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A linguagem é a morada do ser para Heidegger, partindo desse

pressuposto, em seu livro “O caminho da linguagem” podemos começar a


discussão se pautando na diferenciação básica entre linguagem e expressão.
‘’Falamos mesmo quando não deixamos soar nenhuma palavra”
Podemos iniciar nossa discussão com esta frase que se encontra na
primeira página do livro já citado acima; se “alguma coisa só é quando a
palavra apropriada e competente nomeia algo como sendo ente como tal” (pag
127). Como uma criança expressaria os âmagos de seu subconsciente por
palavras, já que tem- se uma séria de incapacidades que dificultam a
expressão plena devido somente e apenas somente a pouca idade.
Mellanie Klein descreve as brincadeiras infantis como transposição de
palavras em brincadeiras chamada de metalinguagem, essa metalinguagem
caracteriza- se fundamentalmente pela ausência de linguagem mas no sentido
literal da fala, se expressando genuinamente através de brincadeiras.
Então podemos concluir que a linguagem é apenas uma parte da
expressão, genericamente falando ? sim e não; prosseguindo nosso
pensamento se partirmos do ponto onde coisas só são coisas quando são
devidamente nomeadas, dizemos que estamos extraindo a essência universal
deste objeto através da experiência do mundo em conjunto do pensamento que
busca elaborar “uma representação universal da linguagem, por universal
entende-se que vale para tudo e qualquer coisa” (Heidegger).

“Pensar sobre linguagem concede moradia para a essência para o modo de ser
dos mortais” (Heindegger)
Mas onde mora- se a essência da criança durante sua formação
enquanto bebê recém chegado ao mundo? Respondendo a grosso modo do
ponto de vista psicanalítico, na imagem e objeto de desejo até a ruptura pela
noção de ego denominada “mãe”.
A cerca da palavra “mãe” segue a etimologia da palavra afim de
entender- se melhor a sua essência na concepção da língua portuguesa.
“A «mater» latina, neste canto da Europa, acabou por se tornar nesta palavra
toda ela nasal, feita do inevitável «m» e, depois, do ditongo «ãe»”
https://certaspalavras.pt/qual-e-a-origem-da-palavra-mae/

Segundo Mário Eduardo Viaro em “História da palavras: etimologia” toda


palavra obtém uma raiz cujo consiste em uma sílaba sendo não raro produzir
um único som, envolto de sílabas significativas denominados afixos, este
processo se chama afixação
https://www.museudalinguaportuguesa.org.br/wp-content/uploads/2017/09/Hist
oria-das-palavras.pdf

Voltando ao que estávamos dizendo anteriormente durante os primeiros


meses de vida todo o desejo de criança de centralizam em sua mãe, criando
uma relação de onipotência já que todos os seus desejos são devidamente
realizados, essa relação tende a continuar até que a criança conheça o mundo
externo e possa gradativamente estabelecer vínculos com este espaço.
“ A desilusão, na medida certa, é oque capacita o bebê a criar símbolos
que farão a transição do mundo interno. Dessa forma dá- se início a atividade
mental do bebê” (Winnicott, 1971).
Este “início a atividade mental do bebê” inicialmente se pauta nos pais
onde ocorrerão processos do complexo de édipo, castração e por fim a
formação do supereu. Neste trabalho vamos tentar caractegorizar falhas nos
processo de formação mental da criança, com ênfase ao que leva a depressão
infantil e como interpreta- lâ a partir da metalinguagem elaborada por Mellanie
Klein.
Klein em sua tese psicanalítica traz alegorias puramente Freudianas
adaptadas ao modo de agir das crianças, por meio de observações concluiu-
se que dentro das brincadeiras sejam elas teatrais ou mecanicistas há um
grande conteúdo inconsciente que permeia por toda a expressão do ego
enquanto criança.
A transposição deste método de expressão através de linguagem não
verbal (em grande parte), fez Klein alinhar- se ao pensamento de que a
interpretação de maneira consciente transpondo toda a margem latitudinal e
radial das noções inconscientes da criança viabilizava a observação de
fenômenos edípicos de forma mais palpável aos olhos do analista adulto. A
mediação do conflito do desejo infantil de comunicar as suas preocupações e o
desejo de as inibir, as interpretações levam a libertação da imaginação dessas
crianças, isso pode ser visto como a brincadeira continua na atsmosfera
emocional da sessão.
Afim de compreender melhor esse amontuado de ideias, vos trago o
estudo de caso do jovem Richard, paciente de Mellanie Klein

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