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Luna prometeu a ele, que quando tivesse sua chance, exigiria justiça e se vingaria com toda a

fúria.
No que tange a criação de universos, vastos poderes ou seres, capazes de criar e moldar são
necessários. Neste, foram dois criadores, chamados de “irmãos”. Entidades cósmicas com
poderes extraordinários e um amor compartilhado pela criação. O irmão, também chamado de
Solis, era poderoso e também o mais antigo. A irmã chamada de Luna, poderosa como o seu
igual, porém jovem e inexperiente.
Diferente da semelhança nos poderes, suas características eram bem diferentes. Não se pode
simplesmente descrever como eles eram em sua real natureza, mas podemos utilizar palavras e
descrições que surgiram após sua existência, ainda assim não seria equivalente. Solis, era
extravagante e impaciente. Luna, visava ser admirada, tinha como suas características a
genialidade e altruísmo, com o bônus da paciência, diferente de seu consanguíneo.
Solis, o primeiro ser cósmico, criou as partes mais básicas do planeta, a terra, o ar e a água;
enquanto Luna, o segundo ser cósmico, acrescentou detalhes finos e delicados, como as formas
das montanhas, a textura das nuvens e a cor das flores. Luna desejava ir além e criar formas de
vida. Entretanto, sua euforia sempre contida por Solis, que não vislumbrava Luna como a
melhor opção para realizar tal feito, gabando-se por ser o mais experiente, o mais velho e
supostamente o mais poderoso, incumbia-se desse feito. Luna nunca expressou discordância,
embora não estivesse escolha; essa fora a única argumentação fornecida por seu parceiro.
Solis foi a Entidade Cósmica responsável por criar os Humanos, criaturas formadas sobre
frações de seu vasto poder. A intenção de Solis, ao criar tais criaturas, era ser sua imagem
divina homenageada. Ele despejou mudanças sobre as terras, conferindo a tudo uma interação
com o seu poder. Ele criou o dia, enquanto sua contraparte, Luna, criou a noite mantendo
domínio sobre.
Os irmãos Solis e Luna, não podiam manter suas formas naturais próximas a dos Humanos,
mesmo contendo parte da essência de Solis, exposição prolongada iria leva-los à destruição,
devido a imensidão cósmica de seus poderes. Para protege-los, aprisionaram-se em grandes
esferas que selavam seus poderes, capazes de emitir luz própria em meio a escuridão do
universo. Contudo, ficando próximos, a extinção ainda era tangível, portanto, se separaram.
Solis se posicionando de um lado, Luna do outro. O projeto ganhou uma força rotativa que p
fazia girar entre seus criadores, para que ambos pudessem observar a profundidade de sua
criação.
O projeto havia sido declarado como concluído, Solis e Luna admiravam os Humanos, e como
interagiam ao mundo recém-criado, tal qual, era perfeita a harmonia, exceto para a irmã.

Luna, ao perceber que os humanos não aproveitavam a noite na mesma intensidade que o dia,
ficou desapontada. Ela analisando melhor a situação e reconheceu a traição cometida por seu
irmão, Solis. A segunda entidade cósmica reconheceu de início, Solis havia planejado a
separação, onde disseminou limitações específicas nas criações. Ela adivinhou os motivos; Solis
suportava dividir as atenções com Luna, almejava tudo para si. Havia perdido seu altruísmo e
substituiu por raiva; ela havia aguentado o suficiente.
A raiva tomou conta de suas ações. Sabendo que não poderia direcionara nada diretamente
contra seu irmão, devido ao selamento, começou a interferir no planeta de forma sutil,
começando pelos oceanos, puxando-os para o seu lado. Utilizando seu resplendor como
iluminação para a noite. O impaciente Solis a replicava, repuxando as correntes oceânicas para
seu lado e iluminando o dia com seu poderio divino.
Guerra havia sido declarada, irmã contra irmão. A ferida da traição fora preenchida de ódio,
decidida a ferir o orgulho de Solis, tinha como alvo suas amáveis criaturas, os Humanos.;
impossibilitada de despejar suas dores, graças a proteção fornecida por Solis, encontra uma
alternativa. Luna criou seres para a noite, a partir de Humanos. Geneticamente fortalecidos,
despojavam de uma fração a mais de seu próprio poder. Forjados a sua imagem e semelhança,
como uma homenagem a criadora. Criaturas dotadas de um desejo sombrio, alimentar-se de
Humanos. Entidades fortes, astutas e possuídas por habilidades sobrenaturais. Espalhavam
medo e destruição por onde passavam, infectando outros Humanos.

Ele sentiu o impacto, e com medo de perder a dominância sobre o diminuto planeta, utilizando
reservas de seu poder, enfraqueceu as abomináveis criaturas de sua rival. Amaldiçoando-as;
onde a luz do dia tocar, a existência de criaturas da noite desvanecera em cinzas. Em
contrapartida, Luna efetuava uma nova investida, impulsionada pela sede de sangue e vingança
direciona seu corpo celeste para próximo ao do irmão, sobrepondo-se a ele. Surgindo o evento
cósmico chamado de “Eclipse”. Fenômeno astrológico que ficou gravado na história. A luta
entre os dois foi intensa, ambos usaram tudo que tinham. Perto do fim, Solis ouviu sussurros de
uma inevitável derrota. Sua teimosia lhe garantiu forças suficientes para distanciar-se. Alterando
o desfecho do embate.

Ambos os seres, exaustos; ambos impossibilitados de criar ou moldar; por sua vez, Luna
prometeu a ele, que quando tivesse sua chance, exigiria justiça e se vingaria com toda a fúria.

O conflito final foi adiado. Sem poderes, as duas entidades divinas entraram em hibernação,
buscando restaurar seu vigor, isso deixou ambos em rotação ao redor do planeta. O duelo
causou mudanças e impactos enormes no que deixou de ser uma obra e se tornou um campo de
batalha, sem a proteção de Solis aos humanos durante o Eclipse, as criaturas da noite ficaram
seguras para e caçar à vontade, uma carnificina. Humanos sobreviventes planejaram e
construíram sua civilização para se defender de novos ataques, descobrindo também, vários
minérios que caíram dos céus durante o duelo, fragmentos deixados do conflito entre deuses.
Espalhadas por todos as extremidades do mundo, tinham propriedades mágicas únicas,
poderiam ferir e matar até crias mais sombrias da noite. Um desse minérios se destacava.
Maleável como água, resistente e forte como aço. A prata.

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