comentários eram dos mais diversos: homem bom
não comprova isto. (1 2 ); enganador (1 2 ); profeta (4 0 ); endemoninhado (20); ho­
7.15 Letras (gr grammala) a mesma palavra traduzida em mem corajoso (2 6 ); o Cristo (2 6 ); incomparável no en­
5 .47, "escrituras". Sem ter estudado. Quer dizer, )esus não sino (46).
estudara em escola rabínica. 7.27 Entre os judeus houve a opinião bem divulgada que o
7.17 Para verificar a autenticidade da doutrina de Cristo, o Messias apareceria súbita e inesperadamente.
discípulo precisa desejar (gr thelei) fazer (verbo no presente
7.28 O quisesse. João frisa no seu evangelho a submissão de
contínuo) a vontade de Deus. Conhecimento não se alcança
Jesus.
pela "teoria", i.e., o raciocinar, mas pelo obedecer. Falo por
mim mesmo. )esus, ao contrário dos rabinos, fundamentava 7.31 Creram. Fé apenas superficial: necessitava de confir­
Seu ensino em Deus não em outros rabinos. mação.
7.22 A circuncisão originou com Abraão (C n 17.10). 7.32 Os fariseus e saduceus, normalmente inimigos entre si,
7.23 Circuncidado. Para os rabinos este rito curava uma parte uniram-se para prender a jesus utilizando guardas policiais do
do corpo, Se era permitido uma cura parcial, quanto mais tempo (cf 18.3,12,18,22,36).
restauração completa? 7.33 Pouco.. . Faltava apenas 6 meses até a Páscoa e crucifi­
7.25 -3 1 Notável neste trecho é a falta de investigação séria cação.
JOÃO 7.34 1498
de tempo estou convosco e depois irei para 7.33 xjo 15.33 da descendência de Davi e da aldeia de Be­
junto daquele que me enviou.* lém f, donde era Davi?
7.34 rOs 5.6
34 Haveis de procurar-me e não me acha­ 43 Assim, houve uma dissensão entre o
reis; também aonde eu estou, vós não po­ 7.35 *ls 11.12;
povo por causa dele;9
deis ir .y 1Pe t .1 44 alguns dentre eles queriam prendê-lo,
35 Disseram, pois, os judeus uns aos ou­ mas ninguém lhe pôs as mãosA
tros: Para onde irá este que não o possamos 7.37 °Lv 23.36
achar? Irá, porventura, para a Dispersão entre Os guardas voltam sem Jesus
7.38 6Ez 47.1;
os gregos, com o fim de os ensinar?-? 2c 14.8
45 Voltaram, pois, os guardas à presença
36 Que significa, de fato, o que ele diz: dos principais sacerdotes e fariseus, e estes
Haveis de procurar-me e não me achareis; 7.39 Os 44.3; lhes perguntaram: Por que não o trouxestes?
também aonde eu estou, vós não podeis ir? (o 12.16 46 Responderam eles: Jamais alguém fa­
lou como este homem.'
Jesus, a fonte da água viva 7.40 dDt 18.15;
47 Replicaram-lhes, pois, os fariseus:
Jo 1.21
37 No último dia, o grande dia da festa0, Será que também vós fostes enganados?
levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem 7.41 <-|o 1.46 48 Porventura, creu nele alguém dentre as
sede, venha a mim e beba. autoridades ou algum dos fariseus?/
38 Quem crer em mim, como diz a Escri­ 7.42 'Mq 5.2 49 Quanto a esta plebe que nada sabe da
tura, do seu interior fluirão rios de água lei, é maldita.
viva6. 7.43 9|o 7.12 50 Nicodemos, um deles, que antes fora
39 Isto ele disse com respeito ao Espírito ter com Jesus*, perguntou-lhes:
7.44 6|o 7.30
que haviam de receber os que nele cressem; 51 Acaso, a nossa lei julga um homem,
pois o Espírito até aquele momento não fora 7.46 'Mt 7.29
sem primeiro ouvi-lo e saber o que ele fez?'
dado, porque Jesus não havia sido ainda glori­ 52 Responderam eles: Dar-se-á o caso de
ficado,0 7.48 /Jo 12.42; que também tu és da Galiléia? Examina e
40 Então, os que dentre o povo tinham ICo 1.20,26 verás que da Galiléia não se levanta profeta.01
ouvido estas palavras diziam: Este é verdadei­ 53 [E cada um foi para sua casa.
7.50 *|o 3.1
ramente o profeta;d
41 outros diziam: Ele é o Cristo; outros, A mulher adúltera
7.51 /DM.17
porém, perguntavam: Porventura, o Cristo Jesus, entretanto, foi para o monte das
virá da Galiléia?0
42 Não diz a Escritura que o Cristo vem
7.52 mis 9.1-2;
Jo 1.41,46
8 Oliveiras.
2 De madrugada, voltou novamente para o

7.34 Nem no túmulo vazio nem nos céus, após a ascensão, Zc 14.8; Ez 47.1). Rios de água viva são recebidos e derrama­
poderão os inimigos judeus encontrar a jesus. EÍes achavam dos pela fé (cf At 2 .1 6ss; jl 2.28).
que falava de um afastamento da Palestina, não de Sua morte 7.39 Glorificado. Aponta jesus, Sua morte e exaltação (1.14;
e ascensão. 13.31 s).
7 .3 7 -3 9 Último dia. Era o oitavo dia da festa dos Tabernácu­ 7 .4 0 - 4 4 Relata-se a reação da multidão. Profeta.
los, d ia sagrado como o sábado. Em todos os dias da festa um Cf D t 18.15,18.
jarro de ouro com água do tanque de Siloé era derramado
7 .4 5 -5 2 A reação dos líderes do povo.
como libação sobre o altar do sacrifício matinal, jesus já decla­
7.48 Autoridades seriam os membros do Sinédrio. Até nesta
rara que Ele cumpriria o significado do milagre do maná
altura Nicodemos não confessara sua fé em Cristo aberta­
(6 .3 1 -3 5 ). Agora afirma que na Sua pessoa o segundo
mente.
grande milagre de Moisés será cumprido (cf Nm 2 0 .2 -1 3 ;
Ne 9 .15; SI 78.20). Cristo se apresenta como a Rocha da qual 7.49 Plebe. O povo sem preparo na lei não teria condições,
a água salvadora flui (cf 1 Co 10.4). Muitos eruditos acham afirmam os judeus, de julgar quem jesus era de fato.
que a pontuação dos w 37s está errada; sugerem a seguinte 7.51 Os líderes judaicos, invejosos da popularidade de jesus,
tradução: "Se alguém tem sede, venha a m im ; Quem crer em ao julgá-lo, violavam a própria lei que pretendiam exaltar
mim, beba." Neste caso a frase "do seu interior" seria uma ( D t l.ló s ) .
referência a Cristo que na Sua morte derramou sangue e água 7.53 — 8.11 Este trecho, segundo os eruditos, não fez parte
(1 9 .34 ). Sua morte expiatória provê para todo crente o Espí­ original do evangelho de Jòão, ainda que registre um inci­
rito (3 9 ). Cristo é a fonte, o cristão o receptáculo do Espírito dente genuíno na vida de jesus. Não se encontra nos melho­
(1 Co 6.20). res e mais antigos manuscritos e versões. Onze manuscritos
7.38 Diz a Escritura. Aqui não há uma citação direta mas uma colocam-no no fim do evangelho; outros o inserem depois de
alusão a uma coletânea de escrituras (cf Is 58.11; 4 4 .3 ; 55.1; Lc 21.38.
1499 JOÃO 8.22
templo, e todo o povo ia ter com ele; e, assen­ 8.5 "Lv 20.10; andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da
Dt 22.22-24
tado, os ensinava. vida.
3 Os escribas e fariseus trouxeram à sua 13 Então, lhe objetaram os fariseus: Tu
presença uma mulher surpreendida em adulté­ 8.7 °Dt 17.7 dás testemunho de ti mesmos; logo, o teu
rio e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, testemunho não é verdadeiro.
4 disseram a Jesus: Mestre, esta mulher 8.9 pRm 2.22 14 Respondeu Jesus e disse-lhes: Posto
foi apanhada em flagrante adultério. que eu testifico de mim mesmo, o meu teste­
5 E na lei nos mandou Moisés que tais munho é verdadeiro, porque sei donde vim e
mulheres sejam apedrejadasn; tu, pois, que 8.11 qLc 9.56
para onde vou; mas vós não sabeis donde
dizes? venho, nem para onde vou.1
6 Isto diziam eles tentando-o, para terem 8.12 rMt 5.14; 15 Vós julgais segundo a carne, eu a nin­
de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, Jo 9.5
guém julgo.u
escrevia na terra com o dedo. 16 Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro,
7 Como insistissem na pergunta, Jesus se 8.13 sjo 5.31 porque não sou eu só, porém eu e aquele que
levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós me enviou.1'
estiver sem pecado seja o primeiro que lhe 17 Também na vossa lei está escrito que o
8.14 t|o 7.28
atire pedra.0 testemunho de duas pessoas é verdadeiro.11'
8 E, tomando a inclinar-se, continuou a 18 Eu testifico de mim mesmo, e o Pai,
escrever no chão. 8.15 u|o 3.17
que me enviou, também testifica de mim.*
9 Mas, ouvindo eles esta resposta e acusa­
19 Então, eles lhe perguntaram: Onde está
dos pela própria consciência, foram-se reti­
8.16 v|o 8.29 teu Pai? Respondeu Jesus: Não me conheceis
rando um por um, a começar pelos mais
a mim nem a meu Pai; se conhecêsseis a mim,
velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a
também conheceríeis a meu Pai. 7
mulher no meio onde estava.P 8.17 »'Dt 17.6;
2Co 13.1; 20 Proferiu ele estas palavras no lugar do
10 Erguendo-se Jesus e não vendo a nin­ Hb 10.28 gazofilácio, quando ensinava no templo; e
guém mais além da mulher, perguntou-lhe:
ninguém o prendeu, porque não era ainda
Mulher, onde estão aqueles teus acusadores?
8.18 *Jo 5.37 chegada a sua hora. *
Ninguém te condenou?
11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor! En­
tão, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te con­ Jesus defende a sua missão e autoridade
8.19 7)0 8.55
deno; vai e não peques mais.]1? 21 De outra feita, lhes falou, dizendo: Vou
retirar-me, e vós me procurareis, mas perece­
JesuSy a luz do mundo 8.20 * Mc 12.41
reis no vosso pecado; para onde eu vou vós
12 De novo, lhes falava Jesus, dizendo: não podeis ir.°
Eu sou a luz do mundo''; quem me segue não 8.21 °)o 7.34 22 Então, diziam os judeus: Terá ele,

8 .6 Tentando-o. Era um dilema. Se Jesus discordasse estaria destino celeste. 2 ) Só Ele afasta as trevas do pecado
contra Moisés; concordando, seria um subversivo (a pena ca­ (1 Jo 1 .5 -9 ). 3) Só Ele proporciona a vida pela iluminação do
pital cabia a Roma) e também seria contra os pecadores que Espírito (1 .5n, 9).
Ele veio salvar. Escrevia. C f v 8. Manuscritos de pouca impor­ 8 .1 4 Jesus sabia donde veio, i.e., do Pai (1 .1 4.1 8 ). Os anta­
tância dizem que Jesus revelou "os pecados de cada um" dos gonistas não tinham uma noção da encarnação de Cristo.
acusadores. Além do testemunho próprio, Deus Pai testificou em favor
8 .7 Primeiro que lhe atire. Cf Dt 17.7. dele.

8.10,11 O caso contra a mulher deu em nada por falta de 8.15 Julgais segundo a carne, quer dizer, ser insensível diante
acusadores impecáveis. Cristo que nunca pecara (8 .4 6) a per­ das realidades espirituais (cf 19; Cl 3.1 - 3 ).
doou porque tomava os pecados dela em Si mesmo 8.17 Vossa Lei. Pela maneira que os judeus interpretavam a
(Rm 8.1,3 ). Não peques mais. O perdão livre nunca dá licença lei, Jesus foi forçado a Se desassociar de Moisés (cf 10.34;
para pecar (Rm 6.1 ss). 15.25). Cf Mt 5 .1 7 -2 0 para conhecer a atitude de Cristo a
8 .1 2 -2 0 A natureza e validez das pretensões de Jesus estão respeito da lei.
em discussão. 8.18 Testifica de mim, i.e., pela ressurreição (c f 7.34).

8 .1 2 Eu sou a luz. Também na festa dos tabernáculos, além 8.19 O conhecimento de Deus vem só por Cristo (1 4 .6 -9 ).
de derramar a água no altar, acendia-se à noite enormes lâm­ 8.21 Vou retirar-tne. Pela crucificação e ressurreição Jesus se
padas de ouro no Pátio das Mulheres, no Templo. Lembrava afastará. Pela fé podemos ser unidos a Ele nessa morte reden­
a coluna de fogo no deserto. • N. Hom . Jesus, a Luz do tora. O pecado supremo é descrer, pecando, assim, contra a
Mundo. 1) Só Ele pode iluminar a alma conduzindo-a ao seu verdade e o Espírito Santo (C f Mt 12.32).
JOÃO 8.23 1500
8.23 bjo 3.31; minha palavra, sois verdadeiramente meus
acaso, a intenção de suicidar-se? Porque diz:
1|o 4.5
Para onde eu vou vós não podeis ir. discípulos;
23 E prosseguiu: Vós sois cá de baixo, eu 8.24 cMc 16.16 32 e conhecereis a verdade, e a verdade
sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste vos libertará.h
mundo não sou.b 8.26 d]o 3.32 33 Responderam-lhe: Somos descendên­
24 Por isso, eu vos disse que morrereis cia de Abraão' e jamais fomos escravos de
8.28 f|o 3.11;
nos vossos pecados; porque, se não crerdes alguém; como dizes tu: Sereis livres?
Rm 1.4
que EU SOU, morrereis nos vossos 34 Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em
pecados.c 8.29 f)o 4.34 verdade vos digo: todo o que comete pecado
25 Então, lhe perguntaram: Quem és tu? é escravo do pecado./
8.30 9jo 7.31 35 O escravo não fica sempre na casa; o
Respondeu-lhes Jesus: Que é que desde o
filho, sim, para sempre.k
princípio vos tenho dito? 8.32 6Rm 6.14;
Tg 1.25
36 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadei-
26 Muitas coisas tenho para dizer a vosso
ramente sereis livres.1
respeito e vos julgar; porém aquele que me
8.33 'Mt 3.9; 37 Bem sei que sois descendência de
enviou é verdadeiro, de modo que as coisas Lc 3.8 Abraão; contudo, procurais matar-me, porque
que dele tenho ouvido, essas digo ao
a minha palavra não está em vós.m
mundo.d 8 .3 4 /Rm 6.16;
2Pe 2.19 38 Eu falo das coisas que vi junto de meu
27 Eles, porém, não atinaram que lhes fa­ Pai; vós, porém, fazeis o que vistes em
lava do Pai. 8.35 kCl 4.30 vosso pai."
28 Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levan­ 39 Então, lhe responderam: Nosso pai é
tardes o Filho do Homem, então, sabereis que 8.36 'Rm 8.2
Abraão, Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de
EU SOU e que nada faço por mim mesmo; Abraão, praticai as obras de Abraão.0
8.37 m|0 7.19
mas falo como o Pai me ensinou.* 40 Mas agora procurais matar-me, a mim
29 E aquele que me enviou está comigo, 8.38 n]o 3.32 que vos tenho falado a verdade que ouvi de
não me deixou só, porque eu faço sempre o Deus; assim não procedeu Abraão.P
que lhe agrada. * 8.39 oMt 3.9; 41 Vós fazeis as obras de vosso pai, Dis-
Rm 2.28
30 Ditas estas coisas, muitos creram seram-lhe eles: Nós não somos bastardos; te­
nele. 9 8.408)0 8.26 mos um pai, que é Deus. 9
31 Disse, pois, Jesus aos judeus que ha­ 42 Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de
viam crido nele: Se vós permanecerdes na 8.41 98 63.16 fato, vosso pai, certamente, me havíeis de

8 .2 4 fu Sou. Cristo faz alusão a Ê x 3 .1 4 ;D t 3 2 .3 9 onde a LXX espírito nos propósitos de Deus (3 6 ; Rm 8 .2 - 4 ).
tem esta idêntica frase (ego eimi). Veladamente Ele reivindica 8 .3 4 Escravo do pecado. • N. Hom. Reflexões de Jesus sobre
Sua divindade (cf 6 .20 ; 8 .28; 13.19; 18.6) essecialmente um a Queda do Homem. 1) Quem comete pecado mostra que é
com Deus. escravo do pecado; 2 ) mas não reconhece essa escravidão
8.25 Desde o princípio. O original grego quer dizer: "desde o (9.41). 3) Torna-se incapaz de compreender a palavra de
início de meu ministério público", ou, "desde o começo de Deus (4 3 ); 4 ) sua fonte de satisfação e dê valores é o diabo
meu contato com o povo" (há outras interpretações). que incute os próprios desejos, a mentira (4 4 ), o homicídio
(40) e a própria glória (5 0 .5.4 4 ). A consequência da queda -
8.28 Levantardes. Pela crucificação. C f 3,14n; 12.32. Nada
a morte (51 s; Rm 5 .12; 6.23 ). Tanto Abraão como os profetas
faço por mim mesmo. Cf 5 ,19n. Fa lo .. . ensinou. C f Hb 1.1.
morreram (5 2 ). Mas Cristo, o Segundo Adão, anula os efeitos
8.29 Agrada. Define-se a genuína santidade como agradar da Queda sendo glorificado pelo Pai (54, na ressurreição).
sempre a Deus. Somente Cristo agrada ao Pai sempre Quem guarda a palavra de Cristo compartilhará de Sua vitória
(cf Cl 1.10). sobre a Queda (51 s) e experimentará a verdade, liberdade e
8.30 Creram. Eram crentes nominais (no parágrafo seguinte pureza.
mostram que deixaram de crer - "haviam crido", 31) 8.35 Escravo.. . filho. O não convertido e 0 genuíno crente.
Cf 2.23ss; 6.60ss. 8 .39 ,4 0 Jesus nega que os judeus são verdadeiros filhos de
8 .3 1 - 5 9 Novo debate com òs "muitos" que abandonaram Abraão Porque o filho reflete qualidades do seu pai. As obras
sua "fé". • N. Hom. Um Discipulado Genuíno. 1) O que é - de Abraão eram de ouvir e obedecer a palavra de Deus
submissão obediente (3 1 ) à palavra de Cristo; 2) o resul­ (H b 1 1 .8 s).
tado - conhecimento progressivo da verdade (32); 3) seu be­ 8.41 Bastardos. Os judeus rejeitando o nascimento virginal
nefício - libertação do jugo do p ecado ,^ 6 ) e direitos de acusam jesus de ter nascido ilegitimamente.
filhos no lar de Deus (35).
8 .4 2 Vosso pai. jesus nega que os judeus eram de filiação
8.32 Conhecereis a verdade, i.e., Cristo, a Verdade pessoal divina, portanto rejeita seu direito de ser o Israel verdadeiro
(1 4 .6). O escravo de Cristo experimenta a liberdade real do (Êx 4 .22 ; Fp 3.3).
1501 JOÃO 9.4
amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; 8.42 r]O 5.43; alguém guardar a minha palavra, não provará
1)0 5.1
pois não vim de mim mesmo, mas ele me a morte, eternam ente/
enviou/ 53 És maior do que Abraão, o nosso pai,
8.43 s|o 7.17
43 Qual a razão por que não compreendeis que morreu? Também os profetas morreram.
a minha linguagem? É porque sois incapazes Quem, pois, te fazes ser?
8.44 tMt 13.38;
de ouvir a minha palavra/ IJo 3.8 54 Respondeu Jesus: Se eu me glorifico a
44 Vós sois do diabo, que é vosso pai, e mim mesmo, a minha glória nada é; quem me
quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi ho­ 8.47
glorifica é meu Pai, o qual vós dizeis que é
micida desde o princípio e jamais se firmou u|o 10.26-27; vosso D e u s/
na verdade, porque nele não há verdade. 1Jo 4.6 55 Entretanto, vós não o tendes conhe­
Quando ele profere mentira, fala do que lhe cido; eu, porém, o conheço. Se eu disser que
é próprio, porque é mentiroso e pai da 8.48 xjo 7.20 não o conheço, serei como vós: mentiroso;
m entira/ mas eu o conheço e guardo a sua palavra.0
45 Mas, porque eu digo a verdade, não me 8.50 w|0 5.41 56 Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o
credes. meu dia, viu-o e regozijou-se.b
46 Quem dentre vós me convence de pe­ 8.51 *jo 5.24 57 Perguntaram -lhe, pois, os judeus:
cado? Se vos digo a verdade, por que razão Ainda não tens cinqüenta anos e viste
não me credes? 8 .5 2 /Zc 1.5 Abraão?
47 Quem é de Deus ouve as palavras de 58 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade,
Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque 8.54 z)o 5.31; em verdade eu vos digo: antes que Abraão
At 3.13
não sois de Deus.u existisse, EU S O U /
48 Responderam, pois, os judeus e lhe dis­ 59 Então, pegaram em pedras para atira­
8.55
seram: Porventura, não temos razão em dizer rem nele; mas Jesus se ocuitou e saiu do
ajo 7.28-29
que és samaritano e tens demônio?v templo.d
49 Replicou Jesus; Eu não tenho demônio;
8.56 i>Lc 10.24
pelo contrário, honro a meu Pai, e vós me A cura de um cego de nascença
desonrais. Caminhando Jesus, viu um homem cego
50 Eu não procuro a minha própria glória;
há quem a busque e julgue.w
8.58 cÊx 3.14;
Jo 17.5,24;
Ap 1.8
9 de nascença.
2 E os seus discípulos perguntaram: Mes­
51 Em verdade, em verdade vos digo: se tre, quem pecou, este ou seus pais, para que
alguém guardar a minha palavra, não verá a 8.59 °Lc 4.30 nascesse cego?e
morte, eternam ente/ 3 Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem
52 Disseram-lhe os judeus: Agora, esta­ 9.2 ajo 9.34 seus pais; mas foi para que se manifestem
mos certos de que tens demônio. Abraão mor­ nele as obras de D eu s/
reu, e também os profetas, e tu dizes: Se 9.3 1)0 11.4 4 É necessário que façamos as obras da-

8 .4 8 Samaritano. Raça mista e hostil aos judeus e sua religião João. Expõe o problema básico do pecado e sofrimento (cf Jó)
(4 .9 ). Tens demônio. Os fariseus acharam que o poder de ex­ com o pano de fundo do debate sobre a identidade de Jesus.
pulsar demônios veio do próprio diabo (M t 12.24ss). Igual­ O sinal soluciona um problema de nascença, o que o pecado
mente explicaria para eles a operação de qualquer milagre. também é (SI 5 1.5 ). Jesus sendo a luz do mundo (5, cf 8.12)
8.53 Maior do q u e .. . Abraão. Cf 4 .12 . Abraão morreu - cumpre a esperança messiânica (Is 35.5). A época continua
Cristo ressuscitou e dá vida. Abraão foi pai dos judeus. Cristo sendo a Festa dos Tabernáculos.
é Autor e Consumador da fé dos fiéis, inclusive de Abraão
(Hb 12.2). 9 .2,3 Quem pecou. Baseados em passagens como Êx 20.5;
Jr 31.29s; Ez 18.2 os judeus acharam possível o pecado dos
8.55 Conhecido (gr egnõkate "conhecer progressivamente",
pais passar para os filhos. Jesus nega que a cegueira fosse
3.10). Conheço (gr oida "conhecer essencialmente, por na­
punição direta dos pais ou da vítima; mas bem era para glori­
tureza").
ficar a Deus (cf 11.4). Obras de Deus, além de milagres inclui
8.56 Ver o meu dia, i.e ., quando Abraão vivia no mundo, ou
mudar vidas (6.28s).
pela fé ou por uma visão, segundo uma tradição rabínica.
8.58 Eu Sou (gr ego eimi, cf 24n). Novamente jesus se identi­ 9 .4,5 Façamos (bons manuscritos têm "eu faça"). Dia. A vida
fica com o eterno "Eu Sou" de que se deriva o nome Jeová de Cristo junto com todo "enviado" de Deus se compara a
(heb Yahweh; Êx 3.4; 6 .3). Os judeus bem entenderam Sua um dia que termtaã com sua morte (5 ). Enquanto se espera a
reivindicação de deidade e por isso concluíram que deviam Segunda Vinda, só se vê a Luz real pela fé. Luz do mundo. O
apedrejá-lo (59). milagre deste capítulo é como uma parábola que exprime a
9.1 A cura do cego de nascença é o sexto sinal escolhido por natureza da iluminação espiritual.
JOÃO 9.5 1502
quele que me enviou, enquanto é dia; a noite 9.4 sjo 4.34 um homem pecador fazer tamanhos sinais? E
vem, quando ninguém pode trabalhar. 9 houve dissensão entre eles.'
5 Enquanto estou no mundo, sou a luz do 17 De novo, perguntaram ao cego: Que
mundoA dizes tu a respeito dele, visto que te abriu os
6 Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito 9.5 ft Ml 5.14; olhos? Que é profeta, respondeu ele.m
lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do |o 8.12 18 Não acreditaram os judeus que ele fora
cego,1 cego e que agora via, enquanto não lhe cha­
7 dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de maram os pais
Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, la­ 19 e os interrogaram: É este o vosso filho,
vou-se e voltou vendo./ de quem dizeis que nasceu cego? Como, pois,
9.6 'Mc 7.33
8 Então, os vizinhos e os que dantes o vê agora?
conheciam de vista, como mendigo, pergunta­ 20 Então, os pais responderam: Sabemos
vam: Não é este o que estava assentado pe­ que este é nosso filho e que nasceu cego;
dindo esmolas? 21 mas não sabemos como vê agora; ou
9 Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se 9.7 J2Rs 5.14 quem lhe abriu os olhos também não sabe­
parece com ele. Ele-mesmo, porém, dizia: mos. Perguntai a ele, idade tem; falará de si
Sou eu. mesmo.
10 Perguntaram-lhe, pois: Como te foram 22 Isto disseram seus pais porque estavam
abertos os olhos? 9.11 *|o 9.6-7
com medo dos judeus; pois estes já haviam
11 Respondeu ele: O homem chamado Je­ assentado que, se alguém confessasse ser Je­
sus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: sus o Cristo, fosse expulso da sinagoga."
Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, 23 Por isso, é que disseram os pais: Ele
lavei-me e estou vendo.* idade tem, interrogai-o.
12 Disseram-lhe, pois: Onde está ele? 9.16 l)o 3.2 24 Então, chamaram, pela segunda vez, o
Respondeu: Não sei. homem que fora cego e lhe disseram: Dá gló­
ria a Deus; nós sabemos que esse homem é
Os fariseus interrogam o cego pecador.0
13 Levaram, pois, aos fariseus o que dan­ 9.17 " (0 4.19
25 Ele retrucou: Se é pecador, não sei;
tes fora cego. uma coisa sei: eu era cego e agora vejo.
14 E era sábado o dia em que Jesus fez o 26 Perguntaram-lhe, pois: Que te fez ele?
lodo e lhe abriu os olhos. como te abriu os olhos?
15 Então, os fariseus, por sua vez, lhe per­ 27 Ele lhes respondeu: Já vo-lo disse, e
guntaram como chegara a ver; ao que lhes 9.22 ") o 5.34 não atendestes; por que quereis ouvir outra
respondeu: Aplicou lodo aos meus olhos, la- vez? Porventura, quereis vós também tomar-
vei-me e estou vendo. vos seus discípulos?
16 Por isso, alguns dos fariseus diziam: 28 Então, o injuriaram e lhe disseram:
Esse homem não é de Deus, porque não 9.24o)s 7.19; Discípulo dele és tu; mas nós somos discípu­
guarda o sábado. Diziam outros: Como pode 1Sm 6.5 los de Moisés.

9 .7 Siloé.. . Enviado. Era o tanque na extremidade de um 9.20,21 Sabemos (gr oidamen. Usado 11 vezes neste cap).
túnel, escavado por Ezequias, que trazia água da Fonte da Põe em relevo a falta da parte dos judeus de percepção espiri­
Virgem; daí, "águas enviadas". Deste tanque as águas cerimo­ tual neste evangelho (4 .22,32).
niais foram colhidas (7.37n). Simboliza o fato que Cristo é o
9 .2 4 Dá glória a Deus. Há duplo sentido nesta expressão:
enviado de Deus (4 ). Quem se lava no Seu sangue purificador
1) "agradecer" (Lc 1 7 .1 5 -1 8 ); 2) "dizer a verdade" (js 7.19),
ganha a iluminação salvadora (1 3.8ss).
como aqui.
• N. Hom. 9.11 Da Cegueira para a Percepção. O cego
confessa: 1) é um homem chamado |esus; 2) um profeta (1 7 ); 9.25 Eu era cego e agora vejo. Espiritualmente mostra distin­
3) um adorador de Deus (3 5 ). O ponto culminante se ção absoluta entre as trevas e a luz. Quem vê não precisa de
vê na adoração (38). mais provas. Toda discussão e debate não convencem como
a experiência.
9 .1 4 Sábado. C f 5.16n
9 .1 7 Que dizes t u .. . No fim , todo homem terá de responder • N . H om . 9 .2 8 Endurecimento de Coração. 1 ) Começa no
esta pergunta. Profeta. Falta o artigo que 6.44 0 e 7.40n têm. pré-julgamento de jesus (1 6 ); 2 ) segue a incredulidade
Moisés, Elias e Eliseu operaram maravilhas, mas os judeus ne­ ante os fatos (1 8 ); 3) e atribui-lhe pecado (2 4 ), 4 ) então
garam o aparecimento de qualquer profeta até chegar "o fecham os ouvidos (27) seguido por 5) injúria (28) e 6 ) ex­
Profeta" (D t 18.18). pulsão daqueles que discordam (3 4 ).
1503 JOÃO 10.8
29 Sabemos que Deus falou a Moisés; 9.29 p|o 8.14 perto dele perguntaram-lhe: Acaso, também
mas este nem sabemos donde é .P nós somos cegos?"
30 Respondeu-lhes o homem: Nisto é de 41 Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis ce-
estranhar que vós não saibais donde ele é, e, 9.30 <í |o 3.10 g o s , n ã o t e r íe is p e c a d o a lg u m ; m a s , p o rq u e
contudo, me abriu os olhos. <J agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso
31 Sabemos que Deus não atende a peca­ pecad o /
dores; mas, pelo contrário, se alguém teme a 9.31 r|ó 27.9;
Pv 1.28; Jesus, o bom pastor
Deus e pratica a sua vontade, a este atende/ )r 11.11; Mq 3.4
32 Desde que há mundo, jamais se ouviu 1 A Em verdade, em verdade vos digo: o
que alguém tenha aberto os olhos a um cego I V / que não entra pela porta no aprisco
de nascença. das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é
9.33 s|o 9.16
33 Se este homem não fosse de Deus, ladrão e salteador.
nada poderia ter feito.5 2 Aquele, porém, que entra pela porta,
esse é o pastor das ovelhas.
34 Mas eles retrucaram: Tu és nascido
9.34 t|o 9.2 3 Para este o porteiro abre, as ovelhas ou­
todo em pecado e nos ensinas a nós? E o
vem a sua voz, ele chama pelo nome as suas
expulsaram/
próprias ovelhas e as conduz para fora.
9.35 “ Mt 14.33; 4 Depois de fazer sair todas as que lhe
Jesus revela-se ao cego |o 10.36; pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem,
35 Ouvindo Jesus que o tinham expul­ 1]o 5.13
porque lhe reconhecem a voz;
sado, encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu 5 mas de modo nenhum seguirão o estra­
no Filho do Homem?" nho; antes, fugirão dele, porque não conhe­
36 Ele respondeu e disse: Quem é, Se­ 9.37 v]o 4.26
cem a voz dos estranhos.
nhor, para que eu nele creia? 6 Jesus lhes propôs esta parábola, mas eles
37 E Jesus lhe disse: Já o tens visto, e é o não compreenderam o sentido daquilo que
que fala contigo/ 9.39 »Mt 13.13 lhes falava.
38 Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o 7 Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em
adorou. verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta
39 Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo 9.40 "Rm 2.19 das ovelhas.
para juízo, a fim de que os que não vêem 8 Todos quantos vieram antes de mim são
vejam, e os que vêem se tomem cegos.«' ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes
40 Alguns dentre os fariseus que estavam 9.41 yjo 15.22 deram ouvido.

9.33 Consistentemente a Bíblia declara que são inseparáveis porta. São os falsos mestres que rejeitam a Cristo, a Porta (7 ).
o culto a Deus e a prática de Sua vontade; isto falta na falsa Cf 9 .3 9 -4 1 .
religião. 10.3 Porteiro. Talvez seja João Batista que prefigura os líderes
9 .3 4 Nos ensinas. A complacência e autojustificação orgu­ genuínos do povo de Deus (1 Pe 5 .2 - 4 ). Chama pelo nome.
lhosa dos judeus obstam o recebimento da verdade (5.44; Cf 1,47s. C onduz.. . Os crentes em Cristo são convidados a
Lc 18.14). deixar o judaísmo (veja o livro de Hebreus) para seguir a
9.35 Filho do Homem. Título messiânico de Dn 7.13. Cristo.
9 .39 -4 1 Jesus fala em termos espirituais. Os que não vêem, 10.4 Fazer sair. Jesus cumpre a figura de Josué (N m 27.17).
são os que não têm visão espiritual (salvação) mas têm cons­ • N. Hom. "Quem é o Bom Pastor?" 1) O porteiro abre para
ciência de sua necessidade. Os que vêem, são os judeus de Ele (3; cf 1.29ss); 2) as ovelhas reconhecem a Sua voz; 3) Je­
v41. sus ãs conhece por nome (3 ); 4 ) Ele as conduz para o aprisco
9.41 Quem sabe que não vê, reconhecendo sua necessidade real (16); 5) vai adiante para a cruz (cf Mc 8.34).
espiritual, poderá ser curado (cf 1 jo 1.9). Quem nega seu
10.6 Parábola (gr paroimia, "figura", "adágio"; 16.25,29;
pecado dizendo que "vê" permanece no pecado (M c 2.17;
2 Pe 2.22 ). Os w 1 -5 contêm a parábola; 7 -1 8 têm a expli­
SI 3 2 .3 -5 ).
cação feita por Jesus.
C ap . 10. A conexão com o cap. 9 se encontra na expulsão
do crente (9 .3 4); Cristo, porém, o aceita, abrigando-o no 10.7,9 Eu sou a porta. Como o único meio de acesso a Deus
novo rebanho de Sua Igreja (16) e tomando-o uma das Suas (M t.7.13,14; |o 14.6). No Seu cuidado por nós, Ele é o Bom
ovelhas (10.3,4 ,1 4). Pastor.

10.1 Verdade.. . (gr amên, de origem heb, "müná", "fideli­ 10.8 Todos quantos vieram antes de mim, seriam os falsos cris­
dade", "digno de confiança"). Esta frase demonstra a autori­ tos e líderes maus dos judeus (cf E z3 4 .1 ss; Z c 1 0 .3 ;
dade messiânica de jesus (3 .3 ,5.2 4 , etc.). Não entra pela 1 1 .3 ,1 5 -1 7 ).
JOÃO 10.9 1504
9 Eu sou a porta. Se alguém entrar por 10.9 z|o 14.6
21 Outros diziam; Este modo de falar não
mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará 10.11 °ls 40.11; é de endemoninhado; pode, porventura, um
pastagem. ^ Hb 13.20; demônio abrir os olhos aos cegos?/
10 O ladrão vem somente para roubar, 1Pe2.25
matar e destruir; eu vim para que tenham vida 10.12 A Festa da Dedicação. Jesus é interrogado
e a tenham em abundância. fcZc 11.16-17
22 Celebrava-se em Jerusalém a Festa da
11 Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá 10.14 Dedicação. Era inverno.
a vida pelas ovelhas.0 c2Tm 2.19
23 Jesus passeava no templo, no Pórtico
12 0 mercenário, que não é pastor, a 10.15 de Salomão.k
quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, 4Mt 11.27;
24 Rodearam-no, pois,' os judeus e o inter­
abandona as ovelhas e foge; então, Q lobo as U 10.22
pelaram: Até quando nos deixarás a mente em
arrebata e dispersa.b 10.16 ris 56.8; suspenso? Se tu és o Cristo, dize-o franca-
13 O mercenário foge, porque é mercená­ Ef 2.14;
1Pe 2.25 mente.
rio e não tem cuidado com as ovelhas.
25 Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo disse,
14 Eu sou o bom pastor; conheço as mi­ 10.17
e não credes. As obras que eu faço em nome
nhas ovelhas, e elas me conhecem a mim,c % 53.7-8;
Hb 2.9 de meu Pai testificam a meu respeito.'
15 assim como o Pai me conheced a mim,
26 Mas vós não credes, porque não sois
e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas 10.18 9 )0 2.19
das minhas ovelhas.™
ovelhas. 10.19 PJo 7.43 27 As minhas ovelhas ouvem a minha
16 Ainda tenho outras ovelhas, não deste
aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas 10.20 '|o 7.20 voz; eu as conheço, e elas me seguem."
ouvirão a minha voz; então, haverá um reba­ 10.217ÊX4.11; 28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais pere­
nho e um pastor.6 )o 9.6-7,32-33 cerão, e ninguém as arrebatará da m i­
17 Por isso, o Pai me ama, porque eu dou 10.23 *At 3.11 nha mão.°
a minha vida para a reassumir.f 29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do
18 Ninguém a tira de mim; pelo contrário, 10.25 '|o 3.2 que tudo; e da mão do Pai ninguém pode
eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade 10.26 mJo 8.47; arrebatar.P
para a entregar e também para reavê-la. Este IJo 4.6 30 Eu e o Pai somos um. ■)
mandato recebi de meu Pai.9 31 Novamente, pegaram os judeus em pe­
10.27 njo 10.4
dras para lhe atirar.r
Nova dissensão entre os judeus 10.28 ojo 6.37 32 Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado
19 Por causa dessas palavras, rompeu 10.29 p|o 14.28 muitas obras boas da parte do Pai; por qual
nova dissensão entre os judeus.h delas me apedrejais?
10.30 9 )0 17.11
20 Muitos deles diziam: Ele tem demônio 33 Responderam-lhe os judeus; Não é por
e enlouqueceu; por que o ouvis?' 10.31 r)o 8.59 obra boa que te apedrejamos, e sim por causa

10.9 Entrará, e sairá. As ovelhas dè Cristo têm a Sua proteção 1 0 .2 2 -3 0 O diálogo na festa da dedicação ou luzes. Come­
(SI 91). morava a purificação do templo (164 a .C .) após sua contami­
10.10,11 O bom pastor (gr kalos, "atrativo" "simpático") nação por Antíoco Epifânio (1 Mac 4.36 ,3 9). Lembra-nos que
cumpre as promessas divinas de Ez 34.23; Zc 1 1 .4 -1 4 ; o altar cristão é a cruz.
cf SI 23; 7 8 .7 0 -7 2 . Vida.. . abundância. A nova vida eterna 10.23 Pórtico de Salomão. Os cristãos em breve estariam lá
do Espírito proporcionada pela morte expiatória do Bom (At 3 .11 ; 5.12).
Pastor.
1 0 .2 4 -3 0 Reconhecer que (esus é um com Deus exige fé
10.12 Pastores mercenários nem amam a Deus nem as ove­ para compreender.
lhas (Ez 34; cf Jo 2 1 .1 5 -1 7 ; 1 Pe 5 .2 - 4 ). Lobo representa os
10.27 M e seguem. As ovelhas dependem do Pastor e obede-
falsos mestres.
cem-Lhe a voz.
10.14 Conheço.. . conhecem. Cf Cl 4 .9; 1 )o 4 .6 - 8 .
10.28,29 A segurança do crente depende da decisão de
10.16 Outras ovelhas (gr alia, "outras do mesmo tipo"). Re-
Cristo e do Pai. Elas estão completamente seguras na mão do
fere-se aos crentes gentios que se unirão ao verdadeiro Israel.
Filho e do Pai (14.23; Cl 3.1 ss) pois os dois são um (30) em
Cristo não será Salvador nacional apenas, mas mundial.
propósito e essência (1 .1 ).
Aprisco. Israel. Rebanho. A Igreja universal com sua cabeça,
Cristo, o supremo Pastor. 10.30 Somos um. Lit "uma coisa", i.e., em vontade e essência
(5.23n).
10.18 A obediência de Cristo (Rm 5.19 ) necessariamente in­
clui a espontânea entrega de Sua vida. Reavê-la. Pela ressur­ 10.32,33 Obras boas garantiram que Deus estava com Jesus,
reição. portanto a acusação da blasfêmia não cabia.
1505 JOÃO 11.13
da blasfêmia5, pois, sendo tu homem, te fa­ 10.33 sLv 24.16
2 Esta Maria, cujo irmão Lázaro estava
zes Deus a ti mesmo. 10.34 (SI 82.6
enfermo, era a mesma que ungiu com bál­
34 Replicou-lhes Jesus: Não está escrito samo o Senhor" e lhe enxugou os pés com os
na vossa lei: 10.35 "Rm 13.1 seus cabelos.
Eu disse: sois deusesf? 3 Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro di­
10.36 "Lc 1.35
35 Se ele chamou deuses àqueles a quem zer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a
foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura
10.37 quem amas.
não pode falhar," vt-|o15.24 4 Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta
36 então, daquele a quem o Pai santificou enfermidade não é para morte, e sim para a
10.38 *|o 5.36
e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas; glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus
porque declarei: sou Filho de Deus?" 10.39 yjo 7.30 seja por ela glorificado."
37 Se não faço as obras de meu Pai, não 5 Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã,
me acrediteis;1" 10.40 *jo 1.28 e a Lázaro.
38 mas, se faço, e não me credes, crede 6 Quando, pois, soube que Lázaro estava
10.41 o|o 3.30
nas obras; para que possais saber e compreen­ doente, ainda se demorou dois dias no lugar
der que o Pai está em mim, e eu estou 10.42 6|o 8.30 onde estava/
no Pai.* 7 Depois, disse aos seus discípulos: Va­
39 Nesse ponto, procuravam, outra vez, 11.1 mos outra vez para a Judéia.
cLc 10.38-39
prendê-lo; mas ele se livrou das suas mãos.)' 8 D isseram-lhe os discípulos: Mestre,
40 Novamente, se retirou para além do 11.2 "|o 12.3 ainda agora os judeus procuravam apedrejar-
Jordão, para o lugar onde João batizava no te, e voltas para lá?9
11.4 qo 9.3 9 Respondeu Jesus: Não são doze as horas
princípio*; e ali permaneceu.
41 E iam muitos ter com ele e diziam: 11.6 l|o 10.40
do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça,
Realmente, João não fez nenhum sinal, porém porque vê a luz deste mundo;"
tudo quanto disse a respeito deste era 11.89jo10.31 10 mas, se andar de noite, tropeça, porque
verdade." nele não há luz.1
11.9 6|o9.4
42 E muitos ali creram nele." 11 Isto dizia e depois lhes acrescentou:
11.10 íjo 12.35 Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou
A ressurreição de Lázaro para despertá-lo./
Estava enfermo Lázaro, de Betania, 11.11 12 Disseram-lhe, pois, os discípulos: Se­

n
Marta.
/Dt 31.16;
da aldeia de Maria e de sua irmã" Mt 9.24;
1Co 15.18,51
nhor, se dorme, estará salvo.
13 Jesus, porém, falara com respeito à

10.34 Vossa Lei, i.e., a Torá ou o AT como um todo, inclusive eliminá-lo pela crucificação (1 1 .4 7 -5 7 ) que resultou na Sua
os Salmos. glorificação.

1 0 .3 3 -3 6 Se Deus, o Autor da Biblia, chama homens de 11.6 Demorou. Cf as demoras de Jesus em 2 .4 ; 7.6ss.
"deuses" (heb 'elohim "Deus", "deuses", "juízes", cf SI 8 2.6; • N. Hom. Duas Provas na Escola de Jesus: A. Prova de fé na
Êx 2 1.6; 22.9 ,2 8) quanto mais teria o Filho direito a este tí­ Sua palavra. Realmente Maria e Marta confiavam que Jesus
tulo. A Escritura não pode falhar. A Palavra inspirada de Deus 1) era amigo chegado; 2) amava a Lázaro (3 ); 3) ficou infor­
é infalível (2 Tm 3.16 ). Santificou. Melhor, "consagrou", sepa­ mado (4) e prometera que a doença não "era para morte"
rou para esta missão (Hb 10.10). (4 ), embora o irmão querido tivesse morrido. B. Prova da
10.37 Obras do meu Pai. Os milagres de Cristo não puderam lealdade dos discípulos: 1) desafiados a enfrentar novamente
ser atribuídos a poder satânico. a ameaça da morte com Jesus (7 ,8 ); 2) a solução não está na
fuga (andar de noite), mas em ficar ao lado de Cristo (andar
10.38 Fé, no evangelho de João, antecede o "saber e com­ de dia) e obedecer às Suas ordens (ver a luz). Conclusão:
preender". — contra o desespero das irmãs, Jesus dá vida a Lázaro; os discí­
Cap 1 1 . 0 tema deste capítulo - o sétimo sinal e o clímax - pulos não sofrem nenhum dano; pelo contrário, testemu­
revela a Jesus como o doador da vida e vencedor da morte nham a ressurreição de Jesus em Jerusalém no primeiro
(1 Co 15; Hb 2.14). domingo da Páscoa.

11.1 Betânia fica a 15 estádios (18), ou cerca de 3km de 11.9 Doze as horas. O plano de Deus não permite o "por
Jerusalém. acaso".
11.2 Ungiu. Cf T 2 .3. Maria. Cf Lc 10.38ss, Mc 14.3.
11.12 Estará salvo (gr sõlhêsetai). Tem dois sentidos: 1) recu­
11.4 A fim .. : glorificado. A ressurreição de Lázaro: 1) mos­ peração física (43s); 2 ) ressurreição no último dia (5 .2 5 ,29n;
trou o poder divino de Jesus; 2) provocou os judeus a tentar Rm 5.10).
JOÃO 11.14 1506
morte de Lázaro; mas eles supunham que ti­ 11.22 k|o 9.31 crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que
vesse falado do repouso do sono. devia vir ao mundo."
14 Então, Jesus lhes disse claramente: Lá­ 28 Tendo dito isto, retirou-se e chamou
zaro morreu; Maria, sua irmã, e lhe disse em particular:
15 e por vossa causa me alegro de que lá O Mestre chegou e te chama.
11.24 <Lc 14.14
não estivesse, para que possais crer; mas va­ 29 Ela, ouvindo isto, levantou-se depressa
mos ter com ele. e foi ter com ele,
16 Então, Tomé, chamado Dídimo, disse 30 pois Jesus ainda não tinha entrado na
aos condiscípulos: Vamos também nós para aldeia, mas permanecia onde Marta se avis­
morrermos com ele. tara com ele.
11.25 ">|o 1.4;
17 Chegando Jesus, encontrou Lázaro já 1)o 1.1-2 31 Os judeus que estavam com Maria em
sepultado, havia quatro dias. casa e a consolavam, vendo-a levantar-se de­
18 Ora, Betânia estava cerca de quinze es­ pressa e sair, seguiram-na, supondo que ela ia
tádios perto de Jerusalém. ao túmulo para chorar.0
19 Muitos dentre os judeus tinham vindo 32 Quando Maria chegou ao lugar onde
ter com Marta e Maria, para as consolar a 11.27 estava Jesus, ao vê-lo, lançou-se-lhe aos pés,
"Mt 16.16 dizendo: Senhor, se estiveras aqui, meu irmão
respeito de seu irmão.
20 Marta, quando soube que vinha Jesus, não teria morrido. P
saiu ao seu encontro; Maria, porém, ficou 33 Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os
sentada ém casa. judeus que a acompanhavam, agitou-se no
21 Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, espírito e comoveu-se.
11.31 o)o 11.19
se estiveras aqui, não teria morrido meu 34 E perguntou: Oride o sepultastes? Eles
irmão. lhe responderam: Senhor, vem e vê!
22 Mas também sei que, mesmo agora, 35 Jesus chorou. 9
tudo quanto pedires a Deus, Deus to con­ 36 Então, disseram os judeus: Vede
cederá.* 11.329)0 11.21
quanto o amava.
23 Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de 37 Mas alguns objetaram: Não podia ele,
ressurgir. que abriu os olhos ao cego, fazer que este não
24 Eu sei, replicou Marta, que ele há de morresse?'
ressurgir na ressurreição, no último d ial 38 Jesus, agitando-se novamente em si
25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição 11.35 9Lc 19.41 mesmo, encaminhou-se para o túmulo; era
e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, este uma gruta a cuja entrada tinham posto
viverá;m uma pedra.
26 e todo o que vive e crê em mim não 39 Então, ordenou Jesus: Tirai a pedra.
morrerá, etemamente. Crês isto? Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já
27 Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho 11.37 fjo 9.6 cheira mal, porque já é de quatro dias.

11.16 Tomé era leal ainda que duvidoso (20.24ss). Dídimo. de um intervalo temporário até a ressurreição (1 1 - 1 3 ;
Gêmeo. 1 T s4 .1 3 s; 1 Co 15.55). Cristo proporciona a vida aos mortos
11.19 Muitos. A família de Lázaro era proeminente. O mila­ física e espiritualmente (cf 5.24ss).
gre foi presenciado por um grande público que se dividiu na 11.27 Que devia vir. Uma frase que indica o Messias (4.25;
opinião (45). Mt 11.3; Lc 7.20). Marta confessa sua fé real (cf 4 .29 ; 5.15;
11.21 Se estiveras aqui (32). Revela um sentido profundo a 6 .69; 9.33,38).
respeito da escatologia da Igreja, i.e., ainda que o Senhor
1 1 .3 3 -3 6 Agitou-se. A emoção do Senhor foi Sua reação de
demore para voltar. Sua presença espiritual é necessária para
simpatia junto aos amigos (33,36) e indignação com a maldi­
alimentar a esperança da ressurreição em face da morte.
ção da morte. No espírito, não o Espírito Santo, mas em Si
11.24 Na ressurreição no último dia nãó é toda a esperança mesmo.
do crente.
11.37 De muito mais valor seria a ressurreição para a vida
• N. Hom. 11.25,26 A pessoa e obra de Cristo transformam
eterna (26) do que um simples milagre de restabelecimento
a realidade da morte. 1) Os crentes mortos de todos os tem­
físico.
pos (como Lázaro) serão ressuscitados (25b). 2) Os crentes
que crêem em Cristo e compartilham de Sua vida são transfor­ 11.39 Quatro dias. Parece que havia uma opinião geral no
mados pela morte e pela ressurreição de Cristo para gozar da judaísmo que a alma deixa o corpo três dias após a morte
vida eterna agora (26). Conclusão: a morte física não passa (contraste M c 5 .35 ).
1507 JOÃO 12.1
40 Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu 11.40 sJo 11.4
morra um só homem pelo povo e que não
que, se creres, verás a glória de Deus?5 venha a perecer toda a nação, v
41 Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levan­11.42 íjo 12.30 51 Ora, ele não disse isto de si mesmo;
tando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, pro­
dou porque me ouviste. fetizou que Jesus estava para morrer pela
42 Aliás, eu sabia que sempre me ouves, 11.44 u|o 20.7
nação
mas assim falei por causa da multidão pre­ 52 e não somente pela nação, mas também
sente, para que creiam que tu me enviaste.' 11.45 vj0 2.23 para reunir em um só corpo os filhos de Deus,
43 E, tendo dito isto, clamou em alta voz: que andam dispersos.z
Lázaro, vem para fora!
53 Desde aquele dia, resolveram matá-lo.
44 Saiu aquele que estivera morto, tendo 11.47 »SI 2.2;
Mc 14.1; 54 De sorte qüè Jesus já não andava publi­
os -pés e as mãos ligados com ataduras e o Jo 12.19 camente entre os judeus, mas retirou-se para
rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou
Jesus: Desatai-o e deixai-o ir.u uma região vizinha ao deserto, para uma ci­
45 Muitos, pois, dentre os judeus que ti­ 11.49 «Lc 3.2; dade chamada Efraim; e ali permaneceu com
nham vindo visitar Maria, vendo o que fizera
At 4.6 os discípulos.0
Jesus, creram nele. " 55 Estava próxima a Páscoa dos judeus; e
46 Outros, porém, foram ter com os fari­ 11.50 7)0 18.14
muitos daquela região subiram para Jerusa­
seus e lhes contaram dos feitos que Jesus rea­ lém antes da Páscoa, para se puriflcarem.,,
lizara. 56 Lá, procuravam Jesus e, estando eles
11.52 7|s 49.6; no templo, diziam uns aos outros: Que vos
Ef 2.14-17;
O plano para tirar a vida de Jesus 1)0 2.2 parece? Não virá ele à festa?c
47 Então, os principais sacerdotes e os fa­ 57 Ora, os principais sacerdotes e os fari­
riseus convocaram o Sinédrio; e disseram: seus tinham dado ordem para, se alguém sou­
Que estamos fazendo, uma vez que este ho­ 11.54 besse onde ele estava, denunciá-lo, a fim de o
°2Cr 13.19
mem opera muitos sinais?"' prenderem.
48 Se o deixarmos assim, todos crerão
nele; depois, virão os romanos e tomarão não 11.55 6)0 2.13
Jesus ungido por Maria em Betânia
só o nosso lugar, mas a própria nação.
M t 2 6 .6 - 1 3 ; M c 1 4 .3 - 9
49 Caifás, porém, um dentre eles, sumo
11.56 c|o 11.7
sacerdote naquele ano, advertiu-os, dizendo: 1 Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus
Vós nada sabeis/ X A i para Betânia, onde estava Lázaro, a
50 nem considerais que vos convém que 12.1 rfjo 11.1 quem ele ressuscitara dçntre os mortos.d

11.40 A ressurreição será a culminante manifestação da gló­ da voz de Deus (bath kol). Pela (gr huper, "no lugar d e"). A
ria de Deus para todos crerem; os líderes, porém, não vêem morte substitutiva de Jesus foi anunciada pelo sumo sacer­
mais do que seu poder ameaçado (4 6 -5 7 ; cf 9 .41). dote que uma vez por ano fazia expiação pela nação no Santo
11.41 Graças te dou. Jesus orara antes. Ele queria mostrar que dos Santos (Hb 9.7ss). Mais ele mesmo não sentia nenhuma
o poder vem do Pai. necessidade do sangue de Cristo para purificar os seus
pecados.
11.43 C la m o u ... Cf 5 .25 ; 1 T s 4 .1 6 " ...s u a palavra de
ordem". 11.52 Reunir em um sá (corpo, não está no gr). Caifás pen­
11.44 Desatai-o. No seu próprio caso )esus não precisou ser sava na volta à Palestina dos israelitas espalhados pelo
liberado dos lençóis (1 9 .40 ), sendo que o corpo espiritual mundo. Noutro sentido, os verdadeiros filhos de Deus (judeus
(1 Co 15.44) não encontrou impedimento na matéria: Ele e gentios) serão reunidos pela morte de Cristo na Igreja Uni­
atravessou o invólucro de panos que o envolveu (20.8n). versal (10.16; 12.32).

11.45,46 A reação dos simpatizantes era a fé: a dos líderes 11.54 Efraim, pode ser uma vila perto de Betei, a 25km de
e rainaquinar Sua morte. Temeram: 1) um número crescente Jerusalém.
de seguidores de Jesus; 2) a destruição do templo e Jerusalém 11.55 . . .a Páscoa.. . Esta frase está em 2.13 que inicia o
pelos romanos (João nota isto ironicamente porque de fato
trecho sobre a purificação do templo. Os judeus subiam para
isto ocorreu em 6 6 -7 0 d .C ).
se purificarem (por imersão e roupas limpas) enquanto Jesus
11.48 Nosso lugar, o templo, que era o "lugar santo" dos purificará por Si próprio os Seus discípulos antes da festa da
judeus. Páscoa (1 3 .1 -1 1 ; 15.3).
11.49 Naquele ano. Quer dizer o ano em que Cristo foi cruci­ Cap. 12 nos traz três episódios significantes: 1) a unção do
ficado. Rei para o sepultamento; 2) a entrada e a aclamação do Rei;
11.51 Profetizou. O sumo sacerdote deveria ser o portador 3) a petição dos gregos - o império mundial do Rei (2 0 -3 6 ).
JOÃO 12.2 1508
2 Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta 12.2 *Mt 26.6 13 tomou ramos de palmeiras e saiu ao
servia, sendo Lázaro um dos que estavam seu encontro, clamando: Hosana! Bendito o
12.3 que vem em nome do Senhor e qué é Rei de
com ele à mesa.e
fLc 10.38-39
3 Então, Maria, tomando uma libra de bál­ Israel”1!
samo de nardo puro, mui precioso, ungiu os 12.6 g|o 13.29
14 E Jesus, tendo conseguido um jumenti-
pés de Jesus e os enxugou com os seus cabe­ nho, montou-o, segundo está escrito:”
los; e encheu-se toda a casa com o perfume 12.8 t>Dt 15.11 15 Não temas, filha de Sião, eis que o teu
do bálsam o/ Rei aí vem, montado em um filho de
4 Mas Judas Iscariotes, um dos seus discí­ 12.9 jumenta.0
pulos, o que estava para traí-lo, disse: 'Jo 11.43-44 16 Seus discípulos a princípio não com­
5 Por que não se vendeu este perfume por preenderam isto; quando, porém, Jesus foi
trezentos denários e não se deu aos pobres? 12.10/U16.31 glorificado, então, eles se lembraram de que
6 Isto disse ele, não porque tivesse cui­ estas coisas estavam escritas a respeito dele e
dado dos pobres; mas porque era ladrão e, 12.11 *)o 11.18 também de que isso lhe fizeram, p
tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava.9 17 Dava, pois, testemunho disto a multi­
7 Jesus, entretanto, disse: Deixa-a! Que 12.12'Mt 21.8; dão que estivera com ele, quando chamara
Lc 19.35-36
ela guarde isto para o dia em que me embalsa­ a Lázaro do túmulo e o levantara dentre os
marem; mortos.
12.13
8 porque os pobres, sempre os tendes con­ ">51118.25-26 18 Por causa disso, também, a multidão
vosco'1, mas a mim nem sempre me tendes. lhe saiu ao encontro, pois ouviu que ele fizera
12.14"Mt21.7 este sinal. 9
O plano para tirar a vida de Lázaro 19 De sorte que os fariseus disseram entre
9 Soube numerosa multidão dos judeus 12.15 "Zc 9.9 si: Vede que nada aproveitais! Eis aí vai o
que Jesus estava ali, e lá foram não só por mundo após ele.r
causa dele, mas também para verem Lázaro, a 12.16PU 18.34
quem ele ressuscitara dentre os mortos.' Alguns gregos desejam ver Jesus
10 Mas os principais sacerdotes resolve­ 12.18 9Jo 12.11 20 Ora, entre os que subiram para adorar
ram matar também Lázaro/ durante a festa, havia alguns gregos;5
11 porque muitos dos judeus, por causa 12.19 21 estes, pois, se dirigiram a Filipe, que
"Jo 11.47-48
dele, voltavam crendo em Jesu s/ era de Betsaida da Galiléia, e lhe rogaram:
Senhor, queremos ver Jesus.(
12.20
A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém sIRs 8.41-42 22 Filipe foi dizê-lo a André, e André e
M t 2 1 .1 - 1 1 ; M c 1 1 .1 - 1 1 ; L c 1 9 .2 8 -4 0 Filipe o comunicaram a Jesus.
12 No dia seguinte, a numerosa multidão 12.21 i|o 1.44 23 Respondeu-lhes Jesus: E chegada a
que viera à festa, tendo ouvido que Jesus es­ hora de ser glorificado o Filho do Homem."
tava de caminho para Jerusalém/ 12.23 "Jo 13.32 24 Em verdade, em verdade vos digo: se o

12.2 Marta servia (gr diekonei). Nela temos uma ilustração Ele é o verdadeiro Rei de Israel (c f 1.51) mas Seu reino não é
das diaconisas da Igreja que serviam com fidelidade (At 9.36; deste mundo (1 8.36s).
Rm 16.1 ,6 ,1 2s; 1 Tm 3.11). Compare Lc 10.38. 12.13 Hosana. C f S1118.25s. Significa "Salva-n o s, te
12.3 Maria. Sem fundamento histórico é a tradição de que "a rogamos".
mulher pecadora" (Lc 7.39) era Maria Madalena, que tam­ 12.14,15 Está escrito. Zacarias (9 .9 ) anunciara, cinco séculos
bém seria esta Maria. Encheu-se.. . perfume. Igualmente, se antes, que o Messias inauguraria um domínio pacífico para
não se quebrar o coração egoísta aos pés de Cristo, não ha­ seus súditos.
verá perfume de vida para alegrar a Casa de Deus 12.16 Os discípulos não compreenderam a natureza do rei­
(2 Co 2 .1 4 -1 6 ). nado de Jesus. Ele foi ungido simbolicamente para a morte
12.5 Trezentos denários. Um denário, o salário diário de um por uma mulher; seria vestido de púrpura pbr escárnio e co­
operário. Judas exemplifica aquele que pela carne quer fazer roado de espinhos (1 9 .2); seria exaltado e entronizado numa
boas obras ao contrário de Maria que cultua a Jesus, sem cruz. A Entrada Triunfal de Jesus foi o prelúdio e sinal de Sua
substituto, com gratidão. glorificação por morte e levantamento (Lc 24.26).
12.7 Maria, uma amiga, endossa o auge da missão de Jesus 12.17 Jesus vai revelar à multidão que tipo de reinado Ele
no sepultamento (cf 11.50). Ela exemplifica os cristãos que, encabeçaria. Vencerá os principais inimigos do homem: o pe­
pagando preço altíssimo, ungem a |esus como seu Rei único. cado, a morte e o diabo.
1 2.1 2 -19 A multidão, cheia de esperança, proclama Jesus 12.23,24 fica ele só. Jesus não compartilha os benefícios da
como o Messias, vindo com poder e bênção do Senhor (13). salvação (Sua glória) antes de Ele mesmo ser glorificado pela
1509 JOÃO 12.43
grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica 12.24 pouco a luz está convosco. Andai enquanto
OCo 15.36
ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.1' tendes a luz, para que as trevas não vos apa­
12.25
25 Quem ama a sua vida perde-a"'; mas nhem; e quem anda nas trevas não sabe para
"M t 10.39;
aquele que odeia a sua vida neste mundo pre- 16.25; Mc 8.35; onde vai?
servá-la-á para a vida eterna. Lc 9.24; 17.33 36 Enquanto tendes a luz, crede na luz,
26 Se alguém me serve, siga-me, e, onde 12.26 *|o 14.3; para que vos tomeis filhos da luz. Jesus disse
eu estou, ali estará também o meu servo. E, se lTs 4.17 estas coisas e, retirando-se, ocultou-se
alguém me servir, o Pai o honrará." 12.27 deles.9
27 Agora, está angustiada a minha alma, e t-Mt 26.38-39;
Jo 13.21
que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas A explicação da incredulidade dos judeus
12.28 *Mt 3.17
precisamente com este propósito vim para 37 E, embora tivesse feito tantos sinais na
esta hora.)' 12.30 o|o 11.42 sua presença, não creram nele,
28 Pai, glorifica o teu nome. Então, veio 12.31 38 para se cumprir a palavra do profeta
b Mt 12.29;
uma voz do céu: Eu já o glorifiquei e ainda o Isaías, que diz:
Jo 14.30;
glorificarei." 2Co4.4;Ef2.2 Senhor, quem creu em nossa pregação? E
29 A multidão, pois, que ali estava, tendo 12.32 cjo 3.14;
a quem foi revelado o braço do
ouvido a voz, dizia ter havido um trovão. Ou­ Hb 2.9 Senhor6?
tros diziam: Foi um anjo que lhe falou. 12.33 “ Jo 18.32 39 Por isso, não podiam crer, porque
30 Então, explicou Jesus: Não foi por mim 12.34
Isaías disse ainda:
que veio esta voz, e sim por vossa causa.“ «S1110.4; Is 9.7; 40 Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes
31 Chegou p momento de ser julgado este Ez 37.25; o coração, para que não vejam com os
Dn 7.14
mundo, e agora o seu príncipe será expulso.6 olhos, nem entendam com o coração,
32 E eu, quando for levantado da terra, 12.35 'Jr 13.16; e se convertam, e sejam por mim
Ef 5.8; IJo 2.11
atrairei todos a mim mesmo.“ curados.'
12.36 9 Lc 16.8;
33 Isto dizia, significando de que gênero 41 Isto disse Isaías porque viu a glória
Ef 5.8; 1Ts 5.5;
de morte estava para morrer.6 IJo 2.9-11 dele e falou a seu respeito.)
34 Replicou-lhe, pois, a multidão: Nós te­ 12.38 “ Is 53.1
42 Contudo, muitos dentre as próprias au­
mos ouvido da lei que o Cristo permanece toridades creram nele, mas, por causa dos fa­
12.40 Ms 6.10
para sempre“, e como dizes tu ser necessário riseus, não o confessavam, para não serem
12.41 /Is 6.1
que o Filho do Homem seja levantado? Quem expulsos da sinagoga;*
é esse Filho do Homem? 12.42 "Jo 7.13 43 porque amaram mais a glória dos ho­
35 Respondeu-lhes Jesus: Ainda por um 12.43 'Jo 5.44 mens do que a glória de Deus.'

morte, sepultamento e ressurreição. O grão representa a Je­ Fp 2 .9 - T I ) ; 5 ) a atração de todos os homens (3 2 ), 6 ) a limi­
sus. Muito fruto. A semente que se reproduz, até milhares de tação do tempo para a luz brilhar (3 5 ) seguida pelas trevas
vezes, tem de ser plantada, germinar e crescer. Assim Cristo (31,35).
pela Sua glorificação se estenderá pelo Espírito para toda lín­ 12.34 Lei. São as Escrituras canônicas do AT (cf Dn 7.14).
gua, raça e nação (Ap 7.9).
12.36 Ocultou-se deles. Isto marcou o fim do ministério de
12.25 V id o .. . vida (gr psuchê "alm a", cf M c 8.35 ) é vida ter­ Jesus dirigido ao mundo. Daqui para frente fala aos discípulos.
rena que se contrasta com a vida eterna (gr zoé aiõnion) dada
1 2.3 7 -43 Apresenta um sumário geral do sucesso de Jesus
pelo Espírito (3 .3 -6 n ).
na Sua vinda para Sua "própria casa" (1.1 In ) e a reação dos
12.26 Siga-me. Cada discípulo de Jesus deve ser outro "grão Judeus cumprindo a visão profética de Is 53.1 e 6.9,10.
de trigo", pronto a dar sua vida pela expansão do evangelho. 12.40 A cegueira dos olhos e o endurecimento do coração
Onde eü estou (cf 17.24). O complemento da vida nova já dos judeus veio em conseqüência do am or às trevas
possuída pelo cristão no mundo será compartilhado junto a (3 .1 9,2 0 ), o temor dos fariseus (42) e o desejo de alcançar a
Cristo no céu. glória dos homens (43; 5 .4 4 ).
12.28 Por uma: voz audível, no batismo, na transfiguração e 12.41 Isaías, como Abraão (8.54ss), viu a glória do Cristo
aqui. Deus Pai assegura aos que acompanham a Jesus que Seu pré-encarnado (cf Is 6.1 ss com Jo 17.5 ) e a glória de Jesus, o
nome será glorificado no Filho. Servo Sofredor, Is 5 2 .1 3 -5 3 .1 2 ) morto e ressurreto para justi­
12.31 Ser julgado (gr krisis "crise", "tomada de posição"). A ficar pecadores.
morte de Jesus condenou o mundo (Satanás se tornou prín­ 12.42 Creram nele. O tempo passado (gr aoristo) salienta de
cipe do mundo, cf 1 Jo 5.19 ) e salva o crente. Essa crise en­ novo, que em João, a fé se revela no presente contínuo pela
volve: 1) "a hora" (23); 2) "a glorificação" (2 3 ,28 ); 3) o confissão. Temor (cf 1 Jo 4 .1 8 ) impediu que crentes nominais
plantar da semente messiânica (24; Gl 3.16 ); 4 ) o levanta­ confessassem sua fé, o que é essencial à salvação (M t 10.32s;
mento de Jesus na cruz e Sua exaltação (3 2 ; At 2 .33 ; 5 .31 ; Rm 10.9).
JOÃO 12.44 1510
0 resumo do ensino de Jesus 12.44 4 levantou-se da ceia, tirou a vestimenta
mMc 9.37;
44 E Jesus clamou, dizendo: Quem crê em IPcl.21 de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se
mim crê, não em mim, mas naquele que me com e la /
12.45 "|o 14.9 5 Depois, deitou água na bacia e passou a
enviou.m
45 E quem me vê a mim vê aquele que me 12.46o|o3.19 lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos
enviou." com a toalha com que estava cingido.
12.47 pjo 3.17 6 Aproximoü-se, pois, de Simão Pedro, e
46 Eu vim como luz para o mundo, a fim
de que todo aquele que crê em mim não per­ 12.48 este lhe disse: Senhor, tu me lavas os pés
maneça nas trevas.0 íDt 18.19; am im ?»
Lc 10.16 7 Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço
47 Se alguém ouvir as minhas palavras e
não as guardar, eu não o julgo; porque eu não 12.49 rDt 18.18 não o sabes agora; com preendê-lo-ás
vim para julgar o mundo, e sim para d ep o is/
13.1 sMt26.2 8 Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os
salv á-lo /
48 Quem me rejeita e não recebe as mi­ 13.2 tLc 22.3 pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar,
nhas palavras tem quem o julgue; a própria não tens parte com igo/
13.3 "Mt 11.27; 9 Então, Pedro lhe pediu: Senhor, não so­
palavra que tenho proferido, essa o julgará no
At 2.36;
último dia. 4 ICo 15.27 mente os pés, mas também as mãos e a
49 Porque eu não tenho falado por mim cabeça.
mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me 13.4 «'Lc 22.27 10 Declarou-lhe Jesus: Quem já se ba­
tem prescrito o que dizer e o que anunciar/ 13.6 »Mt 3.14 nhou não necessita de lavar senão os pés;
50 E sei que o seu mandamento é a vida quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós
eterna. As coisas, pois, que eu falo, como o 13.7 *Jo 13.12 estais limpos, mas não to d o s/
Pai mo tem dito, assim falo. 13.8 r)o 3.5;
11 Pois ele sabia quem era o traidor. Foi
1Co 6.11; Tt 3.5 por isso que disse: Nem todos estais limpos.0
Jesus lava os pés aos discípulos
13.10 qo 15.3 Uma lição de humildade
1 O Ora, antes da Festa da Páscoa, sa-
X J bendo Jesus que era chegada a sua 13.11 o)o6.64 12 Depois de lhes ter lavado os pés, tomou
hora de passar deste mundo para o Pai, tendo as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes:
13.13
amado os seus que estavam no mundo, amou- 6Mt 23.8; Compreendeis o que vos fiz?
os até ao fim.s Lc6.46; ICo 8.6 13 Vós me chamais o Mestre e o Senhor e
2 Durante a ceia, tendo já o diabo posto no dizeis bem; porque eu o sou.b
13.14
coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, cLc 22.27; 14 Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre,
que traísse a Jesus,' Cl 6.1-2; vos lavei os pés, também vós deveis lavar os
3 sabendo este que o Pai tudo confiara às 1Pe 5.5 pés uns dos o utros/
suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava 13.15 4(12-15) 15 Porque eu vos dei o exemplo, para que,
para Deus," Lc 22.27 como eu vos fiz, façais vós também.d

1 2.4 4 -50 Um apelo evangelístico sem restrições da parte de vra de 10.15 em que se afirma que Jesus dá Sua vida esponta­
Cristo. neamente.

12.50 Seu mandamento é aquele que Cristo anunciou, i.e., 13.10 Banhou. A lavagem completa do discípulo simboliza-
que os homens devem crer no Enviado de Deus (6.28s; 8.31). se no batismo; nesse ato o crente se identifica pela fé com
Pode, também, se referir ao mandamento do Pai a Cristo para o batismo de Cristo na cruz (cf 3.3,5 ; At 2 .38; Rm 6 .1 -1 1 ;
entregar Sua vida pelos pecadores (10.18) e dar-lhes a vida T t 3.5; Hb 10.22; 1 Pe 3.18ss). Lavar senão os pés. Representa
a necessidade da confissão diária dos pecados para manter a
eterna.
comunhão com Cristo (cf v 8, "Se eu não te lavar, não tens
13.1 Nos caps 1 -1 2 , o plano de Jesus foi de agir, operando parte com igo"). Ainda que o crente peque após o batismo,
o "sinal" (m ilagre) dando em seguida a interpretação do si­ não deve ser rebatizado, mas pela confissão e arrependi­
nal. Em caps 1 3 -1 7 a interpretação vem primeiro sobre o mento ser restaurado à comunhão com Deus e a Igreja
sinal culminante que é a paixão e ressurreição de |esus (caps (1 Jo 1 .3 -9 ; Tg 5.16).
1 8 -2 0 ).
1 3 .1 2 -2 0 O significado da ação humilde de Jesus: 1) a igreja
13.3,4 0 Pai tudo confiara. Cf 17.2 com Ef 1 .9 - 1 1,20ss, deve seguir o exemplo do Senhor, perdoando e restaurando
Cl 1.16, 1 Co 1 5 .2 5 -2 7 . A soberania de Cristo se revelou su­ os membros que tropeçam no pecado (C l 6.1; Mt 18.1 Sss).
premamente no serviço de um escravo (4 ). Seus discípulos 2) Os membros mais importantes da igreja devem servir os
devem seguir Seu exem plo servindo uns aos outros humildes irmãos com o mesmo espírito de abnegação de
(15.1 Sm 25.41; Lc 22.24ss). Tirou (gr tithêmi) a mesma pala­ Jesus.
1511 JOÃO 13.35
16 Em verdade, em verdade vos digo que 13.16 der o pedaço de pão molhado. Tomou, pois,
«•Mt 10.24;
o servoc não é maior do que seu senhor, nem Lc 6.40; |o 15.20 um pedaço de pão e, tendo-o molhado, deu-o
o enviado, maior do que aquele que o enviou. a Judas, filho de Simão Iscariotes.
17 Ora, se sabeis estas coisas, bem-aven­ 13.17'Stg 1.25 27 E, após o bocado, imediatamente, en­
turados sois se as praticardes/ trou nele Satanás. Então, disse Jesus: O que
18 Não falo a respeito de todos vós, pois 13.18SSI41.9 pretendes fazer, faze-o depressa.*
eu conheço aqueles que escolhi; é, antes, para 28 Nenhum, porém, dos que estavam à
13.19 6|o14.29
que se cumpra a Escritura: mesa percebeu a que fim lhe dissera isto.
Aquele que come do meu pão levantou 13.20 29 Pois, como Judas era quem trazia a
contra mim seu calcanhars, 'Mt 10.40; bolsa, pensaram alguns que Jesus lhe dissera:
19 Desde já vos digo, antes que aconteça, Mc 9.37; Compra o que precisamos para a festa ou lhe
Lc 9.48; 10.16
para que, quando acontecer, creiais que ordenara que desse alguma coisa aos
EU SOU." pobres.m
13.21
20 Em verdade, em verdade vos digo: /Mt 26.21; 30 Ele, tendo recebido o bocado, saiu
quem recebe aquele que eu enviar', a mim Lc 22.21;
At 1.17; 1)o 2.19
logo. E era noite.
me recebe; e quem me recebe recebe aquele
que me enviou. O novo mandamento
13.23 *|o 19.26

O traidor indicado 31 Quando ele saiu, disse Jesus: Agora,


13.27'Lc 22.3
21 Ditas estas coisas, angustiou-se Jesus foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi
em espírito e afirmou: Em verdade, em ver­ 13.29 61)0 12.6
glorificado nele;"
dade vos digo que um dentre vós me trairá/ 32 se Deus foi glorificado nele, também
22 Então, os discípulos olharam uns para 13.31 Deus o glorificará nele mesmo; e glorificá-lo-
6)o12.23; á imediatamente.0
os outros, sem saber a quem ele se referia. IPe 4.11
23 Ora, ali estava conchegado a Jesus um 33 Filhinhos, ainda por um pouco estou
dos seus discípulos, aquele a quem ele 13.32 6)0 12.23 convosco; buscar-me-eis, e o que eu disse
amava;*1 aos judeus também agora vos digo a vós ou­
24 a esse fez Simão Pedro sinal, dizendo- 13.33/>)o7.34 tros: para onde eu vou, vós não podeis irP.
lhe: Pergunta a quem ele se refere. 34 Novo mandamento“) vos dou: que vos
25 Então, aquele discípulo, reclinando-se 13.34 ameis uns aos outros; assim como eu vos
4 )0 15. 12-17;
sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: Se­ 1)0 3.23; 2)0 5 amei, que também vos ameis uns aos outros.
nhor, quem é? 35 Nisto conhecerão todos que sois meus
26 Respondeu Jesus: E aquele a quem eu 13.35 r1Jo 2.5 discípulos: se tiverdes amor uns aos outros/

13.16 Servo (gr doutos, "escravo"). )esus exemplifica a "escra­ primeiro um bocado da mão do hospedeiro significa uma
vatura" em serviço do Pai. Seus servos não devem ser mais grande honra. Judas continuou como o alvo da graça de
altivos do que Ele. Enviado (g r apostolos). A comissão apostó­ Cristo até que "saiu" (30).
lica ("enviado") se revela na relação com Cristo, o escravo-
13.27 Entrou nele Satanás. • N. Hom . O Caráter determina
mestre. Note como Paulo chama a si próprio de escravo e
o caminho e o fim . 1) Judas sendo ladrão avarento (1 2 .4 -6 )
apóstolo (Rm 1.1; T t 1.1, etc.).
deu abertura às sugestões de Satanás (2 ); 2 ) Deliciou-se nes­
13.18,19 Desde já. Os planos do diabo não pegaram Jesus de ses planos que deram abertura ao domínio completo do
surpresa. Não elevemos estranhar que supostos "crentes" ve­ diabo (2 7 ); 3) O resultado foi a vergonhosa traição a Jesus e
nham a comer da "mesa do Senhor" sem serem percebidos autodestruição (1 8.2ss; At 1.18).
(cf 2 Pe 2 .13; Jd 12). Jesus previra a ação de Judas quando o
escolheu (2.24s; 6.64,70). 13.32 Foi glorificado. O primeiro passo na glorificação pelo
meio da morte se depara na traição; o curso dos aconteci­
13.20 Aqui encontramos a autoridade do apóstolo (shaliah
mentos não pararia mais até Jesus ser exaltado à mão direita
em aramaico) que é "igual àquele que o enviou" (cf 20.21).
do Pai (At 2.33).
Corresponde ao "procurador" na sociedade moderna. Jesus
que se identificara com o Pai ("eu sou", 19) aqui declara Sua 13.34 Novo mandamento. A essência de todos os "velhos"
união com os discípulos. mandamentos da lei (cf Rm 1 3.9s). Tg 2.8 ensina que a "lei
13.23 Aquele a quem ele amava. Tradicionalmente se identi­ régia" expressa concretamente o amor no modelo de Cristo,
fica com João, filho de Zebedeu e autor deste evangelho. amando como Ele nos amou.
Podia também ter sido seu irmão Tiago (21.2), que foi marti­ 13.35 O amor sobrenatural dos cristãos seria um dos princi­
rizado em 44 d .C. (At 12.2). pais atrativos entre os mundanos para levá-los a Cristo. Amar
13.26 Eu der o pedaço. No médio oriente, ainda hoje, receber é evangelizar.
JOÃO 13.36 1512
Pedro é avisado 13.36
ríeis também a meu Pai. Desde agora o co­
sjo 21.18;
M t 2 6 .3 1 - 3 5 ; M c 1 4 .2 7 - 3 1 ; L c 2 2 .3 1 -3 4 nheceis e o tendes visto. Y
2Pe 1.14
36 Perguntou-lhe Simão Pedro: Senhor, 8 Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-
para onde vais? Respondeu Jesus: Para onde 13.37 nos o Pái, e isso nos basta.
fMt 26.33-35; 9 Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo
vou, não me podes seguir agora; mais tarde, Lc 22.33-34
porém, me seguirás.5 estou convosco, e não me tens conhecido?
37 Replicou Pedro: Senhor, por que não 14.1 "Jo 14.27 Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu:
posso seguir-te agora? Por ti darei a própria Mostra-nos o Pai?z
vidarí
14.2 vJo 13.33 10 Não crês que eu estou no Pai e que o
Pai está em mim? As palavras que eu vos digo
38 Respondeu Jesus: Darás a vida por 14.3 "Jo 12.26;
não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que
mim? Em verdade, em verdade te digo que ITs 4.17
permanece em mim, faz as suas obras."
jamais cantará o galo antes que me negues
14.6 *Jo1.4; 11 Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em
três vezes.
Hb 9.8 mim; crede ao menos por causa das mesmas
obras.*
Jesus conforta os discípulos 14.7 y)o 8.19
12 Em verdade, em verdade vos digo que
1 A Não se turbe o vosso coração; credes aquele que crê em mim fará também as obras
14.9 zjo 12.45;
1 ‘"T em Deus, crede também em mim." que eu faço e outras maiores fará, porque eu
Hb 1.3
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. vou para junto do Pai.c
Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois 14.10»)o5.19 13 E tudo quanto pedirdes em meu nome,
vou preparar-vos lugar.1' isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado
3 E, quando eu for e vos preparar lugar, 14.11 6)o 5.36 no Filho.*
voltarei e vos receberei para mim mesmo, 14 Se me pedirdes alguma coisa em meu
14.12
para que, onde eu estou, estejais vós cMt21.21; nome, eu o farei.
também.* Lc 10.17 15 Se me amais, guardareis os meus man­
4 E vós sabeis o caminho para onde damentos."
14.13 4Mt 7.7;
eu vou. Lc 11.9; Tg 1.5;
5 Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos 1)0 3.22 Jesus promete outro Consolador
para onde vais; como saber o caminho? 16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro
6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o cami­ 14.15 Consolador, a fim de que esteja para sempre
f)o 14.21;
nho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao 1)o 5.3 convosco/
Pai senão por mim.* 17 o Espírito da verdade, que o mundo
7 Se vós me tivésseis conhecido, conhece- 14.161)o 15.26 não pode receber, porque não no vê, nem o

13.36,37 Me seguirás. O martírio dos discípulos (cf 2 1.19,22) 14.7 Deus se revela a todos que crêem em Cristo
qlorificará o Filho como Ele glorifica agora ao Pai na cruz (cf M t 16.16s) o que significa a salvação (1 7 .3). Desde agora.
(12.24SS). Cristo passa a ser reconhecido como o Messias, Servo Sofre­
13.38 Ninguém está preparado a dar sua vida até aprender a dor (Is 53).
viver na humilde dependência de Cristo. Pedro estava em 1 4.8,9 Sem fé em Cristo o homem não pode conhecer o
falta neste campo. verdadeiro Deus.
14.1 Não se turbe. • N. Hom. A base da paz cristã: 1) Cristo 14.10 O Pai que permanece (gr menõ) no Filho, o Espírito (gr
por nós foi angustiado (gr tarassõ, o mesmo vocábulo em menõ) habita com e nos discípulos (17). O Pai e o Filho, am­
11.33; 12.27; 13.21) tomando sobre si nosso pecado e bos farão morada (monên, cf 14.2, deriva-se de menõ) nos
morte. 2) Não nos deixará órfãos (1 8 ). Ele voltará para nos crentes reais que os amam e obedecem (2 3 ). Maiores. Jesus
"receber” (3 ). 3) Nossa confiança foi vindicada na ressurrei­ prevê a multiplicação de Sua ação sobrenatural por intermé­
ção: daí temos pleno acesso às moradas do Templo de Deus dio da Igreja que se estenderá sem limites.
(2; cf 1 Co 3.16). 4) A separação será de pouca duração (19).
14.13,14 Meu nome. O crente unido com Cristo tem autori­
5) É necessário que Cristo vá nos preparar o "lugar" celestial
zação de orar com a mesma autoridade de Cristo; ao mesmo
(3 ). 6) Os crentes conhecem o caminho até ao Pai por inter­
tempo elimina toda petição egoísta que não seja segundo a
médio de Cristo (6).
vontade de Cristo (M t 6 .10; Mc 14.36).
• N. Hom . 14.6 A Viagem Celeste é segura em Cristo: 1) O
caminho - a cruz que dá acesso ao pecador arrependido 14.15 O Amor se manifesta na obediência (1 5 .10 ).
pela expiação do sacrifício (Hb 9.14); 2) A verdade - a nova 14.16 Outro (gr allos "outro do mesmo tipo") Consolador (gr
aliança que inclui a "lei da liberdade" que perfeitamente para "ao lado de" e klêtos "Cham ado") Significa "encoraja-
agrada a Deus (8.32; 1 Co 1.30); 3) A vida - a vida da dor", "quem dá força". Ele tomará o lugar de Cristo limitado
ressurreição (cf 11.25,26n; 10.10; Cl 3.1 ss). no espaço pela encarnação.
1513 JOÃO 15.5
conhece; vós o conheceis, porque ele habita 14.17 não vo-la dou como a dá o mundo. Não se
9jo 15.26;
convosco e estará em vós.9 1Co 2.14; turbe o vosso coração, nem se atemorize.P
18 Não vos deixarei órfãos, voltarei para 1Jo 2.27 28 Ouvistes que eu vos disse: vou e volto
vós outros.h 14.18 para junto de vós. Se me amásseis, alegrar-
19 Ainda por um pouco, e o mundo não “ Mt 28.20 vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é
me verá mais; vós, porém, me vereis; porque 14.19'|o 16.16; maior do que eu. 9
eu vivo, vós também vivereis.1 1Co 15.20 29 Disse-vos agora, antes que aconteça,
20 Naquele dia, vós conhecereis que eu 14.20 í|o 10.38 para que, quando acontecer, vós creiais/
estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, 30 Já não falarei muito convosco, porque
14.21
em vós./ Mo 14.15; aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem
21 Aquele que tem os meus mandamentos 1)0 2.5 em mim;5
e os guarda, esse é o que mé ama; e aquele 14.22 íLc 6.16 31 contudo, assim procedo para que o
que me ama será amado por meu Pai, e eu 14.23
mundo saiba que eu amo o Pai e que faço
também o amarei e me manifestarei a ele.* "i)o 14.15; como o Pai me ordenou. Levantai-vos, vamo-
22 D isse-lhe Judas, não o Iscàriotes: 1|o 2.24 nos daqui/
Donde procede, Senhor, que estás para mani- 14.24 "|o 5.19
festar-te a nós e não ao mundo?' A videira e os ramos
14.26
23 Respondeu Jesus: Se alguém me ama, °Lc 24.49; 1 ^ Eu sou a videira verdadeira, e meu
guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, 1|o 2.20,27 1 J Pai é o agricultor.
e viremos para ele e faremos nele morada.m 14.27 p|o 3.1 2 Todo ramo que, estando em mim, não
24 Quem não me ama não guarda as mi­ 14.28 9)0 5.18 der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto
nhas palavras; e a palavra que estais ouvindo limpa, para que produza mais fruto ainda.“
14.29 'Jo 13.19
não é minha, mas do Pai, que me enviou." 3 Vós já estais limpos pela palavra que
14.30 J|o 12.31
25 Isto vos tenho dito, estando ainda con­ vos tenho falado;1'
vosco; 14.31 t)o 10.18 4 permanecei em mim, e eu permanecerei
26 mas q Consolador, o Espírito Santo, a 15.2 uMt 15.13 em vós. Como não pode o ramo produzir
quem o Pai enviará em meu nome, esse vos 15.3 Mo 13.10;
fruto de si mesmo, se não permanecer na vi­
ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de 1Pe 1.22 deira, ássim, nem vós o podeis dar, se não
tudo o que vos tenho dito.0 15.4 »Cl 1.23; permanecerdes em mim.w
27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; 1)0 2.6 5 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem

14.21 Aqui temos uma bela descrição joanina do crente mos de degeneração e destruição. Falhou na missão de pro­
salvo. duzir o fruto desejado por Deus. Cristo é o verdadeiro Israel
14.23 Não só o Espírito habita no crente (17), mas o Deus (C l 3.16) substituindo essa nação na missão de trazer salva­
triúno mora n á e . Morada (gr monê só aqui e 14.2). Deus ção ao mundo. A "Videira" de Jo 15 equivale ao "Corpo" de
morando no crente, ou na igreja, torna ambos templos santi­ Cristo nas Epístolas de Paulo.
ficados (1 Co 3.16; 6.19). 15.2 Fruto. Não se limita à justiça e santidade (C l 5.22s) mas
14.26 Enviará. Cristo voltará aos discípulos por meio do Espí­ inclui também a evangelização (16). Corta (gr airei "tira" "se­
rito (14.3,1 8 ,28 ). E n sin a rá ... O Consolador, Mestre divino, p ara"; cf julgam ento do israelita rebelde do AT em
inspirou os apóstolos e profetas que escreveram o NT, dando Lv 2 0 .3 ,5 ,6, etc.). Limpa (gr kathaírei "podar", "lim par"). O
à Igreja tudo o que é necessário para conhecer a Deus e os Pai (agricultor) disciplina a Igreja removendo os indivíduos e
santos caminhos do Senhor. congregações inúteis (Lc 13.7ss); melhora o crente real pela
14.27 Paz. Há paz onde Cristo está (2 0 .19 ). A partida do disciplina para que produza mais fruto (Hb 12.10s).
Senhor para o Pai não marca a derrota mas a vitória. O Espí­ 15.3 Produção maior de fruto vem do coração purificado
rito Santo continuará comunicando a paz e a segurança, visto pela Palavra.
que Ele é o Pacificador de Deus (Is 26.3s), não eliminando o
• N. Hom . 15.4 Condições de Alta Produtividade: 1) Per­
perigo mas assegurando ao discípulo que Jesus controla tudo.
manecer (gr meno, 14.10n) em relação vital continuamente
14.30 Príncipe. Satanás. Nada tem. Os direitos do diabo se com Cristo. 2 ) Receber a disciplina das palavras de Cristo
baseiam na rebelião de suas vítimas contra Deus. Cristo era (3) aplicadas pelo Espírito (1 4 .26 ). 3) Dependência total para
puro de todo pecado. com Cristo na comunhão e oração (5,7).
14.31 Vamo-nos. "Discursos pelo Cam inho" (caps 15,16) fo­
15.5,6 O contraste entre as conseqüências de permanecer ou
ram pronunciados a caminho de Getsêmani.
não na videira. • N. Hom . Três classes de ramos: 1) os que
1 5 .1 -1 6 Este discurso sobre a videira é uma alegoria. nada produzem (cf judas); 2 ) os que produzem algo mais
15.1 Videira verdadeira. Israel era a videira de Deus no A.T sem disciplina (2; cf Pedro); 3) os que produzem muito
(SI 8 0 .8 -1 6 ; Is 5.1 - 7 ; Jr 2 .21, etc.), mas sempre visto em ter­ fruto (5 ).
JOÃO 15.6 1514
permanece em mim, e eu, nele, esse dá 15.5 *Os 14.8 tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome,
15.6 rMt 3.10
muito fruto; porque sem mim nada podeis ele vo-lo conceda.6
15.7
fazer.* 14.13-14 17 Isto vos mando: que vos ameis uns aos
6 Se alguém não permanecer em mim, 15.8 “Mt 5.16 outros.1
será lançado fora, à semelhança do ramo, e 15.10 6]o 14.15 18 Se o mundo vos odeia, sabei que,
secará; e o apanham, lançam no fogo e o 15.11 primeiro do que a vós outros, me odiou a
c|o 16.24;
queimam.)' 1|o 1.4 mim.)
7 Se permanecerdes em mim, e as minhas 15.12 19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo
palavras permanecerem em vós, pedireis o 6|o 13.34; amaria o que era seu; como, todavia, não sois
que quiserdes, e vos será feito.* 15.17; 1|o 3.23;
2)o 5 do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi,
8 Nisto é glorificado meu Pai, em que deis 15.13 por isso, o mundo vos odeia.*
muito fruto; e assim vos tomareis meus discí­ ejo 10.11; 20 Lembrai-vos da palavra que eu vos
pulos.0 Rm 5.7-8;
Ho 3.16 disse: não é o servo1 maior do que seu se­
9 Como o Pai me amou, também eu vos 15.14 nhor. Se me perseguiram a mim, também per­
amei; permanecei no meu amor. fMt 12.50 seguirão a vós outros; se guardaram a minha
10 Se guardardes os meus mandamentos, 15.15
palavra, também guardarão a vossa.
permanecereis no meu amor; assim como gGn 18.17;
At 20.27 21 Tudo isto, porém, vos farão por causa
também eu tenho guardado os mandamentos 15.16 do meu nome, porquanto não conhecem
de meu Pai e no seu amor permaneço.6 Mvtt 28.19; aquele que me enviou.m
11 Tenho-vos dito estas coisas para que o (o 1.7; Ifo 4.10,
19 22 Se eu não viera, nem lhes houvera fa­
meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja 15.17 f]015.12 lado, pecado não teriam; mas, agora, não têm
completo.6 15.18/1)0 3.1 desculpa do seu pecado."
12 O meu mandamento é este: que vos 15.19
23 Quem me odeia odeia também a
ameis uns aos outros6, assim como eu vos Mo 17.14;
l|o 4.5 meu Pai.°
amei.
15.20 24 Se eu não tivesse feito entre eles tais
13 Ninguém tem maior amor do que este: 'Mt 10.24;
obras, quais nenhum outro fez, pecado não
de dar alguém a própria vida em favor dos Lc 6.40; |o 13.16
15.21 teriam; mas, agora, não somente têm eles
|seus amigos.0
">Mt 10.22 visto, mas também odiado, tanto a mim como
14 Vós sois meus amigos, se fazeis o que
15.22 ojo 9.41; a meu Pai.P
eu vos m ando/ Tg 4.17
15 Já nâo vos chamo servos, porque o 15.23 o 1)o 2.23
25 Isto, porém, é para que se cumpra a
servo não sabe o que faz o seu senhor; mas 15.24 P)o 3.2 palavra escrita na sua lei:
tenho-vos chamado amigos, porque tudo 15.25 Odiaram-me sem motivo").
<?$l 35.19; 69.4 26 Quando, porém, vier o Consolador, que
quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a
15.26
conhecer, s 'Lc 24.49;
eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da
16 Não fostes vós que me escolhestes a At 2.33; 1)o 5.6 verdade, que dele procede, esse dará testemu­
mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós ou­ 15.27 iLc 1.2; nho de mim;r
1f*e 5.1;
tros e vos designei para que vades e deis 2Pe 1.16;
27 e vós também testemunhareis, porque
fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que 1|o 1.1-2 estais comigo desde o princípio.s

15.7 As palavras vivas de Cristo comunicam Sua pessoa (5; eleita e comissionada para evangelizar o mundo (16), remove
cf 17.14). toda desculpa dos mundanos que se rebelam contra a ver­
15.11 Permanecer em Cristo produz fruto (4 ); receber a dade. O pecado se apresenta onde brilha a revelação de Deus
mensagem de Cristo produz oração efetiva (7 ); obedecer às (Rm 1.18ss); o pecado imperdoável é rejeitar a Cristo, a reve­
ordens de Cristo produz a maturidade (10) e alegria espiri­ lação final de Deus (3.19; Hb 1.1 s).
tual. O gozo de Cristo transparece no cumprimento da Sua 15.24 Obras. As obras culminantes quais nenhum outro fez,
missão redentora. foram a sua entrega à morte e a ressurreição. Por sérem acon­
15.15 Servos (g r douloi "escravos"), A obediência do amigo tecimentos históricos de alcance universal, demonstram o
emana de um amor voluntário. O escravo serve por exigên­ amor redentor de Deus pelo mundo (3 .1 6). O amor rejeitado
cia (Gl 4). se torna em ódio.
1 5 .1 8 -2 7 Apresenta-se a reação do mundo ante a missão de 15.26,27 O cristão que dá testemunho se torna sócio do Es­
Cristo e Sua Igreja; 1) ódio; 2) alienação; 3) perseguição. pírito Santo que o capacita a dar uma visão convincente de
15.22 Pecado não teriam. A Igreja dos fiéis unida a Cristo, Cristo.
1515 JOÃO 16.22
A missão do Consolador 16.1 *Mt n .6 tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão
1 /f Tenho-vos dito estas coisas para que 16.2 u\o 9.22; d ev ir.6
XU não vos escandalizeis. 1 At 8.1 14 Ele me glorificará, porque há de rece­
2 Eles vos expulsarão das sinagogas; mas 16.3 vJo 15.21; ber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
vem a hora em que todo o que vos matar 1Co 2.8; 15 Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso
julgará com isso tributar culto a Deus.u 1Tm 1.13 é que vos disse que há de receber do que é
3 Isto farão porque não conhecem o Pai, 16.4 »Mt 9.15 meu e vo-lo há de anunciar/
n em am im .v 16 Um pouco, e não mais me vereis; outra
4 Ora, estas coisas vos tenho dito para 16.5 *Jo 7.33 vez um pouco, e ver-me-eis.9
que, quando a hora chegar, vos recordeis de 16.6 y\o 14.1 17 Então, alguns dos seus discípulos dis­
que eu vo-las disse. Não vo-las disse desde o seram uns aos outros: Que vem a ser isto que
princípio, porque eu estava convosco."' 16.7 qo 7.39; nos diz: Um pouco, e não mais me vereis, e
Ef 4.8
5 Mas, agora, vou para junto daquele que outra vez um pouco, e ver-me-eis; e: Vou
me enviou, e nenhum de vós me pergunta: 16.9 para o Pai?
Para onde vais?* °At 2.22-37 18 Diziam, pois: Que vem a ser esse —
6 Pelo contrário, porque vos tenho dito es­ 16.10 í>|o 3.14 um pouco? Não compreendemos o que quer
tas coisas, a tristeza encheu o vosso co­ dizer.
r a ç ã o . ) ' ___________ __ ______ 16.11 19 Percebendo Jesus que desejavam inter­
a c 10.18;
j 7 Mas eu vos digo a verdade: convém-vos At 26.18;
rogá-lo, perguntou-lhes: Indagais entre vós a
que eu vá, porque, se éu não for, o Consola- Cl 2.15 respeito disto que vos disse: Um pouco, e não
lor não virá para vós outros; Se, porém, eu me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-
16.12
;or, eu vó-lo enviarei.7 dMc 4.33;
eis?
8 Quando ele vier, convencerá o mundo 1Co 3.2 20 Em verdade, em verdade eu vos digo
do pecado, da justiça e do juízo: que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se
16.13
9 do pecado, porque não crêeih e|o 14.17; alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tris­
em mim;° 1)o2.20,27 teza se converterá em alegria.
10 da justiça, porque vou para o Pai, e não 21 A mulher, quando está para dar à luz,
16.15
me vereis mais;b fMt 11.27 tem tristeza, porque a sua hora é chegada;
11 do juízo, porque o príncipe deste mas, depois de nascido o menino, já não se
mundo já está julgado.c 16.16 9|o 7.33 lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter
12 Tenho ainda muito que vos dizer, mas 16.21 6 Is 26.17 nascido ao mundo um hom em /
vós não o podeis suportar agora;d 22 Assim também agora vós tendes tris­
13 quando vier, porém, o Espírito da ver­ 16.22 teza; mas outra vez vos verei; o vosso coração
'Lc 24.41;
dade, ele vos guiará a toda a verdade; porque Jo 14.1,27; se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá
não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que IPe 1.8 tirar.'

16.1 Escandalizeis. Lit "tropeceis". Os discípulos não devem Tudo que faltava da revelação seria suprido pelo Espírito (13)
perder a coragem ao enfrentar as perseguições judaicas (exe­ que "vos guiará a toda à verdade". Cristo menciona os ele­
cutadas "em nome de Deus", At 2 2.3,4). mentos básicos do NT: a) história - "vos fará lembrar de
16.3 Os salvos se distinguem do mundo pelo verdadeiro co­ t u d o .. . " (1 4 .26 ); b) doutrina - "vos ensinará todas as coi­
nhecimento de Deus (1 7 .3), e de Sua vontade. sas" (14.26; 16.14: cf Lc 2 4.27); c) profecia - "vos anunciará
16.4 Hora (cf Lc 22.53; )o 17.1). A hora do mundo perseguir as coisas que hão de vir" (1 6 .13 ).
os santos. 16.13 Toda a verdade. Autenticidade de doutrina e prática se
16.7 A conveniência dá partida de jesus para o Pai se per­ garantem pela revelação do Espírito por meio das Escrituras.
cebe na formação do Corpo universal de Cristo por intermé­
16.16 Jesus fala aqui do intervalo que passaria no túmulo e
dio do Espírito Santo. O Consolador colocará à disposição dos
também do tempo entre a ascensão e a segunda vinda (17;
crentes o amor e poder de Cristo como se Ele estivesse em
Ap 3.11; 22.7,12,20).
toda parte junto com eles (M t 18.20; 28.20).
• N. Hom. 16.8-11 A Obra do Espírito é: 1) convencer o 16.20 O mundo se alegraria com a morte de Cristo, mas a
m undo que o pecado fundamental é rejeitar a Cristo; ressurreição e a segunda vinda transformarão essa alegria em
2 ) aplicar a justiça imputada pela morte e ressurreição de tristeza (Ap 6 .1 5 -1 7 ). O contrário se dará com os filhos de
Cristo ao crente (Rm 4 .25 ); 3) mostrar que o juízo que Cristo Deus.
sofreu venceu a Satanás, o principe do mundo (33; 1 jo 5.4s). 16.22 Vossa alegria. O gozo inabalável que domina o cora­
16.12 Muito que vos dizer. Jesus deu de antemão o seu en­ ção do crente é aquele que o Espírito suscita nesse coração
dosso ao NT. Muitas coisas ainda não foram reveladas (12). (Gt 5.22).
JOÃO 16.23 1516
23 Naquele dia, nada me perguntareis. Em 16.23/Mt 7.7 aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o
verdade, em verdade vos digo: se pedirdes 16.24 *|o 15.11
mundo. 9
alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em
meu nome./ 1 6.2 6 1)0 16.23 A oração sacerdotal de Jesus
24 Até agora nada tendes pedido em meu Tendo Jesus falado estas coisas, le­
nome; pedi e recebereis, para qne a vossa
alegria seja completa.*
16.27 m|o 3.13

16.28 "|o 13.3 n vantou os olhos ao céu e disse: Pai, é


chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que
o Filho te glorifique a t i /
Palavras de despedida 16.30 °Jo 17.8
2 assim como lhe conferiste autoridade
25 Estas coisas vos tenho dito por meio de
16.32 sobre toda a carne, a fim de que ele conceda
figuras; vem a hora em que não vos falarei
plvlt 26.31; a vida eterna a todos os que lhe deste.5
por meio de comparações, mas vos falarei Jo 8.29
3 E a vida eterna é esta: que te conheçam
claramente a respeito do Pai.
16.33 <íls9.6; a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo,
26 Naquele dia, pedireis em meu nome; e
Rm 5.1; Cl 1.20; a quem enviaste/
não vos digo que rogarei ao Pai por vós.1 2Tm 3.12; 4 Eu te glorifiquei na terra, consumando a
27 Porque o próprio Pai vos ama, visto 1)0 4.4
obra que me confiaste para fazer;0
que me tendes amado e tendes crido que eu
vim da parte de Deus.m 17.1 rjo 12.23 5 e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo
28 Vim do Pai e entrei no mundo; todavia, mesmo, com a glória que eu tive junto de ti,
17.2 sDn 7.14;
deixo o mundo e vou para o Pai.” antes que houvesse m u n d o /
|o 2.6,9,24;
29 Disseram os seus discípulos: Agora é ICo 15.25,27 6 Manifestei o teu nome aos homens que
que falas claramente e não empregas ne­ me deste do mundo. Eram teus, tu mos con­
17.3 tis 53.11; fiaste, e eles têm guardado a tua palavra.w
nhuma figura. |o 3.34; ICo 8.4;
30 Agora, vemos que sabes todas as coisas lt s l.9 7 Agora, eles reconhecem que todas as
e não precisas de que alguém te pergunte; por coisas que me tens dado provêm de ti;
17.4 u)o 4.34 8 porque eu lhes tenho transmitido as pa­
isso, cremos que, de fato, vieste de Deus.0
31 Respondeu-lhes Jesus: Credes agora? lavras que me deste, e eles as receberam, e
17.5 v|o 1.1-2;
32 Eis que vem a hora e já é chegada, em 01.15,17 verdadeiramente conheceram que saí de ti, e
que sereis dispersos, cada um para sua casa, e creram que tu me enviaste/
17.6 »-SI 22.22 9 E por eles que eu rogo; não rogo pelo
me deixareis só; contudo, não estou só, por­
que o Pai está comígo.P mundo, mas por aqueles que me deste, porque
17.8 *)o 8.28
33 Estas coisas vos tenho dito para que são te u s /
tenhais paz em mim. No mundo, passais por 17.9 vijo 5.19 10 ora, todas as minhas coisas são tuas, e

16.23 Naquele dia se refere ao derramamento do Espírito no baseado na Sua autoridade de conceder a vida eterna a todos
dia de Pentecostes. Então os discípulos passariam a depender os eleitos (2 ). Visa diretamente a Paixão. Hora. Ponto central
completamente do Espírito. no plano redentor de Deus.
16.25 Figuras. C f 10.6n. Vem a hora. Refere-se ao ensino de 17.2 Autoridade. Cf 1 Co 8 .6; Ef 1.1 Os,2 0 -2 2 ; Fp 2 .9 -1 1 ;
Jesus após a ressurreição (cf Lc 24,2 7 ,45 ). Talvez haja tam­ C I1 .1 7 s ;H b 2 .8 ;1 Pe 3.22, etc.
bém uma indicação para o ensino apostólico e profético 17.3 Que te conheçam a 75. O verbo está no presente do
d oN T. subjuntivo para indicar conhecimento crescente. Deus. O
16.27 Vos ama (g r philei "tem afeição", "ser am igo"). único Deus é Aquele que é Pai e envia Jesus Cristo.
C f 1 5 .1 3 -1 5 ; 2 1 .1 7n. O Pai ama a todos que amam ao Filho. 17.4 Glorifiquei na terra. Nota-se que Jesus roga do ponto de
Igualmente o Filho ama aqueles que amam a seus discípulos vista de quem já subiu ao céu (1 1 ) porque vencera no Espírito
(M t 25.31ss). (1 6 .33 ). Neste sentido a obra estava consumada antes do
16.28 A missão de )esus foi revelar o Pai e compartilhar a vida brado de 19.30.
eterna. Voltará para reinar sobre Sua Igreja (Ef 4 .7 -1 6 ). 17.6 Teu nome. Seria "Pai", nome esse que os discípulos fo­
16.30 Não p recisas.. . pergunte. C f 2.25. ram privilegiados de usar (M t 6 .9)? Os crentes pertenciam ao
Pai pela eleição (6 .44).
16.32 Dispersos. Cf 6.66ss; Mt 26.31. A dispersão é conse­
quência da incredulidade (cf 14.1) e a falta de vigilância e 17.8 As palavras. São os ensinamentos de Jesus proferidos
oração (M t 26.41; Mc 14.38). Paz vem pela fé (Fp 4 .6 ,7 ,9 ). aqui na terra e preservados nos evangelhos.

17.1 A oração é sacerdotal porque Cristo intercede por Si e 17.9 Dispensa-se a petição pelo mundo porque já foi ven­
pelos discípulos. Três partes: 1 - 5 , Jesus ora por Si mesmo; cido por Cristo (1 6 .33 ). Futuros crentes (20) não são do
6 - 1 9 , pede pelos discípulos; 2 0 -2 6 , suplica pelos futuros mundo.
crentes. Glorifica. Por este imperativo de súplica Jesus roga 17.10 O Filho glorifica o Pai na obediência até à morte. Os
1517 JOÃO 18.2
as tuas coisas são minhas; e, neles, eu sou 17.102Jo 16.15 21 a fim de que todos sejam um; e como
glorificado.2 17.11 0)0 1.21; és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também
11 Já não estou no mundo, mas eles conti­ IPe 1.5 sejam eles em nós; para que o mundo creia
nuam no mundo, ao passo que eu vou para 17.12 6SI41.9 que tu me enviaste.'
junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, 17.14 cjo 8.16; 22 Eu lhes tenho transmitido a glória que
que me deste, para que ejes sejam um, assim 1|o 3.13 me tens dado, para que sejam um, como nós
como nós.° 17.15
o somos;/
12 Quando eu estava com eles, guardava- dMt 6.13; 23 eu neles, e tu em mim, a fim de que
os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e 2Ts 3.3; IJo 5.18 sejam aperfeiçoados na unidade, para que o
nenhum deles se perdeu, exceto o filho da 17.16«)o 17.14 mundo conheça que tu me enviaste e os
perdição, para que se cumprisse a Escritura*. 17.17
amaste, como também amaste a mim.*
13 Mas, agora, vou para junto de ti e isto 12Sm 7.28; 24 Pai, a minha vontade é que onde eu
falo no mundo para que eles tenham o meu )o 8.40; Ef 5.26; estou, estejam também comigo os que me
IPe 1.22
gozo completo em si mesmos. deste, para que vejam a minha glória que me
14 Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o 17.18 ajo 20.21 conferiste, porque me amaste antes da funda­
mundo os odiou, porque eles não são do 17.19 ção do m undo/
mundo, como também eu não sou.c 610)1.2; 25 Pai justo, o mundo não te conheceu;
1Ts4.7;
15 Não peço que os tires do mundo, e sim Hb 10.10
eu, porém, te conheci, e também estes com­
que os guardes do mal.d preenderam que tu me enviaste.m
17.21 í|o 10.16;
16 Eles não são do mundo, como também 26 Eu lhes fiz conhecer o teu nome e
Rm 12.5
eu não sou.e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor
17.22/)o 14.20;
17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é com que me amaste esteja neles, e eu neles
1)0 1.3
a verdade/ esteja.n
18 Assim como tu me enviaste ao mundo, 17.23 *CI 3.14
também eu os enviei ao mundo. 9 17.241)0 4.5; Jesus no Getsêmani
19 E a favor deles eu me santifico a mim 1Ts 4.17 M t 2 6 .4 7 - 5 6 ; M c 1 4 .4 3 - 5 0 ; L c 2 2 .4 7 - 5 3
mesmo, para que eles também sejam santifi­ 17.25 oíJo 7.29 i Q Tendo Jesus dito estas palavras, saiu
cados na verdade.* 17.26 ")o 15.9 X O juntamente com seus discípulos para
20 Não rogo somente por estes, mas tam­ o outro lado do ribeiro Cedrom, onde havia
18.1
bém por aqueles que vierem a crer em mim, o2Sm 15.23; um jardim; e aí entrou com eles.0
por intermédio da sua palavra; Mc 14.32 2 E Judas, o traidor, também conhecia

discípulos glorificam o seu Senhor da mesma forma. união com o Pai (5 ). jesus manifestou essa glória divina (nota­
17.11 )esus se separou fisicamente dos discípulos na morte velmente o amor) no mundo, operando milagres, transmi­
e na ascensão. O crente se santifica pelo batismo-morte tindo as palavras do Pai e finalmente dando sua vida para
(Rm 6 .2 -1 1 ) que o separa do mundo e o une a Cristo. Em expiar pecados (1.1 4,1 7 ; 13.21s). Essa gloriosa União é com­
consequência os crentes por meio de Cristo participam na partilhada com a Igreja pelo Espírito e ela a demonstra na sua
unidade do Povo de Deus que á imprescindível, concedida unidade (13.35).
por Deus e que reflete a unidade da Trindade (2 1 ). É indestru­ 17.23 O amor entre os crentes reflete a união perfeita entre
tível mas facilmente obscurecida. o Filho e o Pai e assinala a obra salvadora sobrenatural de
17.12 Filho dá perdição. Era )udas, e também será assim cha­ Deus.
mado o anticristo (2 Ts 2.3). 17.24 Cristo roga ao Pai que os crentes possam compartilhar
17.13 Cozo completo. A herança do crente junto com todos a alegria do céu. Ali perceberão o grande privilégio 'deTerelri
os privilégios que Cristo compartilha. sido amigos de Cristo.
• N. Hom . 17.15 Duas Petições de Cristo pelos Seus: 1) liber­ 17.25,26 Pai justo. Os atributos divinos de justiça e santidade
tação do Maligno (cf M t6 .1 3 ); 2 ) consagração (17). Estes separam o mundo de Deus (Hb 7 .26 ). Conhecer a Deus pela
foram os propósitos da expiação segundo T t 2 .14: redimir de experiência da fé real em Cristo (25b) traz junto o privilégio
toda iniquidade e purificar um povo zeloso de boas obras. de clamar o nome divino, "Pai" (6 n ; Rm 8 .1 5s; Gl 4 .6 ) e sen­
17.17 Verdade. . . palavra. São títulos de Cristo em 14.6 tir o amor divino.
e 1.1,14.
18.1 Saiu. Talvez da cidade ou do cenáculo (1 4 .31 ), jardim.
17.19 Me santifico. Jesus é ao mesmo tempo Sacerdote e Sa­ Mateus e Marcos nos informam que era o Getsêmani; Lucas o
crifício. denomina de “ Monte das Oliveiras".
17.20 |esus ora em favor dos futuros crentes. Cf .10.16; 18.2,3 Vários grupos se unem no propósito de destruir a je­
15.16. sus. 1) Judas, o discípulo traidor; 2 ) escolta de soldados ro­
17.22 Glória. A glória (gr doxd) de Cristo tem sua origem na manos (talvez pagos); 3) principais sacerdotes (i.e ..
JOÃO 18.3 1518
aquele lugar, porque Jesus ali estivera muitas 18.2 PLc 21.37 aos judeusv ser conveniente morrer um ho­
vezes com seus discípulos, p mem pelo povo.
3 Tendo, pois, Judas recebido a escolta e,
18.1 gMt 26.47; Pedro nega a Jesus
dos principais sacerdotes e dos fariseus, al­ Lc 22.47
guns guardas, chegou a este lugar com lanter­ M t 2 6 .6 9 - 7 5 ; M c 1 4 .6 6 - 7 2 ; L c 2 2 .5 5 -6 2
nas, tochas e armas. 9 15 Simão Pedro e outro discípulo seguiam
4 Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que 18.9 r|o 17.12 a Jesus. Sendo este discípulo conhecido do
sobre ele haviam de vir, adiantou-se e per­ sumo sacerdote, entrou para o pátio deste com
guntou-lhes: A quem buscais? Jesus.w
5 Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. 18.10 16 Pedro, porém, ficou de fora, junto à
Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o sMt 26.51; porta. Saindo, pois, o outro discípulo, que era
Lc 22.49-50
traidor, estava também com eles. conhecido do sumo sacerdote, falou com a
6 Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, encarregada da porta é levou a Pedro para
recuaram e caíram por terra. dentro.*
18.11
7 Jesus, de novo, lhes perguntou: A quem fMt 26.39; 17 Então, a criada, encarregada da porta,
buscais? Responderam: A Jesus, o Nazareno. Mc 14.36; perguntou a Pedro: Não és tu também um dos
Lc 22.42
8 Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei discípulos deste homem? Não sou, respon­
que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deu ele.
deixai ir estes; 18 Ora, os servos e os guardas estavam
18.13
9 para se cumprir a palavra que dissera: "Mt 26.57 ali, tendo acendido um braseiro, por causa do
Não perdi nenhum dos que me d este/ frio, e aquentavam-se. Pedro estava no meio
10 Então, Simão Pedro puxou da espada deles, aquentando-se também.
que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, 18.14
cortando-lhe a orelha direita; e o nome do v)o 11.49-50 Anás interroga a Jesus
servo era M alco/ 19 Então, o sumo sacerdote interrogou a
11 Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada Jesus acerca dos seus discípulos e da sua dou­
na bainha; não beberei, porventura, o cálice* 18.15 trina.
»Mt 26.58;
que o Pai me deu? Lc 22.54 20 Declarou-lhe Jesus: Eu tenho falado
francamente ao mundo; ensinei continua­
Jesus perante Anás mente tanto nas sinagogas como no templo,
12 Assim, a escolta, o comandante e os 18.16 onde todos os judeus se reúnem, e nada disse
guardas dos judeus prenderam Jesus, manie­ *Mt 26.69; em o cu lto /
Lc 22.54
taram-no 21 Por que me interrogas? Pergunta aos
13 e o conduziram primeiramente a Anás; que ouviram o que lhes falei; bem sabem eles
pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote na­ o que eu disse.
18.20
quele ano.u zMt 26.55; 22 Dizendo ele isto, um dos guardas que
14 Ora, Caifás era quem havia declarado |o 7.14,26,28 ali estavam deu uma bofetada em Jesus, di-

saduceus); 4 ) fariseus; 5) polícia do templo ("guardas"); nador romano em 15 d .C . Provavelmente, não foi aceito pe­
5 ) Pilatos e os soldados (19 .1,2 ). los judeus, permitindo Anás a continuar no poder (note-se
TO.5,6 Todas ás forças sob o príncipe deste mundo (12.31; que Anás é sumo sacerdote em v 19).
14.30) recuam é se prostram diante daquele que recebeu 18.15 Outro discípulo. Seria o discípulo amado (1 3.23n)?
toda autoridade do Pai (1 7.2). Ele tem direito ao nome "Eu
18.17 Não sou. Notável entre os evangelhos é a maneira
Sou" (5 ,6 ,8 ; cf Ê x 3 .1 4 ; )o 8 .2 8 n ). Outra vez João observa
branda em que João descreve a negação tríplice de Pedro
que Jesus se entrega voluntariamente. Quando se certificou
(1 7 ,25 ,2 6). Pedro aqui não jura nem amaldiçoa.
de que os discípulos ficariam em liberdade, Cristo se entre­
gou (8b). 18.20 Falado francamente. Cf 7.4 onde os irmãos de Jesus o
18.10 Malco. João conhecia o nome deste escravo (gr doutos) desafiam para se manifestar ao mundo. O ministério culmi­
porque ele conhecia pessoalmente o sumo sacerdote (1 5 ). nante de Jesus foi sobre a cruz (1 2 .32 ). Em oculto. Jesus não
era subversivo.
18.12 Comandante (gr chiliarchos) com a escolta ali presente
mostra a participação dos romanos. Manietaram-no (2 4 ). Só 18.21 Por que me interrogas? Era ilícito forçar o réu a se con­
João menciona este pormenor. Isto nos lembra Isaque amar­ denar a si mesmo.
rado sobre o altar (G n 2 2.9; cf Rm 8.32). 18.22 Uma bofetada. Jesus sofre esta violência porque fez
18.14 Caifás foi apontado sumo sacerdote (2 4 ) pelo gover­ Anás parecer estúpido, não porque o insultou.
1519 JOÃO 18.39
zendo: É assim que falas ao sumo sa­ 18.22 q r 20.2 Responderam-lhe os judeus: A nós não nos é
cerdote?'0 lícito matar ninguém;
23 Replicou-lhe Jesus: Se falei mal, dá 18.24 32 para que se cumprisse a palavra de Je­
»Mt 26.57
testemunho do mal; mas, se falei bem, por sus, significando o modo por que havia de
que me feres? morrer0.
18.25
24 Então, Anás o enviou, manietado, à 6Mt 26.69;
presença de Caifás, o sumo sacerdote.0 Mc 14.69
Pilatos interroga a Jesus
M t 2 7 .1 1 - 2 6 ; M c 1 5 .1 - 1 5 ; L c 2 3 .1 - 7 ,1 3 - 2 5

D e novo, Pedro nega a Jesus 18.27 33 Tomou Pilatos a entrar no pretório,


25 Lá estava Simão Pedro, aquentando-
cMt 26.74; chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos
Lc 22.60
judeus?f
se. Perguntaram-lhe, pois: És tu, porventura,
34 Respondeu Jesus: Vem de ti mesmo
um dos discípulos dele? Ele negou e disse: 18.28
esta pergunta ou to disseram outros a meu
Não sou.h dMt 27.2;
Lc 23.1 respeito?
26 Um dos servos do sumo sacerdote, pa­
35 Replicou Pilatos: Porventura, sou ju ­
rente daquele a quem Pedro tinha decepado a
18.32 e)o 3.14; deu? A tua própria gente e os principais sacer­
orelha, perguntou: Não te vi eu no jardim
12.32 dotes é que te entregaram a mim. Que fizeste?
com ele?
36 Respondeu Jesus: O meu reino não é
27 De novo, Pedro o negou, e, no mesmo
18.33 deste mundo. Se o meu reino fosse deste
instante, cantou o galo.c fMt 27.11 mundo, os meus ministros se empenhariam
por mim, para que não fosse eu entregue aos
Jesus perante Pilotos 18.36 judeus; mas agora o meu reino não é d a q u i. 9
M t 2 7 .1 - 2 ; M c 1 5 .1 ; L c 23.1 ?Dn 2.44;
|o 6.15;
37 Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és
28 Depois, levaram Jesus da casa de Cai­ 1Tm 6.13 rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei.
fás para o pretório. Era cedo de manhã. Eles Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo,
não entraram no pretório para não se contami­ 18.37 6Jo 8.47; a fim de dar testemunho da verdade. Todo
narem, mas poderem comer a Páscoa.d 1|o 3.19 aquele que é da verdade ouve a minha voz.h
29 Então, Pilatos saiu para lhes falar e lhes 38 Perguntou-lhe Pilatos: Que é a
disse: Que acusação trazeis contra este 18.38 verdade?'
homem? 'Mt 27.24; Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes
|o 19.4,6
30 Responderam-lhe: Se este não fosse disse: Eu não acho nele crime algum.
malfeitor, não to entregaríamos. 39 É costume entre vós que eu vos solte
18.39
31 Replicou-lhes, pois, Pilatos: Tomai-o /Mt 27.15; alguém por ocasião da Páscoa; quereis, pois,
vós outros e julgai-o segundo a vossa lei. Lc 23.17 que vos solte o rei dos judeus?/

18.23 Dá testemunho do mal. Como se vê em 8 .46, Jesus zela 18.31,32 Segundo a vossa lei. Pilatos manda que os judeus
pela irrepreensibilidade de Sua pessoa. Nas epístolas pastorais julguem a jesus, uma vez que o mal de que o acusavam era
nota-se que esta qualificação é essencial ao ministro uma infração religiosa de que os romanos não podiam tomar
(1 Tm 3 .2,7 ,1 0; T t 1.7). conhecimento. Mas isso não satisfez os interesses dos judeus,
18.24 Caifás. Cf 11.49n; 18.14n. que não descansariam até Cristo ser morto. As Escrituras pre­
disseram que o modo de morte do Messias seria por cruz
18.26 Parente. João conheceu bem os elementos da casa do
(3 .1 4 ; 12.32). Se os judeus tivessem aplicado a pena capital,
sumo sacerdote (1 0 ,16 ). Alguém sugeriu que Zebedeu e seus
Jesus teria sido apedrejado como blasfemo (Lv 20.27;
filhos, Tiago e João, forneceram peixe salgado do mar da
At 7 .5 4 -6 0 ).
Caliléia à casa de Anás e Caifás (1 6n).
18.27 Pedro o negou. A queda de Pedro, ocorrendo três ve­ 18.33 És tu o rei dos judeus? Alguém informara a Pilatos nesta
zes, mostra a inerente fraqueza da carne quando privada da altura que jesus era um pretendente ao trono de Israel
assistência sobrenatural do Espírito (C l 5.16). (Lc 2 3.2,3).

18.28 Pretório. Residência de Pilatos, o governador romano. • N. Hom . 18.36 O Reino de Cristo; 1) Ainda que não seja
Em Fp 1.13 pode se referir à residência do imperador no reino político, tem ministros leais. 2) Não sendo do mundo,
Monte Palatino em Roma, ou do quartel geral em Éfeso. Não sua realidade celestial se demonstra na persuasão do amor,
entraram. Para um judeu entrar numa casa pagã significava não nas armas. 3) O Rei é Cristo que reina pela força da
contaminação ritual, o que devia ser evitado a todo custo verdade (cf SI 9 1.4; 9 3 .1 ,2 ,5 ).
(cf Mc 7 .2 -4 ). 18.38 Que é a verdade? Pilatos levantou cinicamente a maior
18.30 S e .. . malfeitor. As autoridades judias não queriam dúvida da filosofia. Pilatos indaga, "Q ue"; jesus já declarara
qualquer investigação da parte dos romanos. que Ele é a verdade ("quem ").
JOAO 18.40 1520
40 Então, gritaram todos, novamente: Não 18.40 *Lc 23.19 terias sobre mim, se de cima não te fosse
este, mas Barrabás! Ora, Barrabás era sal­ dada; por isso, quem me entregou a ti maior
teador. k 19.1 'Mt 20.19; pecado tem. 9
1Q Então, P°r isso’ Pilatos tomou a Jesus
Lc 18.33
12 A partir deste momento, Pilatos procu­
X 1 7 e mandou açoitá-lo.1 rava soltá-lo, mas os judeus clamavam: Se
19.4 m|o 18.6
2 Os soldados, tendo tecido uma coroa de soltas a este, não és amigo de César! Todo
espinhos, puseram-lha ná cabeça e vestiram- aquele que se faz rei é contra César!r
no com um manto de púrpura. 19.6 "At 3.13 13 Ouvindo Pilatos estas palavras, trouxe
3 Chegavam-se a ele e diziam: Salve, rei Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no
dos judeus! E davam-lhe bofetadas. 19.7 «Lv 24.16; lugar chamado Pavimento, no hebraico
jo5.18 Gabatá.
4 Outra vez saiu Pilatos e lhes disse: Eis
que eu vo-lo apresento, para que saibais que 14 E era a parascevec pascal, cerca da
19.9 pis 53.7 hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o
eu não acho nele crime algum.m
5 Saiu, pois, Jesus trazendo a coroa de vosso rei.s
espinhos e o manto de púrpura. Disse-lhes 19.11 4Lc 22.53 15 Eles, porém, clamavam: Fora! Fora!
Pilatos: Eis o homem! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei de cruci­
6 Ao verem-no, Os principais sacerdotes e 19.12 a c 23.2 ficar o vosso rei? Responderam os principais
os seus guardas gritaram: Crucifica-o! Cruci­ sacerdotes: Não temos rei, senão César!f
fica-o! Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós ou­ 19.14 16 Então, Pilátos o entregou para ser cru­
tros e crucificai-o; porque eu não acho nele *Mt 27.62 cificado.0
crime algum.n
19.15 A crucificação
7 Responderam-lhe os judeus: Temos
tCn 49.10 Mt 27.33-44; Mc 15.22-32; Lc 23.33-43
uma lei, e, de conformidade com a lei, ele
deve morrer, porque a si mesmo se fèz Filho 17 Tomaram eles, pois, a Jesus; e ele pró­
19.16 prio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar
de Deus.0 u Mt 27.26;
8 Pilatos, ouvindo tal declaração, ainda Mc 15.15
chamado Calvário, Gólgota em hebraico,v
mais atemorizado ficou, 18 onde o crucificaram e com ele outros
9 e, tomando a entrar no pretório, pergun­ dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
19.17
tou a Jesus: Donde és tu? Mas Jesus não lhe vNm 15.36; 19 Pilatos escreveu também um título e o
deu resposta, p Mc 15.21-22; colocou no cimo da cruz; o que estava es­
Hb 13.12 crito era: J e s u s N a z a r e n o , o R e i d o s
10 Então, Pilatos o advertiu: Não me res­
Ju d eu s .w
pondes? Não sabes que tenho autoridade para
19.19 20 Muitos judeus leram este título, porque
te soltar e autoridade para te crucificar? »Mt 27.37;
11 Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade Lc 23.38 rparasceve: sexta-feira

18.40 Barrabás. C f M c 15.7n. juntos com a impossibilidade de se defender perante o impe­


19.1 Açoitá-lo. A flagelação normalmente fazia parte do pro­ rador motivaram sua capitulação diante da pressão dos
cesso de extrair uma confissão. Devia, segundo a lei romana, judeus.
preceder a crucificação. Aqui (cf Lc 23.22) parece ter sido 19.13 Pavimento (gr lithostrõton) - já foi identificado pelos
mais um expediente de Pilatos para soltar a Jesus. arqueólogos confirmando assim a exatidão deste evangelho.
19.5 Eis o homem. Quem, a essa altura, poderia ter percebido 19.14 Parasceve. Era dia de preparar os cordeiros antes de
que, nesse Homem, Deus restaurava o propósito original da celebrar a Páscoa, após o pôr-do-sol, quando se iniciava o
Criação? novo dia. Hora sexta. Os evangelhos sinóticos nos informam
19.7 A leia que os judeus se referiam, era a lei contra blasfê­ que Jesus foi crucificado cerca das nove horas da sexta-feira.
mia. Pilatos ficou aterrorizado porque Filho de Deus (Divi Filius) João talvez usa a marcação romana que começava à meia-
era um título do imperador romano. Também era supersti­ noite. Seriam seis horas da manhã.
cioso (cf Mt 27.19). 19.17 Ele próprio, carregando a sua cruz, como Isaque que
19.11 Nenhuma autoridade existe que não tenha sua base na carregou a lenha do holocausto em C n 2 2.6. Cálgota. O local
soberania de Deus (cf Rm 13.1ss). Maior pecado. A culpa dos é desconhecido, mas há dois lugares com grande probabi­
judeus excedia a de Pilatos porque eram melhor instruídos lidade.
nas Escrituras (cf Lc 12.47s). Entregou. A mesma afirmação re­ 19.20 Este título anunciava o motivo da condenação da ví­
lata a traição de Judas como a dos judeus (cf 13.2,11,21; tima à morte. Pilatos que ficou convencido da inocência de
1 8.2,5). Jesus colocou a acusação de sedição, i.e., que Ele era um
19.12 Pilatos, o procurador romano na Palestina, estava en­ inimigo do estado. As três línguas do título mostram que Je­
volvido com problemas. Seus erros políticos e administrativos sus é de fato o rei do mundo, uma vez que os judeus rejeita-
1521 JOÃO 19.36
o lugar em que Jesus fora crucificado era 19.23 A m orte d e Jesus
*Mt 27.35;
perto da cidade; e estava escrito em hebraico, Lc 23.34 M t 2 7 .4 5 - 5 6 ; M c 1 5 .3 3 - 4 1 ; L c 2 3 .4 4 - 4 9
latim e grego. 28 Depois, vendo Jesus que tudo já estava
21 Os principais sacerdotes diziam a H ia­ consumado, para se cumprir a Escritura,
19.24 LSI 22.18
tos; Não escrevas: Rei dos judeus, e sim que disse: Tenho sede!c
ele disse: Sou o rei dos judeus. 29 Estava ali um vaso cheio de vinagre.
22 Respondeu Pilatos: O que escrevi 19.25 Embeberam de vinagre uma esponja e, fi­
escrevi. ^Mt 27.55; xando-a num caniço de hissopo, lha chega­
Lc 23.49 ram à boca.d
Os soldados deitam sortes 30 Quando, pois, Jesus tomou o vinagre,
disse: Está consumado! E, inclinando a ca­
23 Os soldados, pois, quando crucifica­ 19.26 o)o 2.4
beça, rendeu o espírito.0
ram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram
quatro partes, para cada soldado uma parte; Um soldado abre o lado d e Jesus
19.27 5)0 1.11
e pegaram também a túnica. A túnica, com uma lança
porém, era sem costura, toda tecida de alto a
31 Então, os judeus, para que no sábado
baixo.* 19.28 CSI 69.21
não ficassem os corpos na cruz, visto Como
24 Disseram, pois, uns aos outros: Não a
era a preparação, pois era grande o dia da­
rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela
19.29 rf(28-29) quele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes
para ver a quem caberá — para se cumprir a SI 69.21 quebrassem as pernas, e fossem tirados/
Escritura: 32 Os soldados foram e quebraram as per­
Repartiram entre si as minhas vestes e nas ao primeiro e ao outro que com ele tinham
sobre a minha túnica lançaram 19.3 0 í )o 17.4
sido crucificados;
sortes y. 33 chegando-se, porém, a Jesus, como
Assim, pois, o fizeram os soldados. 19.31 vissem que já estava morto, não lhe quebra­
25 E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, 'Dt 21.23; ram as pernas.
e a irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e )o 19.42
34 Mas um dos soldados lhe abriu o lado
Maria Madalena.* com uma lança, e logo saiu sangue e água. 9
26 Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o 19.34 91)0 5.6 35 Aquele que isto viu testificou, sendo
discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que
filho.0 diz a verdade, para que também vós creiais.
27 Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua 19.36 36 E isto aconteceu para se cumprir a Es­
6 Êx 12.46;
mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a to­ Nm 9.12; critura:
mou para casa> SI 34.20 Nenhum dos seus ossos será quebradoA

ram seu próprio Messias (cf 1.11; 11.52; 12.32). para saciar a sede espiritual do mundo (7 .3 7 -3 9 ).
19.22 Pilatos, pela consciência culpada, não permitia que a 19.30 Está consumado. C f 4 .34 ; 17.4. Rendeu o espírito. Je­
ironia do título fosse removida. sus morreu voluntariamente (1 0 .18 ), não como mártir, mas
19.23,24 O cumprimento de SI 22.18 nos mínimos porme­ como sacrifício de infinito valor (Is 53.10).
nores mostra a grandeza do nosso Deus onisciente que revela
19.34 Sangue e água. Este acontecimento é um sinal que
eventos futuros.
confirmou a humanidade real de Jesus e sua morte. Aponta
19.25 luntando Mc 15.40 com Mt 2 7 .5 6 deduzimos que a
simbolicamente também para a água batismal e o vinho-san­
irmã de Maria, mãe de Jesus, era Salomé, mãe de Tiago e João
gue da Ceia (c f 4 .1 4 ; 6 .5 3 - 5 6 ; 7 .3 7 - 3 9 ; 1 3.8 ; 15.3;
(esposa de Zebedeu). Neste caso jesus seria primo desses fi­
1 )o 1.7; 5 .6 - 8 ).
lhos de Zebedeu.
19.26,27 Discípulo amado. Pela tradição se supõe que ele foi 19.35 A quele.. . testificou (gr martureõ). Fala do autor do
João, o autor deste evangelho. Tua mãe. É provável que José, evangelho. Se o discípulo amado foi Tiago, que foi martiri­
marido de Maria, já tivesse morrido. • N . Hom. Exclamações zado em 44 d .C. por Herodes Agripa I (At 12.2 ), então enten­
reveladoras; 1) "Eis a homem" (5 ). 2) "Eis o vosso rei" (14). demos que ele presenciou e relatou os acontecimentos depois
3) "Eis aí o teu filho" (2 6 ). 4 ) "Eis aí tua mãe" (27). escritos pelo seu irmão João. A veracidade desses fatos se con­
firmou no martírio; ninguém morreria para sustentar uma
19.28 Tenho sede. Jesus era verdadeiro homem. Contraria a
mentira.
teoria gnóstica que afirmava que o Cristo divino veio sobre
Jesus quando foi batizado e o deixou quando morreu. Mas 19.36 Cf v 33. Aqui notamos que Cristo cumpriu, além de
Jesus era realmente humano (cf 4 .7 ) e divino inseparavel­ profecia, também tipos, como este do cordeiro pascal
mente. Aquele que sofreu a sede na cruz ofereceu Sua vida (cf 1.29; 1 Co 5 .7 com Êx 12.47; Nm 9 .12; SI 34.20).
JOÃO 19.37 1522
37 E outra vez diz a Escritura: 19.37 3 Saiu, pois, Pedro e o outro discípulo e
'Zc 12.10;
Eles verão aquele a quem traspassaram'. Ap 1.7 foram ao sepulcro, p
4 Ambos corriam juntos, mas o outro dis­
O sepuUamento de Jesus cípulo correu mais depressa do que Pedro e
M t 2 7 .5 7 - 6 1 ; M c 1 5 .4 2 -4 7 ; L c 2 3 .5 0 -5 6 19.38 chegou primeiro ao sepulcro;
38 Depois disto, José de Arimatéia, que /Mt 27.57; 5 e, abaixando-se, viu os lençóis de linho;
Lc 23.50
era discípulo de Jesus, ainda que ocultamente todavia, não entrou.1?
pelo receio que tinha dos judeus, rogou a Pila- 6 Então, Simão Pedro, seguindo-o, che­
tos lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. Pila- 19.39 *Jo 3.1 gou e entrou no sepulcro. Ele também viu os
tos lho permitiu. Então, foi José de Arimatéia lençóis,
e retirou o corpo de Jesus./ 7 e o lenço que estivera sobre a cabeça de
39 E também Nicodemos, aquele que an­ 19.4 0 'At 5.6 Jesus, e que não estava com os lençóis, mas
teriormente viera ter com Jesus à noite*, foi, deixado num lugar à p a rte /
levando cerca de cem libras de um composto 8 Então, entrou também o outro discípulo,
de mirra e aloés. 19.42 mis 53.9 que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e
40 Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o creu.
envolveram em lençóis com os aromas, como 9 Pois ainda não tinham compreendido a
é de uso entre os judeus na preparação para o 20.1 "Mt28.1; Escritura, que era necessário ressuscitar ele
Lc 24.1 dentre os m ortos/
sepulcro.'
41 No lugar onde Jesus fora crucificado, 10 E voltaram os discípulos outra vez para
havia um jardim, e neste, um sepulcro novo, casa.
20.2 o)o 13.23
no qual ninguém tinha sido ainda posto.
42 Ali, pois, por causa da preparação dos Jesus aparece a M aria M adalena
judeus e por estar perto o túmulo, deposita­ M c 1 6 .9 -1 1
20.3 pLc 24.12
ram o corpo de Jesus.m 11 Maria, entretanto, permanecia junto à
entrada do túmulo, chorando. Enquanto cho­
A ressurreição de Jesus rava, abaixou-se, e olhou para dentro do
20.5 4)o 19.40
M t 2 8 .1 - 1 0 ; M c 1 6 .1 - 8 ; L c 2 4 .1 -1 2 túmulo,'
A A No primeiro dia da semana, Maria 12 e viu dois aiyos vestidos de branco,
Á \ J Madalena foi ao sepulcro de madru­ 20.7 rjo 11.44 sentados onde o corpo de Jesus fora posto, um
gada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra à cabeceira e outro aos pés.
estava revolvida." 13 Então, eles lhe perguntaram: Mulher,
2 Então, correu e foi ter com Simão Pedro 20.9 sS116.10 por que choras? Ela lhes respondeu: Porque
e com o outro discípulo, a quem Jesus amava, levaram o meu Senhor, e não sei onde o
e disse-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e puseram.
não sabemos onde o puseram.0 20.11 'Mc 16.5 14 Tendo dito isto, voltou-se para trás e

19.37 Traspassaram. Zc 12.10 e Ap 1.7 indicam que uma porque Cristo ressuscitou nesse dia. Cf At 2 0.7 ; 1 Co 16.1,2.
parte desta profecia ainda aguarda cumprimento quando 2 0 .7 ,8 Viu, e creu. Cf 20.29; 9 .3 6 -4 1 . Não existe fé real sem
Cristo voltar ao mundo. Israel se arrependerá e os gentios fatos e acontecimentos reais. O que convenceu os dois discí­
incrédulos tentarão fugir da ira de Deus e do Cordeiro pulos da realidade da ressurreição foram os lençóis
(cf Rm 1 1 .2 5 -2 7 ; Ap 6 .1 5 -1 7 ). (Lc 24.12). Mostram que o corpo transformado de Jesus tras­
19.38 José era líder entre os judeus e membro do Sinédrio passara o invólucro de linho e aromas (1 9 .4 0 ) sem perturbá-
junto com Nicodemos (3 9 ). Compare M c 15.43 com lo. O discípulo amado reconheceu o cumprimento das
Gn 5 0 .4 - 6 . Era um discípulo secreto temendo a ira dos ju­ predições específicas de Jesus (M c 8 .31 ; 9 .9 ,3 1 ; 10.34;
deus. Depois, sem dúvida se converteu. Jo 2 .19; 10.18). • N . Hom . Fundamentos da Fé: 1) A morte
(19 .34 ) e a ressurreição (2 0 .8) de Cristo. O Filho de Deus
19.39 Cem libras (i.e., mais de 32 kg de especiarias aromáti­
(2 0 .3 1 ). 2 ) Depende de fatos reais e visíveis (1 9 .3 5 ;
cas). Nicodemos evidentemente era rico (cf 3 .1 -2 1 ; 7.50s).
2 0.8 ,1 4,2 5 ,2 9). 3) Para crentes que não puderam presenciar
19.41 Um jardim. 5ó João nos informa do local do sepulcro e os eventos, a fé depende do testemunho verídico (19.35) pre­
sua proximidade do Calvário. O pecado original e a morte servado no NT e na história (20.29ss).
originaram-se no Jardim do Éden. A redenção e a vida eterna 2 0 .9 Compreendido a Escritura. C f S11 6 .8 - 1 1 ; 2 .7;
também tiveram início num jardim. At 2 .2 4 -3 1 ; 1 3 .3 2 -3 7 , 1 Co 15.4. O Espírito logo mostraria
20.1 Primeiro dia. O domingo ("dia do Senhor" Ap 1.10) aos discípulos o significado das passagens da Bíblia que pre­
substituiu o sábado judeu como dia de adoração ao Senhor disseram a ressurreição.
1523 JOÃO 20.31
20.14 são-lhes perdoados; se lhos retiverdes, são
viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era
uMt28.9;
Jesus.“ Lc 24.16,31 retidos.
15 Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que
choras? A quem procuras? Ela, supondo ser A incredulidade de Tomé
20.17
ele o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o «SI 22.22;
24 Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dí-
tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. )o 16.28; Ef 1.17 dimo, não estava com eles quando veio
16 Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando- Jesus.6
se, lhe disse, em hebraico: Raboni (que quer 25 Disseram-lhe, então, os outros discípu­
20.18
dizer Mestre)! >vMt 28.10 los: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se
17 Recomendou-lhe Jesus: Não me dete­ eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
nhas; porque ainda não subi para meu Pai, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no
20.19
mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: «Mc 16.14;
seu lado, de modo algum acreditarei.
Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu 1Co 15.5
Deus e vosso Deus.“ Jesus aparece novamente aos discípulos
18 Então, saiu Maria Madalena anun­ 26 Passados oito dias, estavam outra vez
20.20 y|o 16.22
ciando aos discípulos: Vi o Senhor! E contava ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com
que ele lhe dissera estas coisas.1“ eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus,
20.21 pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja con­
«Mt 28.18;
Jesus aparece aos discípulos 2Tm 2.2; Hb 3.1 vosco!
Lc 24.36-43 27 E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo
19 Ao cair da tarde daquele dia, o pri­ e vê as minhas mãos; chega também a mão e
20.23
meiro da semana, trancadas as portas da casa oMt 16.19; põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas
onde estavam os discípulos com medo dos 18.18 crente.c
judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse- 28 Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e
lhes: Paz seja convosco!“ Deus meu!
20.24 6|o 11.16
20 E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e 29 D isse-lhe Jesus: Porque me viste,
o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos creste? Bem-aventurados os que não viram e
ao verem o Senhor.»' 20.27 c1|o 1.1 creram.d
21 Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz
seja convosco! Assim como o Pai me enviou, 20.29 O objetivo deste evangelho
eu também vos envio.2 <*2Co 5.7; 30 Na verdade, fez Jesus diante dos discí­
22 E, havendo dito isto, soprou sobre eles 1Pe 1.8 pulos muitos outros sinais que não estão es­
e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. critos neste livro.0
23 Se de alguns perdoardes os pecados0, 20.30 ejo 21.25 31 Estes, porém, foram registrados para

20.16 Maria foi incapaz de reconhecer a |esus pela mudança 20.23 Perdoados.. . retidos. No grego ambas estão no tempo
de Sua aparência e as lágrimas. Chamada pelo nome (10.3) perfeito. O discípulo não pode perdoar ou reter pecados
percebeu que era |esus. (1 Tm 2 .5), mas pela revelação profética e pelas Escrituras
pode assegurar ao pecador que já foi perdoado ou conde­
20.19 Pôs-se no meio. O corpo glorificado do Cristo ressur-
nado por Deus (cf At 5 .4 ,9 ; 8.23).
reto não foi impedido por portas fechadas (cf w 7,8n).
• N. Hom. Cristo abre as portas trancadas por causa do 20.2 4 Dídimo, i.e., gêmeo (1 1 .16 ). Tomé era homem mo­
medo e incredulidade, quando Ele se apresenta: 1) vivo, derno, cientista e bem consciente da possibilidade de ser en­
2) visível, 3) compartilhando Sua paz (1 9 ,21 ). 4 ) Sua missão ganado por uma visão ou alucinação. Para ele a ressurreição
(21b), 5) junto com o poder e autoridade do Espírito (22b, precisava ser confirmada pelos sentidos.
23). Cf 1 Co 16.9; Ap 3.7. 20.26 Pôs-se no meio. Mesmo depois da ascensão, a pre­
20.21 Enviou (gr apostellõ).. . Envio (gr pempo). Cristo, o sença espiritual de Cristo se espera na reunião dos crentes
Apóstolo do Pai. (Hb 3.1) foi comissionado para trazer o dom (1 Co 16.22; Ap 1.13; 2 .1; 3.20).
da salvação pelo sacrifício de Si mesmo (3 .1 7). Seus discípulos 20.27 As marcas da cruz revelam quem Jesus realmente
são enviados para continuar e levar a termo essa missão no era (8.28).
mundo ajuntando os convertidos na Igreja de Cristo. Paz 20.28,29 Deus meu! Estas palavras vão muito além da mera
surge da convicção que Cristo está vivo e que Ele pagou toda identificação de Cristo com o Mestre que Tomé seguira ante­
a dívida do pecado (14.27; 16.33). riormente. A fé de outras gerações partirá não da vista mas do
20.22 Soprou. Lembra-nos do começo da vida humana em testemunho dos discípulos.
Éden (Gn 2.7). Vida natural e espiritual dependem do sopro 20.31 A finalidade do evangelho é dupla: 1) intelectual, i.e.,
(o Espírito) de Deus. convencer o leitor que Jesus, Homem perfeito, é o Messias
JOÃO 21.1 1524
que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de 20.31 'L c l.4 ; não estavam distantes da terra senão quase
lP e l.9
Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu duzentos côvados.
nome.' 9 Ao saltarem em terra, viram ali umas
brasas e, em cima, peixes; e havia tam­
Jesus aparece a sete discípulos 21.29Mt4.21 bém pão.
^ 1 Depois disto, tomou Jesus a manifes- 10 Disse-lhes Jesus: Trazei alguns dos
peixes que acabastes de apanhar.
dL J . tar-se aos discípulos junto do mar de
11 Simão Pedro entrou no barco e arrastou
Tibenades; e foi assim que ele se manifestou:
21.4 SJo 20.14 a rede para a terra, cheia de cento e cinqüenta
2 estavam juntos Simão Pedro, Tomé,
e três grandes peixes; e, não obstante serem
chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná
tantos, a rede não se rompeu.
da Galiléia, os filhos de Zebedeu e mais dois
12 Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Ne­
dos seus discípulos.9 2 1 .5 'Lc 24.41 nhum dos discípulos ousava perguntar-lhe:
3 Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar.
Quem és tu? Porque sabiam que era o
Disseram-lhe os outros: Também nós vamos Senhor.'
contigo. Saíram, e entraram no barco, e, na­ 13 Veio Jesus, tomou o pão, e lhes deu, e,
quela noite, nada apanharam. 2 1 .6 /Lc 5.4
de igual modo, o peixe.
4 Mas, ao clarear da madrugada, estava 14 E já era esta a terceira vez que Jesus se
Jesus na praia; todavia, os discípulos não re­ manifestava aos discípulos, depois de ressus­
conheceram que era ele." citado dentre os mortos.m
21.7 /Jo 13.23
5 Perguntou-lhes Jesus: Filhos, tendes aí
alguma coisa de comer? Responderam- Pedro é interrogado
lhe: Não.' 15 Depois de terem comido, perguntou Je­
6 Então, lhes disse: Lançai a rede à direita 2 1 .1 2 'At 10.41 sus a Simão Pedro: Simão, filho de João,
do barco e achareis. Assim fizeram e já não amas-me mais do que estes outros? Ele res­
podiam puxar a rede, tão grande era a quanti­ pondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo.
dade de peixes./ Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros.
7 Aquele discípulo a quem Jesus amava 21.14 m(1-14) 16 Tomou a perguntar-lhe pela segunda
disse a Pedro: É o Senhor! Simão Pedro, ou­ U 5.1-11 vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele
vindo que era o Senhor, cingiu-se com sua lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te
veste, porque se havia despido, e lançou-se amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas
ao mar;* ovelhas."
21.16
8 mas os outros discípulos vieram no bar­ "At 20.28; 17 Pela terceira vez Jesus lhe perguntou:
quinho puxando a rede com os peixes; porque IPe 2.25 Simão, filho de João, tu me amas? Pedro en-

que cumpriu as promessas e esperanças de Israel, e o Filho de 21.13 jesus, tom ou.. . deu. Cf 6 .11. O Filho de Deus que pre­
Deus que cumpriu o destino da humanidade; 2 ) espiritual, parou este saboroso almoço matinal naturalmente o serve
compartilhar por essa fé a vida eterna pelo Seu nome. (M c 10.45; Jo 1 3 .1 -1 0 ).
Cap. 21, é evidentemente um pós-escrito. Pelo estilo pode­ 21.1 4 Terceira vez. Isto é, que Jesus apareceu a grupos
mos estar seguros que o autor foi João, o autor do evangelho. (2 0 .1 9ss; 20.26ss). Durante os quarenta dias entre a ressurrei­
21.1 Tiberíodes, i.e., o Mar de Galiléia, ção e a ascensão os quatro evangelhos relatam dez encontros
de Jesus com: 1) Maria, Mc 1 6 .9 -1 1 ; Jo 2 0 .1 1 -1 8 ); 2) as
21.3 Vou pescar. Esta narrativa ilustra a ineficácia de pescar
mulheres (M t 2 8 .8 - 1 0 ); 3) Pedro (Lc 2 4.3 4 ; 1 Co 15.5);
homens (M t4 .1 9 ) sem o Cristo ressuscitado estar presente
4 ) dois discípulos (Lc 2 4 .1 3 - 3 2 ); 5 ) dez discípulos
(1 5.5). Logo que Ele veio e os discípulos obedeceram às Suas
(Lc 2 4 .3 6 - 4 3 ; Jo 2 0 .1 9 - 2 5 ); 6) os onze apóstolos
ordens, o sucesso foi imediato e tremendo (6 ).
(Jo 2 0 .2 6 -3 1 ; 1 Co 15.5); 7) a sete no Mar de Galiléia
21.5 Filhos (gr paidia). Termo só usado por João aqui e em (Jo 21); 8) os apóstolos e mais de 500 irmãos (M t 2 8.1 6 -20 ;
1 Jo 2.12,18. 1 Co 15.6); 9 ) Tiago (1 Co 15.7); 10) quando Jesus subiu ao
2 1 .7 É o Senhor. O discípulo amado foi o primeiro a reconhe­ céu (Lc 2 4 .4 4 -5 3 ; At 1 .3 -1 2 ).
cer que era Cristo (cf 2 0.8 ,1 6n). Despido, i.e., trajava apenas 21.15 Estes outros tem sentido duplo: 1) coisas da profissão
as vestes de baixo. e 2) pessoas. Pedro amaria a Cristo mais que os outros discí­
2 1 .8 Duzentos côvados eram cerca de 96m . pulos?
•21.11 Cento e cinqüenta e três. Jerônimo achou que este era 21.17 Me amas (g r phileô "ser am igo"). Após usar agapaô
o número de variedades de peixes, simbolizava a universali­ “ amar desinteressadamente", duas vezes, Jesus passa a usar a
dade da evangelização pelos apóstolos. palavra que Pedro usou três vezes.
1525 JOÃO 21.25
tristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira 21.17 21 Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Je­
°|o 2.24-25
vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, sus: E quanto a este?
tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te 22 Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que
amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas 21.18 P|o 13.36 ele permaneça até que eu venha, que te im­
ovelhas.0 porta? Quanto a ti, segue-me.5
18 Em verdade, em verdade te digo que, 23 Então, se tomou corrente entre os ir­
quando eras mais moço, tu te cingias a ti 21.19 mãos o dito de que aquele discípulo não mor­
q2Pe 1.14
mesmo e andavas por onde querias; quando, reria. Ora, Jesus não dissera que tal discípulo
porém, fores velho, estenderás as mãos, e ou­ não morreria, mas: Se eu quero que ele per­
tro te cingirá e te levará para onde não 2 1 .2 0 '|o U .2 5 maneça até que eu venha, qüe te importa?
queres.P
19 Disse isto para significar com que gê­ O testemunho de João
21.22
nero de morte Pedro havia de glorificar a sMt 16.27-28; 24 Este é o discípulo que dá testemunho a
Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: 1Co 4.5 respeito destas coisas e que as escreveu; e
Segue-me.9 sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.'
20 Então, Pedro, voltando-se, viu que 25 Há, porém, ainda muitas outras coisas
também o ia seguindo o discípulo a quem 21.24 íjo 19.35;
3jo 1.12
que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas
Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre uma por uma, creio eu que nem no mundo
o peito de Jesusr e perguntara: Senhor, quem inteiro caberiam os livros que seriam es­
é o traidor? 21.25 uAm 7.10 critos.“

21.1 8 ,19 Eras mais moço. I.e., quando o discípulo pensava munho neste evangelho (24).
apenas em sua própria vontade. Velho, seria quando Deus
dirigiría a vida até a morte. Estenderás as mãos. Jesus profeti­ 21.2 2 ,23 . Uma das razões principais pelo acréscimo deste
zou a morte de Pedro pela crucificação; o que aconteceu en­ pós-escrito era para desmentir este mal entendido. Cristo não
tre 6 4 -6 7 d .C . por ordem de Nero. quer que Sua vinda seja motivo de especulações (At 1.7;
21.21 Este. Trata-se, aqui, do discípulo amado que deu teste­ 2 Pe 3.10).

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