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Brasília
Abril / Maio - 2004
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Presidente: Luiz Inácio Lula da Silva
A presente publicação expressa a opinião dos autores dos textos e não reflete
necessariamente a posição do Gabinete de Segurança Institucional.
CDD 338.981
Sumário
I
Relatório da Palestra sobre Desenvolvimento
Sustentável da Amazônia� ................................................................ 05
II
Cultivos Ilícitos na Colômbia e Geopolítica Hemisférica� ............. 33
Gloria Maria Vargas
III
Produção de Drogas na Colômbia e Seus Reflexos
para a Amazônia Brasileira� .............................................................. 61
Rodrigo de Aquino
IV
Relatório da Reunião de Estudos .................................................... 71
V
Amazônia: uma Área – Pivot para uma
Nova Política Brasileira� ..................................................................... 95
Francisco Carlos Teixeira da Silva
VI
Limitações ao Exercício da Soberania na
Região Amazônica� ........................................................................... 135
Bertha K. Becker
VII
Relatório do Encontro de Estudos� ................................................... 221
Relatório da Palestra sobre Desenvolvimento
Sustentável da Amazônia
Relatório da Palestra sobre Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
Apresentação
Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
Relatório da Palestra sobre Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
1. Políticas
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de Desenvolvimento e Meio Ambiente;
2. Dinâmicas
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dos Atores Sociais e Problemas Ambientais;
3. Cidades
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e Meio Ambiente;
4. A
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Integração da Pan-Amazônia.
Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
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Relatório da Palestra sobre Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
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Relatório da Palestra sobre Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
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Relatório da Palestra sobre Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
Parte II – Debates
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
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Relatório da Palestra sobre Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
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Relatório da Palestra sobre Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
Encerramento
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Cultivos Ilícitos na Colômbia e
Geopolítica Hemisférica
1. O Universo da Produção
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Cultivos Ilícitos na Colômbia e Geopolítica Hemisférica
1
“A partir de 1740, com o estabelecimento definitivo do vice-reinado da Nova Granada, deu-se uma extensa
reforma espacial e político-administrativa que buscou adequar as estruturas desse ordenamento às mudanças
operadas dentro da sociedade, em especial à crescente importância demográfica e econômica dos setores
mestiços. Apesar dos esforços unificadores do Império, as medidas que foram adotadas não foram uniformes.
Nem as respostas que geraram. (...) Parte central das diferenças (entre as regiões) radicava em que, enquanto
o mestiço andino tinha sido incorporado à ordem colonial, mediante sua articulação jurisdicional e espacial
aos povoados dos índios, o mesmo não tinha acontecido em outras regiões...” (Herrera Angel, 2002: 36).
37
Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
2
Os “criollos” eram os filhos de espanhóis nascidos em território americano.
39
Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
agrária ao longo dos séculos XIX e XX, alguns dos quais marcaram o
começo de períodos de confronto social, põem a descoberto a enorme
força destas tendências concentradoras, sustentadas historicamente por
setores latifundiários representados nos partidos tradicionais com controle
sobre a máquina estatal. As ligações políticas lhes garantem privilégios
nas decisões políticas e sua reprodução como grupos de poder.
O controle sobre a estrutura da terra define as funções da mesma,
de forma que hoje em dia as melhores terras agrícolas estão destinadas
à pecuária. O desrespeito à vocação da terra gera os problemas sociais
já conhecidos, pois é uma atividade que não cria emprego rural e induz,
portanto, à migração rural-urbana, bem como a uma migração para
regiões mais longínquas. A falta de infra-estrutura, de transportes, de
comunicações das regiões receptoras das migrações, dificulta sua inserção
nas dinâmicas de desenvolvimento regional ou nacional mais amplas.
Outro fator que incide no aumento dos cultivos é sem dúvida a
economia política do conflito interno, que cria relações entre os colonos
das regiões periféricas e as atividades econômicas das agrupações guer-
rilheiras, sustentadas pela folha de coca. O fato de que as áreas de cultivo
coincidam com as de controle territorial por parte dos grupos guerrilheiros,
em particular das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc),
coloca estas atividades sob seu comando, cujo sustento financeiro vem
destas atividades e com as quais satisfazem suas enormes demandas de
logística e infra-estrutura para se manterem ativos e ampliando cada vez
mais seu alcance territorial.
Criam-se assim os vínculos – indiretos – entre os plantadores
de folha de coca e o conflito armado. É importante considerar também
que a economia política do conflito está inserida na lógica do comércio
global, tanto de consumo de substâncias ilícitas quanto de mercado
negro de armas e de lavagem de dinheiro, elos da cadeia causal que
transcendem a parte propriamente produtiva do processo. Existem,
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Cultivos Ilícitos na Colômbia e Geopolítica Hemisférica
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Cultivos Ilícitos na Colômbia e Geopolítica Hemisférica
3
Segundo de Rementería, (op. cit., p. 45) “é significativa a persistência da cooperação internacional multilateral
em negar-se a reconhecer que os cultivos ilícitos são a resposta econômica racional à crise agrícola dos países
do Terceiro Mundo por causa das políticas agrícolas dos países desenvolvidos. Esta situação chega a ser tão
evidente que no último informe anual da JIFE (Junta Internacional de Fiscalización de Estupefacientes), que
corresponde ao ano de 2002 e está dedicado ao tema dos cultivos ilícitos e ao desenvolvimento alternativo,
jamais se menciona o problema dos mercados agrícolas para a produção alternativa à ilícita. Tampouco há
um só parágrafo que informe sobre o problema dos subsídios agrícolas dos países desenvolvidos como
causa da crise da agricultura do Terceiro Mundo e de sua conversão - eficiente - à produção de substâncias
psicoativas. Deve-se mencionar que em vários informes anteriores da JIFE, este problema era reconhecido
e fazia-se algumas recomendações para abordá-lo.”
4
Este fato chega a ser tão dramático e reflete de forma tão contundente as assimetrias entre os contextos
regionais, que uma vaca européia recebe um subsídio diário de dois dólares, muito mais do que aquilo com
que vivem muitos pequenos produtores em países como a Colômbia.
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
2. O Universo da Demanda
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Cultivos Ilícitos na Colômbia e Geopolítica Hemisférica
3. O
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Combate: �������������������������
a Guerra contra as Drogas
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
O Plano Colômbia
5
Trata-se das populações que, devido aos conflitos envolvendo guerrilha, exército e paramilitares, são
obrigadas a se deslocar das suas regiões de origem.
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
6
Divulgado na imprensa, Diário El Espectador, Bogotá , 11 de outubro de 1999 e 14 de novembro de 1999.
50
Cultivos Ilícitos na Colômbia e Geopolítica Hemisférica
7
Segundo divulgado no Diário El Tiempo, Bogotá, 13 de março de 2001.
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
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Cultivos Ilícitos na Colômbia e Geopolítica Hemisférica
8
É o caso das fumigações que alteram o potencial produtivo das terras e atrasam, assim, soluções como a
substituição de cultivos.
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
9
O recente informe do Council on Foreign Relations comprova esta visão e confirma a necessidade de se
investir em ações que corrijam os problemas estruturais das regiões produtoras nos países Andinos, em
particular, na Colômbia. A este respeito, o informe afirma: “... A Comissão considera que a maior fraqueza
da atual política estadunidense, tal como está colocada no Plano Colômbia e na Iniciativa Andina, é sua
excessiva ênfase nos assuntos de segurança e de combate às drogas, e muito pouca ênfase em estratégias
complementares regionais”. ... Esforços devem ser realizados que considerem “um desenvolvimento rural
e de fronteiras sustentável, incluída uma reforma agrária estratégica; reformas políticas para fortalecimento
da lei e consolidação das instituições democráticas mediante uma maior transparência e confiabilidade;
desenvolvimento econômico e comercial que inclua o acesso aos mercados e legítimas oportunidades
econômicas; e uma política multilateral contra as drogas que leve em conta a demanda nos países consumi-
dores”. (Christman et al., 2004: 11-12)
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Cultivos Ilícitos na Colômbia e Geopolítica Hemisférica
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
Bibliografia
EL TIEMPO. 13
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de Março de 2001. Bogotá.
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Produção de Drogas na Colômbia e Seus
Reflexos para a Amazônia Brasileira
Rodrigo de Aquino
Antecedentes
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
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Produção de Drogas na Colômbia e Seus Reflexos para a Amazônia Brasileira
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
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Relatório dA rEUNIÃO DE ESTUDOS
Relatório da Reunião de Estudos
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
Parte I – Apresentações
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Relatório da Reunião de Estudos
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Relatório da Reunião de Estudos
das ações, cerca de 35 mil famílias foram obrigadas a deixar suas terras
em conseqüência da fumigação.
Em seguida, abordou o panorama atual da produção de drogas na
Colômbia, Bolívia e Peru. A manutenção da política de fumigação aérea
na Colômbia, com amplo apoio dos Estados Unidos, tem sido apontada
como fator determinante para reversão da tendência de aumento da área
plantada com coca. Segundo estimativas do Sistema Integrado de Monitoreo
de Cultivos Ilícitos en Colombia (SIMCI), em julho de 2003 havia no país
cerca de 69 mil hectares cultivados de coca, o que representaria redução de
cerca de 50% da área plantada em relação a dados de 2000. A maior parte
da redução foi atribuída à política de fumigação aérea.
Em março de 2004, o Departamento de Estado americano divulgou
análise na qual afirmava ter observado redução de cerca de 30% na área
plantada de coca na Colômbia entre 2001 e 2003, atingindo 118.547
hectares. Embora o Governo estadunidense tenha divulgado, na mesma
ocasião, a redução global das zonas de plantio na Colômbia e a completa
erradicação das lavouras na região de Putumayo, há informações de que
os produtores abandonaram o cultivo em grandes plantações e adotaram
técnicas de plantio em áreas pequenas cercadas de mata para dificultar a
detecção por satélite e a conseqüente fumigação.
O monitoramento por satélite das plantações de coca na Colômbia
detectou relativo aumento de cultivos ilícitos no departamento de Vaupés,
junto à parte superior da região do território brasileiro conhecida como
“Cabeça do Cachorro”. No passado as plantações de coca não se desenvol-
viam nessa região devido às condições desfavoráveis de terreno e clima.
Entretanto, avanços observados nas técnicas agrícolas e nas variantes das
plantas usadas para o cultivo têm possibilitado sua adaptação.
No Peru, o êxito das medidas de interdição do tráfico de drogas
por via aérea que contaram com a cooperação dos setores militares e de
Inteligência dos Estados Unidos forçou, num primeiro momento, a trans-
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
Apresentação do Debatedor
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Relatório da Reunião de Estudos
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
Parte II – Debates
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Relatório da Reunião de Estudos
Por outro lado, o Estado tem que continuar fazendo aquilo que
pode fazer, ou seja, tentar minimizar, na medida do possível, com as leis
que possui, com as políticas públicas que desenvolve, os efeitos desses
crimes no território nacional.
Victor Sucupira, Gerente da Agência Nacional de Águas (ANA),
questionou sobre a existência de algum acompanhamento por parte da
Abin em relação ao vínculo entre tráfico de animais silvestres, exploração
de madeira e tráfico de drogas. Numa segunda pergunta, em relação à
Colômbia, quis saber como resolver a questão dos cultivos ilícitos, uma
vez que essas iniciativas sempre esbarram na incapacidade do Estado
colombiano de enfrentar e resolver essa questão.
Respondendo à pergunta, Rodrigo de Aquino lembrou que a
atividade criminosa é um negócio. Então, segundo ele, enquanto hou-
ver uma oportunidade onde os criminosos possam obter lucro através
de um ato ilícito, seja tráfico de drogas, de armas, de animais silvestres
ou exploração ilegal de madeira, eles sempre estarão tirando proveito.
Deve haver uma interligação entre as ações. Ressalta, também, que se
conseguirmos combater efetivamente o tráfico de drogas e o de armas,
que são as principais atividades do crime organizado, sem dúvida alguma,
desarticularemos grande parte desse sistema.
Respondendo à segunda pergunta do Gerente da ANA, Gloria
Vargas destacou que, sobre a questão de combater a lavagem de dinheiro
em lugar de focar a atenção e o esforço na erradicação de cultivos, a
resposta não pode ser absoluta. Uma das preocupações deve ser: o que
acontecerá com os pequenos produtores cocaleiros que têm uma vida
de deslocamentos pelo território colombiano? O que acontecerá com a
pequena produção agrícola colombiana? Teria que necessariamente existir
alternativas de desenvolvimento, de subsistência para essa numerosa
população. As respostas nunca são únicas, na verdade, precisa-se de uma
estratégia que se poderia chamar de multifuncional, porque é necessário
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Relatório da Reunião de Estudos
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Relatório da Reunião de Estudos
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
Encerramento da Reunião
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Amazônia: Uma Área – Pivot para uma
Nova Política Brasileira
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
1
BONIFACE, Pascal. Les guerres de demain. Paris, Seuil, 2001, p. 107-108.
98
Amazônia: uma Área- Pivot para uma Nova Política Brasileira
2
Ver THÉRY, Hervé. Amazônia: cenas e cenários. Brasília: UnB, 2004.
99
Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
3
COSTA, Francisco Assis. Ciência, tecnologia e sociedade na Amazônia. Belém: Cejup, 1998.
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Amazônia: uma Área- Pivot para uma Nova Política Brasileira
Pensando a Amazônia
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
4
LIMA, Ely et al. De sertões, desertos e espaços incivilizados. Rio de Janeiro: Mauad, 2001, p. 77 e ss.
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Amazônia: uma Área- Pivot para uma Nova Política Brasileira
5
Em situações diferentes, ao longo dos anos 80 e 90 do século passado, várias autoridades internacionais, com
responsabilidade de mando em países desenvolvidos, cometeram impropriedades contra a soberania brasileira
na Amazônia. Assim, o Conselho Mundial das Igrejas, em 1981, afirmou em documento público que a soberania
brasileira na região é “meramente circunstancial”; M. Thatcher, em 1983, em discurso no G-7 sugeriu a troca
da dívida por territórios amazônicos; Al Gore, em 1989, vice-presidente de Clinton e candidato a presidente dos
EUA, afirmou “...ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos nós”; François
Mitterand referiu-se a Amazônia, em 1989, como um território de soberania relativa; M. Gorbachev, animador
de uma Ong sobre a Governança Mundial, sugeriu, em 1992, por sua vez, que o Brasil delegasse a soberania da
Amazônia a instituições científicas internacionais; no mesmo ano, John Major, ex-premier britânico chegou a afirmar
que seria possível pensar em operações militares para garantir a preservação da região, enquanto Henry Kissinger
avançou em direção a montagem de um sistema de pressões e constrangimentos, através de instrumentos estatais
exteriores, de Ongs, de empresas e bancos, visando a fragilidade econômica do país, para conseguir objetivos
relativos a Amazônia. Devemos ter claro, aqui, que as seguidas referências sobre uma “geopolítica da ditadura
militar”, como aparecem em várias obras de ambientalistas visando desqualificar as forças armadas como ator
regional, são produto do desconhecimento histórico. A matriz de segurança e defesa precede o regime militar, e em
muitos séculos, além de manter-se com extrema atualidade, como vimos. Da mesma forma, países com grandes
espaços pouco povoados, como a Federação Russa e a China Popular, elegeram, pós 11 de setembro de 2001, as
ameaças transfronteiriças, o narcotráfico e o contrabando, como parte central das chamadas “novas ameaças”.
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111
Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
6
LITTLE, Paul. “Ambientalismo e Amazônia: encontros e desencontros”. In: SAYAGO, Doris et al.
Amazônia: cenas e cenários. Brasília, UnB, 2004, p. 321 e ss.
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Amazônia: uma Área- Pivot para uma Nova Política Brasileira
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Amazônia: uma Área- Pivot para uma Nova Política Brasileira
7
Ver TEIXEIRA DA SILVA, Francisco Carlos. História das Paisagens. In: CARDOSO, Ciro et al. Domínios
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da História. Rio de Janeiro: Campus, 1997, p. 203 e ss.
117
Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
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Amazônia: uma Área- Pivot para uma Nova Política Brasileira
8
Ver LINHARES, M. Y. ;TEIXEIRA DA SILVA, F. C. Terra prometida. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
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Amazônia: uma Área- Pivot para uma Nova Política Brasileira
9
Ver XIMENES, Tereza. Cenários da industrialização na Amazônia. Belém: Unamaz, 1995.
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
10
SAYAGO, Doris et al. ���������������
Op. cit., p. 21
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Amazônia: uma Área- Pivot para uma Nova Política Brasileira
Ver MEDEIROS, Leonilde et al. A formação dos assentamentos rurais no Brasil. Porto Alegre:
11
125
Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
BURSZTYN, Maria Augusta. Aspectos legais e institucionais da gestão ambiental da Amazônia. In:
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12
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Amazônia: uma Área- Pivot para uma Nova Política Brasileira
13
TRINDADE, Valério Stumpf. A questão indígena: uma breve análise. In: PADECEME, Rio de Janeiro,
n.7, p. 17-28, 2004.
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Limitações ao Exercício da Soberania
na Região Amazônica
Bertha K. Becker
Introdução
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Limitações ao Exercício da Soberania na Região Amazônica
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
1. �
A revolução científico-tecnológica, que cria uma nova forma de
produzir, cujas matérias-primas são a informação e o conhecimento, transfor-
mados em fontes de produtividade econômica e de poder político;
2. �
A crise ambiental, talvez a principal restrição à expansão do
Capitalismo sob formas convencionais de produzir (Daly, 1991), que impõe
novos padrões relacionais com a natureza e os recursos econômicos.
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a) O
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risco social de transformar o ar em mercadoria fictícia, cujo
destino seria dirigido exclusivamente pelos mecanismos de mercado;
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Limitações ao Exercício da Soberania na Região Amazônica
- No
�� Protocolo de Quioto, propôs o Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL) em substituição à proposta do Presidente Clinton de
“voluntary agreement”; ou seja, a adesão voluntária dos países periféricos
ao Protocolo, proposta inconcebível para o seu necessário crescimento;
- Na
�� Convenção sobre Diversidade Biológica, conseguiu reverter
a tentativa de transformar a Amazônia em Patrimônio da Humanidade,
proposta feita pela Unesco, mediante a aceitação da biodiversidade como
insumo industrial para a biotecnologia; no início da Convenção conseguiu
rejeitar a proposta de ampliar em 10% a área protegida da Amazônia;
contribuiu para amenizar a concepção preservacionista da Convenção, a ela
se agregando o desenvolvimento sustentável e a repartição dos benefícios
do uso da biodiversidade pelas populações locais.
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Limitações ao Exercício da Soberania na Região Amazônica
a) A
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vivificação das fronteiras hoje não pode ser vista como
mera implantação de barreiras físicas. Sabe-se que, as fronteiras
são faixas de interação entre Estados e nacionalidades distintas,
à borda do espaço nacional consolidado, e assim orientadas para
fora, enquanto os limites são um fator de separação de unidades
políticas soberanas. Hoje, contudo, os limites se fluidificam através
de múltiplas redes transfronteiras, redes lícitas, ilícitas e informais,
que podem alcançar grandes extensões além do território nacional,
embora nele se originando. As comunidades indígenas de mesma
etnia nas fronteiras de países vizinhos constituem importantes redes
de parentesco e de trocas informais que vivificam as fronteiras;
b) A
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presença de uma só etnia em ambos os lados de
fronteira pode significar importante componente na integração da
Amazônia Sul-americana, mormente tendo em vista a ampliação do
Mercosul como contraponto à Área de Livre Comércio das Américas
(ALCA);
c) ���������������������������������������������������������������
Cabe ao Estado fortalecer sua presença na fronteira, sobretudo
ampliando a proteção aos índios, em termos de serviços que necessitam,
160
Limitações ao Exercício da Soberania na Região Amazônica
d) ���������������������������������������������������
O Estado conta agora com poderoso instrumento cujo
uso deve ser intensificado – o Sistema de Vigilância da Amazônia
(Sivam) – que permite uma fiscalização ampla à distância; ele vem
treinando os funcionários dos postos da Fundação Nacional do Índio
(Funai), e pode também ser utilizado no diálogo diretamente com
os índios;
161
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Limitações ao Exercício da Soberania na Região Amazônica
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Limitações ao Exercício da Soberania na Região Amazônica
Terras Indígenas 0.90 5.00 0.20 1.90 0.50 0.80 0.80 0.80 11.10
Projeto Demonstrativo 0.10 0.40 0.50
em Terras Indígenas
Monitoramento e 0.40 0.20 0.60
Análise
Política de Recursos 1.00 3.10 2.70 6.80 5.40 7.70 3.80 4.10 1.80 36.60
Naturais
Coordenação pelo 0.60 0.20 0.80
Governo Brasileiro
Centros de CI e 1.60 4.60 7.10 2.70 2.60 1.50 0.00 0.90 0.30 21.20
Pesquisa Dirigida
Apoio ao GTA 1 0.20 0.20
Apoio ao GTA 2 0.10 0.40 0.50
Apoio à Rede Mata 0.10 0.10 0.10 0.30
Atlântica
Apoio a Negócios 0.50 0.50
Sustentáveis
Total 5.40 15.80 22.80 15.70 15.60 14.40 11.40 10.90 7.10 119.60
Fonte: PP-G7 Financial report 2003 – World Bank
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Ciclo de Estudos sobre a Amazônia
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Limitações ao Exercício da Soberania na Região Amazônica
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Limitações ao Exercício da Soberania na Região Amazônica
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Limitações ao Exercício da Soberania na Região Amazônica
Fund (WWF). Durante a Rio + 10, na África do Sul, foi lançado o Programa
Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), a maior iniciativa conjunta de
conservação de florestas tropicais da História, cujos principais parceiros são
o Governo brasileiro, a WWF – Brasil, o GEF e o Banco Mundial.
O Programa protegerá 500 mil km2 da Amazônia até 2012, a um
custo estimado de US$ 395 milhões, significando transformar 12% das
florestas amazônicas em parques ou reservas extrativistas. As metas do
Programa ARPA até 2012 são (WWF, Edição Especial, set/2002, Secretaria
da Amazônia/MMA, 04/2002):
a) ����������������
Criar 285 mil km2 de novas áreas de proteção integral (parques
nacionais, reservas biológicas e estações ecológicas);
b) Implementar
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os 125 mil km2 de áreas de proteção integral já exis-
tentes;
c) Criar
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90 mil km2 de áreas de uso sustentável comunitário (recursos
extrativistas e reservas de desenvolvimento sustentável);
d) ��������������������������������������������������������������������
Estabelecer, pela primeira vez no Brasil, um Fundo Fiduciário, cujo
rendimento será usado para financiar os custos de manutenção e proteção
das áreas.
175
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Legenda
Cidades Principais
Capitais Estaduais
Áreas Protegidas
Limite Amazônia Legal Unidades de Conservação
Limite Estadual
Limite Internacional Uso Indireto
Rodovias Pavimentadas Uso Direto
Rios Principais
Terras Indígenas
150 0 150 300 obs: em alguns casos existe sobreposição
Fonte: Ministério do Meio Ambiente entre os diferentes tipos de áreas protegidas
quilômetros Organização e Elaboração: Claudio Stenner - 2002
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a) �����������������������������������������������������������
A resistência de populações tradicionais à expropriação de
seus territórios e identidades. A expressão maior dessa resistência é
Chico Mendes, líder do “empate” dos seringueiros, mas não menos
importantes foram as reivindicações de índios, ribeirinhos e de ex-
colonos que se endogeneizaram na região;
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b) O
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esgotamento do nacional-desenvolvimentismo e a crise do
Estado brasileiro. O ano de 1985 é um marco desse processo, quando
o último grande projeto associado à doutrina do Desenvolvimento e
Segurança foi implantado Figura 4 o Projeto Calha Norte – ao mesmo
tempo em que se cria o Conselho Nacional dos Seringueiros, símbolo
da resistência social;
c) ���������������������������������������������������������
A pressão ambientalista nacional e internacional, contra
o uso predatório da natureza e por um novo padrão de desenvolvi-
mento, sustentável, novo e poderoso agente de mudanças através da
cooperação internacional financeira e técnica, presente em todos os
projetos ambientalistas;
d) A
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resposta do Governo brasileiro a essas pressões através
da aceitação de projetos e programas em parceria com atores inter-
nacionais, da criação do Ministério do Meio Ambiente (1993) e de
uma política ambiental.
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Relações Globais-Locais
Silves/Vale do Acre
Nacional Estadual
Local
Internacional Associações/
(Associações Mediadoras) Trabalhador
Cooperativas
Regional
Relações Estaduais-Locais
Vale do Purus/ Amapá
Nacional Internacional
As-
sociações/
Cooperativas
Estadual Trabalhador
Regional
Nacional Internacional
Local Associações/
(Associações Mediadoras) Trabalhador
Cooperativas
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Ongs e Ongs
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2) Ongs que têm fortes laços com o exterior mas cuja agenda
não é dirigida de fora, contemplando interesses regionais. São bastante
diferenciadas como, por exemplo: a) a Ong Amigos da Terra, em seu
programa para a Amazônia é voltada para o desenvolvimento regional; é a
que mais acompanha os eventos no conjunto da região, realizando críticas,
mas contribuindo com estímulo a várias iniciativas – combate ao fogo,
uso econômico dos recursos naturais (os Econegócios) – hoje, reduziu a
conexão com sua homônima de âmbito global, sendo a ela apenas afiliada;
b) o IMAZON é uma Ong de pesquisa, tendo recebido financiamento
da USAID e parcerias, sobretudo, com universidades norte-americanas.
Realizou contribuição original no estudo sobre a exploração madeireira
na Amazônia. Ambas têm forte influência no MMA.
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Considerações Finais
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Referências Bibliográficas
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Apresentações e Debates
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1. �����������������������������������
A Matriz securitização da Amazônia: esta talvez seja a matriz
mais antiga, e mais repetitiva, das preocupações sobre a região. Originária
do período Colonial tem suas raízes na preocupação real ou imaginária
com a integração nacional do território em virtude dos riscos de inter-
nacionalização. Nos séculos XIX e XX, os riscos de internacionalização
foram relativamente baixos, sem grandes aventuras ou intromissões
estrangeiras, excetuando-se os planos – recentemente divulgados pelos
arquivos americanos – de uma invasão americana contra Belém durante
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b) ���������������������������
O cenário do Arco Indígena: a partir de 2015 a maioria dos
regimes estabelecidos nos países Andinos – Bolívia, Peru, Equador – estariam
em mãos de movimentos indígenas, constituídos de cocaleros – não
narcotraficantes – e campesinos, revertendo a dominação de mais de 500
anos das minorias criollas hispânicas. Tais regimes seriam marcados
por forte instabilidade, nacionalizações e perda de controle territorial,
criando uma zona em “arco de instabilidade” vinda do sul da Colômbia
até o norte do Paraguai. O impacto das vitórias indígenas provocaria
grande inquietação no Paraguai, onde as autoridades perderiam o
controle do território, criando uma terra de ninguém entre o Centro-
Oeste brasileiro e o Chaco. Grupos indígenas brasileiros, já com forte
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fronteira, embora cada um deles sinta que faz parte do Brasil, da Colômbia,
da Guiana Francesa.
Afirmou que os índios vão até a Guiana Francesa em busca de
benefícios sociais concedidos pelo Governo francês e que depois
retornam ao Brasil. Destacou ser este um movimento de vivificação ao
contrário.
Em relação à questão do Sistema de Vigilância da Amazônia
(Sivam), afirmou que temos que começar a pensar mais em termos de
tecnologia e não de desflorestamento. Afirmou que a Funai já desenvolve
atualmente programas de treinamento em informática, voltados às
populações indígenas.
Destacou que em que pesem os programas multilaterais, as
potências continuam a ter as suas estratégias particulares, individuais,
ou seja, o projeto multilateral não elimina a ação individual.
Em relação à cooperação internacional, Bertha acredita que ela
tem sido mais aplicada, com uma autonomia excessiva, e que atua através
de recursos financeiros que, segundo ela, são extremamente sedutores,
ao contrário dos pesquisadores brasileiros que não dispõem de recursos
financeiros e, menos ainda, de poder de agenda.
Sugeriu que o Ministério da Ciência e Tecnologia desenvolva um
mecanismo de controle, em função de estarmos vivendo um processo
de globalização na pesquisa, mantida pela integração de todas as uniões
científicas do Mundo.
Afirmou que os pesquisadores têm os mesmos modus operandi
em diferentes partes do mundo e têm as suas parcerias com os países, no
entanto, questionou quem é que fica com o resultado global das pesquisas
realizadas. Defendeu a realização de pesquisas na região e a cooperação
internacional, porém, com a ressalva de haver uma negociação clara, com
o Governo brasileiro em relação ao controle das informações.
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não é mais dado ao Estado, que vai ter que se reformular para manter a
sua legitimidade. É necessário ao Estado empreender um processo de
negociação com outros grupos. Acredita que isso é bom, é uma questão
de avanço social da humanidade.
Observou que o Brasil criou uma rede social, a exemplo dos bene-
fícios recebidos hoje pelas populações indígenas, e que em função disso,
muitos índios dos outros países estariam vindo para o lado brasileiro para
obter benefícios, inclusive, alguns têm filhos no lado brasileiro e depois
voltam para o outro lado da fronteira.
Finalizando, abordou a questão da linha de fronteira, defendendo
as zonas de integração fronteiriça. De acordo com Lia Machado para se
resolver os problemas de legitimidade de Estado e Soberania é necessária
a criação de comitês de fronteira. Informou que o Ministério da Integração
Nacional propôs enormes sub-regiões na Faixa de Fronteira, cada uma
com um comitê de fronteira e um fórum sub-regional. Questionou ainda
a não integração das ações do Ministério da Defesa e do Ministério da
Integração Nacional.
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Encerramento
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