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431/2017,
regulamentada pelo Decreto
nº 9.603/2018 e a
implantação dos Centros de
Referência ao Atendimento
Infantojuvenil (CRAIs)
Módulo III
TEMA: TIPOS DE ESCUTA: REVELAÇÃOESPONTÂNEA, ESCUTA
ESPECIALIZADA, DEPOIMENTOESPECIAL E PERÍCIA PSÍQUICA
1.Noções Gerais
3. Depoimento Especial
➢ Interesse superior da criança e do adolescente (inciso IV): a intervenção deve atender prioritariamente aos
interesses e direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da consideração que for devida a outros interesses
legítimos no âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso concreto;
➢ Privacidade (inciso V): a promoção dos direitos e proteção da criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito
pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada;
➢ Intervenção precoce (inciso VI): a intervenção das autoridades competentes deve ser efetuada logo que a situação
de perigo seja conhecida;
➢ Intervenção mínima (inciso VII) : a intervenção deve ser exercida exclusivamente pelas autoridades e instituições
cuja ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da criança e do adolescente;
➢ Oitiva obrigatória e participação (inciso XII): a criança e o adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de
responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a
participar nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos e de proteção, sendo sua opinião devidamente
considerada pela autoridade judiciária competente, observado o disposto nos §§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei.
1 – NOÇÕESGERAIS
3. Oitivadas Crianças e Adolescentes
3.1. Idade Média
Infância era um período de curta duração. A noção de infância surge no final do século XVII. Primeiro registro
da presença de crianças e adolescentes na corte, que se tem notícia – data do século XVII – em Salém,
Massachusetts/USA - conhecido como “Circle girls”.
2 – Para este fim, é assegurada à criança a oportunidade de ser ouvida nos processos
judiciais e administrativos que lhe respeitem, seja diretamente, seja através de
representante ou de organismo adequado, segundo as modalidades previstas pelas
regras de processo da legislação nacional.”
Fonte: Childhood
1 – NOÇÕESGERAIS
3.3. IMPORTÂNCIA DO TESTEMUNHO
Sistema Jurídico - prova: Documental, Pericial e Testemunhal
O relato é importante?
•Abuso sexual: Estudos realizados nos US, em 2002, com 2.384 crianças,
concluíram que apenas 4% tinham achados científicos - clínico. (Heger, Ticson,
Velásquez e Bernier, 2002)
1. Diferenças e semelhanças
2. Escuta Especializada na Rede de Proteção
3. Centros Integrados
4. Fluxos dos Centros Integrados na Rede de
Proteção, Segurança e Justiça
2 – ESCUTAESPECIALIZADA,DEPOIMENTO ESPECIAL, REVELAÇÃO
ESPONTÂNEAE PERÍCIA PSÍQUICA
1. DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS
- ESCUTA ESPECIALIZADA (art. 7º, Lei nº 13.431/17)
REDE DE PROTEÇÃO
É o procedimento de entrevista sobre situação de violência com criança ou adolescente perante
órgão da rede de proteção limitado o relato estritamente ao necessário para o cumprimento de
sua finalidade.
- DEPOIMENTO ESPECIAL (art. 8º, Lei nº 13.431/17) – Dispensa (art. 22, § 2º do Decreto n°
9.603/18)
AUTORIDADE POLICIAL E JUDICIÁRIA
É o procedimento de oitiva de criança ou adolescente vítima ou testemunha de violência perante
autoridade policial ou judiciária.
- REVELAÇÃO ESPONTÂNEA (artigo 4º §3º, Lei nº 13.431/17)
São chamados para confirmar na EE e DE
•atendimento articulado
•evitar superposição de tarefas
•priorização da cooperação entre os órgãos, serviços, programas
•estabelecer mecanismos de compartilhamento de informações
•definir o papel de cada instância e o profissional que supervisionar
•criar grupos intersetoriais locais para discussão, acompanhamento e encaminhamento dos
casos de suspeita ou de confirmação de violência contra criança e adolescente.
ESCUTA DEPOIMENTO
ESPECIALIZADA ESPECIAL
1. Local Apropriado e Acolhedor X
SEM contato da vítima com o agressor
X
(Art. 9º e 10º da Lei nº 13.431/2017) (Art. 23, § ú Decreto nº 9.603/2018)
2. Antecipação da Prova (PAP) X
Criança com menos de 7 anos e/ou vítima de violência sexual (Arts. 11§1º,§2º e 21 VII
da Lei nº 13.431/2017)
3. Protocolo de Coleta de Testemunho X
(Art. 12 da Lei nº 13.431/2017) CONHECIMENTO
4. Profissionais Especializados X X
(Art. 12, II da Lei º 13.431/2017)
(Art. 27 Decreto nº 9.603/2018)
5. Transmissão em Tempo Real X
(Art. 12, III da Lei nº 13.431/2017)
6. Gravação em Áudio e Vídeo X
(Art. 12 IV da Lei nº 13.431/2017) (Art. 23 Decreto nº 9.603/2018)
7. Não Divulgação X X
(Art. 12, §6º da Lei nº 13.431/2017)
(Art 9º, §2º Decreto 9.603/2018) – Compartilhamento entre os serviços da E.E.
8. Novo Depoimento Especial
2 – ESCUTAESPECIALIZADA, DEPOIMENTO ESPECIAL, REVELAÇÃO
ESPONTÂNEAE PERÍCIA PSÍQUICA
3. CENTROS INTEGRADOS
Estabelece a criação de centros integrados de atendimento às crianças e aos adolescentes vítimas ou testemunhas de
violência, com equipe multidisciplinar especializada. (arts. 2º parágrafo único, 14, 16 e parágrafo único, 17 e 18, todos da
Lei nº 13.431/17)
1.União, Estado, DF e Municípios desenvolverão políticas integradas e coordenadas que visem a garantir os
direitos humanos da criança e do adolescente. (art. 2º, parágrafo único, da Lei nº 13.431/17)
2.Políticas de ações articuladas entre os si stemas de justiça, segurança pública, assi stência social, educação e saúde,
voltadas ao acolhimento e ao atendimento integral às vítimas de violência (art. 14, da Lei nº 13.431/17)
3.O poder público poderá criar programas, serviços ou equipamentos de atenção e atendimento integral às vítimas,
composto por equipes multidisciplinares. (art.16, da Lei nº 13.431/17)
Os programas, serviços ou equipamentos público poderão contar com delegacias especializadas, serviços de saúde,
perícia médico-legal, serviços socioassi stenciais, varas especializadas, Mini stério Público e Defensoria Pública, entre
outros possíveis de integração, e deverão estabelecer parcerias em ca so de indi sponibilidade de serviços de
atendimento. (artigo 16, parágrafo único, da Lei nº 13.431/17).
4.União, Estado, DF e Municípios poderão criar serviço de atenção integral (SUS) - crianças e adolescentes em situação
de violência. (art. 17, da Lei nº 13.431/17)
5.A coleta, a guarda provisória e preservação de material com vestígios de violência serão realizadas pelo IML ou por
serviço credenciado do si stema de saúde mais próximo, que entregará o material para perícia imediata (art. 18, da Lei nº
13.431/17). Observar a cadeia de custódia da prova.
Observar o disposto na Lei 12.845 de 1º de agosto de 2013, que dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de
ATENDIMENTO INTERSETORIAL
ART. 9º, III, § 1º DECRETO Nº 9.603/2018
O ATENDIMENTO INTERSETORIAL PODERÁ CONTER OS SEGUINTES
PROCEDIMENTOS:
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MEDIDAS A SEREM OBSERVADAS QUANDO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL E/OU ESTADUAL
DA IMPLEMENTAÇÃO DE UM CENTRO DE - APARELHAMENTO -
ATENDIMENTO INTEGRADO
SERVIÇOS ESPAÇO SEM HOSPITAL ESPAÇO DENTRO HOSPITAL
• HORÁRIO DE ATENDIMENTO A combinar A Combinar
• ACOLHIDA PSICOSSOCIAL Assistente Social e Psicólogo ou Profissional Capacitado Assistente Social e Psicólogo ou Profissional
(ESCUTA ESPECIALIZADA) Capacitado
Técni cos que realizarão a escuta especializada e procederão
com enca minhamentos para saúde e assistente social do
muni cípio
Encaminhar para Posto de Saúde ou Hospital para Por Pediatra, Ginecologista ou outra especialidad
• NECESSIDADE DE ATENDIMENTO MÉDICO atendimento de casos de violência e, se violência quando for vítima de violência. Na violência sexual
sexual, para ser ministrado o uso de ANTIRRETROVIRAIS a vítima será encaminhada para recebe
(até 72h) e, se necessário, para interrupção da gravidez. antirretrovirais (até 72h), e quando necessário
para interrupção da gravidez.
MEDIDAS A SEREM OBSERVADAS PODER EXECUTIVO MUNICIPAL E/OU ESTADUAL
QUANDO DA IMPLEMENTAÇÃO DE UM - APARELHAMENTO -
CENTRO DE ATENDIMENTO INTEGRADO
HOSPITAL MATERNO
INFANTIL PRESIDENTE
VARGAS
Horário de atendimento: de 2ª
a 6º Feira, das 8h às 18h
1.Autoridade Policial
2. Ministério Público
3. Poder Judiciário
4. Produção Antecipada da Prova
5. Fluxo do Ministério Público do Rio Grande do Sul
6.Fluxo do Pacto Nacional pela Implementação da
Lei nº 13.431/17.
SALA DE AUDIÊNCIA
a)Entender que faltam elementos para a propositura de Ação Cautelar PAP e devolver
para a DP solicitando diligências;
b) Entender que é caso de propor Ação Cautelar de PAP ou oferecer Denúncia com
incidental de PAP;
c)Entender desnecessária a PAP – Comunica autoridade policial para complementação
da prova para fins de arquivamento ou oferecimento de Denúncia, ou, ainda oferece a
Denúncia, desde já, e comunica a autoridade policial para o encerramento do IP.
3 – DEPOIMENTOESPECIAL
3. AUTORIDADE JUDICIAL
• Coletado o DEPOIMENTO ESPECIAL JUDICIAL:
- Processo:
a) Não havendo Denúncia, vista ao MP para oferecimento de Denúncia ou
Arquivamento, e comunicação com cópia à DP para encerramento do IP;
b) Não sendo possível o oferecimento da Denúncia nem Arquivamento, remessa à
DP para diligências e encerramento do IP;
c) Se já houver Denúncia, prosseguimento do processo;
d) Privilegiar o Depoimento Especial no crime e o compartilhamento com as demais
áreas jurídicas (família, infância, etc.).
•Art. 11 § 2º, Lei 13.431/2017: Não será admitido a tomada de novo DE, salvo quando
justificada a sua imprescindibilidade pela autoridade competente e houver a concordância
da vitima ou da testemunha, ou de seu representante legal.
No dia 13 de junho de 2019 foi assinado o Pacto Nacional pela Escuta Protegida, tendo como signatários: os Ministérios da Casa
Civil, da Justiça e da Segurança Pública, da Educação, da Saúde, da Cidadania, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a
primeira-dama Michelle Bolsonaro, o Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público, a Defensoria Pública
da União e o Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege). O pacto envolve os atores públicos envolvidos na
proteção da criança vítima de violência, desde os órgãos e entidades que constituem a rede de proteção da criança até órgãos
como Polícia Civil, Defensoria Pública, MinistérioPúblico, e o Poder Judiciário.
FLUXO LEI Nº 13.431/2017 - PACTO NACIONAL PELA ESCUTA
ROT
4ª Aula: Depoimento Especial de Crianças e
Adolescentes pertencentes a Povos e Comunidades
Tradicionais
1. Contexto no Brasil
2. Diretrizes para o Depoimento Especial
4 – DEPOIMENTOESPECIAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
PERTENCENTES A POVOSE COMUNIDADESTRADICIONAIS
Contexto no Brasil
1)Diversidades dos povos e comunidades tradicionais: infâncias, modos de proteção e pluralismo jurídico;
2) Consulta e participação dos povos e comunidades tradicionais;
3)Identificação étnica e língua da criança ou do(a) adolescente vítima ou testemunha de violência oriunda de povos e
comunidades tradicionais;
4) Local para a coleta do depoimento especial dos povos e comunidades tradicionais;
5) Planejamento da audiência de depoimento especial dos povos e comunidades tradicionais;
6) Entrevistadoresforenses;
7) Intérpretesforenses e mediadores culturais;
8)Adequação do Protocolo Brasileiro de Entrevista Forense de Crianças e AdolescentesVítimas ou Testemunhas de
violência oriundas dos povos e comunidades tradicionais;
9) Perícia antropológica;
10) Organização interna do Judiciário para a tomada de depoimento especial;
11) Articulaçãodo Judiciário com o sistema de garantia de direitos;
12) Formação permanente;
13) Povos indígenas isolados e de recente contato;
14) Planejamento, monitoramento e avaliação.
4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS– DRA. DENISE CASANOVAVILLELA