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Índice Pág.

1.0.Introdução ................................................................................................................... 2

1.1.Objectivos ................................................................................................................... 3

1.1.1. Geral ........................................................................................................................ 3

1.1.2.Específicos ............................................................................................................... 3

1.2.Metodologia ................................................................................................................ 3

2.0.Conceitos Basicos ....................................................................................................... 4

3.0. Coletores Solar planos ............................................................................................... 4

3.1. Coletor plano sem cobertura ...................................................................................... 5

3.2. Coletor plano com caixa e cobertura .......................................................................... 5

4.0. Princípio de Funcionamento ...................................................................................... 6

5.0. Tipos de aplicações .................................................................................................... 6

5.1. Aplicações para aquecimento de água ....................................................................... 7

5.2. Aplicações para aquecimento de ar ............................................................................ 8

5.3. Secagem ..................................................................................................................... 8

5.4.Estufa Solar ............................................................................................................... 10

6.0. Conclusão ................................................................................................................. 12

7.0.Referências Bibliográficas ........................................................................................ 13


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1.0.Introdução

A crescente demanda por fontes de energia limpa e sustentável tem levado a uma exploração
mais profunda das tecnologias solares, e os colectores solares planos emergem como uma
solução eficaz para capturar e utilizar a energia abundante do sol. Este trabalho se concentra
em desvendar o funcionamento e as aplicações essenciais dos colectores solares planos,
destacando seu papel fundamental na transição para um futuro energético mais sustentável.

A energia solar, abundantemente disponível em todo o planeta, representa uma fonte


inesgotável de energia limpa. No entanto, sua captura e utilização eficazes requerem tecnologias
avançadas, e os colectores solares planos são uma parte vital desse quebra-cabeça. Eles
oferecem uma maneira eficiente e acessível de aproveitar a energia solar para uma variedade
de aplicações práticas.

Neste trabalho, examinaremos em detalhes o princípio de funcionamento por trás dos colectores
solares planos, explicando como eles convertem a luz solar em calor útil. Além disso,
exploraremos as principais aplicações desses dispositivos versáteis em várias áreas, desde o
aquecimento de água doméstica até aplicações industriais e agrícolas.

Com a crescente preocupação com as mudanças climáticas e a busca por fontes de energia mais
sustentáveis, compreender os colectores solares planos se torna crucial. Eles não apenas
reduzem as emissões de carbono, mas também oferecem uma maneira economicamente viável
de atender às necessidades energéticas de uma sociedade cada vez mais consciente da eficiência
energética.

Este trabalho está organizado da seguinte forma: primeiro, exploraremos o princípio de


funcionamento dos colectores solares planos, detalhando como eles convertem a energia solar
em calor. Em seguida, examinaremos suas principais aplicações em diversas áreas. Ao final,
tiraremos conclusões sobre o papel dos colectores solares planos no cenário da energia
sustentável
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1.1.Objectivos

1.1.1. Geral:

 Compreender o princípio de funcionamento de colector solar térmico plano

1.1.2.Específicos:

 Explicar o principio de funcionamento de colector solar térmico plano,


 Destacar as principais aplicações práticas do colector solar térmico em várias áreas,
incluindo residências, indústrias e agrícola;

1.2.Metodologia

Para a materialização deste trabalho recorreu-se ao método de consulta bibliográfica, que


consistiu na reunião de ideias de diversas obras relacionadas com o tema mediante discussão
em grupo, cujas referencias bibliográficas constam na ultima pagina do trabalho.
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2.0.Conceitos Básicos

Sistema de Colecta Solar

As tecnologias solares convencionais para conversão de energia solar em outras modalidades


de energia são os sistemas fotovoltaicos e térmicos. O primeiro gera diferença de potencial
elétrico a partir da irradiação solar (comprimento do infravermelho) por meios de células
fotossensíveis. Já o segundo, utiliza diretamente a irradiação solar para aquecimento de um
fluido pelas diferentes modalidades de transmissão de calor: radiação, condução e convecção
(Vazzoler, 2021).

Segundo Palz (1981), a energia térmica gerada por estes tipos de sistema pode ser convertida
em potência mecânica ou elétrica de acordo com as necessidades do projetista. Os coletores
solares, principalmente do tipo plano, envolvem aplicações em temperaturas relativamente
baixas como por exemplo: aquecimento de água residencial, hotelaria, hospitais e pequenas
indústrias entre outros, que atingem temperaturas inferiores a 80ºC. Para suprir a necessidade
de água aquecida em uma residência com até quatro moradores deve-se utilizar um coletor com
cerca de 4m2.

Colector Solar

O coletor solar é o elemento encarregado de captar a energia contida na radiação solar e de


transferi-la para o fluido a ser aquecido. O tipo de coletor mais utilizado é o denominado coletor
solar plano, ainda que existam diferentes tipos de coletores que, embora se encontrem em fase
comercial ou de demonstração, possuem um menor grau de implantação, como os coletores
solares a vácuo e os coletores cilindro - parabólicos. Outros elementos de captação, providos
de sistemas concentradores, de acompanhamento, etc., são experimentais e destinados à
aplicações de média e alta temperatura.

3.0. Coletores Solar planos


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Segundo Vazzoler (2021), transformam a energia incidente diretamente em calor por meio de
uma superfície plana absorvente. São os mais usados em sistemas ativos de baixa temperatura,
e utilizam água ou água com aditivos na maioria das aplicações. Com relação aos tipos, são
empregados principalmente:

3.1. Coletor plano sem cobertura

Formado por uma superfície absorvente exposta diretamente ao Sol e por tubulações metálicas,
contendo água em seu interior que conduzirão o calor produzido. Utiliza-se para aquecer a
temperaturas muito baixas, de até 35ºC, ou para o aquecimento de piscinas, em climas ou
estações não frias.

Figura 1: Coletor plano sem cobertura.

3.2. Coletor plano com caixa e cobertura

Baseado fundamentalmente no efeito estufa, e utilizado para as aplicações térmicas mais


comuns, de até 80ºC, com água quente e calefações em geral. Estes são constituídos
basicamente pelos seguintes elementos: Absorvedor, cobertura transparente, circuito de fluido,
isolamento térmico e caixa envolvente (ou carcaça) e juntas.
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Figura 2: Coletor plano com caixa e cobertura

4.0. Princípio de Funcionamento

Junior (2022) refere que:

Os coletores solares planos são um tipo específico de coletor solar térmico. Eles consistem em
uma caixa plana revestida com vidro ou material transparente, com um absorvedor preto
localizado dentro da caixa. O absorvedor é responsável por capturar a energia solar incidente
e convertê-la em calor.

Aqui está como eles funcionam:

Absorção de Energia Solar: A superfície do absorvedor é projetada para absorver a maior


quantidade possível de energia solar. Essa superfície é frequentemente pintada de preto, pois
as cores escuras absorvem melhor a luz solar.

Conversão em Calor: Quando a luz solar atinge o absorvedor, ele converte a energia
luminosa em calor. Esse calor é transferido para um fluido circulante (como água ou um
líquido térmico) que passa pelo absorvedor.

Transferência de Calor: O fluido aquecido é então usado para fornecer água quente para uso
doméstico, aquecimento de edifícios ou para outros fins industriais. Em sistemas mais
simples, ele pode ser usado diretamente, enquanto em sistemas mais complexos, o calor pode
ser armazenado para uso posterior.

5.0. Tipos de aplicações


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Serão apresentadas aplicações relativas a aquecimento de água e de ar. Por via solar a água
pode ser aquecida para o aquecimento-armazenamento e o ar pode ser aquecido para a secagem
de produtos agrícolas, para o conforto humano e até para obtenção de temperaturas mais
adequadas para a germinação e crescimento de plantas. A seguir veremos algumas dessas
aplicações no aquecimento de água e de ar (Palz 1981).

5.1. Aplicações para aquecimento de água

Segundo Palz (1981), um sistema de aquecimento-Armazenamento de água usando o regime


de termossifão, isto é, o próprio aquecimento da água no coletor faz a mesma subir até o
depósito e descendo daí apenas a água fria devido ao seu peso e reiniciando um novo ciclo. Este
é o sistema solar de aquecimento de água muito simples que não requer cuidados contínuos de
manutenção.

Para as áreas rurais deve-se juntar esta vantagem com a simplicidade de construção, embora
nem sempre materiais mais simples conduzam a uma descomplicação. Este é o caso do uso da
madeira para as caixas dos coletores. Essas caixas devem ser à prova de infiltração de água e
umidade não só quando da sua instalação, mas também devem permanecer assim por muitos
anos. Se a madeira para esses casos for usada, ela deve estar bem seca, ser impermeabilizada e
receber tratamento contra os cupins.

Figura 3: Sistema de aquecimento de água.

No lugar da madeira poderão ser usadas caixas metálicas (incluindo perfis de alumínio) ou
também telhas de amianto ou mesmo caixas de fibra de vidro, verificando sempre seus custos.

Para a cobertura transparente do coletor dispõe-se do vidro ou do plástico. O vidro proporciona


um maior rendimento ao coletor, porém é mais caro que o plástico. Este, por sua vez, é mais
facilmente manuseável e transportável que o vidro, entretanto, o plástico se degrada em questão
de meses quando submetido a radiação solar. Para a escolha de um ou outro, e como medida da
durabilidade dos plásticos pode-se adotar um prazo médio de seis meses. Em locais de fortes
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ventos ou chuva de granizo pode-se usar um vidro com 4 ou 5 mm de espessura. Nos demais
lugares um vidro de 3 mm é adequado.

Uma outra forma prática e econômica de aquecer água é como vemos na figura 4.

Figura 4: Sistema Alternativo de Aquecimento de Água.

Dois exemplos rudimentares de aquecimento e onde o coletor e o reservatório são uma coisa só
são dados a seguir. O primeiro seria simplesmente uma caixa de ferro galvanizado cheia de
água coberta por plástico transparente e exposta ao sol. O fundo desta caixa deverá ser pintado
de preto e não mais de 4 cm de água deverá ser colocado na caixa de cada vez, a fim de se obter
um maior aquecimento. O segundo seria uma caixa de madeira com fundo preto e em cujo
interior seria colocado um saco plástico transparente contendo água. Fechando a caixa iria
também um plástico transparente a fim de aumentar o efeito-estufa. Em ambos os exemplos um
tubo deverá ser colocado nas caixas a fim de permitir a alimentação e retirada de água. E para
os dois exemplos o uso da água quente seria feito logo a seguir ao seu aquecimento.

5.2. Aplicações para aquecimento de ar

Por via solar o ar pode ser aquecido para a secagem de produtos agrícolas, para o conforto
humano e até para obtenção de temperaturas mais adequadas para a germinação e crescimento
de plantas. A seguir veremos algumas dessas aplicações (Palz 1981).

5.3. Secagem

Palz (1981) refere que:


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Por falta de condições adequadas de armazenamento, os países subdesenvolvidos perderam 42


milhões de toneladas de cereais e legumes em 1976. Isto é equivalente a 60% da produção anual
da África ou 95% da produção anual de grãos do Canadá. A secagem é um dos passos mais
importantes depois da colheita.

Os alimentos a secar são colocados diretamente no coletor e ali são secados através da influência
da radiação solar e do ar aquecido que por ele circula.

Os produtos a secar são dispostos num compartimento adicional (chamado de silo), de forma
que a secagem é feita apenas através da passagem do ar aquecido.

No secador de exposição indireta a qualidade dos produtos secados é melhor do que no de exposição
direta, isto porque os produtos não sofrem a ação direta dos raios solares. Dependerá da utilização dos
produtos secados a escolha do tipo de secagem, além de fatores econômicos. Por exemplo, para a feitura
de passas de frutas (alguns tipos) ou farinha de banana, o secador de exposição direta poderá ser usado.
Para secagem de grãos e produtos mais sensíveis ao calor recomenda-se o de exposição indireta. Neste
sistema, porém, é aconselhável o uso de um ventilador entre o coletor e o silo a fim de que sejam
atingidas uma pressão e vazão necessárias para vencer a resistência à passagem do ar causada pelos
grãos, chapas perfuradas, etc.

Um secador solar ainda mais econômico poderia ser feito totalmente com plástico, madeira e os isolantes
térmicos mencionados anteriormente. O silo seria feito totalmente de plástico negro, apenas com os
quatro sustentadores de madeira. O coletor poderia ter a parte superior e suas laterais feitas de plásticos
transparentes. No lugar da chapa absorvedora iria um plástico negro. Por baixo deste, o isolante térmico
suportado por madeira ou também por plástico negro. Para evitar o uso de ventilador as bandejas
perfuradas não teriam tamanho igual ao diâmetro ou largura do silo, mas menores e instaladas
consecutivas porém opostamente umas das outras (e intercaladas), de forma a criar um caminho livre
para o ar.

Este secador é, também, feito com materiais simples e econômicos. O plástico reveste todo o sistema e
o bambu é utilizado para sua sustentação. Cascas de arroz queimadas ou qualquer outro produto de cor
negra (carvão não vale, pois ele é poluente) fazem o fundo absorvedor do secador. O arroz a ser secado
deve ser colocado em bandejas móveis pela parte posterior. A chaminé e o ar morno que por ela circula
provocam o efeito-chaminé, o qual produz uma maior retirada de ar do secador.

Os sistemas de secagem que acabamos de descrever podem ser utilizados para secagem de qualquer tipo
de produto agrícola, desde grão, frutas, feno e até charque. Esses produtos se forem deixados secar ao
ar livre demorarão muito mais tempo para secar do que se forem secados através de secadores solares.
Além disso ao ar livre eles estão sujeitos ao ataque de insetos, fungos, passarinhos e à precipitação da
chuva. E os secadores solares proporcionam uma melhor qualidade do produto secado. Só para citar, a
alfafa mantém uma maior quantidade de vitamina A do que se fosse secado ao ar livre; e a madeira,
sendo secada ao ambiente sofre maior enrugamento e empenamento do que em secadores solares.
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5.4.Estufa Solar

Palz (1981) refere que:

A estufa solar, muito conhecida por “greenhouse” figura 7(a) e 7(b) é utilizada para a
manutenção de temperatura satisfatórias para a germinação e crescimento de plantas em regiões
frias.

Esses sistemas, também de fácil construção e baixo custo são simplesmente armações de
madeira e em forma de casa, revestidas por plásticos transparentes. Em linguagem simples, diz-
se que o sol entra na estufa mas não sai, originando daí o efeito estufa que provoca um aumento
de temperatura no seu interior.

Poderá ser escolhido o tamanho dessas estufas conforme o tipo ou disposição das plantas. Uma
estufa grande seria aquela que tivesse no seu interior uma grande qualidade de planta e espaço
e altura para a circulação de pessoas a fim de possibilitar o cuidado dos vegetais. Ou também, a
estufa poderia ter apenas a largura de um canteiro e a altura máxima da planta. Aberturas
adequadas seriam usadas nessas estufas para a ventilação durante o verão ou dias quentes.

Ao pensarmos em aquecer o ar, devemos pensar também em aquecê-lo para o conforto das
pessoas do campo diante de dias frios. Um exemplo para tal finalidade vemos na figura 7 (b).
Este sistema de aquecimento de habilitações é chamado de passivo e sua função é captar e
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regularizar a distribuição da energia solar. A superfície transparente provoca o mesmo efeito-


estufa antes visto.

A radiação solar que passa por esta superfície é absorvida por uma massa intermediária (parede)
que restitui ao interior da casa uma parte desta energia e com defasagem de tempo. Esta
defasagem de tempo é importante, pois o calor que é captado durante o dia pode ser repassado
à casa durante a noite.
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6.0. Conclusão

Os colectores solares térmicos desempenham papel fundamental na transição para fontes de


energias mais limpas e sustentáveis. Seu princípio de funcionamento simples, que envolve a
conversão de energia solar em calor útil, encontra aplicações em uma ampla gama de sectores,
desde residências ate industrias. A medida que consciência ambiental e a busca por eficiência
energética continuam a crescer, os colectores solares térmicos tem o potencial de desempenhar
um papel ainda mais significativo no futuro energético sustentável.

Os conhecimentos de usos da energia solar no meio rural devem ir sendo naturalmente


repassados ao próprio homem do campo. Com o tempo ele absorveria os princípios básicos de
funcionamentos dos sistemas, e com isso iria resolvendo suas próprias dificuldades e
encontrando soluções. Assim como ele sabe em que época plantar, em que época colher, como
plantar, que tipo de terra utilizar, qual grão usar, etc., ele saberia também entender o
funcionamento elementar dos sistemas solares. Sabendo o que fazer, o produtor rural poderia ir
fazendo seus próprios aparatos sem ter que esperar por alguém, embora a assistência também
seja necessária.

Os coletores solares têm várias aplicações em sistemas de energia solar para aquecimento de
água e geração de eletricidade. Aqui estão algumas aplicações de coletores solares em sistemas
planos: Aquecimento de Água Residencial: Coletores solares planos são frequentemente usados
em telhados de residências para aquecer água para uso doméstico, como chuveiros, torneiras e
sistemas de aquecimento central. Aquecimento de Piscinas: Esses coletores também podem ser
usados para aquecer a água de piscinas, permitindo que você prolongue a temporada de natação
e economize energia.
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7.0.Referências Bibliográficas

Junior, J. D. (2022). Energia Solar Fotovoltaica: Principios funadmentais. (P. Grossa,


Ed.) Atena.

Vazzoler, A. (2020). Fundamentos De Sistemas Solares Termicos. Um guia


introdutorio. Rio de Janeiro.

Palz. W (1981). Energia Solar e Fontes Alternativas. Editora Hemus, Unesco Paris.

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