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Curso: A Lei 13.

431/2017,
regulamentada pelo Decreto
nº 9.603/2018 e a
implantação dos Centros de
Referência ao Atendimento
Infantojuvenil (CRAIs)
Módulo III
TEMA: TIPOS DE ESCUTA: REVELAÇÃOESPONTÂNEA, ESCUTA
ESPECIALIZADA, DEPOIMENTOESPECIAL E PERÍCIA PSÍQUICA

Palestrante(s): Dra. Denise Casanova Villela


MÓDULO III:
Tipos de Escuta: Revelação Espontânea, Escuta
Especializada, Depoimento Especial e Perícia
Psíquica

Procuradora de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul


DENISE (MPRS)
CASANOVA
VILLELA Graduada em Ciências Jurídicas e Sociais - UFRGS

Mestre pela Cumberland School of Law-Samford


University – US

Extensão Universitária pela PUCRS – Técnicas de Coleta


de Testemunho e Análise de Credibilidade
Sumário

1.Noções Gerais

2. Escuta Especializada,Depoimento Especial,Revelação


Espontânea e Perícia Psíquica

3. Depoimento Especial

4.Depoimento Especial de Crianças e Adolescentes


pertencentes a Povos e Comunidades Tradicionais
1º Aula: Noções Gerais

1.Desafios para a implementação da Lei 13.431/17 e


do Decreto nº 9.603/18
2.Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do
Adolescente e Princípios que o regem
3. Oitiva de Crianças e Adolescentes
1. Idade Média
2. Atualidade – Legislação Internacional
3. Importância do testemunho da criança e do
adolescente
4. Como coletar o testemunho
1 – NOÇÕESGERAIS
1.Desafiosparaimplementação da Lei nº 13.431/17 e Decreto nº 9.603/18
➢Construção de um fluxo municipal de acolhimento e atendimento para
crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência integrando as
políticas públicas de saúde, assistência social, educação, segurança
pública e justiça fazendo com que o SGDCA seja eficiente na proteção
das crianças e adolescentes e na persecução do agressor.

➢Redução efetiva no número de vezes que a criança e o adolescente são


ouvidos na rede de proteção, segurança e justiça, de modo a evitar ou
diminuir a revitimização.

➢ Implementação dos Centros Integrados Regionais e/ou Espaços de


Escuta Especializada Municipais para o acolhimento e escuta adequados.

➢Ampliação do número de Delegacias de Polícia, Promotorias de Justiça e


Varas especializadas no atendimento de crianças e adolescentes vítimas ou
testemunhas de violência, com a devida estruturação destes espaços.

➢Treinamento dos profissionais que atuarão nos equipamentos que


procederão a escuta especializada e o depoimento especial de crianças e
adolescentes vítimas ou testemunhas de violência.
1 – NOÇÕESGERAIS

2. Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente e Princípios

“O Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente constitui-se na


articulação e integração da instâncias públicas governamentais e da
sociedade civil, na aplicação de instrumentos normativos e no funcionamento dos
mecanismos de promoção, defesa e controle para a efetivação dos direitos humanos
da criança e do adolescente, nos níveis Federal, Estadual, Distrital e Municipal”.
(Art. 1º, Resolução 113/06 CONANDA)
“Normatiza e organiza o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente
VÍTIMA ou TESTEMUNHA de VIOLÊNCIA e cria mecanismo de prevenir e coibir a
violência, com base na doutrina da proteção integral. Integra as políticas de
atendimento na área da justiça, segurança pública, saúde, assistência social e
educação”. (Arts. 1º e 2º da Lei nº 13.431/2017)
1 – NOÇÕESGERAIS

Fonte: Dr. Murilo Digiácomo


SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS: Todos os atores
Rede de Proteção x Sistema de Segurança x Sistema de Justiça
Lembrando que, embora tenham vários locais na rede qualificados para a escuta especializada, ela deve
acontecer uma única vez na rede.
1 – NOÇÕESGERAIS
Princípios: Artigo 100, parágrafo único, ECA
➢ Proteção integral (art. 3º) e prioritária (prioridade absoluta, art. 4º) (inciso II): a interpretação e aplicação de toda e
qualquer norma contida nesta Lei deve ser voltada à proteção integral e prioritária dos direitos de que crianças e
adolescentes são titulares;

➢ Interesse superior da criança e do adolescente (inciso IV): a intervenção deve atender prioritariamente aos
interesses e direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da consideração que for devida a outros interesses
legítimos no âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso concreto;

➢ Privacidade (inciso V): a promoção dos direitos e proteção da criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito
pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada;

➢ Intervenção precoce (inciso VI): a intervenção das autoridades competentes deve ser efetuada logo que a situação
de perigo seja conhecida;

➢ Intervenção mínima (inciso VII) : a intervenção deve ser exercida exclusivamente pelas autoridades e instituições
cuja ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da criança e do adolescente;

➢ Oitiva obrigatória e participação (inciso XII): a criança e o adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de
responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a
participar nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos e de proteção, sendo sua opinião devidamente
considerada pela autoridade judiciária competente, observado o disposto nos §§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei.
1 – NOÇÕESGERAIS
3. Oitivadas Crianças e Adolescentes
3.1. Idade Média
Infância era um período de curta duração. A noção de infância surge no final do século XVII. Primeiro registro
da presença de crianças e adolescentes na corte, que se tem notícia – data do século XVII – em Salém,
Massachusetts/USA - conhecido como “Circle girls”.

Fonte: G1.com Fonte: AgênciaBoaImprensa Fonte: Wikipédia


1 – NOÇÕESGERAIS
3.2. ATUALIDADE – LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL
CONVENÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS,
ADOTADA PELA ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS (1989) E
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (1990) – ARTIGO 12:

“1 – Os Estados Partes garantem à criança com capacidade de discernimento o direito


de exprimir livremente a sua opinião sobre as questões que lhe respeitem, sendo
devidamente tomadas em consideração as opiniões da criança, de acordo com a sua
idade e maturidade.

2 – Para este fim, é assegurada à criança a oportunidade de ser ouvida nos processos
judiciais e administrativos que lhe respeitem, seja diretamente, seja através de
representante ou de organismo adequado, segundo as modalidades previstas pelas
regras de processo da legislação nacional.”

Fonte: Childhood
1 – NOÇÕESGERAIS
3.3. IMPORTÂNCIA DO TESTEMUNHO
Sistema Jurídico - prova: Documental, Pericial e Testemunhal
O relato é importante?

•Abuso sexual: Estudos realizados nos US, em 2002, com 2.384 crianças,
concluíram que apenas 4% tinham achados científicos - clínico. (Heger, Ticson,
Velásquez e Bernier, 2002)

•Exames psicológicos sem o relato da vítima: pode ser detectado sinais e


sintomas compatíveis com violência sexual, mas não traz algo concreto ou
científico, especialmente quando há múltiplos eventos traumáticos, pois é difícil
vincular a sintomatologia ao evento estressante. Técnicas diferentes. (Alberto,
2006)

•Algumas vítimas não apresentam sintomatologia – resiliência: ausência de


sintomas físicos e psíquicos não podem ser tomados como evidência da não
ocorrência de uma situação de violência. (Alberto, 2006)
1 – NOÇÕESGERAIS

3.4. COLETA DO TESTEMUNHO INFANTIL


Como coletar o palavra da vítima criança e adolescente?

Coleta de Prova - Isolamento da área e técnicas de coleta de vestígios

E quando a prova está na memória?


-Protocolos de coleta de testemunho
-Indução, sugestão, condução
-CREDIBILIDADE
2º Aula: Escuta Especializada, Depoimento
Especial, Revelação Espontânea e Perícia Psíquica

1. Diferenças e semelhanças
2. Escuta Especializada na Rede de Proteção
3. Centros Integrados
4. Fluxos dos Centros Integrados na Rede de
Proteção, Segurança e Justiça
2 – ESCUTAESPECIALIZADA,DEPOIMENTO ESPECIAL, REVELAÇÃO
ESPONTÂNEAE PERÍCIA PSÍQUICA
1. DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS
- ESCUTA ESPECIALIZADA (art. 7º, Lei nº 13.431/17)
REDE DE PROTEÇÃO
É o procedimento de entrevista sobre situação de violência com criança ou adolescente perante
órgão da rede de proteção limitado o relato estritamente ao necessário para o cumprimento de
sua finalidade.
- DEPOIMENTO ESPECIAL (art. 8º, Lei nº 13.431/17) – Dispensa (art. 22, § 2º do Decreto n°
9.603/18)
AUTORIDADE POLICIAL E JUDICIÁRIA
É o procedimento de oitiva de criança ou adolescente vítima ou testemunha de violência perante
autoridade policial ou judiciária.
- REVELAÇÃO ESPONTÂNEA (artigo 4º §3º, Lei nº 13.431/17)
São chamados para confirmar na EE e DE

- PERÍCIAS PSÍQUICAS (DML) X AVALIAÇÕES PSICOLÓGICAS CLÍNICAS X COLETA DE DEPOIMENTO


Provas: documental, pericial e testemunhal
2 – ESCUTAESPECIALIZADA,DEPOIMENTO ESPECIAL, REVELAÇÃO
ESPONTÂNEAE PERÍCIA PSÍQUICA
2. ESCUTA ESPECIALIZADA E REDE DE PROTEÇÃO
Art. 9º, Decreto nº 9.603/18: Os órgãos, os serviços, os programas e os equipamentos
públicos trabalharão de forma integrada e coordenada e deverão:

Instituir, preferencialmente, no âmbito dos Conselhos de direitos das crianças e dos


adolescente, o comitê de gestão colegiada da rede de cuidados e de proteção das crianças e
dos adolescentes vítimas ou testemunhas de violência com a finalidade de articular,
mobilizar, planejar, acompanhar e avaliar as ações da rede intersetorial , além de colaborar
para a definição dos fluxos de atendimento e o aprimoramento da integração do referido
comitê .

Definir fluxo de atendimento, observados os seguintes requisitos:

•atendimento articulado
•evitar superposição de tarefas
•priorização da cooperação entre os órgãos, serviços, programas
•estabelecer mecanismos de compartilhamento de informações
•definir o papel de cada instância e o profissional que supervisionar
•criar grupos intersetoriais locais para discussão, acompanhamento e encaminhamento dos
casos de suspeita ou de confirmação de violência contra criança e adolescente.
ESCUTA DEPOIMENTO
ESPECIALIZADA ESPECIAL
1. Local Apropriado e Acolhedor X
SEM contato da vítima com o agressor
X
(Art. 9º e 10º da Lei nº 13.431/2017) (Art. 23, § ú Decreto nº 9.603/2018)
2. Antecipação da Prova (PAP) X
Criança com menos de 7 anos e/ou vítima de violência sexual (Arts. 11§1º,§2º e 21 VII
da Lei nº 13.431/2017)
3. Protocolo de Coleta de Testemunho X
(Art. 12 da Lei nº 13.431/2017) CONHECIMENTO
4. Profissionais Especializados X X
(Art. 12, II da Lei º 13.431/2017)
(Art. 27 Decreto nº 9.603/2018)
5. Transmissão em Tempo Real X
(Art. 12, III da Lei nº 13.431/2017)
6. Gravação em Áudio e Vídeo X
(Art. 12 IV da Lei nº 13.431/2017) (Art. 23 Decreto nº 9.603/2018)
7. Não Divulgação X X
(Art. 12, §6º da Lei nº 13.431/2017)
(Art 9º, §2º Decreto 9.603/2018) – Compartilhamento entre os serviços da E.E.
8. Novo Depoimento Especial
2 – ESCUTAESPECIALIZADA, DEPOIMENTO ESPECIAL, REVELAÇÃO
ESPONTÂNEAE PERÍCIA PSÍQUICA
3. CENTROS INTEGRADOS
Estabelece a criação de centros integrados de atendimento às crianças e aos adolescentes vítimas ou testemunhas de
violência, com equipe multidisciplinar especializada. (arts. 2º parágrafo único, 14, 16 e parágrafo único, 17 e 18, todos da
Lei nº 13.431/17)

1.União, Estado, DF e Municípios desenvolverão políticas integradas e coordenadas que visem a garantir os
direitos humanos da criança e do adolescente. (art. 2º, parágrafo único, da Lei nº 13.431/17)

2.Políticas de ações articuladas entre os si stemas de justiça, segurança pública, assi stência social, educação e saúde,
voltadas ao acolhimento e ao atendimento integral às vítimas de violência (art. 14, da Lei nº 13.431/17)

3.O poder público poderá criar programas, serviços ou equipamentos de atenção e atendimento integral às vítimas,
composto por equipes multidisciplinares. (art.16, da Lei nº 13.431/17)
Os programas, serviços ou equipamentos público poderão contar com delegacias especializadas, serviços de saúde,
perícia médico-legal, serviços socioassi stenciais, varas especializadas, Mini stério Público e Defensoria Pública, entre
outros possíveis de integração, e deverão estabelecer parcerias em ca so de indi sponibilidade de serviços de
atendimento. (artigo 16, parágrafo único, da Lei nº 13.431/17).

4.União, Estado, DF e Municípios poderão criar serviço de atenção integral (SUS) - crianças e adolescentes em situação
de violência. (art. 17, da Lei nº 13.431/17)

5.A coleta, a guarda provisória e preservação de material com vestígios de violência serão realizadas pelo IML ou por
serviço credenciado do si stema de saúde mais próximo, que entregará o material para perícia imediata (art. 18, da Lei nº
13.431/17). Observar a cadeia de custódia da prova.

Observar o disposto na Lei 12.845 de 1º de agosto de 2013, que dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de
ATENDIMENTO INTERSETORIAL
ART. 9º, III, § 1º DECRETO Nº 9.603/2018
O ATENDIMENTO INTERSETORIAL PODERÁ CONTER OS SEGUINTES
PROCEDIMENTOS:

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MEDIDAS A SEREM OBSERVADAS QUANDO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL E/OU ESTADUAL
DA IMPLEMENTAÇÃO DE UM CENTRO DE - APARELHAMENTO -
ATENDIMENTO INTEGRADO
SERVIÇOS ESPAÇO SEM HOSPITAL ESPAÇO DENTRO HOSPITAL
• HORÁRIO DE ATENDIMENTO A combinar A Combinar

• RECEPÇÃO COM FUNCIONÁRIO


SIM SIM
Telefones/computadores/i mpressoras para realiza r o
agendamento da acolhida psi cossocial e os
documentos a serem enca minhados para o Conselho
Tutelar e MP Proteção.

• SALA COM MOBILIÁRIO PARA OS SIM SIM


TÉCNICOS REALIZAREM A ACOLHIDA
PSICOSSOCIAL DO RESPONSÁVEL

• ACOLHIDA PSICOSSOCIAL Assistente Social e Psicólogo ou Profissional Capacitado Assistente Social e Psicólogo ou Profissional
(ESCUTA ESPECIALIZADA) Capacitado
Técni cos que realizarão a escuta especializada e procederão
com enca minhamentos para saúde e assistente social do
muni cípio
Encaminhar para Posto de Saúde ou Hospital para Por Pediatra, Ginecologista ou outra especialidad
• NECESSIDADE DE ATENDIMENTO MÉDICO atendimento de casos de violência e, se violência quando for vítima de violência. Na violência sexual
sexual, para ser ministrado o uso de ANTIRRETROVIRAIS a vítima será encaminhada para recebe
(até 72h) e, se necessário, para interrupção da gravidez. antirretrovirais (até 72h), e quando necessário
para interrupção da gravidez.
MEDIDAS A SEREM OBSERVADAS PODER EXECUTIVO MUNICIPAL E/OU ESTADUAL
QUANDO DA IMPLEMENTAÇÃO DE UM - APARELHAMENTO -
CENTRO DE ATENDIMENTO INTEGRADO

SERVIÇOS ESPAÇO SEM HOSPITAL ESPAÇO DENTRO HOSPITAL


• POLÍCIA CIVIL Sem Policial Civil. Encaminhar para a Espaço para Policial Civil registrar o
Delegacia de Direitos Humanos mais Boletim de Ocorrência e requisitar as
Registro do boletim de ocorrência e requisição próxima. Preferencialmente, de perícias física e psíquica ao DML ou
das perícias Proteção à Criança e ao Adolescente. PML.
(Município conveniar com o Estado)
Com os peritos médicos legistas e
• PERICIAS FÍSICAS E PSÍQUICA psíquicos: de IMEDIATO, realizar as
Não possuindo peritos dentro do perícias na vítima. No caso de
Departamento Médico-Legal ou Posto Médico Hospital: a Delegacia de Polícia indicará o interrupção
da gravidez, coletar a
Local local.
(Município conveniar com o Estado) placenta para exame de DNA.

Não possuindo peritos dentro do


Hospital: a Delegacia de Polícia indicará
o local.

Profissionais do Centro IntegradoProfissionais do Centro Integrado


• FIM DA AVALIAÇÃO encaminharão relatório para o Sistema deencaminharão relatório para o Sistema
Garantia de Direitos de Garantia de Direitos
CENTRO DE REFERÊNCIA AO ATENDIMENTO INFANTOJUVENIL - CRAI
CRAI
Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência Sexual de todo Estado do Rio Grande do Sul - 20 anos

HOSPITAL MATERNO
INFANTIL PRESIDENTE
VARGAS

Av. Independência, nº 661, 6º


Andar, Bloco C, Sala 619,
Porto Alegre - RS

CEP: 90035 – 076

Telefone: (51) 3289-3367/3354

Horário de atendimento: de 2ª
a 6º Feira, das 8h às 18h

Os atendimentos fora do horário,


poderão ser encaminhados para a
Emergência do HMIPV para avaliação.
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3º Aula: Depoimento Especial

1.Autoridade Policial
2. Ministério Público
3. Poder Judiciário
4. Produção Antecipada da Prova
5. Fluxo do Ministério Público do Rio Grande do Sul
6.Fluxo do Pacto Nacional pela Implementação da
Lei nº 13.431/17.
SALA DE AUDIÊNCIA

SALA DO DEPOIMENTO ESPECIAL

Fonte: Coordenadoria de Justiça da Infância e Juventude – CIJ/TJRS|


➢Quando utilizar o
DEPOIMENTO ESPECIAL?

SEMPRE que houver necessidade de


ouvir crianças e adolescentes
3 – DEPOIMENTOESPECIAL
1. AUTORIDADE POLICIAL
• DEPOIMENTO ESPECIAL POLICIAL - Em todos os IP’s:

-A Autoridade Policial deverá envidar esforços para que o DE não seja o


único meio de prova para o julgamento do réu (art. 22 da Lei nº 13.431/17);
-Quando houver necessidade de ouvir uma criança ou adolescente durante a
investigação policial:

a)Quando não existir indícios de autoria, materialidade e descrição do fato


delituoso ou ainda haver a necessidade de estabelecer algum esclarecimento
sobre os itens acima para que possa ser ofertada ação Cautelar de Produção
Antecipada de Prova ou oferecimento de Denúncia.

b) Em alguns casos envolvendo crimes cibernéticos.


3 – DEPOIMENTOESPECIAL
2. MINISTÉRIO PÚBLICO

- Não há previsão na Lei nº 13.431/17, na fase extrajudicial,mas seria possível em PIC ou


IC, desde que obedecidos todos os requisitos legais;
- Sugere-se parceria entre as instituições para compartilhamento e empréstimo de salas;
- Recebendo o pedido de antecipação de prova da autoridade policial (regra geral, já que o
objetivo da lei é ouvir uma única vez, em juízo, a vítima ou testemunha) o MP poderá:

a)Entender que faltam elementos para a propositura de Ação Cautelar PAP e devolver
para a DP solicitando diligências;
b) Entender que é caso de propor Ação Cautelar de PAP ou oferecer Denúncia com
incidental de PAP;
c)Entender desnecessária a PAP – Comunica autoridade policial para complementação
da prova para fins de arquivamento ou oferecimento de Denúncia, ou, ainda oferece a
Denúncia, desde já, e comunica a autoridade policial para o encerramento do IP.
3 – DEPOIMENTOESPECIAL
3. AUTORIDADE JUDICIAL
• Coletado o DEPOIMENTO ESPECIAL JUDICIAL:
- Processo:
a) Não havendo Denúncia, vista ao MP para oferecimento de Denúncia ou
Arquivamento, e comunicação com cópia à DP para encerramento do IP;
b) Não sendo possível o oferecimento da Denúncia nem Arquivamento, remessa à
DP para diligências e encerramento do IP;
c) Se já houver Denúncia, prosseguimento do processo;
d) Privilegiar o Depoimento Especial no crime e o compartilhamento com as demais
áreas jurídicas (família, infância, etc.).

- Processo do Júri: sumário da culpa (art. 408/412 do CPP)


plenário do Júri (art. 422 do CPP)
- Fase Recursal: poder instrutório do relator (932, I CPC), produzido
em gabinete ou sessão (385 e 453 CPC) ou convertido em diligência
(938, §3º CPC), ou, ainda, delegar competência para produção da
3 – DEPOIMENTOESPECIAL
4. ANTECIPAÇÃO DE PROVA ( ART. 11 e 21, VI) – DE
•Art. 11, caput, Lei 13.431/2017: DE reger-se-á por protocolos e, sempre que possível, será
realizado uma única vez, em sede de produção antecipada de prova JUDICIAL, garantida a
ampla defesa do acusado.
•Art. 11 § 1º, Lei 13.431/2017: DE segue rito cautelar de antecipação de prova:
I- Criança ( ou adolescente?) com menos de 7 anos.
II - Casos de violência sexual

•Art. 11 § 2º, Lei 13.431/2017: Não será admitido a tomada de novo DE, salvo quando
justificada a sua imprescindibilidade pela autoridade competente e houver a concordância
da vitima ou da testemunha, ou de seu representante legal.

•Art. 21, inciso VI, Lei 13.431/2017

Constatado que a criança ou o adolescente está em “risco”, a autoridade policial


“requisitará” a autoridade judicial... as medidas de proteção (incisos I a V)...V I –
representar ao MP para que proponha ação cautelar de antecipação de prova, sempre
que a demora possa causar prejuízo ao desenvolvimento da criança ou do adolescente.
FLUXO DO MP PARA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI Nº 13.431/2017
PACTO PELA ESCUTA PROTEGIDA

No dia 13 de junho de 2019 foi assinado o Pacto Nacional pela Escuta Protegida, tendo como signatários: os Ministérios da Casa
Civil, da Justiça e da Segurança Pública, da Educação, da Saúde, da Cidadania, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a
primeira-dama Michelle Bolsonaro, o Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público, a Defensoria Pública
da União e o Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege). O pacto envolve os atores públicos envolvidos na
proteção da criança vítima de violência, desde os órgãos e entidades que constituem a rede de proteção da criança até órgãos
como Polícia Civil, Defensoria Pública, MinistérioPúblico, e o Poder Judiciário.
FLUXO LEI Nº 13.431/2017 - PACTO NACIONAL PELA ESCUTA
ROT
4ª Aula: Depoimento Especial de Crianças e
Adolescentes pertencentes a Povos e Comunidades
Tradicionais

1. Contexto no Brasil
2. Diretrizes para o Depoimento Especial
4 – DEPOIMENTOESPECIAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
PERTENCENTES A POVOSE COMUNIDADESTRADICIONAIS

Contexto no Brasil

1) Segundo a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades


Tradicionais são considerados assim aqueles grupos culturalmente diferentes (Decreto
6.040/07). São os Indígenas, quilombolas, matriz africana e terreiros, ciganos,
seringueiros, ribeirinhos, extrativistas e outros (Decreto 8.750/16 , art. 4º, § 2º -
estabelece os representantes do Conselho Nacional dos Povos e Comunidades
Tradicionais);
2) Exemplo da dificuldade: IBGE/12 Povos indígenas 305 etnias e 274 idiomas (cultura,
costumes, tradições e idiomas próprios);
3) Importante que o Sistema de Garantia de Direito da Crianças e do Adolescente conheça
essas culturas e que esses povos conheçam o sistema.
4 – DEPOIMENTOESPECIAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
PERTENCENTES A POVOSE COMUNIDADESTRADICIONAIS

Diretrizes para coleta do Depoimento Especial de Crianças e Adolescentes


pertencentes a Povos e Comunidades Tradicionais

1)Diversidades dos povos e comunidades tradicionais: infâncias, modos de proteção e pluralismo jurídico;
2) Consulta e participação dos povos e comunidades tradicionais;
3)Identificação étnica e língua da criança ou do(a) adolescente vítima ou testemunha de violência oriunda de povos e
comunidades tradicionais;
4) Local para a coleta do depoimento especial dos povos e comunidades tradicionais;
5) Planejamento da audiência de depoimento especial dos povos e comunidades tradicionais;
6) Entrevistadoresforenses;
7) Intérpretesforenses e mediadores culturais;
8)Adequação do Protocolo Brasileiro de Entrevista Forense de Crianças e AdolescentesVítimas ou Testemunhas de
violência oriundas dos povos e comunidades tradicionais;
9) Perícia antropológica;
10) Organização interna do Judiciário para a tomada de depoimento especial;
11) Articulaçãodo Judiciário com o sistema de garantia de direitos;
12) Formação permanente;
13) Povos indígenas isolados e de recente contato;
14) Planejamento, monitoramento e avaliação.
4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS– DRA. DENISE CASANOVAVILLELA

Centro de Referência ao Atendimento Infantojuvenil– CRAI: Como estruturar um


Centro de referência para avaliação de crianças e adolescentes vítimas de
violência sexual(2016)
Disponível em: http://www.amprs.com.br/public/arquivos/revista_artigo/arquivo_1504547121.pdf

Lei nº 13.431/2017 e o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do


Adolescente vítima ou Testemunha de violência (2018)
Disponível em:
https://www.mprs.mp.br/media/areas/infancia/arquivos/revista_digital/numero_13/revista_13_numeracao_con
tinua.pdf

A Harmonização dos Princípios Constitucionais do Contraditório, da Ampla Defesa,


do Devido Processo Legal e da Prioridade Absoluta diante da Lei nº 13.431/2017,
que Estabelece o Sistema de Garantia de Direitos das Crianças e Adolescentes
Vítimas e Testemunhas de Violência (2019)
Disponível em: https://revistadomprs.org.br/index.php/amprs/article/view/135/3
4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Alberto, I. M. M (2004). Maltrato e trauma na infância. Coimbra, Almedina.
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sexual. Psicologia: Reflexão e Crítica. V.11, n. 3, 546-555
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