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SKY

PREPARAÇÃO PARA PILOTOS, CONTEÚDO DE QUALIDADE

EAGLES
PILOTO PRIVADO – AVIÃO
Bem Vindo à Matéria de
Teoria de Voo e Aerodinâmica
Piloto Privad0 - Avião
Módulos:
01. CONCEITOS GERAIS ............................................................... PÁG. 03

02. RESULTANTE AERODINÂMICA ....................................... PÁG. 21

03. PERFIS DE AEROFÓLIOS ..................................................... PÁG. 26

04. VELOCIDADE DE ESTOL E ESTOL .................................. PÁG 29

05. ARRASTO ..................................................................................... PÁG. 34

06. HIPERSUSTENTADORES .................................................... PÁG. 39

07. COMANDOS DE VOO ............................................................ PÁG. 44

SKY EAGLES
08. GRUPO MOTO-PROPULSOR E HÉLICE ...................... PÁG. 53

09. FASES DO VOO ......................................................................... PÁG. 58

TEORIA DE VOO - PP
10. VOO EM CURVA ........................................................................ PÁG. 68

11. FATOR CARGA ............................................................................. PÁG. 72

12. PARAFUSO .................................................................................... PÁG. 83


02
13. ESTABILIDADES .......................................................................... PÁG. 87
03
01. CONCEITOS GERAIS

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


Vento Relativo Potência
Vento aparente que sopra sobre um corpo em Trabalho produzido por um determinado tempo.
movimento na atmosfera, no sentido contrário
ao do movimento. (P = Força x Velocidade)

Velocidade Relativa Trabalho


Velocidade de um corpo em relação Medida da energia transferida pela aplicação de
a um outro corpo.

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uma força ao longo de um deslocamento.

(T = Força x Deslocamento)

TEORIA DE VOO - PP
04
Velocidades
Km/h – 1 Quilometro por hora (1.000m/h)
mph – 1 Milha por hora (1.609m/h)
NM – 1 Knot (KT) ou nó (1.852m/h)

Fluído
Todo corpo que não possui forma fixa.
(Gasosos e Líquidos)

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Densidade

TEORIA DE VOO - PP
Massa por unidade de volume.

05
Densidade
É DIRETAMENTE proporcional à Pressão e INVERSAMENTE
proporcional à Umidade, Temperatura e Altitude.

d P U T A

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
06
Pressão
Força por unidade de área.

Pressão Estática (PE)


Pressão exercida por um fluido estático, isto é, em repouso.
(Pressão Atmosférica)

Pressão Dinâmica (PD)

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Pressão produzida pelo impacto de um fluido.

TEORIA DE VOO - PP
É diretamente influenciada pela velocidade e densidade.
(Ex: Carro em movimento)

07
Tubo de Pitot
Os instrumentos que usam a variação de pressão do ar como referência para as indicações,
captando essa variação através do Tubo de Pitot.
Os instrumentos que dependem do tubo de pitot são:
. Altímetro: (PE)
. Velocímetro: (PT = PE + PD)
. Climb / Variômetro: (PE)

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TEORIA DE VOO - PP
08
Cápsula Aneróide
Manômetro que mede a Pressão Absoluta (Pressão Atmosférica).

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TEORIA DE VOO - PP
09
ATMOSFERA ATMOSFERA PADRÃO ICAO

Composição: Pressão: 1013,25hPa –


N - Nitrogênio - 78% 760mm Hg – 29,92 Pol Hg.

O - Oxigênio - 21% Densidade: 1,225Kg/m³


AR - Argônio - 01% Temperatura: 15°C
(Outros Gases)

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*Valores baseados no Nível
Médio do Mar (MSL)

TEORIA DE VOO - PP
10
ALTITUDE PRESSÃO
Altitude indicada no instrumento, baseada na
pressão padrão ICAO (QNE: 1013,25 hPa).

ALTITUDE VERDADEIRA
Altitude indicada pelo instrumento, quando inserido QNH,
corrigida para efeitos de temperatura e pressão, em relação a ISA.

QNH– Pressão da estação reduzida ao nível do


QNH QFE
QFE– Pressão da estação, SEM reduzir ao nível do

SKY EAGLES
mar. Quando inserida no instrumento, indica mar. Quando inserido no instrumento, indica a
altitude verdadeira (Informada no METAR e ATIS). altura, baseada no solo. (Ajuste a zero)

QNE– Pressão padrão (1013,25hPa), reduzida ao


QNE QNH para QNE: Altitude de Transição.

TEORIA DE VOO - PP
nível médio do mar. Quando inserida no
instrumento, indica o nível de voo (FL). QNE para QNH: Nível de Transição.

11
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Estruturas do Avião

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


SUPERFÍCIES AEROFÓLIOS
AERODINÂMICAS

Aquelas que produzem pequenas Estruturas aerodinâmicas que


resistência ao avanço (Arrasto), produzem força
NÃO produzindo força útil ao voo. útil ao voo.

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Ex: Carenagem de roda (Polaina), Ex: Hélice, Asa, Estabilizador
Spinner, TipTank. Horizontal.

TEORIA DE VOO - PP
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Bordo de fuga Bordo de ataque
EXTRADORSO Espessura

Linha de curvatura média

Flecha

Corda

INTRADORSO Ponto de espessura

ELEMENTOS DE UM PERFIL DE UMA ASA

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Bordo de ataque Linha Média ou Linha de
Bordo de fuga Curvatura Média (Linha CURVA)
Extradorso ou Cambra Superior Espessura

TEORIA DE VOO - PP
Intradorso ou Cambra Inferior Ponto de espessura
Corda (Linha RETA) Flecha

14
ÂNGULOS
DE ATAQUE DE INCIDÊNCIA DE ATITUDE

Ângulo formado
Ângulo formado
Ângulo formado entre entre a linha do
entre a corda e o eixo
a linha da corda e o horizonte e o eixo
longitudinal do avião
vento relativo. longitudinal da
(FIXO).
aeronave.

SKY EAGLES
Vento Relativo incidindo abaixo da corda (Ângulo de Ataque POSITIVO)

TEORIA DE VOO - PP
Vento Relativo incidindo exatamente na corda (Ângulo de Ataque NULO)
Vento Relativo incidindo acima da corda (Ângulo de Ataque NEGATIVO)

15
16
ângu
lo de
incid
ênci
a

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


ESCOAMENTO
Laminar ou lamelar (menos de 2000*).
Transição (*2000 – 2400).
Turbulento ou turbilhonado (mais que 2400*).
*Número de Reynolds

Equação da Continuidade

SKY EAGLES

SKY EAGLES
"Quanto mais estreito for o tubo de escoamento, maior
será a velocidade do fluido, e vice-versa.”

TEORIA DE VOO

TEORIA DE VOO - PP
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16
Teorema de Bernoulli
“Quanto maior a velocidade do escoamento de um
fluido, maior será a pressão dinâmica e menor será a
pressão estática, e vice-versa.”

Vel= PD= PE

SKY EAGLES
Vel: Velocidade

TEORIA DE VOO - PP
PD: Pressão Dinâmica
PE: Pressão Estática

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19
Vel=
PE
TUBO DE VENTURI

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


20
APLICAÇÃO NA ASA

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
02. RESULTANTE AERODINÂMICA (R.A.)
21
RESULTANTE AERODINÂMICA (R.A.)
Única força produzida pela asa.

Tração (T)

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
22
Direção
Direção Arrasto
Arrasto (D)
(D)
Horizontal / Vertical É a componente da Resultante
Aerodinâmica (R.A.) paralela a
direção do vento relativo. Tem
Sentido
Sentido mesma direção e sentido do
vento relativo.
Direita / Esquerda
Tração
Tração (T)
(T)
Sustentação
Sustentação Mesma direção e sentido

SKY EAGLES
contrário ao vento relativo.
É a componente aerodinâmica
perpendicular a direção do

TEORIA DE VOO - PP
vento relativo, ela sustenta o
peso do avião.

23
DESLOCAMENTO DE C.P. E C.G.

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TEORIA DE VOO - PP
24
TEOREMA FUNDAMENTAL DA TEORIA DE
VOO E AERODINÂMICA

Tração (T)

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
25
= RA = L = D
26
03. PERFIS DE AEROFÓLIOS

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


PERFIL SIMÉTRICO
Perfil o qual quando dividido pela corda, extradorso
e intradorso permanecem iguais.

ASA SIMÉTRICA

→L>0

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a>0
a=0 →L=0
a<0 →L<0

TEORIA DE VOO - PP
*O CP de um perfil simétrico não se altera*

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PERFIL ASSIMÉTRICO
Perfil o qual quando dividido pela corda, extradorso
e intradorso NÃO permanecem iguais.

ASA ASSIMÉTRICA

a>0 →L>0
→L>0

SKY EAGLES
a=0
a<0 →L>0
L=0

TEORIA DE VOO - PP
L<0

* Quanto maior o ângulo de ataque, mais pra frente o CP avança.*


28
SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
04. VELOCIDADE DE ESTOL E ESTOL
29
Velocidade de Estol

= MÁX
Também chamado de ângulo crítico.

SKY EAGLES
BUFFET - Vibração Pré Estol.
Terá a máxima sustentação com o máximo arrasto.

TEORIA DE VOO - PP
A velocidade de estol é a menor velocidade possível para voo horizontal
30
Estol

> MÁX

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
Momento de desaceleração brusca, perda PARCIAL de
sustentação, ocasionando a queda do avião.
31
ESTEIRA DE
TURBULÊNCIA DA ASA

Estol de Velocidade
Em uma recuperação, o piloto não deve puxar o
manche bruscamente, porque a asa pode
ultrapassar o ângulo de ataque crítico.

Mesmo com muita energia, o avião entrará em


estol, ficando incapaz de produzir sustentação.

SKY EAGLES
V
EN

TEORIA DE VOO - PP
TO
R
EL
A
TI
V
O

32
PROFUNDOR ENVOLVIDO Estol Profundo
PELA TURBULÊNCIA
Em aviões com cauda em “T”, o estol de velocidade
pode ser tornar ainda mais perigoso, porque a
turbulência criada pela asa pode envolver o
profundor, tornando-o inoperante e sendo
impossível a recuperação do estol.

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
33
34
05. ARRASTO

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


Arrasto
Também definido como “Resistência ao
Avanço”, é causada pela redução de pressão
(turbulência) gerada atrás dos objetos em
movimento.

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
35
Arrasto Induzido
Também definido como “Arrasto de Ponta de Asa”.
Gerado pela diferença de pressão entre intradorso e extradorso.

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TEORIA DE VOO - PP
36
Uma forma de reduzir esse arrasto é alongando (A) a
envergadura (b) (A = b/CMG) da asa ou instalando dispositivos
nas pontas das asas como TIPTANK ou WINGLET.

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TEORIA DE VOO - PP
37
Arrasto Parasita
É o arrasto causado por todas as partes do avião que NÃO produzem
sustentação, gerando assim uma área plana equivalente.

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
38
39
06. HIPERSUSTENTADORES

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


FLAP

SKY EAGLES
Dispositivo hipersustentador que
serve para aumentar a curvatura de . Diminui o ângulo crítico.

TEORIA DE VOO - PP
. Aumenta a sustentação.
um perfil. Também atua como freio
. Aumenta o Ângulo de planeio.
aerodinâmico. . Diminui a velocidade.
Os mais comuns são os da imagem . Diminui a distância do pouso.
40
acima.
O flape tipo FOWLER é o que proporciona o maior
aumento no coeficiente de sustentação (CL).
É o único que aumenta a área da asa.

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
41
SLOT
Dispositivo hipersustentador que aumenta o ângulo
de ataque crítico do aerofólio, sendo uma fenda fixa
que suaviza o escoamento no extradorso da asa,
retardando o estol de ponta de asa.

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
42
SLAT
É um tipo de SLOT, que fica recolhido durante o voo
normal, entrando em funcionamento somente
quando necessário, acionado por molas.

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
43
AILERON

LEME

AILERON

SKY EAGLES
PROFUNDOR
PROFUNDOR

PP
VOO -- PP
DE VOO
07. COMANDOS DE VOO

TEORIA DE
TEORIA
44
Superfícies de Controles Primárias

Leme de direção – Pedal – Guinada / Derrapagem –


Eixo Vertical

SKY EAGLES PP
VOO -- PP
Profundor – Manche (Frente / trás)
Aileron – Manche (Dir. Esq.)

DE VOO
– Arfagem / Tangagem – Eixo
– Rolagem / Bancagem –

TEORIA DE
Transversal/Lateral

TEORIA
Eixo Longitudinal
53
45
53
46
Movimentos em Torno dos Eixos

TEORIA
TEORIA DE
DE VOO
VOO -- PP
PP SKY EAGLES
Leme de Direção

Movimentado pelos pedais e fica


localizado na empenagem junto ao
Estabilizador Vertical (Deriva).

Trabalha em cima do EIXO VERTICAL e


é responsável pelos movimentos de

SKY EAGLES
GUINADA / DERRAPAGEM.

DE VOO
TEORIA DE
TEORIA PP
VOO -- PP
53
47
Aileron

Movimentado pelo manche, pra direita


e pra esquerda e fica localizado no
bordo de fuga, próximo à ponta das
asas.

Trabalha em cima do EIXO

SKY EAGLES
LONGITUDINAL e realiza o movimento
de ROLAGEM / BANCAGEM.

DE VOO
TEORIA DE
TEORIA PP
VOO -- PP
53
48
Profundor (Leme de Profundidade)
Movimentado pelo manche (frente / trás).

Localizado na empenagem junto ao


Estabilizador Horizontal.

Trabalha em cima do
EIXO LATERAL / TRANSVERSAL e é

SKY EAGLES
responsável pelos movimentos de
ARFAGEM / TANGAGEM.

DE VOO
TEORIA DE
TEORIA PP
VOO -- PP
53
49
CG - Centro de Gravidade

SKY EAGLES PP
VOO -- PP
DE VOO
TEORIA DE
Centro de Gravidade CG

TEORIA
53
50
Superfícies Secundárias
Compensadores:

Aliviam os esforços do piloto;

Tiram tendências indesejáveis do


voo;

Movimentam-se no sentido oposto

SKY EAGLES
das Superfícies Primárias.

DE VOO
TEORIA DE
TEORIA PP
VOO -- PP
53
51
Guinada Adversa

SKY EAGLES
Por razões aerodinâmicas, o aileron defletido para baixo
produz maior arrasto que o aileron defletido para cima,

PP
VOO -- PP
isto faz o avião guinar para a direita.

DE VOO
TEORIA DE
TEORIA
(Remédios: Ailerons Diferenciais, Aileron tipo Frise ou o uso de mais leme de
53
52
direção (no sentido contrário a guinada) do que Aileron).
SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
08. GRUPO MOTO-PROPULSOR (GMP) E HÉLICE
53
O Grupo Moto-Propulsor (GMP) de um avião é o conjunto dos
componentes que fornecem a tração necessária ao voo.
Turbojato, Turbo-fan, Turboélice e Motor a pistão e hélice.

Potência Nominal: Efetiva máxima (projeto).


Potência Efetiva: Medida no eixo da hélice.
Potência Útil / Tratora: Tração desenvolvida pela hélice sobre o avião.

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
54
As hélices possuem duas ou mais pás, que tem um
perfil aerodinâmico semelhante ao da asa do avião.

A torção da pá DIMINUI DA RAIZ PARA A PONTA.

São classificadas em:


Passo fixo, Passo ajustável* e Passo Variável*.
Automático* (Contrapeso) ou Manual ** (Governador).
** Aeromática: Ar comprimido (não utilizada).

SKY EAGLES
** Elétrica: Governador elétrico (não utilizada).
** Hidromática: Pressão óleo do motor (utilizado).

TEORIA DE VOO - PP
*Estação de Referência: Define o “Ângulo da pá”.

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Como a hélice é torcida, ela avança uma determinada distância, conhecida
como passo, a cada volta completa.

Passo Teórico ou Geométrico: Projeto.


Passo Efetivo ou Avanço: Real.
Recuo: Diferença entre o Passo Teórico
e o Passo Efetivo (menor possível).

Decolagem / Pouso: Passo mínimo, menor torção e


ângulo de ataque mínimo.

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


Cruzeiro: Passo máximo, maior torção e ângulo de

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


ataque máximo (maior massa de ar, menor RPM).

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PASSOS DA HÉLICE

TRAÇÃO
NEGATIVA

SKY EAGLES
PASSO BANDEIRA PASSO CHATO PASSO REVERSO:
A pá fica alinhada com o vento O ângulo de ataque da pá é nulo O ângulo de ataque da pá é

TEORIA DE VOO - PP
relativo (Ângulo de ataque e o arrasto da hélice é máximo. negativo e a tração é negativa,
NULO). É usado para diminuir o Pode provocar o disparo de hélice freando o avião. Usa-se para
arrasto da hélice quando o se o motor estiver desenvolvendo reduzir a distância do pouso.
motor para. potência.

57
58
09. FASES DO VOO

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


Decolagem
(diretamente relacionado à densidade)
Baixa Altitude
Baixa temperatura
Pista em declive
Vento de proa
Ar seco
COM VENTO
DE PROA

- - -
- ---
- -

SKY EAGLES
- - - - - - - -
----- - - ------ - - - - - -- SEM VENTO
------ -

TEORIA DE VOO - PP
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Voo Ascendente
Velocidade de Máxima Razão de Subida (VMRS)
Velocidade na qual o avião
ganha altura o mais rápido possível,
aplicando-se menor ângulo (Gradiente) de subida.

(Baixo peso, Baixa altitude,


Alta potência e PEQUENA área de asa).

Velocidade de Máximo Ângulo de Subida (VMAS)


Velocidade na qual o avião sobe

SKY EAGLES
com maior ângulo (Gradiente) de subida.

É uma velocidade menor que a VMRS.

TEORIA DE VOO - PP
(Baixo peso, Baixa altitude,
Alta potência e GRANDE área de asa).

60
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TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


VMRS Teto Prático ou Teto de Serviço

Utilizada para ganhar altitude mais Subida máxima de 100ft/min.


rápido, o ângulo (Gradiente) de subida
é menor, mas a velocidade é maior.

VMAS
Teto Absoluto

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


Utilizada para livrar obstáculos, o avião Altitude onde a razão de subida

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


sobe mais lento, porém num ângulo é nula. A aeronave estará voando
(Gradiente) maior. com ângulo de ataque máximo e
na velocidade de estol.

53
62 Teto Prático e Teto Absoluto, são Altitudes de Densidade
VOO HORIZONTAL
(VELOCIDADE CONSTANTE)

SUSTENTAÇÃO (L)

ARRASTO (D) TRAÇÃO (T)

SKY EAGLES
L=W PESO (W)

TEORIA DE VOO - PP
T=D
63
Para se manter em voo horizontal, mesmo voando em altas velocidades o
ângulo de ataque da asas será pequeno, positivo, apenas de alguns graus
(Ângulo de Incidência).

Diminuindo a velocidade, para manter-se em voo horizontal, é necessário


aumentar o ângulo de ataque.

O arrasto de um avião, para voo horizontal, não depende da altitude.

SKY EAGLES
Em um voo horizontal, com velocidade constante, as 4 forças se ANULAM.

TEORIA DE VOO - PP
64
Velocidade Máxima: Velocidade Mínima
Maior velocidade possível em É a menor velocidade para a qual
voo horizontal. é possível voar com velocidade
constante.

Velocidade de Máximo Alcance Velocidade de Estol

É a velocidade que permite voar a É a menor velocidade possível


maior distância possível com dada em voo horizontal.
quantidade de combustível.

SKY EAGLES
Velocidade de Máxima Autonomia

É a velocidade que permite voar o

TEORIA DE VOO - PP
máximo tempo possível com dada
quantidade de combustível.
65
Voo Planado
= ÂNGULO DE PLANEIO
Ângulo de Razão de
______ Distância Velocidade Tempo
Planeio Descida
R/D = RAZÃO DE DESCIDA

Maior Aumenta Diminui Diminui Diminui Aumenta d = DISTÂNCIA

Menor Aumenta Diminui Aumenta Aumenta Diminui


h = ALTURA

= ÂNGULO DE ATAQUE
Vento de Proa Aumenta Diminui ________ ________ ________

Vento de
Diminui Aumenta ________ ________ ________
Cauda

Pesado Aumenta Aumenta Diminui

SKY EAGLES
MESMO MESMO
Leve Diminui Diminui Aumenta h
Elevada

TEORIA DE VOO - PP
Aumenta Aumenta Diminui
Altitude
MESMO MESMO
d
Baixa Altitude Diminui Diminui Aumenta

66
Pouso
(diretamente relacionado à densidade)

Baixa Altitude
Baixa temperatura
Pista em aclive
Vento de proa
Ar seco

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
67
68
10. VOO EM CURVA

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


Voo Em Curva
FW L

A sustentação deve ser maior que o peso do


avião.

A componente vertical (Fw) deve ser,


obrigatoriamente, igual ao peso (W), isso só é
possível se a sustentação (L) for maior que o Fc
peso.

SKY EAGLES
A componente horizontal (Fc) é denominada
Força Centrípeta.

PP
VOO -- PP
W

DE VOO
TEORIA DE
TEORIA
53
69
A Força Centrípeta aumenta com o peso.

A velocidade diminui quando o raio da curva aumenta.

O ângulo de inclinação aumenta quando a velocidade aumenta e vice-versa.

O ângulo de inclinação diminui quando o raio da curva aumenta e vice-versa.

Quanto mais inclinada a curva, maior deve ser a sustentação.

Quanto mais alto, maior o raio limite.

SKY EAGLES
Quanto mais baixo, menor o raio limite.

TEORIA DE VOO - PP
Um avião não pode fazer curvas inclinadas além de um determinado limite,
porque sua sustentação não pode ser infinita.
70
Glissada: inclinação exagerada
das asas.

Derrapagem: inclinação
insuficiente das asas.

Estol em Curva: a velocidade de


estol em uma curva é maior que

SKY EAGLES
num voo em linha reta.

TEORIA DE VOO - PP
71
72
11. FATOR CARGA

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


-W

X W
2
L=

60
Numa inclinação de 60° a sustentação (L) é

º
igual ao DOBRO do peso (W), então dizemos Fc
que o FATOR CARGA (Fator G) é igual a “2G”.

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
W
73
-W

X W
Para encontrar a sustentação L=
2
necessária conforme a inclinação,

60
basta dividir o peso do avião pelo

º
COS do ângulo de inclinação (x). Fc

L = W / Cos x

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
W

74
Valores dos COSSENOS dos
principais ângulos de inclinação:

Cos 0° = 1
Cos 15° = 0,966
Cos 30° = 0,866
Cos 45° = 0,707
Cos 60° = 0,5

SKY EAGLES
Cos 75° = 0,258

TEORIA DE VOO - PP
Cos 90° = 0
75
Questão ANAC
Um avião com peso de 1000Kg realizando uma curva de
60°, qual a sustentação necessária?
Fw = 1000kg L= ?

Cos 60° = 0,5


W = 1000Kg

L = 1000/0,5 Fc

SKY EAGLES
L = 2000

TEORIA DE VOO - PP
W = 1000kg
76
Questão ANAC
Sabendo-se que o peso do avião é 1000Kg e a sustentação
é de 2000, qual o Fator Carga(n)?

n=L/W
n = 2000/1000
n = 2G

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
77
Aumento da Velocidade de
Estol em Curva
Como vimos anteriormente, a velocidade de estol aumenta em
uma curva. Para calcular essa velocidade, usamos a seguinte
fórmula:

Vstc = Vst.√n

Vstc = Velocidade de estol em curva

SKY EAGLES
Vst = Velocidade de estol em voo horizontal
n = Fator Carga

TEORIA DE VOO - PP
78
Questão ANAC
Usando o exemplo anterior.
Sabendo-se que a velocidade de estol em voo
horizontal é de 60KT e o Fator Carga(n) é 2G, qual a
velocidade de estol em curva?

Vstc = Vst.√n

SKY EAGLES
Vstc = 60.√2
Vstc = 60. 1.41 (ou seja, 41% a mais)
Vstc = 84.6KT ~ 85KT

TEORIA DE VOO - PP
√2 = 1.41 (ou seja, 41% a mais)

79
Carga Alar
É o índice resultante do peso da aeronave dividido pela área da asa.

A carga alar reflete diretamente na capacidade de sustentação, que por


sua vez, afeta diretamente a velocidade ascensorial (R/S), capacidade de
carregamento e a performance de uma aeronave.

SKY EAGLES
TEORIA DE VOO - PP
80
Cargas Dinâmicas ESFORÇOS LONGITUDINAIS ESFORÇOS TRANSVERSAIS

As Cargas Dinâmicas horizontais são geralmente fracas e não


São os esforços que um avião afetam a estrutura do avião.
sofre durante um voo.

SKY EAGLES
ESFORÇOS VERTICAIS
As Cargas Dinâmicas verticais são
muito importantes, podendo inclusive

TEORIA DE VOO - PP
destruir o avião se forem excessivas.

81
Em um voo nivelado, o Fator Carga será igual a 1.

Numa cabrada, o Fator Carga será SEMPRE maior que 1. - - -


- - --
- -
O Fator Carga nas curvas será SEMPRE maior que 1. Q U E1
- ----
MA IOR
- - -
- IGUAL A 1
- -- - - -
- - - - - - - -
---------------------------------
----------------
Em uma picada, o valor pode ser: --- ----- MEN
-- ---- OR Q
- - - - UE
TR IG --- 1
Menor que um, maior que zero; AJ UA ---

--
ET
-

---
Ó
R

L
---

A
Igual a zero, queda livre (Trajetória Parabólica);

IA

ZE
PA
---

RO
RA
NE
---

SKY EAGLES

Menor que zero (negativa) se a picada foi ainda muito

GA

LIC
----
T I VO

A
mais acentuada.

----

TEORIA DE VOO - PP
82
83
12. PARAFUSO

TEORIA DE VOO - PP SKY EAGLES


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Parafuso Comandado

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Torque do Motor Curvas
Quando o avião está próximo do ângulo O avião pode entrar em estol se a curva
crítico o torque do motor tende a girar o estiver muito inclinada e o avião com pouca
avião no sentido contrário ao da rotação sustentação.
da hélice.
Sempre vai estolar a asa de dentro da curva
devido a menor velocidade.

Uso de Aileron Próximo ao Estol Recuperação

Não se deve usar aileron próximo do ângulo Para fazer a recuperação de um parafuso, o
critico, pois o aileron que abaixa, pode piloto deve primeiramente deixar o manche em
provocar estol nessa asa dando início ao neutro e em seguida interromper a rotação

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aplicando pedal contrário ao da rotação.
parafuso.
Logo após, o piloto deverá sair do mergulho,
puxando o manche (cabrar) com suavidade

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para evitar que o avião entre em estol de
velocidade.

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Parafuso Chato
Após dar algumas voltas, os aviões de
cauda pesada erguem o nariz entrando no
parafuso chato.

O ar escoa praticamente a 90° em relação


ao eixo longitudinal, criando fortes
turbulências o que tornam o leme de
direção e o profundor completamente
incapaz de recuperar o avião.

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A recuperação através de comandos é
impossível.

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87
13. ESTABILIDADES

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Estabilidade Longitudinal
Em torno do Eixo Lateral/Transversal
Responsabilidade: Estabilizador horizontal.

Estaticamente Instável
Estaticamente Indiferente
Estaticamente Estável*

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* Dinamicamente Instável
* Dinamicamente Indiferente

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* Dinamicamente Estável

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Estaticamente Dinamicamente

ESTATICAMENTE DINAMICAMENTE
ESTATICAMENTE INDIFERENTE INSTÁVEL
INSTÁVEL

DINAMICAMENTE
INDIFERENTE

DINAMICAMENTE
ESTÁVEL

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ESTATICAMENTE
ESTÁVEIS

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Estabilidade Lateral
Em torno do Eixo Longitudinal
Responsabilidades: Diedro, Enflechamento, Efeito de Quilha,
Efeito de Fuselagem e Efeito Pêndulo.

Estaticamente Instável
Estaticamente Indiferente
Estaticamente Estável*

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* Dinamicamente Instável
* Dinamicamente Indiferente

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* Dinamicamente Estável

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Diedro

Diedro Positivo gera estabilidade. Diedro Negativo gera instabilidade.


Diedro nulo

Enflechamento

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Enflechamento Positivo Enflechamento Negativo Enflechamento Nulo
gera estabilidade. gera instabilidade.

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Efeito de Quilha Efeito de Fuselagem
FO

A A
F
VE QU UNI
L
A E O AGE
LA NT AS
A
VE M
TE O DI
RE
N TO IMP
E
RA ITA ATIN DE
L JA

CG VE
AC NT
(CENTRO DE IM O
A
GRAVIDADE) DO
AB CG
AI
XO VE
NT

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DO O
CG O efeito de fuselagem prejudica
Estável: Área lateral o efeito do diedro, prejudicando
acima do CG é maior. a estabilidade lateral.

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Instável: Área lateral
abaixo do CG é maior.
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Efeito Pêndulo

Nos aviões de asa alta a fuselagem age como se Antonov An-225.


Sua fuselagem age como um

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fosse um pêndulo, aumentando a estabilidade
lateral, já nos aviões de asa baixa esse efeito é poderoso pêndulo, por isso tem diedro
ao contrário. negativo, para tirar um pouco tanta
estabilidade.

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Estabilidade exagerada inibe o efeito dos
ailerons.
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Estabilidade Direcional
Em torno do Eixo Vertical
Responsabilidades: Enflechamento e Efeito de Quilha.

Estaticamente Instável
Estaticamente Indiferente
Estaticamente Estável*

SKY EAGLES
* Dinamicamente Instável
* Dinamicamente Indiferente
* Dinamicamente Estável

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Enflechamento Efeito de Quilha
VENTO

VENTO
CG
FORÇA VENTO
VENTO ARRASTO
MAIOR

VENTO
FORÇA VENTO CG

ARRASTO
MAIOR

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Enflechamento Positivo Enflechamento Negativo Estável: Grande Área Instável: Grande área
aumenta a estabilidade. diminui a estabilidade. lateral atrás do CG. lateral à frente do CG.

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