INTRODUÇÃO “Poucas coisas são mais difíceis de suportar do que o incômodo causado por um bom exemplo” (Mark Twain). A admiração por uma pessoa importante pode inspirar-nos, mas não nos transmite capacidade de imitá-la. É preciso mais do que um simples exemplo externo; é preciso poder interno. Paulo apresentou exatamente Jesus Cristo como nosso grande exemplo no exercício de uma mente sumissa. Lemos as suas palavras e concordamos com elas, mas que faremos para as por em prática? O problema não é de fato assim tão difícil. Paulo nos nos pede para “chegarmos às estrelas” embora quanto mais alto estiver o alvo, mas devamos atingir. Em vez disso, ele põe diante de nós o padrão divino para a mente submissa e o poder divino para realizar o que Deus tem ordenado (Filipenses 2.13). Não é por imitação mais por encarnação (Gálatas 2.20). Entenda que a vida cristã não deveria ser uma séria de altos e baixos, mas antes um processo de fatores internos e externos. Deus trabalha dentro e nós trabalhos fora. Cultivamos a mente submissa respondendo à provisão divina que Deus põe à nossa disposição.
1. Há um propósito a atingir (2.12, 14-16)
“Ponham em ação a salvação de vocês” (2.12) não quer dizer “trabalhem pela própria salvação de vocês”. A expressão “por em ação” contém o sentido de “trabalhar até completar totalmente”. Na época de Paulo, usava-se esta expressão no sentido de “explorar uma mina” ou seja, tirar da mina o máximo possível do valioso minério; ou “trabalhar num campo” de modo a conseguir a colheita mais abundante possível. Lembre-se que o propósito que Deus quer que atinjamos é a semelhança de Cristo (Romanos 8.29). Perceba que nos versos 14 e 15, Paulo contrasta a vida do crente com as vidas daqueles que vivem no mundo.
2. Há um poder a receber (2.13)
O princípio que Paulo apresenta é este: Deus tem de trabalhar em nós, antes de poder trabalhar através de nós. Este princípio pode ver-se aplicado em toda a Bíblia, nas vidas de homens como Moisés, Davi, os apóstolos e outros. São muitos os cristãos que obedecem a Deus só por causa da pressão exterrna e não pelo poder interno. Paulo advertiu os filipenses de que o que relamente importava não era a sua presença com eles, mas o desejo deles próprios de obedecerem e agradarem a Deus (1.27; 2.12). Paulo fala de Deus “efetuando” em nós. Está falando na verdade de uma energia divina trabalhando em nós e através de nós e essa energia, esse poder que opera em nós é o poder do Santo Espírito de Deus (João 14.16-17, 26). O mesmo Espírito Santo que revestiu Cristo de poder durante o seu ministério terreno pode revestir-nos também a nós. Contudo temos que reconhecer que a energia da carne (Romanos 7.5) e do diabo (Efésios 2.2) também estão trabalhando igualmente. Há três instrumentos que Deus usa para operar nas nossas vidas: 1. A Palavra de Deus: A divina energia de Deus liberta-se nas nossas vidas através da sua Palavra inspirada. É nossa responsabilidade apreciar a Palavra. Temos também de nos apropriar da Palavra e finalmente temos de aplicar a Palavra. 2. Oração: Se queremos que o poder de Deus opere em nós temos de dedicar diariamente tempo a oração (Efésios 3.20). 3. Sofrimento: O Espírito Santo operar de um modo especial nas vidas daqueles que sofrem para a glória de Cristo (1Pedro 4.12-19).
3. Há uma promessa a aceitar pela fé (2.16-18)
Qual é essa promessa? Que a alegria vem da sumissão. Há uma alegria dupla que penetra na pessoa que possui a pratica uma mentalidade submissa: uma alegria futura (verso 16) e uma alegria aqui e agora (verso 17-18). A maior parte das pessoas iria associar tristeza com sofrimento, mas Paulo vê o sofrimento e sacrifício como passagens para uma alegria mais profunda em Cristo.