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Ludicidade e o Imaginário Infantil Na Ludopedagogia
Ludicidade e o Imaginário Infantil Na Ludopedagogia
4 A LUDOPEDAGOGIA ................................................................................... 30
Prezado aluno,
Bons estudos!
1 A LUDICIDADE NO CONTEXTO HISTÓRICO E A LEGISLAÇÃO
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promoção do desenvolvimento intelectual da aprendizagem, conteúdo, ilustrar
valores, práticas passadas e estimular o diálogo.
Tudo deve ser aprendido de acordo com as regras, pois neste caso não
há lugar para diversão, pois não há conexão entre o interesse espontâneo da
criança e o trabalho que se espera dela. Com essa pedagogia, nada que faça a
criança feliz podia contribuir positivamente para sua educação (COVELLO,
1999).
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Por isso, é considerada precursora de um novo conceito de escola que
passa a valorizar aspectos biológicos como a sensação, o interesse, a
espontaneidade, a criatividade e o processo de aprendizagem (ROUSSEAU,
1999). Em seguida, veio Pestalozzi, que enfatizava as atividades dos alunos
como pintura, modelagem, canto, caminhada, manipulação de objetos e jogos,
que, segundo ele, enriqueceram o senso de responsabilidade e fortaleceram as
normas cooperativas (CASTELNUOVO, 1970).
Brincar, jogar, agir ludicamente exige a entrega total do ser humano, corpo
e mente ao mesmo tempo. A atividade lúdica não permite divisão, e a própria
atividade nos leva a esse estado de consciência. O estado interno do sujeito
vivenciando a situação (LUCKESI 2005). Concluindo, é necessário que as
práticas pedagógicas em torno da educação tratem de valores humanísticos,
pois bons professores têm metodologias e professores atraentes têm
sensibilidades (CURI, 2003).
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Não adianta ser só didático, usar jogos didáticos exige ir muito além da
teoria, até porque os jovens de hoje, em um mundo globalizado onde a
informação é quase instantânea, estão pensando diferente do passado, ou seja,
dados e informações são processados de forma intensiva o tempo todo. Não se
trata de ensinar conteúdos escolares na forma de jogos, trata-se de torná-los
sérios, alegres e destemidos. Brincar e aprender são dois processos diferentes
que compõem o mesmo espaço de transição e de criatividade.
O lúdico é inato ao ser humano em qualquer idade e, como tal, não pode
ser visto apenas como diversão, mas como uma ferramenta importante em
ambientes institucionais. A cada dia, a aprendizagem lúdica adquire novas
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conotações e evolui gradativamente para se tornar um importante intermediário
no desenvolvimento humano, possibilitando torná-lo mais político, transformador
e libertador.
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ambiente prazeroso, motivador, planejado e enriquecedor, onde elas podem
aprender uma variedade de habilidades.
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Nesse sentido, o estudo está ancorado na perspectiva da teoria histórico-
cultural e leva em consideração todos os benefícios que os jogos e brincadeiras
trazem para o desenvolvimento coletivo e individual da criança. A discussão é
baseada em teóricos que tratam do tema, a saber: Vygotsky (1991), Mukhina
(1996) e Arce (2013), que permitem compreender a importância do brincar na
educação infantil.
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Brincar é uma atividade divertida, livre de conflitos, despreocupada, que
retrata uma situação onde não há conflito, ansiedade ou tensão, principalmente
do ponto de vista pedagógico escolar, cuja possibilidade já é evidente.
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Ensinar crianças menores de 6 anos de diferentes origens sociais já era
um ponto abordado por Comenius (1592-1670), professor evangélico
tchecoslovaco, em sua obra A Escola da Infância, publicada em 1628, onde
explicava a etapa introdutória da educação é "colo de mãe" e deve acontecer em
casa. Já em 1637 ele criou um projeto de jardim de infância no qual propunha o
uso de dispositivos audiovisuais como os livros iconográficos para a instrução de
crianças pequenas. Também podemos entender que:
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um espaço dedicado à educação de crianças sem deficiência, uma experiência
chamada “Casa das Crianças”, em meio a uma casa coletiva destinada a famílias
de classes populares. (MONTESSORI, 1970)
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Diante disso, a preferência desses teóricos pelas pesquisas sobre
crianças e brincadeiras abriu trajetórias mais contemporâneas e inovadoras
dentro do paradigma da educação infantil escolar, abrindo espaços de mercado
de diferentes formas: vestuário, brinquedos, música etc., ou seja, oferece uma
nova abordagem de ensino que faz com que os educadores questionem sua
prática e os incitem a buscar formação básica ou profissional. Desta forma, a
criança brinca porque “para o seu equilíbrio emocional e intelectual ela pode ter
um papel ativo motivado não pela adaptação à realidade, mas pelo contrário,
pela assimilação da realidade consigo mesmo, sem coações ou sanções.
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relevantes sobre os aspectos emocionais envolvidos na cognição e na
aprendizagem e, portanto, pode-se destacar:
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desenvolvimento da linguagem, pensamento, foco e atenção, a força é essencial
para que as crianças tenham um bom desempenho na escola e na vida.
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visão mais clara das funções mentais, como o desenvolvimento do raciocínio e
da linguagem, pois:
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portugueses, por sua vez, receberam grande influência europeia,
africana e peninsular antes de chegar ao Brasil. (BITTENCOURT,
1960, p. 40)
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7 anos; e jogos de regras, a partir dos sete anos. Durante a fase sensório-motora,
a criança desenvolve seus sentidos, movimentos, músculos, percepção e
cérebro. Os bebês brincam com seus corpos, realizando movimentos como
esticar e contrair seus braços, pernas, dedos e músculos.
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que ouve, principalmente histórias. A brincadeira, por outro lado, torna-se um
passatempo gratuito e sem riscos, no qual o prazer se opõe à curiosidade.
Esta fase ainda é caracterizada por uma fase egocêntrica onde o aluno
passa a ser o centro das atenções e dos acontecimentos, por isso os jogos com
regras não funcionam. Por isso, é necessário que as crianças nesta fase sejam
convidadas para a vida em grupo, pois o convívio proporciona maior crescimento
pessoal e intelectual. No desenvolvimento infantil, o jogo simbólico como
estrutura surge após o jogo motor, por assim dizer:
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Nessa fase, o brincar é enfatizado como um esquema que estimula a
percepção visual, auditiva e cinestésica, que chamamos de percepção e
imaginação, lateralidade, síntese, causalidade etc. Essas funções, aliadas à
estimulação psicomotora, definem os aspectos fundamentais do domínio da
leitura opcional e auxiliam no processo de alfabetização. Ainda relacionado aos
jogos, as crianças já conseguem realizar, porém, sem seguir suas regras.
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divertido da prática permanece primordial. Períodos, lugares, normas etc.,
mesmo que por acaso, são medidas que estabelecem as ações mútuas dos
membros do jogo.
O brincar, presente nas atividades das crianças desde a mais tenra idade,
nem sempre proporciona a mesma satisfação ou serve ao mesmo propósito. As
crianças gostam de jogar pela satisfação que os jogos lhes trazem. Ela não está
colocando um pote no outro pelo resultado, mas pelo prazer que sente ao realizar
tal ação. É uma atividade que encontra satisfação no próprio processo: brincar.
Devido à importância dos brinquedos, afirma-se que:
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Na brincadeira, a criança aprende a agir no domínio cognitivo em vez do
domínio visual externo, dependendo de motivações e tendências internas, em
vez de incentivos fornecidos por objetos externos. O objeto diz à criança o que
ela tem que fazer: uma porta para abrir e fechar, uma escada para subir.
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Quando uma criança desempenha o papel de mãe como filha com sua
boneca por meio de brincadeiras em família, ela concede à boneca certas
permissões (permitindo que ela se maquie, coma chocolate na hora do almoço
etc.) quando na verdade elas não são apoiadas por isso. A excelência de uma
criança na aprendizagem é obtida no ato de brincar, no ato de aprender na
medida em que se torna realidade e moralidade no futuro.
Portanto, o educador não só tem que dizer o que fazer, ler instruções ou
dar ordens, mas também precisa estar preparado no sentido de se conhecer e
se integrar para ajudar os que estão sob sua responsabilidade. Portanto, é
necessário que haja atividades lúdicas em sala de aula como ferramenta
metodológica, como fator intermediário no processo de ensino, pois o brincar é
inato à criança, ela está brincando o tempo todo. Assim, é necessário que os
educadores aproveitem esse enriquecimento para estruturar uma aprendizagem
mais significativa.
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a introdução de atividades lúdicas como elemento dinâmico da orientação
docente exige ao menos que o profissional tenha experiências divertidas em sua
trajetória acadêmica.
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As tecnologias discutidas aumentam a frequência escolar, reduzem a
violência nas escolas, estimulam a socialização e a cooperação grupal,
aumentam a autoestima e o respeito às diferenças.
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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BEZERRA, L. T. S; OLIVEIRA, S. M. L. G. Pensamento, Linguagem e
Ludicidade na Educação Infantil. João Pessoa: Editora Universitária da UEPB,
2012.
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CRUZ, V. Dificuldades de Aprendizagem Específicas. Lisboa: Lidel - Edições
Técnicas, 2009.
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FRIEDMANN, A. Brincar: crescer e aprender, o resgate do jogo infantil. São
Paulo: Moderna, 1996.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
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LUCKESI, C. C. Ludicidade e atividades lúdicas: uma abordagem a partir da
experiência interna. Salvador: Gepel, 1998.
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QUEIROZ, T. D; e MARTINS, J, L. Pedagogia Lúdica: Jogos e brincadeiras
de A a Z. São Paulo: Rideel, 2002.
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SOUZA, M. I. Homem como professor de creche: sentidos e significados
atribuídos pelos diferentes atores institucionais. São Paulo: Ícone, 2010.
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