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Vina pratica homicídio qualificado contra Stela em 12 de janeiro de 2000.

Em 28 de abril de
2002, o juiz recebe a denúncia e pronuncia Vina. O mesmo é julgado pelo Tribunal do Juri e
condenado, aplicando o juiz a pena de 15 anos de reclusão, sendo a sentença publicada em 15
de maio de 2003. A defesa recorre da decisão, mas o Ministério Público não, transitando em
julgado, portanto, para a acusação. O Tribunal de Justiça, em 20 de outubro de 2019 reforma
a sentença do juiz, diminuindo a pena para 12 anos. Ocorreu a prescrição? Em caso positivo,
que tipo?

Art. 121. Matar alguem:

Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

§ 2° Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

II - por motivo futil;

III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,
ou de que possa resultar perigo comum;

IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou


torne impossivel a defesa do ofendido;

V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

Para a prescrição da pretenção punitiva propriamente dita usa-se a pena máxima em abstrado,
ou seja, 30 anos. Se a pena for superior a 12 anos, prescreve em 20 anos.

Interrupção da prescrição: Acontece, conforme o artigo 117 do CPB, pelo recebimento da


denúncia ou da queixa, pela pronúncia, pela decisão confirmatória da pronúncia, pela
publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis, pelo início ou continuação do
cumprimento da pena, pela reincidência. Sobre a contagem, usa-se o prazo material,
contando-se o dia do fato.

Da data do cometimento do crime (12.01.2000) até a pronuncia (28.04.2002) não passaram 20


anos.

Da data da pronuncia (28.04.2002) até a publicação da sentença (15.03.2003) não passaram 20


anos.

Assim, não ocorreu a prescrição da pretenção punitiva propriamente dita

Para ocorrer a prescrição da pretenção punitiva superveniente, a contagem inicia com a


sentença condenatória recorrível com trânsito em julgado para a acusação e vai até a próxima
causa de interrupção, no caso o início do cumprimento da pena. É calculada com base na pena
em concreto.
A pena base em concreto foi 15 anos, logo, o crime prescreve em 20 anos. Da sentença
(15.03.2003) até a publicação do acórdão que reformou a sentença (20.10.2019), não passou
20 anos. Logo, não ocorreu a prescrição da pretenção punitiva superveniente.

Para ocorrer a prescrição da pretenção punitiva retroativa, aplica-se aos intervalos anteriores à
sentença ou acórdão.

O Tribunal reformou a sentença para 12 anos. Nas penas entre 8 e 12 anos, ocorre a
prescrição em 16 anos, não podendo ser aplicado aos intervalos anteriores a denúncia.

Da data da denúncia (28.04.2002) até a publicação da sentença (15.03.2003) não passaram 16


anos.

Da publicação da sentença (15.03.2003) até o acórdão do Tribunal (20.10.2019), passaram 16


anos, 7 meses e 6 dias. Logo, ocorreu a prescrição da pretenção punitiva retroativa em
14.03.2019

João pratica estelionato em 5 de fevereiro de 2007. Em 12 de abril de 2010 o juiz recebe a


denúncia contra ele. Em 10 de março de 2012 é publicada a sentença, condenando-o a 1 ano
de reclusão. João recorre da decisão, sendo que o Tribunal de Justiça, em 15 de agosto de
2016 publica o acórdão, confirmando a sentença do juiz de primeiro grau de a ano de reclusão.
Ocorreu prescrição? Em caso positivo, que tipo?

Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer
outro meio fraudulento:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa,

Para a prescrição da pretenção punitiva propriamente dita usa-se a pena máxima em abstrado,
ou seja, 5 anos.Se a pena for de 4 a 8 anos, prescreve em 12 anos.

Da data do cometimento do crime (05.02.2007) até o recebimento da denúncia (12.04.2010)


não passaram 12 anos.

Da data do recebimento da denúncia (12.04.2010) até a publicação da sentença (10.03.2012)


não passaram 12 anos.

Assim, não ocorreu a prescrição da pretenção punitiva propriamente dita

Para ocorrer a prescrição da pretenção punitiva superveniente, a contagem inicia com a


sentença condenatória recorrível com trânsito em julgado para a acusação e vai até a próxima
causa de interrupção, no caso o início do cumprimento da pena. É calculada com base na pena
em concreto.

A pena base em concreto foi 1 ano, logo, o crime prescreve em 4 anos. Da sentença
(10.03.2012) até a publicação do acórdão que reformou a sentença (15.08.2016), passou 5
anos 5 meses e 6 dias. Logo, da sentença para o início do cumprimento da pena, passaram
mais de 4 anos, restando configurada a prescrição da pretenção punitiva superveniente em 9
de março de 2016.

Abironaldo pratica roubo com uso de arma de fogo em 5 de maio de 2003. Em 18 de junho de
2005 o juiz recebe a denúncia contra ele e em 20 de outubro de 2005 é publicada a sentença
condenando-o a 8 anos de reclusão, transitando em julgado tal decisão. Abironaldo foge para
Pedra Branca sendo que em 18 de novembro de 2020, ao ser abordado por policiais, os
mesmos percebem que ele tem um mandado de prisão em aberto por conta de tal
condenação. Ele deverá ser preso? Justifique.

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio,
reduzido à impossibilidade de resistência:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3:

I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo;

Para a prescrição da pretenção punitiva propriamente dita usa-se a pena máxima em abstrado,
ou seja, 10 anos mais 2/3, o que dá aproximadamente 17 anos de reclusão. Se a pena for
superior a 12 anos, prescreve em 20 anos.

Da data do cometimento do crime (05.05.2003) até o recebimento da denúncia (18.06.2005)


não passaram 20 anos.

Da data do recebimento da denúncia (18.06.2005) até a publicação da sentença (20.10.2005)


não passaram 20 anos.

Assim, não ocorreu a prescrição da pretenção punitiva propriamente dita

Para ocorrer a prescrição da pretenção punitiva superveniente, a contagem inicia com a


sentença condenatória recorrível com trânsito em julgado para a acusação e vai até a próxima
causa de interrupção, no caso o início do cumprimento da pena. É calculada com base na pena
em concreto.

A pena em concreto foi de 8 anos. De 4 a 8 anos prescreve em 12 anos. Como não houve
recurso, o início do cumprimento da pena deveria dar-se de imediato. Assim, não houve a
prescrição da pretenção punitiva superveniente.

Para ocorrer a prescrição da pretenção punitiva retroativa, aplica-se aos intervalos anteriores à
sentença ou acórdão.

Da data do recebimento da denúncia (18.06.2005) até a publicação da sentença (20.10.2005)


não passaram 12 anos. Assim, não houve a prescrição da pretenção punitiva retroativa.

Para ocorrer a prescrição da pretenção executória: O Estado tem que executar a pena dentro
do prazo prscricional. Se a pena foi de 8 anos, a execução deve se dar em 12 anos. A última
causa de interrupção da prescrição foi a publicação da sentença, em 20.10.2005. Dessa data
até a prisão do apenado (18.11.2020), passaram 15 anos e 30 dias. Assim, ocorreu a
prescrição da pretenção executória em 19.10.2017

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