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UniFBV
Disciplina: Direito Penal / Teoria da Pena
Professor: Wagner Arandas
Aluna: Lyssandra Maria Eloy da H. Teti
RA: 2010812299
Recife, 2020
INTRODUÇÃO
A pena ao ser aplicada, ao longo dos anos, não possuía em sua execução
aspectos humanos, uma vez que não havia proporcionalidade entre os atos
praticados e as penas aplicadas. Com o tempo criaram-se os sistemas
penitenciários, dando assim mais humanidade no cumprimento da pena dos
condenados, considerando que a partir desse momento observava-se uma das
finalidades da pena, que é a de ressocializar o indivíduo para que o mesmo
pudesse ser reinserido na sociedade em que vivia.
Os incisos VII e VIII, do art. 112 da LEP, são taxativos ao afirmar que as frações
de 60% e 70% incidirão nas hipóteses de reincidência específica, quando o
apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado ou, quando
reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte. Em que
antes o artigo 2º, §2º da Lei nº 8.072/90 exigia apenas a reincidência simples
para aplicação da fração imposta anteriormente. Desta forma, em relação aos
apenados que foram condenados por crime hediondo mas que são reincidentes
em razão de crimes comuns, não há percentual previsto, já que os percentuais
de 60% e 70% se aplicam aos reincidentes específicos de crimes hediondos ou
equiparados, não podendo a interpretação ser extensiva, uma vez que seria
prejudicial ao apenado. Assim, o juiz deve integrar a norma aplicando a analogia
in bonam partem, aplicando as porcentagens de 40% ou 50%, na forma do artigo
112, incisos V e VI, alínea “a”, da LEP, a depender do caso.