Josué foi processado e condenado com trânsito em julgado pela prática de
homicídio simples (art. 121, caput, do CP) praticado no ano de 2010. A
condenação foi de seis anos de reclusão a ser cumprida em regime inicial fechado, por conta de ser reincidente. Deu início à execução de sua pena em 10 de abril de 2017. Desde que iniciou o cumprimento da pena, Josué apresenta bom comportamento carcerário. No dia 20 de abril de 2019, a família de Josué o procurou em seu escritório para saber se já pode ser pleiteado algum benefício para o preso.
Com base apenas nas informações fornecidas, esclareça, de forma motivada e
fundamentada, a dúvida da família de Josué e a quem deve ser endereçado o requerimento, se houver.
Como o problema é datado em 2019, ou seja, anterior a lei 13964 (pacote
anticrime) o réu tem direito a progressão de regime, segundo preceitua 112, da lei 7.210/84, com redação anterior a reforma Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. Observe-se que o crime de homicídio, na forma simples, não é hediondo, sendo que considerando a legislação anterior a lei 13964 (pacote anticrime) deveria cumprir 1/6, pois apesar de ser reincidente o crime era comum. Neste sentido o acusado teria direito em 10/04/2018 o direito a progredir ao regime semi aberto uma vez que 1/6 de 6 anos é igual a 1 ano. Após, este período, ele terá que cumprir 1/6 da pena restante para a próxima progressão que ocorrerá em 10/02/2019 (1/6 de 5 anos) = 10 meses) tendo direito a progredir ao regime aberto. Portanto, deve informar a família que vai tentar o regime aberto ao apenado. Informa que não tem direito ao livramento condicional pois ainda não cumpriu a metade da pena, como preceitua o art. 83, do CP deixar claro que não se pode aplicar o percentual de 30%, pois este só entrou em vigor no dia 24/01/2020, sendo assim inaplicável ao caso peça é um pedido de progressão de regime ao juiz da execução