1) Uma mulher chamada Elvira López deixou um homem dormir em sua casa e acabou sendo estuprada por ele.
2) O autor tentou avisá-la dos riscos de deixar o homem ficar, mas ela não o ouviu.
3) Agora Elvira perdeu tudo e não tem como provar o estupro, pois o homem negará.
1) Uma mulher chamada Elvira López deixou um homem dormir em sua casa e acabou sendo estuprada por ele.
2) O autor tentou avisá-la dos riscos de deixar o homem ficar, mas ela não o ouviu.
3) Agora Elvira perdeu tudo e não tem como provar o estupro, pois o homem negará.
1) Uma mulher chamada Elvira López deixou um homem dormir em sua casa e acabou sendo estuprada por ele.
2) O autor tentou avisá-la dos riscos de deixar o homem ficar, mas ela não o ouviu.
3) Agora Elvira perdeu tudo e não tem como provar o estupro, pois o homem negará.
CANTIGA DE MALDIZER • E o cativo, per poder que há,
Pero da Ponte • nõn'a pode desta seita partir,
• nem per meaças nem pela ferir, • ela por en nẽũa rem nom dá; Garcia López de Alfaro, • mais, se a quer desta sanha tirar, sabei o que me aborrece: • a bõa fé lhe convém a jurar o que dais sai mui caro • que a nom leixe em nẽum tempo já. mas barato nos parece. O que dais sai muito caro a quem o tiver de obter Nota Geral: mulher de Álvaro Rodrigues que, desgostosa mas é barato o que dais se alguém pelo abandono a que foi votada, se recusa a "chegar-se a o quiser vender. ele".
Caros nos saem os panos ......................................................................................
que pedir-vos ninguém ousa mas por que os trazeis dois anos, • João Garcia de Guilhade barata parece a coisa. O que dais sai muito caro a quem • A Dom Foam quer'eu gram mal o tiver de obter • e quer'a sa molher gram bem; mas é barato o que dais se alguém • gram sazom há que m'est'avém o quiser vender. • e nunca i já farei al; • ca, des quand'eu sa molher vi, Com espanto se me depara • se púdi, sempre a servi numa só coisa o exemplo • e sempr'a ele busquei mal. dela sair muito cara • e barata ao mesmo tempo. • Quero-me já maenfestar, O que dais sai muito caro a quem • e pesará muit'[a] alguém, o tiver de obter • mais, sequer que moira por en, mas é barato o que dais se alguém • dizer quer'eu do mao mal o quiser vender. • e bem da que mui bõa for, • qual nom há no mundo melhor, ...................................................................... • quero-[o] já maenfestar. • • De parecer e de falar • e de bõas manhas haver, Maria Mateu, daqui vou desertar. • ela, nõn'a pode vencer De cona náo achar o mal me vem. • dona no mund', a meu cuidar; Aquela que a tem não ma quer dar • ca ela fez Nostro Senhor e alguém que ma daria não a tem. • e el fez o Demo maior, Maria Mateu, Maria Mateu, • e o Demo o faz falar. tão desejosa sois de cona como eu! • • E pois ambos ataes som, Quantas conas foi Deus desperdiçar • como eu tenho no coraçom, quando aqui abundou quem as não quer! • os julg'Aquel que pod'e val. E a outros, fê-las muito desejar: a mim e a ti, ainda que mulher. Maria Mateu, Maria Mateu, tão desejosa sois de cona como eu! Nota geral:
................................................................................ • Cantiga que une o elogio de uma dona com o
ataque ao seu marido, explicitando Estêvão da Guarda claramente o que seriam os bastidores do amor cortês. É provável que a composição se • A molher d'Alvar Rodriguiz tomou possa relacionar com o ménage à • tal queixume quando s'el foi daquém trois aludido numa outra cantiga do trovador. • e a leixou que, por mal nem por bem, • des que veo, nunca s'a el chegou • nem quer chegar, se del certa nom é, • jurando-lhe ante que, a bõa fé, • nõn'a er leixe como a leixou. (C.V. IIIS,C.B.N. 1485)
Elvira López, aqui noutro dia,
Se Deus mi valha, prendeu um cajom: deitou na casa sigo um peom, e sa maeta e quanto tragia pôs cabo de si e adormeceu; e o peom levantou-s'e fodeu, nunca ar soube contra u s'i ia.
Ante lh'eu dixi que mal sem faria
que se nom queria del a guardar [e] sigo na casa o ia jeitar; e dixi-lh'eu quanto lh'end'averria; ca vos direi do peom como fez: abriu a porta e fodeu ũa vez, [e] nunca soube del sabedoria.
Mal se guardou e perdeu quant'havia,
ca se nom soub'a cativa guardar: leixou-o sigo na casa albergar, e o peom [logo] fez que dormia; e levantou-s'o peom traedor e, como x'era de mal sabedor, fodeu-a tost'e foi logo sa via. E o peom virom em Santarém; e nom se avanta nem dá por en rem, mais lev'o Demo quant[o] en tragia!
• vós guardar sempre da queste peom • que pousa vosc[o], • e há coraçom de tousar vosc', • e vós nom lh'entendedes; • • hei mui gram medo de xi vos colher algur senlheira; • e se vos foder,o engano nunca lho provaredes. • O peom sabe sempr'u vós jazedes, • e nom vos sabedes dele guardar: • siquer poedes [em] cada logar vossa maeta e quanto tragedes; • • e dized'ora, se Deus vos perdom: • se de noite vos foder o peom, • contra qual parte o demandaredes? • Direi-vos ora como ficaredes deste peom, • que tragedes assi vosco, • pousando aqui e ali:e vós já quanto que ar dormiredes, • • e o peom, se coraçom houverde foder, foder- vos-á, • se quiser,e nunca del[e] o vosso haveredes. • Ca vós diredes: - • Fodeu-m'o peom! E el dirá: - Bõa dona, eu nom! • E u las provas que lhi [vós] daredes?