Você está na página 1de 2

O ATENDIMENTO EDUCACIONAL

ESPECIALIZADO E AS CONDIÇÕES QUE


PROPICIAM A EDUCAÇÃO PARA TODOS.
Simone Prates Figueira

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A literatura marca que o atendimento educacional (AE) à criança com deficiência, com
transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação já acompanhou um
modelo fundamentado em conceitos médicos (NUNES; ARAÚJO, 2014). Recentemente, são
empreendidos esforços para que se perceba a criança, independentemente de suas necessidades
específicas, como sujeito que possua os seus direitos garantidos. São mudanças asseguradas por
diferentes documentos, dentre eles o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, Lei Nº 8.069/1990
(BRASIL, 1990), a Declaração Mundial de Educação para todos (UNESCO, 1990) e a Declaração de
Salamanca (UNESCO, 1994). Os demais documentos lançados em sequência avaliaram e versaram
da Educação Especial, auxiliando na discussão e na implementação de condições que propiciem a
educação para todos.
A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva define o
Atendimento Educacional Especializado.

O atendimento educacional especializado exerce a função de diagnosticar, criar e selecionar


recursos pedagógicos e de acessibilidade que possibilitem espaços para a participação e
interação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As atividades
desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas
na sala de aula comum, não sendo substituída à escolarização. Esse atendimento
complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e
independência na escola e fora dela (SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2008,
p.15).

O atendimento educacional especializado (AEE) refere-se ao atendimento ofertado aos


alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação,
de forma complementar e/ou suplementar ao ensino regular, considerando as necessidades desses
alunos. Cabe ao professor do AEE, analisar o aluno e identificar suas necessidades, e, dependendo
das limitações existentes, organizarem atividades e recursos pedagógicos e de acessibilidade que
facilite o processo de construção de aprendizagem do sujeito.
“[...] a concepção de necessidades especiais presente na documentação coligida não é
suficiente para superar uma abordagem clínica "(GARCIA, 2006, p.304).
1 Acadêmico do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (FLC28378PED) – Prática
Introdução à Pesquisa – 09/05/2023.

2 Tutor externo do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (FLC28378PED) – Prática
Introdução à Pesquisa – 09/05/2023.
2

López (2010) destaca a necessidade do AEE e de como ele interviria na rotina de atividades
propostas para que a criança recebesse condições melhores de educação.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do


Adolescente e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm. Acesso em 09/05/2023.

GARCIA, R. M. C.. Políticas para a educação especial e as formas organizativas do trabalho


pedagógico. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, 2006.

LÓPEZ, G. M. B. As políticas de educação inclusiva para a educação infantil no Brasil: Anos


2000 (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil,
2010.

Nunes, D. R. P., & Araújo, E. R. (2014). Autismo: A educação infantil como cenário de
intervenção. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, 22(84), 2-14. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.14507/epaa.v22n84.2014. Acesso em 09/05/2023.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL. Política Nacional de Educação Especial na


Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela
portaria n. 555/2007, prorrogada pela portaria n. 948/2007, entregue ao ministro da Educação em 7
de janeiro de 2008. 2008. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em 09/05/2023.

UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a


Cultura. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: Satisfação das necessidades básicas de
aprendizagem Jomtien, 1990. Disponível em:
http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdf. Acesso em 09/05/2023.

UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura


(1994). Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas
especiais. Salamanca. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf.
Acesso em 09/05/2023.

Você também pode gostar