Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Atualização
do Mapeamento
da Cadeia Produtiva da
Indústria Eólica no Brasil
PRODUTO
6.1
Atualização
do Mapeamento
da Cadeia Produtiva da
Indústria Eólica no Brasil
PRODUTO
6.1
Ficha Técnica
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
Presidente Presidente
Michel Temer Carlos Ivan Simonsen Leal
Presidente Especialista
Luiz Augusto de Souza Ferreira Vivian Sebben Adami
Equipe Técnica
Jorge Luis Ferreira Boeira (Responsável)
Carlos Vinícius Frees
Sumário
01 Introdução......................................................................................................... 06
1.1 Metodologia .......................................................................................................... 10
05 Referências Bibliográficas.......................................................................... 94
01
CAPÍTULO 01 | INTRODUÇÃO 7
Introdução
8 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
01. Introdução
EM 2016, O NÚMERO DE De acordo com o levantamento realizado pela ABDI (2014),
a cadeia produtiva de energia eólica do Brasil era formada
EMPREGOS DIRETOS NO por 79 indústrias diretamente relacionadas ao setor, as
TRABALHO DE MAIS DE 150 MIL de serviços, o Brasil possuía pelo menos 150 empresas que
atendiam ao setor abrangendo atividades desde o desen-
POSTOS, CONSIDERANDO QUE volvimento de projetos, pré-construção, construção, opera-
1. 1 O CEE – Conselho de Energia Eólica da Abimaq foi criado em 2011 com o objetivo de desenvolv-
er ações de cunho institucional e mercadológico, que possam resultar uma maior participação da indústria
nacional nos investimentos que acontecem no País no segmento de geração de energia por fonte eólica.
1. 2 ANEEL - dados de usinas de todas as fontes em operação e construção; CCEE - dados de comer-
cialização e geração eólica, e dados de leilão de energia; EPE - dados de vento e dados de consumo de energia;
MCTI - dados de emissão de CO2; BNEF - dados de investimento global e dados gerais mundiais; GWEC - da-
dosOgerais
1. CEE –mundiais
Conselho anuais e posicionamento
de Energia do Brasilfoi
Eólica da Abimaq nocriado
mundo;em MME
2011- dados
com odeobjetivo
oferta interna de energia,
de desenvolv-
projeções,
er ações deanálises
cunhomundiais e outros
institucional quando disponibilizados;
e mercadológico, que possam ONS - dadosuma
resultar de desempenho operacional
maior participação da das
usinas eólicas
indústria no Sistema
nacional Interligado Nacional
nos investimentos (SIN)
que acontecem no País no segmento de geração de energia por
fonte eólica.
2. ANEEL - dados de usinas de todas as fontes em operação e construção; CCEE - dados de comer-
cialização e geração eólica, e dados de leilão de energia; EPE - dados de vento e dados de consumo de
energia; MCTI - dados de emissão de CO2; BNEF - dados de investimento global e dados gerais mun-
diais; GWEC - dados gerais mundiais anuais e posicionamento do Brasil no mundo; MME - dados de
oferta interna de energia, projeções, análises mundiais e outros quando disponibilizados; ONS - dados
de desempenho operacional das usinas eólicas no Sistema Interligado Nacional (SIN)
10 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
Metodologia
O presente estudo tem as mesmas delimitações definidas no levantamento de 2014, isto
é, contempla a cadeia produtiva apenas para aerogeradores de grande porte (> 1 MW)
para parques onshore.
3. http://www.abdi.com.br/Paginas/noticia_detalhe.aspx?i=4282
CAPÍTULO 01 | INTRODUÇÃO 11
FIGURA 1.1.1
PRODUÇÃO DO AEROGERADOR
PRODUÇÃO DE
MONTAGEM
COMPONENTES
Desenvolvimento do
Produção de pás,
projeto do AER e
torres, partes
da naceles, ...
montagem da nacele CADEIA DE BENS E SERVIÇOS
ASSOCIADOS A CONSTRUÇÃO
E O&M DO PARQUE
FORNECEDOR DE FORNECEDOR DO
COMPONENTES AEROGERADOR EXECUÇÃO
PRODUÇÃO
DO PROJETO
(GERAÇÃO
Transporte comp., obras DE ENERGIA)
civis e infra-estrutura,
operação e
CADEIA DE SERVIÇOS instalação do
manutenção da usina
ASSOCIADOS AO AER....
DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS
EXECUTOR PRODUTOR
PROSPECÇÃO DE DO PROJETO DE ENERGIA
OPORTUNIDADES EÓLICAS
DESCOBERTA E DEFINIÇÃO DO
GARANTIA DA LEIAUTE DO
OPORTUNIDADE PROJETO
Prospecção da Levantamento do
localidade, acordo com potencial e restrições,
proprietário do terremo elaboração e ajuste
e autoridades locais do leiaute
PROMOTOR
CONSULTOR
(DESENVOLVEDOR)
DE PROJETOS
DE PROJETOS
É importante frisar que apesar dos esforços e inúmeros reenvios e follow-ups rea-
lizados, houve baixo volume de questionários recebidos. Houve dificuldades com
as bases de dados de contatos utilizadas (contatos não mais ativos, ou números
de telefone/e-mails desatualizados, por exemplo), o que demandou uma série de
contatos adicionais na busca da identificação de possíveis respondentes. Outra difi-
culdade foi a resistência das empresas a disponibilizarem informações consideradas
confidenciais, como faturamento anual e valores de bens e serviços, assim como
identificar fornecedores pouco conhecidos, os quais foram desenvolvidos de forma
“exclusiva” pela empresa. A maior parte das devolutivas veio das montadoras e de
fabricantes de componentes / subcomponentes. Desta maneira, as informações
obtidas referentes a cadeia de bens e serviços associadas a construção dos parques
e desenvolvimento de projetos foram bastante limitadas.
Um descritivo dos itens que compõem a cadeia produtiva de bens e serviços, incluindo
ainda as diferentes tipologias de aerogeradores, parte integrante do estudo anterior-
mente realizado pela ABDI (2014), encontra-se no Anexo 1, a fim de servir de base de
referência técnica para o conteúdo deste relatório.
14 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
02
CAPÍTULO 01 | INTRODUÇÃO 15
Fabricantes
Nacionais de
Aerogeradores,
Componentes e
Subcomponentes
16 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
QUADRO 2.1
FABRICANTE
DIVISÃO DO DIVISÃO FABRICANTE DO SUBCOMPONENTE/INSUMO
COMPONENTE
FLANGES
TINTAS
CONCRETO
MOLDES
TORRE DE ESTRUTURAS PARA
INSERTOS METÁLICOS
CONCRETO TORRES DE CONCRETO
TORRE CABOS DE AÇO DE PROTENSÃO
ELEVADOR
ESCADA
PLATAFORMA
ELEMENTOS INTERNOS
DAS TORRES SUPORTES E ACESSÓRIOS
ILUMINAÇÃO
RESINA POLIÉSTER
RESINA EPÓXI
FIXADORES E PORCAS
FIXADORES (ADESIVOS)
SISTEMA ANTI-RAIO
18 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
FABRICANTE
DIVISÃO DO DIVISÃO FABRICANTE DO SUBCOMPONENTE/INSUMO
COMPONENTE
CARENAGEM
PAINEL DE CONTROLE
ROLAMENTO
SUBCOMPONENTES E
CUBO SERVIÇOS DE PINTURA
ROTOR INSUMOS PARA O CUBO
(MONTADORAS) SERVIÇOS DE USINAGEM (PODENDO INCLUIR PINTURA)
SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO
CARENAGEM CARENAGEM
EIXO
EIXO PRINCIPAL (MAIN
LUBRIFICANTES
SHAFT)
SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO
NACELE
NACELE BASTIDOR
(MONTADORAS)
PARAFUSOS ESTRUTURAIS
ELEMENTO ESTRUTURAL
QUADRO PRINCIPAL
QUADRO TRASEIRO
QUADRO TRASEIRO
PAINEL DE CONTROLE E
PAINEL DE CONTROLE E PROTEÇÃO
PROTEÇÃO
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 19
FABRICANTE
DIVISÃO DO DIVISÃO FABRICANTE DO SUBCOMPONENTE/INSUMO
COMPONENTE
SEMICONDUTOR DE
SEMICONDUTOR DE POTÊNCIA
POTÊNCIA
SISTEMA DE
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
REFRIGERAÇÃO
SISTEMA DE
TRAVAMENTO DO SISTEMA DE TRAVAMENTO DO ROTOR (ROTOR LOCK)
ROTOR (ROTOR LOCK)
ENGRENAGEM
FREIOS
MOTORREDUTOR
SISTEMA DE YAW
PAINEL DE CONTROLE DO YAW
REDUTOR
SUBCOMPONENTE
AEROGERADOR COM GERADOR
CAIXA
BOBINAS
RESINA DE IMPREGNAÇÃO
TALHA TALHA
TRANSFORMADOR TRANSFORMADOR
USINAGEM USINAGEM
Fabricantes de Aerogerador
(Montadoras)
Os fabricantes de aerogeradores são comumente produzir naceles para uma quantidade equivalen-
chamados de montadoras, pois em grande te a cerca de 600 MW (aproximadamente 300
parte recebem componentes fabricados por unidades/ano), ante 400 MW (aproximadamente
outras empresas e realizam a integração dos 200 unidades/ano) de capacidade em 2014. Os
sistemas. A integração total do aerogerador investimentos no empreendimento somaram
acontece diretamente no parque eólico, pois cerca de R$ 30 milhões (PETRONOTÍCIAS,
nesse momento é realizada a montagem da 2015). Em junho de 2016 foi anunciada ao mer-
torre e são acoplados o cubo, as pás e a nacele. cado brasileiro a fusão entre a SIEMENS (59% do
Suas unidades fabris se dedicam geralmente à capital) e a GAMESA (41% do capital), resultando
montagem da nacele e do cubo do rotor, podendo na SIEMENS GAMESA Renewable Energy, uma
incluir também, no caso de maior verticalização, a empresa com um total de capacidade instalada
fabricação das torres e das pás. mundial de 69 GW (ESTADÃO, 2016).
FIGURA 2.1.1
500
500
24
0
2014 2015 2016 2017
QUADRO 2.1.1
ACCIONA
AEROGERADOR AW-116
WINDPOWER
3MW, AW-125 3MW, AW- Via das Torres, 646 - Cia Sul SIMÕES FILHO BA nordex-online.com
BRASIL ("FUSÃO"
125 3,15MW
COM NORDEX)
VESTAS DO BRASIL
AEROGERADOR V110
ENERGIA EOLICA BR-116, 1517 - Verife ITAITINGA CE vestas.com
2.0MW, V110 2.2MW
LTDA (NOVO)
Obs.: As montadoras em negrito ou sofreram processos de compra/fusão ou ainda não estavam credenciadas no levantamento de 2014 – “novo”
(ABDI, 2014).
24 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
Observa-se que a capacidade produtiva total das no ano anterior a esta data. O gráfico da Figura
montadoras praticamente não se alterou com as 2.1.2 apresenta o comparativo teórico capaci-
mudanças que aconteceram no cenário nacional, dade versus demanda em unidades de aerogera-
se mantendo ao redor de 1500 unidades ou dores para o período 2014 a 2018. Na prática, a
aproximadamente 3500 MW/ano. Com relação à produção do volume de 2017 foi antecipada em
demanda anual por aerogeradores, uma estima- anos anteriores, não havendo falta de capacida-
tiva pode ser feita a partir dos volumes contrata- de naquele ano (pequeno pico no gráfico acima
dos nos leilões de energia, levando-se em conta a da capacidade instalada). Percebe-se, portanto,
data prevista de início de operação e consideran- em geral, uma capacidade da cadeia bastante
do-se que os aerogeradores serão produzidos superior à demanda.
FIGURA 2.1.2
1800
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
2014 2015 2016 2017 2018
Obs.: Volume em MW convertidos em aerogeradores considerando-se potência média de 2,3 MW por aerogerador. Não estão consideradas de-
mandas provenientes de outros tipos de contrato.
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 25
Fabricantes de Torre
Diversas mudanças ocorreram também no de 2016, cujas instalações têm em torno 14.000
âmbito dos fabricantes de torres. A ENGEBASA, m², em uma área total de 147.327,12 m². Segundo
que havia investido cerca de R$ 76 milhões na a empresa, a fábrica foi projetada para a produção
construção de uma segunda unidade produtiva tanto de torres de aço quanto de concreto, sendo
em Guaíba, no Rio Grande do Sul, não teve a que atualmente a fábrica produz os segmentos
necessária demanda para viabilizar projetos de de aço que compõem o topo das torres de seus
modo a ocupar a capacidade desta nova unidade e aerogeradores. A WOBBEN utiliza tecnologia de
acabou arrendando-a para a WOBBEN em 2016. torres híbridas, sendo a parte de baixo da torre
A WOBBEN iniciou a operação da Fábrica de de concreto e os segmentos finais, no topo, de aço
Torres Guaíba - FTG (Figura 2.2.1) em setembro (WOBBEN WINDPOWER, 2016).
FIGURA 2.2.1
FIGURA 2.2.2
EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA DE TORRES DE AÇO NO PERÍODO 2014 A 2017 - CAPACIDADE TOTAL DE
1190 UNIDADES
600
600
500
450
400
Unidades
300
120
100 100
100
50
0 0 0 0 0
0
GESTAMP TORREBRAS ENGEBASA ALSTOM INTECNIAL SCS A BRASIL SAT T.E.N.
2014 2017
A fabricação das torres de aço cônicas denominados seções ou tramos. Uma vez
envolve basicamente operações de caldeira- fabricados os tramos, estes são submetidos
ria – corte das chapas, dobramento e solda. a processos de preparação superficial e
As torres são produzidas em três ou quatro acabamento tais como: jateamento abrasivo,
segmentos, conforme projeto da montadora, metalização e pintura (externa e interna).
28 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
FIGURA 2.2.3
QUADRO 2.2.1
FABRICANTE
DESCRIÇÃO DO ITEM
RAZÃO SOCIAL CIDADE UF SITE
(CONFORME CADASTRO FINAME)
OU NOME FANTASIA
ENGEBASA MECANICA
E USINAGEM LTDA
TORRE EOLICA - TUBULAR METALICA CUBATÃO SP .engebasa.com.br
CABO DE
GESTAMP WIND STEEL
PERNAMBUCO S/A
TORRE EOLICA - TUBULAR METALICA SANTO PE gestampren.com
AGOSTINHO
SCS SOLUCOES,
CONSTRUCOES TORRE EOLICA - TUBULAR METALICA MIRASSOL SP http://www.icec.com.br/
E SISTEMAS LTDA
TORRES EOLICAS DO
www.windair-
BRASIL LTDA TORRES EOLICAS - TORRE DE ACO CAMAÇARÍ BA
renovables.es
(TORREBRAS)
TORRES EOLICAS DO
NORDESTE S/A
TORRE EÓLICA - 89M JACOBINA BA www.ten.ind.br
QUADRO 2.2.2
CONFER CONSTRUTORA
FERNANDES LTDA (NOVO)
NÃO SE APLICA RIO GRANDE RS conferconstrutora.com.br
cortezengenharia.com.br/
CTZ EOLIC TOWER NÃO SE APLICA FORTALEZA CE
ctz-eolic-tower
NORDEX - ACCIONA
NÃO SE APLICA (MÓVEL) nordex-online.com
(NOVO)
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014).
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 31
Fabricantes de Pás
Em 2017 o País continua contando com quatro fa- No final de 2016 a GE anunciou aquisição mun-
bricantes de pás eólicas: a WOBBEN, que fabrica dial da dinamarquesa LM Wind Power, a maior
apenas para seu próprio consumo (local e expor- fabricante de pás eólicas do mundo, por 1,65
tação); a TECSIS; a AERIS e a LM Wind Power. bilhão de dólares. Conforme comunicado da em-
A AERIS teve um crescimento significativo nos presa, a intenção da GE com a aquisição é captu-
últimos quatro anos. A expansão de seu portfólio rar uma maior fatia do mercado global de energia
de clientes mais que triplicou sua capacidade em renovável, além de permitir
relação a 2014. Para atendimento às demandas a internalização da tecnolo-
da VESTAS, por exemplo, a AERIS construiu uma gia para design e produção
A PÁ É O
unidade específica em seu site no Pecém (CERNE, de pás, e com isto, reduzir COMPONENTE DE
2015) e contratou cerca de 400 funcionários para os custos dos aerogerado-
sua operação. Atualmente a empresa se prepara res. Cabe ressaltar que a pá
MAIOR CUSTO DO
para atender também ao mercado externo. A é o componente de maior AEROGERADOR
WOBBEN, que também tem uma unidade para custo do aerogerador e
fabricação de pás no Pecém, fornece a partir des- de maior impacto em seu
E DE MAIOR
se site as pás destinadas aos parques brasileiros, desempenho (RECHARGE IMPACTO EM SEU
enquanto que a unidade de Sorocaba é dedicada WIND, 2016). A GE pre-
exclusivamente à exportação. tende manter a LM Wind
DESEMPENHO
Power como uma unidade
A TECSIS inaugurou em 2016 uma nova uni- independente, isto é, podendo fornecer a outras
dade em Camaçari/BA voltada, à princípio, ao montadoras de aerogeradores (AMBIENTE
atendimento do mercado nacional, enquanto ENERGIA, 2016).
as unidades de Sorocaba produziam pás prin-
cipalmente para exportação. Foram previstos Outra movimentação internacional envolvendo
investimentos em Camaçari da ordem de R$ 220 tecnologia de desenvolvimento e fabricação de
milhões, para uma capacidade produtiva de 2,5 pás eólicas foi anunciada no início deste ano, entre
mil pás/ano, em 12 linhas de produção, empre- a NORDEX e a dinamarquesa SSP Technology.
gando cerca de 6000 funcionários. Atualmente A NORDEX, que já era parceira de longa data da
esta unidade tem três linhas operativas (três SSP, decidiu adquirir esta última dentro de sua
moldes). Recentemente, porém, a empresa fina- estratégia de crescimento. A SSP é detentora de
lizou seus contratos com seu até então principal inúmeras patentes para a produção de pás eólicas
cliente (GE), o que resultou no fechamento das e deve fortalecer a capacidade inovativa da NOR-
unidades produtivas de Sorocaba e na demissão DEX-ACCIONA (RECHARGE WIND, 2017).
de um grande número de funcionários. Foram
transferidas para Camaçari a planta de corte e A Figura 2.3.1 apresenta a evolução da capacida-
de montagem de kits que ficavam em Sorocaba. de produtiva nacional de pás eólicas.
A TECSIS concentra agora sua produção em
Camaçari e busca por oportunidades em outros
mercados para sua melhor ocupação.
32 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
FIGURA 2.3.1
6000
6000
5000
4000
Unidades
3000
2500
2000
2000
1500 1500
1000 1000
1000
400
0
TECSIS WOBBEN LM WIND POWER AERIS
2014 2017
Em relação a 2014, observa-se, portanto, uma Especialistas do setor consideram haver algum risco
redução na capacidade produtiva de pás em no médio prazo para as montadoras clientes da LM,
cerca de 2.000 unidades, ou mais, impactada apesar da posição da GE em manter a empresa in-
pelo fechamento das unidades da Tecsis em dependente (RECHARGE WIND, 2016b). Algumas
Sorocaba. Cabe considerar que o total de 7.000 montadoras também têm receio de que informações
unidades apontado para 2017, ainda não é sobre seus preços, desenhos e especificações técni-
real, uma vez que a unidade da Tecsis em Cama- cas das pás, acessíveis aos fabricantes de suas pás,
çari não estaria em condições de fabricar sua possam vir a ser do conhecimento da GE. O Quadro
capacidade prevista. Há ainda que se considerar 2.3.1 apresenta os fabricantes de pás eólicas com
o impacto da aquisição da LM pela GE. fábricas instaladas no País e os respectivos modelos
de pás credenciados no FINAME/BNDES.
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 33
QUADRO 2.3.1
FABRICANTE
DESCRIÇÃO DO ITEM
RAZÃO SOCIAL OU NOME CIDADE UF SITE
(CONFORME CADASTRO FINAME)
FANTASIA
SOROCABA SP
WOBBEN WINDPOWER
INDUSTRIA PÁ PARA AEROGERADOR EÓLICO - E-92 wobben.com.br
E COMERCIO LTDA
CAUCAIA (PECÉM) CE
Fabricantes de Subcomponentes,
Insumos e Elementos Internos
para Torres
A metodologia para credenciamento na FINAME A GERDAU também fornece barras laminadas
do BNDES exige a fabricação das torres eólicas no para fabricação de flanges caldeiradas e soldadas
Brasil, em unidade própria ou de terceiros, com, pelo a partir de suas unidades em Pindamonhangaba/
menos, 70% em peso das chapas de aço fabrica- SP e Charqueadas/RS. Cabe ressaltar que a GER-
das no País ou concreto armado de procedência DAU desenvolveu um produto específico para o
nacional, com, pelo menos, 60% da quantidade dos setor eólico, o aço 42CrMo4 modificado, criado
forjados de procedência nacional e com utilização para uso na produção dos fixadores. Segundo a
dos componentes internos de procedência nacio- empresa, este aço traz competitividade à cadeia,
nal – plataformas, escadas, suportes, guarda corpo, pois atende ao elevado grau de exigência de pro-
eletro dutos, parafusos. Ainda, o elevador da torre é priedades mecânicas a um menor custo, fazendo
item da Tabela 1, Tipo B (BNDES, 2012), elegível de frente às demais opções de produtos encontrados
nacionalização conforme critérios da metodologia. no mercado mundial.
Atualmente estão credenciados no FINAME quatro A GRI FLANGES BRAZIL, pertencente ao grupo
fabricantes de elevadores – ARTAMA, HAILO, espanhol GESTAMP, investiu R$ 81 milhões em
AVANTI e POWER CLIMBER, enquanto que em unidade no Complexo Industrial Portuário de
2014 havia apenas fabricantes em processo de Suape com capacidade de produção anual de 6,5
nacionalização. Ainda em relação ao mapeamento mil flanges, com geração de cerca de 80 empre-
de 2014, os seguintes novos fabricantes foram gos diretos. A unidade foi inaugurada em 2015
identificados: a GERDAU, como fornecedora de e a produção atende exclusivamente o mercado
chapas grossas para a estrutura das torres de aço, brasileiro, mas há possibilidade de expansão para
a partir de sua usina em Ouro Branco/MG; a GRI atendimento do mercado internacional. Outra
FLANGES BRAZIL; a METALBRAX, a TECNOFIX possibilidade considerada pela empresa é atuação
e a METALTORK, na fabricação de fixadores; a na área de fundição, único segmento do grupo
ENGEBASA na fabricação GRI que não tem atividade local. Os 80 empre-
de elementos internos e gados da unidade de flanges foram treinados por
PARA ATENDER AO portas e escotilhas, substi- 15 gestores da planta da Zestoa, na Espanha, que
tuindo importações; a WIND fabricaram as primeiras peças (DIÁRIO DE PER-
FINAME OS FLANGES RIDLOFF como fornecedora NAMBUCO, 2015). Os flanges fabricados pela
UTILIZADOS NAS de sistemas de protensão GRI são do tipo com costura, obtidas pelo pro-
para torres de concreto; a cesso de calandragem, diferente do processo de
TORRES DEVEM SER ALUSTAR, na fabricação de laminação utilizado na fabricação de rolamentos
PELO MENOS 60% internos de alumínio e a (sem costura). Para atender ao FINAME os flanges
BARGA na elaboração dos utilizados nas torres devem ser pelo menos 60%
DE PROCEDÊNCIA kits de montagem das estru- de procedência nacional. A Figura 2.4.1 apresenta
NACIONAL turas internas de torres. uma visão da fábrica de flanges da GRI.
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 35
FIGURA 2.4.1
QUADRO 2.4.1
FABRICANTE
SUBCOMPONENTE/ RAZÃO SOCIAL
CIDADE UF SITE OBSERVAÇÕES
INSUMO OU NOME
FANTASIA
METALBRAX
GUARULHOS SP metalbrax.com.br
(NOVO)
TECNOFIX
JABAQUARA SP grupotecnofix.com.b
(NOVO)
FIXADORES METALTORK
DIADEMA SP metaltork.com.br
(NOVO)
ALUS
ENGEBASA
PORTAS / ESCOTILHAS CUBATÃO SP engebasa.com.br
(NOVO)
RENNER
CURITIBA PR renner.com.br
COATINGS
INTERNATIONAL
TINTAS SANTO ANDRÉ SP international-pc.com
(AKZO NOBEL)
JOTUN
ITABORAÍ RJ jotun.com
(NOVO)
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014)
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 37
QUADRO 2.4.2
FABRICANTE
SUBCOMPONENTE/ RAZÃO SOCIAL
CIDADE UF SITE
INSUMO OU NOME
FANTASIA
CSM
MOLDES SCHROEDER SC csm.ind.b
(NOVO)
INSERTOS METÁLICOS
RUDLOFF WIND TORRES EÓLICAS
SÃO PAULO SP rudloff.com.br/wind/
(NOVO)
VARGEM GRANDE
MC-BAUCHEMIE BRASIL SP mc-bauchemie.com.br
ADITIVOS PARA PAULISTA
CONCRETO E ADESIVOS
(MONTAGEM E REPARO
DE PRÉ-MOLDADOS) BASF - CONSTRUCTION CHEMICALS
SAO PAULO SP basf-cc.com.br
(NOVO)
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014)
38 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
QUADRO 2.4.3
FABRICANTE
DESCRIÇÃO DO ITEM
SUBCOMPONENTE/ RAZÃO SOCIAL
(CONFORME CADASTRO CIDADE UF SITE
INSUMO OU NOME
FINAME)
FANTASIA
ELEVADOR DE
ARTAMA CREMALHEIRA PARA
METALMECANICA TORRES EOLICAS; JARAGUÁ
SC artama.com.br
LIMITADA SERVIÇO A CABO PARA DO SUL
(NOVO) AEROGERADORES -
GWB300
POWER CLIMBER
JABOATAO
COMERCIO DO
ELEVADOR EOLICA DOS PE powerclimberwind.com
BRASIL S.A.
GUARARAPES
(NOVO)
hailo.com.br
HAILO JAGUARIÚNA SP
hailo-professional.de
SÃO
ALUSTAR
BERNARDO SP
(NOVO)
DO CAMPO
CABO DE ibarga.com/pt/
BARGA
SANTO PE componentes_
(NOVO)
AGOSTINHO aerogeneradores2.asp
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 39
FABRICANTE
DESCRIÇÃO DO ITEM
SUBCOMPONENTE/ RAZÃO SOCIAL
(CONFORME CADASTRO CIDADE UF SITE
INSUMO OU NOME
FINAME)
FANTASIA
ENGEBASA
CUBATÃO SP engebasa.com.br
(NOVO)
SÃO
ALUSTAR
BERNARDO SP amelhorescada.com.br
(NOVO)
DO CAMPO
AVANTI BRASIL
SISTEMAS EOLICOS EUSÉBIO CE pb.avanti-online.com
(NOVO)
PLATAFORMA
CABO DE ibarga.com/pt/
BARGA
SANTO PE componentes_
(NOVO)
AGOSTINHO aerogeneradores2.asp
hailo-professional.de/
HAILO JAGUARIÚNA SP prof_public/content.
php?t=30&nav=2
FABRICANTE
DESCRIÇÃO DO ITEM
SUBCOMPONENTE/ RAZÃO SOCIAL
(CONFORME CADASTRO CIDADE UF SITE
INSUMO OU NOME
FINAME)
FANTASIA
CABO DE
BARGA
SANTO PE barga-brasil.com.br
(NOVO)
AGOSTINHO
SUPORTES E
ACESSÓRIOS
ENGEBASA
CUBATÃO SP www.engebasa.com.br
(NOVO)
hailo-professional.de/
HAILO JAGUARIÚNA SP prof_public/content.
php?t=30&nav=2
ARTAMA
METALMECANICA JARAGUÁ
SC artama.com.br
LIMITADA DO SUL
SISTEMAS DE (NOVO)
PROTEÇÃO CONTRA-
QUEDAS / GUARD-RAILS
CABO DE
BARGA www.barga-brasil.com.
SANTO PE
(NOVO) br
AGOSTINHO
ENGEBASA
CUBATÃO SP www.engebasa.com.br
(NOVO)
POÇOS
CABOS PHELPS DODGE MG pdicbrasil.com
DE CALDAS
Obs.: Apenas o elevador aparece como item credenciado no Finame, apesar da exigência de outros internos e insumos de procedência nacional.
Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014)
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 41
Fabricantes de Subcomponentes e
Insumos para o Rotor – Pás e Cubo
As pás produzidas no Brasil pela TECSIS, lhões na nova fábrica, que é a primeira da empresa
WOBBEN e AERIS utilizam resina do tipo epóxi na América Latina, em uma área de 2,5 mil m² de
na constituição do compósito. A LM Wind Power área fabril, sendo que o crescimento do mercado
utiliza mundialmente a resina poliéster. A fibra de energia eólica foi um dos principais motiva-
empregada no compósito geralmente é a fibra de dores para o investimento no País. A capacidade
vidro, mas alguns modelos utilizam também fibra produtiva é de cerca de 15 mil toneladas, mas se
de carbono. A fibra de vidro é utilizada na forma de destina a atender também empresas de outros
tecido e há tipos que conferem diferentes proprie- segmentos. A OWENS CORNING, fabricante dos
dades mecânicas e de resistência ao compósito. fios (rovings) usados na confecção de tecidos de
fibra de vidro utilizados nas pás eólicas, investiu
No final de 2014 a fabricante de resinas epóxi em diversas melhorias e na ampliação de sua uni-
MOMENTIVE Specialty Chemicals Inc. anun- dade em Rio Claro, totalizando investimentos da
ciou a mudança de seu nome para HEXION Inc. ordem de US$ 5.0 milhões nos últimos três anos.
e a instalação de sua nova unidade no Brasil, em A entrada de novos fabricantes no País com pelo
Itatiba/SP para produção do blend de resinas – menos o fornecimento do blend local e do tecido
epóxi e agente de cura – para uso na estrutura de local contribuíram para diminuição da dependên-
pás eólicas. Com a instalação da LM Wind Power cia de fornecedores monopolista, uma vez que
no Brasil, a resina de poliéster foi inserida na estes itens têm grande participação no cálculo do
cadeia produtiva da pá. No final de 2014 também conteúdo local da pá.
a multinacional alemã SAERTEX anunciou o início
das operações de sua fábrica em Indaiatuba/SP O Quadro 2.5.1 apresenta os elementos e insu-
voltada a fabricação dos tecidos multiaxiais de fi- mos utilizados na manufatura da estrutura das pás
bra de vidro. Foram investidos cerca de R$ 10 mi- e os respectivos fabricantes.
42 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
QUADRO 2.5.1
FABRICANTE
SUBCOMPONENTE RAZÃO SOCIAL OU NOME CIDADE UF SITE OBSERVAÇÕES
FANTASIA
CPIC BRASIL
CAPIVARI SP cpicfiber.com
(NOVO)
TECIDOS DE FIBRA
SAERTEX
DE VIDRO INDAIATUBA SP saertex.com
(NOVO)
NOVAPOL
SERRA ES novapol.com.br
(NOVO)
Fabricação local da
DOW GUARUJÁ SP dow.com
resina epóxi base.
RESINA EPÓXI
Preparação apenas
HEXION (MOMENTIVE) ITATIBA SP momentive.com
do blend.
METALBRAX
GUARULHOS SP metalbrax.com.br
(NOVO)
ALGOLIX
SÃO PAULO SP algolix.com.br
(NOVO)
IMPORTADO DE EMPRESAS
ADESIVOS (OUTROS),
ESTRANGEIRAS COMO, POR
ESPUMAS, Importado
EXEMPLO, A ITW, PLEXUS E
SELANTES E TINTAS
AKZO
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014, ou ainda não estavam operantes (ABDI, 2014).
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 43
Alguns tipos especiais de tecido de fibra de vidro pessoas. No final de 2016, EM SUAS ETAPAS
são importados, assim como os tecidos de fibra o Grupo LIEBHERR iniciou
de carbono. Seguem sendo importados insumos a operação de uma nova INICIAIS A
como espumas de PVC, madeira balsa, adesi- planta de produção em METODOLOGIA
vos, selantes e revestimentos (massas, gelcoats Guaratinguetá (SP), dedica-
e tintas) para o acabamento das pás. Apesar de da à produção de rolamen- DO BNDES EXIGIA
haver no País diversos fabricantes de tintas com tos para turbinas eólicas. A MONTAGEM DO
capacidade produtiva para fabricação das massas, A unidade que tem 6.000
gelcoats e tintas necessários à proteção das pás m², e é a terceira fábrica da CUBO NO BRASIL
eólicas, estes itens, geralmente por sua baixa par- Divisão de Componentes da EM UNIDADE
ticipação em peso e valor na composição das pás, LIEBHERR no mundo, está
e por sua alta exigência técnica, à princípio não equipada para a realização PRÓPRIA
despertam o interesse das montadoras e fabrican- de operações desde a usi-
tes de pás para sua nacionalização. nagem até a têmpera por indução das pistas dos
rolamentos, passando por máquinas geradoras de
Em suas etapas iniciais a metodologia do BNDES dentes até o tratamento de superfícies. A SHILLA
exigia a montagem do cubo no Brasil em unidade Brasil instalou sua unidade produtiva na cidade de
própria. A partir da última etapa é permitida a Tietê, em terreno de 90 mil m², e com investimen-
terceirização da montagem de cubos em empre- to inicial da ordem de R$ 30 milhões.
sas estabelecidas no Brasil. O fundido utilizado
deve ser de procedência nacional (fundido, A GERDAU inaugurou em março deste ano o em-
usinado e pintado no país). A partir da última preendimento conjunto GERDAU SUMMIT em
etapa também devem ser fabricados no País: a sua usina de aço especial de Pindamonhangaba
carenagem do cubo; os rolamentos de passo; o (SP). O objetivo da empresa contempla o forneci-
sistema de acionamento do controle de passo; mento dos anéis de rolamento e também do eixo
e os painéis de controle de passo. Há a opção de principal (subcomponente da nacele). O capital
substituição da nacionalização do fundido do social da empresa está dividido em 59% para a
cubo pela nacionalização de um componente Gerdau, 39% da japonesa Sumitomo Corpora-
dentre os relacionados na coluna A da Tabela 1 tion e 2% para a Japan Steel Works - JSW. Serão
(BNDES, 2012). Entretanto, deve manter a nacio- investidos R$ 280 milhões até 2020 para a aqui-
nalização dos demais componentes citados. sição de máquinas e equipamentos da operação,
financiados pela Sumitomo. Novos equipamen-
No componente do cubo, um importante gar- tos estão previstos para chegar em meados do
galo foi resolvido com a entrada de três novos primeiro semestre do ano que vem. Até o final de
fabricantes de rolamentos, a SKF, a LIEBHERR e 2018, a empresa espera estar fornecendo para o
a SHILLA, e, em breve de um quarto, a GERDAU setor eólico (INVESTE SÃO PAULO, 2017). Outra
SUMMIT. Em 2014 apenas a THIESSEN KRUPP possibilidade é a fabricação de anéis laminados
(ROBRASA) fornecia localmente os rolamentos para flanges, que é uma necessidade de algumas
do passo. A SKF inaugurou em setembro de 2015 montadoras que utilizam torres mais altas.
a nova fábrica da KAYDON Corporation, em
Cajamar, São Paulo, destinada a fabricação de Apesar de constarem no FINAME quatro fabri-
rolamentos para o setor eólico. Foram investidos cantes de fundidos (carcaças de cubo) para o
U$ 22 milhões na construção da planta de 6,6 cubo do rotor, o item é tido como gargalo pela
mil metros quadrados, com geração de até 150 maioria das montadoras de aerogeradores. Em
44 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
2014 os fabricantes nacionais afirmavam haver plexas ou tamanhos de cubo maiores percebiam
sobre capacidade de fornecimento de carcaças dificuldades no atendimento de suas demandas
de cubo. Já há algum tempo, porém, a VOITH não em função do curto prazo entre a contratação
está mais atuando no setor eólico. Em processo e a entrega. A oferta de serviços de usinagem
avançado de credenciamento está a FUNDIÇÃO aumentou com a entrada em operação de várias
MORENO, porém este fornecedor potencial inter- outras empresas, tais como ST METALS e com
rompeu o projeto de fornecer o fundido do cubo investimentos feitos por diversas empresas,
em função das incertezas do mercado. Segundo entre elas a PAINCO e a EMALTO. A EMALTO,
a empresa, são necessários altos investimentos, que está sediada em Timóteo, no Vale do Aço,
os quais estariam voltados apenas a uma cadeia Minas Gerais, iniciou a operação no início deste
específica. Futuramente ano. A ST METALS importou maquinário de
a empresa pode reavaliar usinagem de última geração e também oferece
EM 2014 ERAM sua decisão, desde que haja serviços de pintura. Além disso, se responsabi-
POUCAS AS uma retomada do setor. liza pelo gerenciamento da cadeia de forneci-
Também está em avaliação mento do cubo, atendendo montadoras como
EMPRESAS COM pela GERDAU SUMMIT a GAMESA e GE. A PAINCO, além de serviços
CAPACIDADE DE realização de investimentos de usinagem, fabrica subcomponentes da
que permitiriam a fabricação nacele. No Quadro 2.5.2 são apresentados os
USINAR GRANDES de grandes fundidos em sua subcomponentes que fazem parte do cubo e os
FUNDIDOS COMO O unidade. A empresa já tem correspondentes fabricantes nacionais.
os principais equipamentos
CUBO DO ROTOR necessários para essa pro- O cubo é uma peça única de ferro fundido, de
dução, os quais já são usados alta precisão de fundição e usinagem, construída
para fabricação de cilindros de laminação fundidos. com liga de alta resistência. O cubo acomoda os
rolamentos para fixação das pás e os mecanis-
Em 2014 eram poucas as empresas com capa- mos e motores para o ajuste do ângulo de ataque
cidade de usinar grandes fundidos como o cubo das pás – o sistema de passo (pitch). O sistema
do rotor. Além da BR METALS havia a BAR- de passo pode ser basicamente de dois tipos: hi-
DELLA e a STEPAN, e alguns poucos outros, dráulico e elétrico. O sistema pás e cubo respon-
mas algumas montadoras cujos modelos de dem então por 10 a 14% do peso do aerogerador
aerogerador tinham configurações mais com- e por 20 a 30% do custo da máquina.
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 45
QUADRO 2.5.2
FABRICANTE
DESCRIÇÃO DO ITEM
SUBCOMPO- RAZÃO SOCIAL FINAME/
(CONFORME CIDADE UF SITE OBS
NENTE OU NOME BNDES
CODASTRO FINAME)
FANTASIA
CONJUNTO CONO
ANCEL
AW3000 DES.
TECNOLOGIA EM
S 1020803 REVISAO 04; RIO CLARO SP ancel.com.br
COMPOSITOS
CTO. FIBRA CONO
LTDA.
MODULAR AW3000
ATLANTA IND. E
CARENAGEM DO HUB - SOROCA-
COM . DE PECAS S SP atlanta.eco.br
CARENAGEM DO HUB BA
E EQUIP LTDA
BFG BRASIL
COMPONENTES .bfginternational.
S SPINNER JOINVILLE SC
PLASTICOS LTDA com/
CARENAGEM
(NOVO)
SPINNER CARENAGEM
MOLDE
DO HUB 1,85 - 82,5 - SÃO JOSÉ
PLASTICOS
S 1.85/82,5; 1.6/100 OU DOS SP mmolde.com.br
REFORCADOS
1.7/100 - 1.6/100 OU CAMPOS
LTDA
1.7/100
CARENAGEM DO
MVC CUBO - AWG; SPINNER SÃO JOSÉ
mvcplasticos.
COMPONENTES S CARENAGEM DO HUB DOS PI- PR
com.br
PLASTICOS SA - 1.6 - 100 OU 1.7 - 100; NHAIS
ECO 100-110-122
HUB - GE 1.7MW
100 OU 1.6MW 100;
BR METALS
GAMESA G97 2.0MW; MATOZI-
FUNDICOES S MG brmetals.com.br
WEG EQUIPAMENTOS NHOS
LTDA
ELETRICOS; 2.3 MW;
G114; AW3
CUBO
Em pro-
(FUNDIDO) FUNDICAO
SERTÃOZI- cesso de
MORENO LTDA N HUB - GE 2570 SP moreno.ind.br
NHO credencia-
(NOVO)
mento
Em ava-
GERDAU PORTO gerdau summit.
N RS liação de
SUMMIT (NOVO) ALEGRE com.br
viabilidade.
46 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
FABRICANTE
DESCRIÇÃO DO ITEM
SUBCOMPO- RAZÃO SOCIAL FINAME/
(CONFORME CIDADE UF SITE OBS
NENTE OU NOME BNDES
CODASTRO FINAME)
FANTASIA
FUCHS DO
N BARUERI SP fuchs.com/br/pt
BRASIL
SANMINA-SCI
PAINEL G2.0MW HUB CONTROL
DO BRASIL
DE CONTRO- S CABINET - GP271270 - SÃO PAULO SP sanmina.com
INTEGRATION
LE HUB CABINET
LTDA (NOVO)
BARDELLA SA
GUARU-
INDUSTRIAS N SP bardella.com.br
LHOS
MECANICAS
PLACAS (TOR-
QUE E STIFFE- PAINCO
NING PLATES)
INDUSTRIA E RIO DAS
N SP painco.com.br
COMERCIO S/A PEDRAS
(NOVO)
Em ava-
GERDAU SUMMIT PORTO gerdau summit.
N RS liação de
(NOVO) ALEGRE com.br
viabilidade.
ROLAMENTO
LIEBHERR BRASIL ROLAMENTO DA
GUINDASTES PÁ DE GERADORES
GUARATIN-
E MAQUINAS S EÓLICOS - KUD648VO; SP liebherr.com.br
GUETÁ
OPERATRIZES KUD458VA; KUD02252-
LTDA (NOVO) 065WJ18-001-900
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 47
FABRICANTE
DESCRIÇÃO DO ITEM
SUBCOMPO- RAZÃO SOCIAL FINAME/
(CONFORME CIDADE UF SITE OBS
NENTE OU NOME BNDES
CODASTRO FINAME)
FANTASIA
SHILLA BRASIL
INDUSTRIA DE PITCH BEARING
S TIETÊ SP shillacorp.co.kr
ROLAMENTO DE 200W1709G013/14/15
GIRO (NOVO)
ROLAMENTO DE GIRO
SKF DO BRASIL DA HÉLICE DO ROTOR
LTDA S DO GERADOR EÓLICO CAJAMAR SP www.skf.com
ROLAMENTO (NOVO) - KAYDON - PITCH
BEARING; D2418 X 200
ROLAMENTO DE
PASSO "PITCH" PARA
THYSSENKRUPP AEROGERADOR; thyssenkrupp-
S SÃO PAULO SP
BRASIL LTDA. AGW 2.1; E-92; V110 brazil.com/pt-br
13.1920.02 H VESTAS;
ECO-122; G114 - 2.0 MW
GRUPO GP
SERVIÇOS DE TRATAMENTO
N BARUERI SP grupogp.net Serviço
PINTURA DE SUPERFÍCIES
(NOVO)
BARDELLA SA
INDUSTRIAS GUARU-
N SP bardella.com.br Serviço
MECANICAS LHOS
(NOVO)
EMALTO
N TIMÓTEO MG emalto.com.br Serviço
(NOVO)
PAINCO
INDUSTRIA E RIO DAS
SERVIÇOS DE N SP painco.com.br Serviço
USINAGEM COMERCIO S/A PEDRAS
(PODENDO (NOVO)
INCLUIR ST METALS JAGUARI-
PINTURA) N SP stmetals.com.br Serviço
(NOVO) ÚNA
STEPAN
N CAMPINAS SP stepanbr.com Serviço
(NOVO)
USICAL
USINAGEM E
VÁRZEA
CALDEIRARIA N SP usical.com.br Serviço
PAULISTA
JUNDIAÍ LTDA
(NOVO)
SISTEMAS DE
eximport.com.
LUBRIFICA- EXIMPORT N SÃO PAULO SP
br/site
ÇÃO
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014).
48 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
Com relação ao sistema de passo (ou pitch), motivada principalmente pela demanda que o Brasil
diversos novos fabricantes com instalações locais vinha apresentando e pela política de conteúdo local,
foram identificados a partir das informações de investiu R$ 2 milhões em suas linhas de produção
credenciamento do BNDES: a GE POWER, a JABIL, no Brasil para fornecer localmente os sistemas de
a SANMINA-SCI, a espanhola GRUAL, a alemã controle de passo. O Quadro 2.5.3 apresenta os
MOOG, a italiana BONFIGLIOLI e a SAT. A MOOG, subcomponentes específicos do sistema de passo.
QUADRO 2.5.3
GE POWER
gepowerconversion.
CONVERSION BRASIL S PITCH SYSTEM SÃO PAULO SP
com/
LTDA. (NOVO)
ACIONAMENTO DE
CONTROLE DE PASSO
DO PITCH AW 3MW
(AW30W00), SISTEMA
GLUAL HIDRAULICA
ACIONAMENTO glual.es/pt/home.
DO BRASIL LTDA S SOROCABA SP
CONTROLE DE PASSO html
(NOVO)
G114, SISTEMA DE
ACIONAMIENTO DO
CONTROLE DE PASSO G9X
OTIMIZADO
ACIONAMENTO
DO PASSO (MO- SISTEMA ACIONAMENTO
TORREDUTOR) DE CONTROLE DE
PASSO G9X; SISTEMA
DE ACIONAMENTO DO
HINE DO BRASIL
CONTROLE DE PASSO
IND. COM. DE HIDR. S INDAIATUBA SP hine.es/hine-brasil
G114; SISTEMA DE
PNEUM.LTDA
CONTROLE DE PITCH
AW3000; SISTEMA DE
CONTROLE DE PITCH
MK10
UNIDADE HIDRALICA DO
BLOCO GLUAL HIDRAULICA
PITCH AW 3MW AW3000; glual.es/pt/home.
HIDRÁULICO DO BRASIL LTDA S SOROCABA SP
UNIDADE HIDRAULICA DO html
DO PASSO (NOVO)
PITCH G9X OTIMIZADO
MOTORREDU-
TOR
REDUTOR PARA
ACIONAMENTO DO PITCH br.sew-eurodrive.
SEW-EURODRIVE
S - P3W006K; REDUTOR INDAIATUBA SP com/firmenprofil/
BRASIL LTDA
PARA ACIONAMENTO DO profil.htm
PITCH - PW015
HINE DO BRASIL
http://www.hine.
IND. COM. DE PAINEL DE CONTROLE DE
S INDAIATUBA SP es/hine-brasil/
HIDR.PNEUM.LTDA PASSO AW3000
fale_conosco.html
(NOVO)
PAINEL DE
CONTROLE DO
PASSO
PAINEL HUB VESTAS
2MW - HUB CONTROL ingeteam.com/br/
INGETEAM LTDA S VALINHOS SP
CABINET 2,0MW MK10; pt-br/home.aspx
HUB CABINET
50 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
SISTEMA PAINEIS
MOOG DO BRASIL
CONTROLE DE PASSO
CONTROLES LTDA S JURUBATUBA SP moog.com.br
PARA AEROGERADORES
(NOVO)
Z0112, Z0118, Z0154
SANMINA-SCI
PAINEL DE G2.0MW HUB CONTROL
DO BRASIL
CONTROLE DO S CABINET - GP271270 - SÃO PAULO SP sanmina.com
INTEGRATION LTDA
PASSO HUB CABINET
(NOVO)
SAT - SISTEMAS DE
AUTOMACAO E satautomacao.
S PITCH CONTROL PANEL SOROCABA SP
TECNOLOGIA LTDA. com.br
(NOVO)
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014).
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 51
Fabricantes de Subcomponentes
da Nacele
A montagem da nacele no Brasil também é uma tuindo-se de um retificador e um inversor. O
exigência do BNDES para o financiamento dos transformador é o equipamento que eleva a
aerogeradores. Conforme a metodologia de tensão de geração ao valor da rede elétrica a
credenciamento, a nacele deve ser montada no qual o aerogerador está conectado. O transfor-
Brasil, em unidade própria do fabricante. Devem mador pode ser instalado no interior da nacele,
ser nacionalizados, no mínimo, 12 (doze) compo- no interior da torre ou mesmo externamente,
nentes relacionados na Tabela 1 da metodologia acoplado à torre ou no chão. O sistema de Yaw
(BNDES, 2012), sendo, pelo menos, um deles tem a função de alinhar a turbina com o vento.
dentre os que constam da coluna A e cinco den- Este sistema compreende
tre os listados na coluna B. Ainda, há diferentes um motor elétrico que gira CONFORME A
combinações possíveis conforme opções de a nacele sobre a torre com
nacionalização de itens da coluna A e B. Esta auxílio de um rolamen- METODOLOGIA DE
possibilidade de opção por diferentes itens para to – rolamento do Yaw, e CREDENCIAMENTO,
nacionalização conferiu uma certa flexibilidade também engrenagens para
às montadoras que puderam defini-los com base o ajuste da velocidade de A NACELE DEVE
em suas estratégias e tecnologias de projeto. giro. A caixa multiplica- SER MONTADA
dora, quando existente,
O tamanho e o formato da nacele são variáveis representa a maior massa NO BRASIL, EM
de acordo com os componentes e sua dispo- da nacele e também uma UNIDADE PRÓPRIA
sição em seu interior, sendo que as maiores grande fração de seu custo
variações são entre aerogeradores que utilizam (cerca de 13%). Localiza-se DO FABRICANTE
caixa de engrenagem e os que não utilizam. Os entre o rotor e o gerador,
elementos estruturais da nacele – bastidor, de forma a adaptar a baixa rotação do rotor à
chassi e quadros – são fundidos e/ou caldeira- velocidade de rotação mais elevada do gera-
dos, dependendo do projeto da montadora, sua dor. É um item que necessita de manutenção
configuração e/ou opção tecnológica e são os intensiva e que representa, portanto, uma
responsáveis pelo suporte dos diversos compo- fonte de possíveis falhas. Exige o uso de um
nentes nela inseridos. O eixo principal, constru- sistema hidráulico com bombas, trocadores de
ído em aço ou liga metálica de alta resistência, calor e sistemas de comando para lubrificação
é o responsável pelo acionamento do gerador, e refrigeração. No caso de aerogeradores sem
transferindo a energia mecânica da turbina. caixa de engrenagem, o gerador utilizado é o de
O gerador transforma a energia mecânica polos salientes (ou multipolos) com o estator
de rotação em energia elétrica e pode ser de em forma de anel.
diferentes tipos. Muitas tecnologias de gerador
necessitam do uso de conversores de frequ- Os Quadros 2.6.1 a 2.6.12 apresentam a listagem
ência, para controle da onda de saída, consti- dos diversos sistemas e subcomponentes da nacele.
52 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
QUADRO 2.6.1
BARDELLA SA
BASTIDOR TRASEIRO
INDUSTRIAS S GUARULHOS SP bardella.com.br
NACELLE - AW3000
MECANICAS
LIEBHERR BRASIL
BASTIDOR TRASEIRO
GUINDASTES
PARA O GERADOR
E MAQUINAS S GUARATINGUETÁ SP liebherr.com.br
EÓLICO ACCIONA CTO
OPERATRIZES LTDA
BASTIDOR BTU AW30
(NOVO)
MAUSA SA
BASTIDOR TRASEIRO -
EQUIPAMENTOS S PIRACICABA SP mausa.com.br
AW 3000
INDUSTRIAIS (NOVO)
BASTIDOR TRASEIRO -
PAINCO INDUSTRIA GP109154; CONJUNTO
E COMERCIO S/A S BASTIDOR TRASEIRO RIO DAS PEDRAS SP painco.com.br
(NOVO) AW3000 ACCIONA -
AW3000 ACCIONA
HKM CHASSI DO
EMPREENDIMENTOS GERADOR USINADO -
S SERRA ES hkm.ind.br
E PARTICIPACOES 200W4462G001; CHASSI
CHASSI / LTDA. (NOVO) DO GERADOR USINADO
SUPORTE DO
GERADOR
PAINCO INDUSTRIA
SUP DA TURBINA -
E COMERCIO S/A S RIO DAS PEDRAS SP painco.com.br
115W7656
(NOVO)
WEG EQUIPAMENTOS
PLATAFORMA DA NACELE
ELETRICOS S/A S JARAGUÁ DO SUL SC weg.net
WEG - AGW 2.1 MW
(NOVO)
BARDELLA SA
INDUSTRIAS S REAR FOUNDATION GUARULHOS SP bardella.com.br
MECANICAS
JUMBO INDUSTRIA
MECANICA LTDA S REAR FRAME ASSAÍ PR jumbomec.com.br
(NOVO)
QUADRO
TRASEIRO
29014530 - REAR
FOUNDATION
PAINCO INDUSTRIA MACHINED; REAR FRAME
E COMERCIO S/A S G114 STD2 - GP265358; RIO DAS PEDRAS SP painco.com.br
(NOVO) REAR FRAME GE 2.2 A
2.4 107 E 2.0 A 2.3-116 -
200W4462G001
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014).
54 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
QUADRO 2.6.2
DESCRIÇÃO
FABRICANTE DO ITEM
SUB- FINAME/
RAZÃO SOCIAL OU (CONFORME CIDADE UF SITE
COMPONENTE BNDES
NOME FANTASIA CODASTRO
FINAME)
FREIOS DO
YAW PARA
AEROGERADORES
ANTEC EOLICA
- MONOBLOCO;
FABRICACAO E
FREIOS S FREIOS DO CAMAÇARÍ BA antecsa.com
COMERCIO DE
YAW PARA
FREIOS LTDA. (NOVO)
AEROGERADORES
- COM DUAS
SEMIPINÇAS
BREVINI LATINO
AMERICANA
INDUSTRIA E N LIMEIRA SP brevini.com.br
COMERCIO LTDA
(NOVO)
MOTORREDUTOR MOTOREDUTOR
DO YAW - PW065
DRS132M6/
BE11/FF/TH/FA;
SEW-EURODRIVE
S MOTOREDUTOR INDAIATUBA SP br.sew-eurodrive.com
BRASIL LTDA
PARA YAW
DRIVE P4W034
DRN100L6/BE5/
DUE
PAINEL GE POWER
DE CONTROLE CONVERSION BRASIL SÃO PAULO SP gepowerconversion.com
DO YAW LTDA. (NOVO)
WEG DRIVES
PAINEL
& CONTROLS - JARAGUÁ DO
DE CONTROLE S PAINEL YAW SC weg.net
AUTOMACAO LTDA SUL
DO YAW
(NOVO)
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 55
DESCRIÇÃO
FABRICANTE DO ITEM
SUB- FINAME/
RAZÃO SOCIAL OU (CONFORME CIDADE UF SITE
COMPONENTE BNDES
NOME FANTASIA CODASTRO
FINAME)
REDUTOR DE
YAW MT709T105;
REDUTOR DE
BONFIGLIOLI
YAW MT709T106;
REDUTORES DO CD EM SÃO
S REDUTOR DE SP bonfiglioli.com
BRASIL INDUSTRIA E BERNARDO
YAW MT711T093;
COMERCIO L.
REDUTOR PARA
YAW DRIVE
MT714T
BREVINI LATINO
AMERICANA
INDUSTRIA E N LIMEIRA SP brevini.com.br
REDUTOR
COMERCIO LTDA
(NOVO)
REDUTOR PARA
ACIONAMENTO
DO YAW - P4W039;
REDUTOR PARA
SEW-EURODRIVE YAW DRIVE
S INDAIATUBA SP br.sew-eurodrive.com
BRASIL LTDA (NOVO) P4W034; MOTOR
ELÉTRICO PARA
YAW DRIVE
DRN100L6/BE5/
DUE
ROLAMENTO
DA NACELE DE
GERADORES
EÓLICOS
- KUD02767-
LIEBHERR BRASIL
040WA18-001;
GUINDASTES
ROLAMENTO ROLAMENTO DE GUARATIN-
E MAQUINAS S SP .liebherr.com.br
YAW ORIENTAÇÃO GUETÁ
OPERATRIZES LTDA
DE GERADORES
(NOVO)
EÓLICOS -
KUD968VA
- LIEBHERR;
KUD718VA -
LIEBHERR
56 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
DESCRIÇÃO
FABRICANTE DO ITEM
SUB- FINAME/
RAZÃO SOCIAL OU (CONFORME CIDADE UF SITE
COMPONENTE BNDES
NOME FANTASIA CODASTRO
FINAME)
SHILLA BRASIL
INDUSTRIA DE YAW BEARING
S TIETÊ SP shillacorp.co.kr
ROLAMENTO DE 109W7629G001
GIRO (NOVO)
ROLAMENTO DE
GIRO DA NACELE
SKF DO BRASIL LTDA
S DO GERADOR CAJAMAR SP skf.com
(NOVO)
EÓLICO - KAYDON
- YAW BEARING
ROLAMENTO ROLAMENTO DE
YAW GIRO "YAW" PARA
AEROGERADOR
AGW 2.1 - MODELO
091.40.2763;
ROLAMENTO DE
GIRO "YAW" PARA
THYSSENKRUPP
AEROGERADOR thyssenkruppelevadores.
BRASIL LTDA S GUAÍBA RS
AW-116 3MW com.br
(NOVO)
- MODELO
091.45.2899;
ROLAMENTO DE
GIRO "YAW" PARA
AEROGERADOR
E-92 - MODELO
091.55.2190
BREVINI LATINO
SISTEMA DE AMERICANA
ACIONAMENTO INDUSTRIA E N LIMEIRA SP brevini.com.br
DO YAW COMERCIO LTDA
(NOVO)
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014).
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 57
QUADRO 2.6.3
DESCRIÇÃO
FABRICANTE DO ITEM
SUB- FINAME/
RAZÃO SOCIAL OU (CONFORME CIDADE UF SITE
COMPONENTE BNDES
NOME FANTASIA CODASTRO
FINAME)
GERADOR DE
ENERGIA CORRENTE
ALTERNADA PARA
ABB LTDA S TURBINAS EÓLICAS BLUMENAU SC abb.com.br
- AML 0560L6L BAFT;
AMK 0500L6A BATY;
AMK 0500L6L BAFT
GE POWER
CONVERSION gepowerconversion.
SÃO PAULO SP
BRASIL LTDA com
(NOVO)
INDAR ingeteam.com/indar/
CAMPINAS SP
(NOVO) es-es/inicio.aspx
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014)
58 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
QUADRO 2.6.4
FABRICANTE
DESCRIÇÃO DO ITEM
SUBCOMPO- RAZÃO SOCIAL FINAME/
(CONFORME CIDADE UF SITE
NENTE OU NOME BNDES
CODASTRO FINAME)
FANTASIA
LAURO
EFACEC N BA efacec.pt
DE FREITAS
BOBINAS
WEG
EQUIPAMENTOS JARAGUÁ
N SC weg.net
ELETRICOS S/A DO SUL
(NOVO)
WEG
CARCACA DO ESTATOR DO
EQUIPAMENTOS JARAGUÁ
S AEROGERADOR WEG - AGW SC weg.net
ELETRICOS S/A DO SUL
2.1MW
(NOVO)
NÚCLEO
TESSIN SUZANO SP tessin.com.br
MAGNÉTICO
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014)
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 59
QUADRO 2.6.5
FABRICANTE
DESCRIÇÃO DO ITEM
SUBCOMPO- RAZÃO SOCIAL FINAME/
(CONFORME CIDADE UF SITE
NENTE OU NOME BNDES
CODASTRO FINAME)
FANTASIA
ANCEL
CARENAGEM DA NACELE
TECNOLOGIA EM
S - 3000 COD AF000146 EM RIO CLARO SP ancel.com.br
COMPOSITOS
FIBRA DE VIDRO
LTDA.
ATLANTA IND. E
COM . DE PECAS E S CARENAGEM DA NACELLE SOROCABA SP atlanta.eco.br
EQUIP LTDA
BFG BRASIL
COMPONENTES HOUSING BFG; NACELLE 2.3 bfginternational.
S JOINVILLE SC
PLASTICOS LTDA GE com
(NOVO)
CARENAGEM
BR METALS
HOUSING - WEG
FUNDICOES LTDA S MATOZINHOS MG
EQUIPAMENTOS ELETRICOS
(NOVO)
MVC
CARENAGEM NACELE - SÃO JOSÉ DOS mvcplasticos.
COMPONENTES S PR
GAMESA G114 PINHAIS com.br
PLASTICOS SA
compositesvci.
VCI MOLDE CARENAGEM DE GERADOR
com/pt/Entre-
IND COM DE EÓLICO NACELLE TIPO C;
S ITUPEVA SP em-contato-
COMPOSITOS LTDA NACELLE 2.3; SPINNER G114
conosco-VCI.
(NOVO) 2.0MW
php
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014)
60 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
QUADRO 2.6.6
FABRICANTE
DESCRIÇÃO DO ITEM
SUBCOMPO- RAZÃO SOCIAL FINAME/
(CONFORME CIDADE UF SITE
NENTE OU NOME BNDES
CODASTRO FINAME)
FANTASIA
GE ENERGIAS SISTEMA DE
gepowerconversion.
RENOVAVEIS S TRAVAMENTO DO SÃO PAULO SP
com
LTDA. (NOVO) ROTOR 2X
SISTEMA DE
GEVISA S/A
S TRAVAMENTO DO CAMPINAS SP br.geindustrial.com
(NOVO)
ROTOR ROTOR LOCK
GLUAL
ROTOR LOCK G114;
HIDRAULICA glual.es/pt/home.
S ROTOR LOCK SYSTEM SOROCABA SP
DO BRASIL LTDA html
G9X
(NOVO)
VULKAN DO SISTEMA DE
BRASIL LTDA S TRAVAMENTO DO ROTOR ITATIBA SP vulkan.com
(NOVO) DO AEROGERADOR
WOBBEN
WINDPOWER
INDUSTRIA E S ROTOR LOCK PARAZINHO RN .wobben.com.br
COMERCIO LT
(NOVO)
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014)
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 61
QUADRO 2.6.7
FABRICANTE
DESCRIÇÃO DO ITEM
SUBCOMPO- RAZÃO SOCIAL FINAME/
(CONFORME CIDADE UF SITE
NENTE OU NOME BNDES
CODASTRO FINAME)
FANTASIA
CONVERSOR ELETRICO
new.abb.com/br/
ABB LTDA ESTATICO PARA
S GUARULHOS SP empresa/brasil/
(NOVO) TURBINAS EOLICAS -
unidades
ACS800-67LC
GE POWER
CONVERSION gepowerconversion.
N SÃO PAULO SP
BRASIL LTDA. com
(NOVO)
CONVERSOR DE
POTENCIA EOLICO
- PEGE0044;
CONVERSOR EOLICO
INGETEAM LTDA S - 3,1MW - AWPT0085- VALINHOS SP ingeteam.com
3M1W; CONVERSOR
CONVERSOR / PARA GERADORES
INVERSOR EÓLICOS - 3MW -
PT0085
WEG DRIVES
& CONTROLS - JARAGUÁ
N SC weg.net
AUTOMACAO DO SUL
LTDA (NOVO)
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014)
62 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
QUADRO 2.6.8
SUB- FABRICANTE
CIDADE UF SITE
COMPONENTE RAZÃO SOCIAL OU NOME FANTASIA
CORNÉLIO
TRANSFORMADOR COMTRAFO PR comtrafo.com.br
PROCÓPIO
JARAGUÁ DO
WEG SC weg.net
SUL
QUADRO 2.6.9
FABRICANTE
SUBCOMPONENTE CIDADE UF SITE
RAZÃO SOCIAL OU NOME FANTASIA
CABOS E POÇOS DE
PHELPS DODGE MG pdicbrasil.com
BARRAMENTOS CALDAS
QUADRO 2.6.10
FABRICANTE
DESCRIÇÃO DO ITEM
SUB- RAZÃO SOCIAL FINAME/
(CONFORME CIDADE UF SITE
COMPONENTE OU NOME BNDES
CODASTRO FINAME)
FANTASIA
VILLARES villaresmetals.com.
SUMARÉ SP
METALS (NOVO) br/pt
EIXO
COMPONENTE FUNDIDO -
STA.
EIXO PRINCIPAL 9110-00 25;
ROMI (NOVO) S BÁRBARA SP romi.com.br
COMPONENTE FUNDIDO -
DO OESTE
CARRETE - 10255;
FUCHS DO
BARUERI SP fuchsbr.com.br
BRASIL
SISTEMAS DE SÃO
EXIMPORT SP eximport.com.br
LUBRIFICAÇÃO PAULO
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014)
QUADRO 2.6.11
FABRICANTE
SUBCOMPONENTE CIDADE UF SITE
RAZÃO SOCIAL OU NOME FANTASIA
schulergroup.com/minor/br/
SCHULER (NOVO) DIADEMA SP
technologies/index.html
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014)
64 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
QUADRO 2.6.12
FABRICANTE
FINA- DESCRIÇÃO DO ITEM
SUB- RAZÃO SOCIAL OU
ME/ (CONFORME CIDADE UF SITE
COMPONENTE NOME
BNDES CODASTRO FINAME)
FANTASIA
PAINEL DE CONTROLE
- THAC0162; PAINEL
DE CONTROLE - TOP
INGETEAM LTDA
S CABINET GX; PAINEL DE VALINHOS SP ingeteam.com
(NOVO)
CONTROLE E PROTECAO
PAINEL DE DE GERADOR EOLICO -
CONTROLE E CONVERSOR
PROTEÇÃO
ORMAZABAL
DO BRASIL CONJUNTO 0L1L1V,
EQUIPAMENTOS DE S CONJUNTO 0L1V - 36 KV, SÃO PAULO SP ormazabal.com/pt
DISTRIBUICAO DE CONJUNTO 0L2L1V
ENE (NOVO)
SEMICONDUTOR
SEMIKRON SÃO PAULO SP semikron.com
DE POTÊNCIA
FREIOS
ANTEC EOLICA FREIOS DO YAW PARA
antecsa.com/
FABRICACAO E AEROGERADORES -
S SALVADOR BA productos/antec-
COMERCIO DE FR MONOBLOCO; COM
eolico/
(NOVO) DUAS SEMIPINÇAS
COOLING SYSTEM
CONVERTER G97 -
GP186100; COOLING
SYSTEM DA NACELLE -
MK10; COOLING SYSTEM
DA NACELLE - G114;
HINE DO BRASIL
SISTEMA DE COOLING SYSTEM DA
IND. COM. DE HIDR. S INDAIATUBA SP hine.com.br
REFRIGERAÇÃO NACELLE - MK10C;
PNEUM.LTDA (NOVO)
COOLING SYSTEM
GENERATOR - SERIE
ECO; COOLING SYSTEM
INVERTER - SERIE ECO; OIL
COOLER G97 - GP266505
- G97
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 65
FABRICANTE
FINA- DESCRIÇÃO DO ITEM
SUB- RAZÃO SOCIAL OU
ME/ (CONFORME CIDADE UF SITE
COMPONENTE NOME
BNDES CODASTRO FINAME)
FANTASIA
SISTEMA DE
ARREFECIMENTO
AEROGERADOR
HYDAC TECNOLOGIA AGW2.1 - WEG - AGW2.1 SÃO
SISTEMA DE
LTDA. S - HBF07629; UNIDADE BERNARDO SP hydac.com.br
REFRIGERAÇÃO
(NOVO) HIDRAULICA 20 L - DO CAMPO
ECO100; UNIDADE
HIDRAULICA 20L -
ECO100 - ES1088.
GRUPO HIDRAULICO
DE POTENCIA DA
UNIDADE NACELLLE - MK10; GRUPO
HIDRÁULICA HIDRÁULICO PRINCIPAL
HINE DO BRASIL DA NACELLE G114;
IND. COM. DE HIDR. S GRUPO HIDRAULICO INDAIATUBA SP hine.com.br
PNEUM.LTDA PRINCIPAL NACELLE G9X;
SISTEMA HIDRAULICO
DE POTENCIA - ATE 100
CV -GHBR; UNID HIDR
NACELLE - AW3000
Obs.: Os fabricantes em negrito e com a indicação “(novo)” não constavam no levantamento de 2014 (ABDI, 2014).
66 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
Diversos novos fabricantes de elementos estrutu- ladas e na condição de acabados, inclusive com
rais, credenciados no BNDES, tais como bastidor, furação, revestimento anticorrosivo e embala-
chassi de suporte ao gerador, quadro traseiro gem protetora. A empresa também fornece para
e principal foram identificados: LIEBHERR, MAU- o setor eólico insumos tais como: matéria-prima
SA, PAINCO, HKM, JUMBO e WEG. Ressalta-se para anéis (rolamentos) e fixadores. Conforme
que se tratam de componentes caldeirados, sendo comentado anteriormente, a GERDAU SUM-
que os fundidos seguem sendo fornecidos pela BR MIT deverá se constituir no segundo fornece-
METALS e ROMI. A MAUSA, além de fabricante dor nacional iniciar do eixo principal, a partir
de componente, fornece também os equipamen- do final de 2018. A ROMI está credenciada
tos e serviços de usinagem. Para a carenagem na no BNDES para fornecimento de componente
nacele, fabricada em material compósito, foram fundido do eixo.
identificadas a BFG e a VCI Moldes, enquanto que
para a carenagem de material metálico foi verifica- O sistema de Yaw é composto por engrenagem,
do o credenciamento da BR Metals. A VCI Moldes, motorredutores e redutores, freios, painel de
joint venture entre a canadense Composites VCI controle, sistema de acionamento e rolamento
e a nacional Molde Plásticos Reforçados, investiu do Yaw. Novos fornecedores para o rolamento
cerca de R$ 6 milhões para instalar sua fábrica de do Yaw são a SKF, a SHILLA e a LIEBHERR (que
componentes de geradores eólicos em Itupeva/SP também fornecem o rolamento do Pitch). Novas
(USINAGEM BRASIL, 2014). empresas identificadas para subcomponentes do
sistema de Yaw são: TGM, BREVINI, ANTEC e a
O SISTEMA DO Acessórios como anemôme- GE POWER CONVERSION.
tros e sensores de direção
EIXO PRINCIPAL É de vento, apesar de serem A talha, item da coluna C (BNDES, 2012) é
ainda importada por algumas montadoras,
COMPOSTO PELO opções da coluna C da tabela
embora já haja atualmente um fabricante na-
do BNDES (2012), ainda são
ROLAMENTO, importados. cional credenciado no BNDES, a KITO. Novas
empresas identificadas para fornecimento do
PELO EIXO E O sistema do eixo principal conversor são: a ABB, a GE POWER CON-
PELO SISTEMA DE é composto pelo rolamen- VERSION, a SANMINA-SCI e a WEG DRIVES &
to, pelo eixo e pelo sistema CONTROLS. Novos fabricantes de sistemas de
LUBRIFICAÇÃO/ de lubrificação/lubrifican- freios para aerogeradores, credenciados, são
LUBRIFICANTES tes. O rolamento do eixo a ALTRA e a ANTEC. Com relação ao siste-
principal, embora faça ma de travamento do rotor, diversos novos
parte da coluna B da Tabela do BNDES (2012) fornecedores locais foram identificados: GE /
(pelo menos cinco itens desta coluna devem ser GEVISA, GLUAL HIDRAULICA, HINE, PAINCO
de fabricação local), ainda é importado. Trata-se e VULKAN, além da WOBBEN. Para o sistema
de um item considerado bastante crítico e de de refrigeração, foram identificados a HINE e
alta exigência técnica. Já o eixo principal, outro a HYDAC, ambos credenciados no BNDES. O
item da coluna B da Tabela do BNDES (2012), slip ring (escova ou anel coletor), presente em
foi nacionalizado pela VILLARES METALS. algumas configurações de aerogerador continua
A VILLARES METALS produz eixos forjados sem fabricante local, assim como o acoplamento
flangeados podendo estes, ser de até 18 tone- (itens da coluna C da Tabela BNDES (2012).
CAPÍTULO 02 | FABRICANTES NACIONAIS DE AEROGERADORES, COMPONENTES E SUBCOMPONENTES 67
As montadoras que utilizam caixa de engrenagem fabricantes, correspondendo a 116 novos item-
em seus aerogeradores utilizam subcomponentes -fabricante. São então 77 itens e 131 fabrican-
específicos como o gerador e a caixa multiplicado- tes mapeados no total, correspondendo a 234
ra (gearbox). Atualmente já existem fornecedores relações item-fabricante, aumentando a média
locais de geradores: ABB, ANDRITZ HYDRO, GE de fabricantes por item para 3,0.
POWER CONVERSION e a INDAR, enquanto a
caixa de engrenagem segue sendo importada. A Tabela 2.6.1 apresenta a totalização das
Para o caso das montadoras que não utilizam relações novos item-fabricante identificados
caixa de engrenagem, fabricantes de elementos em relação ao total mapeado. A classificação
estruturais do rotor/estator que se credencia- “novos” foi atribuída com base no levantamento
ram desde 2014 foram a BR METALS, e a WEG. anterior (ABDI, 2014), isto é, considerando-se
os item-fabricante que aparecem neste levanta-
Novos subcomponentes identificados e respec- mento, mas que não constavam no anterior, e/
tivos fabricantes foram: coroa dentada – LIE- ou os item-fabricante que apareceram no estudo
BHERR, gear case – PAINCO, top box - JABIL e anterior, mas que ainda não estavam operantes
SANMINA-SCI. ou credenciados. Observa-se que praticamente
dobrou o número de relações item-fabricante,
Em 2014 foram mapeados 55 diferentes itens e sinalizando uma evolução significativa da cadeia
79 fabricantes, correspondentes a 119 relações produtiva, ainda que alguns destes já existissem
item-fabricante diferentes. Ou seja, uma média em 2014, mas não houvessem sido mapeados. A
de 1,5 fabricante1 para cada item. Em 2017 Figura 2.6.1 apresenta estes resultados de forma
foram identificados 22 novos itens e 52 novos agregada, por partes do aerogerador.
1. 1 A média de fabricantes por item é calculada pela
divisão da relação item/fabricantes pelo total de itens fabri-
cados.
1. A média de fabricantes por item é calculada pela divisão da relação item/fabricantes pelo total de itens fabricados.
68 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
TABELA 2.6.1
TOTALIZAÇÃO DOS NOVOS “ITEM-FABRICANTE” MAPEADOS
116 234
TABELA 2.6.1
TOTALIZAÇÃO DOS NOVOS “ITEM-FABRICANTE” MAPEADOS
0 10 20 30 40 50 60
03
CAPÍTULO 01 | INTRODUÇÃO 71
Estratégia de
Compras na
Cadeia Produtiva
Brasileira
72 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
FIGURA 3.1.1
Alto
N ÃO CR ÍT ICO C RÍ TI CO
3 Volume de compras; e
1 Número de fornecedores;
4 Complexidade da especificação;
5 Complexidade do processo;
1 Item Estratégico
O quadrante Estratégico é formado pela combinação de alta complexidade
no mercado fornecedor e alta importância interna do fornecimento. Desta
forma, o impacto nos resultados e na geração de valor das organizações atra-
vés da gestão da compra destes itens é significativa e os mercados fornece-
dores são complexos e com riscos significativos no fornecimento.
2 Item Alavancável
Este quadrante é destinado aos itens com baixa complexidade do forneci-
mento e alta importância interna da compra. Os impactos econômicos nas
negociações com fornecedores destes itens são significativos para a organi-
zação e, ao mesmo tempo, o risco associado ao fornecimento seria baixo.
FIGURA 3.1.2
Alto
N ÃO CR ÍT ICO C RÍ TI CO
(S IMPLIFICAR T R ANSAÇÕES) (GA RA NTIR A BASTECIMENTO)
Análise da Estratégia de
Compras na Cadeia Eólica
no Brasil
Uma análise da estratégia de compras da cadeia eólica brasileira foi realizada a
partir de levantamento de classificações obtidas diretamente com os fabricantes
de aerogeradores instaladas no Brasil. Classificações para um conjunto de 16
componentes/subcomponentes principais dos aerogeradores foram consolidadas
em uma única planilha possibilitando uma visão agregada da categorização Kraljic.
De acordo com esta visão agregada os itens principais dos aerogeradores estariam
distribuídos conforme gráfico da Figura 3.2.1.
1. 2 RFX’s se referem a um conjunto de ferramentas da área de compras: RFI (Request for informa-
tion), RFQ (Request for quotation),
1. RFP (Request for proposal), respectivamente pedido de informação, pedido de cotação e pedido de propos-
ta, que visam padronizar e organizar o processo de compras.
2. RFX’s se referem a um conjunto de ferramentas da área de compras: RFI (Request for information),
RFQ (Request for quotation), RFP (Request for proposal), respectivamente pedido de informação,
pedido de cotação e pedido de proposta, que visam padronizar e organizar o processo de compras.
CAPÍTULO 03 | ESTRATÉGIA DE COMPRAS NA CADEIA PRODUTIVA BRASILEIRA 77
FIGURA 3.2.1
24% 60%
NÃO CR ÍT ICO C RÍ TI CO
10% 6%
Fonte: Elaborado pela FGV a partir dos dados coletados.
cante de torres Torrebras e a Nordex/Acciona que Os poucos itens considerados críticos no con-
opera com fábricas de torres de concreto próprias, ceito de Kraljic também tem recebido atenção
montadas próximas aos parques eólicos com projeto dos fabricantes. As estratégias geralmente têm
e processo próprios patenteados e, ainda, mesmo se voltado para o desenvolvimento de novos
que em nível global adquiriu a SSP Technologies, fornecedores, sendo que também há alguns
fabricante dinamarquesa de pás eólicas. casos de mudanças nas especificações técnicas,
como por exemplo no caso da substituição de
Para itens alavancáveis, onde os impactos econô- flanges laminadas (sem costura) por flanges
micos nas negociações são muito significativos, caldeiradas e soldadas (com costura).
em geral, as estratégias de compras dos fabrican-
tes de aerogerador têm sido focadas no desenvol- Uma visão desta classificação por item/compo-
vimento de mais de um fornecedor por item a fim nentes é apresentada na Figura 3.2.2.
de aumentar seu poder de barganha.
FIGURA 3.2.2
0
W
AG IXA
RE
R
NA AD OS
ES
C O
OS
ES LE IRA )
UT N OS
RO D E
TE S
PÁ
R
R
OS
EN RA
DO
TC
NA CUB
LE
)
ON ELE
AI S
S)
LA EM
SO
DO
YA
OS
NG
R
RJ NT
TR ME D
EI
UR TO
EN CA
ID
S)
NT S
TO
AN RA
PI
FR
A
CA VER
DE
RA
CA (FO ME
A
ND
M
CO M
DE
NS
FL
RM AS
(E DE
DE
GE
OR
TE
A
FU
GE
PE ERR
M
A
E
SIS
L
GR
SF
A
RO
TE
(C
M
AN
TE
ÃS T
EN
SIS
TE
OR
RE
SIS
TR
SIS
RS
VE
(IM
IN
De acordo com a Figura 3.2.2, a torre, o gerador, mento. Verifica-se também que há uma diversidade
os fundidos, a caixa de engrenagem e a carenagem de avaliações entre as montadoras para alguns
da nacele e do cubo são os principais itens conside- itens, o que por vezes pode estar relacionado com
rados estratégicos. O transformador e o sistema a tecnologia do aerogerador (com ou sem caixa de
de freios, por outro lado, são unanimidade entre as engrenagem) e/ou com o maior ou menor grau de
montadoras como itens de baixo risco de forneci- verticalização de sua cadeia de fornecimento.
80 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
Mapeamento
das Empresas
Fabricantes
de componentes
e fabricantes de
subcomponentes
e insumos
VELOCIDADE DOS VENTOS
MAPA 1 MAPA 2
Fabricantes Fabricantes de
de Aerogerador, Subcomponentes
Torres e Pás e insumos
AEROGERADOR NACELE
TORRES TORRES
PÁS PÁS/ROTOR
Número
de Empresas do Setor
6 16 4 88 53 57
(1 NOVA) (3 NOVAS) (56 NOVAS) (25 NOVAS) (31 NOVAS)
Evolução
da Capacidade Produtiva
2014 2017
Montadoras de Aerogeradores
Capacidade total de 1.428 unidades
IMPSA
GE
WOBBEN
SIEMENS
GAMESA
ALSTOM
ANORDEX
CCIONA
WEG
VESTAS
GESTAMP
TORREBRAS
ENGEBASA
ALSTOM
INTECNIAL
SCS A
BRASIL SAT
T.E.N.
em unidades de Aerogeradores
Fabricantes de Pás Eólicas
1.800
Capacidade total de 7.000 unidades
1.350
TECSIS
900
WOBBEN
450
LM WIND
POWER
0
2014 2015 2016 2017 2018 AERIS
04
CAPÍTULO 01 | INTRODUÇÃO 83
Conclusões e
Sugestões
84 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
04. Conclusões e
Sugestões
Principais Conclusões
no Comparativo com o
Estudo de 2014
Os Quadros a seguir apresentam de forma sistematizada as percepções
coletadas nos questionários enviados às montadoras, comparativa-
mente às conclusões do estudo de 2014 (ABDI, 2014), sobre diversas
características da cadeia produtiva, abrangendo: visão geral da cadeia,
requisitos do FINAME/BNDES, competitividade, indústria nacional de
bens seriados, desenvolvimento de tecnologia e fatores logísticos.
CAPÍTULO 04 | CONCLUSÕES E SUGESTÕES 85
FIGURA 4.1.1
2014 2017
MOTIVAÇÕES Motivos para a não aquisição de componentes Os fatores preponderantes são custo e
PARA IMPORTAÇÃO e subcomponentes no mercado nacional, são: disponibilidade. O custo de alguns componentes
DE BENS custos internos maiores; falta de capacidade ou eólicos produzidos no Brasil é superior aos
capacidade produtiva local limitada; capacidades importados. Desta forma, a importação é
ociosas em outros países; preferência por geralmente preferida apesar de exigir uma logística
fornecedores globais; ausência de fabricantes mais extensa e onerosa. x
locais (e homologados) para determinados itens.
BENS COM MAIOR Resina e fios/tecidos de fibra para Pás, massas e Anéis forjados para rolamentos e flanges, freios do
POTENCIAL / revestimentos para o acabamento de Pás, flanges gerador, componentes ainda não nacionalizados
INTERESSE PARA forjados para torres de aço, elementos internos das que não compõe a tabela Finame, como internos
NACIONALIZAÇÃO
torres, elementos estruturais da nacele e gerador, de torres (tomadas, luminárias). Bens como
gerador, sistemas de passo, de Yaw e de controle, gerador, caixa multiplicadora e rolamento do eixo
anemômetros, sensores, caixa de engrenagem e principal, embora sejam itens potenciais, pois não
imãs permanentes. há fornecedor local, são de difícil nacionalização
e, portanto, há baixo interesse por parte das
empresas neste processo.
VISÃO GERAL DA A indústria de energia eólica instalada no Brasil Os problemas de competitividade da cadeia
CADEIA PRODUTIVA é atrativa e está em fase de estruturação e produtiva decorrem da intermitência recente da
NACIONAL adequação ao mercado, e enfrenta diversas demanda e baixa escala quando se comparam
dificuldades na busca por sua consolidação. Os alguns componentes de alto custo com similares
principais gargalos verificados estão relacionados importados e, ainda, da capacidade limitada de
à falta de competitividade dos itens de produção produção para alguns itens. Há empresas com
local frente aos importados e à falta de capacidade potencial para atuar no setor, mas o atual cenário
produtiva de componentes e subcomponentes. de contratação de energia no Brasil, juntamente
Alguns empresários do setor ressaltam, com a burocracia e dificuldade nos processos de
adicionalmente, a falta de experiência dos homologação e desenvolvimento dos fornecedores
fabricantes locais. tem desincentivado estes movimentos.
86 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
FIGURA 4.1.2
REQUISITOS DA FINAME/BNDES
2014 2017
REQUISITOS DO Como consequência dos requisitos de conteúdo Todos os fabricantes credenciados atingiram
FINAME / BNDES local, o BNDES aponta investimentos em 20 os requisitos finais propostos pela metodologia
novas unidades industriais, concluídas ou em fase de credenciamento. Para tal mais de 50 novos
de construção, e na ampliação, remodelagem e/ investimentos foram identificados pelo BNDES
ou instalação de novas linhas de produção em incluindo novas fábricas, adequações ou expansões.
14 unidades industriais existentes. Há ainda a Dos 27 itens listados na metodologia (tabelas 1 e
perspectiva de mais outros investimentos em elos 2), apenas 6 itens não foram nacionalizados. Foram
importantes da cadeia. desenvolvidas novas plataformas mais modernas e
o processo de homologação de novas máquinas tem
sido contínuo.
FIGURA 4.1.3
COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA/CUSTOS
2014 2017
CUSTOS DOS Os maiores custos para componentes e O aço nacional segue sendo considerado o
INSUMOS subcomponentes produzidos localmente estão insumo excessivamente mais caro do que o
relacionados principalmente ao custo interno da aço de fornecedores no exterior. A variação
chapa de aço. O aço é a principal matéria-prima dos dos custos dos insumos produtivos nacionais
aerogeradores que usam torres de aço. O custo da estaria, em média, 30% maior na comparação
chapa importada é 30% inferior ao custo da compra com a compra do mercado internacional (Chinês,
feita localmente, da Usiminas, atualmente única Indiano ou Coreano).
fornecedora deste tipo de aço no País. Há ainda
outros monopólios em termos de materiais, como
o aço para os fundidos (GERDAU), o aço-silício
(APERAN), a resina epóxi (DOW) e os tecidos de
fibra de vidro (OWES CORNING) das Pás.
CUSTOS Apontadas desvantagem para o Brasil na Os custos financeiros de maior impacto seriam:
FINANCEIROS competição no mercado internacional em encargos da mão de obra e impostos, além dos
E IMPACTO NA decorrência da elevada carga tributária que custos logísticos (pedágios, licenças federais,
COMPETITIVIDADE
incide na cadeia produtiva nacional, de custos etc.). Os custos de mão de obra com os encargos
mais elevados com transporte e logística e pela seriam similares aos da Europa, porém ainda
composição do custo de mão de obra, resultando muito acima da Ásia.
em um posicionamento de inferioridade em relação Os fatores de maior impacto na competitividade
a diversos países. da indústria nacional seriam (nesta ordem):
• Câmbio (componentes importantes ainda são
importados ou comprados no Brasil em dólar
como moeda de referência);
• Baixa escala de produção local para alguns
componentes/insumos;
• Condições mais elevadas dos fatores de
produção (encargos sobre a mão de obra, capital,
infraestrutura, etc.) em comparação a realidade
de outros países;
• Elevada carga tributária/impostos não
recuperáveis.
88 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
FIGURA 4.1.4
2014 2017
FUNDIDOS, Os itens de grande porte fabricados por processos Considera-se ainda limitada a capacidade da
FORJADOS de forjaria, fundição e/ou usinagem de alta precisão, indústria nacional para estes itens. Existem
E USINADOS em sua maioria, representam gargalos potenciais poucos fornecedores (dois) para fundidos. A
DE GRANDES
na cadeia produtiva da indústria eólica nacional. atratividade para a entrada de novos fornecedores
DIMENSÕES
Há também dificuldades logísticas associada ao depende da demanda e escala ao longo dos anos.
fluxo produtivo do cubo. As empresas instaladas no Os fornecedores necessitam ser acionados
País teriam capacidade para produzir com precisão pelos fabricantes de turbinas eólicas no início de
e qualidade elevada, mas não na produtividade desenvolvimento de novas turbinas para terem
desejada. Os recursos existentes em termos de condições de atender às necessidades específicas
maquinário não permitem o alcance de níveis de para aerogeradores de maior potência.
produtividade similares aos de fábricas na Europa.
As montadoras, inclusive, optam algumas vezes por
adaptar o projeto destes componentes às condições
de máquinas locais, de forma a facilitar o processo
produtivo e assim obter maior produtividade.
FIGURA 4.1.5
2014 2017
FIGURA 4.1.6
FATORES LOGÍSTICOS
2014 2017
ITENS CRÍTICOS PARA A carenagem da nacele, as pás, as seções de Continuam sendo considerados itens críticos
TRANSPORTE torres e os fundidos. os grandes componentes como pás, naceles,
seções de torres, fundidos de grande porte.
Estes componentes, devido ao excesso de peso
ou dimensão, exigem a presença de equipe de
batedores, licenças especiais e transporte em
horários alternativos pré-estabelecidos.
GARGALOS Para a logística dentro do território nacional Falta de embarcações para o transporte marítimo
LOGÍSTICOS faltam navios especializados que possam de cabotagem, infraestrutura dos portos e rodovias
proporcionar um serviço de transporte deficientes ou subdimensionadas para o porte dos
marítimo de cabotagem confiável, regular componentes eólicos, incluindo algumas obras de
e competitivo para as “cargas de projeto”. arte (pontes) condenadas. Apesar dos avanços
Há ainda dificuldades com a infraestrutura institucionais e administrativos observados
dos portos brasileiros e seu elevado custo no Departamento Nacional de Infraestrutura
de operação (em algumas localidades). No de Transportes - DNIT e a PRF, em termos do
caso do modal rodoviário, faltam caminhões entendimento dos aspectos logísticos intrínsecos
especiais no mercado e também rotas (malha do setor, ainda é limitada a capacidade de suporte
rodoviária) adequadas à entrega dos produtos. de ambas as instituições.
Estas dificuldades, somadas às condições
(em geral) ruins das estradas brasileiras, e às
longas distâncias a percorrer, resultam em
custos de frete elevados, onerando o preço dos
aerogeradores.
90 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
Sugestões
A seguir, são apresentadas as principais sugestões para fomentar o desen-
volvimento e sustentabilidade da cadeia produtiva do setor eólico brasileiro,
recebidas dos fabricantes do setor:
Observações
Diversas outras sugestões, como por exemplo as voltadas à melhoria da
infraestrutura logística do País, foram apresentadas no estudo de 2014 e não
receberam novas contribuições neste levantamento. Assim, estas sugestões não
estão sendo reapresentadas nesta atualização.
05
CAPÍTULO 01 | INTRODUÇÃO 95
Referências
Bibliográficas
96 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
05. Referências
Bibliográficas
ABDI. Agência Brasileira de Desenvolvimento [post]. 17 jul. 2017. Disponível em: < http://www2.
Industrial. Mapeamento da cadeia produ- ctee.com.br/brazilwindpower/2016/zpublisher/ma-
tiva da indústria eólica no Brasil. Brasília: teria/?url=suzlon-decide-encerrar-atividades-no-
2014. Disponível em: <http://www.abdi.com. -brasil-20170718>. Acesso em: 29 jun. 2017.
br/Estudo_Backup/Mapeamento%20da%20
Cadeia%20Produtiva%20da%20Ind%C3%BAs- CTZ EOLIC TOWER. Disponível em: < http://cor-
tria%20E%C3%B3lica%20no%20Brasil.pdf>. tezengenharia.com.br/ctz-eolic-tower/>. Acesso
Acesso em: 22/06/2015. em: 29 jun. 2017.
RECHARGE WIND. LM Wind OEM customers WEG. WEG anuncia entrada no mercado eólico
face ‘risk’ after GE acquisition, says Macquarie. Indiano. [post]. 25 abr. 2017. Disponível em:
[post]. 25 out. 2016. Disponível em: < http:// <http://www.weg.net/institutional/BR/pt/news/
www.rechargenews.com/wind/1182497/lm-win- corporativo/weg-anuncia-entrada-no-mercado-
d-oem-customers-face-risk-after-ge-acquisition- -eolico-indiano>. Acesso em: 29 jun. 2017.
-says-macquarie>. Acesso em: 30 jun. 2017.
WOBBEN WINDPOWER. Nova Fábrica de Tor-
RECHARGE WIND. Nordex buys rotor blade res da Wobben Windpower em Guaíba. [post].
maker SSP Technology. [post]. 01 fev. 2017. 30 set. 2016. Disponível em: < http://www.
Disponível em: <http://www.rechargenews. wobben.com.br/noticias/detalhe/nova-fabrica-
com/wind/1211699/nordex-buys-rotor-blade- -de-torres-da-wobben-windpower-em-guaiba/>.
-maker-ssp-technology?utm_source=Rechar- Acesso em: 29 jun. 2017.
98 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
CAPÍTULO 01 | INTRODUÇÃO 99
Anexo I
Itens que
Compõem a Cadeia
Produtiva de Bens
e Serviços
100 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
I. Anexo I
Itens que Compõem a
Cadeia Produtiva de
Bens e Serviços1
1
BENS –
PARTES E COMPONENTES1
Os bens que compõe a cadeia produtiva da indústria eólica compreen-
dem o aerogerador e os itens de infraestrutura do parque eólico, como
fundações e os equipamentos necessários para conexão à rede elétrica,
tais como: transformadores, subestação, cabos e inversores.
FIGURA 1
TOPOLOGIAS DE AEROGERADOR
Diferentes tecnologias de aerogeradores têm sido desenvolvidas nas últimas déca-
das. Dependendo da tecnologia, pode haver componentes e/ou subcomponentes
específicos, bem como pode haver diferenças em sua disposição no aerogerador.
As diferentes tecnologias de aerogerador podem ser classificadas segundo os
seguintes conceitos (UPWIND, 2007):
FIGURA 2
SCIG
GRID
G E A R B OX
CAPACI TOR
Este sistema evoluiu posteriormente para um sistema de duas velocidades utilizando um gerador
SCIG com polo mutável. Obteve-se assim maior eficiência das pás e redução de ruído a baixas velo-
cidades. Este conceito tem sido usado pela Vestas, Made (atualmente Gamesa) e Nordex. Geral-
mente o número de polos dos aerogeradores comerciais deste tipo é de 2 ou 3 pares, requerendo
uma caixa de engrenagem de 3 estágios. Não há conexão elétrica entre o estator e o rotor.
A introdução do controle de estol ativo permitiu a virada da pá, melhorando a eficiência de extra-
ção de potência da máquina (o passo da pá do rotor é girado na direção do estol e não na direção da
posição de embandeiramento - menor sustentação - como é feito em sistemas de passo normais).
Este sistema tem sido usado pela Siemens e Vestas. O controle de passo vira as pás no sentido
contrário do mecanismo de estol ativo e necessita de acionamento mais potente, com algumas
desvantagens para o caso de aerogeradores de grande porte.
104 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
FIGURA 3
WRIG
GRID
GEA R B OX
CONVER TER
A partir dos anos 90, os aerogeradores de capacidade maior que 1,5MW passa-
ram a utilizar o conceito de velocidade variável proporcionando maior qualidade
de geração de energia, entre outros benefícios. Um aerogerador com sistema de
velocidade variável geralmente utiliza mecanismo de controle de passo, caixa de
engrenagem multi-estágio, conversor eletrônico de potência e são possíveis dife-
rentes conceitos de gerador: DFIG, SCIG e PMSG.
ANEXO 1 | ITENS QUE COMPÕEM A CADEIA PRODUTIVA DE BENS E SERVIÇOS 105
FIGURA 4
DFIG
GRID
G EARBOX
CO N VERTER
FIGURA 5
G RID
GE ARBOX CO N VERTER
SCIG
Uma alternativa ao tipo DFIG é o gerador síncrono de excitatriz com ímãs perma-
nentes (PMSG) com conversor de larga escala. O custo dos componentes eletrô-
nicos é menor e não são utilizadas escovas. Esta tecnologia tem sido usada pela
Gamesa (Made), GE e Clipper, e é representada esquematicamente na Figura 6.
FIGURA 6
G RID
GEARBOX CO N VERTER
PMSG
ANEXO 1 | ITENS QUE COMPÕEM A CADEIA PRODUTIVA DE BENS E SERVIÇOS 107
FIGURA 7
FIGURA 8
EESG
G RID
CO N VERTER
CO NVERTER
Recentemente, o uso de geradores do tipo PMSG tem se tornado mais atrativo pela
melhoria de desempenho e diminuição dos custos dos ímãs e outros componentes
eletrônicos. Empresas como WEG (tecnologia Northern) e IMPSA (tecnologia
Vensys) utilizam este conceito, representado esquematicamente na Figura 9.
ANEXO 1 | ITENS QUE COMPÕEM A CADEIA PRODUTIVA DE BENS E SERVIÇOS 109
FIGURA 9
PMSG
GRID
CO N VERTER
FIGURA 10
GRID
G EARBOX CO N VERTER
PMSG
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM
AEROGERADOR DE EIXO HORIZONTAL
Como visto anteriormente, o aerogerador é constitu- le a uma altura conveniente ao seu funcionamento.
ído pelos seguintes componentes básicos: torre; pás, As torres podem ser do tipo cônica ou treliçada e
cubo do rotor, eixo, nacele, gerador, e, dependendo da construídas a partir de diferentes materiais (CUS-
tecnologia, caixa de engrenagem (Figura 1). Uma ou- TÓDIO, 2013). As torres cônicas podem ser de
tra subdivisão possível é a que separa os componen- aço laminado ou concreto protendido, e as torres
tes principais em (AWEA, 2011; POLYTEC, 2009): treliçadas utilizam aço galvanizado. Há também as
rotor (compreendendo as pás, o cubo, rolamentos chamadas torres (cônicas) híbridas, onde a parte de
e mecanismos de controle); trem de acionamento baixo da torre (cerca de 60 metros) é construída em
(compreendendo o eixo principal, sistema de freios, concreto e a parte superior é feita em aço. As duas
caixa de engrenagem – se houver, e eixo secundário partes são acopladas através de um anel de transi-
(se houver); nacele (considerando carenagem em ção. A definição do tipo de torre / material depende
fibra, sistema de Yaw (guinada), peças estruturais e de fatores como custo, altura do aerogerador,
equipamentos auxiliares); sistema de força elétrica facilidade de transporte, montagem e manutenção.
(contendo gerador, conversor ou inversor – se algum, De maneira geral, pode-se dizer que as torres de
cabos internos e transformador); e a torre. aço cônicas são mais utilizadas em alturas menores,
na faixa de 80 a 100 metros, enquanto as torres de
A abertura dos componentes e subcomponentes concreto, híbridas ou as treliçadas são mais empre-
para uma visão única de árvore de produto é gadas em alturas maiores, acima de 100 metros. As
dificultada pelas diferentes tecnologias utilizadas torres treliçadas são mais comumente empregadas
pelos fabricantes e também pelas diferentes siste- em situações que requerem uma logística simplifi-
máticas de compras e nomenclaturas utilizadas. A cada, como instalações em locais de difícil acesso.
fim de facilitar este processo e permitir a elabo- Para o caso de torres “ultra-altas” (na faixa dos 200
ração da relação de itens produtivos previstas metros), há ainda tecnologias que empregam ma-
no projeto, será considerada prioritariamente a deira na construção ou então utilizam um esqueleto
sistemática e taxonomia adotada pelo BNDES interno de aço envolto em tecido arquitetônico de
para fins de credenciamento dos aerogeradores alta resistência (BRAZIL, 2013).
no FINAME2. Nesta sistemática os aerogeradores
são divididos em dois grandes grupos – com e sem Nos parques eólicos instalados no Brasil são mais
caixa de engrenagem. E a subdivisão dos compo- comuns as torres cônicas de aço e as híbridas
nentes é feita considerando-se: torre, pá, cubo (utilizadas pela Wobben). Recentemente as torres
e nacele. A seguir os principais componentes e totalmente de concreto vêm ganhando espaço
subcomponentes são brevemente descritos. no mercado brasileiro e novos fabricantes estão
atualmente desenvolvendo protótipos no país.
FIGURA 11
4. 1.
FLANGE
INFERIOR
3.
MARCO 2.
DE PORTA NACELE
2.
FLANGE
INTERMEDIÁRIA
1.
3. 4.
FLANGE
SUPERIOR
As torres representam de 20 a 25% do custo do 850 toneladas apenas em sua parte estrutural.
aerogerador. No caso das torres cônicas de aço, são Além dos componentes estruturais, que corres-
utilizadas de 100 a 200 toneladas deste material, pondem a cerca de 90% do custo de material,
dependendo da altura - aproximadamente 98% da fazem parte das torres uma série de componentes
torre é feita de aço. Neste caso a torre correspon- internos, tais como: escadas, elevadores3, platafor-
dendo a cerca de 65% do peso do aerogerador. As mas, suportes, guard-rails, etc. A Figura 12 apresen-
torres de concreto são bem mais pesadas, atingido ta alguns dos internos das torres.
1. 3 Na metodologia do BNDES o elevador é considerado
um item associado à nacele.
FIGURA 12
INTERNOS DA TORRE:
O Quadro 1 traz uma abertura detalhada dos itens e insumos utilizados em torres
cônicas de aço e concreto.
QUADRO 1
Concreto (pré-moldados)
• Cimento, areia, brita, água, aditivos plastificantes
Moldes
ESTRUTURA TORRE DE CONCRETO Insertos metálicos
Cabos de aço de protensão
Revestimentos (pintura)
Produtos de montagem dos pré-moldados (adesivos)
Escadas
• Etiquetas de identificação
Cimento, areia, brita, água,
aditivos plastificantes
Elevador
Plataformas
Suportes (brackets) e acessórios
ELEMENTOS INTERNOS
Sistemas de proteção contra-quedas
• Cabo, fixador, trava-queda, correia, corda
• Cerca, porta da cerca
Guard-rails
Passa-cabos (pipe-rack ou eletrodutos)
Cabos
Iluminação
FIGURA 13
4.
FIXADORES PARA
PÁS DOS ROTORES
3.
3.
4.
FIXADORES
PARA GERADOR
2.
2.
1.
1.
CHUMBADORES
PRA FUNDAÇÃO
ROTOR
O rotor compreende basicamente as pás – 3 por aerogerador (tipo comercial de
grande porte mais comum) e o cubo onde são fixadas. As pás são os elementos
que interagem diretamente com o vento. São perfis aerodinâmicos de 30 a 70
metros de comprimento (instalações Onshore) fabricados em material compó-
sito – resina epóxi ou poliéster reforçada com fibra de vidro e/ou carbono – e
representam cerca de 22% do custo do aerogerador e 7% de sua massa (6 a 10
toneladas cada uma). As pás normalmente recebem um acabamento superficial
para proteção do compósito às intempéries, à base de gel-coat e/ou revestimen-
tos poliuretânicos. O “bordo de ataque”, superfície que está em atrito direto com
vento, chuva e particulados em altas velocidades, é a região mais crítica, passível
de desgaste por erosão.
FIGURA 14
LIGHTNING
RECEPTORS BLADE TIP
• Down bla de lenght LIGHTNING
INTERNAL RECEPTOR
REINFORCEMENT
• For example, shear web
LAMINATE
LAYER
ROUND
LEADING EDGE
UPPER SURFACE
SANDWICH SHELL
LOWER SURFACE
LAMINATE SANDWICH SHELL
LAYER
TRALLING
EDGE
SIDE VIEW OF BLADE
BLADE ROOT ROUND LOWER TRALLING
• Bolted to blade bearing LEADING SURFACE EDGE
• Diameter big enough to EDGE
walk/ crawl into
COMMON
‘IKEA’ BLT
CONNECTION
LOWER
SURFACE
Fonte: Disponível em: <http://www.windpowermonthly.com/article/1137943/service-maintain-wind-turbine-blade>. Acesso .em 07/09/13
ANEXO 1 | ITENS QUE COMPÕEM A CADEIA PRODUTIVA DE BENS E SERVIÇOS 117
FIGURA 15
FIGURA 16
T-BOLT
FIGURA 17
QUADRO 2
NACELE
A nacele é a carcaça montada sobre a torre que contém uma série de compo-
nentes e subcomponentes tais como: eixo, gerador, caixa multiplicadora (quando
usada), transformador, sistema de Yaw, etc. O tamanho e o formato da nacele são
variáveis de acordo com os componentes e sua disposição em seu interior (CUS-
TÓDIO, 2013). As maiores variações são entre aerogeradores que utilizam caixa
de engrenagem e os que não utilizam – com acoplamento direto.
QUADRO 3
Elementos estruturais
• Quadro principal (main frame)
• Quadro traseiro (rear frame)
• Bastidor
• Parafusos estruturais
Talha
Carenagem da nacele
• Resina epóxi ou poliéster
• Tecido de fibra de vidro
Acessórios
• Luzes de sinalização
• Anemômetro (medidor de velocidade do vento)
• Sensor de direção do vento
• Outros sensores
• Para-raios
Eixo Principal
• Rolamentos do Eixo Principal
• Sistema de lubrificação
Rolamento Yaw
Sistema de Yaw
• Sistema de acionamento do YAW (motorredutor)
• Painel de controle do YAW
Conversor/Inversor
Transformador
Sistema de freios
Sistema de travamento do rotor
Painel de Proteção Elétrica
Cabos/barramento
Unidade hidráulica
Sistema de refrigeração da nacele
Slip Ring
FIGURA 18
Fonte: Wobben/Enercon
FIGURA 19
Além dos bens a serem instalados no parque, há bens que são utilizados durante a
sua construção, tais como guindastes especiais, para grandes alturas e com capa-
cidade até 750 toneladas e veículos especiais para movimentação e transporte de
componentes específicos, como ilustrado nas fotos da Figura 20.
ANEXO 1 | ITENS QUE COMPÕEM A CADEIA PRODUTIVA DE BENS E SERVIÇOS 125
FIGURA 20
FIGURA 21
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
CONTRUCTION
• Project Management
• Construction monitoring
• Owner’s Engineer
SERVIÇOS DE DESENVOLVIMENTO DE
PROJETOS
O desenvolvimento de projetos de parques eólicos pode ser conduzido, em boa
parte, internamente pelas equipes próprias das empresas geradoras de energia /
proprietários de parques, ou ser totalmente contratado de empresas especializa-
das nesta prestação de serviços. O desenvolvimento de projetos envolve basica-
mente as seguintes atividades e subatividades apresentadas no Quadro 4.
QUADRO 4
Revisão de restrições
Projeto conceitual do parque eólico
Mapeamento / medição do vento
Medição de Potência
ESTUDOS DE VIABILIDADE
Análise energética – estimativa de produção
Análise financeira
Revisão da conexão à rede
Avaliação de incertezas
QUADRO 5
Apoio ao leilão
NEGOCIAÇÃO COM COMPRADORES
Comercialização de contratos de energia – trading
SERVIÇOS DE EXECUÇÃO
Os serviços de execução incluem uma fase preliminar – de pré-construção e a fase
de construção e montagem propriamente dita. Para a construção podem ser con-
tratadas diversas empresas individualmente ou contrata-se uma empresa que se
responsabiliza por todas as atividades de construção e montagem – modelo turnkey.
A montagem do aerogerador é geralmente de responsabilidade do fornecedor do
aerogerador, o qual pode então assumir as outras obras configurando o turnkey. Os
serviços prestados nesta fase são apresentados no Quadro 6.
ANEXO 1 | ITENS QUE COMPÕEM A CADEIA PRODUTIVA DE BENS E SERVIÇOS 129
QUADRO 6
SERVIÇOS DE EXECUÇÃO
SERVIÇOS DE OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO
Os produtores de energia geralmente terceirizam as atividades de operação e ma-
nutenção do parque eólico (controle da produção de energia e planos de manuten-
ção preventiva). Estas atividades são contratadas principalmente dos fornecedores
das máquinas (aerogeradores) na forma de serviço de pós-venda de longo prazo.
Também os sistemas elétricos do parque, compreendendo desde as subestações
unitárias até as conexões com as redes de transmissão e distribuição de energia,
requerem serviços de manutenção.
Estes diversos serviços de O&M oferecidos / contratados, bem como outros rela-
cionados a fase de exploração do parque são apresentados no Quadro 7.
130 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
QUADRO 7
SERVIÇOS DE O&M
Operação do parque
Serviços de controle integrado e monitoramento remoto
Comunicação com o ONS (Operador Nacional do Sistema)
Análise e desempenho da produção
Análise da disponibilidade
Medições e controle de grandezas elétricas
Medições acústicas
Medições de curva de potência
O&M
Inspeção preventiva
Manutenção preventiva e corretiva
Diagnóstico de falhas
Auditoria de qualidade e segurança
Limpeza e tratamento de superfície das turbinas/alpinismo
Grandes reparações de aerogeradores
Retrofitting de aerogeradores
Manutenção e reparação de pás
Comprovação de garantias
EXPLORAÇÃO Ensaios de rendimento
Vigilância ambiental na exploração
OUTROS SERVIÇOS
Além dos vários serviços apresentados anteriormente há ainda diversos outros,
tais como: treinamento / capacitação profissional; certificações de turbinas, compo-
nentes e projetos; estudos de inteligência de mercado, estudos sobre políticas e
regulação; seguros, incluindo gerenciamento de riscos em todas as fases de um pro-
jeto eólico, bem como gestão de sinistros; financiamento de projetos, geralmente
bancos de fomento e desenvolvimento como o BNDES e outros bancos estaduais,
mas também podem envolver bancos privados; etc.
ANEXO 1 | ITENS QUE COMPÕEM A CADEIA PRODUTIVA DE BENS E SERVIÇOS 131
Outro tipo de serviços que ainda pode ser citado é o que envolve o projeto dos
aerogeradores e seus componentes. Há empresas especializadas, em geral es-
trangeiras, dedicadas ao desenvolvimento de projetos para posterior comercia-
lização ou licenciamento.
MATERIAIS
Um grande número de materiais é usado na fabricação de aerogeradores. Os
materiais considerados mais importantes são: aço, fibra de vidro, resinas (para
compósitos e adesivos), materiais para o núcleo da pá, imãs permanentes e cobre
(DOE/GO, 2008).
QUADRO 8
Composição do concreto:
cimento, areia, brita, água e
aditivos plastificantes.
Em aerogeradores com torre de
CONCRETO Torre de concreto, bloco da fundação (base do aerogerador)
aço, cerca de 1,3% em peso do
total é concreto (fundações).
Uma torre de concreto tem massa
de aprox. 850 ton.
FERRO FUNDIDO (CAST IRON) Cubo do rotor, caixa de engrenagem, gerador, mancais, eixo É o material da carcaça do cubo.
RESINA (EPÓXI OU POLIÉSTER) Pás, carenagem (habitáculo) da nacele, carenagem do cubo Insumo para o compósito.
Cerca de 5% em peso da pá e
MADEIRA BALSA Pás
0,4% do aerogerador.
COMPONENTES E SUBCOMPONENTES
Fabricantes deste estágio da cadeia são normalmente focados em um determinado
componente e não produzem outros. Um fabricante de aerogeradores normal-
mente trabalha com dois ou três fornecedores para cada componente essencial,
de modo a não depender de um único fornecedor. São comuns contratos de longo
prazo ou são estruturados acordos de forma a garantir um fornecimento contí-
nuo e de alta qualidade (GODOY, 2008). No caso de fabricantes multinacionais, é
comum a seleção de fornecedores com base na cadeia de fornecimento global da
empresa. Atualmente a seleção de fornecedores para parques no Brasil está sendo
influenciada pelas regras de concessão de financiamento, que privilegiam uma base
de fornecedores locais, conforme já comentado anteriormente.
MANUFATURA
A etapa de manufatura está na verdade mais relacionada à montagem do cubo do
rotor e da nacele do aerogerador, uma vez que os demais grandes componentes,
como a torre e a pá, são geralmente adquiridos ou subcontratados de terceiros.
A montagem final do aerogerador ocorre diretamente no parque eólico, com a
instalação da torre e posterior acoplamento da nacele e do rotor.
LOGÍSTICA E OPERAÇÕES
Neste estágio da cadeia estão incluídos todos os serviços descritos no capítulo 3.
Entre os atores envolvidos neste estágio, destacam-se:
EÓLICOS DETÉM A vos, construtoras, fundos de Segundo pesquisa realizada pelo Centro de
pensão, empresas de energia Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE, 2012), os
CONCESSÃO PARA elétrica privadas, etc. (POR- valores investidos em P&D no tema energia eólica,
1. 5 No Brasil há
atualmente dois ambientes de negócio e
de contratos: o Ambiente de Contratação
5. No Brasil há atualmente dois ambientes de negócio e de contratos: o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) – atualmente
Regulada
o (ACR)
principal ambiente – atualmente
de contração de energia o principal
eólica, e o Ambiente de Contratação Livre (ACL). No caso do ACR as operações de
ambiente
compra e vendade contração
se dão de energia
através de leilões eólica,
com o critério de menor tarifa onde somente podem participar da compra as empresas
e o Ambiente
distribuidoras de Contratação
de energia. Livre do
Os contratos resultantes (ACL).
leilão são de longo prazo, em geral 20 anos, e tem a garantia de repasse
Nocustos
dos casodedo ACRdeas
aquisição operações
energia deconsumidores
às tarifas dos compra finais. No ACL, só podem comprar energia os chamados consumi-
dores livres. Neste ambiente as relações comerciais são livremente pactuadas e regidas por contratos que estabelecem prazos e
e venda se dão através de leilões com
volumes. (Pinto Jr, 2007.)
o critério de menor tarifa onde somente
podem participar da compra as empresas
distribuidoras de energia. Os contratos
resultantes do leilão são de longo prazo,
ANEXO 1 | ITENS QUE COMPÕEM A CADEIA PRODUTIVA DE BENS E SERVIÇOS 137
FIGURA 22
• Torre • Cubo
COMPONENTES • Pá • Nacele
MANUFATURA OEMs-Montadoras
• Promotores de Projeto
LOGÍSTICA E • Consultores
• Transporte, movimentação e montagem
OPERAÇÕES • Gerenciadores de Projeto
• Operação & Manutenção
REFERÊNCIAS
ANCONA D.; McVEIGH, J. Wind Turbine.Mate- GURIT Wind Energy handbook. Cap. 4-Blade
rials and Manufacturing Fact Sheet.Prepared for Manufacturing Processes. Disponível em: <http://
the Office of Industrial Technologies, US Depart-
ment of Energy. Princeton Energy Resources www.gurit.com/wind-energy-handbook-1.aspx>.
International, LLC, 2001. Acesso em: 17/10/2013.
ANEEL. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/ SUPPLY Chain: The race to meet demand. Wind
aplicacoes/atlas/aspectos_institucionais/2_4_1. Directions. January / February, 2007.
htm>. Acesso em 29/08/2013.
POLYTEC Group. Survey of industrial opportu-
AWEA-American Wind Energy Association.Manu- nities within the wind energy supply chain. Rela-
facturing Supplier Handbook for the Wind Energy tório P-09037-R001. Noruega, 2009. Disponível
Industry.BlueGreen Alliance – GLWN, 2011. em: <www.polytec-group.com/en>. Accesso em:
15/11/2011.
BRAZIL Windpower. Jornal oficial produzido pela
Recharge. Edição 1, p. 14. 4 de setembro de 2013. PORTAL Brasil. Disponível em: <http://www.bra-
sil.gov.br/infraestrutura/2011/12/entenda-co-
CGEE-Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. mo-aenergia-eletrica-chega-a-sua-casa>. Acesso
Avaliação e percepções para o desenvolvimento em: 29/08/2013.
de uma política de CT&I no fomento da energia
eólica no Brasil. Brasília, 2012. PORTO, M. A. A. Planejamento e Gestão de
Empreendimentos. XXVII Seminário Nacional de
CRESESB – Centro de Referência para Energia Grandes Barragens. Anais. Belém, 2007.
Solar eEólica. Tutorial Energia Eólica. Rio de Janei-
ro, 2008. Disponível em: <http://www.cresesb. UPWIND.Concept report on generator topologies,
cepel.br/content.php?cid=tutorial_eolica>. Acesso mechanical & electromagnetic optimization. 2007.
em 06/10/2013.
WALCZYK, D.An Overview of Composite Wind
CUSTÓDIO R. Energia Eólica. 2ª ed. Rio de Janei- Turbine Blade Manufacturing.Workshop on
ro: Synergia, 2013.
NextGeneration Wind Power. Rensselaer Polyte-
DOE/GO-US Department of Energy.20% Wind chnic Institute, Maio, 2010.
Energy by 2030.Increasing Wind Energy’s Contri-
XAVIER, S. M. T. Contratos EPC para empreendi-
bution to U.S. Electricity Supply.July, 2008.
mentos hidrelétricos e seus stakeholders. Univer-
GODOY, F. V. Análise estratégica do setor eólico sidade Federal de Santa Catarina. Dissertação de
italiano. Universidade de São Paulo - Escola Poli- Mestrado, 2004.
técnica. Tese de Doutorado, 2008.
142 PRODUTO 6.1 | ANÁLISE DO POTENCIAL BRASILEIRO NO MERCADO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
BRASÍLIA–DF
Setor de Indústrias Gráficas (SIG)
Quadra 04 - Bloco B
Cep.: 70.610-440
Ed. Edifício Capital Financial Center
Tel.: +55 61 3962 8700
Fax.: +55 61 3962 8715
www.abdi.com.br