Os Dilemas Morais e as

guerras
A vertente deontológica e a utilitarista
Ética nas guerras?
 Introdução

O trabalho que vos vamos apresentar foi realizado na disciplina de

filosofia e tem como objetivo analisar e refletir sobre alguns dilemas ético-
morais.
Desta forma, e após o estudo da ética deontológica de Kant e da ética
utilitarista de Stuart Mill, nós iremos abordar quatro dilemas,
interpretando-os e classificando-os quanto ao seu perfil moral.
Para além disto iremos ainda analisar um texto proposto e tratar de
algumas questões relativas à ética, ou falta dela, nas guerras e conflitos
atuais, focando a nossa atenção na guerra do Iémen.
 1º Dilema (número 2)
• Opção de escolha: (A) “ Sim, é eticamente aceitável fazer isso!”
• Segundo a vertente: utilitarista

• Fundamentação:

É, sim, eticamente aceitável violar a regra de não maltratar ou torturar ninguém

caso o mesmo aconteça para que se respeite um princípio maior, a vida de
milhões de pessoas inocentes.

Neste dilema o consequencialismo é evidente, pois as consequências da ação

(torturar o terrorista) serão a salvação de milhões de vidas inocentes, ou seja,
promove o máximo bem estar das pessoas que iriam ser afetadas.

Caso não tivesse ocorrido uma violação da regra moral de não torturar nenhum
ser humano, os terroristas teriam utilizado a arma biológica e o uso da mesma
teria resultado na morte de milhões de pessoas.
 2º Dilema (número 3)
• Opção de escolha: (A) "Devo usar o cheque para salvar as vítimas de fome!"
• Segundo a vertente: deontológica

• Fundamentação:

Na ética de Kant, seres humanos são únicos, pois são racionais e, por isso,
podem ser autônomos. Isso diferencia-nos de outros animais e simples objetos.
Para agirmos corretamente, então, temos que respeitar essa qualidade humana
.
Analisando o dilema, este indivíduo apenas poderá escolher a opção A, ou seja,
investir os 500 mil euros na campanha contra a fome mundial e não no clube de
futebol. Pois, caso não o faça isso terá consequências devastadoras não a
penas num país, mas no mundo todo, estaria a atentar contra a vida humana.

Pois, sabendo que, tem uma quantia enorme de dinheiro que ajudaria bastante a
causa, este ignorando-a, logo estaria a infringir uma máxima de Kant, a
priorização da vida humana.
 3º Dilema (número 6)
• Opção de escolha: (A) “ Sim, é eticamente aceitável fazer isso!”
• Segundo a vertente: utilitarista

• Fundamentação:

Partindo do ponto que Sofia teria de escolher algum filho, se não ambos
morreriam. Aconteceu dessa criança escolhida vir ter um futuro agradável e
com boas vivências, causando uma maior felicidade.

Portanto, a mãe foi obrigada a escolher um filho e este teve uma vida feliz, ela
agiu de forma certa. As consequências da escolha (ainda que aleatória)
resultaram numa boa vida e/ou grandes conquistas.

Temos de ter atenção que matar o seu outro filho não foi uma escolha de Sofia e
sim, uma circunstância da situação em que a mesma encontrava-se. Pois a
morte da criança que não foi escolhida, em nenhum cenário é moral, nem pela
teoria deontológica quanto pela lógica utilitarista.
 4º Dilema (número 7)
• Opção de escolha: (B) "“Não é permissível a Sara matar o Jorge!”
• Segundo a vertente: deontológica

• Fundamentação:

O argumento utilizado pela Sara torna-se invalido. Na realidade a Sara não

possui conhecimento sobre a vida pessoal do Jorge, ela nem consegue prever o
futuro da sua vida social, pois o Jorge pode tornar-se numa pessoa mais
sociável. Kant refere que o destino final do ser humano é realizar-se como
pessoa.

Estamos a apoiar as leis morais de Kant e o seu Imperativo categórico que

afirma que o ser humano, enquanto ser racional, existe como fim em si mesmo
e não como mero meio, a ser arbitrariamente usado por qualquer vontade.

“Age de tal forma que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na de
qualquer outro, sempre simultaneamente como um fim, e nunca
simplesmente como um meio.” Kant (1995), Fundamentação da Metafísica dos
Costumes, Lisboa, Lisboa Editora, p.101.
 Existe ética na guerra?
Nada justifica a guerra e, portanto, não existe ética na guerra.

O facto de ser criado um conflito entre duas visões diferentes já é

ruim por si só.
• Mas também pelas suas consequências: as económicas,
financeiras, políticas e sociais;
• Muitos evitam a guerra por ser extremamente custosa. Alguns
ainda justificam as guerras por crescerem na indústria
armamentista, pelo orgulho nacional de querer manter a
liderança económica e militar mundial e pelos interesses
eleitorais;
• E sem falar de outras razões elitistas antiéticas de pôr em risco
vidas que se desprezam.
Porém, na maioria das vezes, os interesses económicos são postos
em primeiro plano, ignorando o facto das consequências sociais.
Criança a observar a destruição do seu país
 Guerra do Iémen: contextualização
Localização geográfica: Distribuição de sunitas e xiitas:
 Guerra do Iémen
Durante a pesquisa, em todos os vídeos existia um anúncio de conteúdos fortes. Mesmo assim, consenti
com isso e assisti aos vídeos. Apesar de saber o que vinha, foram imagens de choque.
 Guerra do Iémen: as calamidades humanitárias
Existe justificação para guerra? É ético travar conflitos desses?

Um bebe que tem 18 meses, mas pesa como um bebe de 6 Abak não consegui andar devido a fraqueza Salim tem 8 anos, ele não
meses corporal, então se locomove de joelhos consegue falar nem brincar
Food Crisis for Mothers and Children in Yemen - YouTube
 Conclusão

Todos os dilemas que aqui apresentámos, tivemos como objetivo fundamentá-

los quanto à sua ação, seja esta moralmente correta ou incorreta.
Observámos que cada dilema refletia o seu princípio ético fundamental, no
caso da Deontologia Kantiana é o Imperativo Categórico, e da Utilitarista é o
principio da maior felicidade. Vimos também a diferença entre os critérios a
adotar para determinar o valor moral das ações: a Intenção da Deontologia e
as Consequências do Utilitarismo.
Finalmente, com as situações que nos foram fornecidas, foi possível efetuar
uma análise comparativa geral das duas perspetivas éticas.

Alunos: Madalena Amaro, Madalena Sousa, Vera Chabykina,

Vicente Ferreira e Victória Russowsky

Turma: 10ºJ Ano letivo: 2022/2023