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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA ALBERTO CHIPANDE

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS

Tema:
Relações Internacionais e Comercio Exterior
Papel do Comercio Exterior
Teoria do Comercio Exterior
Vantagem Absolutas e Comparativas
Panorama do Comércio Internacional Mundial Globalizado

Discente:
Judite Maria Chepe

Beira, Agosto de 2019

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA ALBERTO CHIPANDE
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS

Curso de Administração e Gestão Aduaneira

Cadeira: Comercio Exterior

Tema:
Relações Internacionais e Comercio Exterior
Papel do Comercio Exterior
Teoria do Comercio Exterior
Vantagem Absolutas e Comparativas
Panorama do Comércio Internacional Mundial Globalizado

2º Ano

Discente:
Judite Maria Chepe

Docente:

Beira, Agosto de 2019

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Índice

1. Introdução...............................................................................................................................3
1.1. Objectivo..........................................................................................................................4
1.1.1. Objectivos Geral...........................................................................................................4
1.1.2. Objectivo Especifico....................................................................................................4
FUNDAMENTO TEÓRICO......................................................................................................5
2. Relações Internacionais.......................................................................................................5
2.1.2. Mercado de Trabalho........................................................................................................6
2.1.3 Comercio Exterior..............................................................................................................6
2.1.4. Áreas de actuação.............................................................................................................7
2.1.5. Análise de mercado...........................................................................................................7
2.1.6. Consultoria........................................................................................................................7
2.1.7. Cotação.............................................................................................................................8
2.1.8. Tributação.........................................................................................................................8
2.1.9. Gestão...............................................................................................................................8
2.2.1. Logística............................................................................................................................8
2.2.2. Marketing..........................................................................................................................9
2.2.3. Papel do Comércio Exterior..............................................................................................9
2.2.4. Vantagem e Desvantagem do Comercio Exterior...........................................................10
2.2.5. Vantagens........................................................................................................................10
2.2.6. Desvantagem...................................................................................................................11
2.2.7. Teorias do Comércio Exterior.........................................................................................11
2.2.8. Vantagens Absolutas e Comparativas.............................................................................12
2.2.9. Panorama do Comércio Internacional Mundial Globalizado..........................................13
3. Conclusão..........................................................................................................................15
4. Referencia Bibliográfica....................................................................................................16

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1. Introdução
O trabalho aborda a matéria sobre o comercio exterior visto que o comércio exterior existe há
séculos e vem se intensificando com a evolução dos meios de transporte, a globalização e as novas
tecnologias. Podemos resumir a actividade como o conjunto de compras e vendas de bens e
serviços entre empresas e governos de países diferentes – e todos os processos relacionados a essas
transacções. A carreira de comércio exterior é promissora.

Comércio exterior é o conjunto das compras e vendas de bens e serviços feitos entre países.
Quando um país vende um bem ou serviço a outro, a operação é chamada de exportação.
Quando compra de outro país, efectua realiza uma importação. Quando as exportações
superam as importações, a balança é superavitária.

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1.1. Objectivo
1.1.1. Objectivos Geral
 O trabalho tem como objectivo geral abordar sobre o comércio exterior papel do
comércio exterior e teorias de comércio.

1.1.2. Objectivo Especifico


 Conceituar a relação internacional e comércio exterior;
 Identificar as vantagens e desvantagem do papel do comércio exterior;
 Descrever a Teoria do comércio Exterior e as vantagens absolutas;
 Descrever o panorama do comércio internacional;

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FUNDAMENTO TEÓRICO
2. Relações Internacionais
É a condução das relações entre povos, nações e empresas nas áreas política, económica,
social, militar, cultural, comercial e do direito. Este bacharel analisa o cenário mundial,
investiga mercados, risco de conflitos e a situação política das nações, avalia as possibilidades
de negócios, parcerias e cooperação internacional e aconselha investimentos e projectos no
exterior.

Promove entendimentos entre empresas e governos de diferentes países, abrindo caminho


para exportações, importações e acordos bilaterais (entre dois países) ou multilaterais (com
várias nações).  Representa os interesses de um país, estado ou cidade no exterior em
negociações em torno de projectos de intercâmbio e de acções promocionais nas áreas de
turismo, negócios e educacional, entre outras.

Também ajuda empresas estrangeiras a se estabelecerem no país, cuidando de trâmites legais


e propondo mudanças na cultura da organização para que ela se adeque à realidade local,
quando necessário.

A internacionalização da economia amplia o campo de actuação desse profissional, que pode


trabalhar em ministérios, embaixadas, ONGs, prefeituras, governo estadual e empresas
privadas.  Domínio de idiomas, além do inglês, é fundamental para o bom exercício da
profissão.

2.1.1. Diferença entre Relações Internacionais e Comércio Exterior


O profissional de Relações Internacionais conduz as relações entre povos, nações e empresas,
e promove o entendimento para facilitar acordos políticos, militares, económicos e culturais.
Já o profissional de Comércio Exterior se ocupa especificamente do intercâmbio comercial
entre nações, principalmente de compra e vendas entre empresas de diferentes países. Lida
com números, cotações, despacho aduaneiro e contratos. No mercado de trabalho, porém,
podem ser parceiros. Numa negociação comercial, por exemplo, enquanto o especialista em
Relações Internacionais vai actuar na estratégia e planeamento do negócio e na análise do
mercado e sua política externa, o profissional de Comércio Exterior foca no fechamento do
acordo comercial e nos trâmites para a operação se concretizar.

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2.1.2. Mercado de Trabalho
O campo de trabalho do graduado é amplo e oferece as melhores oportunidades na iniciativa
privada, onde é demandado principalmente por instituições financeiras, multinacionais,
câmaras de comércio e associações sectoriais. Isso porque a globalização interconecta as
actividades produtivas e económicas de todas as nações e, para as empresas,
essa internacionalização significa competir em mercados estrangeiros, aproveitando as
melhores chances para colocação de seus produtos. O bacharel está preparado para analisar
essas oportunidades e encaminhar as negociações e o fechamento de acordos internacionais.

O sector público, outro grande empregador, contrata o graduado para assessorar ministérios,
agências, secretarias municipais e estaduais, consulados e outras representações estrangeiras.
“Todos os ministérios têm um departamento de Relações Internacionais que cuida do
relacionamento do órgão com o exterior. Além disso, há um processo de internacionalização
dos sectores públicos, e muitas prefeituras já contam com o profissional no seu quadro de
funcionários”, explica Caroline Pavese, coordenadora do curso de Relações internacionais da
PUC-Minas. A área de ensino é uma possibilidade de actuação.

Por fim, instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e
o Mercado Comum do Sul (Mercosul), e ONGs, principalmente as localizadas nos maiores
centros urbanos, também são empregadoras. Órgãos como o Banco Nacional de
Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) e Fundo Monetário internacional
(FMI) também contratam o graduando. A oferta de vagas é maior no centro-sul do país,
principalmente no eixo Rio-São Paulo e em Brasília, mas há vagas nas capitais do Nordeste.

2.1.3 Comercio Exterior


O Comércio Exterior é uma profissão que envolve operações de compra e venda de insumos,
matéria-prima e produtos entre países diferentes. Quando uma empresa brasileira compra de
uma empresa estrangeira, essa operação é chamada de importação. Quando é a empresa
brasileira que vende para outro país, a operação é chamada de exportação.

Antes de tudo, é preciso entender que Comércio Exterior e Comércio Internacional não são a
mesma coisa, mas é muito comum que a usemos como se fossem sinónimos, inclusive, entre
empresários e gestores. Quando duas empresas em nações diferentes fazem comércio entre si,
isto é, a troca de bens e serviços acontece, devido as diferenças envolvem aspectos sociais e
culturais dos mais variados, além da diferença geográfica, surge o termo Comércio

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Internacional. Este abrange normas internacionais ou supranacionais, com o objectivo de
regulamentar as operações decorrentes do intercâmbio económico financeiro entre os países,
de maneira uniforme, bilateral (dois países) ou mesmo multilateral (vários países).

Quando nos voltamos as regras internas de um país, ou seja, seu ordenamento jurídico
civilizacional, no que concerne as transacções comerciais, logísticas e financeiras  e questões
decorrentes no âmbito da tributação, da fiscalização, da contenção ambiental, da vigilância e
da qualidade, é que nos referimos ao Comércio Exterior.

2.1.4. Áreas de actuação


O mercado de Comércio Exterior, baseado em importações e exportações, necessita atender
especificidades que demandam das empresas profissionais altamente qualificados,
normalmente dominando mais de um idioma (em especial, o inglês), com formações focais ou
especializações complementares. Devido a esse grau de profissionalismo exigido, se
encontram muitas oportunidades, que podem ser agrupadas nas seguintes áreas:

2.1.5. Análise de mercado


Essa é a área responsável por planejar e acompanhar actividades e índices de importação e
exportação, controlar o fluxo documental das operações e dos regimes cambial e alfandegário.
Também cabe a este campo de actuação analisar cenários, tendências e oportunidades de
mercado, determinar os modais de transporte mais adequados e participar no fechamento
contratual de compra e venda internacional. Pode ainda, orientar investimentos no exterior e
promover o relacionamento diplomático entre empresas e governos nos processos de importar
e exportar. Os profissionais responsáveis por fazer tudo isso são o Analista de Comércio
Exterior e o Analista de Relações Internacionais.

2.1.6. Consultoria
Esta área é responsável por formular diagnósticos e soluções nos processos que envolvem o
Comércio Exterior, tais como Marketing, Logística, Negociação, Qualidade e Auditoria, entre
outros. Os objectivos de uma consultoria podem ser os mais variados, indo desde a análise de
mercado a prospecção de fornecedores e oportunidades ou em assessorar a melhoria de um
determinado sector ou processo interno de gestão ou operação. Os consultores normalmente
possuem vasta experiência e formação, que lhes permitem agir de maneira mais cirúrgica.
Como esta área de concentração demanda os mais variados campos do saber, via de regra, o
ponto mais importante para quem deseja actuar com consultoria é se especializar em algo.

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Sugerimos conhecer nosso programa de MBA’s e buscar qual mais se identifique, seguindo
uma linha coerente com sua carreira até aqui.  

2.1.7. Cotação
A Cotação de Frete Internacional ou Frete Marítimo abarca múltiplos conhecimentos:
Logística, contabilidade, Direito, Informática e Inglês. O propósito aqui é proporcionar o
envio ou o recebimento com máxima segurança e agilidade, dentro de uma margem
administráveis de custos. Na prática, qualquer profissional que tenha em sua base de formação
sólidos conhecimentos de Comércio Exterior e suas operações, pode actuar nessa área.

2.1.8. Tributação
A aplicação dos tributos sobre os produtos e serviços de Comércio Exterior, envolvem
impostos, taxas e tarifas em geral. Como os custos de transporte e armazenamento são
imensos e as multas por atraso ou diárias nos portos e navios são altas, se o desembaraço
fiscal não ocorrer de forma eficaz, o lucro pode desaparecer e a transacção acarretar em
enormes prejuízos. Daí, surge a figura do Despachante Aduaneiro, que possui poderes
outorgados pelo exportador ou importador, e tem como missão apresentar a alfândega (ou
aduana, que é a repartição governamental oficial de controle das operações de entrada e saída
de mercadorias do país) os documentos determinados pelas normas tributárias, relativos ao
despacho de importação e exportação.

2.1.9. Gestão
Cabe a Gestão gerências os processos de importação e exportação, de acordo com as
políticas da empresa e dos países correlacionados com as transacções comerciais. O Gerente
de Comércio Exterior deve gerir as equipes e permitir que todas as áreas actuem em
sincronia, acompanhando as rotinas administrativas, cambiais e logísticas, planejando  e
coordenando todos os departamentos. Se relacionar com fornecedores e novos fornecedores,
com o intuito de aumentar o portfólio e administrar as carteiras de produtos e clientes. Fazer
uso de conhecimentos económicos e comerciais com empresas estrangeiras ou governos de
outros países, alinhando de forma estratégica aos interesses da empresa por ele representada,
visando supri-los nos prazos e condições favoráveis ao negócio.  

2.2.1. Logística
Com o crescente número de empresas se internacionalizando ou mesmo quando se trata
daquelas que possuem operações de importação e exportação, a Logística desempenha um

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papel central nas operações, devendo ser pensada na hora de produzir, armazenar e transportar
um determinado bem até seu destino final. Logo, o processo logístico não começa na escolha
do modal de transporte ou no embarque do navio, mas deve-se considerar todas as etapas
logísticas e os cuidados logísticos decorrentes, seja por terra, mar ou ar. Também envolve
uma série de profissionais, do Agente de Carga Internacional aos Gestores de Operações
Portuárias e Logística  Internacional.

2.2.2. Marketing
Como os mercados nacional e internacional possuem grande diferença, de igual forma, é
preciso pensar o Marketing de maneira distinta. O Marketing Internacional busca entender os
mercados internacionais e sua lógica de funcionamento, sobretudo, no aspecto de ambientação
político-social, ou seja, em como determinada sociedade estrangeira funciona internamente e
se relaciona externamente. Se a Logística é responsável pela entrega do produto, o Marketing
será responsável por pensar em como esse produto será adaptado e recebido pelo público-
alvo, sobrepondo as barreiras culturais e linguísticas e o grau de maturidade das personas.

2.2.3. Papel do Comércio Exterior


O comércio exterior desempenha um papel fundamental no equilíbrio macroeconómico e no
próprio crescimento, essencialmente puxado pelas exportações. Todavia, apesar da excelente
performance alcançada nesse item (em 2005, as exportações ultrapassarão com folga o
patamar dos US$ 100 bilhões, um recorde histórico), os analistas são unânimes na afirmação
de que ainda é preciso avançar muito mais. E, para que isso aconteça, num país como o nosso,
de pouca tradição exportadora, é indispensável que todos os envolvidos tenham perfeita noção
dos benefícios do comércio exterior, sejam eles consumidores, empresas ou a própria
população de um modo geral.

A troca de mercadorias entre as nações advém dos primórdios da civilização, mas consolidou-
se mesmo com as práticas mercantilistas na Europa, nos séculos XV e XVI, principalmente
por conta do desenvolvimento da navegação marítima no Oceano Atlântico, que foi
largamente utilizado para o comércio entre Europa, Índia, África e América. O comércio entre
países pode trazer diversos benefícios sociais e económicos, razão por que os governantes de
todas as instâncias precisam estar conscientes e preparados para estimular as actividades
produtivas a participarem do comércio exterior.

Benefícios para os consumidores – É certo que terão acesso a maior diversidade de


mercadorias, pois passarão a contar também com os produtos importados. Assim, melhoram
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suas chances de satisfazer seus desejos e suas necessidades, inclusive podendo dispor de
produtos e serviços que melhor atendam suas expectativas quanto à qualidade e ao preço
desejados.

Ampliação dos mercados consumidores, possibilitando, às empresas exportadoras, ganhos de


escala e aumentos de produtividade em suas actividades, gerando maior eficiência e
competitividade em custos. Acesso a maior diversidade de fornecedores de insumos e
matérias-primas, possibilitando a obtenção de melhores condições de comercialização (preço
e qualidade), novas possibilidades de actividades económicas (novos produtos e serviços) e
maior confiabilidade na relação com fornecedores (formação de parcerias).

Acesso a novas tecnologias e a diferentes e melhores padrões de produção, que os incorporam


na produção local, quer seja através de transferência tecnológica, do aproveitamento de mão-
de-obra especializada local ou mesmo do desenvolvimento de fornecedores locais.

Ampliação do seu fluxo monetário, gerando crescimento e desenvolvimento. O fluxo


monetário se caracteriza pela troca de mercadorias, pelas remessas de capital e de lucros,
pelos investimentos produtivos internacionais ou mesmo pelos financiamentos concedidos por
fontes internacionais. Com o desenvolvimento do país, todos ganham: instituições, empresas,
trabalhadores e consumidores.

Criação de novas alternativas de produção, concentrando actividades em determinados


lugares, de modo que o processo completo se dê com base no trabalho em diferentes países,
permitindo, inclusive, a especialização de cada país por conta da divisão do trabalho, aspectos
tão bem enfatizados pelos economistas Adam Smith e David Ricardo do século XVIII.
Lembrando que a especialização aumenta a produtividade, gerando benefícios para todos os
agentes económicos envolvidos.

Desenvolvimento de oportunidades de negócios vinculadas às peculiaridades de alguns países,


tais como: a abundância ou a diversidade de recursos naturais; a qualificação de
trabalhadores; e as vocações tradicionais, como turismo, entretenimento, comércio ou
fabricação de produtos de alta tecnologia, etc.

A ampliação do contacto entre povos de diferentes etnias e culturas, desenvolvendo


oportunidades e potenciais de negócios vinculados à diversidade cultural.

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2.2.4. Vantagem e Desvantagem do Comercio Exterior
2.2.5. Vantagens
 Uma base para o crescimento internacional;
 Melhor desempenho financeiro
 Risco diversificado
 Maior estabilidade
 Menos concorrência
 Aumento da vida útil
 Melhoria Nacionais
 Uso óptimo dos recursos naturais;
 Disponibilidade de todos os tipos de mercadorias;
 Estabilidade nos preços.

2.2.6. Desvantagem

 Impedimento no Desenvolvimento das Indústrias de Origem;


 Dependência Económica;
 Dependência Política;
 Mis utilização de recursos naturais;
 Importação de Bens Nocivos;
 Armazenamento de mercadorias;
 Perigo para a Paz Internacional;
 Guerras Mundiais;
 Dificuldades em tempo de guerra;

2.2.7. Teorias do Comércio Exterior


O termo "teorias do comércio" refere-se às teorias surgidas a partir de debates da segunda
metade do século XVIII que procuravam sistematizar o funcionamento do comércio
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internacional e influenciaram por conseguinte, a economia moderna. Até aquela época, o
conhecimento que se possuía acerca do comércio exterior tinha origem nos documentos
elaborados por pensadores da escola mercantilista, que justificavam o comércio internacional
pela oportunidade que ele oferecia de se obter um excedente na balança comercial. Objectivo
central consistia no superavit comercial, que deveria ser atingido a qualquer custo. Assim,
para suplantar os velhos e já obsoletos conceitos mercantilistas, surgem teorias de pensadores
no nascente ramo da economia, como Adam Smith, David Ricardo e John Stuart Mill.

Smith, em trabalho originalmente publicado em 1776 desenvolveu a teoria das vantagens


absolutas como base do comércio internacional. A vantagem absoluta obtida por uma
determinada nação, de determinado bem resulta de uma maior produtividade, ou, em outras
palavras, utilizando uma menor quantidade de insumo para produzir esse bem enfrentando
menores custos. Pensava Smith não ser sempre necessário que um país obtenha excedentes de
comércio exterior para que as trocas comerciais internacionais sejam vantajosas, e que as
trocas voluntárias entre países podem beneficiar todos aqueles envolvidos na operação. Esta
última ideia representa um importante ponto de ruptura com toda lógica mercantilista. Não há
que se buscar eternamente, a todo o momento, o superavit nas trocas comerciais.

2.2.8. Vantagens Absolutas e Comparativas


A história das teorias do comércio começa com a obra de Adam Smith, A Riqueza das Nações
(1776), escrita contra a visão mercantilista. Esta via o comércio internacional como um jogo
de soma zero, isto é, um ganha e o outro perde; e para a riqueza da nação, a receita era
exportar mais e importar menos. Essa ideia de manter a balança sempre em superávit, reductio
ad absurdum, significa a anulação do comércio internacional, simplesmente porque se todos
os países seguissem essa lógica, resolvendo exportar, não haveria quem comprasse, não
haveria mercado.

Adam Smith procurou demonstrar que havia possibilidades de ganhos globais no comércio
internacional, não focando nos interesses dos Estados, e sim nas necessidades dos agentes
económicos. Para tal, ele baseou sua análise na teoria do valor trabalho, segundo a qual, é o
trabalho quem determina o valor dos bens; ou seja, o preço de um bem está determinado pelo
custo necessário para produzi-lo, que, por sua vez, é determinado pela produtividade do
trabalho as horas necessárias para produzi-lo.

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Seguindo essa lógica, que orientará todo o percurso futuro das demais teorias, clássicas e
neoclássicas, o país que tivesse vantagem absoluta (isto é, definido apenas no valor de horas
trabalho) para produzir determinado bem com menos custo, poderia ofertá-lo no mercado
internacional por um preço menor. Por outro lado, ele importaria aquilo no qual tivesse
desvantagem.

Ao considerar o trabalho como o elemento diferenciador, o elemento determinante dos custos,


e por conseguinte do comércio internacional, essa teoria pressupõe que todos  os outros países
tem pleno acesso aos demais factores de produção (terra, capital, insumos, além do trabalho),
a concorrência é perfeita, não há limitações institucionais e, como apontou David Ricardo
(1817), há perfeita mobilidade dos factores de produção.

No pensamento ricardiano, representado pela sua famosa teoria dos custos comparativos,  o


comércio é dado pelo diferencial de preços relativos, não absolutos, entre os países. Desse
modo, pode haver países que tenham vantagens absolutas em todos os sectores, mas que em
alguns sectores eles terão vantagens relativamente maiores, em comparação com os demais
sectores e com os demais países. O cálculo para se saber qual de dois bens tem um custo de
produção menor se dá ao dividir-se o número de horas necessárias para se produzir o bem A,
pelo num de horas para produzir o bem B, e essa mesma relação aplicada com os valores do
outro país. O resultado menor determina o custo de oportunidade mais baixo. Isso implica
uma especialização maior nesse bem. Os ganhos compensarão até a importação do outro bem.

Essa ideia de vantagem comparativa, ou seja, de um valor não mais absoluto, nominal, mas
sempre relativo, é que determinará os preços no comércio internacional e embasará as teorias
seguintes na defesa do livre comércio. Além disso, David Ricardo afirmou que essas
variações nos custos de produção eram resultado das diferenças tecnológicas entre os países.
Estas determinariam uma maior ou menor produtividade. Ou seja, ele deu uma explicação
mais estrutural, mais ampla que apenas o valor trabalho, para o factor determinante da
diferença dos custos, e, claro, por conseguinte, para o comércio internacional.

2.2.9. Panorama do Comércio Internacional Mundial Globalizado


A globalização dos mercados mundiais tem sido, em grande parte, impulsionada pelo rápido
crescimento do sector de serviços. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os serviços colaboram com aproximadamente dois
terços da actividade económica mundial e contribuem com mais de 60%.
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O aumento da exportação de serviços, sobretudo aqueles de maior valor agregado – software,
projectos, construção, telecomunicações – reflecte a capacidade do País em enfrentar com
êxito desafios tecnológicos. Contribui para uma maior penetração de produtos brasileiros nos
mercados exteriores e, consequentemente, alavanca a imagem do Brasil nos mercados
mundiais. Além disso, quando os serviços são resultados do esforço humano (físico e mental)
atribuem aos seus promotores, estatuto de competência diferenciado.

De acordo com a pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP),


Anita Kon, os serviços podem ser considerados como elemento indutor do desenvolvimento
económico dos países. Seu ápice ocorreu principalmente na América Latina, na segunda
metade do século XX, e se estende até os dias actuais. Essa afirmação pode ser observada no
trabalho desenvolvido por ela, intitulado “O Comércio Internacional da Indústria de Serviços:
os Impactos no Desenvolvimento de Países da América Latina”. Nele, a pesquisadora lembra
a ideia anterior de que o papel dos serviços era secundário e obscurecido pelo impacto visível
da maior importância das manufacturas sobre a geração de renda e empregos. Nessa época, os
serviços foram tradicionalmente considerados como desempenhando um papel subordinado,
que se tornava visível apenas enquanto o sector manufactureiros o fosse.

Já em 2006, o relatório preliminar da Organização Mundial do Comércio (OMC) “World


Trade 2006, Prospects for 2007”, reforçava a importância do sector de serviços nas
exportações. Esse ano, o Brasil foi responsável por 0,84 % da corrente global de comércio de
serviços e o sector exportou 18 bilhões de dólares, registou um aumento de 21% em relação a
2005, além disso, importou 27 bilhões de dólares (aumento de 20% em relação a 2005).

Esses dados representam um avanço significativo no sector de serviços quando analisados do


ponto de vista de controle de mercados. Os valores observados são resultados da intervenção
directa das empresas brasileiras nos mercados exteriores, que foram superiores aos 11% de
aumento nas exportações brasileiras de mercadorias.

O sector cresce graças aos vários incentivos de instituições. Podemos citar o apoio da Câmara
de Exportação de Serviços e do Siscoserv (Sistema Integrado de Comércio Externo de
Serviços), criado em 2006 com a missão de fornecer estatísticas fiéis ao mercado. Já o sector
de Tecnologia da Informação tem sido impulsionado pelo Regime Especial para Plataforma
de Exportações de Serviços de TI, que isenta as empresas de software da cobrança de

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impostos (PIS e Cofins), em contrapartida a empresa precisa exportar 80% da sua receita
bruta anual.

Porém, vale ressaltar que mesmo com todo esse crescimento ainda é necessário adoptar
políticas de apoio e incentivo à exportação de serviços brasileiros. Seja por meio de incubação
empresarial com foco em empresas de serviços, ou apoio financeiro à formação e ao
desenvolvimento empresarial, como por exemplo, incentivo à participação em feiras e
congressos. Essas medidas beneficiam todas as empresas, empresários, empregados.

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3. Conclusão
Terminado o trabalho concluiu se que ele incentiva o desenvolvimento do país por inúmeros
motivos comentados neste artigo. Tal necessidade se dá pelo ciclo virtuoso que ele gera pois,
pela troca de produtos e tecnologias, há a geração de  novos empregos, conhecimento e, com
isso, um país mais rico (em todos os sentidos).

Com a globalização, o mundo se encontra mais conectado e, justamente por isso, as pessoas e
as mercadorias circulam com maior facilidade e agilidade entre as fronteiras de países e de
continentes. É disso que se trata o Comércio Exterior que, como o próprio nome já diz, se
refere à troca de produtos e serviços entre países, seja na compra (importação) e/ou na venda
(exportação), englobando todos os procedimentos necessários para sua realização.

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4. Referencia Bibliográfica
Abratec. Movimento de 3,6 milhões em 2007, São Paulo, 2003. Disponível em: Acesso em:
fev 2004.

Alaby, M. A. A Importância da Logística para o Comércio Exterior, Brasília, fev 2003.


Disponível em: Acesso em: 12 ago 2003. Ballou, R. H. Logística Empresarial – Transportes,
Administração de Materiais e Distribuição Física. São Paulo: Atlas, 1993. p. 19 – 376.

Bowersox, D. J.; Closs, D. J. Logística Empresarial. O Processo de Integração da Cadeia de


Suprimento. São Paulo: Atlas, 2001. p. 122-133. Canuto, O. Comércio Exterior. São Paulo,
2003. Disponível em Acesso em: 12 ago 2003.

Coelho, C. N. Uma Nova Política de Comércio Exterior, Brasília, 11 ago 1997. Disponível em
Acesso em: 12 ago 2003.

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Aduaneiras, 2000. p. 30 – 81.

Cortiñas; J. M. L.; Gama, M. Comércio Exterior Competitivo. São Paulo: Aduaneiras, 2000.
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Janeiro: BNDES, 1996.

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