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CA67A – CONCRETO ARMADO A

Prof. Rodolfo Krul Tessari

SEGURANÇA E
ESTADOS LIMITES
SEGURANÇA ESTRUTURAL

Uma estrutura é considerada segura quando:


• não ocorre a ruptura dos materiais, a ruína de
elementos estruturais ou o colapso de todo o
sistema;
• São mantidas as características apropriadas ao seu
bom funcionamento, tais como flechas máximas
nas vigas e abertura máxima de fissuras no
concreto armado.

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SEGURANÇA ESTRUTURAL

Uma estrutura e suas partes devem ser projetadas


para resistir às solicitações externas na sua
combinação mais desfavorável durante toda sua vida
útil, com uma conveniente margem de segurança,
sob o risco de perda de vidas humanas e danos
materiais de grande valor.

MARGEM DE SEGURANÇA
=
RESERVA DE CARGA
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SEGURANÇA ESTRUTURAL

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA:

▪ Método intuitivo
▪ Método das tensões admissíveis
▪ Método dos estados limites

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SEGURANÇA ESTRUTURAL

MÉTODO INTUITIVO
Aplicado até o século XVIII, consistia na “cópia” das
construções executadas anteriormente, evitando-se
insucessos estruturais anteriores.

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SEGURANÇA ESTRUTURAL

MÉTODOS DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS

Admite a existência de incertezas na estimativa


da resistência e dos carregamentos, bem como
nos modelos de cálculo.
f rup FSaço = 1,7
   adm =
FS FSmadeira = 4 a 5
FS → estabelece uma margem de segurança entre a
tensão resistente do material e a máx. tensão atuante

NBR 7190:1982
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SEGURANÇA ESTRUTURAL

MÉTODOS DOS ESTADOS LIMITES


▪ Método semi-probabilístico: estatísticas convertidas
em coeficientes parciais de segurança
𝑓𝑘
𝑅𝑑 ≥ 𝑆𝑑 𝑅 𝑓𝑑 = ≥ 𝑆 𝛾𝑓 ∙ 𝐹𝑘
𝛾𝑚

Majoram-se as ações, de modo que a probabilidade destes


valores serem ultrapassados seja pequena.
Minoram-se as resistências: o valor característico (5º quantil)
é ponderado por coeficientes de segurança específicos do
material
NBR 7190:1997
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SEGURANÇA ESTRUTURAL
Dimensionamento!
(𝑅𝑑 = 𝑆𝑑 )

γf γm
Ações Resistências

Fk Fd Rd R
k

A margem de segurança é imposta através dos


coeficientes parciais de segurança. 8
SEGURANÇA ESTRUTURAL

MÉTODOS DOS ESTADOS LIMITES

Estados limites:
Representam todos os possíveis
modos de falha da estrutura,
isto é, estados indesejáveis da
estrutura em virtude da
violação de algum requisito de
segurança ou serviço.

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SEGURANÇA ESTRUTURAL

ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS

São modos de falha que violam os requisitos de segurança.


Levam ao colapso ou dano grave e permanente da estrutura.

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SEGURANÇA ESTRUTURAL

ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS


• perda de equilíbrio da estrutura (movimento de corpo rígido)

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SEGURANÇA ESTRUTURAL

ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS


• ruptura ou deformação plástica
excessiva dos materiais

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SEGURANÇA ESTRUTURAL

ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS


• instabilidade do equilíbrio
(ex: flambagem)

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SEGURANÇA ESTRUTURAL

ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS


• ruptura de membros ou conexões por solicitações dinâmicas
(ex: fadiga)

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SEGURANÇA ESTRUTURAL

ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS


Em função das consequências desastrosas, o dimensiona-
mento é feito de modo a evitar a ocorrência de ELUs.
Além de garantir a segurança adequada, isto é, uma
probabilidade suficientemente pequena de ruína, um bom
projeto deve também garantir uma boa ductilidade da
estrutura.

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SEGURANÇA ESTRUTURAL

ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO

São modos de falha que afetam o uso normal da estrutura, sua


durabilidade ou o conforto do usuário.
Podem ser reversíveis ou irreversíveis (necessitando reparos).

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SEGURANÇA ESTRUTURAL

ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO

3) Estado-limite de deformações excessivas (ELS-DEF):


ocorre quando as deformações (flechas) atingem os limites
definidos por norma para uso normal do ambiente.

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Edifício
Millenium
Palace
46 andares
177 metros de altura
ventos de 90km/h
SEGURANÇA ESTRUTURAL

ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO

4) Estado limite de vibrações excessivas (ELS-VE):


ocorre quando as vibrações ultrapassam os limites prescritos
para uso normal do ambiente.

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SEGURANÇA ESTRUTURAL

ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO


SEGURANÇA ESTRUTURAL

ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO


AÇÕES E
COMBINAÇÕES
AÇÕES E COMBINAÇÕES

O dimensionamento segundo o Método dos Estados


Limites impõe que:

“as resistências não podem ser menores que as


solicitações e devem ser verificadas em relação a
todos os Estados-Limites e todos os carregamentos
especificados para o tipo de construção considerado”

Rd ≥ S d

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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
Resistência é a aptidão da matéria de suportar tensões.
É experimentalmente determinada por equipamento calibrado que
registra o valor da força de ruptura e, portanto, a tensão última
que define a resistência do material.

Ensaio de compressão axial Ensaio de flexão em 3 pontos


RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
CONCEITO DE VALOR CARACTERÍSTICO
Frequência

-
f = 415

s = 62 s = 62

30

20

10

0
430

470
270

310

350

390

510

550

590
f

Diagrama de frequência de resistências de amostras de madeira


25
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

fwk = valor com


probabilidade de 5%
de não ser atingido

Distribuição normal das resistências 26


RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

1
Frequência

Espécie de madeira
com menor
variabilidade natural

característico 2
Valor

f
- - Resistência à compressão
f1 = f 2
Quantil de 5%

Madeiras com mesma resistência média,


mas variabilidade diferente. 27
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

Frequência

característico

2
Valor

f 5% - - Resistência à compressão
f1 f2

Madeiras com qualidades diferentes,


mas mesma resistência característica.
28
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

fwm: resistência média s: desvio-padrão

fwk = fwm – δ.s n


 f wi
n
 ( f wi − f wm )
2

f wm = i =1 s 2 = i =1
n n −1

Distribuição Normal para a madeira


(NBR 7190:1997 – item 6.4.2)

fwk = fwm – 1,65.s

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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
Uma vez definido o valor característico da resistência dos
materiais, deve-se agora aplicar uma ponderação aos
valores encontrados, de modo a incorporar uma margem de
segurança à resistência da estrutura:

• Madeira:  wc = 1,4;  wt = 1,8


fk
fd = • Aço:  a1 = 1,10;  a 2 = 1,35
m
• Concreto Armado:  c = 1,4;  s = 1,15

*Valores indicados para m correspondem aos coeficientes de recomenda-


dos para combinação de ações normais em Estados-Limites Últimos. 30
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
Tal que os coeficientes de ponderação das resistências
representam a combinação dos seguintes fatores:

m = m1 . m2 . m3

m1 – considera a variabilidade natural da resistência


dos materiais envolvidos;
m2 – escala: diferença entre a resistência do material
no corpo de prova e na estrutura;
m3 – considera os desvios gerados na construção e as
aproximações feitas em projeto do ponto de vista das
resistências.
31
AÇÕES NAS ESTRUTURAS

34
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
Definição:
Qualquer influência capaz de produzir um estado de tensão
ou deformação em uma estrutura.
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
NBR 8681:2003
“Na análise estrutural deve ser considerada a
influência de todas as ações que possam produzir
efeitos significativos para a segurança da estrutura
em exame, levando-se em conta os possíveis
estados limites últimos e os de serviço”.

CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES


▪ Permanentes
▪ Variáveis
▪ Excepcionais
36
AÇÕES NAS ESTRUTURAS

AÇÕES PERMANENTES

Praticamente constantes (ou de pequena variação em


torno da média) durante toda a vida da construção.
Devem ser consideradas com seus valores represen-
tativos mais desfavoráveis para a segurança.

37
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES PERMANENTES

DIRETAS
▪ Peso próprio dos elementos
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES PERMANENTES
▪ Peso próprio dos elementos

NBR 7190:1997
O peso próprio real, avaliado depois do dimensiona-
mento final da estrutura, não deve diferir de mais de
10% do peso próprio inicialmente admitido no
cálculo.
Nas estruturas de madeira pregadas ou parafusadas,
o peso próprio das peças metálicas de união pode ser
estimado em 3% do peso próprio da madeira.
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES PERMANENTES

DIRETAS
▪ Peso de equipamentos fixos
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES PERMANENTES

DIRETAS
▪ Empuxo de terras não removíveis
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES PERMANENTES

INDIRETAS
▪ Protensão
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES PERMANENTES

INDIRETAS
▪ Recalques de apoios
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES PERMANENTES

INDIRETAS
▪ Imperfeições geométricas
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES PERMANENTES

INDIRETAS
▪ Retração/fluência dos materiais

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AÇÕES NAS ESTRUTURAS

AÇÕES VARIÁVEIS
Ações que ocorrem com valores que apresentam
variações significativas em torno de sua média,
durante a vida da construção.
São consideradas com seus valores representativos
mais desfavoráveis para a segurança.

• Ações variáveis normais: alta probabilidade


• Ações variáveis especiais: rara ocorrência ou
intensidade especial
46
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES VARIÁVEIS

NORMAIS
▪ vento
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES VARIÁVEIS

NORMAIS
▪ forças de frenagem
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES VARIÁVEIS

NORMAIS
▪ variações de temperatura, peso da neve
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES VARIÁVEIS

NORMAIS
▪ pressões hidrostáticas
e hidrodinâmicas
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES VARIÁVEIS

ESPECIAIS
▪ Sismos (em magnitudes razoáveis à edificação)
AÇÕES NAS ESTRUTURAS

AÇÕES EXCEPCIONAIS
Ações cuja probabilidade de ocorrência seja
extremamente baixa (eventos raros), porém cujas
consequências tragam prejuízos próximos a um nível
inaceitável.

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AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES EXCEPCIONAIS
▪ Sismos (em magnitudes elevadas)
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES EXCEPCIONAIS
▪ Impacto de veículos
ou objetos pesados
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES EXCEPCIONAIS
▪ Tornados, furacões
e enchentes
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
AÇÕES EXCEPCIONAIS
▪ Explosões e incêndios

Ronan Point, Londres


AÇÕES NAS ESTRUTURAS
VALORES REPRESENTATIVOS DAS AÇÕES

As ações são quantificadas por seus valores repre-


sentativos, que variam em função dos estados
limites analisados

Valores característicos
ELU
Valores reduzidos de combinação

Valores reduzidos de utilização


ELS
Valores raros de utilização

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AÇÕES NAS ESTRUTURAS
VALORES CARACTERÍSTICOS – Fk
Definidos em função da variabilidade de suas intensidades

▪ Ações permanentes ou de baixa variabilidade:


- Valor característico = valor médio

▪ Ações variáveis no tempo:


- consideram-se distribuições de extremos correspon-
dentes a um período de retorno de 50 anos.
- Valor característico = valor com probabilidade de
25 a 35% de ser ultrapassado nesse período.
58
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
VALORES CARACTERÍSTICOS – Fk
Definidos em função da variabilidade de suas intensidades

▪ Ações excepcionais:
- Valores característicos = valores estabelecidos por
consenso entre o proprietário da construção e autorida-
des governamentais

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AÇÕES NAS ESTRUTURAS
VALORES REDUZIDOS DE COMBINAÇÃO – ψ0.Fk

- Consiste na redução do valor característico por um fator ψ0


- Aplicável quando há ações variáveis de diferentes naturezas
- Admite-se um valor de ψ0 para cada ação combinada

O fator ψ0 considera que é muito pouco provável a ocorrência


simultânea dos valores característicos de duas ou mais ações
variáveis de naturezas diferentes.

60
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
VALORES REDUZIDOS DE UTILIZAÇÃO
ψ1.Fk valores frequentes: ações que se repetem muitas vezes

ψ2.Fk valores reduzidos: ações de longa duração

VALORES RAROS DE UTILIZAÇÃO


Quantificam as ações que podem acarretar estados limites de
serviço, mesmo que atuem com duração muito curta sobre a
estrutura.

61
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
VALORES DE CÁLCULO DAS AÇÕES
Para o projeto, os valores representativos das ações
devem ser majorados :
Fd = Fk . γf
Tal que o coeficiente γf corresponde ao produto de
outros coeficientes parciais:
γf = f1 . f2 . f3
f1 – variabilidade da ação
f2 – simultaneidade da ação
f3 – possíveis erros de avaliação dos efeitos das ações
62
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
VALORES DE CÁLCULO DAS AÇÕES

Tendo em vista as diversas ações levadas em conta no


projeto, costuma-se utilizar a seguinte simbologia:

g – ações permanentes
q – ações variáveis
p – ações de protensão
s – efeitos de deformações impostas

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AÇÕES NAS ESTRUTURAS
NBR 8681:2003 Tabelas 1 e 2 – Coeficiente G no ELU.

NBR 7190:2012
No caso de ações permanentes diretas consideradas separadamente, para
elementos estruturais de madeira são recomendados os seguintes valores:
a) elementos estruturais de madeira em geral: γG = 1,3
b) elementos estruturais de madeira industrializados: γG = 1,2
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
NBR 8681:2003 Tabelas 1 e 2 – Coeficiente G no ELU.
AÇÕES NAS ESTRUTURAS

NBR 8681:2003 Tabelas 4 e 5 – Coeficiente Q = f1 . f3 no ELU.


AÇÕES NAS ESTRUTURAS

NBR 8681:2003 Tabelas 4 e 5 – Coeficiente Q = f1 . f3 no ELU.


AÇÕES NAS ESTRUTURAS

NBR 8681:2003 Tabela 16 – Valores do coeficiente f2.


AÇÕES NAS ESTRUTURAS

NBR 8681:2003 Tabela 16 – Valores do coeficiente f2.


AÇÕES NAS ESTRUTURAS
VALORES DE CÁLCULO – ELS
Verificação da segurança nos Estados-Limites de Serviço:

γf = f2 (≤ 1,0)

f2 = 1,0 para combinações raras;


f2 = 1 para combinações frequentes;
f2 = 2 para combinações quase permanentes.

70
COMBINAÇÃO DE AÇÕES
COMBINAÇÃO DE AÇÕES

Um carregamento é definido pela combinação de ações


que tem probabilidades não desprezíveis de atuarem
simultaneamente sobre a estrutura.

A combinação das ações deve ser feita de forma a


determinar os efeitos mais DESFAVORÁVEIS à
seção crítica dos elementos.

72
COMBINAÇÃO DE AÇÕES

Na combinação de ações, todas as ações são


consideradas em seu valor representativo ponderado
pelos coeficientes apropriados a cada caso.

Para a verificação da SEGURANÇA, consideram-se:


– Ações Permanentes: todas as ações;
– Variáveis: apenas parcelas desfavoráveis;
– Variáveis móveis: posições mais desfavoráveis.

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COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Critérios para combinações ÚLTIMAS

• Combinações últimas normais


𝑚 𝑛

𝐹d = ෍ 𝛾Gi 𝐹Gi,k + 𝛾Q1 . 𝐹Q1,k + ෍ 𝛾Qj . ψ0j 𝐹Qj,k


i=1 j=2

Em cada combinação, uma das ações variáveis é a


principal, com valor característico Fk, e as demais são
secundárias, com valores reduzidos ψ0Fk.
Diversas hipóteses devem ser analisadas.
74
AÇÕES NAS ESTRUTURAS
Critérios para combinações ÚLTIMAS

NBR 7190:1997
A ação do vento, agindo com seu valor caracte-
rístico, em princípio é uma carga de curta duração.
Para se levar em conta a maior resistência da madeira
sob ação de cargas de curta duração, na verificação
da segurança em combinações últimas normais em
que o vento representa a ação variável principal, as
solicitações nas peças de madeira devidas à ação do
vento serão multiplicadas por 0,75.
COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Critérios para combinações ÚLTIMAS

• Combinações últimas especiais ou de construção


𝑚 𝑛

𝐹d = ෍ 𝛾Gi 𝐹Gi,k + 𝛾Q 𝐹Q1,k + ෍ ψ0j,ef 𝐹Qj,k


i=1 j=2

A ação variável especial é a principal.

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COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Critérios para combinações ÚLTIMAS

• Combinações últimas excepcionais

𝑚 𝑛

𝐹d = ෍ 𝛾Gi 𝐹Gi,k + 𝐹Q,exc + 𝛾Q ෍ ψ0j,ef 𝐹Qj,k


i=1 j=1

A ação variável excepcional é a principal.

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COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Critérios para combinações DE SERVIÇO

• Combinações quase permanentes de serviço


𝑚 𝑛

𝐹d,uti = ෍ 𝐹Gi,k + ෍ ψ2j 𝐹Qj,k


i=1 j=1

Ações variáveis são consideradas com seus valores


quase permanentes, ou seja, ψ2.Fqk

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COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Critérios para combinações DE SERVIÇO

• Combinações frequentes de serviço


𝑚 𝑛

𝐹d,uti = ෍ 𝐹Gi,k + ψ1 𝐹Q1,k + ෍ ψ2j 𝐹Qj,k


i=1 j=2

– Ação principal: ψ1.Fqk


– Demais ações: ψ2.Fqk

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COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Critérios para combinações DE SERVIÇO

• Combinações raras de serviço


𝑚 𝑛

𝐹d,uti = ෍ 𝐹Gi,k + 𝐹Q1,k + ෍ ψ1j 𝐹Qj,k


i=1 j=2

– Ação principal: Fqk (valor característico)


– Demais ações: ψ1.Fqk (valores frequentes)

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COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Exercício 1:

Determinar as máximas cargas impostas para estados


limites de resistência (combinação última normal)
para uma estrutura pré-moldada, que poderá ser
utilizada para biblioteca, arquivo, depósito, oficina ou
garagem, e que apresenta as seguintes cargas:

• Peso Próprio (G) = 80 kN


• Sobrecarga (Qs) = 25 kN
• Vento (Qw) = 40 kN

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COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Exercício 1:

ELU Normal:

𝑚 𝑛

𝐹d = ෍ 𝛾Gi 𝐹Gi,k + 𝛾Q1 . 𝐹Q1,k + ෍ 𝛾Qj . ψ0j 𝐹Qj,k


i=1 j=2

𝛾G = 1,3
Coeficientes: ψ0,w = 0,6
൞𝛾Q,𝑤 = 1,4 ቊ
ψ0,s = 0,8
𝛾Q,𝑠 = 1,5

82
COMBINAÇÃO DE AÇÕES
𝑚 𝑛

𝐹d = ෍ 𝛾Gi 𝐹Gi,k + 𝛾Q1 . 𝐹Q1,k + ෍ 𝛾Qj . ψ0j 𝐹Qj,k


i=1 j=2

Hipótese 1: sobrecarga é a ação variável principal


𝐹d,1 = +80. 1,3 + 𝟐𝟓. 𝟏, 𝟓 + 40. 1,4 . 0,6 = 175,1 𝑘𝑁

Hipótese 2: vento é a ação variável principal


𝐹d,2 = +80. 1,3 + 𝟒𝟎. 𝟏, 𝟒 + 25. 1,5 . 0,8 = 190 𝑘𝑁

83
COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Exercício 2:

Determinar as máximas cargas impostas para estados


limites de resistência (combinação última normal)
para uma estrutura pré-moldada, que poderá ser
utilizada para biblioteca, arquivo, depósito, oficina ou
garagem, e que apresenta as seguintes cargas:

• Peso Próprio (G) = 80 kN


• Sobrecarga (Qs) = 25 kN
• Vento (Qw1) = 60 kN (sobrepressão)
• Vento (Qw2) = -110 kN (sucção)
84
COMBINAÇÃO DE AÇÕES
𝑚 𝑛

𝐹d = ෍ 𝛾Gi 𝐹Gi,k + 𝛾Q1 . 𝐹Q1,k + ෍ 𝛾Qj . ψ0j 𝐹Qj,k


i=1 j=2
Hipótese 1: sobrecarga é principal. Vento de sucção não contribui!
𝐹d,1 = +80. 1,3 + 25. 1,5 + 60. 1,4 . 0,6 = 191,9 𝑘𝑁

Hipótese 2: vento de sobrepressão é principal. Sucção não contribui!


𝐹d,2 = +80. 1,3 + 60. 1,4 + 25. 1,5 . 0,8 = 218,0 𝑘𝑁

Hipótese 3: vento de sucção é principal. Fd,máx


– Demais ações variáveis (positivas) não são consideradas!
– Peso próprio é favorável ao equilíbrio (impede a sucção).
𝐹d,3 = +80. 1,0 − 110. 1,4 = −74 𝑘𝑁 Fd,mín
85
COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Projeto da Disciplina:

Terça de cobertura, com carregamento uniformemente


distribuído.
• Peso próprio da terça (G1) = x kN/m
• Peso próprio das telhas (G2) = y kN/m
• Sobrecarga (Qs) = 0,25 kN/m² x (18x40) = Qs = 180 kN
• Vento (Qw) = z kN/m (sucção)
• Manutenção/Operador: 1 kN (aplicada no ponto mais de

𝐹𝑥 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 = 𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜. 𝛾𝑄
𝐹𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 = 𝑃𝑃. 𝛾𝐺 + 𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜. 𝛾𝑄
86
COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Exercício 3:

A viga de cobertura abaixo apresentada está submetida a


carregamentos permanentes (g), cargas acidentais (q) de
longa duração e pressão do vento (w). Sabe-se que as
ações valem g = 40 N/m, q = 10 N/m e w = 20 N/m. Pede-
se:
a) a avaliação das combinações para ELS-CQP;
b) O momento de cálculo na seção B (MB,d), para ELU.
p+q+w

A B C

3m 0,8 87
COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Exercício 3:
a) a avaliação das combinações para ELS-CQP:

𝑚 𝑛

𝐹d,uti = ෍ 𝐹Gi,k + ෍ ψ2j 𝐹Qj,k


i=1 j=1

𝑞d,𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 = 40 + 0,3 10 + 0 20 = 43 𝑁/𝑚

88
COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Exercício 3:
b) O momento de cálculo na seção B (MB,d), para ELU.

Para a determinação do momento de cálculo na seção


B, deve-se determinar o momento fletor em B devido a
cada ação.

89
COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Exercício 3:
b) O momento de cálculo na seção B (MB,d), para ELU.

𝑚 𝑛

𝐹d = ෍ 𝛾Gi 𝐹Gi,k + 𝛾Q 𝐹Q1,k + ෍ ψ0j 𝐹Qj,k


i=1 j=2
90
COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Exercício 3:
b) O momento de cálculo na seção B (MB,d), para ELU.

𝛾 = 1,4 ψ0,𝑞 = 0,5


Coeficientes: ቊ G ൝
𝛾Q = 1,4 ψ0,𝑤 = 0,6

Hipótese 1: sobrecarga é a ação variável principal


𝐹d,1 = 1,4 12,8 + 1,4 3,2 + 0,6 6,4 =
Hipótese 2: vento é a ação variável principal
𝐹d,2 = 1,4 12,8 + 1,4 6,4 + 0,5 3,2 =

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CA67A – CONCRETO ARMADO A
Prof. Rodolfo Krul Tessari

SEGURANÇA E
ESTADOS LIMITES

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