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Jacy Perissinoto
Universidade Federal de São Paulo
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All content following this page was uploaded by Liliane Desgualdo Pereira on 18 February 2014.
RESUMO
(1)
Fonoaudióloga; Professora Adjunta Substituta do Curso INTRODUÇÃO
de Fonoaudiologia da Universidade Federal de São Paulo;
Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São
Paulo, UNIFESP, São Paulo, SP. A Síndrome de Asperger ou “Psicopatia Autís-
(2)
Fonoaudióloga do Centro de Referência da Infância e Ado- tica” – como a síndrome foi inicialmente deno-
lescência do Departamento de Psiquiatria da Universidade
minada pelo pediatra vienense Hans Asperger 1
Federal de São Paulo; Mestre em Ciências pela Universi-
dade Federal de São Paulo, UNIFESP, São Paulo, SP. que, em 1944 descreveu um grupo de crianças,
(3)
Fonoaudióloga; Chefe do Departamento de Fonoaudiolo- principalmente meninos, com um padrão típico de
gia e Professora Adjunta do Curso de Fonoaudiologia da comportamentos e déficits. Ao resumir as caracte-
Universidade Federal de São Paulo; Doutora em Distúrbios rísticas típicas desta alteração, o autor pontuou a
da Comunicação Humana pela Universidade Federal de
aparência física das crianças, seu bom nível inte-
São Paulo, UNIFESP, São Paulo, SP.
lectual, dificuldades de linguagem e de atenção, um
(4)
Fonoaudióloga; Professora Adjunta do Curso de Fonoau-
diologia da Universidade Federal de São Paulo; Doutora comportamento problemático em situações sociais
em Distúrbios da Comunicação Humana pela Universidade e dificuldades emocionais.
Federal de São Paulo, UNIFESP, São Paulo, SP.
Em 1981, seus estudos originais foram revistos
(5)
Fonoaudióloga clínica do Núcleo de Estudos Fonoaudio-
e algumas modificações em relação ao conceito ori-
lógicos; Doutora em Ciências pelo Programa de Fisiopato-
logia Experimental da Faculdade de Medicina da Universi- ginal foram sugeridas 2. Foi, então, proposta a utili-
dade de São Paulo, UNIFESP, São Paulo, SP. zação do termo Síndrome de Asperger e a ideia de
Conflito de interesse: inexistente que existe um espectro de desordens autistas que
um segundo entre elas e o sujeito deve uni-las, A prova é composta por 90 itens que são lidos em
dizendo qual palavra resultou da união. voz alta pelo indivíduo e contém palavras tanto
2. P2 – Síntese Fonêmica: como na tarefa anterior, de alta como de baixa frequência, distribuídas em
o examinador fala os fonemas de uma palavra palavras regulares, irregulares e regras, com duas
separados e o sujeito deve uni-los, dizendo a ou três sílabas e contém também pseudopalavras.
palavra resultante da união. O resultado nesta prova é apresentado em número
3. P3 – Rima: o sujeito deve selecionar dentre três de acertos. O máximo possível de acertos totaliza
palavras, as duas que terminam com o mesmo 90 pontos. Não foram analisados os tipos de erros
som. cometidos pelos sujeitos.
4. P4 – Aliteração: o sujeito deve selecionar den-
tre três palavras, as duas que começam com o Prova de Compreensão de Leitura (PCL)
mesmo som. Esta prova foi utilizada para avaliar a compre-
5. P5 – Segmentação Silábica: o sujeito deve repe- ensão de leitura. Nesta prova, o examinador soli-
tir a palavra dita pelo examinador, mas separada citou ao indivíduo que lesse um texto – “O urubu e
nas suas sílabas componentes. as pombas” – em voz alta. Conforme proposto por
6. P6 – Segmentação Fonêmica: o sujeito deve sua autora 16, a história é dividida em três episódios
repetir a palavra dita pelo examinador, mas e 14 nodos principais. Verificou-se a compreensão
separada nos seus fonemas componentes. do texto através da análise da recontagem do texto
7. P7 – Manipulação Silábica: o sujeito deve adicio- realizada pelo indivíduo. Sendo assim, a pontua-
nar e subtrair sílabas de palavras, dizendo qual ção de cada sujeito no teste foi determinada pelo
a palavra formada. número de nodos recontados. A pontuação máxima
8. P8 – Manipulação Fonêmica: o sujeito deve adi- obtida no teste é 14 acertos.
cionar e subtrair fonemas de palavras, dizendo
qual a palavra formada. 1o Episódio
9. P9 – Transposição Silábica: o sujeito deve inver- 1. Evento iniciador: continha uma ação: Um
ter a ordem das sílabas de palavras, dizendo urubu ouviu dizer/
qual a palavra formada. 2. Cenário: uma oração: que na casa das pom-
10. P10 – Transposição Fonêmica: o sujeito deve bas havia muita comida.
inverter a ordem dos fonemas de palavras, 3. Reação: uma oração: Ele se pintou de
dizendo qual a palavra formada. branco.
4. Objetivo: uma oração: e voou até a casa das
Teste de Vocabulário por Imagem Peabody pombas.
(TVIP) 5/6. Resultado: duas orações: As pombas acha-
O Teste de Vocabulário por Imagem Peabody ram/que ele era uma delas
(TVIP) 14, é um teste de habilidade verbal, criado 7. Final: uma oração: e o deixaram entrar.
para medir o vocabulário receptivo.
O TVIP foi utilizado para avaliar o vocabulário 2o Episódio
receptivo e consiste de 125 palavras e 125 pran- 8. Evento iniciador: uma oração: Ele continuou
chas com quatro desenhos cada uma, em branco a gritar como um urubu.
e preto. Os desenhos contemplam várias catego- 9. Reação: uma oração: As pombas des-
rias: pessoas, ações, qualidades, partes do corpo, cobriram/
tempo, natureza, lugares, objetos, animais, termos 10. Resultado: uma oração: que ele era um
matemáticos, ferramentas e instrumentos. O exami- urubu/
nador fala uma palavra e o examinado deve apontar 11. Final: uma oração: e o expulsaram.
o único desenho que representa a palavra falada. O 3o Episódio
procedimento para a realização deste teste seguiu 12. Objetivo: uma oração: Ele tentou se juntar
as recomendações dos autores. novamente aos urubus
A análise dos resultados do teste foi feita 13. Resultado: uma oração: mas estes não o
levando-se em conta o número absoluto de acertos reconheceram
(método da pontuação simples). 14. Conclusão: uma oração: e não o aceitaram.
Os resultados desta prova foram classificados
Leitura da seguinte maneira:
Prova de Leitura de Palavras e Pseudopalavras
0 – 3 Nodos recontados Não compreendeu
(PLPP) 4 – 7 Nodos recontados Compreendeu parcialmente
Esta prova foi desenvolvida para avaliar leitura, 8 – 14 Nodos recontados Compreendeu totalmente
foi utilizada conforme preconizado por seus autores 15
Tabela 1 – Valores das estatísticas descritivas para a idade cronológica (em anos), nos grupos GA
e GBRAD
Desvio
Grupo N Média Mínimo Mediana Máximo
padrão
GA 22 16,0 4,4 10,6 15,5 27,2
GBRAD 22 15,9 4,3 10,9 15,3 26,7
Tabela 2 – Valores das estatísticas descritivas e p-valor calculado (teste t-pareado) para o quociente
intelectual (QI) estimado, nos grupos GA e GBRAD
Desvio
Grupo N Média Mínimo Mediana Máximo p-valor
padrão
GA 22 93,2 13,8 68 90,5 117
GBRAD 22 100,2 11,1 75 103,0 117 0,089
Teste t-pareado
Tabela 3 – Média, mediana e desvio-padrão (DP), valor mínimo e valor máximo e p-valores calculados
das respostas nas provas que compõem a avaliação da linguagem oral e escrita
GA GBRAD
PCF TVIP
40 120
35
90
30
60
Número de acertos
PCL PESDT
10 5,0
5 2,5
0 0,0
PLPP PEPP
90
60
75 40
60 20
GA GBRAD
Grupo
Figura 1 – Distribuição dos indivíduos por grupo estudado GA e GBRAD quanto ao desempenho
na prova de consciência fonológica (PCF), no teste de vocabulário por imagem Peabody (TVIP), na
prova de leitura de palavras e pseudopalavras (PLPP), na prova de compreensão de leitura (PCL), na
prova de escrita sob ditado de palavras e pseudopalavras (PEPP) e na prova de escrita semidirigida
de textos (PESDT)
emergido completamente nos sujeitos do grupo GA dos dos testes que avaliam linguagem e memória
estudados. Este dado também foi observado por sejam importantes para predizer sua capacidade de
outro autor ao estudar hiperléxicos com Síndrome adaptação social 29.
de Asperger, na faixa etária de 15 anos 20. Para a avaliação da leitura foram utilizadas as
Há uma alta correlação entre distúrbios de lei- provas denominadas abreviadamente PLPP e PCL.
tura e escrita e alterações no processamento fono- A PLPP foi utilizada com o objetivo de avaliar a
lógico. Trabalhos anteriormente realizados 22 suge- decodificação da leitura e a PCL, a compreensão
rem como possível origem para as alterações das de leitura. Os resultados da PLPP revelaram que
representações fonológicas nas crianças com difi- os sujeitos do grupo GA apresentaram, em média,
culdade de leitura e escrita, um déficit perceptual 86,2 acertos e os sujeitos do grupo GBRAD apre-
básico que poderia explicar os distúrbios de proces- sentaram 87,1 acertos, como se pode verificar na
samento da informação linguística que, por sua vez, Tabela 3 e na Figura 1. Ao comparar os grupos GA
é formada por estímulos de curta duração, como, e GBRAD, não se observou diferença estatistica-
por exemplo, fonemas plosivos. No entanto, esta mente significante em relação ao desempenho na
teoria parece não explicar a alteração no processa- PLPP. Em relação aos resultados da PCL, verificou-
mento fonológico encontrada nos sujeitos do grupo se que os sujeitos do grupo GA apresentaram em
GA, pois estes sujeitos apresentaram bom desem- média, 5,3 acertos, o que se refere ao número de
penho em tarefas de discriminação de frequência nodos recontados e, os sujeitos do grupo GBRAD
e duração de sons, que implicam julgamentos de apresentaram 8,8 acertos. Nesta prova, foi verifi-
ordenação temporal para estímulos auditivos bre- cada diferença estatisticamente significante, ao se
ves. Em contrapartida, outros modelos preconizam comparar o desempenho dos dois grupos, tendo o
que as dificuldades no processamento fonológico grupo GA apresentado desempenho inferior ao do
ocorrem pela falha no desenvolvimento de com- grupo GBRAD como se pode notar na Tabela 3.
petências metafonológicas importantes para o pro- Resultados semelhantes em provas de leitura e
cesso de aprendizagem 23. escrita foram observados em indivíduos hiperléxi-
O TVIP foi utilizado para o estudo padronizado cos com Síndrome de Asperger 20.
das habilidades de compreensão verbal e vem A leitura pressupõe a existência de dois com-
sendo utilizado para avaliar sujeitos com transtorno ponentes: a decodificação e a compreensão. A
global do desenvolvimento 24. À análise dos resul- decodificação refere-se aos processos de reco-
tados do TVIP, verificou-se que os sujeitos do grupo nhecimento da palavra escrita. A compreensão é
GA alcançaram a média de 97,9 acertos e os do definida como o processo pelo qual as palavras,
grupo GBRAD, 108,8 acertos. A análise estatística sentenças ou textos são interpretados 23. Sendo
mostrou haver diferença significante entre o desem- assim, a compreensão e o processamento de uni-
penho dos dois grupos no TVIP, com resultados dades linguísticas amplas como frases, enunciados
piores para o grupo GA, o que indica que há uma e textos é uma habilidade complexa que envolve
dificuldade em relação à linguagem receptiva oral dois tipos de componentes, um específico à leitura
nos sujeitos do grupo GA. e outro geral, inespecífico. Os processos de reco-
Outros estudos realizados em sujeitos com nhecimento visual e decodificação das palavras
autismo sem retardo mental severo associado 25,26 e isoladas são componentes específicos à leitura, e
em indivíduos com Síndrome de Asperger 27,28 reve- os componentes gerais inespecíficos estão relacio-
laram prejuízo de linguagem receptiva. nados à capacidade linguística de compreensão e
A utilidade do teste Peabody foi anteriormente envolvem capacidades gerais de atenção, memória,
demonstrada 26 quando foi aplicado na discrimina- inteligência e conhecimentos gerais 30. Os sujeitos
ção de três grupos de sujeitos autistas, sendo um do grupo GA mostraram adequação dos processos
com alterações de linguagem, outro com alterações de reconhecimento visual e decodificação grafofo-
de linguagem border-line e o outro com linguagem nêmica, pois foram capazes de converter as letras
normal. Além disso, os resultados do TVIP foram em seus respectivos sons, conforme comprovado
capazes de predizer o comportamento de adap- pelo desempenho adequado na PLPP e mostraram
tação, conforme medido pela Escala Vineland 29, prejuízo dos processos de compreensão, inespecí-
quanto ao aspecto comunicativo em sujeitos com ficos à leitura, conforme medido pelo desempenho
Síndrome de Asperger e Autismo de alto-funciona- dos sujeitos do grupo GA na PCL.
mento. Ou seja, os resultados do TVIP foram tão Sugeriu-se que os sujeitos com distúrbio de lei-
piores quanto o desempenho no aspecto comu- tura possam ser divididos em diferentes subgrupos,
nicativo da Escala Vineland desses sujeitos. Nos de acordo com suas habilidades de reconhecimento
autistas de alto-funcionamento e nos sujeitos com da palavra e de compreensão auditiva 31. Um sub-
Síndrome de Asperger, acredita-se que os resulta- grupo tradicionalmente denominado como disléxico,
as ações envolvidas nos episódios. Portanto, talvez, explícita, pois não havia sido feito um procedimento
o tipo de história selecionada tenha sido bastante específico para avaliar este nível de linguagem.
simples para os sujeitos da faixa etária avaliada Outra maneira de se discutir linguagem, do ponto
neste estudo, o que favoreceu a semelhança de de vista didático e estratégico, é entendê-la como a
desempenho entre os grupos GA e GBRAD. intersecção de três componentes: forma, conteúdo
Além disso, conforme explicado anteriormente, e uso, sendo a integração destes três componen-
a história – Comportamental II – permite narrativas tes essencial 35. Ao tomar este referencial teórico,
do tipo causal e é uma das histórias utilizadas para pode-se pressupor que os sujeitos do grupo GA
avaliar a “Teoria da Mente”, no entanto esta histó- apresentaram alteração de forma, conteúdo e uso
ria não envolve a atribuição de intencionalidade 17, da linguagem, reforçando a existência de um distúr-
o que também pode ter favorecido a semelhança bio de linguagem em vários níveis nestes sujeitos.
de desempenho entre os grupos GA e GBRAD. Ao Ao analisar a linguagem oral e escrita, conforme
utilizarem a mesma sequência de figuras, outros o desempenho em cada prova, todos os sujeitos do
pesquisadores 17 não verificaram diferenças entre o grupo GA apresentaram desempenho inadequado
desempenho de crianças autistas e de um grupo em relação à linguagem, principalmente em tarefas
controle de crianças com desenvolvimento típico. que envolvem linguagem receptiva oral e gráfica,
Para este estudo, teria sido interessante também conforme verificado pelo desempenho no TVIP, na
a utilização de histórias do tipo – Intencional – as PCF e na PCL.
quais permitem que a intencionalidade possa ser Todos os sujeitos com idade superior a dez
narrada e desta forma, comparar o desempenho anos que participaram deste estudo, independente
dos grupos GA e GBRAD. Talvez, esta situação evi- da idade na qual começaram a falar, apresenta-
denciasse diferença estatisticamente significante ram alteração de linguagem. Portanto, parece que
entre os grupos GA e GBRAD. o comportamento de início da fala, como um dado
isolado, não determina o desenvolvimento futuro da
Os distúrbios de linguagem e de comunicação linguagem.
estão presentes nos quadros de Autismo, con- Com base nos resultados desta pesquisa,
forme a própria definição do quadro no DSM-IV 3 alguns questionamentos poderiam ser levanta-
e também na Síndrome de Asperger 20,28. Há um dos. Será que os sujeitos do grupo GA poderiam
consenso geral de que estes sujeitos apresentam ser divididos em subtipos conforme os resultados
alterações em relação à linguagem pragmática e de das provas utilizadas para avaliar a linguagem?
discurso 5-9,34. Recentemente, poucos estudos foram E, ainda, utilizando a mesma avaliação de lingua-
publicados com o objetivo de avaliar a linguagem gem deste estudo, qual seria o comportamento de
do ponto de vista fonológico, sintático e semântico sujeitos com distúrbio específico de linguagem ou
em sujeitos autistas de alto-funcionamento e com com distúrbio de leitura e escrita? Outros estudos
Síndrome de Asperger. devem ser conduzidos para auxiliar na busca da
Neste estudo, de maneira geral, os sujeitos do causa dos transtornos globais do desenvolvimento
grupo GA apresentaram alterações em nível fono- e na caracterização do desempenho destes sujeitos
lógico, conforme observado pelo resultado da PCF; quanto à linguagem, o que por sua vez, permitirá o
em nível semântico, conforme resultado no TVIP desenvolvimento de abordagens terapêuticas mais
e em nível pragmático, conforme resultado obtido específicas.
na PCL. Portanto, a maioria dos sujeitos do grupo
GA apresentou um distúrbio de linguagem que ficou CONCLUSÃO
evidente em pelo menos três níveis de linguagem:
fonológico, semântico e pragmático. Estes resul- Na avaliação da linguagem oral e escrita, o grupo
tados corroboram os achados de outros autores de indivíduos com Síndrome de Asperger caracteri-
que também identificaram alterações nos níveis zou-se por um desempenho pior do que o grupo de
fonológico, sintático, semântico e pragmático da indivíduos de baixo risco para alterações do desen-
linguagem 8,26,28. volvimento nas provas fonoaudiológicas de cons
Vale ressaltar que neste estudo, não foi possível ciência fonológica, teste de vocabulário por imagem
avaliar o nível sintático da linguagem de maneira Peabody e prova de compreensão de leitura.
ABSTRACT
Purpose: to evaluate and characterize the oral and written language of subjects with Asperger
Syndrome and compare them with a group of subjects with typical development. Methods: a total
of 44 subjects were assessed and divided in two groups. The Asperger group was composed by 22
subjects diagnosed with Asperger Syndrome by an expert clinical team following the DSM-IV criteria.
The comparison group, referred to as low risk for developmental disorders was also composed by 22
subjects matched with the subjects in Asperger group by chronological age. All the assessed subjects
were right-handed males, with chronological ages between 10 and 30 years and intelligence quotients
above 68 according to Wechsler Scale. They completed the following assessment tools: phonological
conscience proof, image Peabody vocabulary test, words and pseudo words reading proof, reading
comprehension proof, writing proof of dictated words and pseudo words, and the semi-directed text
writing proof. Results: the statistical analysis revealed significant statistical differences between
the medians obtained for the phonological conscience proof and the means of the image Peabody
vocabulary test and the reading comprehension proof in both studied groups (p<0.05). Conclusion:
for the oral and written language assessments the Asperger Syndrome group was characterized by
a worse performance then the one displayed by the group of subjects with a typical development in
the phonological conscience proof, Peabody vocabulary test and the reading comprehension proof,
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