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IGREJA E SOCIEDADE: A ATUAÇÃO DA IGREJA FRENTE AO DIVIDUALISMO

Anderson José da Silva1

RESUMO

Neste trabalho, pretendemos examinar as origens e os fundamentos da Igreja Cristã, que surgiu a
partir da ação de Jesus Cristo e seus apóstolos em uma sociedade dominada pelo império romano.
Buscamos entender como eles transformaram as práticas religiosas de sua época e quais foram os
desafios que enfrentaram. Além disso, queremos comparar e contrastar as diferenças entre a igreja
primitiva e a igreja atual, que sofre com o individualismo e a influência do sistema político-econômico.
Também discutiremos as possíveis consequências dessas divergências para a fé cristã. Por fim,
apontaremos a importância de resgatar os valores e os ensinamentos cristãos que foram destacados
por Jesus em seu ministério.

Palavras-chave: Contemporaneidade. Jesus. Ministério.

1 andersondajsilva@gmail.com
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1. INTRODUÇÃO

O artigo apresenta uma reflexão sobre a eclesiologia da Igreja primitiva, a sua


inserção no contexto histórico-cultural da Palestina sob o domínio romano e o seu
modelo de discipulado baseado no ensino e na prática de Jesus Cristo. O objetivo é
mostrar como a Igreja nasceu, cresceu e se expandiu a partir da missão confiada
por Jesus aos seus discípulos, que foram formados por ele durante o seu ministério
terreno.
O individualismo é uma tendência que caracteriza a sociedade
contemporânea, marcada pelo predomínio dos interesses pessoais sobre os
coletivos, pela valorização da autonomia e da liberdade individuais, e pela perda de
referências comunitárias e solidárias. Nesse contexto, qual é o papel da Igreja como
instituição que prega o amor ao próximo, a comunhão e a participação na vida
social? Como a Igreja pode contribuir para a superação do individualismo e para a
promoção de uma cultura de fraternidade e de justiça? Essas são algumas das
questões que orientam este trabalho, que tem como objetivo analisar a atuação da
Igreja frente ao desafio do individualismo na sociedade atual.
Por meio da presente pesquisa, pretende-se mediante um conhecimento mais
amplo do assunto, colaborar para o desenvolvimento de uma educação inclusiva
eficiente no Brasil.
Os fundamentos do ministério dos apóstolos são baseados na revelação de
Jesus Cristo, o Filho de Deus, que os chamou, ensinou, comissionou e enviou para
serem suas testemunhas no mundo. Os apóstolos foram os primeiros a pregar o
evangelho do reino de Deus, a plantar igrejas, a exercer dons espirituais e a
estabelecer a ordem e a doutrina da fé cristã.
A contemporaneidade do ministério apostólico é uma questão controversa
entre os cristãos, pois alguns defendem que ele cessou com a morte dos doze
apóstolos originais, enquanto outros afirmam que ele continua até hoje, com
diferentes graus de reconhecimento e autoridade. O critério para identificar um
verdadeiro apóstolo é a sua fidelidade à Palavra de Deus, ao testemunho de Jesus e
à unidade do corpo de Cristo.
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2. A AÇÃO DA IGREJA FRENTE A SOCIEDADE HEDONISTA


CONTEMPORÂNEA

A igreja, como comunidade de fé, tem o desafio de anunciar o evangelho de


Jesus Cristo em um contexto marcado pelo individualismo, pelo consumismo, pelo
relativismo e pela busca do prazer imediato. Nessa perspectiva a igreja dos dias
atuais tem o compromisso com à sociedade hedonista, pois envolve diversos
aspectos teológicos, éticos, culturais e sociais. A igreja, como comunidade de fé e
amor, tem o desafio de anunciar o Evangelho da fraternidade e da solidariedade em
um contexto marcado pelo egoísmo e pela indiferença. Como a igreja pode
testemunhar os valores do reino de Deus, como a justiça, a paz, o amor e a
esperança, diante de uma sociedade que se satisfaz com o efêmero, o superficial e
o transitório?
A atuação da igreja frente ao individualismo exacerbado pela sociedade
contemporânea é um tema que suscita muitas reflexões e debates. Como a igreja
pode ser sinal de esperança e de transformação para as pessoas que vivem
isoladas e alienadas em suas próprias necessidades e interesses?

2.1 O PAPEL DA IGREJA NA SOCIEDADE NO TEMPO DE JESUS CRISTO

Por esses e outros motivos, a ação da igreja junto à sociedade durante o


ministério de Jesus Cristo foi marcada por um testemunho de amor, serviço,
compaixão e justiça. O papel da igreja na sociedade no tempo de Jesus Cristo era
de ser uma comunidade de fé, esperança e amor, que anunciava o Reino de Deus e
testemunhava os seus valores. A igreja era formada por pessoas que seguiam os
ensinamentos de Jesus e viviam em comunhão uns com os outros, compartilhando
seus bens e suas necessidades. A igreja, porém, não se intimidava e continuava a
pregar o evangelho da salvação e a praticar a caridade e a justiça.
Essa forma do agir de Cristo é confirmada e justificada no evangelho de
Marcos, que mostra como Jesus enfrentou as autoridades religiosas e políticas de
sua época com coragem e ousadia. Marcos apresenta Jesus como o Filho de Deus
que veio para anunciar e inaugurar o Reino de Deus, um reino de justiça, paz e
amor:
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E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores,


disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos
e pecadores? E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não
necessitam de médicos, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim
chamar os justos, mas sim os pecadores (Mc 2, 16; 17).

Marcos também destaca o sofrimento e a morte de Jesus como o caminho


para a sua glória e a salvação da humanidade. O evangelho de Marcos nos convida
a seguir Jesus nessa mesma missão, mesmo diante das dificuldades e perseguições
que possamos enfrentar.
Jesus proclamou, instruiu e sarou em muitos povoados, pequenos e grandes
agrupamentos Palestinos: nas vias, nos espaços públicos, nas casas, na margem do
mar, nas barcas, nos comércios, nos montes, nas estradas e nos trajetos por onde
caminhava. E mais, mandou aos seus seguidores: “Ide por todo o mundo. Anunciai o
evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).
Castro (2011, p. 55) ratifica e ilustra ainda mais esta caracterização do
processo formador do cristianismo utilizando o milagre da multiplicação dos pães:

Segundo ele, esse milagre simboliza a capacidade de Jesus de alimentar


espiritualmente as multidões que o seguiam, mas também revela a sua
preocupação com as necessidades materiais dos pobres e marginalizados.
Além disso, o milagre aponta para a dimensão escatológica do banquete
messiânico, no qual todos os povos participarão da comunhão com Deus e
entre si. Assim, o milagre da multiplicação dos pães expressa a síntese
entre o anúncio do Reino de Deus e a prática da solidariedade e da partilha.

Diante da multidão faminta, os apóstolos se sentiram impotentes e sugeriram


que Jesus os mandasse embora, para que cada um se virasse como pudesse. Com
isso, ele quis mostrar que eles tinham algo a oferecer, que eles podiam fazer parte
da solução, que eles eram chamados a ser solidários.
Uma atitude que ainda hoje é comum quando não nos sentimos
responsáveis pelos outros. “vós mesmos, dai-lhes de comer”. Era uma forma de se
livrar do problema sem se envolver:

Os apóstolos começaram a ficar preocupados com tanta gente, pois estava


escurecendo, o povo estava com fome e eles não tinham o que oferecer. A
solução encontrada pelos apóstolos foi a mais simples e, por consequência,
a mais cômoda. Vamos despedir esse povo e, então, cada um vai para a
sua casa e não nos comprometemos nem nos responsabilizamos pela fome
deles. Aliás, é uma solução muito usada hoje em dia quando não queremos
nos comprometer. Então bradamos: “cada um por si e Deus por todos”.
(Castro, 2011, p. 55).
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O Senhor revelou o propósito central da Sua obra: proclamar o reino de Deus.


Ele quis que os seus seguidores compreendessem e praticassem os princípios
desse reino. Princípios como o amor, a verdade, a justiça, a paz, o perdão e,
principalmente, o respeito pela pessoa humana.
Nesse sentido, Carvalho (2011) apresenta uma visão panorâmica da teologia
da esperança de Moltmann, mostrando como ela se baseia na promessa de Deus de
restaurar todas as coisas em Cristo. Ele explica como essa teologia oferece uma
perspectiva escatológica que ilumina o presente e o futuro da Igreja, chamando-a a
participar da missão de Deus no mundo:

A esperança nasce no coração inquieto do ser humano que, insatisfeito com


sua realidade, confia na promessa de Deus e se põe a caminho como povo,
em busca da superação das contradições históricas e o alcance do reino
prometido A esperança, portanto, é uma virtude que impulsiona o ser
humano a se engajar na mudança do presente, em vista do reino futuro de
Deus. Para ele, a esperança não é uma mera ilusão ou fuga da realidade,
mas uma resposta ativa e transformadora à promessa de Deus.
(CARVALHO, 2021, p. 46).

A esperança nasce no coração inquieto do ser humano que, insatisfeito com


sua realidade, confia na promessa de Deus e se põe a caminho como povo, em vista
da superação das contradições históricas e o alcance do reino prometido. Deus se
revela como Deus da promessa frente a carência do ser humano em sua realidade.
O reino que Cristo proclamou é um reino que se preocupa com as dimensões
humanas, tanto as espirituais quanto os materiais. Ele nos ensinou a buscar em
primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e prometeu que as demais coisas nos
seriam dadas por acréscimo (Mt 6, 33).
Taborda (2018) descreve a missão da igreja que segue o Salvador como
único guia: acolhendo o pobre, mediando as tensões entre justos e pecadores e,
sobretudo, entre opressores e oprimidos. E adverte que, sem compromisso com os
necessitados e vulneráveis da sociedade, essa lealdade ao nosso Senhor é
seriamente colocada em dúvida, pois ELE trouxe consolo e garantias de vida eterna
aos que padeciam as maiores consequências da ausência dessa comunhão com o
Pai.

2.2 A IGREJA NA SOCIEDADE ATUAL, MEDIANTE A CULTURA DO


INDIVIDUALISMMO
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Segundo Libanio (1996) a igreja na sociedade atual enfrenta o desafio de


dialogar com a cultura do individualismo, que valoriza a autonomia, a liberdade e a
autoexpressão acima de qualquer vínculo comunitário ou institucional. A igreja deve
ser um espaço de acolhimento, de formação e de envio dos seus membros, que são
chamados a ser sal da terra e luz do mundo. A igreja é chamada a ser sal e luz do
mundo, mas como fazer isso em um contexto na qual as pessoas valorizam mais o
seu próprio bem-estar do que o bem comum?
HONORATO (2021, p. 5) explica:

Nessa sociabilidade do capital, regida pela exploração e opressão, muitos


são os entraves– objetivos e subjetivos– colocados à luta por direitos da
classe trabalhadora. Há um verdadeiro culto ao individualismo e egoísmo,
principalmente mediante a competitividade grandemente incentivada pelo
ideário neoliberal, havendo um acentuado destaque para os projetos
individuais, em detrimento dos projetos coletivos

Ele analisa como as transformações econômicas têm exigido dos


trabalhadores mais inovação e autonomia para garantir suas ocupações,
frequentemente ameaçadas pelo avanço da tecnologia e da digitalização nos
processos produtivos.
Entretanto, a resposta é que a igreja deve ser uma comunidade de amor, de
esperança, de justiça e de paz, que testemunha a presença e a ação de Deus na
história. A igreja deve ser uma voz profética que denuncia o pecado e anuncia a
salvação em Cristo. A igreja deve ser uma agente de transformação que coopera
com Deus na restauração de todas as coisas.
A esperança nasce no coração inquieto do ser humano que, insatisfeito com
sua realidade, confia na promessa de Deus e se põe a caminho como povo, em vista
da superação das contradições históricas e o alcance do reino prometido
(CARVALHO, 2021, p. 46).
É a partir da promessa a um povo espoliado, mas capaz de intervir de forma
ativa e transformadora em sua realidade, que Deus desperta a esperança como
virtus, força que impele o ser humano a uma marcha pela mudança do tempo
presente. Por meio da análise da teologia da esperança de Jurgen Moltmann,
Carvalho facilita a compreensão dos planos e propósitos de Deus para a Igreja que
estava sendo levantada por Jesus Cristo:
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E alerta para o fato de que, sem solidariedade aos necessitados e


fragilizados da sociedade, essa fidelidade ao nosso Senhor é severamente
questionada. O Deus da promessa se revela e manifesta sua vontade ao
ser humano em condições históricas que contrariam a dignidade da vida, e
por isso sua vontade salvífica. “Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a
Sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6, 33).

Ele enfatiza a importância de sermos fiéis ao nosso Senhor, que nos chamou
para o seu serviço e nos deu dons e talentos. Ele nos adverte que, sem um
compromisso com os necessitados e marginalizados da sociedade, essa fidelidade
ao nosso Senhor é seriamente desafiada.
Deus se revela como Deus da promessa frente a carência do ser humano em
sua realidade. Trouxe esperança e promessas de vida eterna aos que sofriam os
piores efeitos da falta dessa relação com o Pai em suas vidas
Uma igreja com multimídia atua com transmissão via internet dos cultos e
eventos especiais, gravação de DVDs e projeção de letras das músicas durante o
louvor, além de outras informações nas telas instaladas dentro dos templos: ;

Se entende por ideologia um sistema de ideias e valores que vige em dado


meio social, "a ideologia moderna é individualista - sendo o individualismo
definido sociologicamente do ponto de vista dos valores globais. Há um
verdadeiro culto ao individualismo e egoísmo, principalmente mediante a
competitividade grandemente incentivada pelo ideário neoliberal, havendo
um acentuado destaque para os projetos individuais, em detrimento dos
projetos coletivos (HONORATO, 2021, p. 5).

A sociedade acalenta um individualismo excessivo, provocado por este


formato de sistema político-econômico, que gera uma competitividade substancial
em todos os setores da sociedade e que acarreta o aumento das desigualdades
sociais, a devastação da natureza, a miséria, a fome e a degradação humana.
Família se entende, não no sentido tradicional, mas antes como "casal", de
modo que um seja satisfação para o outro e continuem ambos sendo casal enquanto
forem motivo de satisfação mútua, no desejo de "que seja infinito enquanto dure”.
A sociedade contemporânea apresenta-se como resultado de uma tradicionalidade
perdida, de inversão de valores e de ideais e, consequentemente, uma sociedade
em constante mudança, cheia de conflitos e crises existenciais.
Mediante o exposto é possível presumir que esse assistencialismo espiritual
praticado hoje, e que foi desenvolvido ao longo de toda a história da igreja cristã,
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compromete seriamente a vivência na fé destes seguidores, especialmente fora dos


espaços físicos e temporais das congregações.

2.3 REPENSANDO A ATUAÇÃO DA IGREJA NA SOCIEDADE MODERNA

Em verdade, em verdade vos digo que quem escuta a minha palavra e crê
naquele que me enviou possui a vida eterna e não será julgado, mas passou da
morte para a vida" (Jo 5, 24).
O evangelista Mateus também evidencia essa pessoalidade na escolha de
seguir o nosso Salvador: ele não hesitou em deixar tudo o que tinha para
acompanhar Jesus, mesmo sendo um cobrador de impostos, uma profissão
desprezada pelos judeus. Mateus demonstrou fé, obediência e gratidão ao atender
ao chamado de Cristo, e ainda ofereceu um banquete em sua casa para apresentar
o Mestre aos seus amigos e colegas:
Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada;
porque eu vim pôr em dissensão o homem contra o seu pai, e a filha contra
a sua mãe, e a nora contra a sua sogra. E, assim, os inimigos do homem
serão os seus familiares. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não
é digno de mim; quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno
de mim; e quem não toma a sua cruz e não segue após mim não é digno de
mim. Quem achar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por
amor de mim, achá-la-á (Mt 10, 34-39).

Não podemos nos esquecer de que Deus nos chamou para sermos seus
instrumentos de graça e paz, para anunciarmos as boas novas do evangelho, para
cuidarmos dos órfãos e das viúvas, para libertarmos os cativos e oprimidos, para
curarmos os enfermos e ressuscitarmos os mortos. A parábola do bom samaritano,
contada por Lucas no capítulo 10 do seu evangelho, mostra como um estrangeiro,
desprezado pelos judeus, foi capaz de socorrer um homem que havia sido assaltado
e ferido na estrada de Jerusalém a Jericó.
Para responder essas perguntas, não podemos nos conformar com o mal,
mas devemos vencê-lo com o bem, pois, outrora Jesus prosseguiu, dizendo:

Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e


veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem
e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto.
Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o,
passou de largo. Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e,
vendo-o, também passou de largo. Certo samaritano, que seguia o seu
caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-
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se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o


sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. No
dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo:
Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei
quando voltar. Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que
caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que
usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de
igual modo (Lc 10, 30-37).

Perante esta persistente realidade humana, na qual a miséria, a fome, a violência e


a destruição dos recursos naturais do planeta causam sofrimento à maioria dos
seres vivos, a Igreja valoriza a tarefa para a qual foi designada, está seriamente
ameaçado pelo criador.
Nesse sentido, Carvalho (2021) nos lembra do chamamento à missão de levar a
todo ser humano a “esperança cristã” que se encontra entravada na dura realidade
humana.

3. CONCLUSÃO

A missão da igreja é continuar o trabalho iniciado por Jesus Cristo, o fundador


da fé cristã. A igreja deve proclamar o evangelho a todas as nações, fazendo
discípulos que vivam de acordo com os ensinamentos de Cristo. A igreja deve ser
uma comunidade de amor, serviço e esperança, que reflete o caráter de Deus no
mundo. A igreja deve buscar a vontade de Deus em todas as áreas da vida,
reconhecendo que somos todos filhos de Deus e membros de uma mesma família.
E reconhecendo que o próximo é todo ser vivo que se relaciona com outro ser
vivo, sem distinção de como, onde e quando estejam, pois a igreja e a sociedade
estão em constante interação, mas também em constante tensão. A igreja deve
repensar a sua atuação na sociedade moderna, buscando ser fiel à sua missão, sem
se isolar nem se diluir na cultura dominante. A igreja deve ser uma comunidade de
amor, serviço, justiça e esperança, que testemunha o reino de Deus em meio a um
mundo caído e carente.
Em suma, a igreja tem um papel fundamental na sociedade, pois é chamada
a ser sal da terra e luz do mundo, anunciando o evangelho de Jesus Cristo e
promovendo a justiça, a paz e o amor. Ela tem o desafio de ser sal e luz em um
mundo marcado pelo individualismo e pelo hedonismo, que são valores contrários
ao evangelho de Jesus Cristo. Deve estar atenta aos desafios do mundo
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contemporâneo, especialmente ao fenômeno do individualismo, que afeta a


comunhão entre as pessoas e a participação na vida pública.

4. REFERÊNCIAS

BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. São


Paulo: Kings Cross Publicações, 2004. Edição de Promessas.

CARVALHO, Ricardo Rubens Fernandes de et al. A esperança cristã na teologia


da esperança de Jurgen Moltmann. 2021.

CASTRO, Juarez de. As chaves da perseverança: nas palavras de Cristo,


respostas para todos os momentos da vida. São Paulo: Lua de papel, 2011.

FARIAS, Ju. Ministério multimídia: projeto de mídia e fé. Mundo da música, 2020.
Disponível em: <https://blog.mundodamusica.com.br/ministerio-multimidia/>. Acesso
em: 10 out. 2023.

HONORATO, Leidilane de Oliveira. Os desafios impostos à luta da classe


trabalhadora no contexto neoliberal. X Jornada Internacional de Políticas
Públicas, 2021. Disponível em:
<http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIV/eixos/9_estados-e-lutas-sociais/os-
desafios-impostos-a-luta-da-classe-trabalhadora-no-contexto-neoliberal.pdf>. Acesso
em: 9 out. 2023.

LIBANIO, João Batista. A IGREJA NA CIDADE. Perspectiva Teológica, [S.I.], v. 28,


n. 74, p. 11, 1996.

MARIA, Áurea. Reflexão histórica: Como era a sociedade nos tempos de Jesus?
Canção Nova, 2022. Disponível em:
https://formacao.cancaonova.com/biblia/historia/como-era-a-sociedade-no-tempo-de-
jesus/. Acesso em: 8 out. 2023.

MELO, Itamar. Saiba como era a vida no tempo de Jesus. GZH, Porto Alegre, 31
de mar. De 2013. Disponível em:
<https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2013/03/saiba-como-era-a-vida-no-
tempo-de-jesus-4090974.html>. Acesso em: 7 out. 2023.

STOTT, John. Sinais de uma igreja viva: As marcas de uma igreja cheia do
Espírito Santo. Editora ABU, 2005.

TABORDA, Francisco de Assis Costa. UMA EUCARISTIA VIVA PARA UMA


IGREJA VIVA. Atualidade teológica, v. 22, n. 58, 2018.

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