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B ) Se DIOMEDES cumprir regularmente o sursis, sem revogação, quando terminará sua pena ? Quando voltará à
condição de primário ?
C ) Se, na data de HOJE ( 15.07.2023 ), o Juiz da Vara de Execuções resolver revogar imediatamente o sursis de
DIOMEDES, determinando sua prisão ( que se efetivaria ainda HOJE ) quando terminará sua pena ? Quando voltará à condição
de primário ?
( A PONTUAÇÃO SERÁ APURADA PELA RESPOSTA GLOBAL, E NÃO POR LETRA )
A ) Posso fazer alguma coisa para instaurar ação penal contra RAFAEL no caso ? Até quando ?
B ) A Promotora, independente da atitude de BEATRIZ poderá ainda fazer alguma coisa ?
( INDICAR DATAS E RACIOCÍNIO – RESPOSTAS FUNDAMENTADAS )
( PONTUAÇÃO SERÁ ATRIBUÍDA PELA RESPOSTA GLOBAL )
Como o tempo do período de prova é computado ( 64, I, CP ), Diomedes voltará a ser primário a partir de
15.07.2026
15.07.2023 ------------ ( 2 anos, 3 meses – 6 meses, detração = 1 ano, 9 meses ) ----------- 14.04.2025, às 24 horas (
fim da pena )
Então, voltará a ser primário de acordo com a regra geral do artigo 64, I:
3 anos e 4 meses prescrevem em 8 anos. Como Rafael tem menos de 21 anos ( 115, CP ), prescrevem em 4
anos
Fato: 18.07.2019 - Prescrição em 17.07.2023
B ) Sim, pois não há decadência do direito de denunciar. A Promotora poderia entrar com a denúncia até 17.07.2023
( também por conta da prescrição ), desde que ainda não apresentada queixa subsidiária, e que o juiz receba a denúncia até
a mesma data, para interromper a prescrição ( 117, I, CP );
QUESTÃO 03: 20 pontos
( PRESCRIÇÃO PENAL )
O caso é de prescrição da pretensão punitiva, propriamente dita ( antes do trânsito em julgado )
Cálculo da Prescrição: pena máxima: 2 a 8 anos ( - 1/3, por conta da tentativa ) = 5 anos e 4 meses
De acordo com a tabela do artigo 109, CP: prescrevem em 12 anos, que reduz de metade ( 115 ) = 6 anos
2014 ( fato ) -------------- 2016 ( recebimento denúncia ) ------------------ 4 ------------------ 2020 ( artigo 366, CPP – suspensão )
De acordo com a súmula 415 do STJ, o prazo máximo de suspensão é decorrente do máximo de pena abstrata, e, assim,
corresponde a 6 anos ( cálculo acima da prescrição )
2020 ( suspensão ) ----------------------------- 6 anos ----------------------------- 2026 ( fim da suspensão )
1ª hipótese:
Assim, em 2026, volta a correr o prazo prescricional ( que estava congelado em 4 anos ), faltando 2 anos para ocorrência da
prescrição, que se dará em 15.07.2028 !!!
2ª hipótese:
Preso hoje ( 15.07.2023 ), volta a correr o prazo prescricional e também o prazo processual.
Assim, o juiz terá que sentenciar antes da prescrição, condenando Frederico, ou seja, deverá sentenciar ( e a sentença ser
publicada ) até a data de 14.07.2025.
15 anos ( 2/3 ) + 3 anos ( 1/3 ) = 10 + 1 = 11 anos ( como Demétrio já cumpriu 1 ano, faltam 10 anos )
Se ele começou a cumprir em 16.07.2009, terá livramento em 16.07.2019 ( início do período de prova do livramento )
No dia de hoje ( 15.07.2023 ), houve condenação por fato anterior ( 2006 ) – hipótese do artigo 86, inciso II ( revogação
obrigatória, mas não automática – assim, deve-se fazer a soma das penas )
B ) Volta ao cárcere, hoje, e cumprir mais 3 ( três ) anos, para obter novo livramento condicional a partir de
15.07.2026
C ) Ainda faltam 14 anos: 15.07.2023 -------------- 14 ------------- 14.07.2037, às 24 horas ( término da pena )
D ) A melhor hipótese é obtendo novo livramento ( repare que o período de prova será longo, de 14 anos, e, portanto,
superior aos 5 anos necessários a neutralizar os efeitos da reincidência ). Assim, Demétrio voltará à condição de primário
após o dia 14.07.2037 ( fim do período de prova ), mas, não havendo revogação ( melhor hipótese ), com efeitos retroativos
à data de 15.07.2031 ( 5 anos + 1 dia ) após obter o novo livramento.
QUESTÃO 05: 20 pontos
( LIMITE DAS PENAS )
Prisão Provisória de 2 anos
Condenação de 25 anos
16.07.2016 ( início do cumprimento ) --------------- ( faltam 23 anos ) --------------- 15.07.2039 ( expectativa de término )
Mas, em 15.12.2016 surgiu nova condenação ( por fato antigo, anterior ao início da execução, e, assim, não se
autoriza nova unificação nos termos do artigo 75, § 2º, do CP – o juiz deve apenas somar as penas )
25 anos ( 1ª pena ) + 10 anos ( 2ª pena ) = 35 anos ( pena deve ser unificada para 30 anos, mantendo-se a data inicial de
cumprimento, qual seja, 16.07.2016 ). Lembre-se que Felisberta já cumpriu 2 anos. Faltam apenas 28 anos
No entanto, após isso, Felisberta voltou a delinquir ( infração cometida durante a execução ), abrindo margem à nova
unificação, nos termos do artigo 75, § 2º, pois foi definitivamente condenada em 16.07.2021. Desta forma, nos termos do
artigo 75, § 2º, teremos:
23 anos + 15 anos ( nova condenação ) = 38 anos ( devem ser unificados para 30 anos )